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Anotações - Direito internacional público

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Direito internacional público
1. Ordem jurídica numa sociedade internacional descentralizada. 
Uma advertência deve ser feita a todo aquele que se inicia no estudo do direito internacional público. A sociedade internacional, ao contrário do que sucede com as comunidades nacionais organizadas sob a forma de Estados, é ainda hoje descentralizada, e o será provavelmente por muito tempo adiante de nossa época.No plano interno, a autoridade superior e o braço forte do Estado garantem a vigência da ordem jurídica, subordinando as proposições minoritárias à vontade da maioria, e fazendo valer, para todos, tanto o acervo legislativo quanto as situações e atos jurídicos que, mesmo no âmbito privado, se produzem na sua conformidade. No plano internacional não existe autoridade superior nem milícia permanente.
2. Fundamento do direito internacional público.
 Sistema jurídico autônomo, onde se ordenam as relações entre Estados soberanos, o direito internacional público — ou direito das gentes, no sentido de direito das nações ou dos povos — repousa sobre o consentimento. As comunidades nacionais e, acaso, ao sabor da história, conjuntos ou frações de tais comunidades propendem, naturalmente, à autodeterminação, à regência de seu próprio destino. Organizam-se, tão cedo quanto podem, sob a forma de Estados independentes, e ingressam numa comunidade internacional carente de estrutura centralizada.
3. Direito internacional e direito interno: teorias em confronto. 
o direito internacional e o direito interno de cada Estado são sistemas rigorosamente independentes e distintos, de tal modo que a validade jurídica de uma norma interna não se condiciona à sua sintonia com a ordem internacional.
O TRATADO INTERNACIONAL
Parte fundamental do direito das gentes, o direito dos tratados apresentava até o romper do século XX uma consistência costumeira, assentada, entretanto, sobre certos princípios gerais, notadamente o pacta sunt servanda e o da boa-fé.
Tratado é todo acordo formal concluído entre pessoas jurídicas de direito internacional público, e destinado a produzir efeitos jurídicos, o tratado internacional é em si mesmo um simples instrumento; identificamo-lo por seu processo de produção e pela forma final, não pelo conteúdo.
Principios constituicuinais: Direito internacional não é muito importante para qualquer estado, ele talvez seja o direito que vem sofrendo mais modificações nos ultimos anos, é o direito que vem ganhando a maior importancia, pq nenhum estado consegue viver sem nenhum relação com outro estado, seja por questões economicas, por questões politicas ou por afinidade. O artigo 4 da constituição temos os principios constitucionais que regem as relações da republica federativa do brasil. Os principios e numerado no artigo 4 da CF são: princ da independência nacional, prevalência dos direitos humanos, auto determinação dos povos, não intervenção, igualdade entre estados, defesa da paz, solução pacifica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao recismo, coperação entre povos para o progresso da humanidade e concessão de asilo politico.
O tratado é um acordo formal: ele se exprime, com precisão, em determinado momento histórico, e seu teor tem contornos bem definidos. Aí repousa, por certo, o principal elemento distintivo entre o tratado e o costume, este último também resultante do acordo entre pessoas de direito das gentes, e não menos propenso a produzir efeitos jurídicos, porém forjado por meios bem diversos daqueles que caracterizam a celebração convencional. Essa formalidade implica, por outro lado, a escritura. O tratado internacional não prescinde da forma escrita, do feitio documental.
As partes, em todo tratado, são necessariamente pessoas jurídicas de direito internacional público: tanto significa dizer os Estados soberanos — aos quais se equipara, como será visto mais tarde, a Santa Sé — e as organizações internacionais. Não têm personalidade jurídica de direito das gentes, e carecem, assim, por inteiro, de capacidade para celebrar tratados, as empresas privadas, pouco importando sua dimensão econômica e sua eventual multinacionalidade.
Para os redatores da Convenção de Viena, o tratado é um compromisso “... celebrado por escrito entre Estados e regido pelo direito internacional...” Essa linguagem sugere que um compromisso entre duas soberanias pode, porventura, não ser regido pelo direito das gentes, caso em que lhe faltaria a qualidade de tratado. Na realidade, embora certos autores pareçam admitir algo diverso , nenhum acordo entre Estados pode escapar à regência do direito internacional, ainda que, no uso do poder soberano que essa ordem jurídica lhes reconhece, os Estados pactuantes entendam de fazer remissão a um sistema de direito interno.
O tratado internacional pode materializar-se em duas ou mais peças documentais distintas. Isto sempre pareceu óbvio no caso de documentos diversos, porém produzidos a um só tempo, e por todas as partes contratantes, tal como sucede sempre que o tratado se faz acompanhar de anexos. Quando os negociadores da Convenção de Viena quiseram deixar claro que um tratado pode tomar corpo “... num instrumento único ou em dois ou mais instrumentos conexos” , não cogitavam dessa hipótese, mas daquela outra em que o acordo internacional se desdobra em textos — via de regra, dois textos — produzidos em momentos diversos, cada um deles firmado em nome de uma das partes apenas.
