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Noções gerais do Direito Constitucional - Material de apoio

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PONTO 1-NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
ORIGENS 
-No mundo: Itália 1797 
-No Brasil: apareceu de forma precoce nos primeiros cursos de direito de Olinda e São Paulo sob 
a denominação de "Análise da Constituição do Império”. A disciplina só se firmou com o nome de 
Direito Constitucional após 1940. 
 
CONCEITO 
- Manoel Gonçalves Ferreira Filho, “Direito Constitucional é o conhecimento sistematizado da 
organização jurídica fundamental do Estado. Isto é, o conhecimento sistematizado das regras 
jurídicas relativas à forma de Estado, à forma de Governo, ao modo de aquisição, exercício do 
poder, ao estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação”; 
 
- José Afonso da Silva, é “o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os 
princípios e normas fundamentais do Estado”; 
 
OBJETO (Canotilho) 
*Constituição é um sistema aberto de normas: regras (comando é um comando, um 
imperativo dirigido às ações dos indivíduos) + princípios (normas providas de alto grau de 
generalidade e indeterminação/ atua como vetor para todo o sistema jurídico,) + direitos 
fundamentais (direitos assegurados pela ordem constitucional de determinado Estado + direito 
de matriz constitucional).1 
*QUAL O SIGNIFICADO DE SISTEMA ABERTO? (Canotilho) 
-Sistema jurídico: sistema dinâmico de normas 
-Sistema aberto: os elementos, a saber, realidade e texto, se interligam e se transformam, ou 
seja, o texto se abre para a realidade, e a realidade se permite ser modificada pelo texto. 
-Sistema normativo: os valores, programas, funções e pessoas são traduzidos em normas. 
-Sistema de regras e de princípios: as normas do sistema tanto podem revelar-se sob a forma 
de princípios como sob a sua forma de regras. 
 
# A aplicação e construção o texto constitucional de acordo com a realidade política e social auxilia 
na concretização das normas constitucionais, sendo importante ser garantida a segurança e 
estabilidade democrática. 
 
CARACTERISTICAS 
-Autoprimazia normativa: as normas constitucionais não derivam a sua validade de outras 
normas com dignidade hierárquica superior. Suas normas são democraticamente elaboradas 
/aceitas e portam um valor normativo (material e formal) superior. 
 
 
1 “Numa outra formulação: entre um direito fundamental e outra simples norma constitucional (a despeito da terem em 
comum a hierarquia superior da constituição e o fato de serem todas parâmetro para o controle de constitucionalidade) 
situa-se um conjunto, maior ou menor, de princípios e regras que asseguram aos direitos fundamentais 
um status, representado por um regime jurídico, diferenciado” (BARROSO, CONJUR). 
 
-Norma sobre produção jurídica: a Constituição como criadora das outras normas (processo 
legislativo); 
-Supremacia constitucional todas as outras normas são hierarquicamente inferiores à ela, 
portanto, devem estar de acordo com a mesma sob a perspectiva formal (procedimento)e 
material(conteúdo); 
- Natureza da linguagem faz com que normas constitucionais tornem-se consideravelmente 
abstratas, haja vista os conceitos como função social da propriedade, bem comum, igualdade, 
entre outros explorados neste documento (co0nceito jurídico indeterminado); 
-Centralidade política: atores políticos, eles irão sempre interferir na interpretação constitucional, 
no entanto deve-se procurar afastar ao máximo tal interferência, buscando–se atingir a 
racionalidade possível; 
-Relação de interdependência com as demais disciplinas jurídicas. 
 
FONTES 
Fontes imediatas: artigo 59 da CF + artigo 5 § 2 e 3 
Fontes mediatas: jurisprudência + doutrina + usos e costumes constitucionais 
 
CLASSIFICAÇÃO 
-Direito Constitucional geral: a definição e a sistematização de conceitos, princípios e 
instituições que se encontram em várias Constituições, a fim de reuni-los sob uma perspectiva 
unitária. 
Direito constitucional especial: é o estudo da Constituição de um determinado Estado. 
Direito processual constitucional: controle de constitucionalidade + remédios processuais 
Direito constitucional comparado: temporal (análise das várias constituições de um Estado) + 
espacial (análise das Constituições de vários Estados). 
 
QUESTÕES ATUAIS 
-O que é a constituição (Constitucionalismo) 
-Qual o direito posto? (Constituição ideal) 
Qual é a melhor Constituição? Constituição jurídica ou política? (Repensar o Direito Constitucional) 
 
PONTO 2-CONSTITUCIONALISMO 
CONCEITO: 
Constitucionalismo é [...] (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à 
garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização político-social de uma comunidade. 
Nesse sentido, o constitucionalismo moderno representará uma técnica específica de limitação de poder 
com fins garantísticos. O conceito de constitucionalismo transporta, assim, um claro juízo de valor. É, no 
fundo, uma teoria normativa da política, tal como a teoria da democracia ou a teoria do liberalismo. 
(CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 7ª ed. Coimbra: 
Almedina, 2003, p. 51.) 
 
