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0 Ronaldo Arnold Larissa Brutes Danielle Paulus Rosane Maria Seibert Educação Financeira Para Jovens 1 RONALDO ARNOLD LARISSA BRUTES DANIELLE PAULUS ROSANE MARIA SEIBERT EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA JOVENS Cartilha desenvolvida através do projeto Finanças Pessoais – Educação Financeira para jovens de escolas públicas de Santo Ângelo pelo Departamento de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, campus de Santo Ângelo. Santo Ângelo - FuRI 2015 2 Catalogação na Fonte E24 Educação financeira para jovens / Ronaldo Arnold ... [et al.]. – Santo Ângelo: FURI, 2015. 60 p. ISBN 978-85-7223-378-1 1. Finanças pessoais 2. Educação financeira - Jovens I. Arnold, Ronaldo [et al.] II. Título CDU: 336.76-053.6 Bibliotecária – Fernanda Ribeiro Paz CRB 10/ 1720 3 DedicatóriaDedicatóriaDedicatóriaDedicatória Esta obra é dedicada a todos os alunos das escolas públicas de Santo Ângelo. Esta obra foi feita para vocês! 4 AgradecimentosAgradecimentosAgradecimentosAgradecimentos Toda obra é feita por “diversas mãos”. Deste modo descreveremos aquelas que de que forma mais circunstancial contribuíram a conclusão desta obra. Inicialmente manifestamos a nossa gratidão a toda equipe da URI Santo Ângelo, a qual contribuiu de forma expressiva para a consecução deste projeto, seja através da logística de materiais, apoio técnico, administrativo e financeiro. Somos também gratos à comunidade escolar que acolheu a nossa proposta de trabalho, bem como aos alunos e alunas que aderiram ao nosso projeto podendo assim receber uma das ferramentas para colaborar com o 8° Objetivo do Mil ênio da Organização das Nações Unidas: “todo mundo colaborando para o desenvolvimento”. 5 “O ser humano é um ente que tem a capacidade de fazer escolhas deste modo somos responsáveis pelos rumos que damos as nossas vidas.” Zigmunt BaumanZigmunt BaumanZigmunt BaumanZigmunt Bauman “Quanto mais você gasta tempo e dinheiro na aquisição de bens compráveis, menos tempo e energia restará para que possa desfrutar os bens mais valiosos – aqueles que o dinheiro não compra.“ Ana Beatriz Barbosa SilvaAna Beatriz Barbosa SilvaAna Beatriz Barbosa SilvaAna Beatriz Barbosa Silva “Não há liberdade sem liberdade financeira.” Amartya Amartya Amartya Amartya SenSenSenSen 6 SUMÁRIO SUMÁRIO .............................................................................................................................................. 6 PREFÁCIO ............................................................................................................................................ 8 1- Por que estudar finanças pessoais? ........................................................................................ 9 Segurança Financeira ................................................................................................................. 11 Independência Financeira .......................................................................................................... 12 Liberdade Financeira ................................................................................................................... 12 2- Nós precisamos vamos falar sobre Consumo..................................................................... 14 3- Qual é o seu perfil financeiro? ................................................................................................. 18 4- Mobilizando a balança ................................................................................................................ 21 4.1 Receitas .................................................................................................................................... 21 4.2 Despesas ................................................................................................................................. 21 5- Aprender a gerar, poupar e a gerir: eis o segredo ............................................................. 27 6- Como realizar os meus objetivos? ......................................................................................... 28 Sonhe............................................................................................................................................... 28 Planeje ............................................................................................................................................. 28 Trabalhe .......................................................................................................................................... 29 Desfrute........................................................................................................................................... 29 7- Investir? Eu? Como? .................................................................................................................. 30 Renda fixa....................................................................................................................................... 30 Renda variável ............................................................................................................................... 31 Caderneta de poupança.............................................................................................................. 31 CDB (Certificado de depósito bancário) ................................................................................ 32 Títulos Públicos ............................................................................................................................ 32 Fundos de Investimentos ........................................................................................................... 33 PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ............................................................................. 34 VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) ............................................................................... 34 Imóveis ............................................................................................................................................ 35 Ações ............................................................................................................................................... 35 Ordinárias ..................................................................................................................................... 35 Preferenciais ................................................................................................................................. 36 8- Equívocos sobre investimentos .............................................................................................. 37 Não quero economizar, eu quero é viver! .............................................................................. 37 O que é um investimento? .........................................................................................................37 Comprei um carro, isso é um investimento? ........................................................................ 38 7 9- Vendo as coisas em números .................................................................................................. 39 Juro Simples .................................................................................................................................. 39 Juro Composto ............................................................................................................................. 39 R$1.000,00 a 15% a.m. (cheque especial) .............................................................................. 40 R$1.000,00 a 0,5% a.m (caderneta de poupança) ................................................................ 40 10- Já estou com dívidas, o que fazer? ...................................................................................... 43 11- Pensando na Aposentadoria .................................................................................................. 45 Previdência Oficial: ...................................................................................................................... 45 Previdência Complementar: ...................................................................................................... 45 12- EXERCÍCIOS ............................................................................................................................... 47 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 54 INDICAÇAÇÕES PARA PESQUISAS ........................................................................................... 55 FONTE DAS IMAGENS .................................................................................................................... 