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5 -Filosofia do Direito em Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino

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Santo Agostinho - (354-430 A.D.) 
E 
Direito 
Crer para compreender 
• Período patrístico 
• Desaparecimento da vida urbana. 
• Projeto de uma cidade universal sob o 
domínio de Jesus. 
• Padres militantes e ardorosos 
defensores da igreja. 
Mestre da subjetividade 
Sua filosofia insiste na importância 
do homem interior, do voltar-se 
para si mesmo - na aposta de que a 
felicidade não pode ser encontrada 
no âmbito da exterioridade, e sim 
na esfera da intimidade. 
 
 
 Noli foras ire, in teipsum redi: in 
interiore homine habitat veritas 
(Não vás fora, entra em ti mesmo: 
no homem interior habita a 
verdade - Santo Agostinho 
A interioridade em Santo Agostinho 
 Ou seja, ao inspecionar o seu próprio 
espírito, o homem transitaria do 
exterior para o interior onde 
descobriria - na profundidade do Eu - o 
Absoluto, ou seja, Deus, verdade 
íntima em cada indivíduo. 
, 
 
 Deus só poderia ser realmente 
encontrado por meio de um 
itinerário introspectivo. 
 Para Agostinho, Deus é verdade íntima 
que habita em nós, fundamento 
primeiro e último do ser. 
Experiência de Fé. 
 O que há, portanto em Santo 
Agostinho é a ideia de que o ser 
humano tende a retornar para aquilo 
que lhe deu origem. 
 “Oh, Senhor, tu criastes meu coração 
para ti e inquieto está enquanto em ti 
não descansar”. Santo Agostinho 
Ama et fac quod vis 
“Ama, e faze o que quiseres” 
 
Se Deus é amor e este amor é 
perfeito, não pode querer o mal. 
 Se Deus está no mais íntimo 
do nosso ser, como condição 
absoluta de nossa felicidade, 
uma vez encontrado pela 
experiência da Fé, o amor se 
impõe como dever ético 
situacional. 
 Se agirmos a partir desse dever, 
não poderemos errar, posto que 
é um bem em si mesmo. 
• A lei e a justiça são por natureza 
divinas. Santo Agostinho, cidade de 
Deus. 
• Pensamento de Agostinho: Natureza 
é o conjunto daquilo que foi criado 
por Deus . 
• Natureza é o estado do homem antes 
do pecado. Estado do homem depois 
do pecado é a destruição e a morte. 
• Na origem, Deus fez a natureza do 
homem boa, isenta de qualquer 
maldade. 
• Tudo que Deus criou é bom é justo, é 
de acordo com a sua razão e 
vontade. 
• Há duas espécies de leis: lei eterna e 
a lei natural. 
• A lei eterna se inscreve no coração 
dos homens e se transforma em lei 
natural. Assim o homem é a imagem 
de Deus (Imago Dei) 
• Porém, em razão do pecado, que 
destruiu a condição natural do 
homem, necessita-se de leis 
temporais. 
• A lei eterna é o fundamento da lei 
humana, naquilo que tem de bom e 
justo. 
• Deste modo, o mal não tem origem 
em Deus. 
• Para Santo Agostinho, o mal é 
apenas a ausência do bem e não 
uma força pré-existente duelando 
contra o bem. 
• Visão antimaniqueísta. 
Santo Tomás de Aquino - (1226– 1274 d.C.) 
Compreender para crer 
• Escolástica e o direito 
• Entre o século V e o XI, reina o mais 
profundo silêncio sobre o Direito. 
Fundador da Escolástica: Santo Anselmo. 
Tomás de Aquino, obra principal: 
“Summa Theologiae”. 
• Santo Tomás de Aquino não foi 
diferente. Se Santo Agostinho bebeu das 
águas do pensamentos de Platão para 
elaborar as suas sínteses, Santo Tomás 
de Aquino fez isso buscando em 
Aristóteles o fundamento da Ética e do 
Direito. 
• Partindo-se da concepção de que o 
universo é ordenado por uma Razão 
divina, sob à qual todas as coisas estão 
submetidas, Santo Tomás de Aquino 
admitia uma lei natural. 
• Trata-se do princípio “participatio legis 
aeternae in rationali creatura” (ação da 
lei eterna na natureza racional do 
homem). Essa lei foi codificada no 
decálogo (Dez mandamentos), sendo 
válida como referência básica da ação 
humana, independentemente das 
condições temporais e espaciais. 
• Daí decorre a concepção ética traduzida 
na seguinte fórmula: “recta ratio 
agibilium” (agir de acordo com a reta 
razão). A reta razão é a própria razão 
natural intuída pelo exercício do livre-
arbítrio como condição essencial da 
consciência humana. 
• À consciência, cabe a liberdade de 
decidir sobre o agir moral. Esse agir deve 
ser a expressão histórica de uma ordem 
moral instaurada a partir da 
determinação da razão divina. O 
imperativo dessa ordem moral é sempre 
“fazer o bem, evitando-se o mal”. 
• A moral é essencialmente intelectual, ou 
seja, racional, tendo como instrumento 
a lei e, como condição de seu livre 
arbítrio, a disposição humana de 
cumpri-la. Tomás de Aquino condiciona 
a moral à razão. 
• A ação moral é também ação racional. 
Como para Tomás de Aquino, Deus é 
verdade evidente, naturalmente 
revelada pela razão, a ordem da moral é 
também plena manifestação da 
“inteligência de Deus” que governa 
todas as coisas da natureza. 
• A ordem moral é a própria verdade do 
bem como expressão inequívoca da 
razão divina. 
• Deste modo, qualquer código legal que 
não fosse concebido a partir desse 
princípio, além de incorrer em injustiça, 
não impunha obrigação ao seu 
cumprimento. 
• Noutras palavras, a base era a própria 
razão natural, como expressão da razão 
divina, como fator de ordenamento dos 
princípios éticos e legais. Para ele, o 
direito natural era a premissa maior, 
donde as premissas menores devem 
buscar o seu fundamento. 
 
