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A INFLUENCIA DA MIDIA E A DOENÇA DA VAIDADE: TRANSTORNOS ALIMENTARES E VIGOREXIA

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UNIRV- UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
LAYANE NUNES TRINDADE
A INFLUÊNCIA DA MÍDIA E A DOENÇA DA VAIDADE
Transtornos alimentares e Vigorexia
RIO VERDE
2016
LAYANE NUNES TRINDADE
A INFLUÊNCIA DA MÍDIA E A DOENÇA DA VAIDADE
Transtornos alimentares e Vigorexia
Monografia apresentada à Faculdade de Educação Física da UNIRV- Universidade de Rio Verde, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel e Licenciado em Educação Física. 
ORIENTADOR: ESP. BRUNO CLEYTON S. BARROS
RIO VERDE
2016
DEDICATÓRIA
“Um homem é um anjo de uma asa só, para voar, precisa abraçar outro.” 
Fernando Pessoa
A Deus, Onipotente, Onipresente e Onisciente que me carregou em Seu colo tantas vezes durante essa jornada.
Ao meu filho Isaque que foi o grande motivo, e a mola propulsora da minha vida, e da minha jornada acadêmica.
Ao meu noivo, pela paciência inabalável, e pela fé depositada em mim.
As minhas amigas de perto ou longe que de alguma forma contribuíram para esse momento. Em especial Amany, Josy e Jack por tantas horas de conversa e calma.
As minhas colegas de trabalho pelo carinho, e pelo apoio.
A todos os meus familiares, pela força e pelo encorajamento de sempre.
Aos meus irmãos, em especial ao Danillo por ser uma grande referência como pesquisador e estudioso na minha vida.
E aos meus pais, sem os quais nada disso seria possível, com todo meu amor.
AGRADECIMENTOS
A Deus pelo sopro da vida, por permitir esse recomeço e fazer novas todas as coisas em minha vida, 
Aos mestres, pelo carinho, pela dedicação, pela maravilhosa troca de experiências.
A minha família, pelo suporte, pela força, pela coragem. 
Ao Isaque, pois sem ele eu teria desistido. 
Ao meu noivo pelo ombro amigo, por dividir nosso tempo e continuar cuidando de mim. 
A minha mãe, que durante esses anos de conclusão, abdicou de si, e do seu momento de descanso para cuidar do Isaque, enquanto eu concluía a graduação.
A minhas colegas de sala, na incansável missão das horas práticas. 
À banca examinadora, ao coordenador do curso pelo incentivo, e de forma especial e carinhosa ao meu orientador, pelos três projetos juntos. 
A todos aqueles que direta ou indiretamente estenderam-me a mão. 
Que Deus retribua e os abençoe de forma maravilhosa. 
RESUMO
TRINDADE, L.N. A Influência da mídia e a doença da vaidade: Transtornos alimentares e vigorexia. 2016. TCC (Graduação em Educação Física) – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, 2016.
O Culto ao corpo, e o caminho que tem sido feito para alcançá-lo nem sempre tem sido o mais correto. Cada vez mais pessoas desenvolvem transtornos alimentares e/ou de imagem corporal, podendo até chegar a patologias como a vigorexia. O objetivo desse trabalho foi analisar de que forma a mídia, e sua influência estão relacionadas com os problemas citados acima, despertando a população quanto a normalidade de não ser “perfeito”. 
O indivíduo por vezes, se olha no espelho enxergando defeitos que não existem, o que se torna uma preocupação excessiva, levando então a um possível quadro de transtorno dismórfico corporal. Essa busca pelo corpo perfeito, trás ao individuo, principalmente do sexo feminino, grande sofrimento, onde encontramos estilos de vida, não saudáveis e restritivos, quanto à alimentação e excessivos quanto ao exercício físico. 
O estudo tem caráter exploratório e de campo, o procedimento de coleta de dados foi do tipo bibliográfico, desenvolvido a partir de material já elaborado, constituído principalmente de artigos científicos, e ao fim do trabalho, em anexo, um questionário aplicado pela orientanda, em amostra de conveniência, a fim de trazer para a realidade, de que forma, as mulheres se sentem influenciadas pela mídia e o padrão de corpo estabelecido pela sociedade. 
