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Sociologia Jurídica e a Variação do Conceito de Direito

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Sociologia Jurídica
1 Fev.
Sociologia é uma ciência e a Sociologia do direito verifica a qualidade do direito aplicado à sociedade. A Sociologia Jurídica é a ciência que estuda as diferenças existentes entre a teoria jurídica e a realidade jurídica de uma sociedade.
Dogma é uma verdade pré estabelecida e reconhecida como tal e a dogmática jurídica é uma verdade pré estabelecida e reconhecida como tal.
Do dogma se produz a doutrina. A alma é um dogma que para a doutrina cristã representa a “vida eterna” e para a doutrina espírita representa a “reencarnação”. Não há um dogma universal e portanto não há uma verdade que seja universal e sendo assim não existe um direito universal.
A Declaração dos Direitos do Homem esconde um aspecto de dominação do mundo ocidental sobre o mundo oriental. Dominação é poder.
O Estado é um sistema de dominação imposto pelo poder. Obedece-se a norma devido o poder armado.
Vivemos num mundo de poder e o direito revela esse poder. Weber diz que o direito é dominação racional legal.
Vamos falar de Bem comum: o sujeito tem vários bens. É ilegal ter vários bens? Não é ilegal! Pode até ser injusto mas não ilegal
Estado comunista prega a igualdade e o Estado liberal prega a liberdade. O que se deduz que quanto mais igualdade menos liberdade e quanto mais liberdade menos igualdade.
4 fev
De acordo com o texto lido em classe sobre os esquimós concluímos que na primeira parte do texto é trabalhado o conceito de Propriedade e na segunda parte é trabalhado o conceito de Vida.
A lei fundamenta o Estado e este é um instrumento que ordena, garante e impõe a lei.
Nas sociedades primitivas mesmo sem ter a presença do Estado existem as leis. Só existe Estado em sociedades que produzem excedentes. A sociedade primitiva não produz excedentes e todos fazem praticamente as mesmas coisa, pois não há especialização. Todos os membros das sociedades primitivas obedecem a lei; são anárquicos (não aceitam hierarquia). As sociedades anárquicas são organizadas, ordenadas mas não existe hierarquia.
Pode haver a lei sem a presença do Estado !!!
Analisando a primeira parte do texto dos esquimós podemos dizer que não estão nem certos e nem errados nem os esquimós e nem os ingleses pois ambos partem de princípios e dogmas e doutrinas diferentes e portanto não há um mais justo do que o outro. Pelo dogma brasileiro os esquimós estão certo em função da auto determinação dos povos.
A lei é a materialização do valor.
A aculturação faz com que a sociedade aculturada perca suas leis, seus valores.
Os índios foram aculturados e perderam suas leis e seus valores. 
Analisando a segunda parte do texto percebemos que na sociedade esquimó as crianças e os idosos não são protegidos pois os esquimós não produzem excedentes. Nas sociedades contemporâneas as crianças e idosos são protegidas pois produzimos excedentes.
O direito à vida na cultura ocidental é relativo pois temos a guerra, a legítima defesa, pena de morte, aborto legal e portanto os direitos são relativos.
Os idosos, na sociedade esquimó iam voluntariamente ao encontro da morte pois seus valores eram fortemente internalizados e não era necessária a coação. Nas sociedades contemporâneas, não fazemos tudo o que nos é imposto pela lei pois não existe coesão social. 
Coesão é a forte internalização dos valores de um sociedade. Os norte americanos são altamente coesos do ponto de vista cívico. A coesão está relacionada com a obediência às leis.
A lei é um “dever ser” que quer condicionar comportamentos e atitudes individuais e coletivas.
A Sociologia Jurídica liga a lei ao fato.
Qual é o grau de eficácia do conjunto normativo brasileiro? A eficácia da norma está ligada a vários fatores.
 8 fev
Gênese do Direito
Autonomia da sociologia jurídica (texto). 
5 pontos para estudo do texto e interrogação.
O DIREITO NO TEMPO.
A concepção do que é o direito varia no tempo. A concepção que temos hoje é apenas mais uma concepção que também variará. Portanto não existe uma concepção estática do que é o direito pois a própria idéia do que é o direito varia. Isso nos traz uma insegurança ideológica e isso é libertador pois vai quebrando os dogmas ao longo do tempo. Portanto a concepção do direito é apenas um dogma. Esta visão do direito é uma verdade científica. Daqui a 100 anos os futuros brasileiros estarão olhando pra o direito de hoje como história. Mas, isso nos liberta do dogma, da verdade dada, da obediência cega da norma jurídica. Nos liberta para o exercício fundamental do aluno de direito que é a crítica.
Trabalharemos com a liberdade científica porque na verdade, estamos pegando o direito e demonstrando como ele se sustenta em um discurso normativo em determinados dogmas. Nesse momento em que percebemos que o direito se sustenta num discurso normativo num determinado dogma, significa que todos os direitos fazem isso.
O elemento do direito que determina sua natureza ontológica é o valor. Qual é o valor básico que estamos discutimos? É o justo e o injusto. Fazer plano de previdência para os velhinhos, protegê-los na sociedade é justo, colocar o velhinho para morrer na sociedade esquimó é justo. Portanto justo ou injusto é apenas uma definição dogmática.
Todas as escolas abaixo formularam dogmas relacionados a valores do que é justo ou injusto e essa determinação não pode ser feita de forma técnica. As escolas abaixo seguem uma linha temporal.
Portanto são os valores que constroem as normas jurídicas e esses valores variam no tempo e no espaço.
Trabalharemos com o material básico que é a lei e a lei é uma ideologia.
1. Escola jusnaturalista (ideologia) - O direito natural.
O direito é percebido como algo DADO - repete a própria "natureza das coisas" - é determinado independentemente da vontade humana, ou seja, do seu juízo de valores.
Os direitos surgem como derivação das leis da natureza.
A origem do jusnaturalismo é a filosofia natural grega.
Base - a ordem original é retirada da natureza e esta tem que ser conhecida pelo homem.
São normas:
a) invariáveis.
b) independentes dos interesses e opiniões.
c) imutáveis.
d) anteriores à criação da sociedade.
exemplo:
1) a "inferioridade" natural das mulheres em relação aos homens.
2) a justificativa da escravidão pela "natureza" física, intelectual e/ou moral das pessoas.
2. Escolas Teológicas (ideologia) - O direito divino.
Essa escola, também, sustenta que o direito é imutável, permanente e universal. A fonte não é a natureza e sim DEUS que cria leis eternas que impõem ao homem determinadas condutas. A lei é REVELADA.
Qualquer oposição ao direito religioso foi duramente reprimida.
3. Escola do direito natural racional (ideologia).
Ruptura com o direito sagrado - o uso da razão é a única forma de DESCOBRIR a ordem jurídica.
Século XVIII o direito na Europa torna-se laico e incorpora teorias iluministas.
- o natural é idêntico ao racional.
- a razão é comum a todos os homens.
- o direito não é estático e nem predeterminado.
- o direito como produção antropocêntrica.
4. Escola racional e positivista do direito (ideologia).
- o direito como instrumento de controle social.
- o direito é mutável no tempo e no espaço.
- o direito como expressão da vontade política (Hobbes).
- o direito como expressão do povo (Rousseau)
O direito é, pelo que vimos, uma ideologia.
Soc. Jurídica 11 fev 2010
5. Escola histórica do Direito.
O direito é para essa escola um produto histórico e não decorre da natureza; nem da divindade e nem da razão.
O direito é um produto do espírito do povo (volksgeist). Para essa corrente "as leis não são a única fonte do direito; a tradição, a religião e os costumes são "também" fontes do direito. Sendo assim, não há um direito universal e atemporal, cada povo em épocas específicas cria seu próprio direito.
O direito varia no tempo.Não podemos dizer que ele evolui pois pode melhorar ou piorar.
Como a sociedade não é uma unidade, e segmentos da sociedade tem costumes diferentes, não podemos falar que o costume vem da sociedade pois ela tem vários costumes, várias tradições. Povo, também, só existe no discurso do populista. O que há são segmentos diferentes que formam a população. Povo é uma abstração do discurso ideológico.
O racismo é uma tradição, é uma cultura brasileira. O direito não é racista. Costumeiramente a sociedade é machista e o direito, com o Código Civil de 2003, não é machista, trazendo igualdade entre homens e mulheres. Portanto o direito não vem do espírito do povo, vem do espírito da época, da intelectualidade.
Quem é racista, por exemplo, acha que não está fazendo nada de errado. Está seguindo uma moral. Essa é a moral tradicional. E a moral tradicional é horrorosa porque ela é machista, racista, moralista. Ela vem dos costumes e da tradição. 
O direito, através de um processo de reflexão moral e ética, tem a capacidade de atualizar a moral, apresentando e sustentando novos valores, inclusive contrários aos valores costumeiros. E ainda bem que é assim. É um processo dialético onde alguns segmentos da sociedade, que fazem parte da elite intelectual (Zeitgeist ou espírito da época), principalmente a ligada às ciências sociais, tornam a sociedade objeto de estudo, no que diz respeito à organização e ao controle.
Portanto, nós, elite intelectual da modernidade, temos a capacidade de fazer uma análise reflexiva das normas jurídicas, naquilo que formata a estrutura principiológica do seu sistema.
Em todas essa escolas encontramos argumentos corretos e outros errados e a “abordagem sociológica contemporânea” condensa os argumentos corretos como uma verdade contemporânea, apensar de sabermos que mesmo assim são provisórias.
6. Escola Maxista.
O direito revela sempre o interesse da classe dominante (supra-estrutura). O direito é resultado da luta de classes e estabelece normas únicas e uniformes para sujeitos desiguais. 