56 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 58 8 PREFÁCIO Cara leitora ou caro leitor! Permita-nos te chamar de você. A considerar as horas que você utilizará para ler/estudar/praticar as ideias expostas nesta obra, nós nos permitimos tomar essa intimidade. Certamente você está com muitas de coisas para resolver na sua “cabeça”, mas nós te convidamos a refletir sobre algo extremamente importante, algo que te acompanhará pelo resto da sua vida. Nos referimos à forma como você se relaciona com o seu próprio dinheiro. Talvez você no momento não tenha quase dinheiro algum, entretanto independente do seu estado financeiro atual compreender em profundidade a sua relação com o dinheiro lhe ajudará a ter uma vida mais plena de equilíbrio e realização, além de um futuro muito mais tranquilo e seguro. Sobretudo porque isso tem a ver com as escolhas que você faz diariamente; a maioria delas bastante simples, mas que fazem toda a diferença para se conseguir uma vida equilibrada, feliz e mais estável. De imediato lhe fazemos uma pergunta: você já ouviu alguém afirmar: “O meu sonho sempre foi ser pobre, passar necessidade!”. Cremos que não! Todos desejam um pouco de segurança financeira na vida, e é este o propósito desta obra, lhe fornecer ferramentas que possam auxiliá-la ou auxiliá-lo a realizar esta tão desejada e necessária situação. Nós pessoalmente te convidamos a praticar os conceitos apresentados nesta obra, você verá como os resultados aparecerão. E deixamos ainda o mais sincero desejo que esta obra possa contribuir significativamente para que você tenha sucesso na sua vida financeira. Os Autores. 9 1- Por que estudar finanças pessoais? Antes de iniciarmos a estudar efetivamente Finanças Pessoais iremos refletir se este estudo é realmente relevante, de outro modo, não vale a pena você gastar tempo lendo o resto desta obra. Convenhamos, é quase unânime a certeza de que todos desejamos ter uma vida repleta de bem estar, preferencialmente com poucas preocupações, isso é o que alguns chamam de felicidade. Alguns acreditam que a tal felicidade não existe, mas indiferentemente de quais forem suas crenças, podemos afirmar que você quer ter um pouco de segurança na vida, pelo menos sabendo que terá o que comer/vestir no dia seguinte. Isso porque no mundo capitalista no qual vivemos é impossível vivermos sem dinheiro, de outro modo, gostando ou não você terá de conviver com esta realidade: para quase todas as coisas que você sonha realizar, ter, desfrutar, você vai precisar de dinheiro para fazer essas coisas. Neste meio podemos então definir Finanças Pessoais como a área do conhecimento que estuda a tomada de decisões dos indivíduos na aplicação de seus recursos financeiros pessoais. Ou seja, esse conhecimento serve para um objetivo: te auxiliar a planejar a realização de seus sonhos! Quais são os seus sonhos?Quais são os seus sonhos?Quais são os seus sonhos?Quais são os seus sonhos? Utilize a câmera de seu smartphone e através de um aplicativo leitor de QR Code assista o vídeo One Life, também disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=uIOkzwj2qvE 10 Começando com os conceitos mais simples de economia precisamos compreender que as nossas necessidades humanas são ilimitadas, em outras palavras, nós nunca ficaremos totalmente satisfeitos, sempre haverá algo mais que nós desejaremos, por outro lado temos uma relação problemática: vivemos em um planeta com recursos finitos, assim sendo, a limitação de recursos financeiros também nos acompanha, assim, precisamos ter a capacidade de gerenciar os nossos recursos financeiros pessoais de tal modo que as nossas necessidades mais básicas sejam supridas e ainda possamos desfrutar de momentos de bem estar, alegria, diversão, enfim, as coisas que o dinheiro pode nos proporcionar. Para esta tarefa necessitamos compreender alguns conceitos muitos básicos que se seguirão no decorrer desta obra. Pense consigo mesmo: você conhece alguém que esteja passando algum tipo de necessidade e realmente esteja satisfeito com a vida que vem levando? Ou melhor, que esteja feliz? Certamente não. Esta obra tem esse objetivo: fornecer-lhe ferramentas para que você lide de uma forma mais equilibrada com os seus recursos financeiros, podendo assim desfrutar de tranquilidade financeira. É evidente que assim será possível evitar sofrimentos e preocupações causadas por não ter possibilidade de suprir as próprias necessidades e anseios. Necessidades Ilimitadas Recursos Limitados De forma direta ou indireta a realização dos seusDe forma direta ou indireta a realização dos seusDe forma direta ou indireta a realização dos seusDe forma direta ou indireta a realização dos seus sonhos passarão pelo fator das finanças.sonhos passarão pelo fator das finanças.sonhos passarão pelo fator das finanças.sonhos passarão pelo fator das finanças. 11 Passaremos agora a estudar três conceitos que aparentam ser parecidos mas que representam diferentes estados de “saúde financeira”. São eles: - Segurança Financeira; - Independência Financeira; - Liberdade Financeira. Entre esses conceitos existe uma relação hierárquica como se demonstra na seguinte pirâmide: Fonte: (NAVARRO, 2014) Segurança Financeira Esta é a etapa inicial que toda a pessoa que busca um pouco mais de tranquilidade na vida deve se esforçar para construir, principalmente para quem não nasceu em “berço esplêndido” e não está acostumado a ficar “deitado ao som do mar e a luz do céu profundo”. Ele engloba três requisitos: - Ter um “colchão” de reserva financeira: colchão financeiro é uma quantidade de recursos que supririam todas as necessidades de um indivíduo no decorrer de um ano, se por acaso, por exemplo, ele ficasse desempregado.Deste modo ele, neste período, não passaria “necessidade”, pois seu padrão de consumo não seria abalado. Liberdade Financeira Independência Financeira Segurança Financeira 12 Tomando um exemplo de uma pessoa que tem seu “custo de vida mensal” em R$1.000,00 o seu colchão financeiro seria: Colchão Financeiro= (Custo de vida mensal) X 12 Colchão Financeiro= R$1.000,00 X 12 Colchão Financeiro= R$12.000,00 Deste modo ainda que o indivíduo demorasse até 12 meses para arranjar outro emprego, ele teria condições de se manter financeiramente. - Ter um plano de qualidade de vida: não adianta, por exemplo, uma pessoa ter muito dinheiro no banco mas não ter mais nem um dente na boca, ou estar sofrendo de alguma doença e não se tratar apenas por ser “pão duro”. Investir em saúde, qualidade de vida é de extrema importância, pois se não o fizermos, a “conta” que teremos que pagar futuramente será cara, sem dúvida. No aspecto qualidade de vida entenda-se como: ir a uma academia, visitar um médico e um dentista com regularidade, ter atividades de lazer, cultura, etc... - Possuir um plano de aposentadoria: esta é outra medida fundamental que devemos possuir para alcançarmos a segurança financeira. Trataremos deste aspecto do penúltimo capítulo desta obra. Independência Financeira É o estado ao qual a pessoa com seus próprios recursos pode realizar seus desejos, sem ter que trabalhar para isso, ou seja, esta pessoa passou do patamar de ter que trabalhar para ter dinheiro, na realidade dela é o dinheiro que trabalha para ela. Então independência tem a ver com não depender de recursos de terceiros para realizar seus objetivos. Liberdade Financeira É o que muitos chamam de “ser rico”, quem tem liberdade financeira pode fazer o que quiser com os seus próprios recursos quase que imediatamente. Digamos que ela queira comer um croissant em Paris. Ela tem dinheiro para a passagem aérea, hospedagem e demais custos para realizar tal desejo. O conceito que damos a 13 liberdade nesta obra é poder fazer o que se quer e quando quer, por mais que não o faça, ou seja, significa PODER. Como você pode perceber começamos a abordar o tema do consumo, estudaremos mais detalhadamente este assunto no próximo capítulo desta obra. 14 2- Consumo Faremos agora um contraponto entre dois pensamentos divergentes que resumem o nosso estado como seres humanos: primeiramente desejoso que o ser humano fosse completamente autônomo enquanto ser, Khalil Gibran escreveu em seu o livro “O Profeta”: “Pudésseis viver do perfume da terra e, como uma planta, nutrir-vos de luz”. Por outro lado apresentamos o pensamento de Agente Smith, do filme Matrix: “o ser humano é diferentemente dos outros animais que entram em equilíbrio com o ambiente em que vivem, possuidor das características de um vírus, que para sobreviver necessita absorver os recursos de determinado ambiente até torna-lo totalmente desprovido de recursos”. Sintetizando estes pensamentos podemos perceber que nós precisamos consumir para sobreviver, e na forma a qual nossa sociedade é organizada, o consumo é o epicentro das relações que estabelecemos com o mundo, ou seja, a relação de o quanto e o que consumimos determina o quanto contribuímos para “girar a roda da economia” e assim, contribuir com a sociedade, gerando emprego e renda. Entretanto a relação que estabelecemos com o consumo também pode ser prejudicial tanto individualmente como coletivamente, se por exemplo, aplicamos mal nosso dinheiro, podemos cooperar para o desenvolvimento de atividades destrutivas ou irresponsáveis; e ainda perdemos a oportunidade de utilizar este dinheiro em algo que viesse a contribuir para o nosso desenvolvimento, ou ainda aumentar nossa satisfação existencial. Isso em economia chama-se: “trade-off”. De uma forma ou de outra o dinheiro que possuímos será utilizado de alguma forma, entretanto cabe a cada um de nós usarmos a racionalidade para fazermos as melhores escolhas na aplicação de nosso dinheiro. Veremos abaixo alguns dos fatores que nos impulsionam a consumir mais do que necessitamos tais como a ostentação, o globalitarismo, as nossas carências humanas, e até a nossa “pobreza existencial” que acaba por gerar os desnecessários pagamento de juros pelas coisas que compramos impulsivamente. Precisamos consumir para viver, não viver para consumir. 