PALAVRAS-CHAVE
Transtorno; corpo; mídia; exercícios; vigorexia; vaidade. 
ABSTRACT
TRINdade, L.N. The influence of the media and the disease of vanity:
Eating disorders and vigorexia. 2016. TCC (Graduation in Physical Education) – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, 2016. 
The Cult of the body and the way that has been done to achieve it has not always been the right one. More and more people develop eating disorders and/or body image, and could even reach pathologies as vigorexia. The objective of this work was to analyze how the media, and his influence are related to the problems mentioned above, arousing the population as normality is not "perfect”. The individual sometimes look in the mirror seeing defects that do not exist, what becomes a preoccupation, leading to a possible framework of body dysmorphic disorder. This quest for the perfect body, back to the individual, mainly female, great suffering, where we found lifestyles, unhealthy and restrictive, as to food and excessive as to physical exercise.The study is exploratory and character field, the data collection procedure was bibliographic type, developed from material already prepared, consisting mainly of scientific articles, and, in annex, a questionnaire applied for, no sample of convenience, in order to bring to reality, that way, women feel influenced by the media and the body pattern established by society.
KEYWORDS:
Disorder; body; media; exercises; vigorexia; vanity.
INTRODUÇÃO
 Ao longo do curso de Educação Física, e com o avanço da tecnologia e das redes sociais, foi latente a curiosidade de estudar uma temática que é cada vez mais presente na realidade dos dias de hoje: o culto ao corpo de forma exacerbada, e a influencia que a mídia, incluindo pessoas públicas interfere na decisão e na busca desenfreada pelo corpo perfeito. 
 Foi aplicado em mulheres adolescentes e adultas jovem, de faixa etária entre 17 e 28 anos, a fim de responder ao seguinte problema: Qual a influência da mídia em relação à busca por esse “corpo perfeito”, e de que forma essa prática pode ser positiva, e negativa? 
 Ao falarmos dessa busca exacerbada por um tipo de corpo, podemos dizer que não só a mídia, mas o padrão de beleza mundial que nos é imposto, de corpos esbeltos e magros, é responsável direto pela valorização do corpo como objeto de beleza, e por jovens cada vez mais insatisfeitos com sua imagem. 
Essa insatisfação tem levado cada vez mais pessoas a entrar na academia, com o objetivo de mudar aquilo que é indesejado, o que pode se tornar uma obsessão pela beleza, e se transformar em distúrbios alimentares, e doenças como a vigorexia. 
 Hoje, vivemos um momento onde as cirurgias plásticas triplicaram no país, e marcas “fitness” ou da indústria de beleza, nunca venderam tanto cosméticos e produtos para emagrecer, apesar da recessão e crise econômica pela qual atravessamos no país. 
 É essencial ser bonito, musculoso, magro e saudável para ser aceito, especialmente diante do espelho. Essa é a chamada era da estética, das blogueiras fitness, do corpo exposto em redes sociais, e como já falado anteriormente, a era da cirurgia plástica, onde muitas vezes nos deparamos com procedimentos realizados sem nenhuma ética, 
visando atender ao desejo do cliente, não importando qual seja, ou se há uma real necessidade da intervenção cirúrgica. 
 Com relação ao método, o estudo foi do tipo revisão de literatura, realizada grande parte em artigos científicos dos anos de 2004 até 2016, encontrados no banco de dados do lilacs, pubmed, scielo e revistas eletrônicas, com uma breve pesquisa de campo, onde foi aplicado um questionário com 12 perguntas de múltipla escolha, em mulheres jovens de faixa etária de 17 até 28 anos, objetivando responder de que forma essas mulheres se sentem pressionadas a buscar um tipo de corpo ideal, e como isso pode afetar sua vida, e seu convívio social. 