O direito corresponde às relações econômicas que predominam na sociedade. Representam um processo de dominação e de repressão das classes inferiores por parte das classes privilegiadas. O direito, portanto, manifesta os interesses gerais da classe dominante (burguesia). O interesse do capitalismo social não é o mesmo do capitalismo econômico. Toda vez que o capitalismo econômico realiza normativamente seus interesses, prejudica o capitalismo social e vice e versa.
Classes são categorias determinadas na condição objetiva do modo de produção. Negro não é classe, é segmento social, pois tem negro capitalista, operário, desempregado, etc. Nem mulher é classe, pelo mesmo motivo. A classe é economicamente determinada e o segmento é socialmente determinado. 
Marx tem um brocardo que diz “que tudo que é sólido se desmancha no ar”; e o que é uma tradição? É um hábito que se repete. Quando uma sociedade começa a ter uma dinâmica muito acelerada, os hábitos vão se repetindo mas não ao ponto de se tornar uma tradição e por isso quando nos referirmos à nossa sociedade a chamaremos de sociedade pós-tradicional.
As mudanças nunca vêm das periferias demográficas; geralmente elas vêm de onde tem muita gente como Rio, SP, NY, To	kio. É daí que vem as novidades em função da efervecência interrelacional. Quanto mais longe dessa efervecência, mais fracas tais mudanças vão se tornando. As cidades do interior mantêm as tradições
7. O direito na sociologia de Durkheim.
Direito como fato social ligado à idéias de conduta, organização e mudança.
O direito representa a maneira de fazer fixa ou não susceptível de exercer sobre o indivíduo uma COERÇÃO exterior.
A origem de todas as normas é a SOCIEDADE e estas buscam garantir a COESÃO social.
Essa idéia de mudança do Durkheim é nova pois o direito tanto sofre mudanças como provoca mudanças. Estudaremos o direito enquanto estruturado e o direito enquanto estruturante. O direito é estruturado pela sociedade mas ao mesmo tempo ele estrutura a sociedade. Portanto ele é estruturado e estruturante.
8. Abordagem Sociológica Contemporânea.
O direito é um fato social observável empiricamente na sociedade cuja criação (1), mudança (2) e aplicação (3) podem ser analisadas e pesquisadas empiricamente.
Outros fatores sociais influenciam nestes processos, tais com: poder político ou econômico, interesses de grupos (ecologistas), lutas de segmentos sociais, etc.
Os direitos refletem costumes, tradições e sentimentos, mas modernamente, reflete REFLEXÕES que se desenvolvem no sentido de desconstruir costumes e tradições.
Direito e Sociedade são entidades congênitas e que se pressupõem. A sociedade é ao mesmo tempo fonte e área de ação do direito. Por fim, de forma geral, a fonte dos direitos são interrelações sociais.
A família não é a base da sociedade e portanto não é a base do direito. O direito se constrói na multipliciade das multirelações nas quais a família é um elemento móvel. 
Habermas = quem controla a produção das norma jurídicas controla o futuro (em função do dever ser do direito).
Sociologia Jurídica 18 fev 2010
A Sociologia Jurídica afirma que os direitos, quaisquer que sejam, por mais fundamentais que pareçam, são direitos históricos, ou seja, nascidos em certas circunstâncias, caracterizadas em contextos sociais específicos.
Os direitos surgem, são criados de modo gradual "não todos de uma vez e nem de uma vez por todos" (N. bobbio).
Os direitos vão sendo construídos, destruídos, em função das circunstâncias.
Percebe -se quando uma categoria perde prestígio quando perde direitos. 
Os direitos surgem quando (1) PODEM e/ou (2) DEVEM. Surgem quando o PODER do homem cria novas ameaças às liberdades do indivíduo ou permitem novos "remédios para suas indigências".
* Sendo assim, qualquer direito é um fato social historicamente localizado, portanto, NÃO HÁ um fundamento absoluto, irresistível e inquestionável para as normas jurídicas.
A liberdade religiosa é um EFEITO das guerras de religiões, as liberdades cicis das lutas contra o poder soberano, as liberdades políticas e sociais das lutas dos cidadãos, dos camponeses, dos trabalhadores assalariados e dos pobres que exigiram dos poderes públicos não só o reconhecimento das liberdades (direitos negativos - são direitos negados) mas também proteção social (direitos positivos- produzidos pelo Estado e alguém tem que pagar).
O direito é produto e produtor de forças sócio-culturais. (modifica a sociedade e modificam-se os valores).
Sua função básica é determinar normas de conduta ou padrões de comportamentos sociais sobre a vontade individual.
A Sociologia Jurídica é a CIÊNCIA que investiga, empiricamente, o "fenômeno jurídico" em relação às demais dimensões da vida social (econômica, política, técnicas e tecnologias, arte, religião, família, sexualidade, etc.).
Sociologia Jurídica 22 fev 2010
Introdução ao conceito de Objetividade e de Subjetividade:
Uma garota pode pensar num namorado ideal pois os limites subjetivos da idealidade são os limites de seu desejo.
O trabalho ideal é aquele que não possui limites. Os limites do trabalho ideal estão na subjetividade. Mas o que determina os limites do trabalho real chamaremos de Limites Objetivos.
Limite Objetivo é o que está fora e subjetivo é o que está dentro.
Quem determina os limites objetivos ou as dimensões objetivas da análise de um fato é a Ciência. .
“O universo não é uma idéia minha. A minha idéia do universo é que é uma idéia minha”. (Fernando Pessoa).
A idéia que ele tem do universo é uma idéia subjetiva. O universo existe em si, portanto ele existe objetivamente. Ele pode ser entendido, pesquisado objetivamente e quem faz isso é a ciência, no caso a astronomia.
O direito não é idéia minha. A minha idéia de direito é que é uma idéia minha. O direito pode ser pesquisado, estudado objetivamente e a isso chamamos de limites objetivos.
Agora, quais os limites subjetivos dodireito da criança e do adolescente? Nenhum. Pois a criança tem direito à dignidade, de ser feliz, de brincar? Podemos colocar o direito que quisermos pois todos eles são subjetivos. Toda criança tem direito a ser feliz e qual é o limite? Toda criança tem direito à educação. Mas de que qualidade? Quem define a qualidade objetiva é a realidade.
O Ordenamento Jurídico não possui limites objetivos. Todos são subjetivos. Pois são frases. Todos têm direito à liberdade. Nesta frase não há limite objetivo pois esse limite está lá no Ceresp pois o limite objetivo é o limite que transforma o “dever ser” do direito.
Em um conjunto de normas há apenas limites subjetivos pois a norma delimita valores. Qual é o limite da liberdade? O limite subjetivo da liberdade é infinito. Podemos imaginar o que quisermos como limite da liberdade. 
Os direitos que são construídos nas circunstâncias da Revolução francesa são, os de liberdade que foram seguidos pelos direitos de igualdade. Sabemos que o direito nasce de determinadas circunstâncias e antes da Revolução francesa o Estado era absolutista e o rei detinha todos os poderes e portanto nenhum limite subjetivo de poder pois ele podia tudo.
Lutero foi condenado à morte pelo Papa. O rei da Alemanha concedeu proteção a Lutero. O limite objetivo do Papa se realizou. E qual é o limite? Não dá pra matar Lutero porque o exército de Roma é inferior ao exército da Alemanha. Portanto o papa até pode mandar matar Lutero mas seu poder se limita na capacidade de realizá-lo. O rei no Estado absolutista não tinha limites subjetivos apenas objetivos.
Chamamos de Estado de Direito ao Estado limitado objetivamente pelo Direito. O direito limita subjetivamente o poder de ação do Estado.
Objetivamente o Estado brasileiro pode acabar com os crimes das favelas do Rio? Objetivamente pode. Basta mandar uns caças bombardear as favelas que resolve o problema do Rio. E por que o Estado brasileiro não faz isso? Porque o Estado Democrático de Direito diz que não se resolvem as coisas dessa forma; portanto, objetivamente o Estado pode resolver essa questão porém não o faz pois é limitado subjetivamente. É um Estado de Direito, um Estado limitado pelas próprias normas e não limitado pela questão objetiva.
O policial derruba o bandido e com uma espingarda calibre 12, objetivamente pode matar o bandido. Porém ele é limitado subjetivamente pela norma jurídica.
Limite subjetivo é o querer fazer. Limite objetivo é poder fazer.
A SOCIOLOGIA JURÍDICA DEFINE OS LIMITES OBJETIVOS.
A norma é um “dever ser” (um meio) cuja finalidade é se tornar “ser” (fato). A norma não quer dever ser, ela quer ser. Entre o que ela quer ser e o que ela é há um limite e esse limite é o limite objetivo. A norma é um dever ser, portanto um meio. Com objetivo de ser “ser” = fato.
O ensino superior gratuito contemplava apenas as Universidades Federais e as estaduais; hoje existe o Prouni que permite que alunos cursem o ensino superior em Universidades privadas. Portanto, o limite objetivo foi alargado. Agora, se a totalidade dos alunos pudessem ingressar nas universidades públicas não existiria limite objetivo.
Portanto, quando a lei determina que “toda criança tem dignidade”, isso é uma determinação ideal, subjetiva. E vem a pergunta: qual dignidade? De morar na favela? De morrer na fila do hospital? De ter uma educação pública ruim? O que determina o direito que “É” são os limites objetivos.
Não existem valores objetivos pois todos os valores são ideais e portanto subjetivos. Nós é que tentamos objetivar os nossos valores.tentamos pegar o valor que é ideal e transformá-lo em valor de fato.
O machismo é um valor moral. Quem é machista, em seu ponto de vista, acha que está sendo moral. Ele tira esse machismo da subjetividade pois todo valor é subjetivo. Agora, se formos para a realidade, onde encontraremos esse valor? Na tradição.
Quando dizemos que o homem é superior à mulher ou que homes e mulheres são iguais, estamos diante de uma estrutura de valor que vêm da tradição. Na primeira frase estamos falando da moral tradicional e na segunda frase da moral reflexiva.
