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FOCO NA PESSOA 10
www.foconapessoa.org.br
FOCO NA PESSOA 11
www.foconapessoa.org.br
todos devamos tomar parte no ministério de salvar 
almas, nem todos nos tornaremos evangelistas, 
pois para ser um evangelista é necessário ter um 
chamado divino (Efé. 4:11). 
Jesus nos deu uma grande missão (Mat. 22:37-40): 
amar a Deus, (adoração) e amar ao próximo, (servi-
ço), mas também nos deu a grande comissão (Mat. 
28:18-20) de ir evangelizar, batizar e ensinar (fazer 
discípulos). O chamado é pessoal (Mar. 1:16, 19 e 
20); relacional (Mar. 1:17 e 3:14) e ministerial (Mar. 
1:17-20). Ellen White, descrevendo o crescimento 
cristão afirma que “aquele que não faz senão orar, 
ou em breve deixará de fazê-lo, ou suas orações se 
tornarão formais e rotineiras” (Ellen G. White, 2011, 
p. 19). Parafraseando este pensamento, Godinho 
(2013) afirma: “Aquele que apenas ora e estuda a 
Bíblia (comunhão), mas não trabalha ativamente 
em algum ministério (missão), logo perderá a von-
tade de orar e ler a Bíblia” (p. 34). O chamado para 
ser evangelista vem de Deus e não da igreja. 
O foco nas pessoas
Jesus iniciou seu ministério com evangelismo, 
chamando Pedro, André, Tiago e João para serem 
pescadores de homens, e terminou o ministério 
com evangelismo convidando os crentes reunidos 
na Sua ascensão a serem testemunhas (evangelis-
tas) até os confins da Terra (Atos 1:8). Como evan-
gelista, o foco de Jesus era nas pessoas.
Os seres humanos vivem naturalmente voltados para si mesmos, cercam-se de atitudes ego-cêntricas para satisfação de seus mais profundos anseios, tais como posses, prazeres e po-der. Para os mais afortunados na incessante busca por satisfazer a si mesmos, quanto mais demonstram o quanto têm, mais palmas e reconhecimento experimentam.No entanto, quando buscamos a Palavra de Deus, percebemos que a ênfase divina con-fronta a ênfase humana. Se, para os homens, a grandeza é medida pelo quanto têm, para 
Deus a grandeza se mede pelo quanto são. Deus mostra para o profeta Ezequiel que o verdadeiro propó-
sito da vida se alcança quando o homem cumpre o seu papel de atalaia (Eze. 3:16-21), ou seja, quando o 
seu maior interesse passa a ser a felicidade e a segurança dos outros.
A falta de comprometimento missionário é um 
grande indicador de que o foco foi perdido. A me-
lhor maneira de alcançar o propósito de Deus na 
existência humana é ajustar o foco: de “coisas” 
para “pessoas”, em que “cada um passa a salvar 
um”. Deus espera que cada novo discípulo seja um 
novo evangelista.
O foco no evangelismo
Ellen White (2007b) afirma que “a obra evange-
lística, de abrir as Escrituras aos outros, advertin-
do homens e mulheres daquilo que está para vir ao 
mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos ser-
vos de Deus”. Esta forma de evangelizar não é uma 
ideia humana. Ela continua dizendo: “O Senhor de-
terminou que a proclamação desta mensagem fos-
se a maior e mais importante obra no mundo, para 
o presente tempo”. Toda igreja deve ter homens 
e mulheres que sejam evangelistas. Como afirma 
Abdala (2009): “A igreja que não está evangelizando, 
é uma igreja que está morrendo”.
Evangelistas são chamados
Todos os crentes são chamados para o servi-
ço. Como afirma Coleman (1998, p. 11): “mesmo 
que tenhamos um trabalho secular ou uma função 
eclesiástica, o comprometimento com a grande 
comissão de Cristo para convidar todas as nações 
para o reino eterno, deve ser prioritário”. Embora 
PRINCÍPIOS DE MOBILIZAÇÃO
FOCO NA PESSOA 12
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Jesus investiu em pessoas
O primeiro e mais importante investimento de Jesus para um evangelismo de sucesso foi em pesso-
as. “Homens, foi o método escolhido por Jesus para ganhar o mundo para Deus” (Coleman, 2010, p. 21). 
Coleman pontua oito princípios fundamentais utilizados por Jesus para conquistar e desenvolver pessoas 
durante o Seu ministério:
Seleção (Jesus chamando homens 
para segui-Lo – Luc. 6:13); 
Associação (Jesus convivendo 
com aqueles a quem convidava 
– Mat. 28:20); 
Consagração (Jesus esperava 
de Seus seguidores obediência 
e lealdade – Mat. 11:29); 
Comunicação (Jesus deseja que Seus 
seguidores experimentem uma profunda 
experiência com o Seu Espírito para 
que compreendam o amor de Deus pelo 
mundo perdido e comuniquem a verdade 
da salvação – João 20:22); 
Demonstração (Jesus desejava 
que Seus seguidores aprendes-
sem a se relacionar com Deus e 
com os homens, mantendo viva 
esta experiência e sabendo com-
partilhá-la – João 13:15);
Delegação (Jesus realizou Seu 
ministério tendo sempre em men-
te o momento em que os discípulos 
haveriam de assumir as responsa-
bilidades da obra de evangelizar o 
mundo – Mat .4:19); 
Supervisão (Jesus sempre se 
reunia com os discípulos após 
uma missão para ouvir o rela-
tório dos seus feitos e compar-
tilhar as bênçãos do ministério 
– Mat. 6:30; 8:17 e Luc. 9:10); 
Reprodução (Jesus esperava que 
os discípulos reproduzissem Sua 
imagem por meio da igreja que 
implantou no mundo 
– João 15:16). 
