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Apostila HIST Eng Mario [1]

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FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA
Centro de Ensino Técnico e Profissionalizante
Quintino
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL REPÚBLICA
DEPARTAMENTO DE MECÂNICA
HIGIENE E SEGURANÇA
NO TRABALHO
Engº Mário L. C. Almeida
HISTÓRICO 1
Quando estudamos documentos relacionados à Segurança do Trabalho
vemos algumas referências aos riscos profissionais.
Hipócrates, quatro séculos antes de Cristo, fez menção à existência de
moléstias entre mineiros e metalúrgicos. Plínio, o Velho, no início da Era
Cristã, descreveu moléstias do pulmão e envenenamento entre mineiros, pelo
manuseio do enxofre e do zinco. Galeno, no século II, citou moléstias
profissionais entre trabalhadores das ilhas do Mediterrâneo.
Georgius Agrícola (forma latina de Georg Bauer). Médico, era estudioso de
todos os aspectos da mineralogia e da indústria metalúrgica e iniciou um
estudo de 25 anos que culminou na sua obra-prima publicada
postumamente: “De re metallica” (1556), um tratado de mineralogia e
metalurgia. O tratado, com doze capítulos, inclui 292 gravuras em madeira
cuidadosamente entalhadas e estuda problemas relacionados à extração e à
fundição da prata e do ouro. A obra discute acidentes do trabalho e doenças
comuns entre mineiros, destacando-se a “asma dos mineiros”, provocada por
poeiras que Agrícola denominava “corrosivas”. A descrição dos sintomas
indica que se tratava de silicose.
Ainda no século XVI, Paracelso escreveu a primeira monografia sobre a
relação entre trabalho e doença: “Von Der Birgsucht Und Anderen Bergrank
Heiten”. Nela foram mostrados os sintomas da intoxicação pelo mercúrio.
Em 1700 publicou-se na Itália “De Morbis Artificum Dia Triba” do médico
Bernardino Ramazzini, “o pai da medicina do trabalho”. Nessa obra foram
descritas cerca de cem profissões e os riscos específicos de cada uma delas.
Descrições baseadas nas observações clínicas do autor que sempre
perguntava aos pacientes: ”Qual a sua ocupação ?”.
Com a invenção da máquina de fiar, ocorreu na Inglaterra a Revolução
Industrial. Até aí, o artesão era dono dos seus meios de produção. O alto
custo das máquinas não mais permitiu que o artesão as possuísse. Quando
os capitalistas viram as chances de lucro, decidiram comprar máquinas e
empregar pessoas para fazê-las funcionar. Surgiram assim as primeiras
fábricas de tecidos e, com elas, o Capital e o Trabalho.
Com o advento das máquinas a vapor, a indústria, que não precisava mais
dos rios para fazer as máquinas movimentarem-se, veio para as cidades,
onde havia farta mão-de-obra.
No crescimento desenfreado das fábricas não havia cuidados quanto à saúde
da mão-de-obra, constituída de homens, mulheres e crianças. Chegou-se ao
cúmulo de se vender crianças para suprir a mão de obra. No final do século
XVIII, a indústria inglesa ofereceu melhores salários mas causou problemas
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ocupacionais sérios: altos índices de acidentes e de moléstias profissionais
eram causados pelo trabalho em máquinas sem proteção, pelo trabalho
executado em ambientes fechados onde a ventilação era precária e o ruído
atingia limites altíssimos e pela inexistência de limites de horas de trabalho.
Em 1802 o Parlamento Britânico aprovou a 1ª lei de proteção ao
trabalhador: a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabeleceu o
limite de 12 horas de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno, obrigou
os empregadores a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano e tornou
obrigatória a ventilação destas.