Todos somos iguais perante a lei só que uns têm mais direitos que outros. A única igualdade real que temos é o direito à liberdade. Objetivamente falando, todos nós temos a mesma liberdade sexual, porém subjetivamente falando não temos pois o limite da liberdade sexual de cada um reside nos limites da moral de cada um. E essa moral pode ser mais ou menos tradicional. Se alguém tem uma moral reflexiva vai achar que os limites de sua liberdade sexual são os limites da liberdade sexual do outro.
A norma moral e a norma religiosa são fracamente articuladas pois seus poderes de coerção estão na nossa cabeça. A norma legal é fortemente articulada porque seu poder de coerção é forte. Criamos um aparato institucionalizado para fazer a norma funcionar. Atrás de cada norma legal temos o uso legítimo da força como instrumento de poder. 
Se o criminoso, apesar da lei ser fortemente articulada, não é preso, a lei perde a sua eficácia. A sociologia Jurídica vai estudar quais são as causas objetivas que determinam ou não a eficácia de uma norma jurídica. A norma jurídica diz que se uma pessoa comete um crime ela tem de ser processada, condenada e penalizada. Se acontecem essas três ações dizemos que a norma foi eficaz. Se não, ela foi parcialmente eficaz. O indicativo empírico que determina a baixa eficácia da pena como ressocialização é a reincidência. A Sociologia Jurídica vai determinar quais as causas que levam um sujeito ressocializado a reincidir no crime
A norma é abstrata e portanto subjetiva e a norma não quer ser apenas palavras ela quer ser fato. Estudaremos os limites objetivos da norma jurídica, quais são os seus elementos causais, quais as circunstâncias de um determinado fato social, ou seja, elementos explicativos. Não podemos impor uma explicação mas sim perguntar se em outras circunstâncias o fatos seria o mesmo?
Veremos que o grau de eficácia da norma é relativo conforme o grupo social que estamos falando.
A corrupção é um elemento causal geral que provoca redução do grau de eficácia da norma jurídica. Para aumentar o seu grau de eficácia deveríamos atuar na corrupção. A grosso modo talvez não surta efeito aumentar as penas ou mesmo tornar crimes comuns em hediondos para aumentar o grau de eficácia da norma e sim atuar no seu elemento causal.
O termo CIÊNCIA deve ser enfatizado em função da afirmação sociológica (Max Weber) de que há sempre um caráter racional na estrutura do direito "e que" toda prescrição legal corporifica uma escolha MORAL, ou seja, implica uma avaliação baseada em um SENTIMENTO de "dever ser" e este é uma disposição moral, mais que científica.
Uma das contribuições fundamentais da sociologia jurídica é fazer avançar o processo de desideologização da análise da realidade jurídica.
Os objetivos da Sociologia Jurídica são as regras reais que orientam as ações dos indivíduos na sociedade e as relações entre as várias regras.
As suas questões são:
1) Qual é a força das normas jurídicas? Como e em que grau elas determinam o comportamento dos indivíduos na sociedade?
2) Quais as condições para a eficácia ou ineficácia das normas legais?
3) Quais as forças que determinam a criação, a transformação e a distribuição das normas e padrões jurídicos?
4) Quais as relações causais entre mudanças no direito e as mudanças em outros fenômenos sociais?
O nosso trabalho de 30 pontos será pegar uma norma e analisar seu grau de eficácia, descobrir quais são os elementos que causam este grau de eficácia. Temos de fazer isso de maneira neutra senão deturpa a análise dos dados.
Na desideologização vamos verificar a proibição do aborto. Se eu for religioso, mesmo inconsciente, vou deturpar os fatos para mostrar que a proibição do aborto é boa e não pode ser descriminalizado. Porém se faço uma análise empírica, descobrirei que a proibição do aborto cria “elementos de efeitos não esperados”. Existeclínica clandestina de aborto porque é proibido o aborto. Efeitos perverso é um efeito contrário ao da norma. A lei do aborto objetiva preservar a vida e se uma mulher faz um aborto clandestino e morre, teremos o efeito perverso da norma.
Quando uma pessoa fala que é contra o aborto ele está se baseando num fundamento moral. Quando ele fala que é contra a proibição do aborto é porque ele fez um julgamento empírico e percebeu que o grau de eficácia da norma é baixo e os efeitos não considerados dessa opção são muito severos.
 Sociologia Jurídica 25 fev 2010
As teorias mais gerais da Sociologia Jurídica analisam:
1) A composição social do Direito - justiça e equidade como fenômenos empíricos.
2) Questões da relação entre:
2.1 - Direito e formas coercíveis.
2.2 - Direito e outras formas de controle social (religião, família). Controle formal e informal.
2.3 - Direito e mudanças sociais. Quando muda a sociedade muda a norma e isso leva + ou - tempo.
2.3.1 - nas Forças produtivas. (automação).
2.3.2 - na subjetividade, no imaginário social, na moral e na conduta. (tomar uma loira, é uma droga). Vamos ver quando uma conduta muda uma norma e quando uma norma muda uma conduta. Mão dupla.
2.3.3 - na ideologia política.
2.3.4 - nas relações de poder.
2.4 - Direito e sua influência na realidade social (econômica, ambiental, política, científica, arte, etc.)
Estudos mais aplicados:
1) mudança social e técnicas coercíveis.
2) padrões de mudanças nos sistemas normativos vigente em seu conteúdo, em seus processos, e nas formas coercíveis.
3) Análise da eficácia / ineficácia.
3.1 - do conteúdo normativo.
3.2 - dos sistemas jurídicos.
3.3 - dos processos jurídicos.
3.4 - das instituições jurídicas.
3,5 - das formas coercivas.
4) Análise dos efeitos das normas.
Portanto, a sociologia jurídica é a ciência que descobre os limites objetivos e não apenas subjetivos do fenômeno jurídicos.
* A complementariedade dos três planos analíticos.
a) A dogmática Jurídica.
b) A filosofia jurídica.
c) a sociologia jurídica.
- Cidadão são os portadores de direitos políticos. Base é a diferenciação.
- Indivíduo é portador de direito de liberdade. Base é a igualdade.
- Pessoa é no nível das relações pessoais.
- Segmentos Sociais são os portadores dos direitos pessoais. base é a diferença.
O mundo jurídico filtra o mundo pessoal. As características de rico ou pobre não entram no mundo .
A sociologia jurídica vai estudar a realidade.
Um sistema jurídico é o conjunto de normas e instituições jurídicas.
01 mar 2010
TRIDIMENSIONALIDADE DOS PLANOS ANALÍTICOS
Vivemos no mundo em “si”, no aqui, no agora. O mundo existe em si, não precisa de nós para existir. Mas o problema é que eu projeto o mundo, e construo o mundo “para mim”. O universo existe em sí e na idade média o cidadão achava que a terra era o centro do universo. E isso era apenas uma idéia do cara. Portanto a idéia que temos das coisas é apenas uma idéia que temos das coisas. Na Bíblia, toda vez que João fala de Pedro está falando dele mesmo pois a idéia que ele tem de Pedro é apenas uma idéia. A idéia que eu tenho do mundo pode ser mais ou menos falsa do que realmente o mundo é pois a idéia que tenho do mundo é apenas uma idéia. A concepção que tenho do mundo é uma concepção ideal pois não passa de uma idéia. Ao construir um mundo “pra mim” eu capto esse mundo pela percepção, pela inteligência, pela memória, pela emoção, e no contexto desses processos mentais eu construo uma idéia do mundo, de mim, da economia, de Deus. Qual é o problema disso? Quando qualquer um de nós age no mundo, não agimos no mundo como ele é e sim como nós achamos que o mundo é. “Se as suas idéias não correspondem aos fatos, a sua piscina pode estar cheia de ratos” Cazuza. Portanto existe uma dimensão ideal e a essa dimensão chamamos LIMITE SUBJETIVO. 
A maior parte das coisas que fazemos devia ser e não é, porque o que a gente espera que seja não é provável; porque o que eu quero que seja está contaminado pela minha perspectiva ideal, subjetiva. As coisas não são como eu quero, as coisas são como são. Eu é que fico numa de achar que as coisas tinham que ser diferentes. Ah, eu deveria ter mais grana. Deveria mas não tenho e o que está rolando é o que é a realidade. Portanto criamos as nossas expectativas a partir do nosso ideal e como o ideal está descolado do real a probabilidade é que o ideal não se realize e aí vem a frustração, que não passa da impossibilidade de realização da minha expectativa. 
O mundo que construo “para mim” é o mundo subjetivo. O mundo “em si” é o mundo objetivo. O conhecimento que tenta entender o mundo “em si”, ou seja, o mundo objetivo é a ciência. Quando estudamos direito fazemos um estudo científico do direito, então não podemos nos preocupar com a idéia de direito porque a idéia do direito pode estar desconectada do que o direito realmente é. Essa possibilidade de construir o conhecimento do mundo como o mundo realmente é, é impossível atingir 100% de eficiência pois se a própria razão é um produto do sujeito ela é subjetiva. Então construímos métodos para entender o mundo sem uso da subjetividade.
Então vamos pegar o ideal e normalizá-lo. Essa normalização é menor ou maior do que a dimensão ideal?
O limite subjetivo de uma valorização é toda e qualquer idéia. No mundo, na sua extensão natural, não existe julgamento de valores, nada que seja bom ou mal, as coisas apenas são. Nesse espectro possível nós entramos numa de dar valor à coisas e atribuir sentido ao mundo (mas o mundo não faz o menor sentido). A crise existência, pela qual todos nós passamos, é uma crise de valores orientadores, na qual mudamos a idéia que temos de nós mesmo e do mundo. Psicologicamente é sofrido mas passa.