 IDEIAS PRINCIPAIS: 
-Contraposição ao absolutismo (regime político em que apenas uma pessoa exerce o poder); 
-Governo Limitado; 
-Separação dos poderes (sistema de freios e contrapesos); 
-Garantia de Direitos. 
-Democracia como ideal 
 
1º FASE: CONSTITUCIONALISMO ANTIGO (antiguidade clássica até final do século XVIII) 
*Características: 
-Constituições consuetudinárias; 
-Princípios que garantiam a existência de direitos 
-Supremacia do Parlamento (Inglaterra) > acima de qualquer Constituição 
-Influência Religião (Estado Teocrático); 
 
Experiências 
-Hebreus: os dogmas religiosos atuavam como limites ao poder do soberano; 
-Grécia Antiga: democracia constitucional +participação direta das pessoas nas decisões 
políticas do Estado + racionalização do poder; 
-Roma: ideia liberdade; 
-Inglaterra: “rules of Law” (governo das leis) + governo limitado (pactos e acordos celebrados 
entre reis e a população) + igualdade dos cidadãos ingleses perante a lei +Magna Carta. 
 
2º FASE: CONSTITUCIONALISMO CLÁSSICO OU LIBERAL (FINAL DO SÉCULO XVIII E VAI 
ATÉ A 1ª GRANDE GUERRA MUNDIAL) 
 
*Características: 
-Revoluções liberais (Francesa e Americana): burgueses buscavam afirmação de direitos 
libertários; 
-Liberdade do cidadão em relação ao autoritarismo do Estado; 
-Constituição Liberal; 
-Constituição escrita; 
-Direitos de primeira geração: proteção dos direitos civis e políticos. 
 
*Experiências 
-Norte-americana: uma das primeiras Constituições escritas +separação dos poderes 
+Supremacia da Constituição (estabelece as competências do Executivo, do Legislativo, e do 
Judiciário) + Poder Judiciário encarregado de garantir supremacia da CF (órgão menos legitimado 
democraticamente/neutralidade política/protege o direito das minorias/) +controle difuso + 
constituição rígida e formal. 
 
-Francesa: garantia de direitos + Separação dos Poderes + Artigo 16 da Constituição “Toda 
sociedade na qual não há garantia de direitos ou separação de poderes não possui uma 
Constituição” + Escola Exegese (Código era perfeito/juiz desempenhava uma atividade mecânica). 
 
3ª FASE: CONSTITUCIONALISMO MODERNO OU SOCIAL (fim da primeira guerra mundial 
em 1918 até o fim da segunda guerra mundial em 1945) 
*Características: 
-Esgotamento da ideia liberal: protegia os direitos de liberdade, mas não os sociais do aumento 
das desigualdades sociais causadas pela grave crise econômica. 
-Constitucionalismo social: Mexicana de 1917 e a Alemã (Weimar) de 1919 
-Direitos de Segunda geração; direitos econômicos sociais e culturais +Igualdade material + 
direitos positivos; 
-Estado Social: Intervenção nos domínios social, econômico e laboral Garantia de um mínimo 
de bem-estar/ Estado mínimosubstituído por Estado intervencionista. 
 
4º FASE: CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO 
*Características: 
-Proteção da dignidade da pessoa humana; 
-Fortalecimento do Poder Judiciário (expansão da jurisdição); 
-Proteção dos direitos fundamentais de terceira geração; 
 
Por que começou a se criar um novo constitucionalismo? Atrocidades foram cometidas 
durante a II Guerra, notadamente pelos nazistas e todas elas com base no ordenamento jurídico, 
na lei. Isso acabou colocando em cheque o positivismo jurídico. Começou se a perceber que o 
positivismo jurídico, ou seja, se está na lei é direito, poderia justificar barbáries. Então, começou-
se a se falar em uma nova leitura moral do direito. (EUA: Ronald Dworkin e na Alemanha: Robert 
Alexy) 
 
Quais foram os fatores que contribuíram para o surgimento deste novo constitucionalismo? 
Com o fim da II Grande Guerra, as constituições começaram a consagrar, expressamente, a 
dignidade da pessoa humana. E mais do que isso, além disso, passou a ser considerada um valor 
constitucional supremo. A dignidade é um atributo que todo ser humano tem. Se a dignidade é 
valor supremo, isso significa que o Estado existe para o cidadão e não o contrário. 
 
