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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CURSO DE DIREITO A BUSCA DO CONHECIMENTO SEGUNDO PLATÃO ADÁSSA GONÇALVES PALÁCIO ANA CAROLINA OLIVEIRA PIMENTEL CICERO ROBERLÂNIO DAIRLA LARIS LUANA MARTNS DA SILVA SÂMI GRANGEIRO SASKIA LEMOS SEBASTIÃO NETO CRATO - CE 2013 ADÁSSA GONÇALVES PALÁCIO ANA CAROLINA OLIVEIRA PIMENTEL CICERO ROBERLÂNIO DAIRLA LARIS LUANA MARTNS DA SILVA SÂMI GRANGEIRO SASKIA LEMOS SEBASTIÃO NETO A BUSCA DO CONHECIMENTO SEGUNDO PLATÃO Trabalho apresentado como requisito parcial á obtenção de menção na disciplina de Metodologia do Trabalho cientifico, sob a orientação da professora Lígia Melo de Cassimiro, I semestre do curso de Direito da Universidade Regional do Cariri (URCA). CRATO – CE 2013 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4 2. PLATÃO, UM BREVE HISTÓRICO..............................................................................................5 3. COMO BUSCAR O QUE SE IGNORA...................................................................................6 4. TODO CONHECIMENTO É UMA RECORDAÇÃO...................................................................6 5. SOBRE O MITO DA CAVERNA E A BUSCA DO CONECIMENTO.....................................8 6. O CORPO É OBSTACULO DO CONHECIMENTO.............................................................9 7. OS GENEROS SEXUAIS ERAM TRÊS................................................................................10 8. QUEM AMA DESEJA O QUE NÃO TEM............................................................................11 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................14 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................15 1. INTRODUÇÃO Esse trabalho propõe como base a analise da busca do conhecimento e da verdade, segundo a interpretação de textos de Platão. Será discutido ao longo do trabalho sobre a construção do conhecimento. Platão em um dos seus textos, mostra como buscar o que se ignora, afirmando que todo conhecimento é uma recordação. Nesse momento ele ressalta uma das suas teorias relatando a existência de um mundo sensível e um mundo das idéias, e ao aprofundarmos o estudos chegaremos a alegoria mais discutida de Platão, que é o mito da caverna contido do livro A República. Perguntas a respeito da origem do conhecimento, levaram Platão a acreditar que o corpo é a prisão da alma, assim, ele afirma que o Corpo é o obstáculo ao conhecimento, pois ele impede que o individuo busque o conhecimento verdadeiro. O mito também esta presente nas teorias desse filosofo e quando partimos para refletir sobre os Gêneros sexuais e sobre o amor, segundo ele observaremos a influencia direto do conhecimento mitológico em suas obras. Ao destacar o conhecimento, o conceito de reminiscência e anamnese, descobriremos como é possível alcançar a verdade segundo a visão Platônica. O trabalho que segue afrente irá se basear em uma parte do livro de Ubaldo Nicola, que fala sobre as obras de Platão como: Ménon, Fédon, A República e Banquete. Obras que irão ajudar na compreensão do pensamento platônico e também analisarmos sobre a busca de uma construção do conhecimento segundo seu pensamento. 2. PLATÃO, UM BREVE HISTÓRICOE SUAS CONTRIBUIÇÕES O nome verdadeiro de Platão era Arístocles, mas como ele tinha ombros largos, seu nome passou a ser Platão (ombros largos). Nasceu em Atenas provavelmente em 427 a.c e morreu em 347 a.c, foi um dos grandes influenciadores da filosofia ocidental. Ele era de uma antiga família aristocrática ateniense, e uns de seus antepassados era por parte de mãe o legislador Sólon e por parte de pai o rei Codro, sendo assim por tradição familiar deveria ter seguido a vida política. E tentou algumas vezes, mais desistiu de seguir a carreira política. Aos 20 anos conheceu Sócrates e acabou se tornando seu discípulo, e Sócrates acabou sendo interlocutor de varias obras de Platão. Depois da condenação de Sócrates em 399 a.c ele passou a fazer várias viagens, ajudando-o a conhecer novos horizontes. Viajou por Megara, Egito, Cirene, Taranto no sul da grande Grécia, Silicia. Em 387 regressou a Atenas, fundou uma escola chamada de Academia, considerada o maior centro intelectual da Grécia Antiga. Segundo Platão existe dois mundos, o dos sentidos e o inteligível. O mundo dos sentidos é aonde