Portanto num universo de valores tenho uma idéia valorada de bom, ruim, bonito, feio, do sagrado e do profano e o que nos interessa é o justo, injusto. O conjunto de conhecimento que estuda valores é a Filosofia. O estudo racional do que é bonito e feio chama-se estética. O estudo racional do sagrado e do profano é a Teologia. O bom e o ruim são estudados pela ética. A religião não estuda valores; ela pega os valores da sociedade, prontos e os chama de dogmas e aí temos o dogma religioso. Dogma é uma verdade pré estabelecida e aceita. Outro dogma que nos vem à cabeça é o dogma jurídico. O direito é uma estrutura dogmática. A religião é uma estrutura dogmática. A ciência não é uma estrutura dogmática pois tudo precisa ser provado empiricamente. A existência de Deus não precisa ser provada empiricamente. Com o dogma cria-se uma doutrina. Com os elementos básicos da ciência cria-se uma teoria. O direito se estrutura numa doutrina pois é um dogma. o direito parece-se mais com religião e não com ciência e isso é uma verdade pois o direito é uma estrutura dogmático doutrinária. O justo e o injusto também pode ser estudado filosoficamente.
Miguel Reale construiu uma teoria e não um dogma que é a tridimensionalidade do Direito (norma, fato e valor). Isso é um julgamento de fato e não de valor. Todo direito é tridimensional cuja primeira dimensão é o valor do que é justo e injusto. 
Os valores são praticamente infinitos. Alguns valores se transformaram em normas como o direito à propriedade. O direito pegou o universo de valores e os objetivou, os positivou, criando uma hierarquia desses valores e alguns ficaram mais importantes do que outros: vida, liberdade, igualdade, propriedade, dignidade. No Brasil o valor mais premente é o da vida. O direito de liberdade é secundário. Mas nós escolhemos essa hierarquia. Os suecos escolheram o contrário, se uma mulher grávida não quiser o filho tem a liberdade de abortar. Portanto lá o direito à liberdade é mais premente. O direito à vida tem sua origem na tradição religiosa judaico cristã e o direito de liberdade tem sua origem na reflexão humana, é um direito moderno pois é a liberdade que inaugura a modernidade.
Então nessa estrutura de valores,alguns valores viraram dogmas jurídicos, hierarquicamente distribuidos. Então o limite subjetivo ou filosófico foi reduzido ao limite dogmático e virou DOGMÁTICA JURÍDICA. Estamos, então, apresentando cientificamente a insolidez do direito. O cara lá fora não está vendo essa aula, pois o que ele tem que entender é que o direito é sólido para poder obedecer à risca.
A filosofia faz a reflexão do valor, a reflexão do dogma. É ela que discute a escolha e a questão de desfazer a escolha. Antes de 1977 não havia divórcio e a filosofia jurídica fez uma reflexão sobre o dogma para determinar se o divórcio era justo ou injusto. A FILOSOFIA JURÍDICA é uma estrutura analítica da dogmática jurídica.
O valor se torna norma, a norma se torna ou não fato. Nesse processo da norma se transformar em fato ocorrem várias distorções. A norma sempre quer produzir um efeito, ou seja, virar fato, pois ela é sempre um meio. Esses efeitos podem ou não existirem ou sofrerem distorções e aí vira EFEITOS NÃO ESPERADOS. Mas podem também produzir efeitos contrários ao que pretendiam criar que é o EFEITO PERVERSO. Quando produz o efeito esperado chamamos de EFICÁCIA e grau de eficácia é a capacidade reiterada de produzir o efeito esperado. 
Esses efeitos esperados e os não esperados sã ode várias dimensões. Estudaremos apenas duas dessas dimensões: as dimensões sociais. Quando esse efeito é um efeito social, estudamos a sociologia jurídica. Mas pode ser um efeito ambiental, econômico, psicológico, filosófico e à essas ciências que ajudam a estudar o efeito da norma jurídica chamamos de Zetética.
Então sempre que eu pensar no direito, vou pensar em três planos de análise: o plano da análise dos valores (filosofia jurídica), plano de análise das normas (dogmática jurídica) e o plano de análise dos fatos que é a sociologia jurídica. Esses três plano são complementares.
A nossa formação é centralizada na dogmática jurídica. 95% do nosso curso é dogmática jurídica.
No 8vo período temos que fazer a monografia e ainda bem que não é uma “triografia” pois se não teríamos que fazer uma análise do valor, do fato e da norma. Como é uma monografia podemos escolher um dos três e isso só vale para o direito. A monografia das outras áreas é diferente pois baseia-se na escolha de um objeto. Nós além de escolhermos um objeto, escolhemos também o plano de análise, se de valor, se da norma, se do fato.
A diferença entre legalidade, legitimidade e validade é que legalidade é a norma imposta, a legitimidade tem a ver com o fato da norma estar de acordo com os costumes e valores daquela sociedade e validade está relacionada com a obediência da norma à uma norma superior.
Através da filosofia jurídica analiso a eficácia da norma pois a eficácia está relacionada com os valores de uma sociedade, portanto, valor analisa valor. Na sociologia, fato analisa fato. Na dogmática jurídica, norma analisa norma. Analiso uma norma dogmaticamente verificando se ela está de acordo com uma norma superior. Então, do ponto de vista da validade uma norma é sempre analisada do ponto de vista de uma outra norma, porém superior.
Se eu posso escolher o regime de casamento agora, porque não posso escolher quando tiver 60 anos? A Constituição fala dos direitos de liberdade e esta norma fere este direito e portanto tem um problema de validade.
Soc. Jurid. 4 mar 2010
A COMPLEMENTARIEDADE DOS TRÊS PLANO ANALÍTICOS.
A) A Dogmática jurídica - A questão da validade.
É o estudo das normas fundamentalmente legais, é o estudo INTERNO do direito positivo.
Analisa os aspectos lógicos normativos do "conjunto jurídico". Busca explicar o sentido e a conexão de sentidos das proposições e instituições jurídicas. Seu objetivo é esclarecer a norma e o direito correlacionando as normas umas com as outras, em suas estruturas hierárquicas; classificá-las e construir sistemas precisos, não contraditórios e lógicos é sua meta principal.
B) A Filosofia Jurídica - A questão da justiça.
É a análise do direito do ponto de vista dos valores que este apresenta.
Através da discussão filosófica (ética) busca-se a análise do direito mediante a captação da realidade jurídica por meio de sua relação com as causas primeiras, ou seja, os princípios fundamentais.
C) A Sociologia Jurídica - os efeitos da norma.
Estuda o fenômeno jurídico em função da realidade social total, na qual se encontra inserido.
Preocupa-se com a relação COMPORTAMENTO HUMANO x NORMA JURÍDICA. 
São suas questões:
1) Até que ponto o comportamento humano é determinado por normas jurídicas?
2) Até que ponto o comportamento humano é que determina a norma jurídica?
A importância da S.J não é só teórica, mas também prática, pois ela possibilita uma mudança da mentalidade dos profissionais do direito, disponibilizando a estes elementos empíricos de análise científicas para contrapor à formação dogmática.
Analisar as questões jurídicas no plano sociológico é conhecer mais da força e poder do direito do que suas palavras.
A sociologia Jurídica é um ponto de vista externo para a análise do direito e dos sistemas jurídicos.
Enquanto a dogmática se preocupa com a validade formal do direito, a S.J. interessa-se pela eficácia real. Factual.
Os estudos filosóficos ocupam-se da justiça manifesta pelo conteúdo da norma e a sj investiga a realização da justiça enquanto realidade social.
O DIREITO COMO FATO SOCIAL.
O direito como estruturado pela sociedade e o direito como estruturante da sociedade.
O tráfico é um EFEITO NÃO ESPERADO da lei.
Quando a norma produz o efeito esperado ela é eficaz.
Soc. Jurídica 8 mar 2010
1) O DIREITO ESTRUTURADO PELA SOCIEDADE.
A norma jurídica como reflexo e resultado da realidade social.
O direito é um fato social e manifesta-se como uma realidade externa e coercitiva ao indivíduo, sendo observável empiricamente na sociedade.
É um instrumento institucionalizado (portanto, racionalizado e burocratizado) para o controle social (Max Weber - Dominação Racional Legal).
A norma jurídica emana da sociedade e os sujeitos modernos são conscientes de sua estrutura histórica. O direito reflete o que os grupos hegemônicos (que controlam) apresentam como objetivo (dever ser). Habermas diz que quem controla a produção das normas jurídicas controla o futuro. Bem como suas crenças e valores, ou seja, o direito representa o complexo de NEXOS DE SENTIDOS que se estruturam como conceitos ÉTICOS E FINALÍSTICOS lógica e hierarquicamente organizados.
Realidades sociais diferentes condicionam ordens jurídicas também diversas. O direito reflete as tendências hegemônicas que dominam determinada época e se transformam em poderes jurídicos (ex globalização e formação de blocos multifuncionais U.E, Mercosul, Nafta, etc.).
O costume como elemento de formação do direito reflete práticas de grupos hegemônicos que se revelaram ou foram apresentados como socialmente úteis e apropriados ao funcionamento das demais formas de vida dos grupos sociais.
# Os demais costumes tendem a informalidade, mas isso não implica que esses costumes percam a capacidade de influenciar de maneira particular a aplicação das normas jurídicas, deformando assim, a aplicabilidade e finalidade destas normas (processo de contaminação na sua formatação e especialmente na sua implementação).
As normas jurídicas em seu primeiro momento, muitas vezes, tem sua produção fora dos quadros legiferantes, emanando de associações, dos sindicatos, das grandes corporações capitalistas e dos acordos entre elas.
O direito é reflexo da realidade social e se ajusta, necessariamente, às demais formas de sociabilidade, adaptando-se ao modo de viver, às crenças, e às valorações de grupos hegemônicos de cada lugar e época.
Portanto, o direito é resultado das LUTAS SOCIAIS que ocorrem nas diversas dimensões da vida social, moral, produtiva, religiosa, intelectual, científica, econômica, etc.