Três décadas mais tarde, uma comissão parlamentar de inquérito sobre
doenças do trabalho elaborou um relatório que concluía: “Diante desta
Comissão desfilou longa procissão de trabalhadores - homens e mulheres,
meninas, abobalhados, doentes, deformados, degradados na sua qualidade
humana. Cada um deles era a evidência de uma vida arruinada, um quadro
vivo de uma crueldade humana do homem para com o homem, uma impiedosa
condenação daqueles legisladores que, quando em suas mãos detinham poder
imenso, abandonaram os fracos à capacidade dos fortes”.
A denúncia da Comissão fez com que, em 1833, surgisse a 1ª lei realmente
eficiente de proteção ao trabalhador: a “Lei das Fábricas” (Factory Act).
Criava restrições às empresas têxteis em que fosse usada a força hidráulica
ou a vapor; proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos e limitava as
horas de trabalho destes a 12 por dia e 60 por semana; as fábricas eram
obrigadas a ter escolas, que seriam freqüentadas pelos trabalhadores
menores de 13 anos; a idade mínima para o trabalho era de 9 anos, e um
médico devia atestar que o desenvolvimento físico da criança correspondia à
sua idade.
Em 1867 incluiu-se nesta lei mais moléstias e estipulou-se a proteção das
máquinas e a ventilação mecânica para o controle de poeiras; proibiu-se a
ingestão de alimentos nos ambientes sob atmosferas nocivas da fábrica.
Foi na Grã-Bretanha onde primeiro foram registradas medidas em atenção à
boa saúde do trabalhador. Lá foi criado o 1º órgão fiscalizador do Ministério
do Trabalho para apurar doenças profissionais e realizar exames médicos
pré-admissionais e periódicos.
A evolução da Revolução Industrial resultou no aparecimento dos serviços de
saúde ocupacional em vários países europeus. Na França, em 1946, tornou-
se obrigatória a existência de serviços de saúde ocupacional em
estabelecimentos, industriais ou comerciais, onde trabalhassem mais de dez
pessoas. Mais recentemente, na Espanha e em Portugal, outras leis
obrigaram à criação de serviços de saúde ocupacional em empresas com
mais de quinhentos trabalhadores.
Nos Estados Unidos os serviços de saúde ocupacional não existiam até a
entrada em vigor de leis sobre indenizações em casos de acidente de
trabalho. Por isso, os empregadores estabeleceram, no início deste século, os
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primeiros serviços de saúde ocupacional com o principal objetivo de reduzir
o custo das indenizações.
Em meados do século a importância da proteção dos trabalhadores atingiu a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial de
Saúde (OMS). Assim, a 43ª Conferência Internacional do Trabalho
estabeleceu a “Recomendação para os serviços de saúde ocupacional, 1959”
que determinava serem objetivos dos serviços de saúde ocupacional
instalados em um estabelecimento de trabalho, ou em suas proximidades:
1- Proteger os trabalhadores contra riscos à sua saúde, que possam
decorrer do seu trabalho ou das condições em que este é realizado.
2- Contribuir para o ajustamento físico e mental do trabalhador,
obtido especialmente pela adaptação do trabalho aos
trabalhadores, e pela colocação destes em atividades profissionais
para as quais tenham aptidões.
3- Contribuir para o estabelecimento e a manutenção do mais alto
grau possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
No Brasil as estatísticas sobre doenças profissionais e sobre acidentes do
trabalho eram tão alarmantes que o Governo Federal baixou a portaria
3.237, de 17 de julho de 1972, que tornou obrigatória a existência de
Serviços de Medicina do Trabalho e de Engenharia de Segurança do
Trabalho em todas as empresas com mais de cem trabalhadores. A Lei nº
6.514, de 22 de dezembro de 1977 e as normas regulamentadoras aprovadas
pela portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978 dão continuidade à legislação
de proteção ao trabalhador brasileiro.
