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1 Curso de Bacharelado em Engenharia Prof. Rômulo Martins romulojunior@gmail.com FACEBOOK: http://www.facebook.com/raimundoromulo Recife, 2015.2 Ciência e Tecnologia dos Materiais PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS / Concreto módulo de elasticidade (rigidez, E) limite de escoamento (σe) limite de resistência a tração (LRT) 3 1. INTRODUÇÃO O Comportamento mecânico de um material reflete a relação: deformação a uma carga ou força aplicada Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de resistir às forças mecânicas e/ou de transmiti-las Principais Propriedades mecânicas (projeto): Rigidez, resistência, dureza, ductilidade e tenacidade 4 1. INTRODUÇÃO As propriedades mecânicas são verificadas através dos ensaios (destrutivos e não destrutivos); Variáveis dos ensaios: Carga aplicada Duração da carga aplicada Condições ambientais Técnicas padronizadas: Sociedade Americana para Ensaios de Materiais (ASTM) 5 -TENSÃO é algo (força/carga) aplicada a um material por carregamento. -DEFORMAÇÃO é a sua resposta; depende da magnitude da tensão e do modo como ela é aplicada. Pode ser plástica ou elástica -RIGIDEZ (elasticidade) é a resistência elástica a mudança de forma, isto é, o material volta à sua forma original quando a tensão cessa. -Resistência é a sua resistência à distorção permanente ou à falha total. A carga pode ser aplicada: tração, compressão e cisalhamento ou torção 2. TENSÃO, DEFORMAÇÃO e RIGIDEZ (ELASTICIDADE) 6 Tração compressão cisalhamento / torção 7 MODOS DE CARREGAMENTO: A maioria dos componentes de engenharia suporta cargas 2. TENSÃO, DEFORMAÇÃO e RIGIDEZ (ELASTICIDADE) Flexão( tração + compressão) 8 Modos de carregamento. Stansted Airport, Londres. Elemento de compressão ou coluna Elemento de flexão ou viga Elemento de tração ou tirante 9 TRAÇÃO: - O parâmetro TENSÃO, σ (sigma) é calculado através da relação: F é a carga instantânea aplicada em uma direção perpendicular a seção transversal do corpo de provas (newton,N) A0 é a área da seção transversal original do corpo de provas antes da aplicação de qualquer carga (m2 ) Obs - Forças são medidas em Newton (N), portanto a tensão tem dimensões N/m2. Porém, a tensão de 1N/m2 é minúscula – a pressão atmosférica é 105 N/m2, portanto a unidade usual 106 N/m2, denominada MEGAPASCAL, símbolo MPa 10 TRAÇÃO: lo é o comprimento original antes de qualquer carga aplicada li é o comprimento instantâneo é a deformação (não tem unidades, mas m/m é usado) 11 COMPRESSÃO: -É semelhante ao ensaio de tração; -São usadas as mesmas equações dos ensaios de tração (porém, negativa); 12 CISALHAMENTO E TORCÃO: -Para os ensaios realizados sob uma força cisalhante pura, a tensão cisalhante (tau) é calculada de acordo com: F (Newton, N)é a carga ou força imposta paralelamente às faces superior e inferior, cada uma delas com área A0 (m 2) Portanto, a deformação cisalhante é definida como tangente do ângulo de deformação. Ex: brocas, eixos de máquinas e engrenagens. 13 3. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA - A tensão e a deformação são proporcionais entre si: E é o módulo de elasticidade ou módulo de Young É a rigidez! Lei de Hooke! - Deformação em que a TENSÃO é proporcional a DEFORMAÇÃO é chamado de DEFORMAÇÃO ELÁSTICA 14 3. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA - GRÁFICO DEFORMAÇÃO ELÁSTICA (deformação não permanente): O módulo de elasticidade pode ser considerado como rigidez, ou uma resistência do material à deformação elástica. Maior E = mais rígido material, logo menos deformação 15 EXERCÍCIO Uma peça de cobre originalmente com 305 mm (12 in) de comprimento é puxada em tração com uma tensão de 276 Mpa (40.000 psi). Se a deformação é inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante? dados: Ecu = 110 000 MPa R: 0,765 mm (0,03 in) 1 in = 25,40 mm 16 4. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA - Se uma liga for deformada além de 0,002, a tensão não será mais proporcional a deformação (Lei de Hooke), ocorrendo, portanto, uma deformação permanente (não recuperável)! – DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Gráfico para o comportamento tensão-deformação típico de um metal. 17 Gráfico para o comportamento tensão-deformação típico de um metal, mostrando: Deformações elásticas e plásticas Limite de proporcionalidade P Tensão limite de escoamento σe (determinada usando o método de pré-deformação de 0,002) 18 Interpretação do gráfico tensão- deformação (elástico-plástico) - A transição do comportamento elástico para o plástico é gradual para a maioria dos metais: ocorre uma curvatura no início da deformação plástica, que aumenta rapidamente com o aumento da tensão; - Perspectiva atômica: a deformação plástica corresponde à quebra de ligações entre os átomos vizinhos originais, seguida pela formação de novas ligações com novos átomos vizinhos – com a remoção da tensão, eles não retornam às suas posições originais! Materiais cristalinos – escorregamento (envolve discordâncias) 19 CONVENÇÃO: Uma linha reta é construída paralelamente à porção elástica da curva na pré- deformação 0,002. A tensão correspondente à interseção dessa linha com a curva tensão-deformação conforme esta se inclina na região plástica é definida como o LIMITE DE ESCOAMENTO, σe (Mpa) Obs – não se mede o ponto P mas , σe ou , σl 20 LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (LRT) - Após o escoamento, a tensão necessária para continuar a deformação plástica nos metais aumenta até um valor máximo (PONTO M), e então diminui até a fratura do material (PONTO F). LRT (Mpa)– É o ponto M ponto que corresponde à tensão máxima suportada por uma estrutura sob tração! 