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Concurso de Crimes e Concurso de Pessoas

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CONCURSO DE PESSOAS
INTRODUÇÃO:
Normalmente os tipos da Parte Especial do CP referem-se a fatos realizáveis por uma única pessoa, mas podem trazer condutas que necessitam da participação de várias pessoas para configurarem o crime.
CONCURSO NECESSÁRIO E EVENTUAL;
Os crimes podem ser monosubjetivos ou plurisubjetivos. Nestes últimos, a pluralidade de sujeitos é da própria essência do tipo penal. Daí falar-se em crime de concurso necessário. Os primeiros, do contrário, podem ser cometidos por uma só pessoa. Eventualmente, podem ser praticados por mais de um sujeito. Daí falar-se em concurso eventual. 
CONCURSO NECESSÁRIO: o concurso de pessoas é descrito pelo preceito primário da norma penal incriminadora. Assim, não se aplica aos casos do artigo 29 do CP, ficando estes para o concurso eventual. 
CONCURSO EVENTUAL: não faz parte do tipo a quantidade de pessoas, podendo ser praticado por apenas um agente. 
AUTORIA – PARTICIPAÇÃO: 
CONCEITO AUTORIA: em princípio é o sujeito quem executa a conduta expressa pelo verbo típico da figura delitiva. É quem mata, subtrai etc.
CONCEITO DE PARTICIPAÇÃO: Dá-se a participação propriamente dita quando o sujeito, não praticando atos executórios do crime concorre de qualquer modo para a sua realização (induzindo, instigando, etc). No domínio do fato, é quem efetiva um comportamento que não se adapta ao verbo do tipo e não tem poder de decisão sobre a execução ou consumação do crime (CP art. 29).
 
Há três teorias a respeito de AUTORIA:
RESTRITIVA DE AUTOR: é quem realiza a conduta típica. É quem pratica o verbo do tipo (matar, subtrair etc). Diferenciam-se partícipes de autores (art. 29 CP).
EXTENSIVA DE AUTOR: fundamenta-se no resultado: é autor quem dá causa ao evento (teoria da equivalência das condições – todas as participações são de iguais valores);
DOMÍNIO FINAL DO FATO: é autor quem tem o controle final do fato. Não exclui a restritiva, mas complementa-a. Explica as questões de autoria mediata, intelectual etc.
É uma teoria que se assenta em princípios relacionados à conduta e não ao resultado (equivalência das condições). Agindo no exercício desse controle, distingue-se do partícipe, que não tem o domínio do fato, apenas cooperando, induzindo, incitando. Não exclui da teoria restritiva, complementa-a. É uma teoria objetivo-subjetivo (objetivo: prática de uma conduta relevante – Subjetivo: vontade de manter o controle da situação até a eclosão do resultado).
OBS: O nosso código adotou a teoria restritiva, uma vez que os artigos 29 e 62 IV fazem distinção entre autor e partícipe. A doutrina e jurisprudência adotam a teoria do domínio final do fato.
RELAÇÃO COM A TEORIA DA CAUSALIDADE (Partícipe: tipicidade indireta)
- adequação típica de subordinação mediata (ampliada ou por extensão) e imediata;
- IMEDIATA: a uma relação material objetiva entre a conduta e o resultado. Ex. matar alguém;
- MEDIATA: a relação é de ordem normativa – instigar a matar alguém - art. 29 do CP – de qualquer modo.
FORMAS DE AUTORIA E DE CONCURSO DE PESSOAS EM FACE DA TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO: Co-autoria e participação.
autoria propriamente dita: realiza materialmente a conduta (executor material individual – age sozinho, não havendo indutor, instigador – tem o domínio final da conduta).
autoria intelectual: é quem planeja a ação delituosa – é o chefe da quadrilha, que sem por a mão na massa (efetuar o comportamento típico) planeja e decide a ação delituosa (agravante - art. 62, I).
autoria mediata: é o “sujeito de traz”. Serve-se de outrem para praticar o fato (servindo de instrumento). Todo o processo de realização da figura típica deve apresentar-se como obra da vontade reitora do “homem de traz”, o qual deve ter absoluto controle sobre o executor do fato.