15 Fuja da Ostentação! Louis Frankenberg afirma em seu livro “Seu Futuro Financeiro: você é o maior responsável”, que a maioria dos milionários não moram em mansões, não possuem carros importados nem usam roupas de grife, pelo contrário, aparentam ser pessoas "comuns", entretanto, tem suas contas bancárias bem "gordas". O modelo da ostentação adotado por alguns nos dias atuais, ou seja, aqueles que tentam demonstrar um elevado padrão de consumo, sem muitas vezes, tê-lo de modo sustentável. Quando fala-se de um padrão sustentável de consumo significa que ele é um padrão de consumo que pode ser mantido por um tempo indeterminado, ou seja o indivíduo poderá manter este padrão para o resto de sua vida. A ostentação é o famoso “dar um passo maior do que a perna”, neste caso o indivíduo adquire um bem, mas não tem condições de manter esse patrimônio por causa de seus elevados custos de manutenção. Deste modo ele acaba aplicando mal os seus recursos, pois perde patrimônio ao invés de aumentá-lo. Don't trust propaganda You just believe in your heart Don't trust what you see Cannibals in Suits - (Almah) Entretanto é notável que vivemos em um ambiente que nos induz ao consumo desenfreado. Antes tinha-se basicamente o rádio e a televisão, mas agora inclusive na internet somos “bombardeados” com propagandas de produtos que não necessitamos para sobreviver. Verifique: se fizéssemos uma comparação do tempo de propaganda que assistimos com o tempo que paramos para refletir se estamos sendo conscientes em nosso consumo ficaria evidente que estamos em uma situação de desvantagem no sentido de como o reforço que recebemos para sermos consumistas desenfreados... O autoritarismo da globlalização Além do mais temos um processo chamados por alguns sociólogos de “globalitarismo”, o que seria a globalização imposta de forma autoritária, seja através dos padrões de consumo da propaganda, dos filmes, novelas, mídias em geral, que nos motivam a utilizar as “marcas” e os “modos de vida” das supostas celebridades; 16 deste modo ocorre uma desumanização dos indivíduos, pois alguns são considerados superiores por seu padrão de consumo e outros desprezíveis por consumirem pouco. Temos cada um sim, as nossas carências individuais Temos também nossas carências humanas, todos desejamos nos sentir belos, amados, bem vistos pelos outros e são nessas nossas fragilidades que basicamente as propagandas “atacam” nos oferecendo produtos que “mudarão a nossa vida”, mas que entretanto apenas suprem nossos “vazios existenciais” momentaneamente. Conhece-te a ti mesmo! Um fator que pode contribuir contra essa enxurrada do impulso ao consumo desenfreado é uma boa dose de autoconhecimento, conhecer suas fraquezas ou possíveis “quedas” ou “quebras” no seu orçamento, facilitando ao controle quando das “propostas irrecusáveis” nos são oferecidas pelas mídias de consumo. Você vale mais que as marcas que você usa No quesito “pobreza existencial” podemos afirmar que uma pessoa com autoestima elevada não se deixa ludibriar por propagandas enganosas que prometem a felicidade momentânea com a aquisição deste ou aquele produto. Pelo contrário, mantém-se “firme” diante das ridículas ofertas de “felicidade comprável”. Ainda aproveitando este capítulo que trata sobre o consumo gostaríamos de compartilhar com você um fragmento deum livro chamado "Mais tempo, mais dinheiro", um livro escrito em parceria por dois brasileiros muito reconhecidos nas áreas de Finanças Pessoais (Gustavo Cerbasi) e Gestão do Tempo (Christian Barbosa). Este fragmento apresenta um relato de Gustavo Cerbasi sobre algumas de suas ações durante sua vida profissional: "Em meus tempos de professor de pós-graduação, uma das coisas que mais me incomodava era a discreta e constante cobrança de meus superiores para que eu demonstrasse um certo poder por meio visual. "Está na hora de você ter um carro melhor", "Deixa eu ver a marca de sua gravata?" ou então "Quem faz suas camisas?" eram frases que eu ouvi exaustivamente. Quanta bobagem! Se eu tinha um carro popular para aumentar a minha segurança sem ostentar, ou se eu comprava minhas camisas e gravatas em lojas populares, acreditava que não era da conta de ninguém. Aliás, essas foram escolhas que me ajudaram a chegar a meu primeiro milhão! Por outro lado, muitos de meus colegas [...] devem estar trabalhando bastante até hoje. (2014, p.155) 17 Como vimos para o sucesso financeiro é necessário um determinado esforço por parte do indivíduo, alguns consideram isso até um sacrifício, o que que está longe de ser uma verdade como demonstraremos no decorrer desta obra. Neste sentido como vimos a desejada liberdade financeira não é uma utopia, mas algo realizável ao se aplicar os princípios de forma sistemática e prolongada como que veremos mais a seguir. De outro modo, a sua relação com o dinheiro pode se dar de diversas formas. No próximo capítulo você poderá verificar qual é o seu “perfil financeiro” e deste modo apontar quais ações devem ser tomadas para melhorar a sua situação financeira. 18 3- Perfil Financeiro? Para fins didáticos veremos três diferentes conceitos que você podem expressar qual é a sua relação com o seu dinheiro, chamaremos de o “gastador”, o “equilibrado” e o “poupador”. Veremos individualmente as características de cada um destes “personagens”. Desta forma você poderá se autoanalisar e verificar qual o seu status financeiro para assim poder fazer um melhor uso desta obra, dirigindo-se diretamente aos assuntos que lhe são mais importantes imediatamente, por exemplo: se você está endividado, sua ocupação mais imediata é pagar suas contas e não ficar calculando qual investimento lhe seria mais conveniente. Gastador: é aquele que não tem condições de suprir o seu próprio padrão de consumo, então necessita tomar emprestado recursos de alguém ou de alguma instituição financeira a fim de poder pagar suas contas. Este é o perfil mais arriscado, uma vez que nele qualquer “deslize” pode deixá- lo no “vermelho” financeiramente, ou seja, ele não terá condições de pagar as próprias contas. Este é o padrão daqueles indivíduos que “gastam mais do que ganham”. A figura acima demonstra a sua “balança financeira” desequilibrada. Receita Despesa Receita 19 Equilibrado: é aquele que conseguiu estabelecer uma harmonia entre os seus recursos, ele consome apenas aquilo que ele tem condições de pagar. Entretanto também se situa em uma região perigosa, pois qualquer imprevisto, como uma doença, acidente ou desemprego pode levá-lo a um status desconfortável uma vez que não possui reservas para eventuais necessidades inesperadas. A figura abaixo demonstra esta situação: Poupador: esta é a situação ideal em termo financeiros, este individuo consegue suprir suas necessidades e guardar parte de seus recursos para quando houver algum imprevisto como os citados acima, tendo condições de se manter, não necessitando pedir socorro ou depender da piedade de ninguém. Ele também é aquele que tem condições de multiplicar seus recursos financeiros. Bem como realizar sonhos, isso veremos mais adiante nesta obra. A figura seguinte demonstra a “balança” do poupador. Despesa Receita Despesa Receita 20 Chegando nesta situação de poupador você terá condições de maior liberdade em todos os sentidos da sua vida, como diz Amartya Sen, que recebeu o Prêmio Nobel em Economia de 2008: “Não há liberdade sem liberdade financeira”. Realmente no mundo capitalista, quais são as possibilidades de escolha de uma pessoa que não dispõe de recursos financeiros senão se submeter à vontade daqueles que tem dinheiro? Muitos não podem nem mesmo escolher o que irão comer, aonde estudarão, que roupa vestirão. Fica evidente que no mundo em que vivemos algo que o dinheiro pode nos proporcionar é LIBERDADE. O próximo capítulo tratará sobre como organizarmos a “balança” daquilo que possuímos de recursos, com aquilo que consumimos, para então poder “mobilizar a balança”. 