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A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO;

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A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO; 
DURANTE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
RISSO, SUZANA APARECIDA1
Introdução
Considerando a importância da Literatura Infantil na formação do indivíduo e no 
desenvolvimento da aprendizagem durante a infância, ressalta-se a diferenciação entre ela ser 
utilizada como instrumento de desenvolvimento da aprendizagem e como aparato para 
alfabetização, pois este último é o modo mais habitual trabalhado na escola. 
Portanto, a literatura infantil é uma ferramenta fundamental na constituição do leitor. 
Mas quando utilizada de forma maçante e com um único intuito de alfabetizar, pode provocar 
sérios danos à formação do individuo e a sua capacidade de interpretação seja literária ou da 
leitura de mundo. 
Considerando o sentido amplo da literatura, definido por Antônio Cândido em sua 
obra, Direito Humanos e Literatura, se expressa a literatura como uma necessidade universal, 
que precisa ser satisfeita, o que a torna um direito e fator indispensável da humanização; 
assim como não é possível haver equilibro psíquico sem o sonho. Pode não haver equilibro 
social, sem a literatura.
 O conhecimento das diversidades sociais e culturais; são de suma importância na 
modelagem do individuo, as quais ele pode adquirir em contato com a literatura Infantil. 
Cada sociedade cria suas manifestações ficcionais, poéticas e dramáticas de acordo com seus 
impulsos, suas crenças, suas norma e as expressa nas diversas formas da literatura. 
Assim como a literatura também tem um papel formador de personalidade, de forma 
negativa ou positiva, no individuo; ela pode ser o retrato da sociedade, como pode servir de 
modelo para a construção da mentalidade de uma nova sociedade. 
A partir desse sentido da Literatura relevemos a sua significância e influencia na 
infância do individuo. A infância se caracteriza por ser o momento fundamental e primordial 
da aquisição da formação de conceitos e a literatura infantil um instrumento importante, sendo 
desse modo um meio de emancipação da manipulação da sociedade.
A medida que são oferecidos ao homem, padrões de interpretação, ele constrói seu 
meio ambiente e também sua formação conceitual. As diferentes manifestações culturais 
constituem-se em padrões de interpretação, destacando-se entre elas a literatura. A obra 
literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o através do ponto de vista do narrador ou do 
poeta. Assim como leitor também pode dar outro sentido a partir do conhecimento já 
1 -Acadêmica do 3ºano -noturno- Pedagogia- UNIOESTE- suzanarisso@yahoo.com.br.
acumulado ou de seu imaginário. 
1 - O Aprendizado da Leitura de mundo e da leitura escrita.
Desde a mais tenra idade começa o nosso processo de leitura. A partir de nossos 
primeiros contatos com o mundo começamos a interagir com ele e com os seres que o 
habitam. Desta forma, o indivíduo começa a dar significado e a compreender o que o cerca. 
Vê-se então que esse processo de aprendizado se dá de forma natural, em interação com o 
mundo. Ele se dá em sociedade, na relação entre os indivíduos. Apesar de ser natural não é 
um processo fácil, mas sim complexo e exigente.
 O aprender a ler se dá por força individual da pessoa, contudo com a orientação de 
demais pessoas com as quais convive: Para fazer a leitura é necessário conhecimento da 
língua, bem como de um sistema de relações interpessoais e com as diversas áreas do 
conhecimento humano.
O aprendizado da leitura se dá a partir das experiências pessoais, devemos, entretanto 
ir além deste contexto individual. A curiosidade é impulsionada do processo de aprendizado, 
vindo a se transformar em necessidade e esforço para “alimentar” o imaginário, desvelar os 
mistérios do mundo e permitir ao leitor desenvolver um auto-conhecimento através de como e 
o que lê. O processo de leitura acontece, coletando experiências na medida em que se 
organizam os conhecimentos adquiridos, se estabelece as inter-relações entre essas 
experiências e no processo de resolução dos problemas que se nos apresentam. “A leitura do 
mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura 
daquela.” (FREIRE, 1982). 