21 Empescoçamento ou estricção 22 DUCTILIDADE - É uma medida do grau de DEFORMAÇÃO PLÁSTICA que foi suportado até a fratura (OBS: NÃO CONFUNDIR COM RIGIDEZ QUE É ELASTICO!) A ductilidade é expressa como um alongamento percentual (%AL): lf é o comprimento no momento da fratura l0 comprimento útil original 23 DUCTILIDADE DÚCTIL FRÁGIL 24 RESILIÊNCIA - É a capacidade de um material de absorver energia quando ele é deformado ELASTICAMENTE e, depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia. TENACIDADE - Tenacidade à fratura é uma propriedade indicativa da resistência de um material à fratura quando uma trinca (defeito) está presente; -Mede a resistência ao choque -Ensaio Charpy -Ela é a área sob a curva σ – ε. 25 TENACIDADE 26 3. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Exemplo Exemplo de leitura - Aço 1015: SAE 10XX – aço-carbono simples (outros elementos em porcentagens desprezíveis, teor de Mn de no máximo 1,0%); Terminação 15: 0,15%p C 28 ENSAIOS 29 MÁQUINA UNIVERSAL DE ENSAIOS PARA A REALIZAÇÃO DE ENSAIOS DE TRAÇÃO, CISALHAMENTO, COMPRESSÃO... 30 ENSAIO DE TRAÇÃO - Uma amostra é deformada, até sua fratura, por uma carga de tração que é aumentada gradativamente e é aplicada uniaxialmente ao longo do eixo de um corpo de provas. Corpo de provas-padrão para ensaios de tração com seção transversal circular. “osso de cachorro” Diâmetro = 12,8 mm (0,5 in) Comprimento da seção reduzida = 4 x diâmetro = 60 mm -Ensaio destrutivo;-NBR 6152 e ASTM E 8M 31 ENSAIO DE TRAÇÃO Corpos de provas-padrão para ensaios de tração com seção transversal circular e retangular 32 ENSAIO DE TRAÇÃO Dispositivo usado para a condução de ensaios tensão-deformação sob tração. 1) O corpo de provas é alongado pelo travessão móvel; 2) Uma célula de carga e um extensômetro medem, respectivamente, a magnitude da carga aplicada e o alongamento. 3) Gráfico tensão e deformação VER VÍDEO 33 ENSAIO DE IMPACTO MÁQUINA PARA ENSAIO DE IMPACTO (CHARPY) 34 ENSAIO DE DUREZA - É a medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (um risco); - Escala Mohs (arbitrária): 1 – talco até 10 - diamante - Ensaio simples e barato; - Não destrutivo 35 ENSAIO DE DUREZA ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL - Vickers - Menos utilizado - Penetradores de aço e diamante são usados. - Mais utilizado!! Norma ASTM ENSAIO DE DUREZA BRINELL - Penetradores de aço e diamante são usados, mas com diâmetros diferentes do ensaio Rockwell. 36 DURÔMETROS PARA MEDIDADES DE DUREZA DOS MATERIAIS EM ESCALAS VICKER, BRINNEL E ROCKEWLL ENSAIO DE DUREZA EXERCÍCIO Sabendo-se que a força de tração atua sobre a área da seção transversal do material, calcule a tensão (em MPa) que deve ser suportada por um tirante de aço de 2 mm2 de seção, sabendo que o material estará exposto a uma força de 30 N. R: 15 N/mm2 ou 15 MPa FALHA OU RUPTURA NOS METAIS Fratura Fadiga FRATURA Consiste na separação do material em 2 ou mais partes devido à aplicação de uma carga estática à temperaturas relativamente baixas em relação ao ponto de fusão do material. FRATURA Dúctil a deformação plástica continua até uma redução na área. Frágil não ocorre deformação plástica, requerendo menos energia que a fratura dúctil que consome energia para o movimento de discordâncias e imperfeições no material. FRATURA Fraturas dúcteis Fratura frágil FRATURA Fratura frágil (“Aço doce”) Mecanismo da fratura dúctil a- formação do pescoço b- formação de cavidades c- coalescimento das cavidades para promover uma trinca ou fissura d- formação e propagação da trinca em um ângulo de 45 graus em relação à tensão aplicada e- rompimento do material por propagação da trinca MEV mostrando uma superfície de fratura intergranular (50X) FADIGA É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas - caso do avião Nessas situações o material rompe com tensões muito inferiores à correspondente à resistência à tração (determinada para cargas estáticas) EXERCÍCIO Qual o corpo de provas abaixo é mais dúctil? 47 exercício: Um corpo de prova de aço com diâmetro d = 20 mm e comprimento L = 60 mm será submetido a um ensaio de compressão. Se for aplicada uma força F de 100.000 N, qual a tensão absorvida pelo corpo de prova (T) e qual a deformação do mesmo ()? O módulo de elasticidade do aço (E) é igual a 210.000 MPa. 48 Continuação... 49 50 51 Curso de Bacharelado em Engenharia Prof. Rômulo Martins romulojunior@gmail.com FACEBOOK: http://www.facebook.com/raimundoromulo Recife, 2015.2 Ciência e Tecnologia dos Materiais
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