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O JULGAMENTO DE SÓCRATES - pronto.docx

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
ADÃO SILVA PINHEIRO
EDILCIANE LIMA COHEN
JOSÉ HEWTON BATISTA
MARCELO DA SILVA OLIVEIRA
THAIS RODRIGUES SILVA
VINÍCIUS DE RAVEL RODRIGUES LOPES
ANÁLISE FORMALISTA DO JULGAMENTO DE SÓCRATES 
MACAPÁ-AP
2016
ADÃO SILVA PINHEIRO
EDILCIANE LIMA COHEN
JOSÉ HEWTON BATISTA
MARCELO DA SILVA OLIVEIRA
THAIS RODRIGUES SILVA
VINÍCIUS DE RAVEL RODRIGUES LOPES
ANÁLISE FORMALISTA DO JULGAMENTO DE SÓCRATES 
Trabalho apresentado como requisito avaliativo parcial para a disciplina Antropologia Jurídica, no 1º semestre do curso Bacharelado em Direito. Sob a orientação do professor Doutor Rosinaldo Silva de Sousa.
MACAPÁ-AP
2016
CONTEXTUALIZAÇÃO
Nos estudos do devido processo legal, o exemplo mais estudado é o julgamento de Sócrates, que aconteceu no ano de 399 a.C. O julgamento aconteceu perante júri popular composto por 500/501 cidadãos gregos (não há uma certeza em relação a este número, visto que alguns autores informam quantidades diferentes) jurados selecionados por sorte entre 6000 candidatos.
Sócrates foi acusado de corromper a juventude e não acreditar nos Deuses da cidade além de criar novos Deuses. Para melhor entendimento do caso, será realizada uma contextualização do sistema jurídico da Grécia na época deste acontecimento.
1.1 DAS INSTITUIÇÕES
O modelo jurídico de Atenas era dividido em várias instituições, as mais diretamente ligadas ao processo do Sócrates eram:
O Tribunal dos Heliastas ou Heliaia: responsável pelo julgamento de Direito Público e Privado, exceto os crimes de sangue. Qualquer cidadão podia recorrer às decisões deste tribunal. Era composto por cidadãos atenienses sorteados anualmente. 
Tribunal dos Onze: os guardiões das prisões e responsáveis pelas execuções das sentenças capitais. 
Os Arcontes: responsáveis por sortear os jurados. (BARTZ, 2012)
Nomophýlakes: eram sete magistrados especiais responsáveis pela guarda das Leis. Vigiavam as assembleias durante os julgamento e se algum cidadão atacasse alguma lei, interrompiam os discursos e dispersavam o povo. (Pólux, VIII, 94. Filócoro, Fragm., col. Didot, p. 497.)
1.2 DO DIREITO PROCESSUAL PENAL
O Direito processual era dividido em duas categorias de ação, a ação pública – grafé – e a ação privada – diké. Na primeira, qualquer cidadão poderia acusar outro concidadão, sem a necessidade de apresentação de provas, o que muitos se valiam para eliminar inimigos. E a segunda servia para reivindicar um direito onde apenas as partes diretamente ligadas tinham autonomia para iniciar o processo, normalmente em casos de assassinatos. 
Na esfera privada, teríamos o que se entende hoje por mediação, onde se busca uma conciliação entre as partes intermediadas por árbitro, enquanto que na esfera pública teríamos o que se chama, hodiernamente, por arbitragem, na qual são nomeados árbitros responsáveis pelas fases preliminares do processo, diminuindo o trabalho dos dikastas (júris integrantes das dikastareias que eram as sessões de julgamento).
Era necessário para um processo a vinculação, por parte da acusação, de uma lei escrita que estava sendo violada a fim de dar base ao julgamento. Em contrapartida, a defesa tinha o direito de invocar uma lei não escrita, uma lei mais alta a seu favor. Porém, o caso de Sócrates é uma exceção pelo fato de ele não recorrer a essa possibilidade bem como o acusador se valer de lei não escrita para acusar. Situação que demonstra lesão no sistema jurídico grego que poderia ser impedida pelos Nomophýlakes.
1.3 DO JÚRI
Era formado por cidadãos, que deveriam ter mais de 30 anos. Realizava-se um sorteio, entre 6000 nomes, 501 seriam escolhidos para atuarem no julgamento. Os cidadãos eram das mais diversas profissões e não deveriam saber nada sobre o mérito do julgamento até que o mesmo estivesse acontecendo para que não fossem corrompidos.