21 4- Mobilizando a balança Antes de tratarmos de como podemos fazer o nosso dinheiro “render” é importante entendermos uma relação matemática simples que se dá nas finanças. Trata-se da oposição da receita e despesa. 4.1 Receitas São os ganhos financeiros, ou seja todo o dinheiro que “entra”. Saber exatamente quais são nossas fontes de renda nos permite planejar os gastos. Devem anotar todos os ganhos tais como: salário, auxílios transporte e alimentação, rendimentos extras (13º salário), aluguéis recebidos, etc. O valor da receita a ser anotado no orçamento deve ser o valor líquido, ou seja, o valor que efetivamente recebemos. Por exemplo, no caso do salário, devem ser efetuados os descontos (INSS, contribuição sindical) antes de anotar na planilha. 4.2 Despesas São os gastos, o dinheiro que “sai”. Esses gastos são classificados em 3 grupos: Gastos Fixos: São aqueles que ocorrem todo o mês e possuem sempre o mesmo valor. Ex.: Aluguel, prestação da casa. (+) Receita (-) Despesa 22 Gastos Variáveis: São aqueles que ocorrem todo o mês, mas o valor varia de acordo com o consumo. Ex.: Alimentação, água, luz, telefone. Gastos Arbitrários: São aqueles que não precisam ocorrer todo mês. Ex.: gastos com roupas, despesas médicas, presentes, etc. Essa classificação é interessante para visualizarmos onde podemos economizar no orçamento. Como os gastos fixos tem o mesmo valor todo o mês é mais difícil diminuir o seu total. Já os gastos variáveis podem ser diminuídos se reduzirmos o consumo (água, luz, telefone). Os gastos arbitrários são os que mais podemos economizar, uma vez que estes não precisam ocorrer todo mês. A partir disso podemos presumir que para o bom gerenciamento de nossas finanças as nossas receitas devem ser maiores do que nossas despesas. Para tal feito precisamos ter clara a noção de que o que não se mede não se gerencia, ou seja, se você não for plenamente criterioso anotando tudo aquilo que você ganha e que você gasta é muito provável que haja um descontrole em suas finanças. Neste meio podemos eleger 3 regras indispensáveis: É isso mesmo, você pode utilizar um software especializado, tabelas de planilha de cálculos ou um simples caderno para suas anotações financeiras, mas esse é um passo fundamental, ter pleno controle de seus gastos e de seus rendimentos, de outro modo, como já citado, seus esforços serão fadados ao fracasso pela falta de percepção de seu real estado financeiro. Para mantermos a balança de nossas finanças positiva, necessitamos ou aumentar nossos rendimentos, o que normalmente é algo que não se consegue • 1° Anotar tudo • 2° Anotar tudo • 3° Anotar tudo! 23 imediatamente, ou reduzir nossos gastos, o que é a ação que mais rapidamente demonstra resultados instantâneos. É evidente que não é fácil economizar, pois sempre “dói” ter que diminuirnosso padrão de consumo, mas na maioria das vezes é um esforço necessário, que contribui significativamente para que tenhamos a desejada estabilidade financeira. Existe um ciclo vicioso demonstrado no fluxograma abaixo. Nele podemos perceber que quanto mais um pessoa vai “deixando para depois” as anotações sobre suas movimentações financeiras, maior será a sua falta de planejamento financeiro, deste modo, aconselhamos fazer este levantamento de gastos e rendimentos diariamente, para evitar o acúmulo de anotações e consequentemente a falta de planejamento financeiro. Relembrando que isso só é possível através do hábito de anotar tudo referente às nossas movimentações financeiras. Só deste modo você poderá perceber onde estão sendo aplicados ou desperdiçados os seus recursos financeiros. Vejamos os exemplos do mais especializado ao mais simples: Abaixo podemos perceber um software de finanças bastante simples e fácil de ser utilizado chamado Orçamento Pessoal 2015, este software que pode ser baixado gratuitamente no sítio www.baixaki.com.br Falta de tempo Falta de planejamento 24 Abaixo, mais conhecido de todos, temos uma planilha do Excel que também é um excelente software que pode auxiliar no controle das finanças pessoais. Este software é pago e pode ser adquirido pelo sítio www.microsoft.com Mais ainda conhecido de todos, temos abaixo um caderno, uma calculadora e uma caneta, ou seja, você não tem desculpas para não realizar o seu controle 25 financeiro. Como vimos, até com essas ferramentas muito básicas você pode ter um controle eficiente das entradas e das saídas dos seus recursos financeiros podendo assim lhe dar uma visão real de seu atual estado financeiro. Adicionamos na página seguinte um modelo que pode ser copiado todos os meses para você fazer o orçamento de sua família e assim exercitar o que aprendeu até agora! No próximo capítulo veremos um segredo: Gerar, Poupar e Gerir, que são fundamentais para um status financeiro positivo. 26 27 5- Aprender a gerar, poupar e a gerir: eis o segredo Como vimos nos capítulos anteriores tão importante quanto termos recursos disponíveis para utilizarmos para nossas necessidades é de extrema importância desenvolvermos a habilidade de gerenciar o nosso dinheiro de forma racional. Para isto veja o diagrama abaixo: GERAR é a engrenagem inicial, compete a você, através de seu trabalho adquirir recursos para assim “tocar a máquina das suas finanças”, isso depende de seu empenho e esforço em “suar a camisa”. Sem recurso algum não há o que se gerenciar. Mas mesmo que você não trabalhe certamente há algum dinheiro que chega as suas mãos para que você gerencie, seja uma mesada, um presente em dinheiro. Já o quesito POUPAR refere-se a atitudes de prudência de sua parte em avaliar as situações de utilização de seus recursos baseando-se na racionalidade, não desperdiçando coisas úteis ou gastando seus recursos com coisas supérfluas. Essa é uma “peça” muito importante para a saúde financeira sem a qual não bastará nada você “trabalhar feito um condenado” se não tem auto controle na hora de utilizar os seus recursos. A engrenagem GERIR é outra parte do processo que só depende de você analisar cada situação e verificar qual é o melhor investimento a ser realizado. Para Gerar Poupar Gerir 28 isso trataremos um capítulo à parte, sobre como investir. Mas agora chegamos a um momento crucial: como realizar nossos desejos, é o que o próximo capitulo tratará. 6- Como realizar os meus objetivos? Deixamos outro diagrama que uma vez mentalizado, facilita muito na obtenção dos seus objetivos: Sonhe Nenhum vento é favorável para quem não sabe aonde vai. Defina claramente qual é o seu objetivo sem isso você será como um barco à deriva que não sabe aonde irá chegar. Assim são nossas vidas, necessitam ser envoltas em um sentido que as norteie, que alguns chamam de sonho. Quanto mais clareza desse seu objetivo melhor, pois isso lhe auxiliará a atingir as etapas seguintes. Planeje Como chegar lá no seu sonho é outra questão fundamental. A contar daí aumenta o grau de realidade para a construção de seus objetivos pois passa então a envolver um plano de ações práticas para a realização deste sonho. Sonhe Planeje Trabalhe Desfrute 29 Trabalhe Agora chega o momento de arremangar as mangas e se empenhar na execução das ações práticas antes planejadas para que esse sonho se concretize. Desfrute Uma etapa negligenciada por alguns, mas que é profundamente importante é desfrutar as etapas parciais que são atingidas, pois isso aumenta a motivação em continuar a se empenhar ao atingimento das demais etapas. Nessa etapa não é necessário despender dinheiro. O seu “desfrutar” a vitória pode ser algo simbólico, isso porque o ser humano é um ser bastante simbólico. Exemplo: Sonho: comprar um imóvel para locação no valor de R$120.000,00. Planejamento: investir R$300,00 em uma aplicação que rende 1,25% ao mês durante 11 anos. O valor atingido nessa aplicação seria de R$119.580,62, quase o valor do imóvel. Trabalho: Aqui é um momento importante para acumular o dinheiro desejado, mas será necessária disciplina para tal realização Desfrute: você pode promover anualmente uma festividade com a sua família comemorando mais um ano que você conseguiu economizar, essa festividade pode ocorrer em uma data normal como uma festa de ano novo. Então percebemos que para alcançarmos nossos objetivos são necessárias a execução de etapas bem definidas. Agora veremos no próximo capítulo como podemos investir nosso dinheiro, um meio de multiplicá-lo. 30 7- Investir? Eu? Como? A seguinte imagem foi retirada do livro: Seu Futuro Financeiro de Louis Frankenberger, o qual representa que quanto mais cedo começarmos a nos ocupar em organizar a nossa vida financeira menores terão de ser os nossos esforços para atingirmos a tranquilidade financeira. Neste capítulo trataremos quais os principais tipos de investimentos financeiros que permitirão você multiplicar os seus recursos financeiros no decorrer dos anos. Veremos alguns dos principais tipos de investimentos a seguir: Renda fixa Permitem saber o quanto o investimento irá render. Podem ser pré ou pós- fixados: Os papéis pré-fixados são aqueles que apresentam uma taxa de juro acordada antecipadamente. Já os papéis pós-fixados estão atrelados a uma taxa ou indexador que tem variações periódicas, assim, só é possível conhecer o retorno de sua aplicação no dia do vencimento. 