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material 2 02082016

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Prof.ª Ms. Katia Lacerda 
klacerdap@gmail.com 
 
� Importância da disciplina; 
� Apresentação do Plano de Ensino; 
� Contrato Pedagógico (normas e procedimentos); 
� Principal referência (observe no plano de ensino as demais referências da disciplina) 
NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 33. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. 
 
CONTEÚDO (conforme Plano de Ensino disponível no Portal UNESC) 
 
� INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO: DISCIPLINA BÁSICA; A Introdução ao Estudo 
do Direito como disciplina propedêutica do curso jurídico e considerações sobre o cumprimento 
de sua função como ponte epistemológica entre o saber vulgar e o conhecimento científico. 
Evolução histórica do ensino jurídico. 
 
� IED: Noções fundamentais 
 
Trata-se de disciplina autônoma das demais, por desempenhar função exclusiva. Possuindo caráter 
de disciplina propedêutica, de base, introdutória do estudante no curso de Direito. 
A IED se propõe a ser uma disciplina de base, introdutória, que auxiliará na definição do objeto de 
estudo e indicará os limites da área de conhecimento, apresentando as características da ciência, seus 
fundamentos, valores e princípios, ou seja, é um sistema de ideias gerais. 
 
� Conhecimento vulgar x conhecimento científico 
 
O conhecimento vulgar corresponde ao senso comum e abrange aquelas coisas que quase toda 
pessoa sabe. Reporta-se àquilo que se aprende desde muito cedo, envolvendo nossas crenças e opiniões, 
tradições, lendas, tudo isso diz respeito ao senso comum. 
Adquire-se através da repetição de experiências, do testemunho e do exemplo dos outros (família, 
amigos, vizinhos, etc.), com a prática e também com os erros. Ajuda a sobreviver e a conviver, ajuda nas 
tarefas do quotidiano e nos mais diversos ofícios e ajuda-nos a desempenhar papéis sociais ao longo da 
vida. É um conhecimento superficial. 
A linguagem usada no conhecimento vulgar é a nossa linguagem de todos os dias e, 
frequentemente, os termos utilizados são imprecisos e vagos. Apesar de muito questionado, o senso comum 
constitui um saber válido e indispensável. 
O conhecimento científico diz respeito a um tipo específico de conhecimento que é realizado por 
cientistas em universidades, institutos de investigação, laboratórios, empresas, etc. É um conhecimento 
sistemático, já que as diferentes ciências consistem em corpos organizados de conhecimento. 
É rigoroso e objetivo, porque procura respostas para questões sobre o mundo, o homem, a 
natureza, a vida, etc., tentando obter respostas aceitáveis do ponto de vista lógico e racional. 
 
Assim, as ciências distinguem-se do senso comum porque têm em vista uma explicação dos fatos 
que seja controlável através de experiências científicas. 
Os cientistas tentam encontrar uma ordem e um motivo por detrás das aparências e, para esse 
efeito, avançam hipóteses que visam captar as leis da Natureza. 
As teorias científicas são testáveis, isto é, os cientistas confrontam-nas com a experiência e elas 
podem ser modificadas caso não estejam de acordo com a realidade, portanto, ocorrem mudanças de 
teorias científicas com alguma frequência. 
O conhecimento científico é hoje um tipo de conhecimento fundamental, pois desempenha um papel 
importantíssimo na vida dos homens, embora possa ter fortes implicações no meio ambiente. Por isso, não 
devemos encará-lo com reverência e passividade, mas sim com espírito crítico e problematizador. 
 