não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito da verdade, já que fazemos uso de nossos sentidos, pois o nosso corpo serve de obstáculo para a obtenção do conhecimento. O mundo inteligível é o mundo das ideias gerais, aonde as essências são imutáveis e eternas, e que segundo Platão o homem só pode atingir esse mundo quando ele passa a limpar as impurezas que os sentidos nos dão, fazendo com que nos enganemos com o que realmente é a verdade. Esses dois mundos irão contribuir para a Teoria do conhecimento. Em que, segundo Platão, não se pode falar em um conhecimento baseado no mundo sensível, pois o mundo sensível só pode dar opiniões que mudam (mutáveis) constantemente e que são ilusórias. Segundo ele o verdadeiro conhecimento está em ideias eternas existentes no mundo inteligível e separado das coisas sensíveis, pois o corpo não atuaria sobre o homem impedindo o verdadeiro conhecimento. Outro assunto abordado por Platão é que todos os seres humanos, quando nascem já possuem muitas das ideias presentes no mundo inteligível e que elas são mais ou menos perfeitas e que o homem trás boa parte desse conhecimento. Para Platão conhecer ou aprender algo é simplesmente recordar o que estava adormecido na alma, então o conhecimento provem da recordação. 3. COMO BUSCAR O QUE SE IGNORA,CONCEITUAÇÃO ANAMNESE OU REMINISCÊNCIA Conjunto de hipóteses pelas quais Platão supõe uma existência anterior à atual. Nessa outra existência, a alma teria possuído uma ciência perfeita, teria contemplado as Idéias Puras. Assim, quando o nosso espírito hoje se instrui, se educa, ele nada mais faz do que lembrar-se dessas idéias puras que um dia contemplou, e apenas recorda, de um modo vaga e nebuloso, aquilo que um dia contemplou com toda a perfeição. (COSTA, JOÃO CRUZ p. 84) A Doutrina da Reminescência explica que a alma só recorda o que sabia antes de encarnar em um corpo. Ou seja, a alma não adquire conhecimento, ela só recorda, no seu interior, o que outra hora sabia, mas foi esquecido. Platão acredita que as almas migram de um corpo para outro, recorre assim a teoria da metempsicose de Pitágoras, mas, ao sair de um corpo e antes de encarnar em outro, a alma contempla o mundo das ideias, nesse mundo está o verdadeiro conhecimento, o conhecimento bom, o modelo perfeito das coisas. Este conhecimento é perdido no esforço do nascimento, mas é despertado pela observação das coisas. Portanto, a percepção do mundo externo não oferece nenhum conhecimento, somente um estímulo a recordação. 4. TODO CONHECIMENTO É UMA RECORDAÇÃO Para Platão a realidade poderia ser dividida em duas partes: O mundo sensível e o mundo ideal. No mundo sensível ou dos sentidos, encontra-se as coisas que fluem e não são confiáveis, diferente do mundo das ideias, pois é nesse em que se localiza o verdadeiro conhecimento que é imutável.A nossa alma existe antes mesmo de nós existirmos, pois Platão acreditava que a mesma, antes de habitar o nosso corpo, vivia no mundo ideal. Lá ela tinha contado com todo o conhecimento verdadeiro. Quando a alma passava a abitar o nosso corpo físico, ela trazia consigo todas as ideias que a mesma aprendera, entretanto o mundo sensível fazia com que a pessoa esquecesse o que havia aprendido, por isso as pessoas tinham a imagem de coisas falsas percebidas apenas pelos sentidos. Então, para Platão, o conhecimento não é adquirido através da experiência, e sim através de uma recordação daquilo que você aprendera em outrora, no mundo das ideias. Platão ainda afirmava que aquelas pessoas que queriam verdadeiramente o conhecimento tinha o eros (amor) dentro de si. Platão dizia que esse era o desejo que a alma tinha de voltar para o mundo das ideias. Empédocles e Demócrito já tinham mostrado que todos os fenômenos da natureza “fluem”, mas que apesar disso há “algo” que nunca se transforma (as “quatro raízes” ou os “átomos”). Platão confronta-se igualmente com esta problemática — mas de uma forma completamente diferente. Platão achava que tudo o que podemos tocar e sentir na natureza “flui”. Não há, portanto, nenhum elemento eterno. Tudo o que pertence ao “mundo sensível” é composto por uma matéria que o tempo consome. Mas ao mesmo tempo, tudo é constituído por uma forma intemporal que é eterna e imutável. Para Platão, a alma já existia antes de se ter estabelecido no nosso corpo: antigamente, a alma estava no mundo das ideias. Mas logo que a