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Matéria Filosofia

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1 
 
Sumário 
18/02/2013 ........................................................................................................................................2 
O espírito filosófico grego ..............................................................................................................2 
Justiça trágica versus justiça socrática racionalista ........................................................................2 
A justiça trágica: Homero, Hesíodo e Heráclito ..........................................................................2 
Conceito de justiça .....................................................................................................................3 
25/02/2013 ........................................................................................................................................3 
Do trágico ao racional ....................................................................................................................3 
AGON: Disputa sem fim ..............................................................................................................4 
04/03/2013 ........................................................................................................................................4 
Corrupção trágica - pagã da justiça contraposta as teorias de justiça hegemônicas da 
modernidade, marcadas pela interferência espiritual do cristianismo ..........................................4 
Sócrates e o direito ....................................................................................................................5 
Platão e o direito ........................................................................................................................5 
11/03/2013 ........................................................................................................................................5 
A filosofia do período clássico da antiguidade grega .....................................................................5 
Sócrates e a justiça .....................................................................................................................5 
Platão e a Justiça ........................................................................................................................5 
Aristóteles e a Justiça .................................................................................................................6 
18/03/2013 ........................................................................................................................................6 
Platão e a justiça ............................................................................................................................6 
Aristóteles e a justiça .................................................................................................................7 
25/03/2013 ........................................................................................................................................7 
A lógica Aristotélica ........................................................................................................................7 
Níveis de credibilidade do discurso ............................................................................................7 
15/04/2013 ........................................................................................................................................7 
Aristóteles e a justiça .....................................................................................................................7 
22/04/2013 ........................................................................................................................................8 
Platonismo e aristotelismo cristãos na Idade Média ......................................................................8 
Período helenístico .....................................................................................................................8 
Santo Agostinho: a razão e as paixões........................................................................................8 
2 
 
São Tomás de Aquino: as ideias a cerca da alma ........................................................................9 
06/05/2013 ........................................................................................................................................9 
A filosofia moderna: a época das luzes ..........................................................................................9 
O sujeito moral: história e liberdade ........................................................................................10 
 
 
18/02/2013 
O espírito filosófico grego 
Justiça trágica versus justiça socrática racionalista 
Bibliografia 
 VIDAL - NAQUET, Pierre. O mundo de Homero. São Paulo: Cia. Das Letras, 2002. 
 NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia no espírito da música. In: Friedrich Nietzsche. Obras 
incompletas. São Paulo: Abril Cultural, 1974 (Coleção os pensadores) 
 ______________. Tales de Mileto. Crítica moderna. In: Pré-socrático. São Paulo: Abril Cultural, 
1974 (Coleção os pensadores). 
 ______________. O nascimento da tragédia. São Paulo: Cia. Das Letras, 2003 
 
A justiça trágica: Homero, Hesíodo e Heráclito 
A Grécia homérica (arcaica) estava marcada por uma sensibilidade sofrimento. A justiça trágica é 
expressão da capacidade do homem suportar, afirmar e jogar com o inesclarecível. 
As epopeias de Homero (Ilíada e Odisseia) mostraram ao longo de suas respectivas narrativas 
características e peculiaridades do modo viver dos habitantes da Grécia Antiga. 
Nietzsche investigando os valores da aganística (competitividade) reconhecia como característica 
essencial de homem da Grécia Olímpica a disposição para as atividades bélicas, e o modo mais 
viável de se modelar os seus impulsos de violência e morte seria a condição do instituto da disputa 
para o plano das artes, da política dos esportes. E essa nobre força se desenvolveu através a 
superação dos limites, motivada pela afirmação de uma aganística saudável, que preconiza o 
respeito ao oponente, aquele que possibilita a nossa própria afirmação (justiça cósmica) que 
promove a harmonia através da interação dos contrários. 
3 
 
