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AULA 3

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1 
 
 
 
PORTOS E HIDROVIAS 
 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 CONCEITO DE NAVIO: A DIFERENÇA ENTRE NAVIO E EMBARCAÇÃO 
 
 
 
Embarcação é definida como qualquer construção com aptidão para se locomover 
na água, seja por meios próprios ou não, quaisquer que sejam suas características e lugar de 
tráfego 
Também define-se embarcação como o conjunto de elementos unidos que forma 
um todo orgânico capaz de se locomover, ou seja, um todo composto de várias partes e de 
diversos acessórios e possui natureza móvel. A flutuabilidade e navegabilidade são elementos 
constitutivos intrínsecos da definição, e essas características excluem do conceito de 
embarcação aqueles que estiverem em construção e um navio naufragado, por exemplo, além 
das boias e plataformas offshore de posicionamento permanente. 
 
A definição de navio é utilizada como sinônimo de embarcação, ou seja, tudo 
aquilo que tem aptidão para navegar. Costumeiramente diz-se que navio é uma embarcação 
de grande porte e barco, embarcação de pequeno porte. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS 
 
 
Os navios possuem classificações distintas e cada uma delas submete-se a um 
regime jurídico próprio. 
 
1) Quanto a natureza do serviço prestado os navios classificam-se em: 
 
a) Navios públicos - são os navios de Estado que estão a serviço do poder público e 
podem ser utilizados no transporte comercial ou na defesa dos interesses do Estado, 
como os navios de guerra. Subdividem-se em navios públicos de guerra e navios 
públicos civis. São exemplos de navios públicos civis os navios-escola, navios-hospital, 
iates dos Estados, navios de fiscalização, entre outros. Consideram-se navios de guerra 
aqueles que se destinam a fins bélicos, de ataque ou defesa, ou aqueles a serviço da 
frota de guerra com sinais exteriores de sua nacionalidade, sob comando de um oficial 
2 
 
comissionado pelo governo do Estado, e cujo nome consta na lista apropriada de 
serviço, e tripulado por sua equipagem que deve estar submetida às regras de disciplina 
regular das forças armadas, conforme pode se extrair do art. 29 da Convenção de 
Direito do Mar de Montego Bay de 1982. Os navios de Estado possuem imunidades 
especiais conferidas pela Convenção Internacional para Unificação de Certas Regras 
Concernentes às Imunidades dos Navios de Estado (Bruxelas, 1926). 
 
 
 
 ( Imagem de um navio-hospital) 
 
 
 
b) Os navios privados são aqueles que se destinam a um serviço de natureza privada, a 
atividades comerciais. Mesmo os navios pertencentes ao Estado que se destinam às 
atividades comerciais equiparam-se aos navios privados. Portanto, quando os navios 
são utilizados para o transporte de mercadorias e/ou passageiros são considerados 
navios privados, conforme estabelece o art.1º da Convenção Internacional para 
Unificação de Certas Regras Concernentes às Imunidades dos Navios de Estado 
(Bruxelas, 1926): 
 
 
2) Quanto à utilização dos navios, subdividem-se em: 
 
a) Navios mercantes são navios públicos ou privados que se destinam ao transporte 
comercial de mercadorias e/ou passageiros. 
 
3 
 
 
 
 
(Imagem de um navio mercante destinado ao transporte de mercadorias, navio full container)) 
 
 
 
b) Navios de guerra, são aqueles que se destinam a fins bélicos, de ataque ou defesa, ou a 
serviço da frota de guerra com sinais exteriores de sua nacionalidade, sob comando de 
um oficial comissionado pelo governo do Estado, e cujo nome consta na lista 
apropriada de serviço, e tripulado por sua equipagem que deve estar submetida às 
regras de disciplina regular das forças armadas. 
 
 
 
 (Imagem de um navio de guerra) 
 
 
 
c) Navios de serviços especiais são navios que não se destinam necessariamente ao 
transporte de mercadorias ou passageiros, mas a serviços especializados, como os 
navios quebra-gelos, de salvamento, rebocadores, etc. 
 