Atualmente são trinta e duas as normas regulamentadoras do trabalho
urbano:
NR – 01 - Disposições Gerais
NR – 02 - Inspeção Prévia
NR – 03 - Embargo ou interdição
NR – 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho – SESMT
NR – 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
NR – 06 - Equipamento de proteção Individual – EPI
NR – 07 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional –
PCMSO
NR – 08 - Edificações
NR – 09 - Programa de prevençãode riscos ambientais – PPRA
NR – 10 - Instalações e serviços em eletricidade
NR – 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais
NR – 12 - Máquinas e equipamentos
NR – 13 - Caldeiras e vasos de pressão
NR – 14 - Fornos
NR – 15 - Atividades e operações insalubres
NR – 16 - Atividades e operações perigosas
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NR – 17 - Ergonomia
NR – 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção
NR – 19 - Explosivos
NR – 20 - Líquidos combustíveis e inflamáveis
NR – 21 - Trabalho a céu aberto
NR – 22 - Trabalhos subterrâneos
NR – 23 - Proteção contra incêndios
NR – 24 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho
NR – 25 - Resíduos industriais
NR – 26 - Sinalização de segurança
NR – 27 - Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no
Ministério do Trabalho e da Previdência Social
NR – 28 - Fiscalização e penalidades
NR – 29 - Trabalho Portuário
NR - 30 - Trabalho Aquaviário
NR – 31 – Trabalhos em Espaços Confinados *
NR – 32 - Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde *
NR – 33 - Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração
Florestal e Pesca *
Mais cinco regulamentam o trabalho rural:
NRR – 1 – Disposições Gerais
NRR – 2 – Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do
Trabalho Rural – SEPATR
NRR – 3 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
Rural – CIPATR
NRR – 4 – Equipamentos de Prevenção Individual
NRR – 5 – Produtos Químicos
* em desenvolvimento
ACIDENTES DO TRABALHO 2
2.1 - ACIDENTES DO TRABALHO
Os acidentes no trabalho causam, em qualquer comunidade, prejuízos que
são um sério obstáculo ao desenvolvimento sócio-econômico de um país
porque debilitam o trabalhador, restringem a sua capacidade de produção
além de poderem causar danos às máquinas, equipamentos e instalações de
uma empresa.
Para se determinar e combater as causas dos acidentes do trabalho é
necessário, primeiramente, conhecermos as definições de acidente do
trabalho.
2.1.1 - CONCEITO LEGAL
No Brasil, o Decreto nº 61.784 de 28 de novembro de 1967, em seu Art. 3º
assim define acidente de trabalho:
2.1.2 - CONCEITO PREVENCIONISTA
De acordo com o conceito prevencionista:
Ex.: A queda de um objeto do empilhamento mal feito, sem vítima.
No conceito legal o legislador se interessou em definir o acidente para
proteger o trabalhador acidentado garantindo-lhe o pagamento do salário
enquanto estiver impossibilitado de trabalhar, ou indenizando-o quando
houver lesão incapacitante permanente. O conceito prevencionista, alerta-
nos que o ferimento é apenas uma das conseqüências do acidente, pois o
acidente pode ocorrer sem provocar lesões.
Estatísticas mostram que em cada 300 acidentes do trabalho, 272 são
acidentes sem lesões, 27 são acidentes que causam lesões leves e apenas 1
causa lesões graves.
Acidente do Trabalho será aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho, a
serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou
doença que cause a morte ou a perda ou redução permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
Acidente do Trabalho é um fato inesperado, não planejado, que interrompe
ou interfere num processo normal de trabalho, resultando em lesão e/ou
danos materiais e/ou perda de tempo.
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Como não podemos prever se de um acidente vai resultar, ou não, uma
lesão no trabalhador, concluímos que devemos tentar evitar todo e qualquer
tipo de acidente.
2.1.3 - CASOS CONSIDERADOS COMO ACIDENTES DO TRABALHO
· O acidente sofrido no local e no horário do trabalho em conseqüência
de:
a. ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros
ou companheiros de trabalho;
b. ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de
disputa relacionada ao trabalho;
c. ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiros
ou de companheiro de trabalho;
d. ato de pessoa privada do uso da razão;
e. desabamento, inundações, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
· A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade;
· O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de
trabalho:
a. na execução de ordem ou na realização de serviço sob a
autoridade da empresa;
b. na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe
evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c. em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por estar dentro de seus planos para melhor
capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do
segurado;
d. no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo
de propriedade do segurado.