“Tratado” significa acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica;
Tratado = por sua formalidade e complexidade, é reservado apenas aos “acordos” mais solenes.
Convenção = é uma “acordo” destinado a criação de normas gerais de Direito Internacional (ex.: Convenção de Montego Bay – que, por iniciativa da ONU, regulamentou o Direito do Mar)
Declaração = utilizada para consolidar princípios jurídicos ou afirmar uma atitude jurídica – é uma espécie de registro da posição de alguns Estados
Ato = pode ser utilizados para estabelecer regras de direito ou restringir-se ao caráter político ou moral – difere da “declaração” por conter esta um conjunto de princípios gerais do DIP.
Pactos = também revestido de muita formalidade, é reservado aos compromissos futuros – uma espécie de “promessa” que os Estados fazem entre si tomando um ao outro como testemunha (Ex.: Pacto de São José da Costa Rica 1966 – trata de direitos civis e políticos)
Estatuto = normalmente destinado à constituição dos Tribunais Internacionais (Ex.: Estatuto de Roma 1998 – Tribunal Penal Internacional, com sede na cidade de Haia.)
Protocolo = pode significar o extrato da ata de uma conferência internacional ou um “acordo” propriamente dito. Isso ocorre, em geral, quando o assunto proposto é muito complexo, exigindo maior número de reuniões. (Ex.: Protocolo de Kyoto 1997)
Concordata = uma das partes deverá ser, necessariamente, a Santa Sé. O objeto refere-se, obrigatoriamente, a assuntos ligados a religião católica.
Formalidade do tratado
Todo tratado deve obedecer um critério formal;
Assim, somente são admitidos tratados estabelecidos na forma escrita;
São “competentes” para firmar um Tratado internacional as Pessoas Jurídicas de Direito Internacional;
Os Estados Soberanos;
As organizações internacionais;
A Santa Sé (A Santa Sé personifica a Igreja Católica. A sede da Igreja Católica localiza-se dentro da cidade do Vaticano.)
A validade de um Tratado está condicionada a “licitude” de seu objeto, bem como a “possibilidade” deste.
Quanto ao número de partes:
Bilateral - Tratado é firmado entre duas pessoas jurídicas de Direito Internacional;
Multilateral - Tratado é firmado entre três ou mais pessoas jurídicas de Direito Internacional
Quanto a sua execução no tempo:
Transitório - Tratado que tenha seu efeito limitado a um lapso temporal;
Permanente - Tratado cuja execução se prolonga ao longo do tempo, não tendo a instantaneidadedo primeiro como condição essencial
Quanto a sua execução no espaço:
O Tratado sempre será respeitado nos limites territoriais dos países contratantes, não podendo valer apenas de forma parcial.
OBS. O Tratado também pode gerar efeitos em áreas de interesse comum. Ex.: alto-mar; espaço sideral; e Antártica.
Estão habilitados a negociar um tratado os seguintes representantes de Estado:
Chefe de Estado;
Chefe de Governo;
Plenipotenciários: (O termo é muito utilizado no direito internacional, para qualificar o diplomata que é enviado a um encontro com plenos poderes para representar seu país na missão diplomática para o qual foi designado, podendo assinar acordos ou realizar negócios em nome do país que o enviou.) Tem que apresentar uma carta que prove o poder.
Plenipotenciários originarios eram baseados como poder que vinha de Deus.
Negociação Bilateral
Território: Em uma das partes contratantes ou em território neutro, caso haja clima de tensão conflitiva;
Língua: Caso as partes disponham de um mesmo idioma, é neste que será lavrado o tratado. Em casos de países plurilíngües, o tratado e sua negociação transcorrerão na língua em comum de ambos. Na ausência de língua em comum, escolhe-se uma língua para uma maior comodidade;
Havendo acordo quanto aos termos balizadores do tratado e posto esses a termo, há a chamada autenticação do tratado, via Assinatura, quando o negociador estatal detém capacidade para tanto, vinculando o ato negociado à vontade do Estado.