 Sendo assim, esse estudo buscou atingir os seguintes objetivos:
Analisar a literatura disponível no campo da educaçãofísica, psiquiatria e psicologia, o que já havia sido discutido e aquilo que é novo em relação a esses transtornos alimentares;
Identificar qual a relação da influência da mídia e a busca pela perfeição do corpo;
Discutir os aspectos negativos, e as principais diferenças entre esses transtornos; 
Aplicar o questionário a fim de colocar toda revisão de literatura, nos dias de hoje, e de que forma se aplica a vida das pessoas. 
CAPÍTULO 2 – UM OLHAR SOBRE O CORPO E MÍDIAS SOCIAIS
2.1 O culto ao corpo
 Para FEITOSA, A. Odimar, (2014): A contemporaneidade produziu novos "cuidados de si" manifestos pelo culto à beleza, juventude do corpo e pela ideia de que este pode ser remodelado de acordo com o desejo de cada um. Este culto à forma do corpo tem investido principalmente sob dois aspectos: aumento da musculatura e definição corporal. 
 A "cultura do corpo" está ligada em suas origens a uma ética puritana do trabalho que floresceu e se difundiu a partir dos Estados Unidos, impulsionada pelo surgimento de uma sociedade de consumo em massa onde, conforme aponta Baudrillard (1970), o corpo pode ser investido como "o mais belo objeto de consumo" (FEITOSA, A. Odimar, 2014).
 Desde as mais remotas civilizações, já se era possível identificar o culto ao corpo, principalmente em mulheres. A moda dos espartilhos que desenhavam as silhuetas, e decotes bem vistos, já era um sinal de que o corpo ganhava uma atenção especial. 
 A construção social do corpo de está comumente relacionada com as diferenças de gênero e as possíveis configurações de sexualidade. No que concerne aos corpos de mulheres, lembramos da afirmação de Michelle Perrot (2005, p. 447) “O corpo está no centro de toda relação de poder. Mas o corpo das mulheres é o centro, de maneira imediata e específica”, o que torna os modos das mulheres com relação aos seus corpos – vestimentas, gestos, fala, belezas etc. – alvos de “[...] uma perpétua suspeita”.
 Já Guimarães (2009, p. 64-65) afirma que, no mundo antigo o corpo era belo, forte e vigoroso. No século XVII era importante que esse corpo fosse esbelto, e magro, porém forte, para que estivesse dentro dos padrões culturais da época. No século XVIII, começa o encontro do corpo com músculos, e dentro dessa perspectiva, criam-se exercícios para melhorar o corpo, dando destaque principalmente para a silhueta fina. 
 Finalmente no século XX, o corpo tornou-se o centro da existência humana, e sua identidade como individuo, com hábitos que levaram o corpo além de seus limites. Castro, Ana (2004, p. 3) diz que, “a explosão publicitária ocorrida após a segunda guerra mundial, foi também grande responsável pela difusão de hábitos relativos aos cuidados com o corpo, higiene e beleza e esportes”, preconizados pelos por médicos e burgueses nessa época. 
 Podemos dizer que vivemos em um mundo completamente narcisista, onde a mídia vende imagens de pessoas magras, com corpos esbeltos, mulheres com cabelos lindos, pele de pêssego, bumbum empinado, seios turbinados, abdômen definido. As marcas de suplementos usam figuras publicas do fisiculturismo brasileiro e mundial, para que possamos acreditar nesse padrão de beleza. 
 Em tempos hipermodernos, nos quais reina o paradoxo do "elogio da moderação e da cultura do excesso" (Lipovetsky, 2004), os corpos, cada vez mais, ganham visibilidade e são tratados enquanto mercadoria a ser vendida pela indústria cultural e pela indústria da saúde. A publicidade, não raro, dá a impressão de que um corpo perfeito, veiculado como sinônimo de saúde, bem-estar e felicidade, está ao alcance de todos, desde que seguidas as devidas prescrições. Assim, o corpo é tratado enquanto "corpo rascunho", que pode ser modelado e remodelado a gosto de seu "proprietário" no intuito de alcançar o modelo ideal. (SEVERIANO, 2008)
 A modernidade maníaca e eufórica tem uma idéia do individualismo e consumismo, tendo assim, desinteresse por coisas importantes como política e economia, tendo e priorizando apenas ao corpo, como uma fórmula do prazer. É a cultura do narcisismo. (PEREIRA, 2007). 
