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trabalho de legislação tributária

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*ANALOGIA
No campo jurídico, pode a analogia ser definida como processo lógico pelo qual o aplicador da lei adapta, a um caso concreto não previsto pelo legislador, norma jurídica que tenha o mesmo fundamento. Pode a analogia ser conceituada, também, da seguinte forma: operação que consiste em aplicar, a um caso não previsto, norma jurídica concernente a uma situação prevista, desde que entre ambos exista semelhança e a mesma razão jurídica para resolvê-los de igual maneira. 
Em outras palavras, a analogia jurídica consiste em aplicar, a um caso não previsto pelo legislador, a norma que rege caso análogo, semelhante; por exemplo, a aplicação de dispositivo referente a empresa jornalística a uma firma dedicada à edição de livros e revistas. A analogia não diz respeito à interpretação jurídica propriamente dita, mas à integração da lei, pois sua finalidade é justamente suprir lacunas desta. 
A analogia, como técnica de integração do direito, isto é, de preenchimentos das lacunas da lei, é necessária quando, ao decidir uma lide, o juiz não encontra a norma adequada. Desde que não haja lacuna ou omissão da lei, o processo analógico é desnecessário e, como adverte Oscar Tenório, até violador do direito. Aplicar a analogia quando, para o caso, existe norma, é deixar de aplicar a lei, transgressão que legitima a ação rescisória da sentença ou recurso adequado (Oscar Tenório, Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, p. 110).
O propósito da analogia é guardar a vitalidade do direito escrito, impedindo que as relações sociais fiquem desamparadas pela lei. Por outro lado, a remissão feita por um artigo a outro que trata de dispositivos semelhantes ao primeiro não enseja analogia. Não se aplica a analogia no direito penal, a não ser a analogia in bonam partem, isto é, para favorecer o réu, jamais para agravar a pena. Não há lacunas na lei penal, pois não há crime sem lei anterior que o defina.
Toda conduta humana, para ser considerada criminosa, há de estar tipificada na lei penal. Pode haver interpretação extensiva no direito penal, jamais analogia. 
Diga-se o mesmo quanto ao direito fiscal. As leis fiscais devem ser taxativas, desaconselhando o uso da analogia. O tributo é certo, não arbitrário. A lei fiscal deve determinar, com precisão a clareza, o sujeito, o objeto, a taxa, as multas e as penalidades. Os tributos emanam da vontade exclusiva do legislador, sem ingerências do Executivo. Não pode este, por via de atuação regulamentar, dispor restritiva ou ampliativamente sobre a matéria, nem pode o Judiciário, a pretexto de preencher as omissões da lei, utilizar a analogia para criar tributos. 
Alguns autores distinguem entre analogia legis e analogia juris. 
No caso da analogia legis, existe um preceito legal que se aplica a caso semelhante (ubi eadem ratio ibi idem jus), e, no caso da analogia juris, surge um instituto inteiramente novo, sendo necessário o recurso a disposições sistemáticas ou gerais. 
Analogia legis é aquela extraída da própria lei, quando a norma é colhida de outra disposição legislativa, ou de um complexo de disposições legislativas. De uma determinada norma, aplicável a determinado caso concreto, extraem-se os elementos que autorizam sua aplicação a outro caso concreto, não previsto, porém, semelhante. Quanto à analogia juris, é extraída filosoficamente dos princípios gerais que disciplinam determinado instituto jurídico; a norma é tirada do inte. 
*PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PÚBLICO 
Sistemas de direito público e privado: quais princípios regem cada um dos sistemas, em que são diferentes. Essa diferenciação é uma proposta de estudo das normas jurídicas e chegar-se ao conhecimento do regime do direito público. 
Princípios e regras: Art. 121 do Código Penal é uma regra. O Art. 5º: “todos são iguais perante a lei” é princípio. Ambos integram o ordenamento jurídico. 
Os princípios constituem a base do ordenamento jurídico. São idéias fundamentais da organização jurídica da Nação. É superior à regra. 
É preciso conhecer os princípios do direito para corretamente aplicá-lo. 
Para o Direito Público o conhecimento dos princípios é mais importante ainda pela falta de codificação (exceto Penal e Processual). A legislação é esparsa e produzida sem método. Lacunas. 