Ideais: o pós-positivismo reúne os três elementos no conceito de direito: o Validade formal o 
Eficácia social o Correção substancial • Ex: judeus tiveram seus bens confiscados pelo Estado. 
Finda a 2ª GM, senhora judia ajuíza ação, pedindo que o Estado alemão a indenizasse pelos bens. 
De acordo com a lei, Estado estava correto. Tribunal: apesar de ser norma de acordo com a 
Constituição (validade formal e eficácia social), era uma norma injusta. Então, determinou que 
Estado indenizasse. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 
 
 
PONTO 2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO 
 CONSTITUIÇÃO DE 1824: OUTORGADA 
 Governo monárquico, hereditário, constitucional e representativo. 
 Dinastia Imperante. 
 Religião oficial do Império: Católica 
 Organização dos Poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. 
 Eleições indiretas para o legislativo. 
 Sufrágio: censitário. 
 Insurreições populares. 
 Constituição semirrígida. 
 Liberdades Públicas; direitos civis e políticos. 
 Manutenção da escravidão (Lei Áurea em 1888). 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1891: PROMULGADA 
 Forma de Governo federativa e regime representativo. 
 Não há mais religião oficial. 
 Extinção do Poder Moderador 
 Poder Legislativo: bicameralismo federativo 
 Eleições diretas para Presidente da República. 
 Poder Judiciário: órgão máximo desse poder passou a se chamar Supremo Tribunal Federal. 
 Constituição rígida. 
 Declaração de direitos foi aprimorada: aboliu-se a pena de morte e de banimento, expressa 
previsão do remédio constitucional denominado de habeas corpus. 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1934: 
 Sofreu forte influência da Constituição de Weimar (Alemanha) 
 Forma de governo Federativa e Regime Representativo: Nação brasileira constituída pela união 
indissolúvel dos Estados, Distrito Federal e Territórios. 
 Curta duração-1934-1937 
 Mantida a inexistência de religião oficial 
 A teoria clássica de Montesquieu da tripartição de Poderes foi mantida. 
 É criada a Justiça eleitoral 
 Constituição rígida 
 Voto secreto e voto feminino 
 
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL 1937: OUTORGADA 
 A mais autoritária das Constituições brasileiras: Iniciou-se com o golpe de Estado de 1937, 
capitaneado pelo presidente Getúlio Vargas, e culminou com a imposição da quarta constituição, 
inspirada no modelo da Constituição Polonesa (cópia da mesma). 
 Eleição indireta para escolha do Presidente da República (mandato de 6 anos). 
 Fortalecimento do Poder Executivo, que passou a intervir na composição do poder legislativo. 
 Nacionalização formal da economia e conquista de direitos e vantagens de direitos trabalhistas. 
Exemplo: Vale do Rio Doce (1942). 
 Direitos: Voto aos maiores de 18 anos; Suspensão do direito de greve e do habeas corpus; 
Suspensão do direito de livre expressão e livre associação. 
 A CF previa em seu texto que deveria ser submetida a um plebiscito que nunca ocorreu. 
 
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL 1946: DEMOCRÁTICA 
 Regime Representativo, Federação e República. 
 Reimplantou o bicameralismo no poder legislativo. 
 Retomada da eleição direta para o Poder Executivo (mandato de 5 anos). 
 Poder Judiciário: retomada a situação de normalidade. 
 Restabelecimento no texto constitucional do mandado de segurança e ação popular. 
 Instituição do parlamentarismo. 
 Tecnicamente vigorou por quase 21 anos, na prática, é possível dizer-se que tenha sido superada 
já com a edição do primeiro Ato Institucional, em razão do impacto do AI n.2, que extinguiu os 
partidos políticos. 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1967: OUTORGADA 
 Forma de governo: República 
 Inexistência de religião oficial 
 Poder executivo eleito de forma indireta 
 Presidente da República legislava por decreto-lei 
 Preocupação com a segurança nacional, o que possibilitou a suspensão de direitos e garantias 
individuais. 
 AI-5: mais violento ato baixado pela ditadura, portanto, não era o poder constituído que alterava 
a CF. 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1969: OUTORGADA 
Revogação total ao AI-5. 
Lei da Anistia 
Impossibilidade de suspensão do Congresso Nacional pelo Presidente da República. 
Reforma partidária: fim ao bipartidarismo. 
Eleições diretas no âmbito estadual. 
Direitos: Introdução ao divórcio; Alargamento da possibilidade de censura em relação às 
publicações; Emissão de decretos lei; Ampliação do mandato presidencial para 6 anos; O nome 
do país se torna República Federativa do Brasil. 
Observação: Não há consenso na doutrina quanto à Ec n.1/69 ser ou não uma nova constituição 
#Ao substituir a Constituição de 1967, tornou-se de fato uma nova Constituição. 
#O fato de o poder de revisão ou emenda ser limitado e parcial, o STF decidiu reconhecer 
que a vigência era a da carta de 1967. 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (1988): DEMOCRÁTICA 
No total foram 61.020 emendas, além das 122 emendas populares, que foram apresentadas, 
publicadas, distribuídas, relatadas e votadas no longo trajeto das subcomissões à redação final. 
 República, Presidencialismo e Federação. 
 Inexistência de religião oficial 
 Poder Legislativo bicameral 
 Eleições diretas para Presidente da República 
 O decreto-lei substituído pela medida provisória 
 Constituição Rígida 
 Declaração de direitos: defesa dos direitos individuais e coletivos; direitos dos trabalhadores forma 
ampliados; capítulo dedicado ao meio ambiente; criação do mandado de segurança coletivo e 
habeas data; controle das omissões legislativas; previsão da Defensoria Pública; voto para 
maiores de 16 anos. 
 Recebeu a alcunha de CIDADÃ por parte de um de seus principais idealizadores, Ulisses 
Guimarães, presidente da assembleia nacional constituinte. 
 