Entende-se como percurso o trajeto usual da residência ou do local de
refeição para o trabalho, ou deste para aqueles, locomovendo-se o
empregado a pé ou valendo-se de transporte da empresa ou próprio ou da
condução normal. O Decreto estabelece ainda, que no período destinado à
refeição ou descanso, ou por ocasião de satisfação de outra necessidade
fisiológica, no local ou durante o horário de trabalho, o empregado será
considerado a serviço da empresa.
Para fins legais, equipara-se ainda ao acidente do trabalho:
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· doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social.
· doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele
se relacione diretamente.
Segundo a legislação em vigor, doença profissional é aquela inerente a
determinado ramo de atividade.
Podem ser relacionadas como doenças do trabalho, resultantes das
condições especiais em que a atividade se realiza: a epilepsia, quando
decorre de um acidente de trabalho; a lepra, quando o trabalho obriga o
contato permanente com hansenianos; o câncer, quando o trabalhador está
sujeito às poeiras ou trabalho em ambiente cancerígeno; a neurose, quando
a sua manifestação ocorre ao tempo do trabalho ou é atribuída às condições
em que ele se realiza.
A doença profissional ou do trabalho, para que se equipare a o acidente do
trabalho, deverá acarretar incapacidade temporária ou permanente para o
trabalho.
Não são consideradas como doença do trabalho:
· a doença degenerativa;
· a inerente ao grupo etário;
· a que não produza incapacidade laborativa;
· a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em
que ela se desenvolva salvo comprovação de que é resultante de
exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
IMPORTANTE: Todo o acidente do trabalho, por mais leve que seja, deverá
ser comunicado à empresa, que providenciará a CAT - Comunicação de
Acidente do Trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em
caso de morte, de imediato.
A CAT deverá ser preenchida em seis vias, com a seguinte destinação:
· 1ª via - ao INSS;
· 2ª via - à empresa;
· 3ª via - ao segurado ou dependente;
· 4ª via - ao sindicato de classe do trabalhador;
· 5ª via - ao Sistema Único de Saúde-SUS;
· 6ª via - à Delegacia Regional do Trabalho.
A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este
comunicar ao segurado ou seus dependentes em qual Agência da
Previdência Social foi registrada.
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A Comunicação de Acidente do Trabalho deverá ser feita pela empresa, ou na
falta desta o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical
competente, o médicoassistente ou qualquer autoridade pública.
No caso de doença profissional ou do trabalho, considera-se como dia do
acidente a data da comunicação desta à empresa ou, na sua falta, a da
entrada do pedido do benefício no INSS, a partir de quando serão devidas as
prestações cabíveis.
No final deste capítulo, você encontrará um formulário de CAT
2.1.3.1 - DIFERENÇA ENTRE DOENÇA E ACIDENTE DO TRABALHO
Entre o acidente do trabalho e a doença profissional há uma tênue diferença
que, muitas vezes, é impossível descobrir.
- O acidente pode ser provocado intencionalmente pelo empregado.
- O acidente acontece de modo instantâneo e violento.
- A doença pode ser simulada mas não pode ser criada pelo empregado.
Tem uma duração. Não aparece num momento, provocando a lesão
corporal, ou a perturbação funcional, ou a morte. Ela se apresenta
internamente num processo silencioso.
- A causa do acidente-tipo é externa.
2.2 – CAUSAS DOS ACIDENTES DO TRABALHO
Do ponto de vista prevencionista, causa de acidente é qualquer fator que, se
fosse eliminado, teria evitado o acidente. As causas dos acidentes podem
decorrer de fatores pessoais ou materiais.
O reconhecimento das causas pode ser fácil, como no caso de um degrau
quebrado de uma escada, ou difícil, quando se precisa determinar as causas
de uma seqüência em cadeia que originaram o acidente. Pode-se dizer que a
maioria dos acidentes tem mais de uma causa.