Justiça socrática: período clássico 
Antes: natureza mágica 
A partir de Sócrates - necessidade corrigir a vida 
Equação socrática = RAZÃO, MORAL e FELICIDADE = VERDADE e JUSTIÇA = Justificação racional da 
existência (rebaixamento dos instintos) 
Sócrates condena a arte e a moral trágica pela falta de discernimento e pela potência da ilusão 
que encerra. Deseja corrigir a existência e como tal é precursor de uma cultura, de uma arte 
moral. Atribui ao saber e ao conhecimento a força de uma medicina universal e percebe no erro o 
tal em si. 
Diferença entre: 
 Justiça moralista - individual 
 Justiça dos juristas - coletiva 
Justiça polínica - Apolo, força da luz, do instituto 
Homem grego era sensível a dor, e o Olimpo, bem como as artes, serviam de anteparo para não 
sucumbir. 
Diógenes - cinismo de contestação 
Mito da luz 
Conceito de justiça 
A teoria da justiça está correlacionada as questões de justiça, igualdade e liberdade. É usado de 
forma diferenciada por moralistas e juristas. O moralista vê na justiça uma qualidade subjetiva do 
indivíduo, o exercício de sua vontade, uma virtude. O jurista vê na justiça uma exigência da vida 
social (sentido objetivo) . 
25/02/2013 
Do trágico ao racional 
Bibliografia: 
 Nietzsche, F. Sobre verdade e mentira no Sentido Extra moral. Friedrich Nietzsche. Obras 
Incompletas. São Paulo: Abril Cultural, 1974 (Coleção os Pensadores); 
 ____________. Tales de Mileto. Crítica Moderna In:Os Pré-socráticos. São Paulo: Abril 
Cultural, 1974 (Coleção Os Pensadores). 
4 
 
AGON: Disputa sem fim 
 "O homem, em suas faculdades mais elevadas e nobres, é integralmente natureza e incorpora o 
seu misterioso caráter dualístico. Aqueles seus traços aterradores considerados desumanos talvez 
sejam o solo fértil único ante a humanidade pode sé desenvolver por impulsos, ações e obras" 
(Nietzsche, Cinco Prefácios para cinco livros não escritos) 
Diagnóstico da modernidade - niilismo - "últimos homens" 
Niilismo - nada 
A ideia de humanidade dos gregos antigos, especialmente na epopeia e na tragédia, não opõe o 
homem a natureza, ao contrário, os aproxima. As qualidades naturais e as qualidades humanas 
crescem juntas; os gestos violentos e aterradores, a crueldade, os excessos são a fonte, o solo 
fértil de onde brotas grandes ações e as grandes obras da humanidade. 
AGON = justa, disputa, combate, rivalidade. 
O agon é uma resposta épica a questão sofrimento, da crueldade, da morte através da 
individualidade. É combate individual que dá brilho a existência, tornando a vida do indivíduo 
digna de ser vivida, não pela busca da felicidade (Sócrates), mas pela busca de glória. 
04/03/2013 
 
Corrupção trágica - pagã da justiça contraposta as teorias de justiça 
hegemônicas da modernidade, marcadas pela interferência espiritual do 
cristianismo 
O trágico é a alternância entre a média e a coragem, o sombrio e o luminoso, o alegre e o 
doloroso, afirmando a totalidade da existência. É a alternância eterna das oposições, do lembrar e 
do esquecer. 
A tragédia está marcada pela autenticidade e pela recusa da postura artificial otimista, 
apaziguadora, de um ideal de felicidade individual. 
A filosofia trágica não precisa, segundo Nietzsche, de uma visão jurídica e culpabilizadora da 
existência (sem a moralização da existência, sem a condenação). Ela trabalha com a relação entre 
a relação arte, religião e política. Acredita na inocência do vir-a-ser. A tragédia transforma o horror 
(Silenos) numa vida da qual não queremos nos desprender. 
Segundo o filósofo alemão, o cristianismo conceber a existência sob a ótica da culpabilização e do 
castigo, desvalorizado o mundo, a vida terrena (propõe um mundo ideal, no além) 
A vida é considerada por Sócrates/Platão uma luta contra a ignorância acerca dos bens supremo 
da vida. A tarefa consiste na possibilidade por parte do homem de identificar racionalmente o que 
5 
 
