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INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO Profª. Marcelle Sodré O QUE É EMPREENDEDORISMO? “Processo de criar algo novo e assumir os riscos e as recompensas" (HISRICH;PETER, 2004) As definições apresentam um consenso de que empreendedorismo se trata de um comportamento que inclui: Tomar iniciativa Organizar e reorganizar recursos para proveito prático Aceitar o risco ou o fracasso CRESCIMENTO DO EMPREENDEDORISMO Acelerou-se na década de 1990 e aumentou em proporção no ano 2000: (DORNELAS, 2008) A convicção de que o poder econômico dos países depende dos seus futuros empresários e da competitividade de seus empreendimentos. Incentivos governamentais. Desburocratização e acesso ao crédito para pequenas empresas. Programas de incubação de empresas e parques tecnológicos. CRESCIMENTO DO EMPREENDEDORISMO No Brasil: (DORNELAS, 2008) Criação do Sebrae e da Softex na década de 1990. Programa Brasil Enpreendedor (1999 até 2002): capacitou mais de 6 milhões, realizou mais de 5 milhões de operações de crédito, investimento de R$ 8 bilhões. Evolução da legislação: instituição do Simples (regime tributário) e do Empreendedor Individual. CRESCIMENTO DO EMPREENDEDORISMO No Brasil: (DORNELAS, 2008) Melhoria no cenário econômico, inclusive para empreendedores da classe C e D. Disseminação do conhecimento sobre empreendedorismo O crescente movimento de franquias no Brasil. FALSAS IDEIAS SOBRE EMPREENDEDORISMO “Não é possível desenvolver o empreendedorismo, você deve nascer empreendedor”. Realidade: (DORNELAS, 2008) Empreender é um processo essencialmente humano. A capacidade de ter visão e perseguir oportunidades aprimora com o tempo. Empreendedores de sucesso acumulam habilidades relevantes, experiência e contatos com o passar do anos. FALSAS IDEIAS SOBRE EMPREENDEDORISMO “Empreendedores assumem riscos altíssimos”. Realidade: (DORNELAS, 2008) Os riscos em um empreendimento são calculados , evitando os desnecessários. Geralmente os empreendedores compartilham o risco com outros. FALSAS IDEIAS SOBRE EMPREENDEDORISMO “Empreendedores são individualistas e não conseguem trabalhar em equipe”. Realidade: (DORNELAS, 2008) São ótimo líderes. Desenvolvem ótimos relacionamentos interpessoais. TIPOS DE COMEÇO EMPRESAS ESTILO DE VIDA Existe principalmente para sustentar os proprietários e tem pouca oportunidade de crescimento e de expansão significativa. De acordo com Hisrich (2004) existem 3 maneiras de iniciar o processo de empreender: TIPOS DE COMEÇO EMPRESAS DE FUNDAÇÃO É criada a partir de pesquisa e desenvolvimento, raramente abre seu capital e em geral só atrai interesse dos investidores particulares TIPOS DE COMEÇO EMPRESAS DE ALTO POTENCIAL Empreendimento com alto potencial de crescimento que atrai grande interesse de investidores e integram o desenvolvimento de uma área. TIPOS DE EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDORISMO DE OPORTUNIDADE EMPREENDEDORISMO DE NECESSIDADE Fonte: Global Entrepreneurship Monitor - GEM TIPOS DE EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDORISMO DE OPORTUNIDADE Há um empreendedor visionário, que cria uma empresa com planejamento prévio, visa o crescimento e a geração de lucros, empregos e riqueza. Está ligado ao desenvolvimento econômico. EMPREENDEDORISMO DE NECESSIDADE Surge uma atitude empreendedora mais pela situação de desemprego. Geralmente são negócios informais, criados sem planejamento e agravam as estatísticas de criação e mortalidade dos negócios. TIPOS DE EMPREENDEDORISMO no Brasil Fonte: GEM Brasil Relatório Executivo 2011 A palavra empreendedor tem origem francesa e quer dizer aquele que assume risco e começa algo novo (DORNELAS, 2008). Os empreendedores são mais visionários que os administradores. Os empreendedores são diferentes dos inventores. Valorização do empreendedorismo nas organizações: intra-empreendedorismo (HISRICH; PETER, 2004). Inventor Empreendedor A grande maioria Gerente, administrador Alta Alta Baixa Habilidades gerenciais e Know-how Criatividade e inovação (DORNELAS, 2008) HABILIDADES DO EMPREENDEDOR HABILIDADES TÉNICAS – saber captar bem as informações, ser um bom orador, ser organizado e possuir know-how técnico na sua área de atuação. As habilidades podem ser requeridas em 3 áreas: (DORNELAS, 2008) HABILIDADES DO EMPREENDEDOR HABILIDADES GERENCIAIS – ser um bom negociador e conhecer bem o processo administrativo nas diversas áreas da empresa (marketing, finanças, operacional). HABILIDADES PESSOAIS – ser disciplinado, ser inovador, ser persistente, ser visionário. “Você agora é o responsável por um departamento de uma empresa terrivelmente desorganizada. A sua missão objetiva é exatamente corrigir as irregularidades existentes. Para isso você tem plenos poderes. Você terá como primeira função, demitir metade dos seus funcionários. Portanto, dos funcionários abaixo, escolha 3 que deverão permanecer com você na empresa e 2 deverão ir embora” . SITUAÇÃO 1. O Sr. “A” tem cinquenta anos de idade, sendo vinte no emprego. É rabugento, mal humorado e lento. 