As causas fundamentais dos acidentes do trabalho são classificadas como
atos inseguros, condições inseguras e fatores pessoais de insegurança.
2.2.1 – ATOS INSEGUROS
Atos inseguros são as ações ou omissões, maneiras pelas quais o
trabalhador se expõe, voluntariamente ou não, a riscos de acidentes.
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Responsáveis por 80% dos acidentes, os atos inseguros mais comuns são:
- Brincadeiras em serviço (ofender, distrair, assustar, discutir, jogar
objetos, gritar, etc.);
- Desconhecimento das regras de segurança ou dos métodos seguros
de trabalho;
- Emprego incorreto das ferramentas ou de ferramentas sabidamente
defeituosas;
- Excesso de confiança dos que se julgam imunes a acidentes;
- Fadiga física ou mental, que pode prejudicar os reflexos normais do
trabalhador.
- Falta de habilidade para o desempenho da atividade (pode ocorrer
por treinamento insuficiente);
- Levantamento de cargas de forma imprópria;
- Negligência, como no caso do trabalhador que não usa os EPI’s
recomendados;
- Permanecer sob cargas suspensas ou em locais perigosos, junto a
máquinas ou à passagem de veículos;
- Remover dispositivos de proteção ou alterar o seu funcionamento,
tornando-os ineficientes;
- Realizar operações para as quais não esteja devidamente
autorizado;
- Trabalhar, sem necessidade, com equipamento em movimento ou
perigoso (manutenção, reparo e lubrificação de máquinas em
movimento e realização de trabalhos em equipamentos elétricos
energizados);
- Usar vestimentas inadequadas (salto alto, mangas compridas,
gravatas soltas, cabelos compridos soltos, anéis, pulseiras, etc.);
- Uso inadequado de equipamentos (sobrecarregar veículos,
andaimes, etc.);
- Velocidades perigosas (operar máquinas em suas velocidades
limites ou em velocidades inseguras, pular de locais elevados, atirar
materiais ao invés de transportá-los, etc.).
Não são considerados como atos inseguros os que emanarem da chefia ou as
ações realizadas em obediência às instruções de superiores. Estes casos
devem ser considerados como condições inseguras.
2.2.2 – CONDIÇÕES INSEGURAS
São responsáveis por 18% dos acidentes.
Exemplos de condições inseguras:
Condições inseguras de um ambiente de trabalho são as falhas, defeitos,
irregularidades técnicas, carências de dispositivos de segurança, e outras
que põem em risco a integridade física ou a saúde do trabalhador ou a
própria segurança das instalações e equipamentos.
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- Arranjos físicos e arrumações perigosas (empilhamento perigoso,
armazenagem irregular ou perigosa, passagens obstruídas, etc.);
- Condições defeituosas dos equipamentos (grosseiro, cortante,
corroído, fraturado, de qualidade inferior, etc.);
- Condições precárias das instalações físicas (escadas, tubulações,
rampas, instalações e pisos escorregadios, corroídos,
sobrecarregados, mal conservados ou quebrados);
- Construções ou projetos inseguros;
- Equipamentos de proteção defeituosos ou mal sinalizados
(extintores descarregados ou com a carga vencida);
- Iluminação ou ventilação incorreta ou inadequada;
- Má distribuição de horários e tarefas;
- Material mal identificado ou não identificado;
- Proteção mecânica ou elétrica inadequada (falta de aterramento em
instalações elétricas);
- Operações e processos perigosos;
- Riscos naturais provenientes de irregularidades e instabilidades dos
solos, intempéries, animais selvagens (nos trabalhos externos ou “a
céu aberto”).
Importante: Não devemos confundir a condição insegura com o risco
inerente de certas operações industriais. Por exemplo: a corrente elétrica é
um risco inerente aos serviços que envolvem eletricidade. Instalações
elétricas mal feitas ou improvisadas, fios expostos, etc., são condições
inseguras.