Co-autoria - (reunião de autoria). Todos são autores. Um é co-autor do outro. É a prática comunitária do crime. Enquanto um realiza o verbo do tipo (subtrair) o outro fica de atalaia. Há uma divisão de tarefas para que se consiga realizar o crime. Cada um dos integrantes possui o domínio da realização do fato conjuntamente com o outro ou outros autores, com os quais tem plano comum de distribuição de atividades. Nenhum deles é simples instrumento dos outros.
 
 A co-autoria pode ser:
	d.1) direta: todos praticam o núcleo do tipo (lesões) Ex. todos agridem a vítima;
d.2) parcial ou funcional: há divisão de tarefas; Neste, a ausência de um frustra o delito – 
domínio funcional do fato; Ex. roubo. São divididas as ações de apoderamento do dinheiro, constrangimento das vítimas mediante ameaça, vigilância e direção do veículo. 
TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS ( há um ou vários crimes?) 
UNITÁRIA; todos cometem o mesmo crime (há unidade de crimes e pluralidade de agentes). Essa teoria não faz qualquer distinção entre autor e partícipe. Embora o crime seja praticado por diversas pessoas, permanece único e indivisível. O crime é resultado de cada um e de todos, indistintamente. O fundamento maior dessa teoria é político-criminal, que prefere punir igualmente a todos os participantes de uma mesma infração penal. (Bitencourt). Adotada como regra pelo código penal “...determinando que todos os participantes de uma infração penal incidem na sanções de um único e mesmo crime”. É uma teoria objetiva. 
DUALISTA: há um delito entre autoria e outro entre o partícipe; adotada como exceção a regra nos parágrafos do art. 29 do CP.
PLURALÍSTICA: pluralidade de pessoas e de crimes (teoria subjetiva).
Segundo esta teoria, a cada participante corresponde a uma conduta própria, um elemento psicológico próprio e um resultado igualmente particular. (Bitencourt).
6.1) Exceções pluralísticas da teoria unitária: art. 124 e 126; 	art. 317 e 333;
PARTICIPAÇÃO:
A lei penal não quer unicamente que o homem não mate, não furte, mas também que não pratique fatos tendentes a matar, a furtar, atos diversos de matar ou furtar, mas que encontram no círculo de ações que a ordem jurídica proíbe.
conceito - artigo 29 CP. 
É quem efetiva um comportamento que não se adapta ao verbo do tipo e não tem poder de decisão sobre a execução ou consumação do crime;
CARACTERÍSTICAS:
a conduta não se amolda ao núcleo da figura típica;
o partícipe não tem nenhum poder diretivo sobre o crime;
	Ex. instigar, auxiliar etc.
ESPÉCIES DE PARTICIPAÇÃO:
Embora o CP brasileiro não tenha estabelecido as espécies de participação, nem a sua forma de realização, exemplifica, contudo no art. 31, a modalidades que esta pode apresentar.
moral:
instigação: quando já existe a vontade e o partícipe atua sobre esta vontade. A instigação deve dirigir-se a um fato determinado, assim como a um autor ou autores determinados.
Induzimento (determinação): suscitar uma idéia. Fazer surgir a vontade;
material: (cumplicidade)
o partícipe exterioriza sua contribuição através de um comportamento, de um auxílio. Emprestar a arma. 
3.1 - favorecimento pessoal 
3.2 - promessa de ajuda depois do crime;
OBS: É necessário a eficácia causal e a consciência de participar na ação de outrem. 
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS ( participação);
 a) pluralidade de condutas (dos partícipes e dos autores).
 b) liame subjetivo;
 c) identidade de infração para todos os participantes;
LIAME SUBJETIVO: (vontade de contribuir para o crime)
- Não é suficiente a conduta, é necessário o elemento subjetivo, pelo qual cada concorrente tem consciência de contribuir para a realização da obra comum. Somente em relação ao partícipe é necessário o elemento subjetivo da participação. Ex. do empregado que deixa a porta aberta para o ladrão entrar.
- Não é necessário acordo de vontades, basta que um adira a outra;
- Homogeneidade de elemento subjetivo-normativo;
- Não há participação dolosa em crime culposo (dois crimes). 
