Introdução às Relações Internacionais

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FACULDADE: Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais
CURSO: Relações Internacionais
DISCIPLINA: Introdução às Relações Internacionais
CARGA HORÁRIA: 75h/a ANO/ SEMESTRE: 2012/2
PROFESSOR: Aline Maria Thomé Arruda
	PLANO DE ENSINO
	EMENTA DA DISCIPLINA
	Surgimento das Relações Internacionais como campo de estudo. Antecedentes históricos dos fóruns multilaterais: Concerto Europeu, Liga das Nações, ONU, Guerra Fria, Globalização. Os grandes temas da política mundial contemporânea. Conceitos fundamentais e correntes teóricas das RI. A inserção brasileira na vida política regional e mundial. 
	OBJETIVOS DA DISCIPLINA
	Objetivo geral
Uma introdução à política mundial enquanto um objeto de estudos e ao campo que busca estudá-lo, RI, é um aspecto básico na busca de um aprofundamento do conhecimento daquele determinado aspecto do mundo por nós experimentado. A presente disciplina introdutória não é diferente. O aluno irá compreender as noções fundamentais a partir das quais se buscou entender as relações entre diferentes povos politicamente organizados em unidades soberanas distintas. Neste sentido, deverá apreender como o Estado pode ser enxergado como a unidade básica de análise do Sistema Internacional e como seu meio doméstico interage com seu exterior. Abordará os possíveis limites desta visão estato-cêntrica das Relações Internacionais, enxergando a importância de agentes transnacionais, como empresas, Organismos Internacionais, ONG’s, etc. A partir deste arcabouço conceitual, será feita uma primeira aproximação empírica das relações internacionais, relevando, de forma breve e introdutória, os dois últimos séculos de sua história e a inserção da sociedade brasileira na vida internacional contemporânea.
Ao discutir história, teoria e análises contemporâneas sobre a vida internacional, pretende-se despertar o interesse do aluno pelo estudo das Relações Internacionais e criar as bases comunicacionais para um aprendizado eficaz nas disciplinas subseqüentes do curso.
Objetivos específicos
a) Refletir sobre as relações internacionais como um objeto de estudos e sua especialidade diante de outros objetos das demais Ciências Sociais;
b) Compreender a natureza e as características da atividade científica;
c) Adquirir uma linguagem especial sobre as relações internacionais;
d) Conhecer as características básicas do campo de RI e as suas diferentes vertentes teóricas;
c) Adquirir noções básicas a respeito da história das relações internacionais contemporâneas e a capacidade de abordar historicamente a análise em RI;
d) Adquirir noções básicas a respeito da história da inserção do Estado brasileiro no contexto internacional e a capacidade de analisar as RI em perspectiva social.
	CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
	Unidade I – O campo de estudos de Relações Internacionais
Unidade II – Introdução à história das relações internacionais
Unidade III – Introdução a Teoria das Relações Internacionais
Unidade IV – Temas contemporâneos da política mundial
Unidade V – A inserção brasileira na vida internacional
	PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	O curso será desenvolvido por meio de aulas dialogadas e debates acerca dos temas de cada unidade, a partir da leitura prévia da bibliografia abaixo indicada. Eventualmente, outras atividades como trabalhos em pequenos grupos podem ser recomendados.
Enfatiza-se que é essencial a leitura de textos dos mais importantes pensadores da área, alguns deles apenas encontrados em língua inglesa. O objetivo principal é que o aluno familiarize-se com os principais temas, conceitos e abordagens do campo científico das Relações Internacionais.
PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES E LEITURAS OBRIGATÓRIAS:
Unidade
Aula
Tema
Leituras obrigatórias
I
01
Apresentação / Plano do Curso
02
Por que estudar RI?
ROCHA, A. (2002). RI: Teorias e agendas. Cap. 1.
II
03
A globalização das relações internacionais
VIOLA e LEIS (2007). Sistema internacional com hegemonia das democracias de mercado. Cap. 1.
04
As várias dimensões da globalização: a necessidade de um estudo interdisciplinar da política mundial
Idem
05
História das RI: da Grécia Antiga à Renascença Italiana
TUCÍDIDES (2001). O diálogo meliano. In: ______. História da Guerra do Peloponeso. Pp. 347-353).
MINGST (2009). Princípios de Relações Internacionais. Cap. 2.
06
Da Paz de Haugsburg às Guerras Napoleônicas
Idem.
07
Do Concerto Europeu no século XIX à Primeira Guerra Mundial
Idem.
08
Da Segunda Guerra Mundial ao fim da Guerra Fria 
Idem.
