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Trabalho Válvulas e Conexões

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
ENGENHARIA MECÂNICA 
SISTEMAS HIDROPNEUMÁTICOS 
 
ALUNO: ÁLEFT VERLANGER ROCHA GOMES 
 
VÁLVULAS E CONEXÕES DE TUBULAÇÃO 
 
 
1. VÁLVULAS 
 
1.1 Definição 
As válvulas são dispositivos destinados a estabelecer, controlar e interromper o 
fluxo em uma tubulação. São os acessórios mais importantes existentes nas tubulações, e 
que por isso devem merecer o maior cuidado na sua seleção, especificação e localização. 
Em uma instalação deve sempre haver o menor número de válvulas, visto que são 
dispositivos com elevado custo, aumentam a possibilidade de vazamentos e introduzem 
perda de carga. 
 
1.2 Classificação das Válvulas 
 Os tipos de válvulas mais importantes são: 
 Válvulas de bloqueio: de gaveta, de macho, de esfera, de comporta; 
 Válvulas de regulagem: de globo, de agulha, de controle; 
 Válvulas que permitem o fluxo em um só sentido: de retenção, de retenção e 
fechamento, de pé; 
 Válvulas que controlam a pressão de montante: de excesso de vazão, de segurança 
e de alívio, de contrapressão; 
 Válvulas que controlam a pressão de jusante: redutoras e reguladoras de pressão, 
de quebra-vácuo. 
 
1.3 Construção das Válvulas 
 Corpo e castelo: 
Três meios mais usuais são empregados para a fixação do castelo ao corpo da 
válvula: (1) castelo rosqueado diretamente ao corpo, que é o sistema mais barato e usado 
em pequenas válvulas para serviços de baixa responsabilidade. (2) Castelo preso ao corpo 
por uma porca solta de união, o qual é empregado em válvulas pequenas de boa qualidade, 
para serviços severos ou altas pressões. (3) Castelo aparafusado, que é o sistema usado 
para válvulas grandes e para qualquer pressão, por ser mais robusto e permitir melhor 
vedação. 
 Sistemas de construção das válvulas: 
Existem os sistemas de construção convencional e especiais, tais como: válvulas 
com o corpo fabricado de chapas de aço, válvulas encamisadas, válvulas aletadas, assim 
como válvulas usinadas de barras. 
 Mecanismo interno e gaxetas: 
É frequente que o trim da válvula seja feito de um material diferente e mais nobre 
do que o da carcaça, a fim de que não sofram corrosão ou erosão nem deformações por 
fluência, que comprometam a estanqueidade da válvula. 
As válvulas para temperaturas muito baixas têm uma construção especial com a 
haste de grande comprimento, ficando assim o volante muito afastado do corpo da 
válvula, com a finalidade de dissipar a temperatura. 
 Extremidades das válvulas: 
Os casos de empregos dos principais tipos de extremidade das válvulas, de acordo 
com a prática corrente: extremidades flangeadas usadas para tubulações industriais de 2” 
ou maiores, extremidades para solda de encaixe menores que 2”, extremidades 
rosqueadas de 4” ou maiores e extremidades para soldas de topo usadas em serviços onde 
seja necessária uma segurança absoluta contra vazamentos. 
 
1.4 Meios de operação das Válvulas 
 Há uma variedade muito grande de sistemas usados para a operação das válvulas; 
os principais são os seguintes: 
 Operação manual: por meio de volante, por meio de alavanca, por meio de 
engrenagens, parafusos sem-fim, etc; 
 Operação motorizada: pneumática, hidráulica e elétrica; 
 Operação automática: pelo próprio fluido (por diferença de pressões gerada pelo 
escoamento), assim como por meio de molas ou contrapesos. 
A operação manual é o sistema mais barato e mais comumente usado; emprega-
se em todas as válvulas que não sejam automáticas e para as quais não se exija operação 
motorizada. 
A operação motorizada é usada para o comando remoto de válvulas, recurso que 
pode ser recomendado principalmente em instalações em que as válvulas sejam em 
grande número e de operação frequente. 
As válvulas de operação automática são autossuficientes, não exigindo comando 
manual nem força motriz externa para a sua operação. 
 