seja o bem e o mal, consistindo nossa felicidade na justa escolha dos prazeres e das dores 
(essência da medida). A consciência e o saber ditam as medidas. 
Sócrates e o direito 
Sócrates ensinou pelo exemplo. Deu uma lição de submissão lei ao acatar a decisão do tribunal de 
justiça de sua época, ainda que discordância dele. Acreditava que, assim fazendo, beneficiava a 
cidade, a pólis. Isso porque, para ele, o respeito lei era o que diferenciava a civilização da barbárie 
(igualdade entre os cidadãos). A noção de justiça, em Sócrates ensinou, também passa pelo 
autoconhecimento. É ao se conhecer melhor que o homem descobre o que é o bem e o que é o 
mal. 
Platão e o direito 
Foi um idealista, no sentido de que teve por basear noção de EIDOS (IDEIA), um bem supremo 
inalcançável pelos sentidos humanos, mas que existe dentro de cada pessoa. 
11/03/2013 
A filosofia do período clássico da antiguidade grega 
Sócrates e a justiça 
 PLATÃO. Apologia a Sócrates. In: Platão. São Paulo. Abril Cultural, 1974 (Coleção os 
pensadores) 
 ________. O mito da caverna. In: A República. São Paulo. Abril Cultural, 1974 
Tarefa de Sócrates: levar os homens a consciência de seu próprio não saber. Para isso ele age 
como quem não sabe (ingenuidade: a famosa ironia socrática, “maiêutica"). Nas discussões, 
Sócrates é o interrogado, ele não sabe, não responde, mas sim pergunta, conduz o outro. Ironia 
para os gregos: pensar uma coisa e dizer outra, dissimulação. São suas questões, suas 
interrogações, que levam os interlocutores a expressarem (parirem) sua verdade - arte da 
parteira. A arte de conduzir o outro pela interrogação (como no júri popular: promotores, 
advogados). É na alma que se encontra o saber, cabe ao indivíduo descobri-lo. Sócrates leva os 
interlocutores a tomar consciência de si. O método leva ao questionamento dos próprios valores. 
Após dialogar com Sócrates o interlocutor percebe sua contradição interior - "só sei que nada sei". 
Para os solistas, filosofia é adquirir saber; para Sócrates é questionar-se. 
Um valor é absoluto para um homem quando este se dispõe a morrer por ele. Neste momento 
Sócrates trata da pureza moral, do dever, da justiça. Prefere a morte a renunciar ao seu dever 
O muro e a separação entre a verdadeira e a falsa realidade 
Platão e a Justiça 
 ________. O mito da caverna. In: A República. São Paulo. Abril Cultural, 1974 
6 
 
Aristóteles e a Justiça 
 ARISTOTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1974. 
18/03/2013 
Platão e a justiça 
Bibliografia: 
PLATÃO. O mito da caverna. In: A República. 
A realidade não está no que podemos ver, tocar, ouvir, perceber. 
A verdade para Platão é o que não se modifica nunca, o que é permanente, eterno. 
Na filosofia de Platão existem dois mundos: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso 
redor com cinco sentidos, o outro é o mundo das ideias onde tudo é perfeito e imutável, não 
podemos toca-los, ele não é concreto, só o pensamento pode nos levar até lá. 
Nossa vida para Platão é semelhante aos prisioneiros do mito, acorrentados no fundo da caverna; 
observamos as coisas que conhecemos como se fossem reais, mas não passam de sombras, 
ilusão; a verdade está fora da caverna no mundo das ideias, na luz, ou seja, é preciso desconfiar do 
que os nossos olhos e ouvidos dizem; devemos nos guiar pelo pensamento e pela razão. 
Tudo o que nos observamos, percebemos credor, são cópias malfeitas das ideias, que são perfeitas 
e eternas. Como se a natureza, as pessoas fossem uma cópia de modelos que existem no mundo 
das ideias. Um modelo seria algo que a gente possa seguir um melhor representante de alguma 
coisa, padrão, algo a ser copiado. Platão quer distinguir o verdadeiro do falso, o semelhante do 
diferente, a essência da aparência. 
Platão também desconfia da arte. Motivo: ela seduz os nossos sentidos e nos desvia da busca pela 
verdade. O artista se inspira em coisas existem no mundo, ou seja, em cópia. A arte, portanto seria 
cópia da cópia, duplamente enganadora. 
No livro o banquete (mito de Eros, o deus do amor), Platão questiona a natureza humana em 
relação aos sentimentos e a sexualidade. Para ele, o homem tem que ter amor também à 
sabedoria, que o levaria a ser um cidadão virtuoso e feliz. Virtude liga-se as ideias de equilíbrio e 
proporcionalidade. A própria ética da racionalidade é a procura pela harmonia, pelo controle dos 
impulsos pela razão. Segundo sua ética, a alma deve ser aperfeiçoada sob os ditames da razão. A 
alma é imortal e é sua imortalidade que possibilita os seres vis serem punidos pelo que tiverem 
feito. 
Platão foi um idealista no sentido de que teve por base a noção de eidos (ideia), um bem supremo 
inalcançável pelos sentidos. 
7 
 