2. A senhora “B” é secretária, muito bonita, mas de baixíssimo QI. Tem vinte e três Anos, é assídua e pontual. É péssima em datilografia. 3. O Sr. “C” é um jovem de dezenove anos, de bom potencial, mas bastante indisciplinado e impontual. Já sofreu várias punições, mas comenta-se que é apadrinhado de um diretor. 4. O Sr. “D” é um sujeito muito competente, apesar de muito nervoso e violento. Tem o mal hábito de gritar com as pessoas. 5. A Sra. “E” é excelente datilógrafa, mas muito fofoqueira. Ocupa o telefone o dia inteiro batendo papo e fazendo fofocas. Além disso, tem saúde fraca, o que a faz ausentar-se com frequência. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DE UM ENGENHEIRO Pesquisa de mestrado realizada pela UFMG Comparativo na percepção entre alunos, professores e o mercado sobre as competências mais importantes para um engenheiro. Aplicados questionários com 20 estudantes, 200 professores e 180 indústrias. COMPETÊNCIAS CARACTERÍSTICAS DISC. PROF. IND. Conhecimento técnico Probabilidade e estatística Computação Fund. e prática de engenharia 91,7 79,2 86,8 Conhecimentos intelectuais Pensamento lógico Resolução de problemas Projeto 86,7 91,7 80,9 Atitudes Responsabilidade Pontualidade e Tolerância 84,8 83,3 83,8 Práticas padrões de engenharia Sistema de medição e Testes Responsabilidade ambiental Conhecimento das normas 72,7 75,0 57,4 Conhecimentos administrativos Comércio e competitividade Controle de qualidade Garantias 65,2 66,7 66,2 Conhecimento de história e cultura História mundial Costumes e vida social Multiculturalismo 42,4 75,0 39,7 Proficiência em línguas estrangeiras Outro idioma Terminologias técnicas Jargões profissionais 85,6 83,3 86,8 PROCESSO EMPREENDEDOR Fonte: adaptado de Dornelas, 2008. FATORES NO PROCESSO EMPREENDEDOR FATORES SOCIAIS Networking Influência familiar Apoio FATORES PESSOAIS Liderança Gerência Visão FATORES ORGANIZACIONAIS Equipe Cultura Estrutura AMBIENTE Competição Recursos Políticas públicas AMBIENTEConcorrência Clientes Investidores FATORES PESSOAIS Educação Experiência Assumir riscos AMBIENTE Oportunidade Criatividade Referência Inovação Evento Inicial Implementação Crescimento 27% DA POPULAÇÃO SÃO EMPREENDEDORES (18 a 64 anos) O EMPREENDEDOR NO BRASIL Fonte: GEM Brasil Relatório Executivo 2011 O EMPREENDEDOR NO BRASIL MULHERES 49% HOMENS 51% 1º ESTÉTICA 2º VESTUÁRIO 3º REFEIÇÕES 1º MANUTENÇÃO VEICULAR 2º MINIMERCADOS 3º TRANSPORTE DE PASSAGEIROS Fonte: GEM Brasil Relatório Executivo 2011 O EMPREENDEDOR NO BRASIL Fonte: GEM Brasil Relatório Executivo 2011 INDICES RANKING Novos Empreendedores 1º lugar – China 2º lugar – Estados Unidos 3º lugar – BRASIL (11,04%) Empreendedores Estabelecidos 1º lugar - Tailândia (30,11%) 4º lugar - BRASIL (12,23%) Atividade Empreendedoras de Empregados 1º lugar – Suécia Último lugar – Bangladesh 39º lugar - BRASIL O EMPREENDEDOR NO BRASIL Fonte: GEM Brasil Relatório Executivo 2011 Faixa etária mais empreendedora no Brasil: 25 a 34 anos. 48% dos empreendedores iniciais geram de 1 a 5 empregos. No Brasil, a taxa de empreendedores é inversamente proporcional ao nível de escolaridade. O EMPREENDEDOR NO BRASIL Quando a população é capaz de reconhecer oportunidades de negócios em seu país, toda a sociedade é beneficiada, seja com o aumento da criação de empregos, seja com o aumento da riqueza do país. Atração do mercado brasileiro para investidores. Empreender é um processo essencialmente humano, que pode ser ensinado e aprendido por qualquer pessoa. CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: saraiva, 2004. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2008. HISRICH, R. D; PETERS, M. P. Empreendedorismo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. GEM Brasil Relatório Executivo 2011. Referências
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