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Direito Penal 3 estágio.

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Fichamento de Direito Penal
3º estágio
Fonte de Pesquisa: Damásio de Jesus, Júlio Fabbrini Mirabete, Renato N. Fabrrini, Fernando Capez.
Teoria do crime
A doutrina do Direito Penal tem procurado definir o ilícito penal sob três aspectos diversos. Atendendo-se ao Aspecto Externo, puramente nominal do fato, obtém-se um Conceito Formal; observando-se o conteúdo do fato punível, consegue-se um Conceito Material ou Substancial; e examinando-se as Características ou Aspectos do crime, chega-se a um Conselho Analítico, como se segue:
Conceito Formal => Crime é a ação ou omissão proibida pela lei, sob ameaça de pena;
Conceito Material=> Crime é a violação de um bem penalmente protegido;
Conceito Analítico=> Crime é o fato típico, ilícito e culpável.
Fato típico
Elementos 
São elemento do fato típico:
Conduta (ação ou omissão).
O resultado.
A relação de causalidade.
A tipicidade.
Caso o fato concreto não apresente um desses elementos, não é fato típico e, portanto, não é crime. Excetua-se, no caso, a tentativa, em que não ocorra o resultado.
Teorias sobre a conduta
Não há crime sem ação ( nullum crimen sine conducta ). É sobre o conceito de ação ( que se pode denominar conduta, já que a palavra ação tem sentido amplo, que abrange a ação em sentido estrito, que é o fazer, e a omissão, que é o não fazer o devido ).
Teorias mais divulgadas: a teoria causalista, a teoria finalista e a teoria social da ação. 
 
Teoria causalista:
Para a teoria causalista ( naturalista, tradicional, clássica, causal-naturalista ), a conduta é um comportamento humano voluntário no mundo exterior, que consiste em fazer ou não fazer. E um processo mecânico , muscular e voluntário ( porque não é um ato reflexo), em que se prescinde do fim a que a vontade se dirige. Basta que se tenha certeza de que o agente atuou voluntariamente, sendo irrelevante o que queira, para afirmar que se praticou a ação típica.
Exemplo; se um homem pressiona voluntariamente o gatilho de uma arma, que dispara, vindo o projétil a atingir uma pessoa, causando-lhe a morte, essa pessoa praticou uma ação típica (“matar alguém”) inscrita no artigo 121 do CP. Embora não neguem que a conduta implica uma finalidade, os causalistas entende que, para se concluir pela existência de ação típica, deve-se apreciar o comportamento sem qualquer indagação a respeito de sua ilicitude ou de sua culpabilidade, ou seja, consideram que a ação é a manifestação da vontade sem conteúdo finalístico. Esse conteúdo (fim da conduta) deve ser apreciado na culpabilidade, como elemento dela.
Teoria finalista
Para a teoria finalista da ação (ou da ação finalista), como todo comportamento do homem tem uma finalidade, a conduta é uma atividade final do humana e não um comportamento simplesmente causal. Como ela é um fazer (ou não fazer) voluntário, implica em uma finalidade. Não se concebe vontade de nada para nada, e sim dirigida a um fim. A conduta realiza-se mediante a manifestação da vontade dirigida a um fim. O conteúdo da vontade esta na ação, é a vontade dirigida a um fim. A vontade constitui elemento indispensável à ação típica de qualquer crime.
Para os finalistas, na hipótese de ter o agente premido o gatilho voluntariamente, efetuando o disparo e atingindo outra pessoa que vem a morrer, somente terá praticado um fato típico se tinha como fim esse resultado ou se assumiu conscientemente o risco de produzi-lo (homicídio doloso).
Teoria social
A teoria social da ação (ou da ação socialmente adequada, da adequação social ou normativa) surgiu par ser uma ponte entre as teorias causalista e finalista. Para essa teoria a ação é a conduta socialmente relevante, dominada ou dominável pela vontade humana. Sem relevância social não há relevância jurídico-penal. Só haverá fato típico, portanto, segundo a relevância social da ação.
Conceito, características e elementos da conduta.
Segundo Damásio de Jesus: “Conduta é a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade.”
Características da conduta:
Conduta é um comportamento humano, não estando incluídos os fatos naturais ( raio, chuva, terremoto, mundo animal), e também as pessoas jurídicas .
A conduta exige a necessidade de uma repercussão externa da vontade do agente. O pesar e o querer humano não preenche as características da ação enquanto não se tenha iniciado a manifestação exterior dessa vontade. Não se constitui conduta o simples pensamento, a cogitação, planejamento intelectual da prática de um crime.
Constitui elementos da conduta um ato de vontade dirigido a um fim e a manifestação dessa vontade (atuação).
Ato voluntário não implica que a vontade seja livre, que seja querido o resultado. Ato voluntário quando existe uma decisão por parte do agente, quando não é um simples resultado mecânico.
A vontade domina a conduta dolosa ou culposa. A diferença é que, na ação dolosa, a voluntariedade alcança o resultado, enquanto na culposa só vai até a causa do resultado.
Não constituem conduta os atos em que não intervém à vontade. Exemplos de ausência de conduta: coação física irresistível ( o homem que está amarrado não pode praticar uma conduta omissiva), e movimento ou abstenção de movimento em casos de sonho, sonambulismo, hipnose, desmaio e outros estados de inconsciência.
Formas de conduta 
AÇÃO:
Ação é a que se manifesta por intermédio de um movimento corpóreo tendente a uma finalidade.
A maioria dos núcleos de dos tipos se consubstanciam em modos positivos de agir, como matar, apropriar-se, destruir, danificar. Quando o crime é praticado por essa forma de agir diz-se que foi praticado mediante comissão. Quando, não obstante o verbo indicar um modo positivo, o crime pode ser praticado mediante omissão, fala-se em crime comissivo por omissão. Ex.: a mãe mata o filho mediante privação de alimentos.
