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1 CAPÍTULO 13 EFEITOS DE CORRENTES E TENSÕES HARMÔNICAS EM COMPONENTES DE SISTEMAS ELÉTRICOS E PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES Prof. José Wilson Resende Ph.D em Sistemas de Energia Elétrica (University of Aberdeen-Escócia) Professor titular da Faculdade de Engenharia Elétrica Universidade Federal de Uberlândia 13.1- INTRODUÇÃO Os sistemas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, bem como a maioria das cargas das unidades consumidoras, como motores, lâmpadas de descarga, fornos de indução, etc. consomem energia reativa. Como se sabe da teoria de circuitos elétricos, a potência aparente, medida em [VA}, é constituída de dois tipos de potência: a) Potência ativa: medida em [W]. Esta é a potência que efetivamente realiza trabalho, gerando calor, luz, movimento, etc. b) Potência reativa: medida em [VAr]. Esta potência é usada para criar e manter os campos eletromagnéticos. Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a potência reativa, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando um “espaço” no sistema elétrico, que poderia ser utilizado para fornecer energia ativa. O “triângulo das potências” ilustra a relação entre as potências ativa (P), reativa (Q) e aparente (S). À razão entre as potências ativa e aparente de uma determinada carga denomina-se de “fator de potência” (FP): FP kW kVA arctg kVAr kW = = =cos cos( )ϕ O fator de potência indica qual porcentagem da potência total fornecida (kVA) é efetivamente utilizada como potência ativa (kW). Assim, o fator de potência indica o grau de eficiência do uso dos sistemas elétricos. Valores altos de fator de potência (próximos de 1,0) indicam uso eficiente da energia elétrica, enquanto valores baixos evidenciam seu mau aproveitamento, além de representar uma sobrecarga para todo o sistema elétrico. A título de ilustração: 2 Para alimentar uma carga de 100 kW, com FP igual a 0,70, são necessários 143 kVA. Para a mesma carga de 100 kW, mas com FP igual a 0,92, são necessários apenas 109 kVA. Isso representa uma diferença de 24% no fornecimento de kVA. 13.1.1 – COMO O EXCESSO DE REATIVO AFETA AS REDES E INSTALAÇÕES Baixos FP’s resultam em aumento na corrente total que circula nas redes de distribuição de energia elétrica da concessionária e das unidades consumidoras. Isso pode sobrecarregar as subestações bem as linhas de transmissão e distribuição, prejudicando os níveis de tensão bem como a estabilidade e as condições de aproveitamento dos sistemas elétricos, trazendo inconvenientes diversos, como os a seguir ilustrados. 13.1.1.1 – Perdas joulicas na rede As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao quadrado da corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa, há uma relação direta eghntre o incremento de perdas e o baixo fator de potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e equipamentos. A equação: ∆P FPi FPf (%) ( ).= −1 100 2 2 expressa a redução das perdas (∆P), em [%], no transporte de energia elétrica, desde a geração até a entrada do consumidor, em função dos fatores de potência inicial (FPi) e final (FPf). A tabela 1 ilustra uma aplicação direta da equação acima. Nesta tabela é mostrada a redução das perdas anuais no transporte da energia elétrica (∆P) de uma instalação com consumo anual da ordem de 100 MWh, quando se eleva o FP de 0,78 para 0,92. Tabela 1 – Diminuição de perdas com o aumento do FP Situação inicial ação final Fator de potência O,78 0,92 5% 3,59% Perdas na rede 5 MWh/ano 3,59 MWh/ano Redução das perdas (∆P) 28,1% 13.1.1.2 – Quedas de tensão O aumento da corrente devido ao excesso de reativo leva a quedas de tensão acentuadas, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a sobrecarga em certos elementos da rede. Esse risco é acentuado durante os períodos nos quais a rede é fortemente solicitada (horário de pico). As quedas de tensão podem provocar, ainda, diminuição da intensidade luminosa nas lâmpadas e aumento da corrente nos motores. 