Desta forma, quanto mais o indivíduo lê sua própria realidade, assim como de outros e 
as interpretar pode aprimorar o processo da leitura escrita, a qual exige dedicação e exercícios 
individuais. É através da leitura escrita que ele irá conhecer novas realidade e culturas, 
somando esse conhecimento aos já adquiridos pela leitura de mundo, ele se capacitará e 
libertar-se-á das ignorâncias infundidas em sua mente pelos aparelhos ideológicos, e que 
muitas vezes levam a crer na sua incapacidade de pensar.
 Portanto, é essencial e necessário que o processo de leitura ocorra desde a infância e 
se torne contínuo pela vida de cada indivíduo. Que este se desenvolva em todos os sentidos, 
seja ele social, político, intelectual; através da palavra escrita e da leitura da realidade de 
mundo.
A respeito da função do(a) professor(a) assim como das disciplinas nas séries 
iniciais, destaca-se que escola deve principalmente formar leitores. Nesse sentido leitores, a 
escola tem falhado; ao não conseguir transmitir ao aluno o lado da leitura que envolve, 
encanta, traz satisfação, prazer e gratificação.
 Essa falha contradiz as propostas pedagógicas em alta; que apresentam uma educação 
transformadora e criativa; tal falha deve se a realidade presente no cotidiano escolar; em 
alguns casos o professor recebeu uma formação que não prioriza ou valoriza o uso da 
literatura e a tem apenas como uma atividade decorativa no ensino, outros sabem de sua 
importância, mas não tem recursos e incentivos na escola para desenvolver um trabalho com 
os alunos.
 Para que tais propostas pedagógicas tenham êxito; é necessário que investimento da 
escola e do professor, em formar leitores e para tal faz se necessário trilhar o caminho do 
caráter lúdico da literatura infantil. Para que este contribua ao desenvolvimento do individuo 
em todos os seus sentidos. 
2- A Literatura como fator humanizante:
O autor Antônio Cândido denomina literatura de forma simples e total. - Ele a vê 
como manifestação universal de todos os homens em todos os tempos.
Chamarei de literatura de maneira mais ampla possível, todas as criações de toque 
poético, ficcional ou dramático em todos os níveis de uma sociedade; em todos os 
tipos de cultura, desde o que chamamos de folclore, lenda, chiste, e até as formas 
mais complexas e difíceis da produção escrita das grandes civilizações.( 
CANDIDO,p,112, 1989)
 No exemplo de que ninguém passa a noite sem sonhar, ele explica a entrega do ser 
humano no universo fabulado. Onde o sonho assegura durante o sono a presença deste 
universo independente de nossa vontade. 
E assegura que é durante a vigília do sono que, que a criação ficcional ou poética se 
constrói como mola da literatura. Cita o sentido amplo da literatura, do cotidiano do 
analfabeto ao do erudito.
 Considera a literatura como uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita, o 
que a torna um direito e fator indispensável da humanização; assim como não é possível haver 
equilibro psíquico sem o sonho. Pode não haver equilibro social, sem a literatura. Cada 
sociedade cria suas manifestações ficcionais, poéticas e dramáticas de acordo com seus 
impulsos, suas crenças, seus sentidos, suas normas.
 Assim como a literatura também tem um papel formadorde personalidade, de forma 
negativa ou positiva, no individuo e na sociedade. Ela pode ser o retrato da sociedade, como 
pode servir de modelo para a construção da mentalidade de uma sociedade. A literatura é um 
instrumento poderoso de instrução e educação. Esta posta nos currículos como um 
equipamento intelectual e afetivo. 
Por isso cabe ao educador saber utilizar bem esse instrumento, de forma consciente 
analisando os livros didáticos e questionar-se se esta percebendo as ideologias presente 
neles. Sendo que o próprio livro gera conflitos dentro do âmbito escolar. A literatura 
confirma, nega, propõe, denuncia, apóia e combate. Age de forma dialética. Por isso o autor 
realça a importância tanto da Literatura sancionada como da Literatura proscrita. 