Na ideia de bem residem a ética e a virtude. É o que diz, por exemplo, o mito da caverna. Nele, o 
filosofo simboliza a distinção entre mundo exterior, para onde o homem não consegue sair, onde 
estão as ideias; e o mundo sensível. Com este conceito, Platão afirma existir uma justiça divina, 
diferente justiça praticada pelos homens. Para que a justiça fosse eficientemente distribuída, havia 
que existir um pacto de cooperação entre homens, estabelecendo a ordem de que alguns 
mandame os demais obedecem. Logo, existe a noção de um ideal de justiça, um absoluto. Platão 
fala em uma ideia de justiça - como retribuição ao mal, como transcendental a vida, com justiça 
universal - e em uma justiça terrena, transitória. 
Aristóteles e a justiça 
Bibliografia: 
ARISTOTELES. Ética a Nicômaco. In: Aristóteles. São Paulo: Abril Cultural, 1974 (Coleção os 
Pensadores). 
25/03/2013 
A lógica Aristotélica 
Níveis de credibilidade do discurso 
(variando da opinião - poética, até ciência filosófica - analítica). 
Analítico - discurso dotado de consistência lógica e antológica (essência). Conhecimento dos 
princípios evidentes ou demonstrativo. 
Dialética - discurso submetido às contradições lógicas. Linguagem de superação. Transmutação da 
Opinião (doxa) em Episteme (conhecimento efetivo, científico) 
Retórica - linguagem do aparentemente verossímil. Discurso dotado de verossimilhança (opinião) 
Poética - linguagem do possível. Mitos e narrativas históricas. Mundo das possibilidades. 
15/04/2013 
Aristóteles e a justiça 
A filosofia de Aristóteles teve grande influencia do direito e a justiça, que ele considerava uma 
virtude, está ligada a coragem e a temperança. Toda virtude é um hábito racional, adquirido com o 
exercício da ação. A justiça é a procura da ponderação entre dois extremos, para não incorrer 
nem no excesso nem da deficiência. Justo é aquilo que é legal e aquilo que é equitativo. O injusto 
é aquele que toma para si mais do que lhe é devido. 
"Há muitos que são capazes de praticar a virtude nos seus próprios assuntos privados, mas são 
incapazes de fazê-lo em suas relações com outrem" Aristóteles, Ética a Nicômaco, p. 137. 
8 
 
Para ele, o melhor homem é aquele que prática a virtude, não em relação a si mesmo, mas em 
relação com os outros. 
22/04/2013 
Platonismo e aristotelismo cristãos na Idade Média 
"Quem conhece a verdade conhece a Luz Imutável (ideia do Platão), e quem a conhece, conhece a 
Eternidade" (Santo Agostinho, Confissões). 
"Nenhuma coisa pode ser falsa se comparada se comparada com a inteligência de Deus" (São 
Tomás de Aquino, Questões Discutidas sobre a Verdade). 
“Acabei de ler, por recreação, as Confissões de Santo Agostinho e muito lamentei que não 
estivesse ao meu lado. Oh, que velho retórico! Como ele é falso e como mexe com os olhos! Como 
eu ri! (...). Que falsidade psicológica (...)! Valor filosófico igual a zero. Platonismo acanalhado, isto 
é: adaptar a natureza de escravos um modo de pensar que fora inventado para a mais alta 
aristocracia do espírito. Aliás, por este livro veem-se as entranhas do cristianismo: sinto-me na sua 
proximidade com a curiosidade de um médico e fisiologista radical" (Nietzsche, Carta a Overback, 
1885) 
Período helenístico 
 Epicurismo 
Epicuro - "o essencial para nossa felicidade é a nossa condição íntima: e desta somos nós os amos. 
Os epicuristas, como os estoicos, propunham que a felicidade seria obtida se o homem vivesse de 
acordo com a natureza. Buscavam explicações materiais para o mundo e sua origem. 
Estoicismo - "estoa" porta principal de Atenas, onde os filósofos produzia a filosofia, a 
democratização da filosofia para o povo - viver a dureza da existência. 
Epicurismo - filosofia entre os amigos "nos jardins de epicuro" 
Santo Agostinho: a razão e as paixões 
A expansão do Império Romano englobando o Mediterrâneo fez com que duas culturas até então 
isoladas - a judaica e a grega - entrassem em contato. 
O cristianismo entra em cena com sua síntese cultural. Incorpora princípios fundamentais do 
pensamento grego. 
Uma análise do platonismo na Idade Média remete-nos para a filosofia de Santo Agostinho (354 a 
430 d.C.) . Preso aos clássicos, Agostinho já adianta o papel que o cristianismo teria na formação 
da cultural ocidental. A sua filosofia representa a primeira aproximação entre o pensamento 
cristão e a filosofia grega, resultando no que se convencionou chamar de platonismo cristão. 
Para ele as paixões podem ser moralmente elevadas, e por isso até mesmo cultivadas. 
9 
 