3 13.1.1.3 – Sub utilização da capacidade instalada A energia reativa, ao sobrecarregar uma instalação elétrica, inviabiliza a sua plena utilização, condicionando a instalação de novas cargas a investimentos que seriam evitados se o fator de potência apresentasse valores mais altos. O “espaço”ocupado pela energia reativa poderia ser então utilizado para o atendimento a novas cargas. A figura ao lado dá uma idéia da consequência do aumento do fator de potência de 0,85 para 0,92, no fornecimento de potência ativa para cada 1.000 kVA instalado. A redução da potência reativa, de 527 kVAr para 392 kVAr, permite ao sistema elétrico aumentar de 850 kW para 920 kW a sua capacidade de fornecer potência ativa, para cada 1.000 kVA instalado. Os investimentos em ampliação das instalações estão relacionados principalmente aos transformadores e condutores necessários. O transformador a ser instalado deve atender à potência ativa total dos equipamentos utilizados. Porém, devido à presença de potência reativa, a sua capacidade deve ser calculada com base na potência aparente das instalações. A tabela 2 mostra a potência total que deve ter o transformador, para atender uma carga útil de 800 kW para fatores de potência crescentes. Tabela 2 – Potência requerida de um transformador, em função do FP Potência útil absorvida (kW) Fator de potência Potência do transformador (kVA) 0,50 1.600 0,80 1.000 800 1,00 800 4 13.2- EFEITO DAS HARMÔNICAS NA POTÊNCIA E NO FATOR DE POTÊNCIA As distorções harmônicas de tensão e corrente dificultam os cálculos de potência e de fator de potência porque algumas simplificações geralmente usadas pelos engenheiros eletricistas nessas análises não podem ser feitas na presença de harmônicos. 13.2.1) POTÊNCIAS APARENTE, ATIVA E REATIVA, NA PRESENÇA DE HARMÔNICOS: Existem três grandezas associadas com a potência: • Potência aparente, S, que é obtida pelo produto da tensão rms com a corrente rms. • Potência ativa, P, que é a média da energia entregue. • Potência reativa, Q, que é a parcela da potência aparente em quadratura com a potência ativa. Na freqüência fundamental, essas grandezas acima estão assim relacionadas: P S= .cosθ Q S= .senθ onde θ é o ângulo de fase entre a corrente e a tensão. O fator cosθ é comumente denominado de fator de potência ( FP ). Por outro lado, o fator de potência também é definido por: FP P S = = =kW kVA cosθ Os conceitos tradicionais de correção de fator de potência são baseados na hipótese de que as cargas do sistema têm as tensões e correntes senoidais. Ou seja, as distorções harmônicas são ignoradas. Os termos P e S são obtidos na frequencia fundamental apenas. Por outro lado, sabe-se que as distorções de tensão e corrente causadas pelas cargas não lineares alteram a forma de calcular o fator de potência. Para incluir os efeitos dos harmônicos, deve ser usado o fator de potência verdadeiro (TPF), o qual é definido pela seguinte relação: TPF kW kVA P V xIrms rms = = Como em (14), TPF é definido como sendo a relação entre kW e kVA. Porém, neste caso, o “kVA” inclui as distorções harmônicas . A potência total aparente (kVA) é determinada pelo produto da verdadeira tensão eficaz pela 5 verdadeira corrente eficaz (a potência ativa, P, é muito pouco influenciada pela distorção). A equação (15) expressa de maneira correta, a eficiência na qual a potência ativa Pestá sendo usada. Somente quando não houver nenhuma distorção é que TPF (equação 15) será igual a PF (equação 14). Os capacitores compensam apenas o reativo na freqüência fundamental, isto é, Q 1 . Logo, na presença de harmônicos, não há como fazer o TPF ser corrigido para o valor 1,00. Na presença de harmônicos, os capacitores podem até piorar o TPF, pois eles podem criar condições de ressonância que amplificariam as distorções harmônicas. Assumindo que no sistema elétrico haja uma distorção harmônica total de corrente (DHTi) e que a distorção harmônica total de tensão (DHTv) é nula, então o valor máximo que TPF pode atingir é: TPF DHTi = + 1 1 2 Esta expressão confirma que, na presença de correntes harmônicas, não há como fazer o TTPPFF ser corrigido para o valor 1,00. A maioria dos medidores de energia mede apenas o reativo correspondente à frequencia fundamental, Q 1 . Na maioria dos casos, a corrente, no ponto de medição, não é muito distorcida (ao contrário de um ramal alimentador de uma carga não-linear). Nessas condições, o erro na medição é pequeno. A adequação de um modelo que calcule fielmente as potências nos circuitos sob condições não-senoidais tem sido uma incessante busca de diversos especialistas na área, tais como Budeanu,.Fryze, Shepherd e Czarnecki. A seguir serão mostradas as equações do modelo de Budeanu. 