 
 
4 
 
 
 
 (Imagem de um navio Quebra-Gelo) 
 
 
 
d) Navios de apoio portuário são aqueles utilizados no apoio marítimo durante a 
navegação realizada entre os portos ou nos terminais marítimos, bem como nas 
plataformas de offshore. 
 
 
 
 
(Imagem de um navio de apoio portuário) 
 
e) Navios de recreio ou de lazer são aqueles utilizados para a prática do lazer, 
subdividindo-se em navios de cruzeiro e navios de regata. 
 
 
5 
 
 
 
 
(Imagem de um navio de cruzeiro) 
 
 
 
3) Quanto ao tipo de operação, principalmente quanto à escala de portos 
visitados, os navios subdividem-se em: 
 
a) Navios de Linha (Liner) são aqueles que seguem sempre a mesma linha. Possuem rota 
certa e com portos de escala predeterminados. 
b) Navios a Frete (Tramps) são aqueles que percorrem rotas diferentes a cada viagem, não 
percorrndo uma linha fixa. 
c) Navios de Tráfego Privado (Private Trade) são navios pertencentes a empresas e que 
transportam suas próprias cargas. 
d) Navios Especializados são navios direcionados para uma determinada utilização, como, 
por exemplo, navios Sonda (destinados à exploração de petróleo), navios Quebra-Gelo 
(trafegam em regiões polares e em locais com grande número de rios e mares), navios 
Pesqueiro-Fábrica (industrializam os peixes pescados por barcos e navios pesqueiros), 
navios oceanógrafos (destinados à pesquisa oceanográfica), navios de pesquisas polares 
(realizam pesquisas e explorações nos pólos norte e sul). 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
(Imagem de um navio Sonda) 
 
 
 
4) Quanto ao percurso realizado pelos navios na navegação marítima, estes 
podem ser classificados como: 
 
a) Navios de cabotagem, que realizam o percurso na costa brasileira, apesar de 
atualmente se estenderem por toda a costa leste da América do Sul, até os 
portos das Antilhas e América Central, excetuando-se as Ilhas Virgens e Porto 
Rico. 
b) Navios de longo curso são aqueles que percorrem os portos brasileiros e os 
estrangeiros, com exceção daqueles de cabotagem internacional. 
c) Navios para navegação costeira são aqueles que percorrem o litoral brasileiro, 
sendo, geralmente, menores. 
 
5) Quanto aos tipos de navios mercantes (cargueiros), estes podem ser: 
 
5.a) Navios de Carga Geral (ou navio universal – ou navio polivalente) 
 
A utilização generalizada de navios porta-conteineres e outros navios especializados no 
service de linha (liner) retirou aos navios de carga geral esse seu Mercado tradicional. Hoje os 
navios de carga geral são utilizados quase que exclusivamente em funções de navio “tramp”, 
ou seja, os navios de carga geral são oferecidos para transportar qualquer tipo de carga em 
qualquer parte do mundo. Os navios de carga geral se distinguem pela flexibilidade e 
versatilidade, são navios de convés único ou multiconvés, não especializados, carregados e 
descarregados através de escotilhas de convés e que podem transportar quaisquer tipos de 
cargas – com porte bruto até 20.000 toneladas – que representam, praticamente, a metade de 
7 
 
todos os navios em atividade. 
 
 
 
 
(Imagem de um navio de carga geral) 
 
 
5.b) Navios Porta-contêineres são aqueles desenvolvidos para o transporte de mercadorias 
armazenadas em contêineres. O navio porta-contêineres é concebido para o transporte de 
conteineres, os porões são equipados com guias ou celas, para receber e estivar os 
conteineres, agilizando as operações de carga e descarga – embora navios polivalentes o 
possam fazer, não tendo os seus porões celulados. Pode, ou não, dispor de meios de carga 
próprios, paus de carga ou gruas. A tendência atual é para o gigantismodestes navios, 
existindo já unidades com capacidade para mais de dezoito mil contentores de vinte pés 
(TEU, twenty foot equivalent unit). 
 