 De acordo com Alves et al. (2009, p.4) citado por Pereira (2013, p.2) : “(...) o novo modelo cultural da atualidade incide na obrigação moral de ser bela/belo, como um suplementar aos exemplos estéticos de beleza que sempre permaneceram ao longo da biografia”. Entretanto, os padrões de beleza esperados são transformados a cada época. No passado, durante muito tempo, mulheres lindas apresentavam formas arredondadas, ao contrário, na atualidade e principalmente na civilização ocidental, o conceito de beleza está associado á mocidade, corpo magro e atrativo para as mulheres, e corpo forte e musculoso para os homens.
 Para (FERREIRA, etal, 2005, p. 168): “No decorrer da história da humanidade, a maneira como os indivíduos cuidam de seus corpos, como sendo um objeto sem racionalidade, pode-se perceber que existe uma padronização que a sociedade implantou determinado o tipo físico de como deve ser o corpo de cada indivíduo que quer ser visto na sociedade”. 
 Nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltados para o tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” (1987). (CAMARGO, Orson 2016).
 Nos dias de hoje, podemos ressaltar a tecnologia que é usada para cada vez propagar essa relação de culto ao corpo, onde sabemos que todo o contexto de uma foto pode ser alterado, por meio de programas, tornando pessoas “perfeitas”, o que pode acarretar muitos conflitos psicológicos, entre jovens que são facilmente influenciados por esses modelos midiáticos. 
2.2 – Mídias Sociais
 “As redes sociais na internet podem ser definidas como serviços baseados na web, que permitem aos indivíduos: construírem um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema limitado, articular uma lista de outros usuários com quem eles compartilham uma conexão, verem e percorrerem sua própria lista de conexões e aquelas feitas por outros usuários dentro do sistema. Atualmente, a rede social facebook é a mais popular entre os internautas. Segundo dados da própria companhia, "uma em cada três pessoas nos Estados Unidos – mais de 128 milhões de pessoas – visitam ofacebook todos os dias, e cerca de 24 milhões no Reino Unido fazem o mesmo”. (MARTORELL BRAMBILLA, et al 2015).
 Ainda de acordo com o autor citado no parágrafo acima, (MARTORELL BRAMBILLA, et al 2015): “Já no Brasil, conforme aferição realizada no mês de março de 2013, o número de usuários que possuíam um perfil nessa ferramenta chegou aos 73 milhões, número elevado ao se considerar que, no país, existem 94 milhões de pessoas com acesso à internet, isto é, pessoas que dispõem de meios de acesso domiciliar a web, ainda que eventualmente não tenham feito uso”. 
 Ao falarmos das mídias sociais, é importante ressaltar que a primeira grande mídia ainda é a televisão. Na atualidade, os jornais e novelas têm dado cada vez mais espaço, em sua programação para apresentar um novo modelo de vida, algo que não está à venda: sucesso e felicidade. Por meio de seus comerciais, empresas e grandes marcas tentam o tempo todo vender uma infinidade de produtos, cosméticos, alimentos, entre outros, focando principalmente mulheres e adolescentes. (CAMARGO, Orson 2016).
 Em meio à facilidade ao acesso da informação na área da saúde, incluindo treinos prescritos pela internet, consultoria online, vídeos no youtube, instagram e milhares de usuários compartilhando “dicas”, exercícios e dieta, existe um lento processo de conscientização e uma mobilização dos profissionais da área da saúde, em especial Educadores Físicos, e conselhos regionais que tentam atuar impedindo o exercício ilegal da profissão. (VASCONCELLOS, Martina 2015).
 Porto e Lins(2009) diz que: “Indubitavelmente a mídia proporciona uma forte significativa influência nos valores estéticos e na imagem corporal masculina. Na década de 80, personagens como Silvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Lou Ferrino que interpretava o incrível Hulk se tornaram modelos de propagação da imagem corporal construída através de músculos e pelo fato de serem heróis cinematográficos sua propagação se difundiu por todo planeta causando um boom nas academias e sendo referência direta aos praticantes de musculação”. 
