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Universidade Estácio de Sá Química Geral Professora: Maysa Zampa Ensaio de Coloração de Chama-Estrutura Atômica 28 de Agosto de 2013 Macaé Ensaio de Coloração de Chama-Estrutura Atômica 2. RESUMO O Teste de chama é um método de identificação de substâncias, principalmente de íons metálicos, isso de dá pelo fato de que cada elemento quando submetido a uma energia, que nesse caso é em forma de calor, emite uma cor específica, isso ocorre porque os elétrons se excitam emitindo uma radiação que é observada através da cor. Utilizamos esse método para identificar 6 sais metálicos em aula. 3. INTRODUÇÃO Esta experiência consiste na realização de testes, ou ensaios de chama, frequentemente utilizados na identificação de determinados compostos, nomeadamente de íons metálicos. Proceder-se-á à elevação da temperatura destes sais, fazendo com que os cátions que os constituem se excitem, sendo posteriormente por isso emitidas radiações de cores específicas, características desses cátions metálicos, sob a forma de radiações visíveis. A partir da análise da coloração da chama será possível identificar o íon metálico do composto. Bico de Bunsen O bico de Bunsen é utilizado no laboratório como fonte de calor para diversas finalidades, como: aquecimento de soluções, estiramento e preparo de peças de vidro, entre outros. Possui como combustível normalmente GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) – que é uma mistura de butano e propano – e como comburente o oxigênio do ar atmosférico, que em proporção adequada permite obter uma chama de alto poder energético. A chama do queimador apresenta as três zonas: Zona Oxidante ou zona externa região violeta pálida, quase invisível, onde os gases sofrem combustão total. Zona Redutora ou intermediária região luminosa onde os gases sofrem combustão incompleta por deficiência de oxigênio. Zona Neutra ou interna zona limitada por uma "casca azulada", onde os gases ainda não sofreram combustão. Teste de Chama O teste da chama baseia-se no fato de que quando uma certa quantidade de energia é fornecida a um determinado elemento químico, alguns elétrons da última camada de valência absorvem esta energia passando para um nível de energia mais elevado, ou seja, para um estado excitado. Quando estes elétrons retornam ao estado fundamental, eles emitem uma quantidade de energia radiante, igual àquela absorvida, cujo comprimento de onda é característico do elemento e da mudança do nível eletrônico de energia (Figura 1). Dessa forma, a luz observada de um determinado comprimento de onda é utilizada para identificar o elemento químico. “De forma simplificada, observa-se que quando um elétron recebe energia ele salta para uma orbita mais externa. E a quantidade pacote de energia absorvida e bem definida (quantum) que é equivalente á diferença energética entre as camadas. E quando um elétron esta no estado excitado ele volta para a sua orbita estacionaria ele libera energia na forma de ondas eletromagnéticas (luz) de frequência característica do elemento desse átomo. Bohr então propõe que o átomo só pode perder energia em certas quantidades discretas e definidas, e isso sugere que os átomos possuem níveis com energia definida. Essas teorias de Bohr hoje são comprovadas a partir de cálculos e experimentos. Entre eles esta o teste da chama.” (RUSSELL,1994) Tabela de cores para íons metálicos Elemento Cor da luz emitida Lítio Vermelho Sódio Amarelo Potássio Violeta Cálcio Laranja Estrôncio Vermelho Bário Verde Ferro Laranja Cobre Verde Cobalto Azul Teoria Atômica – Modelo de Bohr O dinamarquês Niels Bohr, a partir de estudos sobre espectros atômicos, elaborou uma nova teoria, baseada no movimento e distribuição dos elétrons, que veio complementar o modelo atômico de Rutherford, daí surgiu o modelo atômico de Bohr, também conhecido como modelo atômico de Rutherford-Bohr. Sua teoria fundamenta-se basicamente em alguns postulados: • Os elétrons giram ao redor do núcleo atômico, em órbitas circulares, denominadas níveis ou camadas. Os átomos descobertos, até hoje, podem ter no máximo sete camadas. Bohr denominou-as a partir da letra K, camada mais interna. • Nos seus níveis de energia, os elétrons não absorvem nem liberam energia (diz-se que estão no estado fundamental). • Cada nível possui um valor de energia determinado. • Os elétrons podem saltar de um nível de energia para outro. Ao absorverem energia, os elétrons saltam para um nível mais afastado do núcleo (diz-se que o elétron está no estado excitado). Ao retornar ao seu nível de energia, o elétron libera a energia absorvida na forma de ondas eletromagnéticas (calor, luz etc.). Ensaio de Via Seca Os ensaios por “via seca”, necessitam que o material em estudo, bem como os reagentes se encontrem no estado sólido. Para realizar este tipo de ensaios é também necessária que a reação se realize por meio de aquecimento a alta temperatura. Um exemplo de ensaios por “via seca” é o ensaio de chama, que se baseia numa propriedade característica que os compostos metálicos apresentam. Assim quando expostos à chama do Bico de Bunsen, os compostos metálicos, conferem à chama a cor característica do cátion presente na amostra. 