alma acorda num corpo humano, esquece-se das ideias perfeitas. Inicia-se então um processo espantoso: quando o homem se apercebe das formas na natureza, emerge progressivamente na alma uma vaga recordação. O homem vê um cavalo — mas um cavalo imperfeito, e isso é o suficiente para despertar na alma uma recordação vaga do cavalo perfeito que a alma viu outrora no mundo das ideias. Com isto, surge igualmente uma saudade, um desejo da verdadeira sede da alma. Platão chamava a este desejo Eros — ou seja— amor. A alma sente, portanto, um “desejo amoroso” da sua verdadeira origem. A partir daí, vê o corpo e tudo o que é sensível como imperfeito e insignificante. A alma deseja voar “de volta” ao mundo das ideias nas asas do amor. Desejaria ser libertada da prisão do corpo. Devo sublinhar que Platão descreve aqui o percurso ideal. Com efeito, nem todos os homens permitem que a sua alma inicie a viagem de regresso ao mundo das ideias. A maior parte dos homens fixa-se nos “reflexos” das ideias no mundo sensível. Veem um cavalo — e outro. Mas não veem aquilo de que todos os cavalos são apenas cópias. Platão descreve o percurso dos filósofos. Podemos ler a sua filosofia como descrição da atividade de um filósofo. Quando vês uma sombra, Sofia, pensas também que há algo que está a fazer sombra. Vês a sombra de um animal. Talvez seja um cavalo, pensas tu, mas não consegues ter a certeza absoluta. Então, voltas-te e vês o verdadeiro animal — que é obviamente de longe mais bonito e nítido nos contornos do que a sua inconstante sombra. por isso, segundo platão, todos os fenômenos da natureza são meras sombras das formas ou idéias eternas. Porém, a maioria das pessoas está satisfeita com a sua vida entre as sombras. Não pensam que há algo que provoca as sombras. Acham que as sombras são tudo o que existe — e por isso não tomam as sombras como sombras. Deste modo, esquecem também a imortalidade das suas almas. ( GAARDER, JOSTEIN 1995, p. 104) De maneira mais específica, o site FRAGMENTOS DA FILOSOFIA afirma que: Discípulo de Sócrates, Platão considera o conhecimento uma lembrança das ideias perfeitas que a alma conheceu no Mundo das Ideias. Para ele, tudo o que podemos conhecer são cópias imperfeitas, que existem neste Mundo das Aparências, das ideias perfeitas que conhecemos naquele outro mundo. Assim, para Platão, o conhecimento é memória, lembrança. Somente através da reflexão, do pensamento, das ideias podemos conhecer as coisas. Platão postula a existência de dois mundos distintos para explicar o conhecimento: O mundo das ideias; O mundo das aparências. Platão, com sua teoria dos dois mundos, tenta explicar que podemos conhecer apenas pelo pensamento que se lembra das formas perfeitas do mundo das ideias e que os nossos sentidos percebem apenas as aparências, as sombras imperfeitas daquele mundo onde reside a verdade. Em Platão o Bem, o Belo e o Verdadeiro se igualam no Mundo das Ideias e isso constitui o Divino. A Justiça é essa realização (Bem = Belo = Verdade) e depende da distinção entre o inteligível e o sensível para que se alcance a Verdade. 5. SOBRE O MITO DA CAVERNA E A BUSCA DO CONECIMENTO No livro VII de “A República” escrito pelo filósofo grego Platão, encontramos o mito da caverna onde Sócrates dialoga com Glauco debatendo sobre o processo de conhecimento. Em resumo o personagem Sócrates propõe que Glauco imagine uma caverna onde nela moram homens que estão acorrentados desde criança de modo que não seja possível mover-se nem olhar para os lados; tudo que eles podem ver são as sombras dos objetos carregados por transeuntes que passam numa estrada entre uma fogueira que se encontra no final da caverna e entre os prisioneiros. Eventualmente um desses prisioneiros consegue se libertar e sair da caverna, e tem acesso ao que seria o mundo real. As sombras da caverna representam o mundo dos sentidos e todas as suas falsas crenças, preconceitos e idéias enganosas. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna. Quando o prisioneiro é arrancado da caverna e levado para o mundo exterior, a sua primeira reação é voltar à caverna e suas sombras, onde estão todos os seus vícios e conceitos, mas é levado novamente para a superfície onde tem que rever tudo o que ele toma como verdadeiro. Esse é o processo de iluminação do filósofo. Caso o prisioneiro consiga regressar à caverna para contar sobre o mundo novo aos companheiros, ele correrá riscos, o mais simples deles é ser tomado como louco, porém, se os prisioneiros conseguirem se soltar, agarram-no e matam-no por o considerarem um mentiroso por ir contra as verdades mostradas nas sombras. O mesmo ocorre com o filósofo, os homens comuns não entendem o que ele diz e escarnecem de sua fala e os poderosos temem-no por pôr em contestação sua autoridade perante os outros. O temor pelo saber dos filósofos é tamanho,que muitos reis preferiam tê-los como aliados, e governos ditatoriais proibiam as escolas de lecionarem a disciplina de filosofia. Em certa parte do diálogo, Platão fala sobre a seguinte situação, Se enquanto tivesse a vista confusa pelo tempo que se passaria antes que os olhos se acostumassem novamente com a obscuridade, devesse avaliar novamente aquelas sombras e apostasse com aqueles eternos prisioneiros, você não acho que passaria por ridículo e dele diriam que sua saída lhe havia arruinado a vista e que sequer valia a pena enfrentar essa subida? (PLATÃO 200, p. 246) Essa situação ressalta a dificuldade que o filósofo tem em adaptar-se à “realidade comum” e novamente o escárnio pelo que este passa. O filósofo, porém, para se fazer compreensível, deve adaptar-se à realidade dos homens comuns e usar de situações comuns para conseguir levar o conhecimento até eles. 6. O CORPO É OBSTACULODO CONHECIMENTO Platão era um filósofo grego que foi um fiel discípulo de Sócrates. Geralmente Platão quando escrevia não usava seu nome, mas sim o de Sócrates. Mas ele diferentemente de Sócrates passava seus ensinamentos na Academia. Esse grande filósofo acreditava na existência de dois mundos: o mundo das ideias e o mundo sensível; sendo que a alma já tinha certo conhecimento que ela adiquiria com a reminiscência. Para ele o verdadeiro conhecimento se encontrava no mundo das ideias, sendo que esse conhecimento era imutável, já no mundo sensível estava a nossa realidade, o mundo em que vivemos com nossos anseios e preocupações. O corpo nada mais era do que uma casca que protegia a alma, pois era a alma que encontrava a plenitude do conhecimento. O corpo era tido como algo ruim, uma prisão para a alma, aquele era o responsável por todo o sofrimento, instintos, paixões e guerras que era infligindo a alma. A libertação só aconteceria realmente com a morte, ela era a única salvação para alma, depois da morte algo trancendenta aconteceria e viria a completa absorção do conhecimento. Questionava-me sobre quem estaria preso a quem: a alma estaria presa ao corpo ou o corpo preso alma ? Depois de escutar opiniões considero que a alma está presa ao corpo, assim como dizia Platão. Ele também buscava com esse conhecimento construir um governante perfeito, pois para ele a injustiça naquela democracia permanecia. Muitos no debate colocaram que Platão realmente não acreditava em sua teoria, mas por medo da opinião pública levou-a até a morte, mas eu não considero assim, pois ele era um filósofo muito sabia certamente que se descobrisse algum erro em sua teoria mostraria-a a todos, pois em fim o que filosofia significa “amor a sabedoria” e para ele não há dúvidas que isso era o mais importante. Depois de tantas discussões ficou claro que o corpo com todos os seus desejos e instintos impede a alma de encontrar o verdadeiro conhecimento, mas que provavelmente nós seres humanos já tenhamos um conhecimento prévio antes de vim para o mundo real, através do mundo das ideias. 7. OS GENEROS SEXUAIS ERAM TRÊS As dúvidas que assolavam a humanidades de outrora foram explicadas a través de mitos por muito tempo, uma delas era sobre a sexualidade, não se entendia o porque dos desejos que envolviam pessoas com as mesmas genitálias, mas, essa dúvida não permeou somente a antiguidade, pois atualmente com tantos estudos científicos a sociedade ainda interroga a questão. Platão pensador que viveu meio ao emaranhado de questionamentos buscou na mitologia um meio para explicar quantos sexos existiam realmente e o porque da intensa atração entre os mesmos. O problema: Quantos e quais são os gêneros sexuais? Porque existe uma atração sexual entre pessoas do mesmo sexo? A tese: Platão afirma através de um mito que os gêneros sexuais eram: Masculino, feminino e andrógino, um ser dotado de órgãos sexuais masculino e feminino que foram partidos ao meio pelos deuses.