13.2.2) - MODELO DE BUDEANU : O modelo de Budeanu é um dos modelos de cálculo de potências e fator de potência mais aceitos na engenharia elétrica, sob condições não senoidais. Fundamentado no domínio da freqüência, o modelo consiste, basicamente, em desmembrar a potência aparente em três componentes de potência, P, Q e D. conforme mostrado na figura 2.20. Diagrama de potências segundo o modelo de Budeanu. 6 As equações abaixo descrevem o modelo de Budeanu. S2 = nV n n nI n n 2 1 2 1= ∑ = ∑ = P2 + Q2 + D2 Onde: vn= 2 Vn cos (n.ω1 t+αn) e in = 2 In cos (n.ω1 t+αn - φn ) P = nV n n nI= ∑ 1 cos φn Q = nV n n nI= ∑ 1 sen φn D = ( )[ ]nV mI nI nV nI mV mI m n m n m 2 2 2 2+ m2V n− −≠∑ cos , φ φ FP = P / S Uma das principais críticas ao modelo de Budeanu é que ele simplesmente soma algebricamente a amplitude VnIn sen φn de cada componente harmônica sem considerar que essas componentes podem ter ângulos de fase αn diferentes. Entretanto, mesmo enfrentando todas as críticas, ainda é o modelo mais utilizado tanto por engenheiros como também por fabricantes. O termo “D”, na expressão (20), representa a contribuição adicional para a potência aparente, S, devido às harmônicas. 7 13.2.3) - EXEMPLOS PRÁTICOS DE CÁLCULO DE FATOR DE POTÊNCIA: Seja uma instalação industrial submetida às seguintes ondas de tensão e corrente: v(t) = 2 [ cos(ωt-900) + 0,02cos(3ωt-1200) + 0,07cos (5ωt+900) ] [pu] i(t) = 2 [ cos(ωt-1000) + 0,12cos(2ωt-1200) + 0,51cos(4ωt+1100)+0,27cos(5ωt-150) + + 0.05cos(6ωt+650) ] [pu] A partir dessas ondas de tensão e corrente, serão obtidas as potências P, Q, S e o fator de potência, levando-se em conta três hipóteses distintas: A) Cálculo das potências ativa, reativa, aparente e fator de potência considerando-se apenas as componentes fundamentais: P = V1I1cosφ1 = 0,9848 pu Q = V1I1senφ1 = 0,1736 pu S = V1I1 = 1 pu FP = cosφ1 = 0,9848 B) Cálculo das potências ativa, reativa, aparente e fator de potência considerando-se a distorção harmônica da corrente e desconsiderando-se a distorção harmônica de tensão Neste caso, será utilizado o modelo de Budeanu. Os resultados são os seguintes: P = n n n n n V I cos φ = ∑ 1 = V1I1cosφ1 = 0,9848 pu Q = n n n n n V I sen φ = ∑ 1 = V1I1senφ1 = 0,1736 pu S = n n n n n n V I2 2 11 == ∑∑ = V1 n n n I2 1= ∑ = 1,1619 pu FP = P/S = 0,8476 8 C) Cálculo das potências ativa, reativa, aparente e fator de potência considerando-se as distorções harmônicas de corrente e de tensão Ainda utilizando-se o modelo de Budeanu, o cálculo das potências ativa, reativa, aparente e do fator de potência são mostradas a seguir: P = n n n n n V I cos φ = ∑ 1 = V1I1cosφ1 + V5I5cosφ5 = 0,9843 pu Q = n n n n n V I sen φ = ∑ 1 = V1I1senφ1 + V5I5senφ5 = 0,1755 pu S = n n n n n n V I2 1 2 1= = ∑ ∑ = 1,1650 pu FP = P/S = 0,8449 A tabela abaixo mostra os resultados de potências obtidas considerando-se as três hipóteses anteriormente citadas. Resultados obtidos para as três hipóteses consideradas HIPÓTESE A HIPÓTESE B HIPÓTESE C P [pu] 0,9848 0,9848 0,9843 Q [pu] 0,1736 0,1736 0,1755 S [pu] 1 1,1619 1,1650 FP 0,9848 0,8476 0,8449 Pelos resultados obtidos, observam-se, principalmente, as diferenças nas potências aparentes S e nos fatores de potência. Neste exemplo não houve uma diferença significativa entre a hipótese B e a hipótese C porque a distorção harmônica da tensão, que não é considerada na hipótese B, não é significativa. Se a forma de onda da tensão fosse mais distorcida, certamente essa diferença seria maior. Fica claro, através do exemplo anterior, a importância de se levar em conta os efeitos das distorções harmônicas principalmente no cálculo do fator de potência. Desta forma, evitar-se-á que um baixo fator de potência seja mascarado por um valor alto, obtido através das componentes fundamentais, apenas. 