1.4 OS LOGÓGRAFOS
	Eram pessoas com maior conhecimento a respeito do sistema jurídico e com alto grau para elaboração de discurso forense e, por isso, preparavam as defesas dos acusados como se fossem deles mesmos, porém, esta era uma prática ilegal, pois os acusados deveriam fazer suas próprias defesas. É o que mais se aproxima aos advogados da atualidade.
1.5 DO MODELO DE DIREITO
	O Direito na época era muito mais natural do que positivo, apesar de já haver leis escritas, os processos podiam ser baseados em costumes e leis não escritas. Além do mais, quando uma lei era modificada ou atualizada, o texto antigo não era descartado e continuava tendo valor, por mais que fossem contraditórios.
 COMPROMISSO HELIÁSTICO
Era um juramento para que todos viessem a acatar as leis e realizar seus julgamentos baseando-se nelas. O que teríamos hoje como princípio da legalidade.
2. ANÁLISE DO JULGAMENTO DE SÓCRATES
No livro “A Apologia de Sócrates”, de Platão e no filme “O Julgamento de Sócrates”, de Roberto Rossellini há descrito de que modo ocorreu o processo do juízo do grande filósofo grego Sócrates.
No filme há um maior detalhamento histórico do período em que viveu Sócrates, exposição do tempo anterior a acusação e do julgamento propriamente dito. Na obra cinematográfica, o texto “Apologia de Sócrates” está inserido praticamente na íntegra.
2.1 ASPECTO FORMALISTA
Deste modo, nossa análise formalista de categorias jurídicas apresentadas no texto “Sensibilidades jurídicas, saber e poder: bases culturais de alguns aspectos do direito brasileiro em uma perspectiva comparada”, de Roberto Kant de Lima dar-se-á a partir do filme de Rossellini e da leitura do texto de Platão.
2.2 COMMON LAW
Ao fazermos uma comparação com o que temos atualmente de sistemas jurídicos, podemos supor que o utilizado no julgamento de Sócrates remete ao common law, já que a acusação não foi vinculada a nenhuma lei positivada, mas sim em tradições e costumes religiosos e sociais característica própria do sistema jurídico common law, conforme Weber (1978) apud Lima (2009, p.31), “Na tradição da common law, quem faz a lei é a sociedade, não o Estado, e lei e direito são inseparáveis”.
 Na Grécia da época de Sócrates já existiam leis escritas e alguns códigos, embora não houvesse apego à lei escrita, o grego preferia falar do que escrever. No entanto, no caso específico de Sócrates não há referência a leis positivadas que teriam sido feridas por ele, tanto no filme quanto no texto de Platão.
2.3 ACUSATORIAL
Ao analisar como se procedeu o processo de Sócrates, partiremos da acusação. As acusações proferidas por Meleto, Ânito e Licão, ao modo grafé, foram as seguintes: de conspirar contra o Estado, não acreditando nos deuses e por corromper a juventude
Os gregos nesse período histórico já possuíam leis próprias e o entendimento da necessidade do processo legal. Todavia as acusações de Meleto (mais enfatizadas) ocorreram a partir de um recurso chamado grafé, no qual intercorriam acusações gratuitas, feitas por qualquer cidadão contra outro concidadão, sem necessidade de veracidade, sendo apenas necessário vincular ao descumprimento de alguma lei, uma vez que não vinculasse, o processo seria encerrado a medida que os guardiões da lei percebessem a falha, observou-se que este critério jurídico da época não foi levado em consideração para encerramento do processo, tanto pelos guardiões como por Sócrates.
2.4 TRIAL BY JURY
Outra característica do julgamento que permite a comparação com o sistema common law está relacionado ao trial by jury, segundo Roberto Kant de Lima é o “julgamento dos cidadãos pelos seus pares, outros concidadãos”. Conforme se observou no julgamento de Sócrates, ele foi julgado por um júri, este composto por 500/501 cidadãos gregos, concidadãos dele.
Ainda no texto de Lima (2009, p.) acerca do trial by jury, têm-se: 
Foucault, era extrajudicial, mas que desta forma vai se consolidar judicialmente no sistema do trial by jury. E, simbolicamente, funcionaria com o mesmo caráter disciplinar, pois se constituiem um julgamento social, de fatos apurados diante de representantes da sociedade, e não do Estado, chamados para proferir um julgamento sobre seus concidadãos.
Dessa maneira, é notória a relação do que ocorreu no julgamento de Sócrates com o que acontece hodiernamente no trial by jury, o julgamento social, realizado por representantes da sociedade que proferem vereditos sobre os seus concidadãos.
