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Resenha Luta Anti-Racista

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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE - FANESE 
CURSO DE DIREITO 
 
DISCIPLINA: Sociologia e Antropologia 
PROFESSOR: Dr. Gilberto de Moura Santos 
RESENHISTA: Samuel Fillype Silveira Fernandes 
 
1) OBRA: 
NEVES, Paulo Sérgio da Costa. Luta anti-racista: entre reconhecimento e redistribuição. 
RBCS, São Paulo, vol. 20, nº. 59, outubro/2005. Disponível em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v20n59/a06v2059.pdf. Acesso em 16 de setembro de 2012. 
 
2) CONCLUSÕES DA AUTORIA 
O texto busca explanar as diferenças da luta identitária e anti-racista no Brasil com cuidados 
em falar entre: reconhecimento e redistribuição. Alguns autores defendem o lado do 
reconhecimento já outros da redistribuição e há também quem defenda as duas faces deste 
enclave. Neves compilando texto de vários autores retrata diversas fases da luta do negro no 
Brasil que originalmente se teve desde os tempos de Getúlio Vargas com seu discurso de país 
miscigenado, aos tempos atuais a exemplo da política das cotas redistributivas. O texto busca 
mais a entender uma luta anti-racista em combate a ideologia do branqueamento ou seja a 
defesa do reconhecimento que precisa romper com barreiras midiáticas do padrão europeu 
perfeito e possivelmente contra governantes que permitem e até incentivam tal prática. O 
texto não só fala do Brasil mas faz uma ligação direta com os Estados Unidos que foi o maior 
retrato mundial da luta anti-racista e que por fim é um debate cravado em toda a sociedade 
brasileira e em ambos os países. O autor na sua conclusão do artigo cita que este é um tema 
somente iniciado e que possivelmente será jamais acabado, porém seus efeitos podem ser 
diminuídos com a luta de todos nesta batalha contra as desigualdades raciais. Este estudo 
crítico sobre diferentes modos de se pensar sobre a luta do negro pelo autor ainda esta em 
aberto. 
 
 
 
3) CRÍTICA 
O movimento identitario negro no Brasil e nos países a fora são uma forma de organização 
que luta a favor das culturas afrodescendentes e pela autoafirmação e respeito à pessoa negra, 
porém somente à afirmação da cor não basta para almejarmos uma sociedade justa. A 
construção do respeito à dignidade humana em ênfase do negro se da por etapas, para Fraser 
ela propõe a conjunção de uma política econômica socialista, então se faz necessário que os 
negros no Brasil se organizem como classe e posterior a isto ocorra um confronto de classes 
que em toda a história do Brasil será geralmente brancos versos negros a exemplo do século 
XX que o legislativo fazia projetos de branqueamento nacional, contudo sabemos que cor não 
é classe mas intrinsecamente o negro esta ligado ao proletário, sujo e explorado ou o pior a 
isto é o desempregado, já os brancos sempre conectados como donos de grandes bancos, 
industrias e na detenção dos meios de produção como um todo. Contudo a luta dos negros se 
da num combate simultâneo contra as injustiças sociais e culturais e lutando contra as 
desigualdades sociais. O primeiro passo para o negro ter destaque e dignidade inclusive a sua 
inserção na classe média foi com a política das cotas que foi fruto das manifestações do 
movimento negro, que hoje esse fruto é colhido já com prazo determinado para cessar esta 
colheita, ou seja estamos esperando um balanço do que foi a política das cotas no Brasil que 
no meu entender foi positiva tal política que insere uma injeção de autoestima e 
oportunidades. Tais oportunidades que da ao negro brasileiro ter o mínimo de aparato para 
lutar como classe já que o desempregado por Karl Marx é lumpem, porém com a consciência 
identitária este lupem não será desprezível ou sem discernimento, muito pelo contrário! Terá 
lugar essencial na continuidade cada vez mais universal dos negros nas universidades e 
consequentemente na inserção da classe média, tendo assim o aparato necessário para a luta. 
Vigiemos para a raiz de todos os males que é o verdadeiro combate necessário: A destruição 
do sistema capitalista opressor de todas as raças! A partir desta etapa de consciência negra, 
consciência de classe e o combate ideológico e moral é que os futuros negros advogados, 
médicos, engenheiros que se formarão pela política de cotas terão a possibilidade de 
reivindicar uma sociedade mais justa e igualitária através da ordem, inclusive se até 
necessário se fazer um confronto armado contra a atual ordem econômica neoliberal instalada 
no Brasil. Porém considero que a luta dos negros não se da de forma isolada, insisto que a 
organização de um movimento global dos negros de todo o mundo se faz necessário e não o 
bastante a organização com todos os proletários de pele branca que com a consciência de 
classe saberão que são iguais, extinguindo assim o conceito de separação brancos de um lado 
e negros do outro, pois isso é uma tática neoliberal de separar os proletariados com o dilema 
branco versos negros o que na verdade deve ser proletários versos capitalistas. Então neste 
mesmo pensamento de consciência de classe reunificando os trabalhadores seja de pele clara 
seja de pele escura é que o embate principal deste artigo será resolvido, não só a dignidade 
negra mas a de todos os cidadãos unidos lutando a favor de políticas redistributivas, como 
reforma agrária, reforma habitacional e a universalização do ensino superior é que teremos 
uma sociedade mais justa e sem paralelos entre brancos e negros, e claro sem classes! Por isto 
proponho a construção de um estado socialista para não somente o povo brasileiro negro e 
todos os reféns deste sistema não ficar presos a reformas capitalistas pois estas não se inserem 
na destruição do amago do problema, que é a ordem econômica lucrativa burguesa, a 
destruição da propriedade privada e a estatização necessária para uma economia planificada 
que gire em torno do povo para o povo se faz mais do que necessário para romper com 
barreiras racistas que no meu ver é mais econômica do que racial, extinguindo o conceito de 
raça que é mera produção branca capitalista a favor da exploração, e mesmo assim este novo 
estado socialista que visa a distribuição igualitária para todos sem separação de cor terá as 
estruturas policulturais afrodescendentes prezadas, pois a cultura também se faz necessária 
para a justiça social e o bem estar de todos e todas as Brasileiras. Termino esta resenha 
deixando claro minha escolha pelo lado redistributivo oferecido pelo artigo acadêmico de 
Paulo Neves e que toda essa performance necessária nunca foi fácil de se estabelecer e nunca 
será, mas sim possível, como já temos exemplos que foi em Angola com a grande operação 
Carlota que a frente esteve o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) que teve 
ajuda da união soviética e de cuba, o MPLA triunfou e Angola passou de um país colonial 
para um país Socialista sem a discriminação e opressão dos portugueses que ali colonizavam 
os angolanos por décadas, Esta luta anti-racista não vigora se for desprendida da política pois 
desde os movimentos negros até um novo estado igualitário é necessário se ter a política de 
debate e de prática inclusa em todos esses âmbitos, pois o movimento negro já é um 
movimento político e este é um belo de primeiro passo. A história nos da exemplo diversos 
dessa possibilidade de igualdade emm todos os âmbitos e como Neves fala no final de seu 
artigo, assim, o dilema do qual falávamos há pouco, na verdade, é de todos nós!

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