OMISSÃO:
Teorias 
Há duas teorias sobre a natureza da omissão:
Teoria naturalística
Teoria normativa
De acordo o com a concepção naturalística, omissão é uma forma de comportamento que pode ser apreciada pelos sentidos, sem que seja preciso evocar a norma penal.
Para a teoria normativa, a omissão não é um simples não fazer, mais não fazer alguma cousa.
A omissão é a não-realização de um comportamento exigido que o sujeito tinha possibilidade de fazer. Assim, a possibilidade de realização da conduta constitui pressuposto do dever jurídico de agir. Só há omissão relevante quando o sujeito, tendo o dever jurídico de agir, abstém-se do comportamento. 
Formas:
A conduta omissiva dá lugar a duas formas de crime:
Crimes omissivos próprios (ou puros); são os que se perfazem com a simples conduta negativa do sujeito, independentemente de produção de qualquer conseqüência posterior. A norma que contém, ao invés de mandamento negativo (não furtarás, por exemplo), determina um comportamento positivo.
Há também crimes omissivos próprios que podem ser cometidos com uma ação inicial. É o caso da apropriação de coisa achada (Art.169, CP).
Crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão; são delitos em que a punibilidade advém da circunstância de o sujeito, a isto se encontrava obrigado, não ter evitado a produção do resultado, mesmo podendo fazê-lo. Ele se omite, ocorrendo o resultado.
Chamam-se omissivos impróprios porque não se confundem com os omissivos puros.
Caso fortuito e força maior 
Há duas opiniões a respeito:
1º) são excludentes da culpabilidade. 
2º) são excludentes do nexo de causalidade. 
Do Resultado
Conceito
Resultado é a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano voluntário. É comum o emprego da expressão evento como sinônimo de resultado.
É certo que a própria conduta já constitui modificação no mundo exterior. Todavia, o resultado é a transformação operada por ela, é o seu efeito, dela se distinguindo.
No caso do homicídio, temos o comportamento (ação de desferir facadas por exemplo)
Teorias
Há duas teorias sobre a natureza do resultado:
Teoria naturalística; resultado éa modificação do mundo externo causada por um comportamento humano
Teoria jurídica ou normativa; o resultado da conduta é a lesão ou o perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal.
Há crimes sem resultado.
Para os da teoria naturalística há crimes sem resultado, sendo estes os de mera conduta, onde dizem que há delitos que o comportamento do sujeito não produz uma modificação no mundo externo.
Para os da teoria do resultado jurídico, todo crime possui resultado, mesmos os de mera conduta, havendo nestes uma coincidência temporal e espacial entre a ação e o evento.
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
O terceiro elemento do fato típico é o NEXO DE CAUSALIDADE entre o comportamento humano e a modificação do mundo exterior (resultado material).
Ex.: A mata B a golpes de faca. Há um comportamento humano (atos de deferir facadas ) e o resultado (morte). O primeiro elemento é a causa; o segundo, o efeito. Entre um e outro há uma relação de causalidade, pois a vítima faleceu em conseqüência dos ferimentos produzidos pelos golpes de faca. O juiz verificará apenas se morte foi produzida pelo comportamento do agente, pois a ilicitude e a culpabilidade pressupõe a imputação do fato a um sujeito.
Teoria da equivalência dos antecedentes causais
Não se distingue como entre causa (aquilo que uma coisa depende quanto á existência) e condição (o que permite à causa produzir seus efeitos, seja positivamente a título de instrumento ou meio, seja negativamente, afastado os obstáculos). As forças concorrentes equivalem-se e sem uma delas o fato não teria ocorrido (conditio sine qua non). Todos os fatos que concorrem para eclosão do evento devem ser considerados causa deste. Basta que a ação tenha sido condição para o resultado, mesmo que tenha concorrido para o evento outros fatos, a ação é a causa e o agente é o causador dela. 
Causa superveniente 
 A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Junto à conduta do sujeito podem ocorrer outras condutas, condições ou circunstâncias que interfiram no processo causal, denominamos “causa”. A causa pode ser preexistente, concomitante ou superveniente, relativa ou absolutamente independente do comportamento do agente.
A seguir exemplos de causa absolutamente independente em relação á conduta do sujeito.
Exemplo de causa preexistente absolutamente independente da conduta do sujeito: A desfecha um tiro de revólver em B, que vem a falecer pouco depois, não em conseqüência dos ferimentos recebidos, mas por que antes ingerira veneno.
Exemplo de causa concomitante absolutamente independente: A fere B no mesmo momento em que este vem a falece exclusivamente por força de um colapso cardíaco. 
Exemplo de causa superveniente absolutamente independente : A ministra veneno a alimentação de B que, quando esta tomando a refeição, vem a falecer em conseqüência de um desabamento.
A seguir exemplos de causa relativamente independente em relação à conduta do sujeito. 
Exemplo de causa preexistente relativamente independente em relação a conduta do agente: A golpeia B, hemofílico ( tendencioso a hemorragia), que vem a falecer em conseqüência dos ferimentos, a par da contribuição de sua particular condição fisiológica.
Exemplo de causa concomitante relativamente independente: A de desfecha um tiro um tiro em B, no exato instante em que este estava sofrendo um colapso cardíaco, provando-se que a lesão contribuiu para eclosão do êxito letal.
Exemplo de causa superveniente relativamente independente: num trecho de rua, um ônibus, que o sujeito dirige, colide com um poste que sustenta fios elétricos, um dos quais, caindo ao chão, atinge um passageiro ileso e já fora do veículo, provocando a sua morte em conseqüência da forte descarga elétrica. 
Carolina Sousa / Erick Carneiro
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