I
09
O estabelecimento do campo de estudos de RI
SATO (2007). Relações Internacionais RI como área do conhecimento e sua consolidação nas instituições de ensino e pesquisa.
10
RI no Brasil
O perfil do internacionalista
Idem.
11
1ª. AVALIAÇÃO ESCRITA
III
12
As teorias de RI
MINGST (2009). Op. cit. Cap. 3.
13
Os primeiros clássicos de RI: o Internacionalismo Liberal de Norman Angell
ANGEL, N. (2002 [1910]). A grande Ilusão (Primeira Parte, caps. 1 e 3).
14
A internacionalização dos mercados como força para a paz
ANGEL, N. (2002 [1910]). Op. cit. (Terceira Parte, caps. 2 e 3).
15
O Realismo moderado de Edward Carr
CARR, E. (2001 [1946]) Vinte anos de crise: 1919-1939 (Caps. 5 e 7).
16
O poder e a moral na política internacional
CARR (2001). Op. cit. Caps. 8 e 6.
17
Lenin e a crítica ao imperialismo
LENIN (1916). Imperialismo, estapa superior do capitalismo. Caps. 1, 5 e 6.
18
O capitalismo como força para a guerra
LENIN (1916). Op. cit. Caps. 7, 9 e 10.
19
Temas centrais sobre a Guerra nas Relações Internacionais
MINGST (2009). Op. cit. Pp. 202-218.
20
2ª. AVALIAÇÃO ESCRITA
IV
IV
21
Economia Política Internacional
MINGST (2009). Op. cit. Cap. 9.
22
Globalização e regionalismo econômico
Idem.
23
Novos temas da política mundial: saúde e meio ambiente
MINGST (2009). Op. cit. Cap. 10.
24
Novos temas da política mundial: a proteção dos Direitos Humanos
Idem.
V
25
Análise de Política Externa
MINGST (2009). Op. cit. Pp. 115-129.
26
Introdução à Política Externa Brasileira
VIZENTINI (2003). A política externa brasileira em transição: do desenvolvimentismo ao neoliberalismo.
27
PEB e a redemocratização
Idem.
28
PE do governo Lula
LIMA (2010). Tradição e inovação na política externa brasileira.
29
3ª. AVALIAÇÃO ESCRITA
30-32
Aulas reservadas para atividades extra-classe
	RECURSOS DIDÁTICOS
	Livros, textos acadêmicos em geral (periódicos, teses, dissertações etc.), textos de periódicos de interesse da área (revistas, jornais etc) vídeos, quadro branco e data-show.
	AVALIAÇÃO
	A avaliação será feita por meio de provas escritas e controles de leituras.
Serão aplicadas duas provas escritas no decorrer do semestre com conteúdos parciais. 
Os controles de leitura serão realizados em sala, no horário de aula, a cada grupo de quatro ou cinco textos trabalhados. O aluno deverá fazê-los de maneira individual e sem consulta. As datas serão previamente comunicadas pela professora.
A menção final será composta da seguinte forma:
1ª menção: 1ª avaliação
2ª menção: 2ª avaliação
3ª menção: composição dos controles de leitura + Avaliação Integrada (que ocorrerá dia 08/11/2012).
Levar-se-á em conta também o desempenho individual de cada aluno por meio da participação nos debates em sala de aula.
A frequência será apurada no início de cada aula. 
Os alunos com mais de 25% de faltas serão reprovados com menção RF.
	BIBLIOGRAFIA 
	Para cada aula do curso existem leituras obrigatórias, já listadas acima, no item “Procedimentos Metodológicos”, sendo estaa bibliografia a ser cobrada nas avaliações escritas. Contudo, aqueles que desejarem outros materiais para leitura, podem se dirigir às seguintes referências:
Básica
MINGST, Karen. Princípios de Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
OLIVEIRA, Henrique Altemani; LESSA, Antônio Carlos. Política Internacional Contemporânea: mundo em transformação. São Paulo: Saraiva, 2006.
SMOUTS, Marie-Claude (org.). As novas relações internacionais: práticas e teorias. Brasília: Ed. UnB, 2004.
Complementar
CASTRO, Marcus Faro de. Política e Relações Internacionais. Brasília: Ed. UnB, 2005. 
GRIFFITHS, Martin. 50 grandes estrategistas das Relações Internacionais. São Paulo: Contexto, 2004. 
ROCHA, Antônio Jorge R. Relações Internacionais: teorias e agendas. Brasília: IBRI, 2002.
SARFATTI, Gilberto. Teorias das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2005.
SEITENFUS, Ricardo. Relações Internacionais. São Paulo: Manole, 2004.