1.5 Válvulas de Gaveta 
 Esse é o tipo de válvula mais importante e de uso mais generalizado. Até há alguns 
anos atrás as válvulas de gaveta dominavam largamente a maior parte das válvulas de uso 
industrial, chegando a representar cerca de 75% do total. Depois, o desenvolvimento de 
outros tipos de válvulas de bloqueio, mais leves, mais rápidas e mais baratas (válvulas de 
esfera e de borboleta principalmente), fez com que a participação das válvulas de gaveta 
caísse bastante, estando, entretanto, em média, ainda acima de 50% do total. 
 Empregam-se nas válvulas de gaveta três sistemas principais de movimentação da 
haste: haste ascendente com rosca externa, haste e volante ascendentes e haste não 
ascendente. 
 Algumas variantes de válvulas de gaveta são: válvulas de comporta ou de 
guilhotina, válvulas de fecho rápido assim como válvulas de passagem plena. 
 
1.6 Válvulas de Macho 
 As válvulas de macho representam em média cerca de 10% de todas as válvulas 
usadas em tubulações industriais. Aplicam-se principalmente nos serviços de bloqueio de 
gases (em quaisquer diâmetros, temperaturas e pressões); e também no bloqueio rápido 
de água, vapor e líquidos em geral (em pequenos diâmetros e baixas pressões). As 
válvulas de macho são recomendadas também para serviços com líquidos que deixem 
sedimentos ou que tenham sólidos em suspensão. Uma das vantagens dessas válvulas 
sobre as de gaveta, é o espaço ocupado muito menor. 
 Os modelos nos quais as válvulas de macho são fabricadas são nos modelos: 
regular, curto, venturi e passagem circular. 
 Algumas variantes das válvulas de macho são: válvulas de esfera, em que o macho 
é uma esfera, que gira sobre um diâmetro, deslizando entre anéis retentores de material 
resiliente não-metálico. Válvulas de 3 ou 4 vias, onde o macho é furado em T, em L ou 
em cruz. 
 
1.7 Válvulas de Globo 
 Nas válvulas de globo o fechamento é feito por meio de um tampão que se ajusta 
contra uma única sede, cujo orifício está geralmente em posição paralela ao sentido geral 
de escoamento do fluido. O tampão, também chamado de ''obturador'', pode ter a 
superfície de assentamento cônica, plana, esférica, etc. As válvulas de globo podem 
trabalhar não só em posição aberta e fechada, como em qualquer posição intermediária 
de fechamento, isto é, são válvulas de regulagem. Causam, entretanto, em qualquer 
posição, fortes perdas de carga (comprimento equivalente de 300 a 400 diâmetros do tubo, 
quando completamente abertas), devido às mudanças de direção e turbilhonamentos do 
fluido dentro da válvula. 
 As válvulas de globo, de aço forjado e de aço fundido, para as indústrias de 
petróleo e petroquímica, estão padronizadas na norma EB-141 V e VI, da ABNT. 
 Algumas variantes das válvulas de globo são: válvulas angulares, válvulas em “Y” 
e válvulas de agulha. 
 
1.8 Válvulas de Retenção 
 Essas válvulas permitem a passagem do fluido em um sentido apenas, fechando-
se automaticamente por diferença de pressões, exercidas pelo fluido em consequência do 
próprio escoamento, se houver tendência à inversão no sentido do fluxo. São, portanto, 
válvulas de operação automática. 
 Três casos típicos de uso obrigatório de válvulas de retenção são: linhas de 
recalque de bombas (imediatamente após a bomba) quando houver mais de uma bomba 
em paralelo descarregando no mesmo tronco; linha de recalque de uma bomba para um 
reservatório elevado; extremidade livre da linha de sução de uma bomba, no caso de 
sistemas com sução não afogada. 
 Existem três tipos gerais mais comuns de válvulas de retenção: válvulas de 
retenção de portinhola, válvulas de retenção de pistão e válvulas de retenção de esfera. 
 Algumas variantes das válvulas de retenção são: válvulas de pé e válvulas de 
retenção e fechamento. 
 