2.2.3 – FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA
A caracterização do fator pessoal de insegurança não é fácil, exigindo o
exame apurado das circunstâncias em que ocorreu o acidente. O fator
pessoal de insegurança, como o ato inseguro, não é necessariamente
causado pelo trabalhador acidentado, podendo ser provocado por terceiros.
Os fatores pessoais de insegurança predominantes são:
- Alcoolismo ou uso de substâncias tóxicas ou de drogas;
- Conhecimento ou treinamento insuficiente;
- Defeito físico ou incapacidade física para o serviço executado
(principalmente órgãos do sentido);
- Desconhecimento do risco ou de práticas seguras para a execução
do serviço;
- Desrespeito às instituições e normas de segurança;
- Falta de interesse pela atividade que desempenha;
- Má interpretação do perigo;
- Nervosismo ou excesso de confiança;
Fator pessoal de insegurança é a característica mental ou física que leva o
trabalhador à prática do ato inseguro.
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- Preocupação com outros problemas;
- Problemas de saúde não tratados (mentais e nervosos);
- Problemas diversos de ordem social;
- Problemas familiares.
2.3 - CONSEQÜÊNCIAS DOS ACIDENTES DO TRABALHO
Muitas vezes, pior que o próprio acidente são as suas conseqüências. Todos
perdem. Perde o empregador, com a perda da mão-de-obra, de material, de
equipamentos, de tempo, e, conseqüentemente, com a elevação dos custos
operacionais. Perde o governo, com o número crescente de inválidos e
dependentes da Previdência Social. Perde o empregado, que fica incapacitado
temporária ou permanentemente para o trabalho, de forma total ou parcial, e
a sua família que passa a ter o padrão de vida afetado pela falta dos ganhos
normais.
Um acidente do trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa
por apenas algumas horas, quando é chamado de acidente sem afastamento .
É o que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte
no dedo, e o trabalhador retorna em seguida.
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar
suas atividades por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o
trabalhador não retornar ao trabalho imediatamente ou até a jornada
seguinte temos o chamado acidente com afastamento , que pode resultar:
a) Na incapacidade temporária , que é a perda da capacidade para o
trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o
trabalhador retorna às suas atividades normais.
b) Na incapacidade total e permanente, que é a invalidez para o
trabalho.
c) Na incapacidade parcial permanente , que é a diminuição,para o
resto da vida, da capacidade física total para o trabalho
desenvolvido. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a
perda de um dedo ou de uma vista.
2.3.1 - PREJUÍZOS IMEDIATOS PARA O GOVERNO
a) Pagamento, através do INSS, de benefícios previdenciários ao
trabalhador acidentado ou a seus dependentes.
b) pagamento de despesas médico-hospitalares no tratamento do
acidentado, inclusive com o fornecimento de próteses.
c) despesas com a reabilitação profissional do trabalhador acidentado.
d) assistência reeducativa e readaptativa profissional: Reeducativa
quando, depois da assistência, o funcionário retorna para a mesma função;
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readaptativa quando, após a assistência, o funcionário vai para outra
função.
Os principais benefícios concedidos pela Previdência Social, através do INSS
quando da ocorrência de acidentes do trabalho são: (Regulamento dos
“Benefícios da Previdência Social” aprovado pelo decreto no. 2.172, de
05/03/97)
· Reabilitação Profissional: Serviço que o INSS coloca à disposição de seus
segurados, inclusive aposentados e dependentes. Tem como objetivo
proporcionar aos segurados e dependentes incapacitados (parcial ou
totalmente), os meios indicados para a (re)educação e (re)adaptação
profissional e social, de modo que possam voltar a participar do mercado
de trabalho. O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, que
envolve médicos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos,
fisioterapeutas, entre outros. O serviço é extensivo aos dependentes, de
acordo com as disponibilidades técnico-financeiras do INSS.