Sociol. 11 mar 2010
2) O DIREITO COMO ESTRUTURANTE DA REALIDADE SOCIAL 
A função básica do direitoé controlar, ele atua na realidade social, em última instância no sentido de condicioná-la, obtendo graus diferentes do êxito dessa tarefa.
A vida política, artística, religiosa, as valorações são de alguma forma condicionadas pelas normas jurídicas.
Uma adequada ou inadequada legislação (1) e aplicação (2) das normas judiciais podem favorecer ou desfavorecer o desenvolvimento das áreas que são por elas regulamentadas.
As normas jurídicas influenciam e até mesmo criam julgamentos morais. As normas jurídicas infiltram nas formas de socialização.
São estas normas o instrumento institucionalizado mais importante no controle social pois dispõe do uso legítima da força.
O direito busca direcionar a sociedade a um futuro edificado pelos sistemas normativos.
Eles condicionam direta ou indiretamente o comportamento individual e coletivo, desconstruindo costumes e revendo valores sociais.
Grupos de vanguardas ao atingirem o campo normativo transformam suas "pretensões de sentidos" em normas jurídicas, desta forma elas passam a contar com a possibilidade da coerção no processo de generalização de seus valores.
Soc. Jurídica 15 mar 2010
As três funções do direito no processo de estruturação da sociedade:
1) Função educativa: A regra do direito, ou, aquilo que se apresenta como legal resulta, geralmente, na convicção de que a conduta recomendada na referida norma é a mais conveniente e correta.
A norma jurídica desta forma, molda opiniões sociais e portanto, o comportamento grupal.
O direito é uma força que cria opiniões.
- Por exemplo: colocar o cinto de segurança assim que entra no carro. A norma apresenta para o sujeito que a melhor forma de dirigir é colocando o cinto.
- o usuário de drogas ilícitas, em termos normativos, foi descriminalizado e agora as pessoas os trata de outra forma pois agora não é mais criminoso.
- à medida que vão surgindo as leis, uma determinada conduta passa a ser conveniente e correta, ou seja, aceita, e dessa forma o direito vai educando as pessoas.
- beber e dirigir, agora, segundo o direito, não é correto.
- A norma jurídica traz o valor de que aquilo que é legal é o mais correto.
2) Função Conservadora: É a função ESSENCIAL do direito que expressa uma determinada ordem social cuja regulação, controle e proteção se destina a realizar. A ordem jurídica cria PREVISIBILIDADE, tende a manter a relação de poder dentro de uma dada sociedade realizando convicções dominantes desta sociedade e projetando-as para o futuro.
 O direito em sua função conservadora tende a manter o "Status Quo" funcionando como um mecanismo de auto-defesa do "sistema". Construímos os sistemas para termos a previsibilidade de que tudo funcionará dentro desse sistema. O sistema jurídico cria previsibilidades e com ela a segurança jurídica.
Posso fazer o que eu quiser com a minha propriedade desde que eu cumpra a função social e o Estado não pode tomar a minha propriedade pois tem de me pagar o valor justo por ela. A certeza de que não vou perdê-la me dá segurança jurídica em função da previsibilidade.
3) Função Transformadora: O direito pode ser um instrumento eficiente quando em função dos interesses de grupos ou do Estado interfere no processo histórico. Sendo assim, altera-se o sistema de controle social e diretamente as relações de influências recíprocas dos diversos elementos condicionantes da vida social.
O direito pode ser usado, direta ou indiretamente para a formação dos novos consensos.
Pode ser usado planejadamente buscando alterar determinado contexto social, político ou econômico.
O sistema jurídico é semelhante a um freezer onde as normas são colocadas para terem seus sentidos conservados. Não há uma contradição entre a função conservadora e a função transformadora.
As normas têm de ser conservadas porque as transformações levam muito tempo para se consolidar pois toda norma é um “dever ser” e só sei que a norma não precisa existir mais quando ela se tornar “ser”ou seja, quando já é. As normas contra o racismo se acabarão quando o racismo deixar de existir.
Portanto, a função conservadora não é contraditória em relação à função transformadora porque para a sociedade se transformar ela precisa de tempo. Então, a norma tem de ser conservada até que a sociedade crie uma mentalidade ecológica, não racista.
Mas a norma, uma vez no freezer, tem um prazo de validade e não pode ser conservada (ficar no freezer) para sempre. Devem ser retiradas do freezer. Se a função conservadora não fosse contrabalançada pela função transformadora nós estaríamos ainda na idade média. 1916 é a data do antigo código civil e de lá pra cá muitas normas que estava dentro dele caducaram. Em 2002 fizemos um novo CC e revogamos as normas caducas, e elas ficaram fora dele.
Uma norma que há 20 anos atrás tinha conteúdo transformador, hoje, pode ter um conteúdo conservador, porque há mudança e nada é estático.
As pretensões de sentido da vanguarda (os que vão à frente do movimento ecológico, negro, homossexuais) essas novas concepções viram normas jurídicas.
Soc. Jurídica 22 mar 2010
4ta Função do direito : SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
precisamos diferenciar :
Competição de Conflito:
Competição: é um jogo de futebol, mercado automotivo. Tem um aspecto generalizado. O que caracteriza uma sociedade capitalista é a generalização da competição. Nem sempre a competição é consciente, ela é impessoal.
Conflito: não pode ser generalizado pois se não vira guerra civil. é específico e localizado, é intermitente. Paises que vivem em conflito não conseguem se desenvolver. O conflito existencial não pode ser constante senão leva ao auto extermínio. O conflito é sempre consciente.
A única forma de mudar uma ordem é produzir uma desordem, ou seja, produz um conflito. O conflito é sempre pessoal.
No conflito existe ameaça ou mesmo violência.
A diferença fundamental: é que toda competição é regrada. As regras são colocadas em questão e se não forem seguidas gera conflito.
O conflito é acima da norma (sobre a norma) e a competição é submetida à norma (sob a norma).
O conflito pode surgir a qualquer tempo em que se nega a dimensão institucional e se valoriza a dimensão instintiva.
Formas de solução de conflito (não beligerante):
1) Negociação direta (diálogo). Sujeito A e sujeito B. 
2) Mediação ou conciliação. Suj. A -- mediador -- suj. B. O mediador deve estar no mesmo nível dos sujeitos.
3) Arbitramento: é um mediador que está em nível superior. Se for um problema entre o empregador e empregado o mediador é o ministério do trabalho.
4) Litígio Jurídico, resolve o conflito de qualquer jeito.
O 2 e 3 foram incorporados Adoc (juizado especial) para causas mais simples. 
Grau de autonomia:
1) Total.
2) Total.
3) Relativo.
4) Nulo.
Participação nas normas não jurídicas:
1) total. As normas não jurídicas são fundamentais e as jurídicas são pano de fundo.
2) aqui elas são referência. E as jurídicas tb é referência.
3) Fraca e as jurídicas orientativas.
4) Nulo e as jurídicas determinantes.
Papel do Estado.
1) desnecessário.
2) orientação.
3) referência básica. (homologação).
4) Total.
A EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS.
Para saber se uma norma é eficaz preciso de duas dimensões:
1) Eficácia de conteúdo ou de preceito (verifica se a norma produziu os efeitos para o qual ela foi feita).
2) Eficácia de sansão ou punição. 
As normas morais não tem definição clara do grau de punibilidade. Portanto não há como medir a eficácia de sansão. A norma moral é assitemática, não há um posicionamento constante.
A norma moral é societária e a sociedade não é um sistema é apenas um lugar onde as pessoas tem dinâmicas mútuas. A sociedade é um lugar de baixo grau de previsibilidade.
Para aumentar a previsibilidade nós criamos os sistemas. De saúde, financeiro, econômico, jurídico, etc.
Se 73 % cumprem a norma e 23 % não cumpre e é punido, então a norma é 100 % eficaz.
Raramente seconsegue 100 % de uma norma, a não ser que ela incida em um sistema, como a cpmf que é 100 % eficaz pois incide no sistema financeiro.
A eficácia envolve uma pesquisa empírica. Temos que conhecer as variáveis. Uma área de 100 hectares com dois guardas e um fusca para policiá-la não há eficácia nesta finalidade.
Ler o texto "eficácia da norma jurídica".
Sociol. Jurídica 25 mar 2010
EFEITOS SOCIAIS E EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA.
A análise dos impactos ou efeitos sociais de norma deve ser feito.
1) Os efeitos da norma - Buscando identificar na realidade social, estes efeitos podem ocorrer (1) conforme o esperado ou produzir, mesmo atingindo o que se esperava, (2) efeitos diversos (efeitos não esperados) e até mesmo (3) efeitos opostos ao que se pretendia alcançar (efeitos perversos).
2) A eficácia da norma - trata-se propriamente do GRAU de cumprimento, obediência, observância da norma dentro da prática social cotidiana. 
há duas condições que definem a eficácia de uma norma jurídica:
a) uma norma é considerada eficaz quando é RESPEITADA por seus destinatários
b) ou, quando sua violação é efetivamente punida pelo Estado.
Nos dois casos a previsão normativa é respeitada seja na forma espontânea (eficácia de preceito) seja através de uma coação aplicada pelo Estado (eficácia de sanção).
Pesquisas empíricas podem demonstrar os (1) efeitos da norma, assim como, o seu (2) grau de eficácia. O grau de eficácia pode ser apresentado matematicamente apontando uma porcentagem de eficácia:
Eficácia = no.de casos que respeitaram a lei + no.de casos punidos
Ineficácia = no.de casos que não respeitaram a lei + no.de casos não punidos.
Quota de eficácia = Eficácia / Ineficácia.
Quota de eficácia = (casos cumpridos + casos de sanções aplicadas) / (casos de não observância + casos impunes).
Suponhamos que 30% obedeceu a norma e 70% foi punido. Casos de não observância 0% e caso de impunidade 0%.