 
 
 
 
( Imagem de um navio Porta-contêiner) 
 
8 
 
 
5.c) Navios Roll-on-roll-off (Ro-Ro) são aqueles desenvolvidos para carga e descarga sobre 
rodas. O navio Ro-Ro foi concebido para transportar veículos ou qualquer outro material 
circulante. Têm uma rampa articulada, tipicamente na popa, embora possa estar na proa ou 
lateralmente (ou ter mais de uma em simultâneo), que permite a condução de veículos 
automotores (automóveis, caminhões, reboques, tratores agrícolas, etc.) para dentro e para fora 
do navio. 
O navio Ro-Ro difere do ferry por este ser projetado para o transporte de veículos, com os 
respectivos condutores, em viagens de curta e média distância, enquanto o Ro-Ro foi concebido 
para transportar um grande número de veículos a longas distâncias, embora sem os seus 
condutores. 
 
 
 
 
 
 
(Imagem de um navio Roll-on-roll-off em operação de 
descarga de veículos) 
 
 
5.d) Navios frigoríficos são aqueles utilizados no transporte de cargas que necessitam serem 
congeladas e/ou refrigeradas. 
 
 
9 
 
 
 
(Imagem de um navio frigorífico) 
 
 
5.e) Navios Graneleiros são aqueles projetados ao transporte de cargas sólidas e secas a granel. 
Os navios graneleiros podem ser classificados segundo o porte, havendo que distinguir alguns 
subtipos, especialmente desenhados para tráfegos e cargas específicas, sendo as suas 
proporções e respectivo arranjo interno fortemente influenciados pela densidade da carga para a 
qual foram construídos. 
Subdividem-se em Ore Carriers (mineraleiros) ou Bulk Carriers. 
 
e.1) Ore Carriers ou mineraleiros são navios graneleiros utilizados no transporte de 
minérios. 
 
 
 
(Imagem de um navio graneleiro Ore Carrier) 
 
 
e.2) Bulk Carriers são aqueles utilizados no transporte de cereais, sal e carvão. 
 
 
 
 
 
 (Imagem de um navio graneleiro Bulk Carrier) 
 
 
 
10 
 
f) Navios-tanque são aqueles utilizados no transporte de carga líquida a granel. Os navios-
tanque são especialmente projetados para o transporte de líquidos (principalmente, os 
derivados de petróleo, embora possam transportar outros tipos de carga, como óleos 
alimentares, água e melaços). A sua construção é totalmente diferente da dos navios de 
carga sólida (construídos num sistema celular, através da qual o navio está dividido, 
longitudinalmente e transversalmente, em compartimentos). Os navios-tanque estão 
equipados com tubos, válvulas e bombas para transferir a carga de e, ou, para terra (ou 
outros navios). Tais navios subdividem-se em: 
 
f.1) Petroleiros, que são aqueles utilizados no transporte de óleo cru e produtos com 
pigmentação escura como óleo combustível e asfalto. Existem diferentes tamanhos de navios-
tanque utilizados para o transporte internacional de petróleo, desde o modesto costeiro até o 
supertanque ULCC. A regra comum é que o volume que pode ser transportado num 
petroleiro aumenta em função do cubo do seu comprimento. Por exemplo, um ULCC tem 
cerca de duas vezes o comprimento de um petroleiro costeiro (415 metros contra 205 
metros), mas pode transportar cerca de 8 vezes a quantidade do costeiro (400.000 toneladas 
de porte bruto contra 50.000). 
; 
 
 
 
 
(Imagem de um navio petroleiro) 
 
 
 
f.2) Derivados Claros, que são utilizados no transporte de subprodutos claros refinados do 
petróleo. 
 