Para Santo Agostinho, a filosofia antiga consiste em uma espécie de preparação da alma. Faz-se 
necessário crer para depois entender. Para ele a verdadeira e legítima ciência é a teologia, cuja 
importância consiste em prepara a alma humana para a salvação e para a visão de Deus. Sua 
posição supõem que o conhecimento não pode ser derivado inteiramente da experiência sensível, 
necessitando de um elemento prévio que sirva de ponto de partida para o próprio processo de 
conhecer. 
São Tomás de Aquino: as ideias a cerca da alma 
Frade dominicano e teólogo italiano, Tomás de Aquino nasceu por volta de 1225 e morreu em 
1274. Foi o maior representante da Escolástica (uma grande pedagogia formada da união entre o 
pensamento platônico e o pensamento aristotélico com os princípios teológicos do cristianismo). A 
escolástica foi uma tentativa de harmonização de duas esferas, a fé e a razão. O seu sistema 
filosófico teológico é conhecido como Tomismo, que parece ter nascido com objetivos claros: não 
contrariar a fé, organizando um conjunto de argumentos para demonstrar defender as revelações 
do cristianismo. Tomás de Aquino elaborou uma síntese entre aristotelismo e cristianismo, 
fazendo uma leitura cristã da filosofia de Aristóteles. Introduz fundamentalmente o elemento da 
criação divina, ou seja, as essências existem desde toda eternidade, mas foram criadas por Deus. 
06/05/2013 
A filosofia moderna: a época das luzes 
 Francis Bacon: A experiência se ocorre espontaneamente chama-se acaso, se deliberadamente 
buscada, recebe o nome de experimento. Mas a experiência comum não é mais que uma vassoura 
desmantelada, um proceder tateante como o de quem perambulasse a noite na esperança de 
atinar com a estrada certa, enquanto seria mais útil e prudente esperar pelo dia ou acender um 
lume. 
A moderna racionalidade técnico-científica encontrou sua melhor formulação em dois textos 
(Bacon e Descartes) citados que figuram como instauração da época das luzes. 
Segundo Bacon e Descartes, há um otimismo das luzes na base do credo científico desses 
pensadores: a razão, com base na ciência e na técnica, que dela decorre pode enfrentar e resolver 
com sucesso os mais importantes problemas humanos, de modo a garantir o domínio sobre as 
forças da natureza, assim como de realizar a justiça nas relações entre os homens. 
A partir do séc. XVI, no entanto, fome a disseminação da desconfiança nos conhecimentos 
transmitidos pela tradição e a perda de credibilidade na autoridade, não havia mais garantias de 
verdades. Ao emergir como protagonista novo mundo, o indivíduo deixa de ser considerado 
receptáculo passivo e passa a ser visto como um sujeito ativo capaz de cria suas próprias 
representações com o uso rigoroso e metódico da razão. 
A concepção antiga e medieval de mundo estava fundada sobre a metafísica e a teologia. Para 
uma época em que o mundo era considerado imutável e perfeito, aquela filosofia se preocupava 
10 
 
em descobrir as essências, ou seja, em descobrir a substância íntima e imutável das coisas. Assim, 
se na antiguidade a natureza ocupava um lugar central, com a hegemonia da Igreja na Idade 
Média, a essência do mundo passa a ser atribuída a Deus e administrada pela religião. A grande 
mudança que ocorre na filosofia moderna, ao contrário, é o Desencantamento do mundo 
divinizado. A crítica e o abandono da metafísica e teologia. 
A filosofia moderna deixa assim de procurar as garantias da metafísica, da ordem e da 
tranquilidade na metafísica e na teologia e busca entender o próprio homem, situado nas 
contínuas mudanças. 
O sujeito moral: história e liberdadeImmanuel Kant (1724 - 1804) abandona as pretensões que a metafísica cultivava de chegar à 
essência das coisas. Está convencido de que o caminho para o conhecimento do homem moderno 
é a ciência, a experimentação e o estudo dos fenômenos. 
Como iluminista acreditava na razão universal, na emancipação do homem e em seu 
aperfeiçoamento. Confia que, aprendendo a utilizar a razão, o ser humano é capaz de ser um 
legislador em um reino de finalidades e de alcançar a autonomia da vontade, de modo a sair da 
menoridade e ingressar na emancipação, "maioridade". 
Kant é o fundador do criticismo filosófico. Para ele, o absoluto (crítica da razão prática, 1788) não 
é, não deveria ser dado: ele só existe pelo ato de uma vontade que o afirma e a medida que ela o 
afirma. A única realidade que tal vontade possa por como incondicionada é sujeito moral. 
Apenas no exercício da razão permite ao homem sair da menoridade e entrar na idade da 
maioridade. O caminho que vai da servidão às luzes reclama esforço, trabalho e luta.

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