31 Renda variável Não é possível saber antecipadamente o quanto o investimento irá render. Caderneta de poupança É o investimento mais tradicional e conservador do mercado financeiro nacional. - É uma conta onde são efetuados depósitos que rendem juros. Rendimentos: - Para os depósitos até maio de 2012 a poupança rende ao ano TR + 6% TR - Taxa referencial = A TR é uma taxa que serve como referência para o juro praticado no mercado financeiro. Para os depósitos a partir de maio de 2012 a poupança rende: • Se a Selic estiver maior que 8,5%, o rendimento permanece fixo (6%a.a. + TR). • Se a Selic estiver menor ou igual a 8,5%, o rendimento passa a variar (70% da Selic + TR). Selic = é o piso das taxas de juros do país. Quem decide o seu valor é o Comitê de Política Monetária (Copom) A rentabilidade da poupança é definida pelo Banco Central. Assim, independente do banco que você seja cliente, a rentabilidade da poupança será a mesma. - A grande vantagem da poupança é que nela não incide imposto de renda. Além disso, a sua liquidez é imediata, ou seja, se vocêsolicitar o resgate de parte do seu dinheiro, o valor irá diretamente para sua conta corrente. - É considerado um dos investimentos mais seguros, porém possui baixa rentabilidade. - Tem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito em até R$ 70.000,00 por CPF, ou seja, se a instituição em que você tem a caderneta de poupança falir você terá o seu dinheiro garantido até R$70.000,00. 32 Títulos de Renda Fixa Quem compra um título de renda fixa está emprestando dinheiro para alguém e em troca recebe o pagamento de juros. Tipos de títulos de renda fixa: CDB (Certificado de depósito bancário) Título de renda fixa emitido pelos bancos que pagam juros. Os bancos utilizam o dinheiro captado com os CDBs para realizar empréstimos e financiamentos. Sua rentabilidade é definida no ato de negociação. Títulos Públicos Títulos de renda fixa emitidos pelo governo que pagam juros. Esses títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional com o objetivo de captar recursos para financiar a dívida pública. Podem ser adquiridos através do tesouro direto ou por um agente de custódia. Tesouro Direto – É um site (http://www.tesourodireto.gov.br) que possibilita a compra de títulos públicos por pessoas físicas pela internet. Agente de custódia – são instituições financeiras que se responsabilizam pela guarda dos ativos (títulos e ações) dos investidores. O investidor em títulos públicos também pode optar pela venda do título, que é recomprado pelo Tesouro Nacional. No entanto a rentabilidade acordada no momento da compra só é garantida se permanecermos com o título até o vencimento. Dessa forma, se vendermos o título antes a rentabilidade poderá ser diferente dependendo do valor do título naquele momento. 33 Os rendimentos dos títulos públicos podem ser recebidos semestralmente através de cupons de juros e no vencimento do título ou somente no vencimento do título. Custos:- No momento da compra é cobrada uma taxa de negociação de 0,1% sobre o valor da operação. - Pela guarda, informações e movimentações é cobrada uma taxa de 0,3% ao ano (pode ser cobrada semestralmente, ou no pagamento de cupom de juros ou no vencimento do título) - Agente de custódia – a taxa cobrada pelo agente de custódia é negociada no momento da contratação. Alguns agentes não cobram essa taxa. Tipos: Letra do Tesouro Nacional – LNT, Letra Financeira do Tesouro – LTF, Nota do Tesouro Nacional Série B - NTN-B, Nota do Tesouro Nacional Série B Principal – NTN-B Principal, Nota do Tesouro Nacional Série F – NTN-F. Tributação em Renda Fixa Os investimentos em renda fixa tem uma forma padronizada de tributação. A alíquota do Imposto de Renda decresce conforme o prazo de aplicação, ou seja, quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido, menor será a alíquota aplicada. Taxa Prazo de permanência no investimento 22,5% Até 180 dias 20,0% Entre 181 dias e 360 dias 17,5% Entre 361 dias e 720 dias 15,0% Acima de 720 dias Fonte: Receita Federal do Brasil Fundos de Investimentos É como um “condomínio” de pessoas que se reúnem para investir juntos. É organizada por uma instituição financeira e um administrador de recursos. Cada investidor compra uma cota, que é uma fração do fundo, e as receitas ou prejuízos são divididos conforme o número de cotas de cada um. 34 O dinheiro investido no fundo é destinado para aplicação em renda fixa, como títulos públicos, ou renda variável, como o fundo de ações. Podem também ser uma combinação entre renda fixa e variável. Os rendimentos são depositados na conta corrente do investidor já deduzida as taxas e o imposto de renda. Custos: É cobrada uma taxa de administração para custear os gastos relativos à movimentação de aplicações e para remunerar o profissional que está investindo por nós. PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) Tanto o PGBL quanto o VGBL são formas de poupar a longo prazo especialmente voltado para a aposentadoria. Existem duas fases: Fase de acúmulo: fase em que você deposita um valor mensal durante um período de tempo. Fase de renda: nesta fase você recebe o dinheiro. O valor acumulado pode ser totalmente resgatado ou transformado em renda de aposentadoria. A principal diferença entre os dois planos é a tributação. Na fase de acumulação o PGBL tem incentivo fiscal que permite deduzir até 12% no Imposto de Renda (se for feita no modelo completo). O Imposto é cobrado na hora do resgate do valor acumulado e incidirá sobre o total pago (mensalidades mais rendimentos). Já o VGBL não tem incentivo fiscal durante a fase de acumulação, mas quando recebemos os valores acumulados, o Imposto de Renda incide só sobre os rendimentos. 35 Custos: - Taxa de Carregamento: é paga sobre o valor de cada depósito e serve para custear as despesas da instituição que administra as aplicações. - Taxa de Administração: Remunera o gestor que administra os recursos aplicados. É cobrada anualmente sobre o valor total da aplicação. Imóveis O imóvel que serve de moradia não é considerado como investimento. Somente quando é adquirido um segundo imóvel a fim de obter renda com o aluguel ou com a sua venda é investimento. Custos: Manutenção, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), IR (Imposto de Renda) – Incide sobre o aluguel e sobre o lucro no caso de venda. Ações Uma ação é uma parte ou uma fração de uma empresa. Quando compramos uma ação é como se nos tornássemos sócios da empresa e, assim, passamos a ter direito a ganhar parte dos seus lucros (dividendos). Também é possível obter ganhos com a valorização do preço da ação que é negociada na Bolsa de Valores. As ações podem ser: Ordinárias (ON) - Esse tipo de ação dá ao acionista além do direito de receber dividendos, o direito a voto em assembleias. 36 Preferenciais (PN) – Este tipo de ação não dá direito a voto nas assembleias, mas dá preferência na distribuição de dividendos a seu possuidor. Ou seja, quando houver lucros na empresa quem possui ações preferenciais recebe o valor antes. Custos: - Corretagem: taxa cobrada pelas corretoras para realizar a compra e a venda de ações. É cobrada por operação. - Custódia: É o serviço prestado pela guarda de títulos e administração. É cobrada mensalmente e o valor varia de uma corretora para outra. - Outros emolumentos: valores cobrados pela Bovespa para a realização de negócios. Tributação: Imposto de Renda – 15% sobre os ganhos líquidos realizado nas operações de vendas. Se o total das vendas do mês não excederem R$20.000,00 os ganhos são isentos de IR. Afinal, qual é o melhor tipo de investimento? O melhor investimento não existe, isso vai depender do perfil de cada um. O melhor investimento para uma pessoa é aquele em que ela escolhe, após uma análise das informações disponíveis de acordo com as suas preferências em relação ao risco e ao retorno (rentabilidade) e atende aos seus objetivos financeiros ao longo do tempo com a melhor relação risco e retorno. É muito importante investir o dinheiro em algo que conhecemos e entendemos. Recomendamos evitar concentrar os investimentos no mesmo tipo de ativo, diversificando os investimentos para, caso ocorra alguma crise no mercado, não perder tudo o que foi investido, reduzindo, assim, o risco. Neste sentido iremos refletir, no próximo capítulo, sobre alguns enganos que ocorreram em relação a Finanças 37 8- Equívocos sobre investimentos Uma das coisas que nos diferencia dos outros primatas é a capacidade de realizar escolhas racionais.Embora tenhamos também uma parte instintiva, a racionalidade é uma de nossas capacidades. Deste modo temos a opção de deixarmo- nos conduzir