� Evolução histórica do ensino jurídico 
 
• Os movimentos para o surgimento do Ensino Jurídico no Brasil começaram obrigatoriamente pela 
Faculdade de Direito de Coimbra. Pelos portões das escadarias de Minerva passaram, até o início do século 
XIX, os estudantes brasileiros do curso de Direito. Isso perdurou, prioritariamente, até a sanção da Carta de 
lei de 11 de agosto de 1827, que instituiu os cursos de Direito em São Paulo e Olinda. Influenciados 
inicialmente pela Reforma Pombalina no ensino jurídico, ditada nos Estatutos de 1772, os estudantes 
brasileiros puderam acompanhar as transformações liberais da Faculdade de Direito de Coimbra, ocorridas 
em décadas seguintes, trazendo consigo essa bagagem cultural ao Brasil; 
• Criado potencialmente em alusão ao modelo "fordista" de produção industrial em série, o termo 
"fábricas de bacharéis" descreve o aumento indiscriminado de vagas ocorrido no Ensino Jurídico Brasileiro, 
sem notícias históricas de quaisquer modificações qualitativas. Desse modo, em 1927, no primeiro 
centenário da criação dos cursos de Direito no Brasil, a República Velha aproxima-se de seu encerramento 
com um saldo de 14 cursos de Direito e 3200 alunos matriculados; 
• Função social do ensino jurídico; 
• Segundo centenário. 
 
 
� O direito como curso formador de um tipo singular de profissional: o jurista. 
 
A Formação do Jurista 
 
Chamo de formação, o conjunto de fatores externos e internos que, somados, constroem as 
particularidades básicas de um cidadão que pretende ingressar no mercado de trabalho. Fatores externos são os 
adquiridos nos bancos universitários, na vida profissional, social e demais apreensões que são apresentadas ao 
jurista e após filtrados pela moral, ética, costumes, etc. De fatores internos são a ética, moral e costumes já ditos, 
que são os filtros das informações e alavancas que hão de fazer externar as atitudes deste profissional. 
Chamo de profissional jurídico (jurista) toda aquela pessoa que se ingressa no poder jurisdicional, não 
necessariamente advogados, juízes, delegados de polícia e promotores. São todos que estão nesta grande 
empresa que chamamos de jurisdição, atuando nela de qualquer forma. 
Definidas minhas expressões, o conjunto vernacular que intitula este artigo vem para informar ao leitor 
que a formação profissional do jurista é de extremada importância na execução de seu “profissionalismo”. Ou 
seja, quando em atuação todos aqueles fatores da formação devem ser aplicados em sua plenitude. 
Quanto mais formação, melhor o profissional. Justifico: é melhor laureado o jurista que tem conhecimento 
no maior número de ramos do direito. O direito é um ramo de conhecimento (uma ciência) muito grande e com 
nuanças diversas que se interagem entre si de forma extremamente harmoniosa. E esta interação é, no mais das 
vezes, tão surpreendente que não nos assusta se a principiologia do direito agrário se entremear com o direito 
aeronáutico. 
Mais entendido em mais áreas, melhor será o profissional, o jurista. Então as bases e fundamentos 
externos como leitura e vivência devem ser o mais diversificado possível. Assim sendo, a vivência social, e 
profissional (aquela afora do mundo jurídico) é de suma importância para a formação do profissional jurista. 
Mas existe um tipo de formação essencial ao jurista que na atualidade encontra-se mitigado, 
menosprezado a ponto de fazer com que estejamos vendo profissionais extremamente desqualificados: a leitura. 
Não se lê mais hoje. As livrarias estão indo à banca rota e livro virou produto raro e de luxo. Sem leitura não há 
que se falar em advogado, delegado, escrivão, escrevente, oficial de justiça, defensor público, juiz, promotor ou 
qualquer outro cidadão! 
A leitura é a formação mais necessária a um jurista. Não somente a literatura jurídica com os grandes 
pensadores do direito. Não se pode olvidar dos grandes romancistas, dos clássicos, dos atuais escritores e suas 
inovadoras técnicas de redação e exposição de temas. A formação jurídica e profissional de um jurista é 
verificada, criticada e colocada à prova em momentos extremos que se dão sempre na oratória e na redação de 
textos. 
Não somos artistas manuais que desenham pinturas, partituras, esculturas. Nossa arte é a escrita e a fala. 
Somente haverá de falar bem os que bem escrevem. Somente bem escreve o que lê com desenvoltura. Ler de 
tudo muito. Sim, sim! Overdose de leituranão mata, é saudável. E hoje estamos vivendo graves momentos de 
analfabetismo funcional. O que é isto: pessoas que sabem ler e escrever, mas não sabem colocar suas ideias no 
papel. Não sabem ordenar pensamentos. 
Arriscar subir as escadarias de um fórum levando pretensões de pessoas para serem resolvidas no poder 
judiciário não é uma aventura de quem vai fazer esporte radical. É responsabilidade e desenvoltura para deixar 
registrado de forma exemplar toda a casuística apresentada pelo cliente. Adequar suas alegações à lei e ao direito 
de forma com que se dê por bem demonstrado que o que ele deseja tem amparo. 
Se não souber-se fazer uma boa obra de arte na escrita, este que se arvora dizer-se jurista estará fadado 
ao fracasso. Na mesma esteira está a argumentação oral. Não se argumenta em juízo tal qual se argumenta num 
boteco! Vocabulário escorreito. Organização na exposição das ideias de forma clara e objetiva. Assim como o 
escrever o falar deve ser cuidadosamente expressado. Malgrado de várias situações que já notei por diversas 
vezes muitas pessoas argumentam bem questões corriqueiras do dia-a-dia, entretanto as voltadas ao mundo 
jurídico são lastimavelmente precárias. 
Vale a lição do mais nobre professor do mundo jurídico – Rui Barbosa – quando nos instiga a “estudar, 
estudar e estudar”. Ronaldo Galvão - advogado. 
 