Cota de eficácia = (30 + 70) / (0+0) = 100 / 0 (na matemática essa conta dá infinito) mas no exemplo o Gilberto diz que é 100%.
A Quota de eficácia indica "distância" entre o direito como palavras e idéias e o direito como fato.
3) a adequação interna da norma ou eficácia interna da norma:
Trata-se da capacidade de uma norma de atingir a finalidade social estabelecida. Uma norma tem adequação quando consegue adjetivar os fins objetivados impedindo que a lei seja burlada ou contornada.
A pergunta aqui é: A norma está adequada como "meio" empregado para atingir os objetivos esperados?
Em que a ciência contribui para a formação das normas jurídicas? a ciência serve para explicitar os fatos como eles são. Quem diz que álcool é droga é a ciência. Quando se regulamenta o uso da droga álcool vem a questão de porque não licita outras drogas? Ela serve para determinar os fatos que servirão de base para a formação da norma.
Para um antropólogo, uma religião nunca é superior à outra. O uso de células tronco de embriões congelados nada tem a ver com a vida e a morte. São bases científicas e não do senso comum para a confecção da norma.
Soc. Jurídica 5 abr 2010
Adequação interna da norma:
Toda norma é um meio para atingir um fim. Sai do discurso e vira fato.
Quais fatos aquela norma quer produzir?
Engenharia jurídica:
Os legisladores se utilizam dos consultores jurídicos. São os que sabem construir o texto da norma.
A lei de Execução Penal se fosse bem aplicada a reincidência cairia a 20%.
É necessária muita técnica para produzir uma norma com alta eficácia interna.
o direito que estudamos é pós metafísico pois os argumento religiosos não interferem na argumentação jurídica. A nossa sociedade tende a ser pós metafísicas. 
É pós tradicional, os elementos que indicam que tudo sempre foi assim também não influem na argumentação jurídica. Portanto a sociedade é moderna, que é uma argumentação racional. Quanto mais orientamos a nossa cosmo visão (visão ordenada) mais fugimos do caos.
Estudamos o direito moderno.
A ciência não consegue fazer julgamento de valor. Quem faz isso é a filosofia bom e rui e justo ou injusto é a ética.
 a ciência só faz julgamento de fato que bem estruturados produz base para julgamento de valor. 
ANÁLISE EMPÍRICA DA EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS.
Como podemos desideologizar....... Entraremos na seara técnica. 
A análise dos impactos ou repercussões sociais de uma norma jurídica deve ser feita:
1) Descrição - quais as finalidades da norma? (descobre os efeitos)
1.1) quais os efeitos produzidos pela norma? (repercussão da norma)
1.2) qual o grau de eficácia da norma? (cumprimento da norma)
1.3) qual o nível de adequação interna da norma? (atingimento da finalidade da norma)
Todos fazem parte do efeito.
2) Aspectos Analíticos: (científico) (descobre a causa)
2.1) por que a norma produz os efeitos empiricamente demonstrados? Por que repercute dessa forma?
2.2) por que a norma apresenta tal grau de eficácia? Por que é ou não cumprida?
2.3) por que a norma não apresenta adequação interna? Por que não atinge sua finalidade?
Todos fazem parte da causa.
Escolheremos uma norma e descobriremos todos esses elementos. Faremos uma descrição da finalidade da norma. E verificaremos os aspectos analíticos. O que faz variar o efeito, a adequação e a eficácia?
1) Variáveis Instrumentais. As que dependem da atuação dos órgãos de elaboração e de aplicação da norma.
1.1) Divulgação do conteúdo da norma entre a população pelos meios adequados. (publicar no Diário Oficial).
1.2) Conhecimento efetivo da norma por parte de seus destinatários.
1.3) Perfeição técnica da norma: clareza na redação; brevidade; precisão do conteúdo; sistematicidade. São elementos que devem ser apreciados na elaboração da lei e repercutem no seu processo de efetivação.
1.4) Elaboração de Estudos Preparatórios sobre o tema que vai se legislar. São os anteprojetos, as pesquisas de institutos, custos e infra estrutura para aplicação da norma.
1.5) Adequação aos custos financeiros, recursos disponíveis para a aplicação da norma.
1.6) Adequação da infra estrutura, instrumentos, recursos operacionais, administrativos, pessoais, etc.
1.7) Adequação das consequências jurídicas - adequação das sanções adaptadas às situações violadas que sejam socialmente aceitas (vantagens e penas).
1.8) Expectativas de consequências negativas: punibilidade.
Variável causal suficiente, necessária e interveniente.
A Variável Suficiente é a que sozinha cria o elemento em análise. A Variável Necessária tem que estar presente para que o fenômeno ocorra. A Variável Interveniente interfere no fenômeno.
A pobreza em relação ao crime não é nem suficiente nem necessária.
1.9) Preparação dos Operadores do Direito responsáveis pela aplicação da norma.
1.10) Consequências jurídicas e sanções adaptadas à situação e socialmente aceitas.
1.11) Expectativa de conseqüências negativas é o que o destinatário da norma espera com relação à eficácia da lei e a sanção aplicada.
2) Variáveis Sociais. São as variáveis ligadas às condições de vida da sociedade e a atitude do poder político frente à essa sociedade num determinado momento.
2.1) Participação do cidadão no processo de elaboração e aplicação da norma. Quando isso ocorre, aumentam as possibilidades de aplicação dessa norma. O que não acontece quando a norma é decidida de forma autoritária. Exemplo a CR88.
2.2) Coesão Social. Quanto menor o conflito e quanto maior o consenso social com relação à política do Estado, mais forte será o grau de eficácia da norma. Exemplo de não coesão é a questão agrária, que sempre que o poder público tenta normatizar acaba desagradando alguns.
2.3) Adequação da norma à situação política e às relações de força dominantes. A situação sócioeconômica de um país e as forças políticas que se encontram no poder influem sobre a eficácia da norma. Uma norma que corresponde à realidade política e social possui mais chances de ser cumprida. Exemplo: paísesda Europa ocidental que após a segunda guerra construíram um “Estado do bem estar social”.
2.4) Contemporaneidade das normas com a sociedade. Normas que exprimem idéias antigas ou inovadoras não se tornam eficazes. Exemplo das legislação ambiental brasileira e suas inovações, sendo aplicada na nossa sociedade que é tão pouco sensível aos problemas ambientais.
Soc. Jurídica 8 abr 2010
Foi repetição de 5 de abril.
Sociol. Jurídica 12 abr 2010
1)Por que a lei no Brasil tem papel tímido na organização social?
2) por que o desrespeito à lei à muitas vezes a regra?
3) Por que o Estado de Direito tem se mostrado frágil frente as questões da criminalidade e violência?
As pessoas na Europa e nos EUA se orientam normativamente. Há uma correspondência muito mais dinâmica entre a norma jurídica e o comportamento das pessoas.
Aqui na PUC a nossa relação deveria ser institucional. Aqui somos apenas alunos, não somos pessoas.
As pessoas tem características pessoais e tudo que é pessoal é particular. O direito, para que todos sejam iguais perante a lei, cria uma uniformidade, cria um indivíduo. Indivíduo é uma abstração social é uma abstração dogmática. Portanto somos todos iguais como indivíduos, não dependendo de credo, cor, raça e nem riqueza pois estas são questões pessoais. O sistema jurídico cria um filtro. A pessoa passa pelo filtro e sai indivíduo.
Toda vez que um elemento da pessoalidade penetra no universo jurídico, cria-se uma contaminação. O fato de ser rico ou pobre fizer diferença significa que o sistema jurídico foi contaminado. O fato de ser parente de um desembargador, a mesma coisa. Se isso acontece no Brasil significa que o nosso sistema jurídico está contaminado com a pessoalidade.
Nós como operadores do direito não podemos permitir que o sistema jurídico se contamine com a pessoalidade. Se tratarmos alguém de maneira diferente repetiremos o que tem sido feito no Brasil. 
A lei não funciona no Brasil porque ela não permite a descontaminação. O filtro que filtra a invasão da pessoalidade no mundo jurídico está contaminado, de interesses, de intervenções, numa dinâmica que deveria ser sistêmica.
Para entendermos essa contaminação temos de entender a dimensão cultural no Brasil. A nossa cultura não é legalista. Getúlio Vargas já dizia: “pros amigos tudo e pros inimigos a lei”. Macunaíma é o herói sem caráter, o zé carioca não tem nem documento que vive para dar cano nos outros. Essa é a configuração da dimensão cultural do brasileiro. Somos os seguidores da lei de Gerson. Brasil sempre conviveu com a contravenção, desde 1901 com a criação do jogo do bicho. Achamos isso a maior vantagem pois isso desconstrói a norma. Temos um malandro pulsando dentro de nós e por isso temos dificuldade de cumprir as regras.
VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO? Sou irmão do juiz, eu sou o prefeito, eu estou acima da lei.
Somos uma sociedade com características autoritárias, nada democráticas. Pai que parte para as vias de fato com relação ao filho. É tudo personalizado. A pessoa com poder fala mais alto.
Temos cidadão de primeira classe (acima da lei) e de segunda classe (aquém da lei) 
Somos todos racionais, inclusive os criminosos. Fazemos um cálculo racional entre custo e benefício.
A lei não funciona no Brasil pois tem um obstáculo natural. Fazemos uma mistura de tudo, na música, na religião. A balaiada, sabinada, Antonio Conselheiro tudo isso é uma forma de ir contra a lei. Temos um homem viciado aos favores do Estado (bolsa família). 
Por que o brasileiro não obedece a norma?
1- devido os aspectos culturais como vimos acima.
Para obedecer a norma:
2- Achar que ela é justa.