 
 
11 
 
 
 
 
(Imagem de um navio petroleiro de derivados claros) 
 
 
 
f.3) Navios minero-petroleiros, que são projetados para transportar minério de ferro 
e óleo cru, também conhecidos como OO (Ore & Oil Carriers) 
 
 
 
 
(Imagem de um navio minero-petroleiro) 
 
 
 
g) Navios transportadores de gás, que são utilizados no transporte de gases liquefeitos a 
granel. Nesta classe de substâncias, reguladas pelo Gas Carrier Code da IMO, estão 
incluídos gases de petróleo liquefeitos ou GPL (LPG em inglês), gás natural liquefeito 
ou GNL (LNG em inglês) e vários outros gases químicos como amónia, propileno e 
etileno. Os navios desenhados para transporte de GPL são adequados ao transporte da 
maioria dos gases químicos. 
 
 
12 
 
 
 
 
(Imagem de um navio transportador de gás) 
 
 
 
h) Navios químicos, que são utilizados no transporte de qualquer carga líquida, 
independentemente da periculosidade das mesmas. 
 
 
 
 
(Imagem de um navio químico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
DIMENSÕES TÍPICAS DAS EMBARCAÇÕES MARÍTIMAS 
 
De uma maneira geral apresenta-se a seguir as dimensões características dos navios mercantes: 
 
Dimensões Típicas das Embarcações Marítimas 
Porte Bruto 
(TPB) 
Deslocamento 
(t) 
Comprimento 
AO (m) 
Comprimento 
PP (m) 
Boca 
(m) 
Calado 
(m) 
Coef. De 
Bloco 
Petroleiros (ULCC) 
500.000 590.000 415 392 73,0 24,0 0,86 
400.000 475.000 380 358 68,0 23,0 0,85 
350.000 420.000 365 345 65,5 22,0 0,85 
Petroleiros (VLCC) 
300.000 365.000 350 330 63,0 21,0 0,84 
275.000 335.000 340 321 61,0 20,5 0,84 
250.000 305.000 330 312 59,0 19,9 0,83 
225.000 277.000 320 303 57,0 19,3 0,83 
200.000 246.000 310 294 55,0 18,5 0,82 
Petroleiros 
175.000 217.000 300 285 52,5 17,7 0,82 
150.000 186.000 285 270 49,5 16,9 0,82 
125.000 156.000 270 255 46,5 16,0 0,82 
100.000 125.000 250 236 43,0 15,1 0,82 
80.000 102.000 235 223 40,0 14,0 0,82 
70.000 90.000 225 213 38,0 13,5 0,82 
60.000 78.000 217 206 36,0 13,0 0,81 
Navios-tanques de produtos químicos 
50.000 66.000 210 200 32,2 12,6 0,81 
40.000 54.000 200 190 30,0 11,8 0,80 
30.000 42.000 188 178 28,0 10,8 0,78 
20.000 29.000 174 165 24,5 9,8 0,73 
10.000 15.000 145 137 19,0 7,8 0,74 
5.000 8.000 110 104 15,0 7,0 0,73 
3.000 4.000 90 85 13,0 6,0 0,74 
Graneleiros 
400.000 464.000 375 356 62,5 24,0 0,87 
350.000 406.000 362 344 59,0 23,0 0,87 
300.000 350.000 350 333 56,0 21,8 0,86 
250.000 292.000 335 318 52,5 20,5 0,85 
200.000 236.000 315 300 48,5 19,0 0,85 
150.000 179.000 290 276 44,0 17,5 0,84 
125.000 150.000 275 262 41,5 16,5 0,84 
100.000 121.000 255 242 39,0 15,3 0,84 
80.000 98.000 240 228 36,5 14,0 0,84 
60.000 74.000 220 210 33,5 12,8 0,82 
40.000 50.000 195 185 29,0 11,5 0,8 
20.000 26.000 160 152 23,5 9,3 0,78 
10.000 13.000 130 124 18,0 7,5 0,78 
Porta-contêineres (Post Panamax) 
70.000 100.000 280 266 42,8 13,8 0,65 
65.000 92.000 274 260 41,2 13,5 0,64 
14 
 