unicamente pelos nossos mais primitivos instintos de consumo ou utilizar o crivo da razão para escolhermos como vamos usar nosso dinheiro. Não quero economizar, eu quero é viver! Uma frase que costumeiramente se ouve é: “eu quero mais é gastar dinheiro e aproveitar a vida antes que eu morra!” Com um pouco de racionalidade é verificável que esta frase é desprovida de razão. Em termos estatísticos, qual a possibilidade que uma pessoa morra de uma hora para outra? Isso sem se falar que busca desta obra também é promover uma ressignificação de valores magnos acerca das suas perspectivas de mundo. O dinheiro é algo extremamente importante mas pense consigo mesmo: qual é o valor de ganhar um abraço de quem amamos? Ou o elogio de alguém que consideramos? Neste meio percebemos que “viver” não tem nada a ver com a quantidade de prazeres e bens que o dinheiro pode nos proporcionar, mas com os afetos que construímos com nossas existências. O que é um investimento? Mas deixando um pouco este lado “filosófico” retornemos a outra reflexão financeira: no senso comum é habitual chamar-se de investimento qualquer tipo de compra, principalmente se for de grande valor, entretanto isso é conceitualmente um engano, pois investimento, pelo menos no contexto desta obra é tratado como uma 38 movimentação financeira que “potencialmente agregará valor em si”, ou seja, que tende a aumentar o seu valor de mercado. Comprei um carro, isso é um investimento? Por exemplo veículo quase nunca é um investimento, pois o seu valor de mercado tende naturalmente a diminuir (ou seja o bem deprecia-se) no decorrer do tempo diferentemente da natureza própria de um investimento, que é agregar valor ao capital investido. Ou seja um veículo é um bem de consumo, não um investimento! Isso também é válido para qualquer outro tipo de gasto com bens de consumo que são no senso comum atribuídos como investimentos. Uma visão estereotipada que tem-se de alguém que deseja alcançar tranquilidade financeira é que esta seja um pão duro e mesquinho, o que não deixa de ser um equívoco, pois como para tudo na vida necessitamos de um equilíbrio, ou como dizia Siddharta Gautama: “encontrar o caminho do meio”. O Estúdio de Finanças da PUC-RS construiu uma série que aborda esta temática de forma bem clara. O endereço eletrônico do Estúdio de Finanças é referenciado no final desta obra. Mas após falarmos bastante em teorias sobre Finanças, prosseguiremos ao próximo capítulo, intitulado: “Vendo as coisas em números”, no qual você poderá ver como se dá a dinâmica dos processos financeiros, além do mais aprenderá algumas fórmulas. Precisamos ganhar dinheiro para viver, entretanto não Precisamos ganhar dinheiro para viver, entretanto não Precisamos ganhar dinheiro para viver, entretanto não Precisamos ganhar dinheiro para viver, entretanto não precisamos viver para ganhar dinheiro.precisamos viver para ganhar dinheiro.precisamos viver para ganhar dinheiro.precisamos viver para ganhar dinheiro. 39 9- Vendo as coisas em números Antes de vermos os efeitos que podem produzir riquezas através dos juros, necessitamos compreender algumas fórmulas que geram estes processos. Vamos lhe mostrar “duas fórmulas” que são muito utilizadas em Finanças trata-se do Juro Simples e do Juro Composto, também conhecido como Juro sobre Juro. Em ambos os casos adotaremos uma nomenclatura específica apresentada abaixo: Capital = C = Valor em R$ inicial de qualquer operação financeira. Montante = M = Valor em R$ resultante de qualquer operação financeira. Juros = J = Valor em R$ que representa a diferença entre o valor inicial e o final da operação financeira. Taxa = i = Valor dado em % ou unitário que incide sobre algum capital. Parcelas = t = número de vezes que a taxa será aplicada ao montante. Juro Simples Montante=(C.i.t) Montante= (Capital X taxa unitária X número de parcelas) Juro Composto M=C(1+i)t Montante= Capital (1+taxa)núnero de parcelas 40 Vejamos agora a evolução de uma dívida de R$1.000,00 no cheque especial (que tem um uma taxa de 15% ao mês) aplicada ao juro composto: R$1.000,00 a 15% a.m. (cheque especial) Mês R$ 1 R$ 1.150,00 2 R$ 1.322,50 3 R$ 1.520,88 4 R$ 1.749,01 5 R$ 2.011,36 6 R$ 2.313,06 7 R$ 2.660,02 8 R$ 3.059,02 9 R$ 3.517,88 10 R$ 4.045,56 11 R$ 4.652,39 12 R$ 5.350,25 Por outro lado vejamos agora os mesmos R$ 1.000,00 investidos através de uma das formas mais tradicionais para o brasileiro, a caderneta de poupança, que rende em média 0,5%, aplicado ao juro composto: R$1.000,00 a 0,5% a.m (caderneta de poupança) Mês R$ 1 R$ 1.005,00 2 R$ 1.010,03 3 R$ 1.015,08 4 R$ 1.020,15 5 R$ 1.025,25 6 R$ 1.030,38 7 R$ 1.035,53 8 R$ 1.040,71 9 R$ 1.045,91 10 R$ 1.051,14 11 R$ 1.056,40 12 R$ 1.061,68 Vejamos ambos os casos em cálculos: 41 M=C(1+i)t M= R$1.000,00(1+0,15)12 M= R$1.000,00(1,15)12 M= R$1.000,00x 5,350250105473711 M= R$5.350,25 M=C(1+i)t M= R$1.000,00(1+0,005)12 M= R$1.000,00x 1,0616778118645 M= R$1.061,68 Unamos agora os dois casos em um gráfico e verifiquemos o tamanho da diferença: Como podemos perceber a penalidade de não pagarmos em dia nossas contas pode ser bem grande! Mas a poupança também rende muito pouco, há entretanto investimentos de risco moderado que pagam 1,25% ao mês. Você imagina quanto pode conseguir em dinheiro economizando R$200,00 por 20 anos? Vejamos o seguinte cálculo: R$0,00 R$1.000,00 R$2.000,00 R$3.000,00 R$4.000,00 R$5.000,00 R$6.000,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 R$1.000,00 em diferentes taxas R$1.000,00 a 15% Mês R$1.000,00 a 0,5% 42 (Devido a relativa complexidade para se realizar este cálculo utilizamos uma calculadora financeira chamada HP12c): n= 240 i=1,25 PMT=R$200,00 FV= R$ 299.447,8963 Suponhamos que você estivesse com 18 anos quando começou a realizar este investimento, então estaria aos 38 anos com um investimento que lhe renderia R$3.743,10 por mês! Imagine se mantivesse esse investimento por décadas, o quanto você poderia ter? Por outro lado é mais notável ainda o crescimento de uma dívida com elevadas taxas de juros. O próximo capítulo tratará sobre como lidarmos com as dívidas. 43 10- Já estou com dívidas, o que fazer? O pior problema de se estar endividado são as altas taxas de juros cobradas, por se estar neste status, é como se fosse uma “penalidade” por não termos pago em dia nossas contas. Este é um momento que uma boa dose de racionalidade necessita ser utilizada. Uma vez estando endividado ação mais prudente a se tomar é quitar as dívidas de forma a não pagar altos juros. As vezes é possível através do diálogo com o gerente da instituição conseguir um desconto nas taxas e multas. Entretanto, muitas vezes para se conseguir fazer esta ação, de não se pagar altos juros, torna-se necessário tomar-se um empréstimo junto a uma instituição financeira que ofereça uma taxa de juros mais baixas que as pagas pela penalidade de não pagar as contas em dias. Neste sentido é válido se pesquisar qual instituição financeira oferece as taxas mais baixas, uma vez que todas visam lucro, porém principalmente as públicas também tem o compromisso social de oferecer vantagens à população. Deste modo, o que lhe resta a fazer é pegar papel, caneta e calculadora e verificar qual ação é mais vantajosa. Vejamos o exemplo a seguir: Suponhamos que você tem uma dívida de R$1.000,00 a uma taxade juros de 15% a.m. (cartão de crédito ou cheque especial), e pense em tirar um empréstimo para pagar os R$1.000,00 a uma taxa de juros de empréstimo 4% a.m. Vamos utilizar agora a fórmula do Juro Composto que vimos no capítulo anterior: M=C(1+i) t M= R$1.000 (1+0,15) 1 M= R$1.000 (1+0,15) M= R$1.150,00 44 M=C(1+i) t M= R$1.000 (1+0,04) 1 M= R$1.000 (1+0,04) M= R$1.040,00 Ou seja, você economizaria R$110,00 com uma simples transação financeira. Entretanto observe o capítulo “vendo as coisas em números” e compare as taxas dos juros do cartão de crédito ou do cheque especial no decorrer de um ano. Nestes casos uma dívida pode quintuplicar! Percebemos, até agora, que se evitarmos ficar endividados, formos econômicos e soubermos investir o nosso dinheiro corretamente estamos quase que com o futuro financeiro garantido. Entretanto, ficamos ainda sem tratar de um dos assuntos fundamentais que comentamos no início desta obra quando mencionávamos o conceito de segurança financeira. É exatamente sobre isso que trata o próximo capítulo, sobre a preparação para a aposentadoria. 