Negociação Multilateral
Território: Do país proponente da negociação ou, quando houver organizações internacionais envolvidas, a Sede desta;
Língua: Escolhe-se uma língua oficial para a negociação, para maior comodidade, via qual será produzida a versão autêntica do Tratado;
Evita-se texto “acordado” pelo Voto, para se evitar submissões dos Estados Vencidos. Dá-se preferência pelo Consenso, mesmo que no processo de negociação haja mútua concessões;
Ratificação
- Características
Competência: Disposta pela Ordem Jurídica interna de cada Estado Soberano;
Discricionariedade: Ainda que manifesta, em primeiro momento, a vontade do Estado em vincular-se ao tratado negociado, esta não obriga o parlamento ou o executivo a aderir ao tratado negociado;
Irretratabilidade: Uma vez ratificado o tratado, espera-se que ele vincule ao Estado ratificador o compromisso, sem que seja possível a retratação, salvo nos casos previstos e regulados pelo próprio tratado sobre Denúncia Unilateral
A ratificação é expressa (nunca é tacita, o comprotamento não é admitido), deve ser verbal ou escrito (numa convenção para apresentação politica, e para pressionar os estados que não aderiram ainda a competencia do executivo é discricionariedade vem da soberania em relação a negociação, mas em relação a ratificação a discricionariedade é plena.
Os tratados não podem ter emenda, pode apenas determinar os pontos que ele não aceita.
A reserva de um Tratado é uma declaração unilateral de uma parte, expressa no momento do consentimento, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de uma ou mais disposições do mesmo, em relação à outra parte.Caso uma parte discorde das reservas apresentadas por outra parte, a primeira pode oferecer uma objeção. Neste caso, compete à primeira indicar se considera o tratado em vigor entre si mesma e a segunda parte, entretanto, é lícito que o tratado proíba, limite ou condicione o oferecimento de reservas ao seu texto.
Cada tratado deve haver a tradução do seu pais, como no caso do brasil que deve ter a tradução em portugues.
Ratificação - Procedimento Brasileiro
Após a assinatura, submete-se a aprovação do Congresso Nacional;
Uma vez aprovado pelo Senado, tal aprovação é encaminhado ao Presidente da República via Decreto-legislativo;
Tal decreto não vincula a aprovação do Executivo, mas uma vez aprovado, vincula-se a ratificação do tratado via Decreto-Executivo;
Quando a matéria versar sobre direitos Humanos, o tratado entra no Ordenamento Jurídico com força de Emenda Constitucional (Art. 5º §3º da C.F.);
Violação
A violação substancial de um Tratado dá direito à outra parte de entendê-lo extinto, ou de suspender seu fiel cumprimento, no todo ou em parte;
Se o compromisso é coletivo, igual direito têm os pactuantes não faltosos em suas relações com o Estado “Violador”.
Conflito entre Tratados
Prevalecem os princípios da:
Lex posterior derogat priori - lei posterior derroga a anterior
Lex specialis derogat generali - lei especial derroga a geral
(Tratado prevalece sobre a lei em matéria tributária)
Extinção do Tratado
Predeterminação ab-rogatória = Pode ocorrer por força temporal ou pela extinção de tratado principal;
Decisão ab-rogatória superveniente: As partes resolvem extinguir o tratado, mesmo não havendo cláusula prévia. Tal possibilidade pode vir a ocorrer pela vontade das partes (mais comum em tratados bilaterais), ou ainda por voto majoritário simples (Se assim disposto pelas partes).
Ato Unilateral Extintivo
Consiste em apenas extinguir os efeitos do tratado ao Estado denunciante
Pode ser feito a todo o momento, desde que não haja cláusula contrária no tratado
Deve haver o denominado pré-aviso
A denúncia se exprime por escrito;
É feita mediante notificação, carta ou instrumento;
Sua transmissão é feita a quem tem competência de depositário de tal tratado, por se tratar de ato de governo;
Denúncia x Direito Interno
Se não houver o consentimento de vontade do Poder Executivo e Legislativo, haverá a possibilidade de denúncia;
Mudanças Circunstanciais
Visado pela teoria da cláusula rebus sic stantibus - Cláusula rebus sic stantibus: Todo contrato deve ser entendido sobre a premissa de que as coisas permanecem no estado em que se achavam quando da assunção do compromisso;
Os tratados entram em vigencia conforme as partes convencionarem, a vigencia deferida é a vigencia condionada a um fato ou um ato juridico.
O tratado entra em vigor como lei ordinaria.
O diálogo é o meio principal para a solução de conflitos, pois faz as partes chegarem a um acordo satisfatório.
Quando falamos em um acordo, vale a pena lembrar que este deve ser justo, conseqüência de um diálogo honesto. É papel de resolução, garantir que essa comunicação aconteça de forma livre, franca mais tranqüila, sempre buscando o melhor acordo acerca do bem almejado pelas partes.
A solução é forma pacífica para remediar o conflito.
A solução pacífica de conflitos entre os Estados foi se consolidando ao longo da História, consubstanciando-se em institutos que foram consagrados pelos usos e costumes internacionais.
O modo de solução de conflitos internacionais pode ser inicialmente, divididos em pacíficos e não pacíficos.
Não-pacíficos, ligado essencialmente ao uso da forca por uma das partes litigantes.
Os meios pacíficos de solução de conflitos internacionais têm sua eficácia adstrita á vontade dos países contendores.