� Disciplinas Jurídicas 
 
Divisão clássica das disciplinas jurídicas: fundamentais e auxiliares. 
Fundamentais: Ciência do Direito, Filosofia do Direito e Sociologia do Direito. 
Auxiliares: História do Direito e Direito Comparado. 
 
Disciplinas jurídicas fundamentais 
 
 Ciência do Direito: também chamada dogmática jurídica, esta disciplina aborda o Direito vigente em 
determinada sociedade e as questões relativas à sua interpretação e aplicação. Por se manter alheia aos 
valores, ela define e sistematiza o conjunto de normas que o Estado impõe à sociedade. 
 Filosofia do Direito: transcende o plano meramente normativo, para questionar o critério de justiça 
adotado nas normas jurídicas, por isso reflete sobre os fundamentos do Direito. O jusfilósofo deve conhecer 
tanto a natureza humana quanto o teor das leis. 
 Sociologia do Direito: busca a mútua convergência entre o Direito e a sociedade, por isso, é a 
disciplina que examina o fenômeno jurídico do ponto de vista social, a fim de observar a adequação da 
ordem jurídica aos fatos sociais. Pode ser investigada de três formas: 
a) adaptação do Direito à vontade social; 
b) cumprimento pelo povo das leis vigentes e a aplicação destas pelas autoridades; 
c) correspondência entre os objetivos visados pelo legislador e os efeitos sociais provocados pela lei. 
Conforme afirma Paulo Nader, o Direito de um povo se revela autêntico, quando retrata a vida 
social, quando se adapta ao momento histórico, quando evolui à medida que o organismo social ganha 
novas dimensões. 
 
 Disciplinas jurídicas auxiliares 
 
 História do Direito: tem por escopo (objetivo) a pesquisa e a análise dos institutos jurídicos do 
passado, tendo em vista que a história e o Direito vivem em regime de mútua influência, pois para a 
compreensão do Direito, exige-se, muitas vezes, que se compreenda o contexto histórico à época em que foi 
elaborado. 
 Direito Comparado: tem por objeto o estudo comparativo de ordenamentos jurídicos de diferentes 
Estados, dentro do propósito de revelar as novas conquistas alcançadas em determinado ramo do Direito e 
que podem orientar legisladores, aproveitando assim, um Estado, a experiência jurídica de outro. 
 
� Papéis profissionais da área jurídica e tipo de atividades realizadas por eles. 
(alguns exemplos) 
 
- Advogado: Profissional devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, que pode atuar em várias 
áreas ou especializar-se em uma área específica. Pode ainda, mediante aprovação em concurso público, ser 
Advogado Geral da União, por exemplo. 
Art. 133 CF/88: O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e 
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
 
- Juiz de Direito: Profissional devidamente aprovado em concurso público e regido pelo Estatuto da 
Magistratura, exigindo-se no mínimo, três anos de atividade jurídica. Goza de vitaliciedade, inamovibilidade e 
irredutibilidade de subsídios. 
Art. 95 da CF/88: Traz as garantias dos juízes, e no parágrafo único, as vedações, como por exemplo, a 
impossibilidade de exercer outro cargo ou função, exceto a de magistério. 
 