4. PARTE EXPERIMENTAL 4.1 – Materiais e Reagentes Os seguintes materiais, disponíveis no laboratório de Química da Faculdade Estácio de Sá, foram utilizados neste experimento: 6 vidros de relógio – pequeno 1 vidro de relógio – grande 1 Cabo Kole 1 Fio de Monel ou Fio de Platina (liga de Ni-Cr) 1 Bico de Bunsen 1 Becker – 25 mL 1 Placa de Petri Fosforo Os seguintes reagentes, disponíveis no laboratório de Química da Faculdade Estácio de Sá, foram utilizados neste experimento: Cloreto de Sódio (NaCl) Cloreto de Potássio (KCl) Cloreto de Cálcio (CaCl2) Cloreto de Estrôncio (SrCl2) Cloreto de Bário (BaCl2) Sulfato Cúprico (CuSO4) Ácido Clorídrico (HCl) - 3M 4.2 – Procedimento: Foi fixado o fio de Monel ou platina na extremidade do cabo Kole. Limpeza de Fio de Monel: Mergulhou-se o fio de Monel em uma solução de ácido clorídrico (HCl) 3M contida em um vidro de relógio, em seguida o fio foi levado a região de fusão da chama do bico de Bunsen. O procedimento foi repetido até que o fio estivesse completamente limpo, isso foi percebido à medida que a chama não transmitia mais nenhuma colocação. Coleta de amostra: o fio de Monel foi mergulhado na solução de ácido clorídrico contida no vidro de relógio e em seguida na porção da substancia em análise, de modo que esta fique aderida ao fio. O mesmo fio contendo a amostra foi levado a zona oxidante interior da chama e, então, observar a cor transmitida à chama. O procedimento de limpeza do fio foi repetido, e testou-se outro sal, e assim sucessivamente. 5. RESULTADO E DISCUSÃO Pudemos observar como cada sal metálico emite uma colocação diferente quando submetidos ao calor da chama do bico de Bunsen. Os reagentes estavam em vidros de relógio enumerados de 1 a 6, as cores obtidas respectivamente foram: Ordem de reagentes Cor 1 Verde 2 Laranja 3 Verde limão 4 Vermelho carmim 5 Lilás 6 Laranja tijolo Em relação a observação das cores, tivemos algumas dificuldades de observação. A amostra 3 ficou muito parecidacom a amostra 2, as duas apresentavam coloração laranja. Por esse motivo a amostragem 3 foi repetida e a cor visualizada foi um verde claro. Na troca de amostra, precisamos lavar muito bem o fio de Monel, pois o mesmo ainda ficava com resíduo do sal anterior e isso mascarava a observação das cores. O ácido clorídrico que foi utilizado para a limpeza do fio ficou contaminado por vários sais no final da pratica, por isso ele atrapalhou a leitura, foi necessário trocar a solução para prosseguir. Mediante a observação das cores apresentadas, com base no referencial teórico, pudemos identificar na leitura os sais referentes a elas: Sal Utilizado Íons Metálicos Observação de Cor Cloreto de Sódio (NaCl) Na + Laranja Cloreto de Potássio (KCl) K + Lilás Cloreto de Cálcio (CaCl2) Ca 2+ Laranja Tijolo Cloreto de Estrôncio (SrCl2) Sr 2+ Vermelho Carmim Cloreto de Bário (BaCl2) Ba 2+ Verde Sulfato Cúprico (CuSO4) Cu 2+ Verde limão 6. CONCLUSÃO Mediante a essa pratica pudemos concluir que cada elemento pode ser identificado através de sua transmissão de cor, pois a radiação que o mesmo emite pode ser observada em cores, e sabendo que cada um tem uma radiação especifica, consequentemente terá uma cor especifica que o identificará. Pudemos perceber que as leituras de cores observadas foram de encontro com as cores que estavam apresentadas na teoria, o que comprovou a veracidade dos fatos. O sódio tem uma cor alaranjada específica que é muito forte e tem a capacidade de mascarar as outras leituras, isso causou distúrbio e dificuldade nas leituras que tiveram que ser criteriosas para que pudéssemos enxergar a cor mais próxima da realidade possível. Concluímos que a pratica foi de suma importância para nossos conhecimentos não só laboratoriais, mas também teóricos, onde pudemos fazer uma assimilação de como os elétrons se comportam quando submetidos a uma energia e como cada elemento tem uma propriedade característica. 7. FONTES BIBLIOGRÁFICAS http://www.infoescola.com/quimica/teste-da-chama/, acessado em 28 de agosto de 2013; http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/teste-chama-transicao- eletronica.htm, acessado em 28 de agosto de 2013; http://www.spq.pt/gqj/chemrus/Teste%20Chama- Julio%20Dantas%20Lagos.pdf, acessado em 28 de agosto de 2013; http://www.quimica.ufg.br/uploads/56/original_QGI_- _Ensaios_na_chama_do_bico_de_bunsen.pdf, acessado em 28 de agosto de 2013;
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