3- Achar justo os procedimentos que formulam a norma. Acreditam na democracia representativa. Habermas diz que numa sociedade plural há uma diversidade. Numa sociedade primitiva é monolítica, sem pluralidade, sem diversidade. Para os pluralista tem eu e os outros. ela é cheia de outros. Não temos que gostar do direito dos outros. Mas tem de concordar com a lei porque o processo democrático foi quem produziu o direito que todos obedecem.
4- Há reciprocidade do direito do outro
5- Por causas dos riscos da ação.
6- porque o risco da punição é muito grande.
Por que preciso de um pais seguindo a norma?
- porque a norma faz o controle da sociedade e assim controla o Estado.
Porque a ordem social permite a produção de riquezas. E também porque uma norma deve seguir a outra. Os particulares seguem as regras gerais.
VARIÁVEIS INSTRUMENTAIS continuação...
i) monopólio do uso da força pelo Estado.
### j) a congruência entre as ações da autoridade e da norma. Se a própria autoridade não age conforme a norma, quem é que vai agir?
VARIÁVEIS SOCIAIS continuação.
e) relações voluntárias e recíprocas que propiciam a generalização da expectativa de respeito recíproco pelo direito do outro. 
falta de reciprocidade.
Soc. Jurídica 15 abr 2010
CONDIÇÕES DE AÇÃO E CUMPRIMENTO DA NORMA.
1) Monopólio do uso da força ou dos meios de coerção.
Nas teorias clássicas a luta de Estado pelo monopólio da força é condição fundamental no processo de pacificação da sociedade.
O não monopólio da coerção legítima gera uma fragilização na aplicação do direito. (em relação à tomada do poder - as Farcs na colômbia).
- o crime organizado não quer mudar a ordem.
- a influência do crime organizado é pequena em relação à ordem jurídica.
O monopólio da coerção pode ser usado no sentido de privilegiar indivíduos privados ou grupos em detrimento do bem social, no sentido de assegurar privilégios e relações assimétricas.(golpe militar no Brasil).
Outra situação de ineficácia é a existência de um Estado capaz de superar outros grupos armados em seu território.
2) Reciprocidade e Estado de Direito. (E o que mais explica o problema da aplicação e cumprimento da norma)
O cumprimento das normas jurídicas será favorecido em sociedades em que cada indivíduo reconheça o OUTRO como sujeito de direito.
Fatores que contribuem para a reciprocidade real:
2.1) Partilhar a cultura, valores e moral.
2.2) Parthar interesses de mercado.
3) A confluência entre o controle social formal (libertário) e o informal (moralista).
O fundamental é que cada indivíduo perceba o OUTRO como IGUAL em direitos, reconhecimento do pluralismo cultural.
Os valores que sustentam esse reconhecimento é o RESPEITO ÀS DIFERENÇAS, comportamentais, atitudinais, valorativas, etc. É o reconhecimento do diferente como sujeito moral.
Sendo assim, o racismo, o machismo, a homofobia, # as grandes diferenças econômicas e o não acesso à educação e a bens essenciais são formas que motivam a percepção do OUTRO enquanto INFERIOR, DESQUALIFICADO MORALMENTE, e portanto, NÃO IGUAL.
A sociedade brasileira é hierarquizada dividindo as pessoas em 1ra (além da norma) e 2da classes (aquém da norma), sendo que esses últimos não alcançam a situação de cidadãos integrais.
As desigualdades desgastam os vínculos societários, amenizam o sentimento de culpa em relação àqueles que tem seus direitos violados.
Revolucionário é aplicar o direito de forma uniforme para todas as pessoas.
soc. Jurídica 26 abr 2010
Entrega do trabalho dia 10 de maio.
Destituidos de status moral e econômico as pessoas de segunda classe passam a ser socializadas de forma a aceitar sua posição de inferioridade, assumindo a submissão ao arbítrio das autoridades públicas e das pessoas da primeira classe. Desta forma as expectativas que seus direitos sejam respeitados são desmanteladas.
As pessoas de primeira classe se vêem desobrigadas a respeitar a lei e os de segunda classe estão aquém da lei.
"tem-se uma situação em que grande número de pessoas encontra-se abaixo da lei e outro grupo de privilegiados, coloca-se acima dos controles legais.
O Estado repete o padrão socialmente definido, resultando em um Estado violento e arbitrário com os excluídos moral e economicamente e um Estado doce e cordial com as elites.
O capitãoNascimento do filme tropa de elite pede para o parceiro dar um tiro na cara do bandido para que o parceiro possa merecer galgar o posto do capitão Nascimento. É um desrespeito ao Estado de direito. Se a tropa de elite pratica tal desrespeito imagine os outros órgãos. 
Tese do autor:
"no caso do Brasil, um mínimo de igualdade econômica e social é fundamental para o estabelecimento do Estado de direito. 
Tese do professor:
"no caso do Brasil a igualdade jurídica (o respeito ao direito do cidadão) é fundamental para o estabelecimento da igualdade econômica e social". O Estado de direito é o promotor de igualdade.
CONGRUÊNCIAS E ESTADO DE DIREITO
O sistema jurídico brasileiro sofre de uma epidêmica falta de congruência entre as leis e o comportamento e atuação dos agentes estatais,
- violência policial
- altos níveis de impunidade.
- Corrupção generalizada
Quem possui recursos econômicos, sociais e políticos faz o sistema funcionar a seu favor.
Os itens acima formam uma CADEIA CAUSAL onde a impunidade aumenta a corrupção que aumenta a violência que aumenta a corrupção que aumenta a impunidade. É um ciclo vicioso.
“A lei no Brasil não funciona por que falta de simetria (reciprocidade) e falta incongruência”. 
A ÚLTIMA PROVA SERÁ UMA QUESTÃO APENAS: QUAL O NOSSO PAPEL PARA AUMENTAR A EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA? ENQUANTO ESTUDANTES E PROFISSIONAIS.
Imitação institucional = A nossa cultura é autoritária e as nossas instituições são democráticas. A cultura política tem raiz sociológica. Os coronéis do passado tinham influência e criavam o curral eleitoral. O cidadão brasileiro não criou uma cultura democrática e por isso não entendeu o significado do voto e por isso o prefeito é bom. O prefeito usa bens públicos como se fossem privados. O povo pensa que o caminhão que faz a mudança do pobre é do prefeito ou do vereador. Isso se chama patrimonialismo. Portanto, se não criamos o modelo institucional, o imitamos.imitamos a democracia e não a criamos. As oligarquias assim como o coronelismo, ainda manda no Brasil autoritário.
soc. Jurídica 29 abr 2010
dia 13 maio Seminário. Grupo de 2 alunos. Vale 10 pontos.
A democratização da justiça. O caso do Brasil.
1) Identificar obstáculos.
Pegar o texto português e pensar como seria no caso para o Brasil.
Identificar os obstáculos - são obstáculos a quê?
Quando falamos em democratização da justiça, falamos basicamente de quê?
Falamos basicamente da democratização do acesso à justiça.
Por que é importante o acesso à justiça? Uma vez tendo os direitos violados, quem o cidadão deveria procurar? O próprio sistema jurídico.
Então estamos falando do direito que o cidadão precisa ter para fazer valer seus direitos. E para fazer valer seus direitos o cidadão precisa ter acesso à justiça.
É garantir que os direitos do cidadão (já definidos pela norma) sejam efetivamente válidos, efetivados; e para isso é necessário o acesso à justiça.
Os limites para esse acesso à justiça são:
1)Econômico: entrar na justiça é caro. E o que foi pensado para minimizar essa questão? Foi criada a justiça gratuita, feita pela defensoria pública.
1ro. Limite = econômico. (é caro) para a maioria da população. defensoria pública. Quem faz esse papel em Betim é o SAJ. Hoje temos 490 mil habitantes e apenas 4 defensores públicos.
2) Social - população não conhece nem o direito e nem os advogados. O pobre tem uma resistência histórica. Não sabe que determinado conflito pode ser resolvido juridicamente. Há o medo da represália, acha que se recorrer à justiça algo pior vai acontecer com ele.
3) Culturais. Pessoal foi socializado para serem inferiores.
O que é para fazer:
1) Apontar obstáculos e também soluções para superação desses obstáculos imediatamente, a médio prazo e a longo prazo.
2) Propor soluções aplicáveis.
Entregar as propostas para o professor que avaliará a participação no seminário como um plus.
texto básico = Boa Ventura de Souza Santos. "pela mão da Alice".
- Sociologia dos Tribunais e a democratização da justiça.
Norbert Bobbio - A era do direito “direito do homem e sociedade".
Modo de Produção = forma social de organização do uso dos meios de produção.
escravagista, Feudal, Capitalismo (trabalho assalariado) cria-se a propriedade privada do máquina, da terra e de ferramentas.
Capitalismo vem da revolução burguesia que se divide em três:, a primeira revolução é o iluminismo, revolução industrial, revolução francesa.
Essa revolução burguesa cria os direitos de liberdade, direito da livre iniciativa, direito à propriedade, direito de igualdade de direitos básicos (de propriedade e de livre iniciativa).
Os direitos de liberdade determina .... dentro dos meios de produção. Surge o Estado Liberal de Direito.
No sec. XIX surgem os direitos políticos e o Estado Democrático de Direito. 
Séc. XX - direitos de terceira geração = direitos sociais.
Sec. XXI = direitos difusos, direitos humanos = quarta geração do direito.
portanto, bobbio fala que A Era dos direitos é a era da multiplicação dos direitos.
Esse conjunto de direito não modifica a estrutura básica do modo de produção capitalista. Estão associados à manutenção do capitalismo.
Força / meios de produção = trabalho, máquina, terra, ferramentas.
Trabalho do homem pré histórico - colhedor, caçador e pescador. 
Soc. Jur. 3 mai 2010
DIREITO DO HOMEM E SOCIEDADE
Tema inicial: A diferença do desenvolvimento do direito na teoria e na prática.
Fala-se muito mais que se busca (1) reconhecer (2) proteger.
2do Tema: O direito enquanto fato nacional.