· Auxílio-doença: Beneficio previdenciário devido ao segurado que ficar
temporariamente incapacitado para o seu trabalho ou atividade habitual
por mais de 15 dias consecutivos. A empresa paga os primeiros 15 dias
de afastamento. O INSS paga a partir do 16° dia de afastamento. O valor
do auxílio doença acidentário corresponde a 91% do salário de benefício.
O auxílio-doença deixa de ser pago:
· quando o segurado recupera a capacidade para o trabalho;
· quando este benefício se transformar em aposentadoria por invalidez;
· quando o segurado solicita e tem a concordância da perícia do INSS;
· quando o segurado volta voluntariamente ao trabalho.
OBS.: Não são devidas as prestações relativas ao acidente do trabalho:
· ao empregado doméstico;
· ao contribuinte individual;
· ao facultativo.
· Auxílio-acidente: benefício que é concedido, como indenização, ao
segurado empregado, trabalhador avulso, segurado especial e ao médico
residente que estiver recebendo auxílio-doença, quando a consolidação
das lesões decorrentes de acidente de trabalho resultarem em seqüela
definitiva que implique redução da capacidade para o trabalho e/ou
impossibilite o desempenho da atividade exercida na época do acidente. O
auxílio-acidente será devido a partir do dia imediato ao da cessação do
auxílio-doença. O seu valor corresponde a 50% do salário de benefício que
deu origem ao auxílio doença do segurado, corrigido até o mês anterior ao
do início do auxílio acidente e será devido até a véspera de início de
qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
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14
· Aposentadoria por invalidez: É o benefício a que tem direito o segurado
que, estando ou não recebendo auxílio-doença, for considerado incapaz
para o trabalho e não sujeito à reabilitação para o exercício de atividade
que lhe garanta a subsistência. Não é concedida aposentadoria por
invalidez ao segurado que, ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência
Social, já era portador da doença ou da lesão que geraria o benefício,
salvo quando a incapacidade decorreu de progressão ou agravamento
dessa doença ou lesão.
A aposentadoria por invalidez começa a ser paga:
- a contar do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, caso o
segurado o esteja recebendo.
- Para o segurado que não recebe auxílio-doença:
- para o segurado empregado a partir do 16º dia de afastamento da
atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30
dias.
- para os demais segurados a partir da data do início da incapacidade
ou;
- a partir da data da entrada do requerimento, quando requerido após
o 30º dia do afastamento da atividade.
A aposentadoria por invalidez deixa de ser paga:
· quando o segurado recupera a capacidade para o trabalho;
· quando o segurado volta voluntariamente ao trabalho;
· quando o segurado solicita e tem a concordância da perícia médica do
INSS.
O valor da aposentadoria por invalidez é 100% do salário de benefício,
caso o segurado não estivesse recebendo auxílio-doença. Se o segurado
necessitar de assistência permanente de outra pessoa, a critério da
perícia médica, o valor será aumentado em 25% a partir da data de sua
solicitação.
· Aposentadoria especial - É o benefício a que tem direito o segurado, que
tiver trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a
condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou integridade física. O
segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição
aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes
prejudiciais a saúde ou integridade física, pelo período equivalente ao
exigido para a concessão do benefício.
Considera-se tempo de trabalho, os períodos correspondentes ao exercício
de atividade permanente e habitual (não ocasional nem intermitente),
durante toda a jornada de trabalho.
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será
feita em formulário próprio do INSS, preenchido pela empresa ou seu
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preposto com base em laudo técnico de condições ambientais de
trabalho, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança
do trabalho, nos termos da legislação trabalhista.
O INSS exige carência para este benefício:
· 180 contribuições mensais para o segurado inscrito a partir de
25.07.91;
· Os inscritos até 24.07.91 devem obedecer a uma tabela progressiva
de carência.
A aposentadoria especial começa a ser paga:
Para o segurado empregado:
· a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até
90 dias após o desligamento.
· a partir da data da entrada do requerimento, quando não houver
desligamento do emprego ou quando for requerida após 90 dias do
desligamento.
Para o trabalhador avulso:
· a partir da data da entrada do requerimento.