45 11- Pensando na Aposentadoria d Dfgdfgdfgdfgdfgdfg Dfgdfgdfgdfgdfgdfg Talvez você esteja se perguntando: porque uma obra de educação financeira para jovens trataria sobre aposentadoria? Como vimos em um dos primeiros capítulos desta obra o planejamento de nossa aposentadoria é um dos quesitos para conquistarmos a segurança financeira. Considerando as melhorias da qualidade de vida da população é bem possível que você poderá viver até os 90 ou 100 anos! Já pensou como quer estar financeiramente com esta idade? Quais serão suas necessidades nestas condições? Reforçando este pensamento como vimos na Pirâmide de Frankenberg quanto mais cedo nos ocuparmos com a construção de nossa tranquilidade financeira, menores terão de ser os esforços ou “sacrifícios”, do que para aqueles que não planejam, para alçarmos a tranquilidade financeira. Esse investimento é necessário para alcançarmos uma boa qualidade de vida no futuro, além da independência financeira e para que nos auxilie a manter o nosso padrão de consumo para quando pararmos de trabalhar. Veremos abaixo as opções de “aposentadoria”: Previdência Oficial: É administrada pelo Instituto Nacional de Seguro Social. De caráter obrigatório. Para empregados é descontada diretamente do salário, com alíquotas que variam de acordo com a remuneração (8, 9 ou 11%). Previdência Complementar: Como o próprio nome já diz é uma forma complementar à previdência administrada pelo INSS. Pode ser aberta ou fechada (Fundos de Pensão). A se você é jovem ainda se você é jovem ainda se você é jovem ainda se você é jovem ainda jovem ainda...jovem ainda...jovem ainda...jovem ainda... amanhãamanhãamanhãamanhã velho será velho será velho será velho será velho será...velho será...velho será...velho será... 46 previdência complementar aberta é oferecida por bancos e seguradoras e qualquer pessoa pode contratá-la. Já a fechada é exclusiva para grupos, como, por exemplo, funcionários de uma empresa. Por que investir? Com o aumento da expectativa de vida, a população de idosos no Brasil deve aumentar nos próximos anos. O que significa a necessidade de uma quantidade maior de trabalhadores para sustentar os aposentados. Além disso, a aposentadoria recebida pelo INSS tem se mostrado insuficiente para cobrir os gastos, pois o seu valor não é totalmente corrigido pela inflação, o que acaba diminuindo o poder de compra. Sem contar que quando envelhecemos nossos gastos com saúde tendem a aumentar. Também, como dispomos de mais tempo livre, teremos mais tempo para o lazer, viagens, etc. Ainda, a previdência social possui um teto de contribuições (R$ 4.159,00). Quem ganha acima do teto deve pensar em uma previdência complementar se não quiser sofrer uma redução no padrão de vida. Por fim, quanto mais jovens planejarmos a aposentadoria menor será o sacrifício necessário para obtermos um bom valor. Quanto investir? O valor a ser investido vai depender do tempo que falta para se aposentar e o valor que você gostaria de receber. Na internet estão disponíveis inúmeros simuladores. Opções de investimento: PGBL, VGBL, ações, títulos públicos, dentre outros. Por fim preparamos alguns exercícios para você praticar os seus conhecimentos sobre Finanças, ele será o último capítulo desta obra. 47 12- EXERCÍCIOS Agora você poderá fixar os temas abordados nesta obra através dos exercícios que propomos a seguir. A correção dos exercícios pode ser realizado juntamente com a sua professora ou professor de Matemática. Nem todas as respostas você vai encontrar nesta obra, exatamente, isso é proposital, para desafiar você a pesquisar mais sobre Finanças. 12.1- Analise as alternativas abaixo com relação a Educação Financeira e marque a incorreta: ( ) A educação financeira nos orienta sobre como usar o dinheiro de forma consciente. ( ) Ter uma vida financeira equilibrada auxilia no alcance de objetivos, a garantir o futuro e prepara para situações de emergência. ( ) A educação financeira nos ensina a consumir melhor para manter o equilíbrio das finanças. ( ) O objetivo da educação financeira é tornar as pessoas ricas. ( ) Administrando nossas finanças podemos evitar situações de estresse, endividamento e desentendimentos familiares. 12.2- Sobre planejamento financeiro familiar marque a alternativa incorreta: ( ) Orçamento é uma projeção de gastos para determinado período. ( ) Planejamento financeiro da família é elaborar e seguir uma estratégia que permita organizar as finanças. ( ) Para planejar as finanças é necessário o auxílio de um software sofisticado. ( ) O fluxo de caixa é uma avaliação do comportamento do que entra (receitas) e do que sai (despesas) de dinheiro. ( ) Planejar é o ato de prever, estabelecer antecipadamente as ações a serem executadas, as metas e objetivos. 48 12.3 - Complete as frases a seguir e marque a alternativa correta: 1- _____________________ são aqueles que ocorrem todo o mês e possuem sempre o mesmo valor, como o aluguel. 2- ______________________ são os ganhos da família, o dinheiro que entra. 3- ______________________ são aqueles que não precisam ocorrer todo mês. 4- ______________________ são os gastos da família, o dinheiro que sai. 5- ______________________ são aqueles que ocorrem todo o mês, mas o valor varia de acordo com o consumo. A - Despesas B - Gastos Fixos C - Gastos Variáveis D - Gastos Arbitrários E- Receitas ( ) 1D; 2E, 3A; 4C; 5B ( ) 1B; 2A; 3E; 4C; 5D ( ) 1D; 2E; 3C; 4A, 5B ( ) 1B, 2C; 3A; 4E; 5D ( ) 1D; 2A; 3E; 4C; 5B 49 12.4- Com base nas receitas e despesas mensais da família “X”, preencha a planilha separando os gastos em fixos, variáveis e arbitrários e verifique o saldo final. RECEITAS DESPESAS Salários R$ 2800,00 Alimentação R$ 600,00 Outros Ganhos R$ 400,00 Água R$ 70,00 Energia Elétrica R$ 120,00 Vestuário R$ 150,00 Prestação do carro R$ 300,00 Lazer R$ 200,00 Combustível R$ 180,00 Telefone R$ 80,00 Aluguel R$ 600,00 RECEITAS Valor TOTAL DAS RECEITAS DESPESAS GASTOS FIXOS GASTOS VARIÁVEIS GASTOS ARBITRÁRIOS TOTAL DAS DESPESAS SALDO Qual é o status financeiro apresentado acima? Positivo? Negativo? Que indicação de alterações no orçamento você indicaria? 50 12.5 -Com relação ao ato de poupar a alternativa incorreta é: ( ) Poupar não está relacionado a quanto se ganha, mas a quanto se gasta. ( ) Para poupar é necessário ter muito dinheiro. ( ) Podemos poupar com atitudes simples como apagar a luz quando deixamos um ambiente. ( ) Para poupar é necessário fazer sobrar dinheiro. ( ) Poupar é possível para todos inclusive aqueles que têm uma pequena renda. 12.6 - Dívida é qualquer forma de uso de recursos de terceiros, normalmente acompanhada de juros. Marque qual das atitudes a seguir nos auxilia a quitar as dívidas: ( ) Manter investimentos que rendem menos que os juros da dívida. ( ) Fazer todas as compras no cartão de crédito e pagar somente o valor mínimo da fatura. ( ) Estabelecer um valor a ser pago todo mês que caiba no orçamento. ( ) Não renegociar a dívida com os credores. ( ) Pagar primeiro as dívidas com juros menores. 12.7- Crédito é uma forma de antecipar o consumo. Com base nos tipos de crédito, analise as alternativas a seguir e marque a opção correta: ( ) Ao fazer um empréstimo ou um financiamento devemos prestar atenção no CET ou custo efetivo total. ( ) A grande vantagem do cartão de crédito é que podemos pagar um valor mínimo na fatura. ( ) O consórcio deve ser utilizado para quem tem necessidade de ter o bem em mãos imediatamente. ( ) O cheque especial deve ser utilizado sempre que precisarmos. ( ) O crédito consignado é como um empréstimo convencional, só que não cobra juros. 51 12.8 – Em relação ao consumo, marque a alternativa incorreta: ( ) O consumista consome em excesso e sem necessidade, agindo por impulso e sem pensar no que está consumindo. ( ) Para sermos um consumidor consciente devemos deixar de comprar. Fazer uma compra consciente significa saber diferenciar o que é essencial do que é supérfluo. ( ) Antes de efetuar uma compra devemos diferenciar se o item que iremos comprar é algo que precisamos ou algo que queremos. ( ) Ser consumidor é pagar para utilizar de alguma forma de um bem ou serviço. 12.9 - Pedro deseja adquirir um tênis e para isso fez uma pesquisa de preços em duas lojas de sua cidade a fim de verificar, entre as opções de pagamento, a de menor preço. Ele encontrou as seguintes opções: Loja 1 = 2 parcelas de R$ 125,00 ou à vista com 5% de desconto Loja 2 = 3 parcelas de R$ 100,00 ou à vista com 20% de desconto Qual opção você acha que Pedro deve escolher? 52 12.10 - Analise as seguintes alternativas sobre os investimentos: I- Investir é multiplicar as reservas financeiras. II- Para investir é necessário analisar a liquidez, a segurança e a rentabilidade do investimento. III- Quanto maior o risco do investimento menor a probabilidade de retorno. IV- Os investimentos podem ser divididos em renda fixa e renda variável. ( ) Todas as afirmativas estão corretas. ( ) Todas as afirmativas estão erradas. ( ) I, II e III estão corretas ( ) I, II e IV estão corretas ( ) II e III estão incorretas 12.11- Em relação aos tipos de investimentos, relacione as seguintes afirmações: (A) Caderneta de poupança (B) CDB (C) Títulos Públicos (D) Ações ( ) Título de renda fixa emitido pelos bancos que pagam juros. ( ) São emitidos pelo Tesouro Nacional com a finalidade de captar recursos para financiar a dívida pública. ( ) É uma parte ou uma fração de uma empresa que nos permite receber dividendos ou obter ganhos com a sua valorização. ( ) É uma conta onde são efetuados depósitos que rendem juros. Considerado um dos investimentos mais tradicionais. 