1.9 Válvulas de Segurançae de Alívio 
 Essas válvulas controlam a pressão a montante abrindo-se automaticamente, 
quando essa pressão ultrapassar um determinado valor para o qual a válvula foi calibrada, 
e que se denomina ''pressão de abertura'' da válvula (set-pressure). A válvula fecha-se em 
seguida, também automaticamente, quando a pressão cair abaixo da pressão de abertura. 
 A construção dessas válvulas é semelhante à das válvulas de globo angulares. O 
tampão é mantido fechado contra a sede pela ação de uma mola, com porca de regulagem. 
Calibra-se a válvula regulando a tensão da mola de maneira que a pressão de abertura 
tenha o valor desejado. 
 
1.10 Válvulas de Controle 
 Este é um nome genérico dado a uma grande variedade de válvulas usadas em 
combinação com instrumentos automáticos, e comandadas a distância por esses 
instrumentos para controlar a vazão ou a pressão de um fluido. A válvula tem sempre um 
atuador (podendo ser hidráulico, pneumático, elétrico) que comanda diretamente a peça 
de fechamento da válvula, e que por sua vez é comandado por um sinal, enviado por um 
instrumento para medir a grandeza que se deseja controlar. 
 O corpo da válvula é quase sempre semelhante ao de uma válvula de globo. Elas 
possuem frequentemente dois tampões superpostos na mesma haste, a fim de diminuir o 
esforço necessário à operação e assim facilitar o controle. 
 As válvulas de controle, embora dificilmente deem uma vedação perfeita, são 
sempre de construção e usinagem cuidadosas, e de materiais da melhor qualidade. 
 
1.11 Outros Tipos Importantes de Válvulas 
 Pode-se destacar outros quatro tipos importantes, os quais são: 
 Válvulas de borboleta: As válvulas de borboleta são basicamente válvulas de 
regulagem, mas também podem trabalhar como válvulas de bloqueio. O 
fechamento da válvula é feito pela rotação de uma peça circular (disco), em torno 
de um eixo diametral, perpendicular à direção de escoamento do fluido; 
 Válvula de diafragma: são válvulas sem engaxetamento, desenvolvidas 
especialmente para bloqueio e regulagem de fluidos corrosivos, tóxicos, ou 
perigosos de um modo geral, bem como para fluidos muito voláteis, ou que exijam 
total segurança contra vazamentos. O fechamento da válvula é feito pela 
deformação de um diafragma não-metálico flexível, que é apertado contra a sede; 
o mecanismo móvel fica completamente fora do contato com o fluido, não 
necessitando assim de material resistente à corrosão; 
 Válvulas redutoras de pressão: As válvulas redutoras de pressão regulam a pressão 
a jusante da válvula, fazendo com que essa pressão se mantenha dentro de limites 
preestabelecidos; 
 Válvulas de excesso de fluxo: são válvulas pequenas, que se fecham 
automaticamente, interrompendo o fluxo na tubulação, quando a vazão (ou a 
velocidade) do fluido ultrapassa um determinado limite. O princípio de 
funcionamento é semelhante ao das válvulas de segurança, com a diferença que a 
mola serve para manter a válvula aberta, quando a vazão é baixa. O fechamento 
se dá por efeito da pressão do próprio fluido, contra o tampão, contrariando a ação 
da mola. 
 
1.12 Materiais de Construção e Condições de Trabalho das Válvulas 
 As válvulas, geralmente, possuem materiais diferentes para a carcaça e o 
mecanismo interno. 
 Os principais materiais para construção das carcaças das válvulas são: 
 Aço-carbono fundido (especificações ASTM-A- 216 e A-352); 
 Aço-carbono forjado (especificações ASTM-A- 105, A-181 e A-350); 
 Aço-carbono laminado (SAE-1020); 
 Aços-liga (½ Mo, 1 ¼ Cr-½ Mo, 2 ¼ Cr-1 Mo, 5 Cr-½ Mo, 2 ½ Ni etc.); 
 Aço inoxidáveis (tipos 304,316,410 etc.); 
 Ferro fundido (especificação ASTM A126); 
 Ferro maleável (especificação ASTM A197); 
 Ferros fundidos especiais (adição de Cr, Ni, Si etc.); 
 Bronze (especificações, ASTM B61, B62 etc.); 
 Latões, metal Monel, níquel etc.; 
 Materiais plásticos (PVC e outros). 
Para o mecanismo interno, os principais materiais usados são os seguintes: 
 Aços inoxidáveis (tipos 304, 316, 410, 446 etc.); 
 Bronze (especificações ASTM B61, B62 e outras). 
 
