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EF ESCOLAR (EFE) NO ENSINO MÉDIO (1)

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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR (EFE) NO ENSINO MÉDIO (EM)
PROFº Ms. MAURO LOUZADA
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A inserção da EF em um projeto maior
Segundo Moreira (1993), o que tem acontecido no EM é um prolongamento com os esportes (metodologia de ensino com execução de fundamentos) chegando em algumas escolas ao aprofundamento tático das modalidades.
Nestes casos, os alunos que não possuem habilidade, não conseguem avançar taticamente.
Gerando uma atitude descompromissada por parte de alguns alunos tornando a EFE recreativa. Observa-se uma evasão das aulas.
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A lei nº 9394/96 prevê para a EFE:
Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental (EF);
Possibilitar o prosseguimento dos estudos;
Preparar para o trabalho e cidadania;
Desenvolver habilidades como continuar a aprender;
Aprimorar o educando como ser humano incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
Compreender os fundamentos científicos-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática.
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A REALIDADE DAS ESCOLAS
O que temos encontrado na prática não é nada daquilo que se prevê para a EFE no EM. 
O que se tem visto é o educando se afastando das quadras, do pátio, dos espaços de prática motoras escolares.
Buscando outros espaços como academias, clubes, parques para experiências corporais que lhe trazem satisfação.
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APROFUNDAMENTO DO CONHECIMENTO COM AUTONOMIA
Assim torna-se fundamental uma vinculação das competências da área com os objetivos do EM e a opção pela aproximação de outros objetivos, que também constituem o corpo de conhecimentos específicos da área e compõem o currículo da formação de professores.
Cabe sim instrumentalizar o cidadão para que possa atuar de forma eficaz para manutenção de sua saúde, a gerência de seus momentos de lazer e a aquisição de vocabulário motor que possibilite um diálogo social diversificado.
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1- CONTEXTO DO COMPONENTE CURRICULAR
Para Libâneo (1990), Davydov (1982), o EM corresponde o ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento. Nesse período o aluno adquire uma relação especial com o objeto, o que lhe permite refletir sobre ele.
Para Soares (1996), “a influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos, então, não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola” (p.90).
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CRISE DE IDENTIDADE
Para Libâneo (1985), neste caso o professor é o treinador e o aluno é o atleta. Situação comum na maioria das escolas é fruto da Pedagogia Tecnicista.
Vários autores concordam com a necessidade de mudanças como Ghiraldelli (1988), Bracht (1988), Betti (1991) entre outros.
Autores estrangeiros também têm se preocupado com a necessidade de mudanças como Sérgio (1983) como a “Motricidade”, LeBoulch (1986) com a “Psicocinética” dentre outros.
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O que fazer no EM?
Em geral encontramos turmas heterogêneas.
Educadores Como Bento (1991), Guedes e Guedes (1994) encontraram na “Aptidão física e saúde” uma alternativa viável e educacional.
Nesta, enfatiza-se a conquista da aptidão física e saúde pelas crianças.
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CRÍTICA AO SEDENTARISMO
Segundo Guedes e Guedes (1997), “as informações disponíveis na literatura demonstram uma estreita associação entre os níveis habituais de prática da atividade física e os índices de adiposidade e desempenho motor” (p. 181). Desta forma quanto mais ativa for a criança, o adolescente, menos acúmulo de gordura possuirá.
DESAFIO DO PROFESSOR:
Elaborar um plano de curso envolvente e coerente com os objetivos do trabalho.
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1.1. A LDB e suas implicações na EFE
Art. 24: “poderão organizar classes ou turmas com alunos de séries distintas e níveis equivalentes de adiantamento na matéria”.
Art. 26: “a EF integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”.
Existe a possibilidade de se desenvolver projetos de atividades físicas especiais.
EX: alunos trabalhadores compõem um grupo que desenvolve atividades de restituição de energia.
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Alunos possuem ansiedade, depressão, insatisfação, prejudicando as relações interpessoais.
Justifica-se a inclusão de programas escolares que valorizem o aprendizado, a prática de exercícios de elevação e manutenção da freqüência cardíaca em limites submáximos, alongamento, flexibilidade, relaxamento desencadeando uma melhor qualidade de vida.
Currículo mais flexível, conforme o Art. 26: “os currículos de EF e EM devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de ensino, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”. É possível a elaboração de projetos de EFE voltados a temas como dança, ginástica localizada, nutrição, caminhada, etc.
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A Educação para saúde de forma interdisciplinar
Elaboração de jogos, resgate de brincadeiras populares, narração de fatos e elaboração de coreografias podem estar articuladas com outras disciplinas.
No art. 27: “os conteúdos curriculares da educação básica observarão ainda, as seguintes diretrizes: promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais”. Percebe-se aqui uma desvinculação do desporto de rendimento, em busca da participação de todos nas atividades.A LDB indica uma direção obrigatória para os profissionais: o aperfeiçoamento constante, a busca de conhecimento.
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2. EF ENQUANTO LINGUAGEM
Sempre ouvimos falar de corpo, o que privilegia a idéia de corpo e não de do discurso que este empreende na sua expressão, ou seja, não estamos atentos à própria expressão corporal.
Comunicação corporal aqui se entende como sensibilidade e à percepção que o professor possui para detectar e interpretar as mensagens que chegam até ele via corpo, oriundas dos alunos: Distanciamento no momento da explicação; conflitos durante os jogos; afastamento corporal durante a atividade; vergonha; falta de trajes adequados, etc. 
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3. O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EF
O aluno é sujeito de sua aprendizagem e o professor é o mediador na interação dos alunos com os objetivos do conhecimento.
O processo de aprendizagem compreende também a interação do aluno com outros alunos, essencial à socialização.
Característica da EF neste contexto é a construção do conhecimento sobre a cultura corporal.
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EM BUSCA DA AUTONOMIA
O professor dará ênfase à autonomia oportunizando os alunos a construção de conhecimento, valorize seus conhecimentos e experiências.
O professor deverá criar situações que propiciem ao aluno se tornar protagonista de sua própria aprendizagem.
EX: algumas perguntas feitas durante uma aula prática podem em vez de ser respondida pelo professor, servir de tema de pesquisa aos alunos.
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NA BUSCA DA AUTONOMIA
Se privilegiará tanto o trabalho individual quanto em grupo (coletivo-cooperativo).
Professor poderá utilizar conhecimentos prévios dos alunos para responder certas perguntas. EX: Ao ouvir na aula a frase “perder peso basta fazer abdominal”, o professor confrontará a informação com aqueles desenvolvidos na aula de gasto energético, ou controle de peso.
Nas aulas de EF muitas vezes os alunos só querem o “racha”, mas cabe aos professores mostrar aos alunos que aquele espaço é de aprendizagem.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Mattos, M. G.; Neira, M. G. Educação física na adolescência construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.

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