Quando a literatura exercer um duplo papel, ele lembra que ela não é inofensiva, mas 
não é também um mal por si mesma, na formação da personalidade de que tem contato com 
ela. Depende da realidade desse indivíduo, ela pode ser fator de perturbação e risco, como 
pode o humanizar. “A idéia convencional é de que a literatura eleva e edifica segundo os 
padrões oficiais”(CANDIDO, 1989:113), mas essa entra em conflito com a de; “que a 
literatura possui uma força indiscriminada, e que nem sempre é desejada por alguns 
educadores”(CANDIDO, 1989:113), por que foge a controlo. 
O autor conclui se modo de pensar dizendo que literatura não corrompe e nem 
edifica, mas contem o que denominamos bem e mal; pode se então dizer que o equilíbrio 
gerado pela literatura é que humaniza o homem. 
3-A Literatura nas séries iniciais e o papel do professor;
A autora Maria Helena Zancan Frantz2 se indaga a respeito de sua função como 
professora e de sua disciplina nas séries iniciais, assim como da escola na formação do aluno 
leitor e ela destaca que escola deve principalmente formar leitores. Considerando a leitura na 
escola, percebe-se a diferença entre o aluno leitor e o não leitor, assim como, qual iniciou seu 
processo de leitura na pré-escola e o que fez tardiamente no final do ensino fundamental ou 
durante o ensino médio.
No que se refere à formação de leitores, a escola tem falhado em desenvolver o lado 
lúdico da leitura. Essa falha contradiz as propostas pedagógicas em alta; que apresentam 
uma educação transformadora e criativa. Para que tais propostas pedagógicas tenham êxito é 
necessário que investimentos da escola e do professor em formar leitores e que para tal se 
trilhe o caminho do caráter lúdico da literatura infantil. 
Ocorre um descompasso entre as reais condições da escola e o que ela pretende 
2 FRANTZ, Maria Helena Zancan. O Ensino da literatura nas séries iniciais. Ijuí: UNIJUÍ, 1998. Doravante 
a autora será mencionada como FRANTZ. 
executar. Por isso a educação com qualidade exige o envolvimento de todo âmbito escolar; 
principalmente do professor que deve ser um leitor com conhecimento amplo e disposto a 
usar de metodologias que atraiam o aluno a leitura e direcionem seus interesses a mundo da 
literatura. Quanto a Escola, faltam esclarecimentos a respeito da importância da literatura e 
de como utiliza-la assim é necessário um processo de conscientização da equipe pedagógica 
a cerca desse assunto.
 O professor deve ter claro que a literatura é ludismo, fantasia, imaginação e 
questionamento e que esses fatores estarão enriquecendo o ato de ler. E que essa qualidade 
revelam a literatura com uma forte aliada do professor, para levar o aluno a compreender o 
mundo real, assim como o aprendizado seja ele escrito ou oral. Compreender a importância 
da literatura e administra-la bem aos alunos; leva o professor a executa uma proposta 
transformadora da educação.
Segundo Maria Helena Martins3, o professor deve desempenhar a condição de 
auxiliar; no dialogo entre o texto e o aluno em sala de aula, para tal o professor deve dominar 
e conhecer o respectivo texto, e estar pronto a auxiliá-lo, portanto deve ler com aluno e não 
ler pelo ou para o aluno.
A Tarefa do professor vai além, de ensinar a decifrar códigos e símbolos; cabe 
a ele auxiliar o aluno na compreensão e interpretação dos conteúdos, assim como na 
exposição destes mesmos e a instigar nos alunos a formulação de postura critica a cerca do 
que aprende e a expressar seu ponto de vista; no que diz respeito à interpretação de obras 
literária, exige se que preferencialmente o professor–leitor e que possua um vasto 
conhecimento para proporcionar aos seus alunos um universo de opções de indicações de 
leituras.