9 13.3) RESSONÂNCIA PARALELA ENTRE CAPACITORES E O SISTEMA ELÉTRICO A figura abaixo mostra um sistema elétrico onde um gerador alimenta uma fonte harmônica através de um transformador. No ponto de acoplamento (PAC) entre a fonte harmônica e o transformador, há um capacitor instalado para correção de fator de potência. Efeito do capacitor na ressonância paralela A figura (b) ilustra o circuito elétrico correspondente à freqüência fundamental e a figura (c) mostra o correspondente circuito elétrico para freqüências harmônicas. De acordo com a figura (b), a tensão fundamental no PAC, é dada por: V E jZ Ieq( ) ( ) . ( )1 1 1= − Onde Z(1)eq é a impedância fundamental equivalente, vista do PAC. Ela é dada por: Z jX jX jX jX jX jXeq trafo gerador cap trafo gerador cap ( ) ( ( ) ( ) ).( ( ) ) ( ( ) ( ) ) ( ) 1 1 1 1 1 1 1 = + −+ − Por outro lado, do ponto de vista harmônico, de acordo com a figura (c), a corrente injetada pela fonte harmônica na rede, causará no PAC, a seguinte tensão harmônica: V h jZ h I heq( ) ( ) . ( )= Onde Z(h)eq é a impedância harmônica equivalente, vista do PAC. Ela é dada por: Z h jX h jX h jX h jX h jX h jX heq trafo gerador cap trafo gerador cap ( ) ( ( ) ( ) ).( ( ) ) ( ( ) ( ) ) ( ) = + −+ − 10 A ressonância paralela pode ocorrer se, na equação anterior, o resultado da soma das impedâncias do denominador fornecer um número muito pequeno. Isso causará uma impedância equivalente muito grande. Assim, qualquer pequeno valor de corrente harmônica multiplicado por esta grande impedância, poderá dar, como resultado, um elevado valor para a tensão harmônica V(h). Esta tensão, somada com a tensão V(1), poderá proporcionar uma tensão resultante muito alta no PAC (bem maior do que apenas V(1)) e que poderá até destruir o banco de capacitores.O valor da tensão harmônica V(h) depende da impedância equivalente Z(h)eq da barra e da corrente harmônica injetada pela carga. Logo, a tensão harmônica V(h) depende do local em que a fonte harmônica está instalada. Ou seja, a mesma fonte, alocada em pontos distintos do sistema, resultará em diferentes tensões harmônicas V(h). 13.3.1) Frequência de ressonância paralela Diante de tudo que foi exposto, surge a importante indagação: como saber em que freqüência harmônica haverá uma ressonância paralela? Do ponto de vista de circuitos elétricos a equação básica é: C Lr f π2 1= Onde: fr é freqüência de ressonância, em [Hz], L e C são as indutância e as capacitância do circuito elétrico. Essa equação, no entanto, não é muito usada pelos engenheiros de sistemas elétricos porque essas indutâncias e capacitâncias do sistema podem não estar facilmente disponíveis. Uma equação mais prática é: h S Sr CC capacitor = Onde hr é um múltiplo da freqüência fundamental, SCC é o nível de curto circuito da barra Scapacitor é a potência do banco de capacitores 13.3.2) Efeitos da resistência e das cargas resistivas na ressonância paralela A simples descoberta de que há uma freqüência de ressonância paralela nem sempre é um grande problema. As resistências elétricas do sistema podem fazer com que o valor da impedância equivalente, resultante da combinação entre o capacitor e o sistema não seja tão grande. Isso é conhecido como amortecimento. O desenho ao lado mostra que ilustra o efeito da 11 presença da resistência elétrica na impedância equivalente de uma barra. Pode ser observado que, se a impedância equivalente tiver uma resistência elétrica de valor igual a 20% da sua reatância, então o efeito da ressonância paralela será praticamente nulo. Outro interessante aspecto geralmente discutido é sobre a quem atribuir a responsabilidade pelo problema harmônico em um sistema elétrico. De uma maneira geral, o consumidor é o responsável pela quantidade de corrente harmônica injetada no sistema (afinal, ele é o dono da carga não-linear). As empresas geradoras, transportadoras e distribuidoras de energia elétrica é que controlam o valor da impedância do sistema. Logo, se a corrente harmônica injetada por um consumidor no sistema estiver dentro de razoáveis limites, então o controle da distorção de tensão é de responsabilidade dessas empresas e não do consumidor. 