1.13 Seleção de Válvulas 
 A seleção da válvula adequada a um determinado serviço é feita em duas etapas: 
primeiro a seleção do tipo geral de válvula, e depois a especificação das diversas 
características e detalhes que deve ter a válvula do tipo escolhido. 
Para a seleção do tipo geral de válvula, são os seguintes os principais fatores de 
influência que devem ser considerados: 
 Finalidade básica da válvula (bloqueio, regulagem, retenção etc.); 
 Natureza e estado físico do (s) fluido (s); 
 Condições de corrosão, erosão, depósito de sedimentos, presença de sólidos etc., 
que possam existir; 
 Pressão e temperatura (valores de regime e valores extremos); 
 Diâmetro nominal da tubulação; 
 Necessidade ou não de: fechamento estanque, fechamento rápido, operação 
frequente, comando remoto, comando automático, resistência a fogo; 
 Custo; 
 Espaço disponível, posição de instalação. 
 
1.14 Principais Linhas de Fabricação de Válvulas 
 Existe no comércio um grande número de modelos e de linhas de fabricação de 
válvulas, que são bastante variáveis de um fabricante para outro. Nas tabelas 1 a 4 abaixo 
estão mostradas as principais linhas de fabricação, com indicação das faixas de diâmetro 
de fabricação usual, para cada classe de pressão e cada tipo geral de válvula. Na tabela 1 
são mostradas válvulas de aço fundido: extremidades: flanges ou solda de topo. 
 
 
Tabela 1 – Válvulas de aço fundido. 
 
 Na tabela 2, são mostradas válvulas de aço forjado: extremidades: rosca ou solda 
de encaixe. 
 
 
Tabela 2 - Válvulas de aço forjado. 
 
 Na tabela 3, são mostradas válvulas de ferro fundido: extremidades: flanges ou 
ponta e bolsa. 
 
 
Tabela 3 – Válvulas de ferro fundido. 
 
 Na tabela 4, são mostradas válvulas de bronze: extremidades rosqueadas. 
 
 
Tabela 4 – Válvulas de bronze. 
 
1.15 Dados para Encomenda ou Requisição de Válvulas 
 O documento de compra de qualquer válvula deve especificar os seguintes dados: 
 Quantidade; 
 Tipo geral da válvula (gaveta, macho, globo, retenção de portinhola etc.); 
 Dimensão básica (diâmetro nominal do tubo); 
 Classe de pressão nominal; 
 Tipo de extremidades e norma dimensional respectiva; 
 Especificação completa de todos os materiais. 
Além desses dados mínimos, é geralmente necessário especificar ainda os 
seguintes dados, que se aplicarem: 
 Tipo de ligação corpo-castelo; 
 Tipo de peças internas (por exemplo: gaveta maciça, em cunha ou paralela, gaveta 
bipartida, sedes integrais ou removíveis, macho lubrificado ou não etc.); 
 Tipo de sistema de movimentação da haste; 
 Acessórios opcionais e condições e/ou exigências especiais; 
 Norma dimensional ou outras normas que devam ser obedecidas. 
 
1.16 Principais Normas sobre Válvulas 
 As normas brasileiras e americanas sobre válvulas industriais são: 
 EB-141 (ABNT): Padroniza dimensões, materiais, construção, condições de 
trabalho, testes de aceitação etc., dos seguintes tipos de válvulas para a indústria 
do petróleo e petroquímica: válvulas de gaveta, de esfera, de macho, de retenção 
e de globo; 
 P-PB-37 (ABNT): Válvulas de gaveta e de retenção de ferro fundido, para água e 
esgotos, até 24'', com extremidades flangeadas e para ligações de ponta e bolsa; 
 ASME B.16.10, ASME B.16.34 e ASME B.16.104 (ASME); 
 As normas API (American Petroleum Institute) são: API-6D, API-526, API-593, 
API-594, API-597, API-598, API-599, API-600, API-602, API-603, API-604, 
API-606, API-609; 
 Normas do BSI (British Standards Institution) são: BS-5146, BS-5159, BS-5351. 
 
