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RESUMO ARTIGO PSICOLOGIA JURIDICA HISTORIA, RAMIFICAÇÕES E ÁREAS DE ATUAÇÃO

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ARTIGO: PSICOLOGIA JURÍDICA: HISTÓRIA, RAMIFICAÇÕES E ÁREAS DE ATUAÇÃO (Liene Martha Leal)
A RELAÇÃO ENTRE A PSICOLOGIA E A JUSTIÇA: UMA VISÃO HISTÓRICA
No inicio do século XIX, na França, os médicos foram chamados pelos juízes da época para desvendarem o “enigma” que certos crimes apresentavam. Eram ações criminosas sem razão aparente, ou seja, não eram motivadas por lucros financeiros ou paixões, que pareciam possuir outra estrutura, e não encaixava nos quadros clássicos da loucura. 
A psicologia começou aparecer das ciências que auxiliam a justiça em 1868 com Prosper Despine, a partir da publicação do seu livro. E por isso, passou a ser considerado o fundador da Psicologia Criminal.
De acordo com seus estudos, Prosper, concluiu que o delinquente não apresenta enfermidades físicas e nem mentais (com exceção de poucos); Segundo ele, as anomalias apresentadas pelos delinquentes situam-se em suas tendências e seu comportamento moral e não afetam sua capacidade intelectual. 
Em 1875, a criminologia torna-se campo para ciências humanas como o saber que viria a dar conta do estudo da relação entre o crime e o criminoso. Para García-Pablos de Molina (2002) “Corresponde à psicologia do estudo da estrutura, gêneses e desenvolvimento da conduta criminal”.
Para Bonger (1947), não existe uma tipologia psicológica específica do delinquente. Para ele, o que diferencia o delinquente das demais pessoas é uma deficiência moral associada a uma exagerada tendência materialista.
Lombroso, italiano e psiquiatra, pai da criminologia e criador da antropologia criminal (ciência que estuda a relação entre as características físicas do individuo e a criminalidade), também se ocupou da Psicologia do delinquente. 
Dentre vários autores que citam sobre as características do delinquente, Baer, um alemão, ao analisar o comportamento do delinquente, fez significativas observações sobre a importância que o meio ambiente exerce sobre as tendências psíquicas de uma pessoa. Segundo ele, o delinquente representa um caso extremo das características psíquicas que mais abundam na classe social de onde ele procede.
Em 1950, Mira y Lopez utiliza o termo Psicologia Jurídica pela primeira vez em suas publicações. Nele os autores buscam discutir sobre o papel da psicologia no campo do direito e oferecer conhecimentos sobre o comportamento humano que auxiliem os juristas em suas decisões.
Para Mira y Lopez (2008), o comportamento individual reflete a toda hora aspectos da conduta social, ou seja, há em todo momento uma influencia recíproca entre sujeito e seu meio social. E destaca que o modo de percepção da situação seria o fator mais importante de todos na determinação da reação pessoa, onde se diz respeito à subjetividade do individuo. 
Segundo Fernandes (2002): “O desafio que a vida em sociedade apresenta não se limita a apontar uma única e simplificada explicação do ‘porquê’ o homem mata outro homem, mas de descobrir o ‘porquê’, em circunstancias similares, um homem mata, outro socorre e um terceiro finge que nada viu. A explicação não pode estar em supostos instintos humanos, que tenderiam a dirigir sempre todos os homens numa única direção, mas, principalmente, nas experiências de suas vidas inteiras, que variam amplamente de uma pessoa para outra”.
Cohen (1996) defende a ideia de que “melhor do que procurar rotular ou classificar os ‘tipos criminosos’ seria procurar estabelecer possíveis relações entre uma condição humana, em um determinado contexto, com a prática de ilicitudes”. Ponto central da investigação da Psicologia Jurídica.
Ao final, conclui-se que não existe um perfil criminoso e sim uma série de variáveis, circunstancias e determinados contextos que levam estas pessoas ao cometimento do delito.
RAMIFICAÇÕES E ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JURÍDICA
Psicologia Jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico às questões relacionadas ao saber do Direito. As outras ramificações estão todas inseridas dentro da Psicologia Jurídica. 
A Psicologia Jurídica contribui em utilizar as questões humanas para a facilitação de resoluções de conflitos, pois não se trata apenas de questões burocráticas ou processuais, mas são situações delicadas, difíceis e dolorosas. 
O psicólogo jurídico dispõe de seus conhecimentos psicológicos a disposição do Juíz, ao qual exerce a função julgadora, assessorando-o em aspectos relevantes para determinadas ações judiciais, trazendo uma realidade psicológica dos agentes envolvidos que auxiliem o seu julgamento.
Ramificações da Psicologia Jurídica: Psicologia Forense é caracterizado pela aplicação do conhecimento psicológico realizada sobre uma situação de processo ou procedimento em andamento no Foro (apreciação judicial); Psicologia criminal estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual nele se origina e se processa a ação criminosa. Psicologia Judiciária corresponde a toda prática psicologia realizada a mando e a serviço da justiça (função pericial)
O psicólogo jurídico deve estar apto para atuar no âmbito da Justiça considerando a perspectiva psicológica dos fatos jurídicos; colaborar no planejamento e execução de políticas de cidadania, Direitos Humanos e prevenção da violência; fornecer subsídios aos processos judicias; além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis.

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