60.000 84.000 268 255 39,8 13,2 0,63 
55.000 76.500 261 248 38,3 12,8 0,63 
Porta-contêineres (Panamax) 
60.000 83.000 290 275 32,2 13,2 0,71 
55.000 75.500 278 264 32,2 12,8 0,69 
50.000 68.000 267 253 32,2 12,5 0,67 
45.000 61.000 255 242 32,2 12,2 0,64 
40.000 54.000 237 225 32,2 11,7 0,64 
35.000 47.500 222 211 32,2 11,1 0,63 
30.000 40.500 210 200 30,0 10,7 0,63 
25.000 33.500 195 185 28,5 10,1 0,63 
20.000 27.000 174 165 26,2 9,2 0,68 
15.000 20.000 152 144 23,7 8,5 0,69 
10.000 13.500 130 124 21,2 7,3 0,70 
Navios Ro-Ro 
50.000 87.500 287 273 32,2 12,4 0,8 
45.000 81.000 275 261 32,2 12,0 0,8 
40.000 72.000 260 247 32,2 11,4 0,79 
35.000 63.000 245 233 32,2 10,8 0,78 
30.000 54.000 231 219 32,2 10,2 0,75 
25.000 45.000 216 205 31,0 9,6 0,75 
20.000 36.000 197 187 28,6 9,1 0,75 
15.000 27.500 177 168 26,2 8,4 0,74 
10.000 18.400 153 145 23,4 7,4 0,73 
5.000 9.500 121 115 19,3 6,0 0,71 
Carga geral 
40.000 54.500 209 199 30,0 12,5 0,7335.000 48.000 199 189 28,9 12,0 0,73 
30.000 41.000 188 179 27,7 11,3 0,73 
25.000 34.500 178 169 26,4 10,7 0,72 
20.000 28.000 166 158 24,8 10,0 0,71 
15.000 21.500 152 145 22,6 9,2 0,71 
10.000 14.500 133 127 19,8 8,0 0,72 
5.000 7.500 105 100 15,8 6,4 0,74 
2.500 4.000 85 80 13,0 5,0 0,77 
Navios transportadores de veículos 
30.000 48.000 210 193 32,2 11,7 0,66 
25.000 42.000 205 189 32,2 10,9 0,63 
20.000 35.500 198 182 32,2 10,0 0,61 
15.000 28.500 190 175 32,2 9,0 0,56 
Obs.: As dimensões das embarcações podem varias até 10%, dependendo do projeto e país de origem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS NAVIOS 
 
 
Fisicamente, o navio é composto por casco e seus apêndices, equipamento 
propulsor e auxiliar e acessórios. 
As principais características dos navios são: a nacionalidade, o porto de inscrição, o 
nome, a tonelagem de porte bruto (tpb) e a classe. 
A tonelagem de porte bruto indica o peso do navio com a capacidade máxima de 
carga operacional (carga, combustível e mantimentos), é o peso entre calado mínimo e 
máximo. 
A classe do navio é estabelecida conforme as condições de navegabilidade do 
navio. É de competência das sociedades classificadoras e necessitam de vistoria do navio e de 
emissão de um certificado de classe, o qual é aceito internacionalmente. A embarcação é 
considerada classificada quando se torna portadora de um certificado de classe. O navio que 
não estiver classificado perde o registro. Os navios se classificam conforme o estado em que 
se encontram e o grau de confiança merecido. As classes são designadas por símbolos 
marcados nos certificados que as sociedades classificadoras emitem. 
 