Há ainda como comparar outra característica do sistema common law com o que houve no julgamento no que diz respeito ao consenso, conforme Lima (2009, p.p.43-44), o qual se norteia nas formas de convencimento, entendimento (understanding) e persuasão pela argumentação, assim, como se efetuou na defesa de Sócrates. 
Embora ele pudesse ter como “defensor” alguém com excelente oratória e retórica, que tentasse convencer os jurados por meio do processo de construção de verdade, algo comum no direito brasileiro atual, Sócrates preferiu ele próprio se defender de cada uma das acusações por meio da tentativa de convencimento, da conversa, da argumentação e do questionamento, características que o consagraram na Grécia. 
Ele enfatizava que gostaria que sua defesa fosse como sua vida, pautada na verdade e não na construção de uma verdade que não era real, criada somente para livrá-lo da condenação. Para ele, se a sua absolvição dependesse de mentiras ou de algo contrário a tudo que pregou durante a sua vida, ele preferia a morte.
Além disso, o julgamento de Sócrates é conduzido de modo que se pode aludir ao que se entende como sistema acusatório, nele o juiz, no caso de Sócrates, os jurados, passa apenas a julgar, incumbindo as partes, autor e réu, as atribuições de defesa e acusação, e não mais comanda o procedimento de investigação preliminar. O acusado passa a ser visto como sujeito de direito e não somente objeto do processo.
Conforme estudado no julgamento, foi realizada uma acusação contra Sócrates, ou seja, Meleto, Ânito e Licão são os autores, que exercem o papel da acusação. Sócrates, o réu, necessitou realizar a sua defesa acerca do que foi denunciado. Os jurados emitiram uma decisão após ouvirem as partes envolvidas, de acordo com o relatado nas fontes de pesquisa, principalmente a defesa, esta que proferiu sua tutela por meio de argumentação, questionamentos e persuasão dos jurados presentes em local público.
Há ainda o debate entre defesa e acusação, relatado no trecho em que Sócrates solicita a presença de Meleto frente a frente para interroga-lo a respeito das acusações que lhe foram atribuídas, o que se assemelha ao sistema acusatório, segundo João Mendes de Almeida Júnior apud Lima (2009, p.35): 
“1º. O sistema acusatório admite, em geral, uma acusação formulada no ingresso da instrução, instrução contraditória, defesa livre e debate público entre o acusador e o acusado [...].
2º. O sistema acusatório, subordinando-se ao método sintético, afirma o fato e, enquanto não o prova, o acusado é presumido inocente; [...]
3º. O sistema acusatório propõe-se a fazer entrar no espírito do juiz a convicção da criminalidade do acusado; [...]”
	Destarte são peculiaridades que podem ser consideradas no julgamento, porquanto há a presença do debate, a afirmação do fato, enquanto não o confirma, além de produzir nos jurados por meio da argumentação e do debate a convicção da criminalidade ou não criminalidade do acusado.
Posteriormente a defesa, houve o veredito, este realizado por meio de votação, os 500/501 jurados sorteados para julgar Sócrates votaram aceitando a pena proposta por Meleto, a pena de morte, 280 a favor da condenação e 220 contra, uma diferença de 60 votos, considerada por Sócrates como pequena. Vale ressaltar que se a diferença fosse de 30 votos, ficaria empate, segundo a lei grega ele não seria condenado.
	É interessante destacar o processo de atribuição de pena, nesse período, na Grécia, a pena somente poderia ser sugerida pelas partes, assim, no ato da acusação, Meleto solicitou a pena de morte. Todavia cabia a Sócrates o pedido de uma outra pena, que poderia ser uma multa, havendo assim a possibilidade de uma amenização por meio de um consenso, algo comum nos julgamentos com base no common law. Consoante é citado por Lima (2009, p.42):
No outro caso, as partes dispõem-se a negociar os fatos e a verdade que deverá prevalecer na frente da autoridade judiciária, que as dirige para um consenso, o qual porá fim aos procedimentos judiciais. A decisão maior está com as partes, que devem escolher uma acusação que as contemple, a qual será homologada pelo juízo. A sociedade e as suas decisões, neste caso, prevalecem sobre a decisão do Estado a qual, também, diga-se de passagem, seria tomada no trial by jury por árbitros, igualmente escolhidos pelas partes, que deveriam chegar a um consenso entre eles: os jurados.