Sem o reconhecimento da unidade política Estado / Nação qualquer declaração de direitos permanece como uma carta proposta sem força de efetivação direta.
3ro. tema:
1) Universalização dos direitos.
2) Multiplicação dos direitos.
Ambos os fenômenos demonstram claramente a origem social do direito, mas o último interessa mais diretamente à sociologia jurídica enquanto o primeiro é melhor estudado pela ciência política.
OS TRÊS MODOS DE MULTIPLICAÇÃO DOS DIREITOS:
a) Aumento dos BENS merecedores de tutela jurídica. (+ bens)
b) Ampliação da titularidade de alguns direitos típicos do homem e a sujeitos diversos desses.(+ sujeitos)
c) O homem passa a ser considerado em sua especificidade e concreticidade. (+status)
então temos:
a) + bens, b) + sujeitos, c) + status.
Novos direitos "de" (sujeitos) implica em um aumento de direitos "a" (novos objetos tutelados).
a) Novos Bens.
Historicamente temos a passagem dos direitos de liberdade (negativos) para os direitos políticos, e sociais (positivos)
Liberalismo - Estado Social -- Neoliberalismo.
O Capitalismo é modo de produção. Dinheiro é diferente de capital. O dinheiro quando fica muito grande vira capital e este vira meio de produção.
Capital é tudo aquilo que cria riqueza.
Infra Estrutura
Supra Estrutura
Sociologia jurídica 6 mai 2010
Os destinatários dos direitos sociais são os grupos sociais pois eles (os direitos sociais) não cabem a todos e apenas a grupos específicos.
Os homossexuais estão reivindicando direitos de liberdade ou direitos sociais? Querem direitos de liberdade pois o Estado não tem de interferir, de transferir renda, intervenção direta.
As cotas para afro descendentes é um direito social. Com também o são aSaúde, educação.
A igualdade de liberdade gera desigualdades no mercado e gera problemas políticos e estes problemas geram deslegitimação do capitalismo.
....estes últimos são direitos positivos porque requerem uma "produção" ou intervenção direta do Estado para sua efetivação --- se apresentam como formas de transferência de renda.
b) Novos Sujeitos: 
A passagem da consideração do indivíduo para outros sujeitos diferentes dele como a família, as minorias étnicas e religiosas, até mesmo toda a humanidade, os animais, o meio ambiente, etc.
c) NovosStatus:
Passagem do homem genérico para o homem específico observado em seu status material e social. Direitos que se orientam por critérios de sexo, idade, condição física e/ou mental que não permitem igual tratamento e igual proteção. Multiplicação por especificação dos sujeitos de direito.
Os direitos de liberdade evoluem paralelamente ao princípio de igualdade, tratamento igual --- iguais no gozo das liberdades. Essa distinção NÃO vale para os direitos políticos e nem para os direitos sociais, para esses últimos a diferença é a própria razão de sua existência.
A afirmação de que todos tem direitos iguais a educação, saúde ou trabalho só é verdade de modo genérico e retórico. Os direitos sociais, quaisquer que sejam, levam em conta diferenças específicas --- não de um sujeito para outro, mas de um grupo de sujeitos para outro grupo.
Sociol. 10 mai 2010
Prova dia 17 de maio 2010 aberta e sem consulta.
Primeira pergunta será sobre “texto - Eficácia da norma” e “texto - Estado de direito e criminalidade” os dois textos se articulam. Então será uma questão sobre reciprocidade e congruência além de fatores institucionais da eficácia das normas. 
Segunda pergunta será sobre o texto que apresentaremos no seminário “A sociologia dos tribunais e a democratização da justiça”.
Terceira e última questão será sobre o texto do Bobbio “Direitos do homem e sociedade”
Falou de uma outra pergunta relativa à essa aula que é: Como articular direitos sociais com o capitalismo? O primeiro ponto é que o funcionamento do capitalismo cria diferenças reais e os diretos sociais funcionam da seguinte forma: tratar os desiguais de forma desigual para que eles se tornem mais iguais e iguais pra quê? Pra participar do mercado, par consumir. O problema dos direitos sociais em relação ao capitalismo é que ele retira parte do capital disponível para reinvestimento. Os direitos sociais não cabem a todos e tendem a acabar com a desigualdade entre os grupos sociais. Uns tem direito à bolsa família e outros não tem.
NEOLIBERALISMO
Estado é uma instituição política e juridicamente estruturada.
Governo é a administração do poder.
O governo é formado por partidos.
Democracia (eleições, votos e multipartidarismo)
qualquer partido pode governar o Estado pois o Estado é constituído de regras criadas pela Constituição e essas regras 
Os partidos de direita querem um Estado mínimo Garantidor. liberalismo.
Os partidos de esquerda querem um Estado Máximo - Estado Social - direitos sociais. O máximo do máximo é o comunismo
Habermas diz que temos dois sistemas organizadores de dimensões sociais. O mercado e o Estado. A sociedade criou as duas dimensões.
Esse sistema determina as condições de distribuição de riquezas.
Quando o Estado é mínimo ele tende ao mercado e quando ele é máximo ele tende à sociedade.
Direitos sociais são uma forma de distribuição de renda porque o Estado ao tributar a produção de riquezas e o consumo, parte do resultado dessa tributação ele distribui em forma de direitos sociais;
O capitalismo se legitima pela proposta de liberdade e igualdade de competição.
Para competir o estado dá direitos sociais como escola, saúde, distribuição de renda para que a população possa competir no mercado.
Custo Brasil é alto porque os impostos são muito altos. Imposto alto leva a salário baixo.
O país mais liberal é o EUA. O preço dos produtos é mais barato.
A Alemanha é uma social democracia. Seus produtos ficaram mais caros em função dos direitos sociais. E produziram o neoliberalismo que é a redução dos direitos sociais. Reduziram o tamanho do Estado. É o mesmo caso do Brasil. 
Neoliberalismo são as políticas novas de redução do tamanho do Estado, adotadas em função da competição gerada pela globalização.
Soc jur 20 mai 2010
generalização do comportamento perverso (revista). Texto do Gilberto.
OS MOVIMENTOS SOCIAIS E A EMERGÊNCIA DE UMA NOVA NOÇÃO DE CIDADANIA.
O portador dos direitos civis é o indivíduo, dos políticos é o cidadão e dos direitos sociais são os grupos sociais.
DIREITOS POLÍTICOS.
A cidadania como "estratégia política" expressa e responde a interesses, desejos e aspirações de múltiplos segmentos da sociedade.
Esta nova noção emerge (1) da experiência concreta dos movimentos sociais pela luta por direitos "direito de igualdade" e direito a diferença" ou o direito igual de ser diferente e o "direito diferente de ser desigual".
(2) Pela construção da democracia sua amplitude (extensão) e aprofundamento.
(3) Do nexo necessário de uma construção da "cultura democrática" e não apenas de uma institucionalização da democracia como procedimento.
Ampliação dos espaços políticos (democracia direta / democracia indireta ou representativa) e as emergências de novos atores políticos não institucionais.
A construção de uma cultura democrática assume importância onde ainda prevalece o "autoritarismo social", ou seja, a organização hierárquica da sociedade que se realiza em várias formas de exclusão.
Soc jurídica 24 mai 2010
Karl Marx.
Infra - estrutura - meios de produção, forças de produção (são fábricas, estradas, instalações elétricas, siderúrgicas). 
Super - estrutura. = idéias , ideologias, a forma de legitimação de um arranjo.
Infra + Supra = Modo de produção = capitalismo = competição. Quando a competição fica desigual começa a abalar a legitimação do capitalismo. Vem os direitos sociais e dão condições para que os grupos sociais se tornem competitivos.
As normas jurídicas representam a forma mais concreta de apresentação da super estrutura.
Papel do estado mínimo é manter a supra estrutura que é manter a propriedade privada dos meios de produção. É o caso do Brasil.
Papel do Estado máximo é manter a supra estrutura voltada para a propriedade estatal dos meios de produção. É o caso da China.
O aluno de direito agrega valor à força de trabalho estudando. Estudando ele estará executando uma ação racional com respito a fins e quem garante isso é a norma jurídica.
Sociol 31 mai 2010
Estado, mercado, sociedade é "locus".
Estado é lugar de poder político.
Mercado é lugar de poder econômico.
Sociedade é lugar de poder societário.
Estes três poderes se contrapõem.
o poder do Estado se materializa através da norma jurídica e das políticas públicas.
a sociedade criou dois sistema: o Estado e o mercado. Estes dois últimos cresceram muito. E a sociedade começou a ficar sem poder. As relações sociais passaram a ser utilitaristas. O interesse tomou conta da sociedade. Os interesses sociais foram mercantilizados.
A sociedade não é sistêmica, não é preciso. O Estado e o mercado são precisos.
O autoritarismo contamina o sistema jurídico democrático.
O autoritarismo impede os seg direitos de liberdade:
1) expressão de opinião.
2) cerceia a informação.
3) impede reunião.
Os partidos políticos são os atores políticos. Partidos são instâncias de participação política e surge o cidadão como portadores dos direitos políticos. É quem tem a cidadania.
A cidadania coloca um novo ator político que são os movimentos sociais: associações de bairro, de mães, de profissionais. Fortalecem a sociedade.
A cidadania traz o conceito de ter direito a ter direitos.
cidadania do sec. XVIII
cidadania do séc XX / XXI
O uso dos direitos de liberdade (opinião, informação, reunião) virou direitos políticos.
Usando dos direitos políticos reivindicou-se os direitos sociais.
Os movimentos sociais criaram os direitos difusos.
A velocidade das mudança vai mudar em função da diversidade trazida pela globalização.
A globalização traz idéia de ruptura da modernidade. É a pós modernidade. É a desterritorialização. É o cidadão do mundo. É tudo ao mesmo tempo, agora.
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Antonio Luna – Curso de

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