- Promotor de Justiça: Profissional devidamente aprovado em concurso público, tornando-se então, Membro 
do Ministério Público. 
Art. 127 da CF/88: O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis. 
 O membro do Parquet, age como fiscal da lei, protegendo os interesses da sociedade. Ele goza de 
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios. Está proibido de exercer qualquer outra função 
pública, salvo a de magistério. 
 
- Defensor Público: Profissional devidamente aprovado em concurso público (é necessária a prévia inscrição 
na OAB). 
Art. 134 da CF/88: A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe a orientação jurídica e defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5°, LXXIV. 
 
 
� O DIREITO: Terminologia e caracterização: A origem etimológica do termo; Dificuldade 
de uma verdadeira definição do direito. 
DEFINIÇÃO DE DIREITO (Paulo Nader) 
� As definições sofrem a influência dos juristas. Por exemplo, quem é legalista (dogmático), 
identificará o Direito com a norma jurídica; se idealista, colocará a justiça como elemento primordial; 
os sociólogos, enfatizam o elemento social; os historicistas fazem referência ao caráter evolutivo do 
Direito. Pitágoras afirmou que “o Direito é o igual múltiplo de si mesmo”. 
� Somente podemos definir o que realmente conhecemos. 
� As definições podem ser nominais e reais (ou lógicas). As nominais procuram expressar o significado 
da palavra em função do nome do objeto, e dividem-se em etimológicas e semânticas. Já as 
definições reais ou lógicas fixam a essência do objeto, fornecendo as suas notas básicas. 
 
Definições: 
 - Nominais: Etimológicas e Semânticas 
 - Reais ou lógicas 
 
� Etimológica: explica a origem do vocábulo, a sua genealogia. A palavra Direito é oriunda do adjetivo 
em latim directus (conforme a reta, sem desvio). Este vocábulo surgiu na Idade Média, mas na 
época o termo empregado pelos romanos era jus (lícito) e injuria (ilícito). Do vocábulo jus surgiram 
outros termos, como justiça, juiz, juízo, jurista, jurisdição e jurisprudência. 
� Semântica: é a parte da gramática que registra os diferentes sentidos que a palavra alcança em seu 
desenvolvimento. O mundo das palavras possui vida e é dinâmico, assim a palavra direito já 
designou somente o que está conforme a reta, o que está conforme a lei, a própria lei, a ciência que 
estuda as leis, etc. (lexicografia= realismo verbal). 
� Reais ou lógicas: do ponto de vista objetivo, Direito é um conjunto de normas de conduta social, 
imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo os critérios de 
justiça. 
Por conjunto de normas de conduta social, é possível compreender que a norma define um 
procedimento a ser adotado em determinada situação e esta mesma norma determina direitos e deveres 
para o comportamento social. Esta norma não atinge o homem na sua intimidade. 
As normas são impostas coercitivamente pelo Estado, somente as normas jurídicas possuem esta 
característica e requerem a participação do Estado. Para esta função, o Estado deve estar devidamente 
estruturado de acordo com sua clássica divisãodos poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). 
As normas impostas pelo Estado, objetivam a segurança segundo os critérios de justiça. Neste 
sentido, as leis de um país devem ser consideradas como meio a concretização do bem-estar da 
sociedade. A justiça é a causa final do Direito, a sua razão de ser, e a forma de alcançá-la é através de 
normas. Ela é conceituada como uma constante e permanente vontade de dar a cada um o seu direito. 
A segurança jurídica existe para que a justiça, finalidade maior do Direito, se concretize. Vale 
dizer que a segurança jurídica concede aos indivíduos a garantia necessária para o desenvolvimento de 
suas relações sociais, tendo, no Direito, a certeza das conseqüência dos atos praticados. 
 
� O significado das palavras e a dificuldade de uma verdadeira/única definição do direito 
 
As palavras, de acordo com o significado podem ser: UNÍVOCAS e PLURÍVOCAS. As palavras unívocas 
guardam apenas um significado, como a própria denominação o revela. Ex.: Deus, fogo. 
As plurívocas, entretanto, podem ser equívocas e analógicas. 
a) Equívocas - são as palavras que, às vezes, podem apresentar uma infinidade de significados equívocos, isto é, 
que não condizem uns com os outros; 
b) Analógicas - quando determinados vocábulos guardam analogia, semelhança entre si. 
 