12 13.4) SUPORTABILIDADE DOS CAPACITORES NA PRESENÇA DE CORRENTES E TENSÕES HARMÔNICAS: A norma ANSI/IEEE 18-1980 especifica as seguintes suportabilidades para os capacitores: • TENSÃO: devem suportar até 110% do valor nominal. • CORRENTE: admitir uma operação contínua com uma corrente de fase de valor eficaz até 180% do valor nominal • POTÊNCIA: devem suportar até 135% do valor nominal a) Exemplo prático de análise de desempenho de capacitor submetido a harmônicas: DADOS DO BANCO: • Potência nominal: 1.200 KVAr; Tensão Nominal: 13.800 V; Tensão de operação: 13.800 V • Corrente nominal:50,2 A (1200/√3.13,8); freqüência fundamental: 60 Hz; Reatância do capacitor: 158700 Ω Tensões e correntes harmônicas as quais o capacitor está submetido: ORDEM HARMÔNICA TENSÕES [% fund] TENSÕES [VOLTS] CORRENTE S [% fund] 1 100,00 7967.4 100,00 3 0,0 0.0 0,0 5 4,00 318.7 20.00 7 3,00 239.0 21.00 11 0,00 0,00 0,00 13 0,00 0,00 0,00 17 0,00 0,00 0,00 19 0,00 0,00 0,00 21 0,00 0,00 0,00 23 0,00 0,00 0,00 25 0,00 0,00 0,00 %534 22 =+=TENSÃODHT %292120 22 =+=CORRENTEDHT )%1,104]([27,52 1 2 7 2 5 2 1 IAIIII ef =++= )%1,100]([39,79772397,3184,7967 1 222 VVVef =++= 13 Limites do banco de capacitor: GRANDEZAS CALCULADAS [%] LIMITES (norma ANSI/IEEE 18-1980) [%] O LIMITE FOI EXCEDIDO? Tensão de pico 107,0 120 Não Tensão eficaz 100,1 110 Não Corrente eficaz 104,1 180 Não Kvar 104,2 135 Não OBS: 1) Cálculo da tensão de pico: 100% + 4% + 3% = 107% 2) Potência reativa: Vef.Ief = 1,001 pu. 1,041 pu = 1,042 pu = 104,2% da Potência Nominal CONCLUSÕES: • O banco está sujeito, principalmente, à 5ª e 7ª harmônicas. • Apesar de valores relativamente altos para as distorções de corrente, a tabela acima indica que nenhum dos limites máximos foram atingidos. 13.5) EXEMPLO DE DERATING DE TRANSFORMADORES: Tem-se um edifício de escritórios, alimentado através de um transformador de 1 MVA, a seco. A corrente fundamental média medida é de I1 = 285 A enquanto que as correntes harmônicas medidas estão na tabela abaixo. HO 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 Ih [pu] 1 0,657 0,377 0,127 0,044 0,053 0,025 0,019 0,018 0,011 Pede-se calcular o derating a que este transformador deverá ser submetido. SOLUÇÃO: A nova corrente eficaz será calculada pela expressão: KpK KpIef .1 1 + += , Onde: ∑ ∑ = = = == nh h nh h Ih hIh K 1 2 1 2.2 )( .)( e Kp será obtido através da seguinte tabela: Transformador a seco Kp <1 MVA - 5 kV na AT 3% a 8% >1,5 MVA – 15 kV na AT 12% a 20% Transformador a óleo Kp <2,5 MVA – 480 V na BT 1% Entre 2,5/5 MVA – 480 V na BT 1% a 5% >5 MVA (480 V na BT) 9% a 15% 14 Considerando que o transformador é de 1 MVA, a seco: Kp = 0,08. Para a carga em estudo, visando atender a equação ∑ ∑ = = = == nh h nh h Ih hIh K 1 2 1 2.2 )( .)( monta-se a seguinte tabela: h I [pu] (Ih)2 h2.(Ih)2 1 1 1 1 3 0,657 0,432 3,885 5 0,377 0,142 3,552 7 0,127 0,016 0,79 ... ... ... ... .... ... ... ... 31 0,002 0,00.. 0,004 SOMAS: 1,596 10,119 Assim, ∑ ∑ = = = == nh h nh h Ih hIh K 1 2 1 2.2 )( .)( = 10,119 / 1,596 = 6,34 KpK KpIef .1 1 + += = In.85,0)08,0.34,61( )08,01( =+ + CONCLUSÃO: Este transformador dever ser usado com 15% menos potência do que o seu valor nominal de 1 MVA. Redução da Vida Útil de Transformadores, em Função da Elevação de Temperatura: 15 Vida Útil x Distorção Harmônica de Corrente: Vida Útil x Distorção Harmônica de Tensão: 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Distorção Harmônica de tensão [ % ] 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 5 10 15 20 25 30 35 Distorção Harmônica de Corrente[ % ] Carga Mista ( Carga Linear e/ou Nao LInear ) Carga Mista C/ Componente Continua( 1% ) Carga Mista C/ Componente Continua ( 10% ) 16 13.6)) EXEMPLO DE CÁLCULO DE CORRENTES EM CONDUTORES FASE E NEUTRO, NA PRESENÇA DE CORRENTES HARMÔNICAS: Neste exemplo, novamente será considerada a carga do edifício de escritórios, alimentado através de um transformador de 1 MVA, a seco, já visto anteriormente. A corrente fundamental média medida é de I1 = 285 [A]. As correntes harmônicas medidas estão na tabela abaixo. HO 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 Ih [pu] 1 0,657 0,377 0,127 0,044 0,053 0,025 0,019 0,018 0,011 CORRENTE DE FASE EFICAZ: 1 2222 1 1 2 .26,1011,0...377,0657,01.)