 Além de sugerir, o professor deve instigar seus alunos através de técnicas e recursos, 
discussões assim como ouvi-los; ou seja, criar uma atmosfera seja em sala de aula ou fora 
dela, que demonstre a importância da leitura. 
Por isso tanto a Alfabetização como o Letramento, a Oralidade e a Leitura não 
devem ser algo uniforme e formatado. Mas devem contextualizar as relações sociais, 
culturas, políticas econômicas em que o aluno esta inserido Sendo que os três primeiros itens 
complementam o quarto, o qual é necessário para a organização do conhecimento adquirido, 
por um individuo, fazendo com que ele tenha acesso a conhecer seus direitos
Desta forma como ele poderá distinguir entre continuar na dependência do sistema 
atual ou buscar a transformação social; por isso a necessidade do educador se preocupar e ter 
3 MARTINS. Maria Helena. O que é leitura, - Coleção 1º Passos- 19ª ed. São Paulo:Brasiliense,1994. 
clareza sobre o método que utiliza ao, pois o alicerce deve ser firme, para que a aquisição do 
conhecimento seja produtiva. 
4-A formação de leitores durante o ensino escolar;
Um Ensino, emancipador e libertário, só se originam se o professor que o administra 
tiver emancipado a si mesmo, porém isso ocorrerá se a concepção pela qual ele se orientou lhe 
tiver proporcionado condições emancipatórias, o que irá refletir em seus métodos de ensino 
em sala de aula isto na visão de (FRANTZ, p.13) Podendo este professor promover ou não um 
ambiente e condições favoráveis a seus alunos; em seu aprendizado, principalmente no que 
se relaciona a formação de leitor, quando existem tais condições e o professor atua no sentido 
de conscientizar e promover a e emancipação de seus alunos, podemos vislumbrar uma 
educação capaz de transformar a sociedade, ZILBERMANN também acredita no professor 
para esse mesmo fim:
Na última reforma que o sistema educacional promoveu houve a tentativa de conter 
aquele contingente, transformando-o em uma parte da engrenagem controlável. 
Porém, o fracasso do projeto libertou o professor e tornou-o apto para perceber-se 
como elemento modificador que é ele. ( Zilbermann.1988.71)
Tanto a oralidade como a leitura, fazem se necessárias no processo de ensino e 
aprendizagem. Mas cabe aos educadores e alunos o cuidado para não se equivocarem na 
pratica da oralidade como síntese do conhecimento adquirido através da leitura; pois é 
comum a ocorrência da exposição, de resumos de textos sem nenhuma preocupação com a 
interpretação e compreensão dos mesmos. Assim como também pode ser interpretado de 
forma errônea, o como fazer uma leitura; de textos, obras literárias, situações cotidianas, 
imagem, fatos históricos, e das relações homem e sociedade.
 É relativamente fácil constatar a presença da leitura na escola, mas convém se 
questionar sobre as condições para a sua produção e como ela se desenvolve durante o 
aprendizado. Sendo que Leitura segundo Ezequiel T. da Silva; é um processo de 
transitoriedade,de um lugar para outro, dos sujeitos envolvidos no ciclo de criação, recriação 
e descoberta do conhecimento, procurando compreender e conhecer a razão de ser das coisas. 
Mas principalmente a leitura é uma prática social, pois mesmo o analfabeto pode ser um 
leitor, seja das situações vivenciadas, e de imagens, de seu cotidiano, de tudo que o cerca e de 
seu próprio contexto. 
Porém isso se concretiza se ele recebe uma educação formadora; do senso critico que o 
desperta para realidade e o liberta da alienação. Esta criada pelos meios de comunicações 
que possuem uma linguagem mais atrativa e que oferece uma leitura mais rápida das 
informações. 