Em nível sub-regional oeste africano, o tratado da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental- CEDEAO forma de solucionar os conflitos de 1945 e de 1993, este entre outros são legítimos e reconhecidos no âmbito do Direito Internacional perante a criação da ONU:
Assim, dispõe o artigo § 2° e 3° da Carta das Nações Unidas que:
“Todos os membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais”.
Ademais, o art. 33, §1°, I da mesma Carta complementa:
“As partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso à entidades ou acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha”.
Meios de solução de conflitos
Meios diplomaticos
Essa forma de solução de litígios é a que possibilita os melhores resultados, caracterizada por grande informalidade segundo usos e costumes internacionais pode se dar pelaaproximação ou não das partes ou Estados litigantes, por meio de negociações diplomáticas pela interferência de uma terceira parte no intuito de induzir os litigantes a uma solução pacífica do litígio.
 Mediação
É um meio em que haverá o envolvimento de um terceiro.
É um processo que, através da ajuda de uma pessoa neutra e imparcial “o mediador”, ajuda as pessoas a dialogarem e a cooperarem para resolver um problema.
Portanto, o ente neutro, busca a solução do conflito de acordo com o conhecimento do problema em questão e das razoes de cada uma das partes.
Bons oficios
Os bons ofícios são a tentativa de impor amistosamente de um ou mais Estados de abrir via às negociações dos Estados ou partes interessadas, de reatar as negociações que foram rompidas. Sendo assim, o terceiro Estado seria um simples intermediário que não costuma ser requerido, coloca em presença os Estados litigantes para os levar entrar em negociações, ao contrário da mediação, embora na prática seja difícil distinguir entre ambos.
Conciliação 
É por intermédio do qual as partes que compõem o litígio escolhem terceiros não necessariamente neutros, denominados comissão conciliadora, que procurará sugerindo alternativas sobre questão litigiosa ajudá-las a alcançarem por si mesmas, um acordo para solução de controvérsias.
Geralmente não é uma pessoa apenas, podem ser 3, 5 ou 7, sempre numeros impares.
Meios politicos
A Carta da ONU determina no dispositivo do seu artigo 33, que nas controvérsias de ameaça à manutenção de paz e da segurança internacional, as partes litigantes deverão chegar à solução pacífica por qualquer um dos modos existentes no Direito Internacional, (supramencionados) ou por qualquer outro meio.
Neste caso, as Organizações Internacionais detém o papel primordial para solução de conflitos. 
Se a lide não for resolvida, as partes deverão submetê-la ao Conselho de Segurança, este mecanismo só deve ser utilizado quando ocorrer litígios de certa gravidade que, nos casos de ameaça à paz, pode fazer recomendações e também decidir sobre as medidas a serem tomadas. Porém, tanto o Conselho de Segurança quanto a Assembléia Geral das Nações Unidas são as duas esferas políticas privilegiadas, que solucionam os litígios Internacionais ocorridos entre os Estados.
Modos jurisdicionais
Este meio é distinto dos meios diplomáticos e políticos de solução de conflitos internacionais, na medida em que, caracteriza-se pela existência de uma jurisdição, com foro especializado e independente, que tem por função proferir decisões de executoriedade obrigatória.
Rezek (1998) afirma que, no plano internacional a Arbitragem, apesar de não judicial foi, por muito tempo, a única jurisdição conhecida com relatos de práticas arbitrais datadas desde a Grécia antiga.
A principal característica do meio jurisdicional é a existência de um Tribunal, que prolata decisões com caráter compulsório. Divide-se em:
Arbitragem; e Solução Judiciária.
A obrigatoriedade jurídica para esta primeira modalidade, só existe por que as nações soberanas conflitantes entraram em acordo e estabeleceram a via arbitral para solucionar suas controvérsias, obrigando-se a cumprir a decisão proferida pelo árbitro neutro.
Solução Arbitral
A Corte Permanente de Arbitragem (The permanent Court of Arbitration-PCA), criada em atenção a Convenção sobre a Solução Pacífica de controvérsias, assinada na cidade de Haia em 1899, marcou o início de uma nova fase na história da arbitragem internacional.
Apesar de receber esse nome, não é um tribunal e nem permanente. Trata-se de um escritório cuja principal função é guardar uma lista de pessoas aptas a atuar como possíveis árbitros na eventualidade de uma disputa entre Estados.
Podemos assim dizer que, a arbitragem é o meio de solução pelo qual os litigantes elegem um árbitro ou um tribunal para dirimir o conflito. Estes juízes são geralmente escolhidos através de um compromisso arbitral que estabelece as normas a serem seguidas e onde as partes contratantes aceitam previamente a decisão a ser tomada, que deve ser apresentada como sentença definitiva, salvo se o contrário foi previsto no respectivo compromisso, ou se é descoberto um fato novo que poderia determinar a modificação da sentença.

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