( IIIhIef nh h =++++== ∑= = = 1,26.285 = 359,1 [A] CORRENTE NO NEUTRO: ][6,615.16,2).019,0044,0657,0(3)..3.3.3( 1111593 AIIIIIII hhhn ==++=++= . Como se pode observar, este valor é: • 116% acima da corrente fundamental; • 71,4% acima da corrente eficaz da fase. 17 13.7) PROTEÇÃO DE CAPACITORES 13.7.1) Proteção interna dos elementos capacitivos Visando proteção contra defeitos internos, cada unidade capacitiva normalmente possui proteção individual, por elo fusível, o qual é ilustrado nas figuras abaixo. 13.7.2) Proteção de sobrecorrente: Esta proteção tem por finalidade proteger o banco de defeitosno cabo de interligação dos bancos a seu respectivo disjuntor. São utilizados três relés de sobrecorrente de fase (51 e 50) e um relé de neutro (51N e 50N). 18 13.7.3) Proteção de sobretensão de fases: Os capacitores são muito sensíveis a sobretensões, que não devem, em hipótese alguma, superar o valor de 10% acima da tensão nominal, sob pena de redução da vida útil dos capacitores ou mesmo seu imediato dano. Esta proteção é feita com relés de sobretensão (59): 13.7.4) Proteção de sobretensão residual e desbalanço de correntes: Na ligação das unidades capacitivas em paralelo, a queima de um elo- fusível individual origina desbalanço de tensões entre fase e neutro, causando deslocamento do neutro da estrela. Desta forma, surgirá uma tensão entre o neutro e a terra. Esta tensão pode ser detectada por um relé de sobretensão residual (59G): 19 Para bancos de capacitores instalados em 138 kV, o relé 59G deve ser instalado paralelamente a um TP e a um resistor: Quando houver mais de um banco de capacitores em paralelo, a queima do elo-fusivel individual também provoca uma circulação de corrente residual pela interligação dos neutros dos bancos. Esta corrente pode ser detectada por um relé de sobrecorrente (61N), conectado a um TC que, por sua vez, está ligado entre os neutros dos bancos: 20 EXEMPLOS DE ANÁLISE DE UM SISTEMA, NA PRESENÇA DE BANCO DE CAPACITORES: 1- Calcular e plotar a impedância harmônica equivalente, vista pela barra 2, onde um banco de capacitores de 450 kVAr está conectado. Em seguida, calcule a frequência de ressonância paralela entre o banco de capacitores e a rede elétrica. Considerar, inicialmente, que o nível de curto-circuito da barra 1 é Scc = 20 MVA. Figura 1- Sistema de potência a ser analisado -Refazer as análises acima para as potências de 100, 300, 400 e 500 kVAr. -Refazer as análises acima para um Scc = 80 MVA. Obs: O valor a ser adotado para a potência reativa do capacitor é de 450 kVAr. SOLUÇÃO: Passo 1- Cálculo do módulo da impedância do sistema: ohms Scc sUxs 25.11 10*20 )15000( 6 22 === Obtenção da relação de transformação para transferir a impedância do sistema ao secundário do transformador: 00071.0 )15( )4.0(1 2 2 == N Portanto, a impedância do sistema, em OHMS, refletida ao lado de 400 [V] será: ohmsxssx 008.000071.0*` == Passo 2- Cálculo da reatância do transformador, em OHMS, relativo ao lado de 15 kV: ohms St Uxxl 3125,7 2000000 )15000(* 100 5.6)(* 100 % 221 === Esta reatância, referida ao secundário será: ohmsxllx 0052,000071.0*` == 21 Passo 3- Cálculo da reatância do capacitor: ohms Qc Uxc 36.0 10*450 )400()( 3 22 2 === Passo 4- O circuito equivalente visto pela barra 2: Figura 2- Circuito equivalente visto pela barra 2 Passo 5- Obtenção da impedância equivalente vista da barra 2 ohms h xcxlxsh h xcxlxsh Zeq −+ −+ = )]([ *)]([ Passo 6- Determinação da freqüência de ressonância entre o capacitor e o sistema (visto da barra 2): xlxs xcfr += Para possibilitar análises mais genéricas, onde o Nível de Curto-Circuito e a Potência do Banco de Capacitores possam ser variados, foi utilizado o Matlab para o desenvolvimento de um programa digital: Passo 7- Simulação 1º Caso Scc = 20 MVA A figura 3 e a Tabela 1, ilustra o comportamento das impedâncias equivalentes, em ohms, até a 25 ª ordem, não só para o banco de capacitores de 450 kVAr, mas também para outras potências de bancos. Como pode ser observado, para um banco de capacitores de 10 kVAr, há uma ressonância em torno da 11ª. harmônica. 