- Não há participação culposa em crime doloso 
PUNIBILIDADE:
participação de menor importância: art. 29 § 1º, apenas para opartícipe (quanto mais a conduta se aproxima do núcleo do tipo maior deve ser a pena- Ex. pessoa que dá informação de onde tem o dinheiro e a pessoa que armado rouba). Não se trata de uma exceção à teoria unitária, mas uma causa de diminuição de pena.
Cooperação dolosamente distinta: art. 29, § 2º ( “A”determina “B”que dê uma surra em “C” e B vem a matá-lo. “A” só responde por lesões corporais e “B” por homicídio); Era previsível - a pena será aumentada até a metade - (crimes preterdolosos?) a solução é que se o resultado mais grave decorre de conseqüência natural do fato ou por simples “culpa” do executor a responsabilidade se comunica ao partícipe.
É uma exceção à teoria unitária – suponhamos que se o partícipe instigar o autor principal a dar uma surra em sua amante (lesões corporais) e este resolve matá-la. 
TAMG-002314) LATROCÍNIO - DESCLASSIFICAÇÃO PARA ROUBO MAJORADO - INTELIGÊNCIA DO ART. 29, § 2º, DO CÓDIGO PENAL - RESPONSABILIDADE PENAL PELO CRIME QUE O AGENTE QUIS COMETER - PARTICIPAÇÃO - CONFRONTO COM O ART. 157 § 3º, DO CÓDIGO PENAL, NA FORMA PRETERDOLOSA - INOCORRÊNCIA - SUPREMACIA DA NORMA GENÉRICA MAIS BENÉFICA - DIMINUIÇÃO DA PENA - RECURSO PROVIDO. I- Quando o agente ajusta com seus comparsas a execução de crime menos grave, ocorrendo, todavia, resultado danoso acima do esperado, mas previsível, é de se reconhecer a incidência do art. 29, § 2º, do Código Penal. II- Apesar de o latrocínio admitir a figura preterdolosa, esta não predomina sobre a norma genérica de participação dolosa diversa. III- Com o advento do novel texto da Parte Geral de 1984, é de se reconhecer que o art. 29, § 2º do Código Penal é norma posterior àquela do art. 157, § 3º do mesmo Codex, pois este tipo penal preterdoloso tem origem na redação de 1940, em que pese o aumento de pena instituído pela Lei 9.426/96. IV- Não possuindo o partícipe o domínio final do fato, injusto seria aplicar-lhe a sanção do art. 157, § 3º do Código Penal, afastando-se a norma benéfica da participação dolosa diversa. (Apelação Criminal nº 0300874-6/1999, 2ª Câmara Criminal do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Alexandre Victor de Carvalho. j. 23.05.2000, un.).
		Art. 29, § 2º, é aplicável somente ao partícipe: Veja-se ementa abaixo:
TJRS-038816) APELAÇÃO-CRIME. LATROCÍNIO. 1 - PROVA. Indícios veementes e concatenados entre si, dos quais se logra extrair a participação do réu na empreitada criminosa. 2 - COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA. A cooperação dolosamente distinta, denominada pela doutrina de 'desvio subjetivo de conduta', incide somente ao partícipe em sentido estrito. Réu que tinha o domínio funcional do fato - portanto, co-autor -, aderindo ao resultado final, não se pode valer do instituto. 3 - PENA. Havendo circunstâncias judiciais desfavoráveis, o afastamento da pena do patamar mínimo se impõe. 4 - REGIME INTEGRALMENTE FECHADO. Constitucionalidade da Lei dos Crimes Hediondos. Precedentes. Apelo improvido. Unânime. (Apelação Crime nº 70005294707, Câmara Especial Criminal do TJRS, São Leopoldo, Rel. Des. Maria da Graça Carvalho Mottin. j. 25.02.2003).
PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL
	art. 31 - Ex. art. 288 do CP. 
MOMENTO DA PARTICIPAÇÃO E EXCLUSÃO DA PARTICIPAÇÃO POSTERIOR AO DELITO- 
- a participação deve ocorrer no iter criminis. Se for posterior pode ser favorecimento pessoal (348) e real (349);
PARTICIPAÇÃO MEDIANTE OMISSÃO.