( NICOLA,UBALDO 2005, p. 74) Os seres andróginos eram dotados de todos os órgãos em duplicata, inclusive os genitais, e Platão dizia que o macho descendia do sol, a fêmea da terra e o que cotinha os dois sexos da lua. Os andróginos eram dotados de um vigor e uma força extraordinária e eram muito arrogantes, um dia tentaram escalar o céu com a intenção de destronar os deuses e Zeus e os outros deuses tomaram a decisão de parti-los ao meio e um dos motivos que não levaram eles a decidir sobre a aniquilação total da espécie foi o egoísmo dos deuses que pensaram sabiamente que perderiam com isso, pois, os sacrifícios e as honras prestados pelos homens acabaria com a sua morte total diante disso era mais sensato parti-los ao meio, e depois que a natureza do homem foi assim dividida o desejo e o instinto sexual para recompor suas parte floresceu, cada metade, tendo muita saudade uma da outra se abraçavam arduamente na tentativa de fundir-se em um única ser, morriam de fome, de inércia e se recusavam a fazer qualquer coisa sem sua outra metade.Vale lembrar que os órgãos sexuais foram rearranjados na parte da frente o que permitiu a procriação. Assim, desde esse tempos longínquos ganhou vida no homem o amor pelos seus semelhantes, o amor que quer fazer de dois seres somente um sem se preocupar se tem sexos iguais ou diferentes,pois, o andrógino que tinha os dois sexos macho ou fêmeas procura um ao outro(os homossexuais) e os que tinham sexos opostos(heterossexual) também se procuram. Por sermos outrora um único ser, temos um grande desejo de totalidade que buscamos incansavelmente por meio do amor, mas todo esse sofrimento é culpa da nossa arrogância e se não nos comportarmos os deuses poderão nos cortar mais uma vez. E assim, Platão tenta explicar o porque da atração sexual, e do amor ser um desejo de união tão forte na raça humana. 8. QUEM AMA DESEJA O QUE NÃO TEM O problema que é apresentado pelo texto é sobre o que viria a ser o amor. Platão utiliza o mito sobre o nascimento de Eros, ilustrando que a insuficiência é uma característica fundamental do amor. Para que a compreensão seja mais clara utilizaremos o texto de Platão denominado, O banquete, para dar ênfase a o EROS (amor). No livro O banquete, Agatãoilustre poeta de Atenas havia ganhado um grande concurso, e para comemorar resolveu fazer uma festa particular em sua casa. Essa festa reunia as maiores figuras de Atenas dentre elas estavam: Fedro, Pausânias, Erixímaco,(o médico), Aristófanes e por fim Sócrates. No meio da festa todos já estavam entediados até que um dos convidados propôs que escolhessem um tema para ser debatido por todos. O tema escolhido foi EROS (amor). Sentaram-se em uma mesa em certa ordem e todos falariam nesta ordem apresentando assim diferentes definições sobre o amor. O primeiro a falar sobre Eros foi Fedro: ele fala que Eros é um grande Deus um dos mais antigos deuses e que a maior capacidade do amor é tornar virtuoso aquele que ama. Pois quando nos apaixonamos por alguém procuramos ser bons, corretos e justos para demonstrar o nosso melhor. O segundo orador é Pausânias: para ele Fedro estava errado, pois o amor não era um Deus, mas duas deusas. Uma era a deusa do amor físico e a outra representava o amor intelectual. Para ele o amor superior seria a deusa do intelecto, ou seja, o amor entre almas, pois o amor entre corpos termina. Logo depois Pausânias começa a analisar as formas de amor. Começa analisando o amor entre um homem jovem e uma mulher jovem. Para ele estes, não aprenderiam nada um com o outro, pois são inexperientes e ainda estariam presos ao amor físico(corpo).O segundo tipo de amor é o amor entre velhos: para ele este tipo de amor também não resultaria em bons frutos já que os dois já sabem. Sendo assim não aprenderiam nada um com o outro. O terceiro tipo de amor é o amor entre um homem e uma mulher para ele este também não seria satisfatório já que a mulher é um ser inferior ao homem.O quarto tipo de amor seria aquele entre dois homens sendo que um deveria ser velho, mas sábio e o outro um jovem aprendiz com inteligência e vontade de aprender. Pois os dois sairiam ganhando o velho no que se refere ao vigor que voltaria e o jovem aprendiz ao que o velho sábio teria a passar e ensinar. O terceiro orador é Erixímaco para ele o melhor amor seria o amor saudável, ou seja, sem excesso e sem faltas. E que o Eros seria quem equilibrava estes opostos. O