Em uma sociedade onde se prioriza o mais prático e rápido, a leitura e a literatura 
especificamente acabam perdendo espaço para as mídias, sendo que estas também podem ser 
lidas ao invés de apenas digeridas; como ocorre ocasionalmente, pois muitas pessoas não 
conseguem perceber as mensagens e ideologias, implícitas em uma propaganda, novela ou 
reportagem seja nos meios televisivos ou escritos da mídia. O que pode ser considerado fruto 
de uma formação inadequada de um leitor, no qual o processo de formação se consolidou 
durante o período escolar. Eis aqui mais um ponto importante para que se forme um leitor 
crítico e consciente.
CONCLUSÃO
 A literatura infantil quando desenvolvida com a função do lúdico; interage na 
formação do individuo por si proporia, pois a literatura traz o recorte do real, explicitado 
segundo o olhar do autor e composta dos significados da cultura que a compõem. Realizando 
o processo de transformação no interior do individuo, assim como age na função de 
equilibrar os conceitos que aleatoriamente ele vai adquirindo pela sua leitura do ambiente em 
que vive. Ela reorganiza conceitos, ora sugere ou discorda, apresenta culturas até então 
desconhecidas pelo leitor.
Depois de expor a importância da literatura e mais propriamente a infantil, insisto na 
responsabilidade dos educadores de apresentarem, aos seus educados um vasto repertório 
literário. Estando alerta as ideologias e doutrinações, analisando primeiramente o material a 
ser trabalhado com criticidade e ao mesmo tempo com o olhar de um apreciador da pura arte. 
 Saber identificar textos cativantes a universo infantil, também é uma arte, a qual só se 
alcança penetrando nesse mesmo universo, se o educador não lê, não busca descobrir a 
imensidão de literaturas que existe, não terá instrumentos e nem argumentos para trabalhar 
com seus alunos. 
 Cabe aos educadores já em atuação, como os que ainda encontra-se em formação 
utilizar literaturas infantis; na sala de aula, promovendo matéria-prima para a formação do 
individuo, ainda em sua infância. Seguindo um processo de seleção, deve-se mostrar também 
aos alunos, as literaturas que corrompem, manipulam docilizam e alienam, e lhe explicar 
como isso pode acontecer. Revelar a intenção da literatura, esmiuçar-la aos indivíduos em 
formação sedentos do novo, do interessante, do prazeroso, faz com que o interesse pela 
literatura se torne uma necessidade, assim como é necessário o alimento para o corpo.
Assim naturalmente esse indivíduo vai formando em si conceitos, significados do real 
expressos no mundo da fantasia, moldando seu caráter, sua cultura, seu eu, de forma 
equilibrada, tornando-se perceptível a realidade sem deixar de vislumbrar um futuro 
imaginário, porém possível de se realizar. E à medida que isso ocorre o processo de 
humanização do indivíduo; paralelamente mente o processo de aprendizado escolar. Surtindo 
efeitos positivos nas demais áreas e disciplinas. Faz se então necessária à devida atenção dos 
educadores a literatura infantil, em sala de aula e deste modo formando o indivíduo em seu 
sentido mais amplo como ser humano.. 
REFERENCIAS
AGUIAR, T. de Vera. Literatura: a formação do leitor, alternativas metodológicas. 2. Ed. 
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
CÂNDIDO, Antônio. In, FESTER, A,C, Ribeiro (org), direitos humanos e Literatura. São 
Paulo: Braziliense, 1989.
FRANTZ, Z.H. Maria.O ensino da literatura nas séries iniciais: a natureza do texto 
literário.Ijuí Ed. Unijaí.1998..
FREIRE. Paulo. A importância do ato de ler( em tres artigos que se completam). São Paulo, 
Autores Associados/ Cortez, 1982.
MARTINS. Maria Helena. O que é leitura, - Coleção 1º Passos- 19ª ed. São 
Paulo:Brasiliense,1994. 
SILVA, Ezequiel T.. Elementos de Pedagogia da Leitura. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
ZILBERMANN. Regina. A leitura e o ensino da literatura; São Paulo: Cultrix.1988.

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