53 12.12– (Adaptado FUVEST) Ana possui um saldo em conta corrente de R$1500,00 no dia 03/03 e precisa pagar uma prestação no valor de R$ 2000,00 que vence nesse dia. No entanto, o seu salário, que é suficiente par pagar a prestação, só será depositado em sua conta no dia 05/03. Diante disso, analise qual opção Ana pagará menos: ( ) Opção 1 - Ana deve pagar a prestação no dia 03/03, considerando que o banco cobrará juros de 1% ao dia sobre o saldo negativo em sua conta corrente. ( ) Opção 2 - Ana deve pagar a prestação no dia 05/05, quando receberá o seu salário, devendo pagar uma multa de 2% sobre o valor da prestação. 54 CONSIDERAÇÕES FINAIS Deixamos o desejo de que esta obra possa ter contribuído para a construção da sua “Alfabetização Financeira” e ainda lhe tenha despertado o interesse para maiores buscas em relação à gestão eficiente de seus recursos financeiros e para que dessa forma você possa realizar os seus desejos, as suas ambições, enfim os seus sonhos! Sabemos que o tema das Finanças Pessoais é bastante amplo, entretanto como afirmamos no decorrer desta obra, ela é composta por conceitos simples, mas que exigem empenho para serem devidamente aplicados. Resta agora despedirmo-nos deixando os votos de que você tenha sucesso na sua vida financeira assim como nas demais áreas da sua vida. Estabilidade Estabilidade Estabilidade Estabilidade Financeira Financeira Financeira Financeira tem mais tem mais tem mais tem mais a vera vera vera ver com o quanto com o quanto com o quanto com o quanto gastamos do que comgastamos do que comgastamos do que comgastamos do que com o quanto ganhamos o quanto ganhamos o quanto ganhamos o quanto ganhamos de dinheiro.de dinheiro.de dinheiro.de dinheiro. 55 INDICAÇAÇÕES PARA PESQUISAS - Estúdio de Finanças PUC-RS http://pucrs.br/estudio/ - Programa Educação Financeira nas Escolas http://www.edufinanceiranaescola.gov.br/ Tudo sobre Educação Financeira - https://www.youtube.com/playlist?list=PL- gaMRAth22rooOWsU1tn6WiDl3td82-I http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/educacional/cursos/cursos.aspx?idioma=pt-br# http://www5.fgv.br/fgvonline/Cursos/Gratuitos/ http://www.maisdinheiro.com.br http://www.meubolsoemdia.com.br http://www.finançaspessoais.blog.br http://www.itau.com.br/usoconsciente http://www.comoinvestir.com.br http://exame.abril.com.br/ http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/guias-financeiros/ http://exame.abril.com.br/topicos/dicas-de-financas-pessoais http://www.coachfinanceiro.com/ http://dinheirama.com/financas-pessoais/ http://financaspessoais.blog.br/ http://economia.ig.com.br/financas/ http://www.capesesp.com.br/web/pep/previdencia-no-mundo 56 FONTE DAS IMAGENS Capa http://imguol.com/c/noticias/2014/01/14/perfil-planejador- 1389713774128_615x300.jpg Capítulo 1 Pensando http://1.bp.blogspot.com/_F4bgN7zmQUU/TR3umr_nWgI/AAAAAAAAACg/3kPJq4n NR0Q/s1600/pensando11.jpg Avião http://hoteiseresortsonline.com.br/wp-content/uploads/2014/10/aviao-rio- quente.jpeg Casamento http://espacodacasa.com/wp-content/uploads/2013/07/lista- casamento.png Carro http://www.descomplicando.com/img/fotos/carro%20de%20controle%204.jpg Estrada http://www.blogmundocristao.com.br/wp-content/uploads/espiritualidade-e- natureza.jpg Canudo http://www.ecompleto.com.br/i/filesloja/274/files/Kit%20de%20Formatura%203.JPG Casa http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQCM5iG9KuepU9oazqQ_tZSJMcb_DGF BiGNsccbrSdc0GTmy0pnNQ Dinheiro http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2013/07/25/1_1575_2_l_jpg-31789.jpg Qual é o seu sonho http://i.ytimg.com/vi/JJaGn-sZ4aE/maxresdefault.jpg Criança http://www.mensagenscomamor.com/images/interna/new/homenagem_a_crianca_di a_da_crianca.jpg Caridade http://www.mensagenscomamor.com/images/interna/new/frases_caridade.jpg Capítulo 3 Saúde Financeira http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://revista10.com.br/wp-content/uploads/2013/07/saude- financeira.jpg&imgrefurl=http://revista10.com.br/2013/07/saude-financeira-ter-um- equilibrio-financeiro-pessoal-e-tao-importante-quanto-ter-uma-boa-alimentacao-ou- praticar-atividades- fisicas/&h=322&w=630&tbnid=NAAa3I_OdZ3VjM:&zoom=1&docid=3HOBiyqASSk_U M&ei=Mr7rU-SnMpDfsASawYLYBA&tbm=isch Capítulo 4 Calculadora http://www.rdmais.com/arquivos/Image/produtos/Blocos/CadernoMiroCalcR1.jpg Capítulo 7 57 Pirâmide da Tranquilidade Financeira. FRANKENBERG, Louis. Seu futuro Financeiro: você é o maior responsável. Rio de Janeiro: Campus, 1999, p.85. Disponível em http://books.google.com.br/books?id=lJeWoENdEM8C&printsec=frontcover&hl=pt- BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false CDB http://www.sofisadireto.com.br/Content/images/Products/img_CDB.png Títulos Públicos http://www.blogdoinvestidor.com.br/wp- content/uploads/2011/07/image001-200x150.jpg Diferença http://comoseaposentar.com.br/wp-content/uploads/qual-diferenca-entre- vgbl-e-pgbl.jpg Imóveis http://www.sindimoveisms.com.br/up/noticia/2015_02_20/noticia- 1424455941_1929.jpg Ações http://asboasnovas.com/arquivos/noticias/detalhe/2599844_1346_rec_5541.jpg Capítulo 8 Arvore de Dinheiro http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.corecon- ce.org.br%2Fwp- content%2Fuploads%2F2013%2F04%2FEduca%2525C3%2525A7%2525C3%2525 A3o-Financeira-foto.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.corecon- ce.org.br%2F%3Fp%3D971&h=255&w=300&tbnid=Sgvu- b4Xv2GkhM%3A&zoom=1&docid=tVMdDv32veDpSM&ei=zPLsU7P7F5fesATNtYCY DA&tbm=isch&ved=0CEEQMygRMBE&iact=rc&uact=3&dur=3376&page=2&start=8 &ndsp=17 Capítulo 9 Pessoa calculando http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.globalautomacao.com.br/2014/b log/wp-content/uploads/2014/07/saude-financeira-ajuda-a-equilibrar- gastos.jpeg&imgrefurl=http://www.globalautomacao.com.br/2014/blog/empreendedor /saude-financeira-utilize-o-credito-de-forma- responsavel/&h=337&w=450&tbnid=zNdzcUYewpw6JM:&zoom=1&docid=DQ0nau9 B0tkW_M&ei=Mr7rU-SnMpDfsASawYLYBA&tbm=isch Capítulo 10 Arrancando os cabelos http://jogosonline.clickgratis.com.br/blog/wp- content/uploads/2013/03/arrancar-os-cabelos.jpg Capítulo 11 Chaves http://i.ytimg.com/vi/y5Xei4VfIv8/hqdefault.jpg Capítulo 12 Quebra Cabeças Financeiro http://assets.slate.wvu.edu/resources/292/1289943831_md.jpg Contra capa http://generic.pixmac.com/4/optimistic-financial-market-vector-vector- 83581983.jpg 58 REFERÊNCIAS BARBOSA, Christian; CERBASI, Gustavo. Mais tempo, mais dinheiro. Rio de Janeiro: Sextante, 2014. BAUMAN, Zygmunt. Zygmunt Bauman - Fronteiras do Pensamento: Entrevista. Londres, 2011. Entrevista concedida a Fronteiras do Pensamento. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A Acessado em 20 de fevereiro de 2015. CNC – Divisão Econômica - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em http://www.cnc.org.br/sites/default/files/arquivos/graficos_peic_julho_2014.pdf Acessado em 20 de agosto de 2014. GAUTAMA, Siddarta. A Doutrina de Buda. São Paulo: Marin Claret, 2007. GIBRAN, Khalil Gibran. O Profeta. Rio de Janeiro: Lumensana, 2008. NAVARRO, Roberto. Coaching Financeiro e Educação Financeira com Roberto Navarro. 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UtLwL-MTogI Acessado em 20 de janeiro de 2014. IPEA. A Década Inclusiva (2001-2011): Desigualdade, Pobreza e Políticas de Renda. 2012. Disponível em http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/120925_comunicado 155rev3_final.pdf Acessado em 08 de outubro de 2014. SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes consumistas: do consumo à compulsão por compras. São Paulo: Globo 2014. WACHOWSKI, Andrew Paul; WACHOWSKI, Lana; SILVER, Joel. Matrix. [Filme- vídeo]. Produção de Andrew Paul Wachowski e Lana Wachowski, direção de Joel Silver. Warner Bros. Pictures 1999. DVD. 235 min. Color. Som. 59 O Ipea tem referenciado a década de 2001-2011 como “A Década Inclusiva” devido a efetiva diminuição da desigualdade social e da pobreza através das políticas sociais de geração de emprego e renda, entretanto, ao mesmo tempo a Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo tem demonstrado que a taxa de brasileiros endividados nunca foi tão elevada. Deste modo fica evidente que o brasileiro está tendo dificuldades de gerenciar sua vida financeira. Visando enfrentar esta problemática a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões têm desenvolvido através do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas o Projeto: Finanças Pessoais – Educação Financeira para alunos de escolas públicas de Santo Ângelo, a qual promove gratuitamente Educação Financeira a alunos de Escolas Públicas de Santo Ângelo através de palestras e da concessão de cartilhas sobre Educação Financeira a estes alunos. Patrocínio
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