O porto de inscrição é de livre escolha do proprietário do navio, o qual geralmente 
leva em consideração a localização da empresa e dos serviços auxiliares oferecidos pelo porto 
e os impostos estaduais e municipais. O navio além de registrado deve ser inscrito na Capitania 
dos Portos, se possuir mais de 20 toneladas de arqueação bruta. Deve-se ressaltar que o porto 
de inscrição não indica a nacionalidade do navio. Existem navios com bandeira de um país e 
porto de inscrição de outro. O porto de inscrição, assim como o nome da embarcação são 
marcas exteriores de identificação do navio, pois devem ser marcados no casco da embarcação, 
na popa. 
 
 
16 
 
 
O nome da embarcação é escolhido pelo proprietário do navio, obedecendo ao 
princípio da novidade, ou seja, veda-se o uso de denominações iguais entre embarcações de 
mesma bandeira que naveguem em mar aberto. É uma das características de identificação do 
navio e conforme o Regulamento do Tráfego Marítimo, o nome deve estar marcado 
externamente, de modo visível, na popa, junto com o porto de inscrição e na proa nos dois 
bordos (a bombordo e a boreste). Todo navio deve ter um nome que o individualize. O nome é 
concedido por ocasião do registro do navio e deverá constar de todos os documentos de bordo. 
A nacionalidade e o nome são formas de individualização do navio. Um navio que 
não possui nacionalidade é considerado um navio suspeito, pirata. 
A nacionalidade da embarcação é obtida através de registro no órgão competente. 
Assim como o nome, a nacionalidade individualiza o navio. No Brasil, as embarcações de mais 
de 20 (vinte) toneladas de arqueação bruta devem ser registradas no Tribunal Marítimo, o qual 
expede a provisão e Registro da Propriedade Marítima, que prova a nacionalidade do navio. Já 
as embarcações de até 20 (vinte) toneladas devem ser inscritas na Capitania dos Portos ou 
órgão subordinado, e a nacionalidade será conferida pelo Título de Inscrição. 
O registro da propriedade das embarcações determina a sua nacionalidade. 
Efetuado o registro a embarcação estará habilitada a arvorar o pavilhão do Estado de Registro, 
além de ter a proteção no alto-mar e de outras vantagens inerentes à nacionalidade. Hasteando 
a bandeira de uma nação, o navio passa a ser parte integrante do território dela, nele 
dominando as suas leis e convenções internacionais ratificadas pelo Estado de Registro. 
A Convenção das Nações Unidas Unidas sobre Direito do Mar (CNUDM III), art. 
91, exige que haja um forte elo de ligação entre o Estado do pavilhão e o navio preconizando 
que Estados signatários deverão estabelecer os requisitos necessários para a atribuição da sua 
nacionalidade a navios, para o registo de navios no seu território e para o direito de arvorar a 
sua bandeira. 
 
 
A INDIVIDUALIDADE DOS NAVIOS 
 
 
 
A bandeira é o símbolo externo do registro de propriedade do navio e é 
comprovado por meio dos papeis de bordo. O local do registro denomina-se porto de registro, o 
qual não necessariamente será um porto. Os navios adquirem a nacionalidade do Estado cuja 
bandeira estejam autorizados a arvorar. Assim, a nacionalidade decorre do porto de registro do 
navio e comprova-se através dos papéis de bordo. 
Antigamente, os papeis de bordo denominavam-se lettres de mer, compreendendo 
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certificado de nacionalidade, rol de equipagem, diário de bordo etc. A forma e concessão dos 
papeis de bordo dependem, de forma exclusiva, do Estado nacional do navio e são 
regulamentados por ele. 
O sinal que exterioriza a nacionalidade é o pavilhão, a bandeira que deve ser 
ostentada na popa. Mas deve-se atentar que nem sempre o pavilhão corresponde à real 
nacionalidade do navio, como ocorre, por exemplo, com o pavilhão de complacência (ou 
bandeiras de conveniência). 
 
 
 
PARTES DO NAVIO DE INTERESSE OPERACIONAL 
 
(Material dado em sala de aula)

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