Na mídia, em novelas, filmes, comerciais, e mesmo desenhos, na sua maioria, existe um homem ou uma mulher, com roupas que deixam seu corpo à mostra. Sendo esse corpo, malhado, musculoso e forte, o que leva o telespectador a visualizar esse modelo de corpo, e tentar imitar o que a mídia reflete. (PORTO e LINS, 2009).
 Goldenberg (2005), citado por Porto e Lins (2009) diz que: A obsessão pela magreza, e a multiplicação de academias de musculação, o uso de esteróides anabolizantes, são apenas alguns exemplos que testemunham o poder de normalização, (ou padronização) dos modelos. Nota-se que as correntes que aprisionam os indivíduos que buscam a transformação corporal na busca pela perfeição, imputam aos mesmos apenas uma mudança no comportamento imposto pela época, mas os valores e objetivos atravessam os anos moldando o comportamento. 
 Severiano (2008) relata que, a hipermodernidade expõe o corpo a uma sabatina incessante de controle, vigilância e cobrança para alcançar “a felicidade”. 
 Segundo Porto e Lins (2009), pode-se dizer que a mídia proporciona um desconforto relacionado à imagem corporal, cultuando o que é belo, sem indicar um caminho seguro e saudável para a obtenção dessa beleza física, sem causar conseqüências biopsicossociais indesejáveis. 
CAPÍTULO 03 – TRANSTORNOS DISMÓRFICOS E TRANSTORNOS ALIMENTARES.
3.1- Transtornos dismórficos
 No capítulo a seguir discorreremos sobre os tipos de transtorno, possíveis causas, e sua incidência.
 Dismorfia é um termo antigo e igualmente usado para designar a discrepância ou diferença entre aquilo que a pessoa acredita ser (em termos de imagem corporal) e aquilo que realmente é. (BALLONE GJ, 2008)
 O transtorno dismórfico corporal (TDC) é descrito pelo DSM-IV-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico) como um transtorno que envolve sintomas de preocupação excessiva em relação a um defeito mínimo ou imaginário na aparência e que traz prejuízos na vida social, ocupacional ou em outras áreas importantes para o indivíduo (B. J. Sadock& V. A. Sadock, 2007).
 FERREIRAet al (2005, p.178), relata que “o termo dismorfia corporal foi proposto em 1886 pelo italiano Morselli.”Segundo BALLONE (2008) os pacientes com esse tipo de transtorno possuem idéias contraditórias e geralmente autodestrutivas em relação ao perfil corporal. 
 O Transtorno Dismórfico Corporal é caracterizado pela preocupação com um imaginado defeito na aparência. Se uma ligeira anomalia física está presente, a preocupação do indivíduo é acentuadamente excessiva. “A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo” (BALLONE GJ, 2008)
 Para COSTA HORÁCIO et al (2013, p. 499) O transtorno dismórfico corporal (TDC) se trata de uma doença psiquiátrica que pode ser encontrada com frequência na realidade em que vivemos. Em consultórios de cirurgia plástica, e academia. Trata-se de uma desordem da imagem corporal, que pode incapacitar um indivíduo social e profissionalmente, onde a pessoa tem preocupações decorrentes de defeitos mínimos ou mesmo inexistentes na aparência. 
 Indivíduos com TDC apresentam medo de terem seus “defeitos” percebidos, sentem vergonha, embaraço e desconforto ao se exporem fisicamente em atividades sociais, têm pensamentos de desilusão e desenvolvem rituais compulsivos, preocupações somáticas, busca por tratamentos cosméticos e resistência a intervenções psicológicas. (COSTA HORÁCIO et al (2013, p. 499) 
3.2- Transtornos alimentares; 
 Atualmente na nossa sociedade, cada vez mais pessoas submetem-se a estilos de vida que valorizam o corpo, incluindo nesse estilo de vida, dietas mirabolantes e uma série de medidas para atingir a “perfeição”. 
 Para tal, além de dietas restritivas e perigosas para a saúde, realizam procedimentos cirúrgicos e inúmeros procedimentos estéticos, sem contar nos treinos extenuantes, que o farão por assim imaginar, atingir o padrão ideal de beleza. Associamos a isso, um acréscimo significativo de indivíduos com uma série de transtornos alimentares como anorexia e bulimia, e musculares, sendo esse mais conhecido como vigorexia. 