O valor da aposentadoria especial é 100% do salário de benefício.
O aposentado por tempo de contribuição, especial ou idade pelo Regime
Geral de Previdência Social que permanecer ou retornar à atividade
sujeita a este regime, não fará jus a prestação alguma da Previdência
Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário
família, salário maternidade e à reabilitação profissional.
· Pensão por morte: É o benefício a que têm direito os dependentes do
segurado que falecer.
Há três classes de dependentes:
· Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido;
· Classe II: os pais;
· Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 anos ou inválido.
Observações: Por determinação judicial proferida em Ação Civil Pública
também fará jus a pensão por morte quando requerida por companheiro
ou companheira homossexual.
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A condição de invalidez do dependente maior de 21 anos deverá ser
atestada pela perícia do INSS.
Enteados e tutelados equiparam-se a filhos.
Havendo dependentes de uma classe, os dependentes da classe seguinte
perdem o direito à pensão por morte. Também perde o direito ao
benefício o dependente que passarà condição de emancipado.
A pensão por morte começa a ser paga:
· a partir da data do óbito do segurado, se requerida até 30 dias do
falecimento;
· a partir da data do requerimento, se requerida após 30 dias do
falecimento;
· a partir da data da decisão judicial, quando se tratar de morte
presumida.
A pensão por morte deixa de ser paga:
· Pelo falecimento do pensionista;
· Pela extinção da cota do último pensionista;
· Se quem recebe a pensão é o filho ou o irmão, o benefício deixa de ser
pago quando esse dependente se torna emancipado, ou completa 21
anos (a menos que seja inválido);
· Se quem recebe a pensão é inválido, o benefício deixa de ser pago
cessar a invalidez.
O valor da pensão por morte corresponde a 100% do valor da
aposentadoria que o segurado recebia quando faleceu ou 100% da
aposentadoria por invalidez a que teria direito na data do óbito.
Todos os benefícios baseiam-se no salário-beneficio (SB) que é igual:
- à média aritmética simples dos 80% maiores salários de
contribuição, corrigidos monetariamente, a partir do mês 07/94 -
para os inscritos até 28/11/99
- à média aritmética simples dos maiores salários de contribuição
correspondentes a 80% de todo o período contributivo - para os
inscritos a partir de 29/11/99
Observação: O trabalhador que sofrer acidente de trabalho tem garantia da
manutenção do contrato de trabalho até 12 meses após a cessação do
acidente do trabalho.
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2.3.1.1 – A DOENÇA E O ACIDENTE DO TRABALHO NO CONTRATO DE
EXPERIÊNCIA E NO AVISO PRÉVIO
Se, durante o contrato de experiência o empregado adoecer, a empresa
pagará os primeiros 15 dias e ele entrará em auxílio-doença no INSS, do qual
não sairá antes de vencidos os 90 dias do contrato.
Se, a doença se aparecer no 80° dia do contrato, a empresa deverá pagar
apenas os 10 dias que faltam para o contrato terminar. O doente
desempregado deverá passar a receber, de imediato, o auxílio-doença.
De acordo com o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho “O contrato por
prazo determinado não tem seu termo prorrogado em virtude de licença
médica do empregado, salvo se houver prévia estipulação das partes
contratantes” (AC-TP 1975/85, DOU de 8/11/85).
Se, o empregado adoecer ou se acidentar no 20º dia do aviso prévio, a
empresa deverá pagar-lhe os 10 dias restantes e o contrato ficará rescindido.
O INSS deverá, de imediato, conceder-lhe o auxílio-doença. Porém, se a
doença se apresentar no 10° dia do aviso prévio, a empresa pagará os
primeiros 15 dias e o empregado entrará em auxílio-doença. No trigésimo dia
do aviso prévio o contrato estará rescindido de acordo com o artigo 489 da
CLT.
PREVIDÊNCIA SOCIAL
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A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE É OBRIGATÓRIA, MESMO NO CASO EM QUE NÃO HAJA AFASTAMENTO DO TRABALHO

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