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 Paulo investiu em pessoas
O investimento de Paulo em pessoas era uma marca regis-
trada do seu ministério. Segundo Rusten (2005), Paulo e Barna-
bé foram escolhidos para proclamar o nome de Cristo e plantar 
novas igrejas, como resultado de intenso jejum e oração da igre-
ja em Antioquia (At 13:2 e 3). A igreja incluiu João Marcos nesse 
time evangelístico. Foi assim que surgiu o movimento missio-
nário da igreja primitiva. A primeira viagem missionária no ano 
47 d.C. foi um sucesso. Começaram por pregar em Chipre, Per-
ge, Galácia, cidades da Psídia, Antioquia, Icônio, Listra e Derbe. 
Finalmente retornam para Antioquia (At 13:1-14:28). Várias igre-
jas foram plantadas e um grande número de pessoas foram con-
vertidas. O único incidente negativo da primeira incursão evan-
gelística foi o fato de João Marcos ter desistido da campanha 
quando estava ainda em Perge, e ter voltado para trás.
Ao partir para a segunda viagem, Barnabé queria levar João 
Marcos novamente, mas Paulo não concordou. Quando Paulo 
partiu para a segunda viagem missionária, no ano 50 d.C., levou 
FOCO NA PESSOA 13
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consigo Silas e Barnabé para vi-
sitar as igrejas na Galácia e Ásia 
Menor, com João Marcos. Paulo 
e Silas foram para Listra, onde 
recrutaram Timóteo para o time 
evangelístico. Quando chega-
ram em Trôade, Lucas se juntou 
ao time. Paulo recebeu o cha-
mado para a Macedônia, Europa 
e Grécia, e se estabeleceu em 
Corinto por dezoito meses. De 
Corinto, Paulo partiu para Éfeso 
com Áquila e Priscila e, fi nal-
mente, retornou para Antioquia 
(Atos 15:36-18:22).
A estratégia missionária de 
Paulo, como registrada em Atos 
11:19-15:35 começa pela forma-
ção de uma equipe missionária 
que ia a novos lugares para im-
plantar igrejas. De acordo com Ri-
chards (1987), Paulo e sua equipe 
pregavam o evangelho, plantavam 
uma nova igreja, gastavam sema-
nas ou meses ensinando os novos 
conversos e, então, partiam. Tem-
pos depois retornavam e, aqueles 
que haviam crescido espiritual-
mente e estavam dotados do Es-
pírito Santo, eram ordenados pe-
los apóstolos como líderes locais.
A igreja de hoje deve investir 
em pessoas
Standish (2005) afi rma que 
se uma congregação deseja 
ser uma igreja abençoada deve 
investir em pessoas através de 
sete atitudes: confi ança, enco-
rajamento, compaixão, contá-
gio com a visão, articulação da 
visão, liderança sacrifi calmente 
altruísta e liderança que leve a 
evangelizar. Cabe a igreja valo-
rizar cada pessoa que a compõe 
e desenvolver suas potenciali-
dades para a expansão do reino 
de Deus.
Neste momento tão impor-
tante da história cada crente 
deve tomar as lentes empoei-
radas do evangelismo, tirar o 
pó delas, ajustar o foco e alcan-
çar pessoas para Deus. É tem-
pode sair de dentro das quatro 
paredes da igreja e fazê-la se 
tornar relevante na comunida-
de. Todo crente deve se empe-
nhar em alcançar seus paren-
tes, amigos e vizinhos para o 
reino de Deus, então o evange-
lho será pregado e Jesus volta-
rá (Mat. 24:14).
AB DALA, E. G. Manual para evangelistas: estratégias modernas para séries de colheita e plantio de igrejas. Cachoeira, BA: 
CePLIB. 2009.
COLEMAN, R. E. The master plan of discipleship. Grand Rapids, MI: Fleming H. Revell. 1998.
COLEMAN, R. E. The master plan of evangelism, second edition. Grand Rapids, MI: Revell. 2010.
GO DINHO, P. S. A dinâmica do evangelismo pessoal: um ministério que transforma vidas. Maringá, PR: Gráfica e Editora 
Massoni. 2013.
RICHARDS, L. R., L. O. The teacher’s commentary. Wheaton, IL: Victor Books. 1987, p. 781.
RU STEN, S. E., Michael. The complete book of when & where in the Bible and throughout history. Wheaton, IL: Tyndale House 
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ST ANDISH, N. G. Becoming a blessed church: forming a church of spiritual purpose, presence, and power. Herndon, VI: 
Alban Institute. 2005.
WHITE, E. G. Evangelismo. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira. 2007b.
WHITE, E. G. Caminho a Cristo. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira. 2011.
B
IB
LI
O
GR
AF
IA
O pastor Osvaldo de Lima Ferreira serviu como pastor distrital e evangelista em dife-
rentes Associações das Uniões Sul e Central Brasileira. Atualmente é o Evangelista 
da Associação Paulista Leste e doutorando em Ministério Adventista na Andrews 
University.
OSVALDO DE LIMA FERREIRA

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