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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Hugo de Brito Machado - resumo -37ª ED.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Lei e Legislação
Lei ≠ legislação. 
Lei em sentido formal: ato jurídico produzido pelo poder competente para o exercício da função legislativa, nos termos estabelecidos pela CF. 
Lei em sentido material: ato jurídico normativo, que contém uma regra de direito objetivo, dotada de hipoteticidade. É uma prescrição jurídica hipotética. É uma norma. 
Lei em sentido estrito: só aquela que é material e formal ao mesmo tempo. 
Em sentido amplo: que material ou formal. 
No CTN, “lei” significa regra jurídica em caráter abstrato e geral. Lei a norma jurídica elaborada pelo poder competente para legislar nos termos da CF, observado o processo nesta estabelecido. 
Legislação = Lei em sentido amplo abrangendo leis em sentido estrito (tratados e as convenções internacionais) os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Art. 96, CTN. 
Lei Ordinário e Lei Complementar
No nosso sistema jurídico existem duas espécies de lei: ordinária e complementar. LC é superior à LO. 
Lei complementar é espécie normativa prevista expressamente na CF, que exige quórum especial para a sua aprovação. 
As leis ordinárias editadas antes do advento da CF88, que tratam de matérias que esta reservou à lei complementar, continuam válidas e ganham status de complementar, portanto, só por LC podem ser alteradas ou revogadas. É o que aconteceu com o CTN. 
LC aquela como tal aprovada pelo CN. 
Princípio da Legalidade
“Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.”. Princípio da legalidade tributária: nenhum tributo pode ser criado, aumentado, reduzido ou extinto sem que seja por lei. 
Art. 97, CTN. 
A lei só pode estabelecer: 
Instituição de tributos, ou a extinção;
A majoração de tributos ou sua redução, com as ressalvas que indica
A definição do fato gerador da obrigação principal e do seu sujeito passivo. 
A fixação da alíquota do tributo e de sua base de cálculo, com ressalvas que menciona;
A cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas. 
As hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou dispensa ou redução de penalidade. 
Equipara-se à majoração do tributo a modificação de sua base de cálculo, para torna-lo mais oneroso, mas a atualização monetária não é majoração de tributo. 
É vedado às pessoas jurídicas dotadas de competência tributária exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleça. Art. 150, I. 
O imposto especial, lançado por motivo de guerra, também está sujeito ao p. da legalidade. 
Criar tributo é estabelecer todos os seus elementos essenciais. A lei não pode deixar para o regulamento ou para qualquer outro ato normativo inferior a indicação de qualquer dos elementos necessários a essa denominação. (A. núcleo do fato gerador; b. contribuinte; c. base de cálculo; d. alíquota;)
Criação de tributo: Regra Lei Ordinária. Exceção: Lei Complementar 
Exceções ao princípio da legalidade, que faculta ao Poder Executivo alterar as alíquotas dos impostos:
Importação de produtos estrangeiros
Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados
Produtos industrializados
Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários
Contribuição de intervenção de domínio econômico sobre os combustíveis
ICMS sobre os combustíveis 
Art. 153, §1º. __ 177, §4º, I, b. ___ 155, §4º, IV. 
Aumentar o tributo é modificar lei que o criou. E só uma lei pode modificar outra. As ressalvas ao princípio da legalidade não se confundem com as ressalvas ao princípio da anterioridade, embora todos os albergados nas primeiras estejam também na segunda. 
Todos os tributos estão sujeitos ao princípio da legalidade. Nos casos supramencionados o que há é uma mitigação. 
O princípio da legalidade diz respeito ao instrumento jurídico utilizado para a criação dos tributos (lei). O Princípio da anterioridade diz respeito ao fato cronológico. As ressalvas a esses princípios se relacionam ao caráter flexível dos impostos, extrafiscalidade. 
Existem também as restrições ao princípio da competência, relacionadas com fixação de alíquotas máximas e mínimas, p. ex. autorização do senado em fixar alíquotas máximas e mínimas para imposto da competência dos Estados (art. 155, §2º, V); 
Medidas Provisórias 
A medidas provisórias NÃO podem instituir e nem majorar impostos, SALVO aqueles excluídos do princípio da anterioridade tributária, prestando-se apenas como instrumento para iniciar o processo legislativo para a sua instituição ou aumento. 
Art. 153, I, II, IV e V, 154, II. 
ART. 62, 2º
Pela mesma razão, a anterioridade de 90 dias a que se sujeitam as contribuições sociais há de ser contada a partir da publicação da lei em que se tenha controvertido a medida provisória. 195, §6º, CF. 
MP não pode cuidar de matéria reservada à LC. Ou seja, não pode veicular normais gerais em matéria de legislação tributária, que é atribuição reservado ao legislador complementar. 146, III. 
O presidente da República poderá editar MP para alterar ou revogar dispositivos de lei complementar a pretexto de que tratam de matéria não reservada constitucionalmente a essa espécie normativa. 
Segurança Jurídica se o Congresso Nacional, ao elaborar uma lei, entende estar tratando de matéria como conflitos de competência ou de normas gerais em matéria de legislação tributária, e por isto opta pela forma de lei complementar e observa, em sua elaboração, as normas definidoras do procedimento próprio para a aprovação dessa espécie legislativa, sua opção deve ser respeitada, não se podendo questionar o conteúdo de cada um dos dispositivos da lei então aprovada, com o propósito de demonstrar que não se trata de matéria reservada à LC. 