• Portanto, Aquino defendia que o direito 
positivo é apenas um meio para se 
alcançar a justiça, que consiste em dar a 
cada um o que lhe é devido. A ordem 
justa é aquela que está em harmonia 
com a vontade divina revelada nos dez 
mandamentos, conforme texto de 
Êxodo, 20. 
• Na verdade, Tomás de Aquino tentou, 
teoricamente, estabelecer um equilíbrio 
entre Fé e Razão. O mistério da Fé à luz 
da razão deixa de ser irracional. A razão 
à luz da fé deixa de ser absurda. 
• A justiça é uma virtude que ordena o 
homem, em tudo que se refere aos 
demais. Justo é equilíbrio, que é o 
próprio Direito. 
• O Direito Natural não é algo subjetivo 
pessoal nem se confunde com as 
convenções humanas. 
• Ele se encontra na boa proporção das 
relações sociais, sujeito às mudanças e 
instabilidades. A Natureza Humana é 
mutável. 
• Neste sentido, o Direito Natural, em 
Santo Tomás de Aquino, nada tem a ver 
com o concebido pelos estoicos, que 
acreditavam que este é imutável e não 
brota das relações sociais. 
• Direito Natural, próprio da natureza das 
relações humanas em um certo lugar e 
certo tempo: Mutável. Direito Legal ou 
Positivo é convencionado: contrato e Lei 
Púbica. 
 
 
Direito Natural e Direito Posto na 
tradição Católica e Protestante 
• Neste ponto, no Ocidente, cabe uma 
distinção entre teologia católica e 
teologia protestante. 
• Na teologia católica, a destruição da 
Imago Dei não foi total. 
• A partir do conceito “relationes 
naturalis”, o homem ainda se preserva 
como imagem de Deus por meio de 
alguns atributos relativos, tais como, a 
capacidade, de amar, de perdoar, de 
exercer a bondade. 
• A partir desta conceituação, na teologia 
católica, o homem ainda é, por si 
mesmo, capaz de boas obras e de ser 
regenerado por atos de caridade. 
• É neste sentido que deve ser entendia a 
máxima agostiniana diz, “Ama et fac 
quod vis” (ama e faze o que quiseres). 
• Coloca-se como a tônica máxima da 
ética cristã. Não há outra lei senão a do 
amor divino no homem como expressão 
de uma ordem perfeita e completa 
• Na teologia protestante, em 
consonância com o pensamento do 
apóstolo Paulo, a destruição da Imago 
Dei foi total. 
• Assim sendo, nada no homem é bom. O 
pecado original destruiu a bondade e 
sua salvaçãodepende tão somente da 
infinita graça de Deus, manifestada na 
pessoa do Cristo da Fé. Nenhuma obra 
humana é capaz de, por si mesma, ser 
suficiente para a regeneração. 
• A capacidade de amar, de perdoar, de 
exercer a bondade só é possível 
mediante a Fé. Ademais fazer o bem 
não é um ato de Razão, antes de 
tudo, de Fé. 
• Esse bem deriva do novo nascimento, 
não da a carne, mas por meio da ação 
do Espírito Santo, pessoa da 
Trindade, responsável pela 
atualização do ato redentor de Deus, 
por meio de Jesus Cristo, no homem.

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