	Ao compararmos o que houve com Sócrates, há uma correspondência com o que acontece na atualidade no direito norte-americano, pois na Grécia de 399 a.C. existia a possibilidade de o réu, explicitamente no caso citado, sugerir uma outra pena, a qual seria julgada pertinente ou não pelos jurados, de tal modo como ocorre na common law.
	Sócrates, se assim quisesse, poderia ter abrandado a pena que lhe foi requerida por Meleto, dado que a sociedade ateniense, os julgadores da época detinham sensibilidade quando se tratava de justiça, entretanto Sócrates não demonstrou ter interesse em suplicar e apelar para o convencimento por meio da sensibilização, ele queria que a persuasão se desse por meio do que considerava a Verdade.
2.5 VEREDICTO X SENTENÇA
No que diz respeito a decisão de um processo é habitual usar os termos “veredicto” e/ou “sentença”. Para alguns autores são termos sinônimos e para outros ambos significam decisão também, mas se diferenciam em alguns aspectos.
Kant de Lima cita, em seu artigo Sensibilidades jurídicas, saber e poder, dois autores principais que divergem nesses significados. Um é Pierre Bourdieu, que Lima diz que no texto A força do direito (BOURDIEU, 2009), o autor considera-os equivalentes. A outra autora é Regina Lúcia Teixeira Mendes, a qual Lima a cita como defensora da ideia de que são termos distintos.
Nos dicionários, veredicto é “decisão do júri, ou de qualquer outro tribunal judiciário, acerca do processo submetido ao seu julgamento”; já sentença vem a ser “decisão final de um juiz ou tribunal”. Tomando por base esses significados bem como o conhecimento popular é possível realmente considera-los sinônimos, contudo, baseando-se nos estudos de Regina Lúcia Teixeira Mendes, vê-se distinção grotesca entre os termos.
A melhor diferenciação para bom entendimento, com base na autora citada anteriormente, é que o veredicto é a decisão, opinião votada por um júri ou árbitros sobre alguma situação do que consideram ser a verdade, de acordo com seu juízo de valor. Já a sentença é uma decisão dada por juízes profissionais da área e também de acordo com o que acham ser a verdade, porém com base nas provas apresentadas tendo a necessidade de justificação da decisão. É possível observar no Código Penal Brasileiro:
Art. 381.  A sentença conterá:
[...]
 III - A indicação dos motivos de fato 
e de direito em que se fundar a decisão;
IV - A indicação dos artigos de lei aplicados;
Valendo-se então da ideia de que sejam termos realmente distintos, o Julgamento de Sócrates estaria enquadrado como um veredicto. Primeiro, pelo fato de na Grécia Antiga as decisões principais serem tomadas por um grupo de jurados escolhidos por sorte entre os cidadãos que apesar de todos conhecerem e estarem envolvidos diretamente com o direito e a política da cidade, não eram profissionais especializados nas áreas. Segundo, por não haver a necessidade de justificar o motivo da decisão por parte do júri, afinal, avaliando o caso pela acusação e a defesa é inegável que Sócrates em seu discurso conseguiu refutar todas as três acusações que lhe foram imputadas, logo não deveria ter sido acusado. Isso mostra que, pelo menos nesse caso excepcional de Sócrates, não foi de todo levadoem consideração apenas a verdade, mas prováveis inimizades e até mesmo possível decisão anterior de pessoas influentes para eliminação do mesmo, antes de poder tornar-se um problema para o governo, como reais justificativas das decisões.
REFERÊNCIAS
BARTZ, Maria Luiza. 2012. O direito na antiguidade, uma abordagem das múltiplas facetas do direito democrático existente nesse contexto.
LIMA, Roberto Kant de. Sensibilidades jurídicas, saber e poder: bases culturais de alguns aspectos do direito brasileiro em uma perspectiva comparada. Disponível em: <<http://www.dan.unb.br/images/pdf/anuario_antropologico/Separatas%202009_II%20Dez%202010/Sensibilidades%20Jur%C3%ADdicas.pdf>>. Acesso em: 16/07/2016
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Disponível em: <<http://www.revistaliteraria.com.br/plataoapologia.pdf>>. Acesso em: 24/07/2016.
PÓLUX, VIII, 94. Filócoro, Fragm., col. Didot, p. 497.
ROSSELLINI, Roberto. O Julgamento de Sócrates. Disponível em: << https://www.youtube.com/watch?v=SlJSF-V6yBA&app=desktop>>. Acesso em: 23/07/2016.

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