Princípios explícitos e implícitos: Art. 37 da CF, (explícito) - ninguém é obrigado a fazer prova contra si mesmo (implícito), decorre do sistema constitucional brasileiro – presunção de inocência. 
Quais são mais importantes? É a situação ou o caso concreto que deverá indicar qual deles têm, em especial, mais importância. 
O direito público é delineado no Texto Constitucional e é de lá que se extrai os princípios. 
Finalidade dupla: distingue o direito público do privado e desenha o regime jurídico do direito público. Só os gerais e não os específicos do adm, penal, processual etc. 
Com o conhecimento deles é possível compreender textos normativos, construir interpretações e solver problemas jurídicos, na dicção de Carlos Ary. 
Ideia de conjunto – não há ideia-chave. 
Princípios: 
a) autoridade pública (o direito público regula o exercício do poder político, portanto ao Estado são outorgados poderes especiais frente aos particulares); 
b) submissão do Estado à ordem jurídica; (todos os demais traduzem limites à autoridade, visando controlar o exercício do poder político e proteger seus destinatários, buscando o equilíbrio entre autoridade e liberdade). 
c) função; 
d) igualdade dos particulares perante o Estado; 
e) devido processo; 
f) publicidade; 
g) responsabilidade objetiva; 
h) igualdade das pessoas políticas (organiza o poder). 
a) Autoridade pública 
O Estado existe (ou é justificado) pela necessidade de atender a certos interesses coletivos, que os indivíduos isoladamente não poderiam alcançar. Tais interesses são chamados de interesses públicos (contra interesses privados). 
Têm prioridade em relação aos interesses privados, mas não é supremo (desapropria, porém indeniza, não confisca). 
O constituinte conferiu maior importância aos interesses públicos em relação aos privados. Daí a autoridade pública conferida ao Estado. 
Manifesta-se: impondo, unilateralmente, condutas e atribuindo direitos aos particulares, através de vínculo não-obrigacional. 
Imposição de condutas: através da lei; da sentença ou do ato administrativo. 
Pode ainda condicionar a aquisição de direitos pelos particulares a um ato estatal (autorização, concessão de nacionalidade brasileira por decreto presidencial). 
Diferente do vínculo obrigacional no qual os particulares, pois entre esses há transferência. No estado de Direito o poder está ligado a uma finalidade: sempre atender ao interesse público, assim qualificado pela ordem jurídica e não pela vontade do detentor do poder. O Estado exerce a autoridade pública e por isso se diz que as relações jurídicas são verticalizadas em relação aos particulares. É característica do direito público. Sempre controlado por princípios que limitam e controlam. 
Pode o Estado estabelecer vínculos obrigacionais (mútuo em banco) e não há verticalização, mas o regime jurídico é o do direito público, jamais de direito privado. 
b) submissão do Estado à ordem jurídica 
Deriva da submissão ao Estado de Direito e todo ato ou comportamento do Poder público, para ser válido e obrigar os indivíduos, deve ter fundamento em norma jurídica superior. O Estado não só está obrigado a não agir contra a norma jurídica, mas também somente agir se a norma assim o permitir. Atividade jurídica: dever de produzir normas jurídicas de acordo com a Constituição Federal (formal e materialmente); Executar a lei, cobrando tributos ou punindo criminalmente, somente nos exatos termos da lei. O decreto é ato complementar e forma de dar cumprimento à lei. A Administração só pode fazer aquilo que a lei permite. Atividade jurisdicional: o juiz não manifesta sua opinião, mas faz o direito incidir na espécie. Tipicidade dos atos estatais. 
O particular pode fazer tudo aquilo que a leinão vede, enquanto o Estado só pode fazer aquilo que a lei autorize expressamente. 
c) função 
A atividade pública constitui função. Para o Direito, função é o poder de agir, cujo exercício traduz verdadeiro dever jurídico, que só se legitima quando dirigido ao atingimento da específica finalidade. Os poderes que recebe são obrigatórios e devem necessariamente alcançar o bem jurídico que a norma tem em mira. O exercício de poder estatal é um dever, na uma faculdade do agente. O ato de direito público praticado com base em poder atribuído por certa norma só será válido se alcançar a finalidade por ela mirada. Finalidade e: razoabilidade; proporcionalidade; moralidade e boa-fé (trair a confiança do cidadão) Juiz é obrigado a julgar, a Administração é obrigada a impedir loteamentos clandestinos... Finalidade e abuso de poder. 
d) igualdade dos particulares perante o Estado 
Art. 5º caput da Constituição Federal: isonomia ou igualdade. Dentre outras. 