 
2. CONEXÕES DE TUBULAÇÃO2.1 Classificação das Conexões de Tubulação 
 As conexões de tubulação podem ser classificadas de acordo com a sua finalidade 
e tipo: 
 Se a finalidade for fazer mudanças de direção em tubulações, os tipos são curvas 
de raio longo, curto e de redução, joelhos e joelhos de redução; 
 Se a finalidade for fazer derivações em tubulações, os tipos são tês normais (90º), 
tês de 45º, tês de redução, peças em Y, cruzetas, selas etc.; 
 Se a finalidade for fazer mudanças de diâmetro em tubulações, os tipos são 
concêntricas, excêntricas e bucha; 
 Se a finalidade for fazer ligações de tubos entre si, os tipos são luvas, uniões, 
flanges, niples; 
 Se a finalidade for fazer o fechamento da extremidade de um tubo, os tipos são 
tampões, bujões e flanges cegos. 
 
2.2 Conexões para Solda de Topo 
 As conexões para solda de topo são peças tendo um chanfro apropriado nas 
extremidades, para a soldagem direta nos tubos, ou dessas peças entre si. Essas peças 
devem ser sempre do mesmo ma-terial dos tubos ou de material de mesmo “Número P”, 
como definido na norma ASME B.31, para evitar soldas dissimilares. 
 São os seguintes os principais tipos de conexões fabricadas para solda de topo: 
 Joelhos de 45º, 90º e 180º (normais e de redução); 
 Tês normais, tês de redução e tês de 45º; 
 Cruzetas (normais e de redução); 
 Reduções concêntricas e excêntricas; 
 Selas (para derivações); 
 Colares; 
 Tampões; 
 Virolas (para flanges soltos). 
 
2.3 Conexões para Solda de Encaixe 
 Essas conexões têm as extremidades com o encaixe para a soldagem nos tubos e 
por esse motivo devem também ser sempre do mesmo material dos tubos, ou de material 
de mesmo “Número P”. As conexões para solda de encaixe são as peças em-pregadas, na 
prática industrial corrente, na maioria das tubulações de pequeno diâmetro, até 1 ½´´, 
inclusive. São fabricadas de aço-carbono forjado (especificações ASTM A105, A181 e 
A350), aços-liga e aços inoxidáveis (especificação ASTM A182), metais não-ferrosos, e 
diversos plásticos. As peças de metais não-ferrosos são às vezes para uso com brasagem, 
tendo por dentro do encaixe um anel embutido de metal de solda: para fazer a solda, basta 
introduzir a ponta do tubo no encaixe e aquecer pelo lado de fora para fundir a liga de 
solda. 
 Encontram-se também no comércio conexões para solda de encaixe com alguns 
tipos de revestimentos internos já aplicados. 
 
2.4 Conexões Rosqueadas 
 Essas conexões têm as extremidades com rosca interna para o rosqueamento direto 
nos tubos, ou rosca externa, para rosqueamento a outras peças. Como não são soldadas 
aos tubos, poderão ser, caso necessário ou econômico, de material diferente dos tubos. 
São empregadas principalmente em tubulações prediais e em tubulações 
industriais em serviços de baixa responsabilidade (água, ar, condensado de baixa pressão 
etc.), sempre até o diâmetro nominal de 4''. Utilizam-se também em tubulações em que, 
devido ao material ou ao serviço, sejam permitidas ligações rosqueadas, tais como 
tubulações de ferro fundido, ferro ou aço galvanizado e materiais plásticos, sempre até o 
diâmetro máximo de 4''. Na figura 1 são mostrados alguns tipos de conexões rosqueadas. 
 
 
Figura 1 – Conexões rosqueadas 
 
2.5 Conexões Flangeadas 
 As conexões flangeadas são fabricadas principalmente em ferro fundido e são 
mais raras que os flanges e outros tipos de conexões. Na figura 2, são reveladas conexões 
flangeadas. 
 
 
Figura 2 – Conexões flangeadas. 
 
 Existem ainda conexões flangeadas de muitos outros materiais, tais como latões, 
alumínio, plásticos reforçados com fibras de vidro (para tubos ''FRP''). Encontram-se 
também no comércio conexões de aço-carbono, com extremidades flangeadas e com 
vários tipos de revestimentos internos anticorrosivos já aplicados: materiais plásticos, 
elastômeros, ebonite etc. 
 