- Damásio entende que não há necessidade da teoria do domínio do fato nos crimes omissivos, bastando para ser autor ter o critério da infringência do dever de agir. Entende não existir a co-autoria, uma vez que os omitentes possuem a qualificação jurídica exigida pelo tipo, citando ex.: se dois médicos, ainda que combinados, resolvem silenciar a respeito da presença de uma doença de notificação compulsória, cometem dois crimes, havendo dois autores diretos, mas não co-autoria. Na concepção de Damásio, nos crime omissivos, não haveria necessidade de divisão de tarefas, pois cada um tem diretamente o dever de agir: nos delitos próprios, não se pode dizer que a omissão de um sujeito constitui parte do todo, que a conduta comissiva de um completa a do outro, que há divisão de tarefas etc. (fls 435). Ex. há tantos crimes de omissão de socorro quantos sejam os omitentes, uma vez que não é admissível que os autores possam repartir comportamentos negativos.
- aceita a participação por ação nos crimes omissivos.
BITENCOURT, contrariamente a Damásio, entende que nos crimes omissivos, quando o sujeito é obrigado a agir, pode existir a co-autoria, desde que haja a anuência à omissão de outrem.
CRIMES OMISSIVO IMPRÓPRIOS: (pode haver partícipe e co-autoria)
dever jurídico de agir (crimes comissivos por omissão – ou impróprios) (para ser autor, basta que não tenha impedido a prática do crime infringindo um dever jurídico; 
Requisitos: 
	1) dever jurídico de o sujeito opor-se a prática do crime;
	2) vínculo subjetivo
sem dever jurídico de agir (omissivos puros ou próprios) (conivência ou participação negativa). Na conivência pode ocorrer: 
infração autônoma ( ex. do exímio nadador que não tem o dever jurídico de salvar uma criança em uma piscina sem risco pessoal - responde por omissão de socorro. 
não constitui infração autônoma nem será partícipe no principal
Ex. sujeito que assiste inerte, de sua janela um roubo a banco. 
	
B.1) participação nos crimes omissivos puros: 
	É perfeitamente possível a co-autoria em crime omissivo próprio. (Bitencourt)
Não se pode confundir participação em crime omissivo com participação por omissão em crime comissivo. Assim como o crime comissivo admite a participação através de omissão, o crime omissivo também admite a participação através de comissão. É impossível a participação omissiva em crime omissivo, sob a modalidade instigação.
Ex. Num acidente de veículo com vítima: 
se duas pessoas, separadamente deixarem de prestar socorro, serão autoras autônomas
se estas duas pessoas estiverem juntas (liame subjetivo) serão co-autoras;
Não há participação omissiva em crimes omissivos puros por falta de nexo de causalidade;
Ex. “A” e “B” estão juntos. “B” médico deixa de comunicar doença cuja notificação é obrigatória. “A” não responde pelo crime como partícipe. 
Poderá existir participação comissiva em crimes omissivos puros:
Ex. o paciente que instiga o médico de não comunicar uma doença contagiosa. Será partícipe do médico. 
COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE CONDIÇÕES, ELEMENTARES E CIRCUSTÂNCIAS
Objetivas: são as que se relacional com o modo, meio, tempo, lugar etc.
CIRCUNSTÂNCIAS: 
			Subjetivas: (só dizem respeito à pessoa do partícipe) reincidência, relevante valor 
moral
					Judiciais – art. 59 do CP
	 Podem ainda ser: 
								- agravantes
						 genéricas	- atenuantes
								- causas de aumento ou diminuição de pena
					legais 			
								- qualificadoras
						 específicas
								- causas de aumento ou diminuição de pena
As circunstâncias e condições de caráter pessoal não se comunicam entre co-autores e partícipes, por expressa determinação legal (ex. reincidência)
A circunstância objetiva não pode ser considerada no fato do partícipe ou co-autor se não ingressou na esfera de seu conhecimento;
As elementares, sejam de caráter objetivo ou pessoal, comunicam-se entre os fatos cometidos pelos participantes, desde que tenham ingressado na esfera de seu conhecimento. 
OBS: A comunicabilidade das circunstâncias objetivas e das elementares do crime deve ser examinadas nos termos do artigo 29, caput do CP, na medida da culpabilidade de cada participante. 
incomunicabilidade das circunstâncias de caráter pessoal:
em caso de co-autoria ou participação, os dados inerentes à pessoa de determinado concorrente não se estendem aos fatos cometidos pelos outros.