Igualdade perante na lei e perante a lei. Deriva do princípio republicano (Geraldo Ataliba e Roque Carrazza). Critérios de Celso Antônio para ver o caso concreto. 
Igualdade em licitação, no direito processual, no direito tributário, 
Também no direito privado (trabalhista). 
e) devido processo 
Processo é sucessão de atos e fatos, encadeados ordenadamente, visando à formação ou execução de atos jurídicos, cujos fins são juridicamente regulados. 
A vontade manifestada pelo Estado se traduz no exercício de função: e o processo é o modo normal de agir do Estado. A realização do processo é indispensável à produção dos atos estatais. Não qualquer processo, mas o devido processo, seja Legislativo; Administrativo ou Judicial (juiz natural, ampla defesa, contraditório, direito de ação – direito à instauração de processo e uma decisão) 
f) publicidade 
Constituição Federal Art. 37 princípios expresso. O Estado não tem vontade íntima – deve expor todas as suas vontades. O Poder emana do povo e em seu nome é exercido – o povo é o titular e deve conhecer e controlar os atos estatais. Não só publicidade no sentido de divulgar os atos ou forma de exteriorizar os atos. Direito de certidão; Art 5º, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais em defesa da intimidade ou do interesse social. Art. 93, inc. IX – motivação e publicidade de decisões judiciais. 
g) responsabilidade objetiva 
Art. 37, parágrafo 6º – Atos administrativos, legislativos e jurisdicionais. 
Sem necessidade de provar culpa – responsabilidade objetiva. Só nexo de causalidade. Atos lícitos e ilícitos, ms que causem lesão a direito. Se atos lícitos do Estado: só o dano anormal ou especial (que atinja apenas um ou alguns). 
h) igualdade das pessoas políticas 
Não há hierarquia entre União, Estados, DF e Municípios, sob o ponto de vista jurídico. A Constituição Federal outorgou competências, irredutíveis e impenetráveis. As leis são iguais em importância, desde que cada uma na sua esfera de competência.
*Equidade significa o uso da imparcialidade para reconhecer o direito de cada um, usando a equivalência para se tornarem iguais, e vem do latim “equitas”. A equidade adapta a regra para um determinado caso específico, a fim de deixá-la mais justa.A Grécia foi considerada o berço da equidade, porque ela não excluía o direito escrito, apenas o tornava mais democrático, e teve também um papel importante no direito romano.
Equidade no Direito - 
Equidade é uma forma justa da aplicação do Direito, porque é adaptada a regra, a uma situação existente, onde são observados os critérios de igualdade e de justiça. A equidade não somente interpreta a lei, como evita que a aplicação da lei possa, em alguns casos, prejudicar alguns indivíduos, já que toda a interpretação da justiça deve tender para o justo, para a medida do possível, suplementando a lei preenchendo os vazios encontrados na mesma.O uso da equidade tem de ser disposta conforme o conteúdo expresso da norma, levando em conta a moral social vigente, o regime político do Estado e os princípios gerais do Direito. A equidade em síntese, completa o que a justiça não alcança, fazendo com que a aplicação das leis não se tornem muito rígidas onde poderia prejudicar alguns casos específicos onde a lei não alcança.
Direito Romano
A equidade teve papel fundamental no desenvolvimento do Direito Romano, que se caracterizava pelo formalismo, oralidade e rigidez, aplicando a igualdade aritmética e não a equidade. Ele não se estendia a todos os que viviam no império, criando uma massa de excluídos que não podiam recorrer à justiça. Porém, com a invasão da Grécia pelos romanos, houve uma sincretização entre as duas culturas e, com isso, além da introdução de um direito escrito, a filosofia grega influenciou na quebra da rigidez do Direito, através do princípio da equidade.

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