2.6 Conexões de Ligação - Niples 
 Os niples são pedaços curtos de tubos preparados especialmente para permitir a 
ligação de duas conexões entre si, ou de uma válvula com uma conexão, em tubulações 
onde se empregam ligações rosqueadas ou para solda de encaixe. E fácil de se entender 
que as conexões e válvulas rosqueadas ou para solda de encaixe não podem ser 
diretamente ligadas uma à outra, ao contrário do que acontece com as conexões para solda 
de topo e flangeadas. Os niples servem também para fazer pequenos trechos de tubulação. 
 Os principais tipos de niples são: niples paralelos e niples de redução. Na figura 3 
são revelados os tipos de niples e exemplos de empregos. 
 
 
Figura 3 – Tipos de niples e exemplos de empregos. 
 
2.7 Outros Tipos de Conexões de Tubulação 
 Existem ainda várias outras classes de conexões de tubulação, tais como: 
 Conexões com pontas lisas para tubos de plásticos reforçados (tubos ''FRP''); 
 Conexões de ponta e bolsa de ferro fundido e de outros materiais; 
 Conexões para ligação de co1npressão; 
 Conexões para juntas ''Dresser'', ''Victaulic'' etc. 
Todas essas conexões são fabricadas nos diâmetros e com os materiais adequados 
ao uso com os tubos que empreguem cada um desses sistemas de ligação. São mostradas 
na figura 4 conexões de ponta e bolsa. 
 
 
Figura 4 – Conexões de ponta e bolsa. 
 
2.8 Curvas em Gomos e Derivações Soldadas 
 Curvas em gomos são feitas de pedaços de tubos cortados em ângulo e soldados 
de topo um em seguida do outro. Dependendo do número e do ângulo de inclinação dos 
cortes, podem-se conseguir curvas com qualquer ângulo de mudança de direção. As 
curvas de 90º costumam ter 3 ou, mais raramente, 4 gomos; as de 45º costumam ter 2 ou 
3 gomos. Essas curvas têm, em relação às curvas sem costura de diâmetro e espessura 
iguais, uma resistência e uma flexibilidade bem menores. Além disso, tanto a resistência 
como a flexibilidade podem variar muito, dependendo das proporções da curva e dos 
cuidados no corte e na soldagem das peças. As arestas e soldas são pontos de concentração 
de tensões e também pontos especialmente sujeitos a corrosão e erosão. 
 Existem muitos tipos de derivações soldadas, feitas sem o emprego de peças em 
''Tê'', seja como tubos soldados diretamente um no outro, seja com o auxílio de luvas, 
colares ou selas; essas derivações aplicam-se a tubulações de qualquer tipo de aço: aço-
carbono, aços-liga e aços inoxidáveis. 
 Para ramais pequenos, até 2'' de diâmetro, é usual o emprego de uma luva 
(rosqueada ou para solda ele encaixe), soldada diretamente ao tubo-tronco, desde que esse 
último tenha pelo menos 4'' de diâmetro. A norma ASME.B .31.3 admite esse sistema, 
para ramais até 2'', sem limitações locais, desde que as luvas tenham resistência suficiente 
e desde que a relação entre os diâmetros normais do tubo-tronco e da derivação seja igual 
ou superior a 4. 
 
2.9 Outros Acessórios de Tubulação 
 Existem ainda outros acessórios de tubulação, os quais são: peças, raquetas, juntas 
giratórias e discos de ruptura. 
 As peças e as raquetas são acessórios que se instalam em uma tubulação quando 
se deseja um bloqueio rigoroso e absoluto na tubulação. Esses são também empregados, 
algumas vezes, em lugar das válvulas, por motivo de economia ou em locais onde o 
bloqueio da tubulação só seja preciso fazer esporadicamente. 
 As juntas giratórias são acessórios que permitem o movimento de rotação axial, 
em torno de um eixo passando pela linha de centro do tubo. Consistem essencialmente 
em duas peças cilíndricas concêntricas capazes de deslizar urna em torno da outra. Para 
evitar vazamentos, todas as juntas giratórias têm um sistema qualquer de engaxetamento 
ou de retentores. 
 Os discos de ruptura são peças muito simples, destinadas a proteger uma tubulaçãocontra sobrepressões internas, fazendo, portanto, o mesmo serviço das válvulas de 
segurança e de alívio. São discos de chapa fina resistente à corrosão, colocados em um 
extremo livre da linha, imprensados entre dois flanges.

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