Ex. “A” reincidente, induz “B” primário, a cometer um deleito. A agravante será aplicada somente em “A”.
A circunstância objetiva não pode ser consideradano fato do partícipe ou co-autor se não entrou na esfera de seu conhecimento:
Ex. se “A” induzisse “B” a cometer um crime de dano e o autor principal empregasse violência física, incidiria sobre a pena do partícipe a qualificadora. 
a comunicabilidade incondicional das agravantes objetivas é pura responsabilidade penal 
	objetiva.
A regra do artigo 30, do CP, que trata da comunicabilidade das elementares e circunstâncias, deve ser interpretada à luz do artigo 29, caput, parte final, segundo o qual a pena deve ser medida de acordo com a culpabilidade de cada um dos participantes, levando-se em conta a presença do dolo e da culpa.
Assim, as circunstâncias objetivas só alcançam o partícipe ou co-autor se, sem haver praticado o fato que as constitui houverem integrado o dolo ou a culpa.
Ex. A induz B a praticar lesões corporais contra C, sem determinar a forma de execução. B, de emboscada, lesiona a integridade física da vítima. (somente B, responderá pela agravante (objetiva) prevista no art. 61, II, c, CP
​Em se tratando de circunstância objetiva agravante, não pode ser considerada em relação do co-autor ou partícipe se não agiu pelo menos com culpa em relação à mesma. 
Ex. A instiga B a cometer constrangimento ilegal contra C. B, sem previsibilidade por parte de A, emprega arma de fogo na execução do delito. O partícipe A não incide na causa de aumento de pena prevista no artigo 146, § 1º, 2ª figura do CP.
Tratando-se de qualificadora ou causa de aumento ou diminuição de pena (prevista na parte geral ou especial), a agravação não alcança o terceiro senão quando tiver agido culposamente. 
A aconselha B a cometer constrangimento ilegal contra C. B, para a execução do crime, emprega asfixia. O partícipe não responde por homicídio qualificado (art. 121, § 2º, III, 4ª figura do CP)
As elementares, sejam de caráter objetivo ou pessoal, comunicam-se entre os fatos cometidos pelos participantes, desde que tenham ingressado na esfera de seu conhecimento. 
O princípio decorre do requisito da identidade de infração para todos os participantes. Qualquer elemento que integra o fato típico fundamental comunica-se a todos os concorrentes
Ex. A funcionário Público, comete um crime de peculato, com a participação de B, não funcionário, que sabe desta qualidade. Os dois respondem por crime de peculato. A elementar de natureza pessoa ( funcionário Público) comunica-se ao partícipe. 
A ausência deste conhecimento no partícipe, não poderá ele responder por peculato, caso contrário seria uma responsabilidade penal objetiva ( sem culpa). NA MEDIDA DE SUA CULPABILIDADE ( parte final do artigo 29 do CP).
CONCURSO DE PESSOAS E INFANTICÍDIO. 
Trata-se de um crime próprio, uma vez que somente a mãe pode ser autora da conduta criminosa em face ao tipo. Essa qualificação doutrinária, porém, não afasta a possibilidade da participação delituosa, conforme o artigo 29 do CP.
Porém, parece estranho que um homem possa ser partícipe de um crime onde existe a elementar INFLUENCIA DO ESTADO PUERPERAL. 
Vejam estes exemplos:
a mãe e o terceiro concretizam o núcleo do tipo “matar”;
a mãe mata a criança contando com a participação acessória de terceiro;
o terceiro mata a criança, figurando a mãe como co-autora intelectual. 
TEORIAS DA ACESSORIEDADE:
A participação é acessória de um fato principal. Parte da regra de que os atos de participação não integram elementos algum de realização da figura típica e, portanto, não sendo puníveis por si mesmos a sua punibilidade não pode deixar de ser uma acessão à punição do fato do autor ou executor (Damásio).
É adotada a teoria a acessoriedade limitada......?
	Há quatro classe de acessoriedade:
Mínima – o simples fato típico valeria pelo crime, não exigindo-se a antijuridicidade;
Limitada – para a punição do partícipe, necessita que o fato principal seja um fato típico e antijurídico, não se exigindo a culpabilidade – é adotada no Brasil.
Extrema – exige que o fato principal seja um fato típico, antijurídico e culpável.
Hiperacessoriedade.
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