PONTO 3-PODER CONSTITUINTE 
Emanuel Seyes (Século XVIII) 
• “O que é o terceiro Estado?” 
• Soberania estatal 
• Poder constituinte x poderes constituídos 
#Modernamente, considera-se que o titular do poder constituinte e o povo 
 
 
ORIGENS E CONCEITO 
 
-Poder Constituinte é o poder permanente que o povo tem de criar, modificar ou implementar 
normas de força constitucional. 
 
-Emanuel Seyès (século XVIII + razão humana +Nação) + O que é o terceiro Estado + Soberania 
estatal +Poder Constituinte e constituídos. 
 
 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
 
CONCEITO 
É poder responsável pela criação do texto constitucional. 
Modernamente a titularidade do Poder Constituinte Originário é do Povo. 
# Diferença entre titular e representante 
 
CARACTERÍSTICAS 
-Poder político: a constituição é a norma inicial, não há direitos anteriores a serem respeitados; 
*A corrente Jusnaturalista entende que este Poder é jurídico e de direito. 
-Inicial: base da ordem jurídica. 
-Ilimitadoe Autônomo: não respeita os limites do direito anterior; 
-Incondicionado: não tem forma pré-determinada; 
-Inalienável: Não pode ser repassado para outrem: é só do povo; 
-Permanente: o seu titular pode se manifestar a qualquer tempo. 
 
 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO 
 
CONCEITO 
-É o poder criado pelo poder constituinte originário que tem o poder de alterar o texto 
constitucional original. 
 
-A titularidade do Poder é do Congresso Nacional. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
-Jurídico: é criado pelo Poder Constituinte Originário; 
-Derivado: retira força do Poder Constituinte Originário; 
-Subordinado: limitações expressas e implícitas; 
-Condicionado: deve respeitar forma pré-fixada. 
 
ESPÉCIES: 
-Reformador: emenda constitucional (artigo 60 CF); 
-Decorrente: poder dos entes da federação para elaborar suas Constituições (artigo 11 ADCT); 
-Revisional: ADCT, art. 3º: “A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, 
em sessão unicameral”. 
 
 
*HÁ PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE PARA MUNICÍPIO E DISTRITO 
FEDERAL? 
*QUAL A DIFERENÇA ENTRE PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR E 
REVISIONAL? VOTAÇÃO: maioria absoluta x três quintos; TURNOS: um turno x dois turnos; 
SESSÃO: unicameral x bicameral; EXTENSÃO: geral x parcial. 
 
 
 
LIMITAÇÕES AO PODER DE REFORMA 
 
EXPRESSOS 
-Formais: iniciativa (artigo 60, I, II e III) + deliberação e quórum (artigo 60 §2) +promulgação 
(artigo 60 §3) + reapreciação na mesma sessão legislava (artigo 60 §5). 
-Materiais: cláusulas pétreas (artigo 60 § 4 CF) 
-Circunstanciais: (artigo 60 § 1 CF) 
-Temporais: Não existe limite temporal na CF/88 
 
-Não confundir com o art. 3º do ADCT. Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco 
anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do 
Congresso Nacional, em sessão unicameral.  
-Não confundir com o §5º do art. 60. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada 
ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. . 
 
IMPLÍCITAS 
-Titularidade do Poder Constituinte Originário; 
-Titularidade do Poder Constituinte Derivado; 
-Processo de modificação da Constituição.

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