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ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL Desenvolvimento Infância e Adolescência Prof. Lusanir S. Carvalho Sigmund Freud (1856 – 1939) A PSICANÁLISE A Psicanálise, fundada por Sigmund Freud (1856 – 1939), se constitui, em “um método de investigação que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias de um sujeito”. (Laplanche e Pontalis, apud Fiorelli, 2004, p. 21) A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais. AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual 2 INCONSCIENTE Quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. No inconsciente estão elementos instintivos, que nunca foram conscientes e que não são acessíveis à consciência. Há material que foi excluído da consciência, censurado ou reprimido. Não lhe é permitido ser lembrado. 3 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual 4 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual INCONSCIENTE No Inconsciente estão elementos instintivos, que nunca foram conscientes e que não são acessíveis à consciência. A maior parte da consciência é inconsciente. É no Inconsciente que estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as Pulsões ou Instintos. 5 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual PSICANÁLISE Aspectos físicos dos instintos =NECESSIDADES. Aspectos mentais = DESEJOS . Pulsões instintuais são pressões que dirigem um organismo para fins particulares As pulsões são forças propulsoras que incitam as pessoas à ação. 6 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual A LIBIDO Cada uma dessas pulsões instintuais tem uma fonte de energia em separado. Libido é a energia provável para os instintos de vida. Uma característica importante da libido é a sua mobilidade, a facilidade com que pode passar de uma área de atenção para outra. Catexia: é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida na representação mental de uma idéia, pessoa ou coisa. A libido estará enraizada em qualquer parte da psique que a atraiu e segurou. 7 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual 8 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual O aparelho psíquico compõe-se em três elementos: ID, EGO e SUPEREGO, que formam uma descrição psicodinâmica da mente. APARELHO PSÍQUICO 9 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual APARELHO PSÍQUICO O ID: contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição – acima de tudo, portanto, os instintos que se originam da organização somática. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas como aos efeitos do ego e do superego. “As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao ID...”; Busca sempre a satisfação imediata – diz-se que ele atua de acordo com o princípio do prazer. 10 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual APARELHO PSÍQUICO O EGO: é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Desenvolve-se a partir do ID à medida que o bebê torna-se cônscio da sua própria identidade, para atender e aplacar as constantes exigências do ID. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O EGO atua de acordo com o princípio da realidade, tentando conciliar as reivindicações do ID e do SUPEREGO, com as do mundo externo. 11 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual APARELHO PSÍQUICO O SUPEREGO: desenvolve-se a partir do EGO e atua como um censor sobre as atividades e pensamentos do EGO. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreveu três funções do SUPEREGO: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enfim, o SUPEREGO é o representante da sociedade dentro de nós. Ele representa o ideal mais do que o real e busca a perfeição mais do que o prazer. 12 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual 13 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual APARELHO PSÍQUICO Essas estruturas da personalidade atuam como um todo, havendo manifestações mais acentuadas, ora de uma, ora de outra. O comportamento, de modo geral, é quase sempre o produto de uma interação entre essas três instâncias e raramente um sistema opera com a exclusão dos outros dois. A meta fundamental da psique é manter – e recuperar, quando perdido – um nível aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer. 14 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASES PSICOSSEXUAIS DO DESENVOLVIMENTO 15 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL À medida que um bebê se transforma numa criança, uma criança em adolescente e um adolescente em um adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como esses desejos são satisfeitos. 16 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL As modificações nas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos básicos na descrição de Freud das fases de desenvolvimento. Fixação: quando uma pessoa não progride normalmente de uma fase para outra, permanece muito envolvida numa fase particular. Uma pessoa fixada em uma determinada fase preferirá satisfazer suas necessidades de forma mais simples ou infantil, ao invés dos modos mais adultos que resultariam de um desenvolvimento normal. 17 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE ORAL (0 A 2 ANOS) A partir do nascimento, necessidade e gratificação estão concentradas em volta dos lábios, língua e um pouco mais tarde, dos dentes. A boca é a estrutura sensorial mais desenvolvida, e é pela boca que se conhece o mundo. A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar; a maior parte da energia libidinal disponível é direcionada ou focalizada nesta área. 18 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE ORAL (0 A 2 ANOS) Pode ocorrer a retenção de algum interesse em prazeres orais. Este interesse só pode ser encarado como patológico se for o modo dominante de gratificação, isto é, se uma pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais apara aliviar ansiedade. A fase oral tardia, depois do aparecimento dos dentes, inclui a gratificação de instintos agressivos. Morder o seio, que causa dor a mãe, e leva a um retraimento do seio, é um exemplo desse tipo de comportamento. 19 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE ANAL (2 A 4 ANOS) À medida que a criança cresce, novas áreas de tensão e gratificação são trazidas à consciência. Entre 2 e 4 anos as crianças geralmente aprender a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. A criança presta uma atenção especial a micção e a evacuação e a partir do treinamento de controle do toalete, há um interesse natural pela autodescoberta. 20 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE ANAL (2 A 4 ANOS) A obtenção do controle fisiológico é ligada a percepção de que este controle é uma nova fonte de prazer. Alémdisso, as crianças aprendem com rapidez que o crescente nível de controle lhes traz atenção e elogios por parte de seus pais. O inverso também é verdadeiro; o interesse dos pais no treinamento da higiene permite a criança exigir atenção tanto pelo controle bem sucedido quanto pelos erros. 21 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE ANAL (2 A 4 ANOS) Características adultas que estão associadas à fixação nesta fase: ordem, parcimônia, obstinação. A organização psicomotora de base (falar, andar e o próprio controle dos esfíncteres) leva a libido a passar de uma organização a outra. A fantasia neste período está ligada aos primeiros produtos, as fezes e o sentimento de o que produzimos é bom, o que é necessário para todas as relações produtivas que estabeleceremos com o mundo. 22 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE FÁLICA (3, 4 ANOS) É a primeira fase em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças sexuais. Freud afirmava que esta fase é melhor caracterizada por “fálica” uma vez que é o período em que uma criança se dá conta do seu pênis ou a falta de um e concluiu que durante esse período, homens e mulheres desenvolvem sérios temores sobre questões sexuais. 23 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE FÁLICA (3, 4 ANOS) Freud viu crianças nesta fase reagirem a seus pais como ameaça potencial à satisfação de suas necessidades. Assim, para o menino que deseja estar próximo de sua mãe, o pai assume alguns atributos de um rival. Ao mesmo tempo, o menino ainda quer o amor e a afeição de seu pai, e por isto, sua mãe é vista como uma rival. A criança está na posição insustentável de querer e temer ambos os pais. 24 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual Complexo de Édipo repressão desenvolvimento do Superego 25 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual PERÍODO DE LATÊNCIA (5, 6 ANOS, ATÉ O INÍCIO DA PUBERDADE) Tempo em que os desejos sexuais não-resolvidos não são atendidos pelo ego e cuja repressão é feita, com sucesso, pelo superego. O investimento energético (libido) volta-se para o mundo, para o desenvolvimento intelectual e social do sujeito. 26 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual FASE GENITAL (PUBERDADE) Fase final do desenvolvimento biológico e psicológico que ocorre no início da puberdade a partir do retorno da energia libidinal para os órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais. 27 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bee, Helen. A criança em desenvolvimento. - 12. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2011. Fadiman, J. &Frager, R. Teorias da Personalidade. São Paulo: HARBRA, 1986. Schultz, D. P. & Schultz, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix, 1992. 28 AULA 8 - O Desenvolvimento Psicossexual
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