22 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100kVAr 300kVAr 400kVAr 450kVAr 500kVAr Figura 3- Impedância equivalente para Scc = 20 MVA e com variação da potência reativa do banco de capacitores. Para uma melhor visão das ressonâncias paralelas que surgirão para os demais bancos de capacitores, veja a figura abaixo: 0 5 10 15 20 25 0 0.5 1 1.5 2 2.5 100kVAr 300kVAr 400kVAr 450kVAr 500kVAr Figura 4- Ampliação da figura 3. 23 Tabela 1- Impedância equivalente e frequência de ressonância para ordens harmônicas variando da 1ª a 25ª. Scc = 20 MVA. Qc[kVAr] fr (Hz) Ordem Harmônica 100 661 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,013 0,027 0,04 0,061 0,08 0,113 0,16 0,224 0,358 0,754 82,97 0,84 0,435 0,3 0,231 0,19 0,162 0,142 0,13 0,115 0,105 0,097 0,09 0,084 0,079 Qc[kVAr] fr (Hz) 300 381 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zeq (ohms) 0,014 0,029 0,05 0,087 0,17 0,727 0,43 0,181 0,118 0,089 0,073 0,06 0,054 0,05 0,043 0,04 0,036 0,034 0,03 0,03 0,028 0,026 0,025 0,024 0,023 Qc[kVAr] fr (Hz) 400 330 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,014 0,03 0,06 0,112 0,38 0,421 0,15 0,095 0,071 0,057 0,049 0,04 0,037 0,03 0,031 0,03 0,026 0,025 0,02 0,022 0,02 0,019 0,018 0,018 0,017 Qc[kVAr] fr (Hz) 450 311 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,014 0,031 0,06 0,13 0,92 0,235 0,11 0,077 0,059 0,049 0,041 0,04 0,033 0,03 0,027 0,02 0,023 0,022 0,02 0,019 0,018 0,017 0,016 0,016 0,015 Qc[kVAr] fr (Hz) 500 295 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,014 0,032 0,06 0,155 2,11 0,163 0,09 0,064 0,051 0,042 0,036 0,03 0,029 0,03 0,024 0,02 0,021 0,019 0,02 0,017 0,016 0,015 0,015 0,014 0,013 Tabela 2- Impedância equivalente e frequência de ressonância para ordens harmônicas variando da 1ª a 25ª. Scc = 80 MVA. Qc[kVAr] fr (Hz) Ordem Harmônica 100 894 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,01 0,015 0,02 0,03 0,04 0,05 0,07 0,08 0,1 0,13 0,17 0,25 0,39 0,85 8,64 0,76 0,407 0,28 0,219 0,18 0,15 0,134 0,12 0,11 0,099 Qc[kVAr] fr (Hz) 300 516 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zeq (ohms) 0,01 0,015 0,03 0,04 0,05 0,08 0,15 0,42 0,69 0,21 0,13 0,09 0,07 0,06 0,05 0,05 0,042 0,04 0,035 0,03 0,03 0,029 0,03 0,03 0,024 Qc[kVAr] fr (Hz) 400 447 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,01 0,016 0,03 0,04 0,07 0,12 0,43 0,38 0,14 0,09 0,07 0,05 0,05 0,04 0,04 0,03 0,029 0,03 0,025 0,02 0,02 0,021 0,02 0,02 0,018 Qc[kVAr] fr (Hz) 450 422 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,01 0,016 0,03 0,04 0,07 0,16 6,5 0,19 0,1 0,07 0,05 0,05 0,04 0,03 0,03 0,03 0,025 0,02 0,022 0,02 0,02 0,018 0,01 0,02 0,015 Qc[kVAr] fr (Hz) 500 400 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Zq (ohms) 0,01 0,016 0,03 0,05 0,08 0,23 0,49 0,13 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,03 0,03 0,02 0,022 0,02 0,019 0,02 0,02 0,016 0,02 0,01 0,014 24 2º Caso Trocando o nível de curto circuito para Scc = 80 MVA, tem-se os comportamentos para a impedância harmônica equivalente ilustrados nas figuras 5 e 6 (ampliada), bem como na Tabela 2, dapágina anterior. 0 5 10 15 20 25 30 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 100kVAr 300kVAr 400kVAr 450kVAr 500kVAr Figura 5- Impedância equivalente para Scc = 80 MVA e com a variação da potência reativa do banco de capacitores. 