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6- Poder Estado e Controle Social II

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Poder, Estado e Controle Social 
II 
Instrumentos de Controle Social 
Monitoramento autônomo 
 
É uma espécie de Controle Social que 
é a integração da sociedade com a 
administração publica. 
Tem a finalidade de ajudar a 
solucionar problemas e as 
deficiências sociais com mais 
eficiência e eficácia. 
 
Obs – há distinção entre eficiência e 
eficácia. Eficiência diz respeito ao 
estrito cumprimento de um dever de 
ofício, enquanto eficácia se refere aos 
resultados alcançados . 
O Controle Social é um instrumento 
democrático, no qual há a 
participação dos cidadãos no 
exercício do poder colocando a 
vontade social como fator de 
avaliação para a criação e metas a 
serem alcançadas no âmbito das 
políticas publicas. 
Muitos dos instrumentos utilizados 
não surgiram com bases jurídicas 
legais para efetuar o controle social, 
mas acabam por intervir diretamente 
com sua participação como 
instrumento de controle social. 
Sindicatos 
Ainda que os sindicatos tenham, 
muitas vezes, como objetivo mestre o 
beneficiamento de determinada classe 
dentro da sociedade, todas as 
resoluções, que emanam de uma 
negociação junto à classe patronal ou 
ao Estado, têm repercussão na 
população, como um todo. 
Desta forma, os sindicatos se 
apresentam como meio de Controle 
Social, uma vez que pressionam as 
instâncias superiores para se chegar 
a um determinado fim público ou 
privado. 
ONGs 
 
São veículos mediadores entre o 
Estado e a sociedade civil, que se 
situam no chamado terceiro setor. As 
ONGs, quase sempre, objetivam a 
construção de atividades para o 
Controle Social por meio da 
conscientização e participação da 
comunidade. 
Escolas 
 
As escolas são formadoras de 
opinião. Desde a infância, com a 
alfabetização, à fase adulta 
(graduação e pós-graduação), 
apresentam-se como responsáveis 
pela qualificação de quadros 
profissionais, que atuam no setor 
privado e público. 
Educação básica 
Refere-se ao ensino infantil, fundamental e 
médio. 
 
Educação superior 
Graduação: 
licenciaturas, bacharelados e tecnólogos 
(exemplo: Fatec) 
Pós-graduação: 
Lato Sensu: cursos de especialização; 
Stricto Sensu: mestrado e doutorado 
MBA (Master of Business Administration ): 
mestrado profissionalizante 
Os seus espaços são fonte de 
debates e de iniciativas que acabam 
contribuindo para a transformação de 
ideias e visões de mundo. 
Ouvidorias independentes 
 
As Ouvidorias Independentes são 
instrumentos importantes de controle 
social. Funcionam como interlocutores 
entre a sociedade e os Órgãos 
Públicos. Procuram atuar sem a 
vinculação efetiva a nenhum órgão do 
poder público. 
Partidos políticos 
Parlamentares, quase sempre, 
acolhem as denúncias ou queixas dos 
cidadãos e, em seu nome ou em nome 
do próprio partido. Quando efetivam 
ações de apuração de 
responsabilidade e punição de 
infratores, atuam com caráter de 
controlador social das ações 
públicas. 
Meios de comunicação 
A atuação dos meios de comunicação 
é de suma importância no exercício do 
controle social. Trazendo reportagens, 
notícias e matérias opinativas, os 
meios de comunicação influenciam a 
opinião pública, muitas vezes, com 
profundas consequências no jogo 
político. 
Quase sempre, os meios de 
comunicação têm funcionando como 
suporte às instituição democráticas e 
elemento catalisador de mudanças 
sociais. 
É comum ouvir que os meios de 
comunicação seria uma espécie de 
“quarto poder”, ao lado dos demais 
poderes (executivo, legislativo e 
judiciário). Porém este tipo de 
conceituação não corresponde à 
realidade do papel exercido pelos 
meios de comunicação. 
Na verdade, os meios de 
comunicação não são um poder ao 
lado dos demais. Mais do que isto, 
eles perpassam todas as relações, 
sem necessariamente se localizar 
numa determinada instância de poder. 
Controle interno 
 
O controle interno é aquele que 
decorre de mecanismos internos e 
inerentes ao funcionamento de 
órgãos públicos, instituições e 
entidades. 
Esses mecanismos geralmente se 
materializam nas ações das 
comissões responsáveis pelos 
processos de investigação e de 
apuração de responsabilidades 
administrativas por atos lesivos aos 
interesses públicos. 
O Controle Interno existe para que 
possa haver responsabilidade publica, 
com objetivo de inibir e precaver 
ações ilícitas ou que possam ir contra 
os princípios da Constituição Federal, 
tanto que este tem amparo no artigo 
74 da Constituição Federal, servindo 
de auxiliar no controle externo. 
Podemos dizer que é o controle que 
articula entre ações administrativas e 
a analise de legalidade. 
O controle interno tem fundamento na 
ordem administrativa, jurídica e 
política. 
Este controle deve possibilitar a 
transparência da coisa publica, 
demoninado accountability. 
Controle externo 
 
É aquele exercido por agentes ou 
instâncias (Conselhos) externas ao 
que se realizou o ato (órgãos 
públicos, instituições e entidades). 
Trata-se da prática de verificação do 
exercício regular da competência 
atribuída pela lei, ou seja, são órgãos 
externos no qual fiscalizam as ações 
da administração pública e o seu 
funcionamento. 
Como exemplo, a atuação do 
Conselho Nacional de Justiça na 
fiscalização dos atos do judiciário; do 
Conselho Estadual de Educação e do 
Conselho Nacional de Educação, na 
fiscalização do ensino no País 
Referências 
 
CARVALHO, Maria do Carmo A. A. e TEIXEIRA, Ana 
Cláudia C.. Conselhos Gestores de Políticas 
Públicas. São Paulo: Pólis, 2000. 
 
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Sociologia 
Jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2006. 
 
GOHN, Maria da Glória. Conselhos Gestores e 
Participação Sociopolítica. São Paulo: Cortez, 
2001.

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