quarto orador a falar foi Aristófanes ele contara o mito dos andrógenos para explicar sobre o amor. Ele conta que nos primórdios existiam bolotas essas bolotas eram de três sexos homem-homem, mulher-mulher ehomem-mulher que possuíam seus membros e órgãos em dobro. Certo dia essas bolotas olharam para o céu e sabendo que os deuses moravam ali resolveram olhar o que eles faziam, então subirão uma em cima da outra formando uma Escada, os deuses perceberem que elas estavam espionando pediu que Zeus as matassem só que Zeus não queria, pois quem iria adora-lo? Então como castigo cortou-as de cima a baixo de uma só vez, todas caíram no chão e se perderam do seu par, assim Zeus colocou nelas o Eros que é a busca incessante por nossa metade. Deste modo vivemos a procura da nossa metade para que possamos nos unir e formar um só como nos tempos remotos. O quinto orador a falar foi Agatão como grande poeta eloquente deu várias característica e significados para o amor (belo, bom, justo). A tese dele era: “o semelhante ao semelhante busca”. Então o amor é belo, pois atrai a beleza. O sexto e ultimo orador é Sócrates ele começa fazendo uma pergunta a Agatão. “Agatão o amor é por algo ou por nada?” Agatão responde é por algo, então Sócrates continua, se é por algo então é por algo q falta e se falta é por que não tem Logo o amor é um desejo, pois só se deseja o que não se tem uma vez quese já tem não deseja mais. Sendo assim o amor não é belo, pois o belo atrai a beleza e se atrai é por que não tem. Sócrates então contará uma história que ouviu de uma sacerdotisa chamada Diotima. Diotima começa da seguinte forma: Deves saber que no dia em que nasceu Afrodite, os deuses deram uma festa e, entre os convidados estava Poros, o expediente, filho de Métis, a Prudência. Quando terminaram de jantar, como o banquete havia sido suntuoso, chegou Pênia com a intenção de mendigar, e postou-se junto a porta. No entretempo, Poros, que se embebedara de néctar (por que o vinho ainda não existia), adentrou ao jardim de Zeus e, entorpecido pela embriaguez, adormeceu. A essa altura, Pênia, que não tinha qual quer recuso, teve a ideia de ter um filho de Poros, e deitou-se ao seu lado: assim, ficou gravida de Eros. Ama-se quando se deseja algo que não se tem e por isso o amor pode ser considerado filósofo. De fato, assim como o amor não tem a beleza ,mas a deseja o filosofo anela a sabedoria sem possui-la. Portanto, o amor é essencialmente uma necessidade não satisfeita, a percepção de falta de alguma coisa essencial para a própria completude. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desse trabalho desse trabalho foi mostrar a visão platônica em busca do conhecimento e que suas teorias são fundamentadas nos ensinamentos de Socrates. Vale lembrar que os pensamentos desse filosofo foi capaz de modificar a nossa visão de mundo principalmente quando o objetivo é conhecer, ser critico, e não conforta-se com o que já descobriu foi uma das maiores contribuições platônicas não só para a sociedade da sua época para com a atual. Descobrimos também que o amor, sentimento humano que é capaz de despertar a virtude, pode nos levar a refletir sobre sua semelhança com a filosofia, pois, a insaciedade do amor se compara com a busca incansável do filosofo. Portanto, esse trabalho é de suma importância, em particular, para as academias, pois com esses ensinamentos podemos perceber que todo conhecimento adquirido na academia é sempre plausível a mais pesquisa. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Escola Virtual de Filosofia: Acesso em: 2013. Disponível em: http://escola-de-filosofia.webnode.com/aulas/filosofia/plat%C3%A3o-banquete/ Fragmentos de filosofia: Acesso em 2013: Disponível em: http://giulianofilosofo.blogspot.com.br/ NICOLA, UBALDO. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna. Trad. Maria Margherita De Luca. São Paulo: Globo, 2005. PLATÃO, A República. Trad. Diro Mioranza. São Paulo-SP: Escala, 2007. Site história do mundo: Acesso em: 2013. Disponível em: http://www.historiadomundo.com.br/artigos/platao.htm Verbo Filosófico - Teoria da Reminiscência: Acesso em: 2013. Disponível em: http://verbofilosofico.blogspot.com.br/2012/06/teoria-da-reminiscencia.html GAARDER, JOSTEIN. O mundo de sofia. Trad. João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
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