Tratados e Convenções internacionais 
O CTN estabelece que os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna e serão observados pela que lhes sobrevenha (art. 98). 
Os tratados e convenções internacionais prevalecem sobre a legislação interna, seja anterior ou posterior. 
Lei posterior a tratado que possa prevalecer sobre ele, somente se LC. 
O prejudicado tem direito a uma indenização pelos danos decorrentes da inobservância do tratado pelo Estado Brasileiro. O prejudicado poderia promover ação de indenização contra a União. Se o tratado garantir uma isenção, que foi excluída por lei interna, terá direito a uma indenização, que se tiver o seu valor bem fixado corresponderá, pelo menos, ao valor da isenção que deixou de ser assegurada. 
Os tratados internacionais não podem ser revogados por lei interna, 
Os tratados são um valioso instrumento para a disciplina das relações tributárias com implicação no âmbito internacional. A propósito de renda, p.ex., o Brasil já celebrou diversos tratados visando evitar a evasão de tributo e a bitributação internacional. Ex2. Imposto de importação, o BRASIL participa de alguns tratados, como o ALALC e o GAAT.
Decretos e Regulamentos
O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados, o conteúdo e o alcance, de acordo com as regras de interpretação que estabelece. Art. 99. 
Decreto: chefe do poder executivo.
Regulamento: é ato encaminhado do Ministro de Estado da área respectiva para o chefe do poder executivo, no caso de tributação pelo Ministro da Fazenda, e aprovado por decreto. Na prática a diferença é apenas a forma. 
Os regulamentos são editados pelo chefe do Poder executivo mediante decreto, com o fim de explicar o modo e a forma de execução da lei, ou para regular situações não disciplinadas em lei, nem reservadas a esta. No primeiro caso, diz-se que há regulamento de execução; no segundo, regulamento autônomo. Em matéria tributária não há espaço para regulamento autônomo. 
FUNÇÃO DO REGULAMENTO: presta para a consolidação, em texto único, de diversas leis sobre um tributo,além de estabelecer regras relativas a obrigações acessórias. Sua utilidade é a explicitação de textos legais, ou para estabelecimento dos meios e formas de cumprimento das disposições de leis. Nenhum elemento essencial para a formação jurídica tributária deve ser acrescentado ou modificado pelo regulamento. 
Se um regulamento amplia hipótese legal de isenção indevidamente, ela deve ser respeitada até que seja revogada ou tenha inconstitucionalidade declarada. Havendo a revogação, os efeitos desta somente se fazem para o futuro. Havendo declaração de inconstitucionalidade, que em certos casos pode produzir efeitos para o passado, também se há de respeitar as situações já constituídas, em atenção à segurança jurídica. 
Art. 146, CTN. 
Somente nos casos de isenções que favorecem pessoas determinadas e, se comprovada a influência destas na edição da norma regulamentar, pode-se admitir o desfazimento da norma regulamentar isentiva ilegal, com efeitos retroativos. 
Normas Complementares 
≠ de leis complementares complementam a CF. 
Art. 100, CTN normas complementares. Assim chamadas porque se destinam a completar o texto das leis, dos tratados e convecções internacionais e decretos. Não inovam. Devem observância aos decretos e regulamentos. 
Sus normas se aplicam à relação FISCO-CONTRIBUINTE, desde que respeitadas as limitações mencionadas. 
SÃO NORMAS COMPLEMENTARES:
Os atos normativos portarias, ordens de serviço, instruções normativas. 
Decisões administrativas proferidas por órgãos singulares ou coletivos incumbidos de julgar administrativamente as pendências entre o Fisco e o contribuinte, desde que a lei atribua a essas decisões valor de norma. Ex. pareceres normativos emitidos pela Coordenação do Sistema de Tributação do Ministério da Fazenda (órgão incumbido de unificar a interpretação da legislação tributária, mediante solução de consultas. 
Práticas reiteradas das autoridades administrativas elas representam posição sedimentada do Fisco na aplicação da legislação tributária e devem ser acatadas como boa interpretação da lei. (Costume). Basta que tenha sido adotada 2x para que seja considerada reiterada. 
Os convênios que entre si celebrem a União, Estados, DF e os Municípios. Só vinculam as partes convenentes Para cumprir a obrigação assumida, devem legislar.
A Administração Tributária diz, às vezes, em norma infralegal, coisa que contraria a lei. Nesse caso, pode o interessado arguir a ilegalidade da norma complementar. 
Normas complementares são de grande utilidade, pois, resolvem os problemas de vaguidade e ambiguidade. Proporciona tratamento igualitário entre os contribuintes, afastando interpretações diferentes para casos semelhantes. 
As normas complementares não podem modificar a lei, nem decretos e regulamentos. Por essa razão, não podem assegurar ao contribuinte o direito de não pagar tributo que seja efetivamente devido, nos termos da lei. Mas se o não pagamento se deveu à observância de norma complementar, o contribuinte fica salvo de penalidades, bem como de cobrança de juros moratórios e correção monetária. Não se presta como fundamento para revisão de lançamento, só para futuro. Art. 100 e 146, CTN.

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