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CENTROS URBANOS VITAIS: CONFIGURAÇÃO, DINAMICA FUNCIONAL E CARATER DAS RUAS COMERCIAIS

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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA – UNOESTE – ARQUITETURA E URBANISMO – URBANISMO IV
JAQUELYNE SOARES BALSANI
CENTROS URBANOS VITAIS: CONFIGURAÇÃO, DINAMICA FUNCIONAL E CARATER DAS RUAS COMERCIAIS
A ideia de cidade está sempre associada à de concentração. O caráter gregário da espécie humana e a necessidade pragmática de aglomeração estão na raiz do surgimento dos assentamentos urbanos. O termo concentração, ao expressar uma imagem essencialmente dinâmica relativa do processo permanente de reunião coletiva que caracteriza cidades, traz consigo a ideia de que o centro é o lugar da cidade que mais o identifica. Em escala global as cidades são núcleos de concentração distribuídos sobre o território. O senso comum dita como centro o ponto de convergência e concentração de pessoas, e sabe que a cidade tem uma estrutura não uniforme. “O lugar mais próximo de todo” é uma definição matemática, de que o centro é o meio, mas também pode significar início, onde a expansão da cidade se direciona a partir dali. Um centro urbano pode ser delineado em função de sua localização, suas quantidades e tipo de ocupação através de uma descrição sistêmica que envolve diversas linhas de pensamentos. A identificação de um centro através da análise de mapas e dados pode encerrar-se em si mesma e cair no descrédito se a verificação in loco das características do local, dos aspectos históricos particulares e das lógicas socioeconômicas locais, se a percepção dos moradores e transeuntes, se a leitura do lugar no nível do chão das ruas não corroborá-la. O centro é uma porção do espaço com características locacionais, de uso e ocupação excepcionais em relação às demais que com ela compõem uma estrutura urbana. Comumente é chamado de centro lugares onde há o conjunto de praça, igreja, comércio antigo etc. local palco de festas, reuniões populares. Mas, devidamente, o centro urbano é a ligação de certas funções ou atividades que preenchem um papel de comunicação entre os elementos de uma estrutura urbana. O espaço ou conjunto de espaços adjacentes que apresentam excepcionalidade locacional, predominância de atividades comerciais e de serviços e maior grau de apropriação coletiva relativamente ao âmbito geral da cidade em questão. 
A grande maioria das cidades, ao atingir determinado tamanho e grau de complexidade, passa a apresentar o fenômeno de multiplicação desses espaços excepcionais. Os centros múltiplos são uma necessidade humana de maximização das vantagens advindas da aglomeração. É comum ao nossos olhos e entender que uma cidade possa crescer e sofisticar-se sem sofrer modificação através de sua expansão, sendo assim aceitável que surjam os novos centros, ou sub-centros. E economia de mercado é o regulador do esquema espacial urbano. A rua convenientemente ocupada e organizada é um passo natural do processo de crescimento urbano. A formação de ruas convenientemente estruturadas localmente é um processo fundamental de qualquer cidade. A oposição entre privilégio locacional, movimento e densidade de ocupação e uso dispara um processo retroalimentador que paulatinamente estabelece de maneira inequívoca ruas ou parte delas como centros urbanos.

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