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Princípios Constituição Federal 1988 DIREITO EMPRESARIAL (1)

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados 
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
 
O super princípio dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
O princípio fundamental esculpido no ar. 1º, IV, CRFB, nos dá um dos valores (super 
princípios) resguardados por nossa Carta Política, quais sejam, o trabalho e livre iniciativa. 
Ambos estão no mesmo inciso não é à toa, pois são indissociáveis num Estado 
Democrático de Direito. Indissociáveis porque o trabalho é uma atividade humana que, 
em regra, visa realizar a produção e circulação de bens e serviços, e a livre 
iniciativa é o que legitima o direito à liberdade de organizar uma atividade 
econômica (claro, cumpridos os requisitos legais).
TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA 
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
 
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o 
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade 
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos 
previstos em lei.
 
O art. 170, caput
 
Nota-se que esse artigo traz valiosas noções ao direito: diz que a ordem econômica tem 
como fundamento o trabalho humano e a livre iniciativa, o que nos remete ao super 
princípio do art. 1º, IV, CRFB, e diz também que a finalidade do trabalho humano e da 
livre iniciativa é assegurar a todos uma existência digna (que traz íntima ligação com o 
super princípio da dignidade da pessoa humana, escrito no art. 1º, III, CRFB). Sendo 
assim, se não se está assegurando uma existência digna, o Estado deve promover 
políticas que visem trazer um existência digna. Um condicionador que existe no texto é 
que essa existência deve ser conforme os ditames da justiça social, o que nos traz a ideia 
de que o Estado deve usar a justiça social como parâmetro de atuação sobre a ordem 
econômica. A lei (Legislativo), o ato administrativo (Executivo) e a sentença (Judiciário) 
devem se pautar pela justiça social (que é um valor subjetivo) ao tratarem da ordem 
econômica. Os princípios específicos da ordem econômica vemos adiante.
O inciso I: o princípio da soberania nacional
 
Esse princípio não é o mesmo que aquele valor explicitado no art. 1º, I, CRFB. Trata-se 
aqui de particularidade específica da soberania do Estado. Devemos entender aqui que a 
soberania é o poder que o Estado tem, através de seus instrumentos (lei, ato 
administrativo e sentença), de fazer valer sua vontade e comandar a ordem 
econômica, naquilo que for essencial. Essa intervenção estatal na ordem econômica 
não é nova, pois até a tutela processual penal já fazia referência a ela em 1941, pois o 
Código de Processo Penal, no seu art. 312, diz que poderá ser decretada pelo juiz a 
prisão preventiva como garantia da ordem pública, da ordem econômica, [...] quando 
houver prova de existência do crime e indício suficiente de autoria. Vemos aí a 
preocupação do legislador que se utilizou até do instituto da prisão preventiva para 
protegê-la.
 
O inciso II: o princípio da propriedade privada
 
Esse princípio assegura aos trabalhadores, empresários, investidores etc. que a 
propriedade privada deles é da ingerência dos mesmos, não devendo o Estado 
interferir sem motivos relevantes naquilo que é a mola propulsora da atividade 
econômica. Esta só existe para que haja produção e circulação de mercadorias e 
serviços. O art. 5º, XXII, CRFB, traz esse direito de forma geral, sendo essa propriedade 
privada do art. 170 um princípio específico e individualizado de garantia de não-
intervenção estatal sem motivos justos e razoáveis.
 
O inciso III: o princípio da função social da propriedade
 
Uma limitação do princípio aventado acima, que legitima a intervenção estatal na 
propriedade que não cumpre sua função social. No prisma da ordem econômica, 
esse princípio reza que a propriedade deve cumprir sua função econômica, ou seja, 
deve ser usada para gerar riquezas, garantir o trabalho, sustentar o Estado 
através de tributos justos e promover o desenvolvimento econômico. Podemos 
vislumbrar aqui também que há no art. 5º, XXIII, CRFB, esse mesmo princípio, mas de 
forma geral, que complementa este do art. 170.
 
 
O inciso IV: o princípio da livre concorrência
 
Os atores da atividade econômica possuem a garantia de concorrer livremente 
entre si, sem intervenção estatal desnecessária. Sob o aspecto negativo deste 
princípio, o Estado não pode proibir ou discriminar injustamente uma atividade 
econômica por si só, sem fundamentos justos; sob o aspecto positivo deste princípio, 
o Estado deve promover incentivos (sobretudo fiscais) aos atores financeiros que 
estejam cumprindo requisitos legais, atuando em áreas de manutenção da 
sobrevivência humana e encorajando outros atores financeiros à atuação pelos 
ditames legais.
 
 
O inciso V: o princípio da defesa do consumidor
 
Princípio de suma importância nos dias de hoje, sobretudo pela grande eficácia 
social do CDC, esse princípio reza que a atividade econômica deve proteger a 
parte mais fraca, o consumidor, das agruras do mercado financeiro, sobretudo 
de suas regras ininteligíveis para o “homem mediano”. Essa proteção deve vir 
de dois agentes: o Estado, ao editar leis, atos e sentenças que se coadunam com o 
já existente CDC, e os atores econômicos, que devem se pautar pelos princípios e 
regras consumeristas.
 
O inciso VII: a redução das desigualdades regionais e sociais
 
A CRFB estende aos atores econômicos um dos objetivos do Estado, que é reduzir 
desigualdades sociais e regionais, conforme o art. 3º, III. Os agentes financeiros 
devem, através de suas atividades, ir de encontro às desigualdades para tentar 
minimizá-las, sobretudo quando o Estado já tenha dirigido e orientado aos 
agentes os atos a serem realizados por eles. Deve a lei dizer ostensivamente os 
locais e áreas sociais a serem preenchidos pelos agentes com a produção e 
circulação de seus bens e serviços.
 
 
O inciso VIII: a busca do pleno emprego
 
Esse inciso versa sobre o aproveitamento máximo do capital, da mão-de-obra, da 
tecnologia e dos insumos da produção e circulação de bens e serviços. Isso implica 
no: não desperdício de insumos; na busca de novas tecnologias para a 
realização da atividade; no emprego do capital de forma diligente; e na 
capacitação de recursos humanos atuais e futuros, com o devido 
aproveitamento por parte dos atores econômicos, o que traz à baila a íntima 
relação entre o valor social do trabalho e o valor social da livre iniciativa na 
atividadeeconômica.
 
 
O inciso IX: tratamento favorecido para empresas que cumpram certos 
requisitos
 
Esse inciso foi modificado pela Emenda Constitucional 6, que estendeu o benefício 
de tratamento favorecido a empresas de pequeno porte (aí incluídas as 
microempresas), desde que sejam constituídas conforme a lei brasileira e 
mantenham sede e administração no país.
 
 
O parágrafo único: a liberdade de exercício de atividade econômica
 
No parágrafo único é assegurado um outro aspecto da liberdade, qual seja, o livre 
exercício de atividades econômicas, sem a necessidade de autorização estatal. 
Essa liberdade não pode, evidentemente, ser absoluta, devendo a lei ordinária 
especificar quais atividades necessitam de autorização legal. Apenas a lei pode 
realizar esse controle, pois ela é fruto de deliberação de órgão representativo dos 
cidadãos do país, e meio ideal de controlar o exercício de direitos constitucionais. 
Assim, tem-se a regra geral da liberdade, com a limitação legal devidamente 
posta no mundo jurídico para realizar a soberania estatal de controle e 
comando da atividade econômica.
 
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