0 5 10 15 20 25 30 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 100kVAr 300kVAr 400kVAr 450kVAr 500kVAr Figura 6- Impedância equivalente para Scc = 80 MVA e com a variação da potência reativa do banco de capacitores 25 2) Referindo-se ainda ao sistema elétrico do exercício anterior: No barramento onde o capacitor está instalado, tem-se uma fonte harmônica, com as seguintes correntes: H 1 5 7 11 13 17 19 23 25 29 31 35 37 Ih [A] 122,3 9,5 24,5 31,2 22,3 1,3 1,1 5,6 4,8 0,9 0,8 2,9 1,7 Pede-se: a) Considerando-se a potência do banco de capacitores em 450 kVAr, pede-se obter as tensões harmônicas neste barramento, SEM e COM o capacitor. b) Verificar se o capacitor suporta as correntes, tensões e potências oriundas desta fonte harmônica. Solução: I- Análise sem o capacitor: Sem a presença do capacitor a expressão para a impedância equivalente vista pela barra 2 é dada por: )(** xtxshjZeq += Obs: Do exercício 1 sabe-se que xs = j*h*0,008 ohms e xt = j*h*0,0052 ohms. Aplicando a expressão hh IZeqU *= , obtém-se os valores das tensões harmônicas. Exemplificando para a 5ª. harmônica: U5 = 5*0,00132*9,5 = 0,627 [V] Fazendo estes cálculos para todas as ordens harmônicas das correntes injetadas na barra, tem-se a seguinte tabela, com as tensões resultantes: H 5º 7º 11º 13º 17º 19º 23º 25º 29º 31º 35º 37º Uh[V] 0,627 2,26 4,53 3,83 0,29 0,28 1,7 1,58 0,3435 0,3274 1,3398 0,8303 II- Análise com o capacitor Na presença do capacitor, a impedância vista pela barra 2 será dada por: 26 ohms h xcxlxsh h xcxlxsh Zeq −+ −+ = )]([ *)]([ Novamente, aplicando a expressão abaixo, obtemos os seguintes valores das tensões harmônicas ( na presença do capacitor): ( hh IZeqU *= ) H 5º 7º 11º 13º 17º 19º 23º 25º 29º 31º 35º 37º Uh[V] 8,7275 2,7637 1,2973 0,7256 0,03 0,0222 0,0912 0,0713 0,0114 0,0094 0,0301 0,01 III- Verificar se o capacitor suporta as correntes, tensões e potências oriundas da fonte harmônica. Considera-se aqui que o banco de capacitor está ligado em estrela. Portanto, trabalharemos com tensões fase-neutro. 3 400 1 =fnU Para que o banco de capacitor não tenha problemas quanto ao seu funcionamento, o mesmo deve obedecer a algum critério. Abaixo estão os critérios do IEEE: 1- Valor eficaz da tensão nU%110≤ 2- Valor de pico da tensão pnU%120≤ 3- Valor eficaz da corrente nI%180≤ 4- Potência reativa de operação cnQ%135≤ ÏII.1)- Analisando a suportabilidade à tensão • Tensão Eficaz: Para tal, calcula-se a tensão eficaz da seguinte forma: 2 37 2 7 2 5 2 1 ... UUUUUef ++++= = 231, 13 [V]. Logo: Uef = 231,13 [V] ≤ 254,034 [V] • Tensão de Pico: A expressão para este cálculo é: Up = )...(*2 37751 UUUU ++++ = 346,1 [V] Logo, Up = 346,1 [V] ≤ 391,92 [V] 27 Portanto, este Banco de Capacitores passou nos critérios 1 e 2. III.2)- Analisando a suportabilidade à corrente elétrica • -Cálculo da corrente fundamental ][44,649 3556,0 3 400 1 1 1 Axc UI === • -Cálculo das reatâncias capacitivas para as ordens harmônicas: Utilizando a relação abaixo, encontra-se a reatância capacitiva para cada ordem harmônica: h xcxch 1= H 5º 7º 11º 13º 17º 19º 23º 25º 29º 31º 35º 37º xch[ohms] 0.0711 0.0508 0.0323 0.0274 0.0209 0.0187 0.0155 0.0142 0.0123 0.0115 0.0102 0.0096 • Correntes harmônicas que circulam pelo capacitor: h h h xc UI = H 5º 7º 11º 13º 17º 19º 23º 25º 29º 31º 35º 37º Ih[A] 122,67 54,41 40,1344 26,5282 1,4336 1,1887 5,9004 5,0162 0,9298 0,8231 2,9652 1,7341 • Cálculo da corrente eficaz: 237272521 ... IIIIIef ++++= = 665, 04 [A] O limite de corrente suportado será: 1,80*In = 1.197 [A] Logo, Ief = 665,04 [A] ≤ 1,80*In Portanto, o banco de capacitores passou no critério número 3. III.4)- Análise da suportabilidade à potência reativa de operação: Aplicando a equação abaixo para cada ordem harmônica, obtemos a potência reativa total solicitada ao capacitor: h h n h T xc UQc 2 1 ∑ = = = 451, 3 kVAr Considerando que 1,35 *QC = 609,25 kVAr. Logo, QCT = 451,3 kVAr ≤ 1,35 * QC 28 Portanto, o banco de capacitores passou no critério 4. Obs: Todos os cálculos foram efetuados no software Matlab pela facilidade e agilidade na execução dos cálculos. Conclusão O banco de capacitores não sofrerá danos quando da operação em conjunto com esta carga não-linear.
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