Exemplos: a palavra cravo apresenta inúmeros significados. 
Será que a palavra cravo designa uma flor? 
Será que a palavra cravo designa um instrumento musical? 
Será que a palavra cravo designa uma espécie de prego? 
Será que tais significados são análogos? 
Tais acepções não são análogas, não são semelhantes; são, isto sim, equívocas, diversas. 
Observe outros exemplos e constate as várias acepções que tem a palavra direito: João estuda direito; o 
direito brasileiro permite o divórcio; o credor tem o direito de receber do devedor o valor da dívida; o salário que 
permita ao trabalhador e família um sustento digno é um direito seu; o direito é um fenômeno social... É comum 
ainda observar-se o emprego da palavra Direito como referência ao que é justo. Ao se falar que “João é homem 
direito”, pretende-se dizer que ele é justo em suas atitudes. 
 
 A palavra direito é PLURÍVOCO-ANALÓGICA, vez que apresenta uma pluralidade de sentidos análogos. 
O fenômeno jurídico é extremamente complexo (complexo ≠ simples); apresenta vários aspectos ou 
elementos. 
Portanto, a palavra direito possui vários significados, que apesar de se diferenciarem, guardam entre si alguns 
nexos, têm algo em comum (analógica). 
 
Caso 1: 
1. O que é o Direito? 
2. É possível definir o termo “Direito” de maneira homogênea e definitiva? 
 
Caso 2: 
Os diversos significados da palavra “direito”: O direito (1) à vida e à saúde é tutelado no direito (2) 
brasileiro e cabe ao Estado cuidar da saúde e da assistência pública. Com base nestes argumentos, Pedro teve 
reconhecido o direito (3) a receber medicamentos do Estado para tratamento de uma doença que contraíra. 
Realmente, não parece direito (4) deixar um cidadão direito (5) desassistido. Mas, nem sempre foi assim: apenas 
com o passar do tempo, o estudo do direito (6) reconheceu esses direitos (7) sociais, transformando-os em direito 
(8). 
Identifique os diversos significados/sentidos da palavra “direito” no texto acima, indicando a (s) 
correspondência (s) existente (s) entre eles: 
 
� Conceito de Ordem Jurídica 
 
Ordem Jurídica é a expressão que coloca em destaque uma das qualidades essenciais do Direito Positivo, 
que é a de agrupar normas que se ajustam entre si e formam um todo harmônico e coerente de preceitos. 
Assim, ordenamento jurídico vem a ser a reunião de normas vinculadas entre si por uma fundamentação 
unitária. Estas normas vinculadas, que formam, então, o corpo normativo, quando incidem sobre um fato 
social, nos deparamos não apenas com a norma considerada mas com a norma jurídica, pois as normas, 
apreciadas isoladamente, não possuem vida. 
A ordem jurídica, que é o sistema de legalidade do Estado, forma-se pela totalidade das normas vigentes, 
que se localizam em diversas fontes e se revelam a partir da Constituição Federal, que é a responsável pelas 
regras mais gerais e básicas à organização social. As demais formas de expressão do Direito (ex: leis, 
decretos,...) devem estar ajustadas entre si e conjugadas à Lei Maior. 
Ainda que mal elaboradas sejam as leis e às vezes atrasadas com relação ao momento histórico e social, 
ao jurista caberá com a aplicação de seu conhecimento científico e técnico, revelar a ordem jurídica 
subjacente (que não se manifesta claramente). 
É falsa a ideia de que o legislador entrega à sociedade uma ordem jurídica pronta e aperfeiçoada. Ele 
elabora as leis, mas a ordem jurídica é obra dos juristas, definidas em contratos, tratados, decisões judiciais, 
etc. 
 
� A dificuldade em evitar a imposição de valores no processo educacional e a importância 
da otimização de valores humanísticos. 
 
- Direitos Humanos x Sistema Carcerário 
- Direito à vida x Aborto do Anencéfalo

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