 SAITO JT, Neto UF (2004) citado por Jorge e Souza (2008), relatam que a sociedade valoriza a atratividade e a magreza em particular e faz da obesidade uma condição altamente estigmatizadora. Os grupos sociais expressam suas identidades também por meio da alimentação, da escolha dos alimentos, seu preparo e consumo. A sociedade atual, com a valorização e o culto à magreza, faz da obesidade condição altamente estigmatizada e rejeitada, levando grande parte das pessoas à busca frenética do corpo ideal. 
 A imagem que a pessoa tem ou cria de seu corpo passa a ser muito mais real que o próprio corpo em si. O corpo se transformou em objeto de consumo, símbolo de valor, beleza e realização. Os indivíduos como seres sociais, sentem-se pressionados a corresponder ao padrão de beleza da sua cultura – que é exaustivamente apontado pela mídia, caso contrário, sentem-se menos atraentes e inferiores, procurando exaustivamente as dietas de emagrecimento, relata o autor citado no parágrafo acima, SAITO JT, Neto UF (2004)citado por Jorge e Souza (2008),
 Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas que afetam na sua maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, podendo causar grandes prejuízos biológicos e psicológicos. (Fleitlich BW, 2007).
 Cordás TA (2004) citado por Jorge e Souza (2008), diz que: A anorexia nervosa é caracterizada por uma restrição alimentar autoimposta, com sequelas graves, de característica obsessivos compulsivas e crenças irracionais que frequentemente complicam o tratamento. A instalação da doença de forma crônica provoca a princípio desnutrição e desidratação. Apesar dos pacientes negarem fome, é comum a queixa de fadiga, fraqueza, tonturas e visão turva. As complicações tornam-se graves uma vez que são utilizados métodos drásticos para se conseguir a perda cada vez maior de peso corporal. 
 Já na bulimia nervosa o que ocorre é um transtorno também da alimentação que possui enquanto características fundamentais: episódios recorrentes de compulsões periodicamente, ou seja: o individuo ingere uma grande quantidade de alimentos, em um espaço curto de tempo, que dura em torno de 2 horas. Cordás TA (2004) citado por Jorge e Souza (2008)
 Após isso esse indivíduo é tomado por um sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o episódio; e a fim de compensar, com a finalidade de prevenir o aumento de peso, pratica a auto-indução de vômito, uso indevido de laxantes, diuréticos, ou outros medicamentos, jejuns ou exercícios excessivos; Essa ocorrência de compulsões acontece, no mínimo, duas vezes por semana. (Behar, 1994; De Conti, Moreno & Cordas, 1995).
 As compulsões apresentam-se associadas a estados de humor, como depressão, situações negativas ou provocadoras de stress. Também são observados sentimentos relacionados à perda ou à rejeição, baixa auto-estima, insegurança, restrição alimentar devido a dietas, sentimentos relacionados ao peso e a forma do corpo (Behar, 1994; De Conti, Moreno & Cordas, 1995).
CAPÍTULO 04- VIGOREXIA, A DOENÇA DA VAIDADE. 
 Estamos sempre em busca de defeitos, e insatisfeitos com o corpo. É algo natural do indivíduo. Desde pequenas sofremos com uma cultura que nos impõe que o cabelo esteja sedoso e brilhante, que a roupa e maquiagem sejam impecáveis,e que acima de tudo, tenhamos um manequim perfeito para desfilar todos esses adjetivos. 
 Dificilmente somos capazes de salientar nossas qualidades, principalmente no âmbito estético. O problema começa, quando essa exigência consigo, deixa de ser natural e flexível, e se transforma num quadro de sofrimento, restrições e exageros. 
 A prática incessante e insuficiente de exercícios físicos pode ser um sinal, de que a sua vaidade é uma patologia. Nesse capítulo abordaremos as principais causas e conseqüências da vigorexia: A doença da vaidade. 
 Para ANTUNES HKM, et al (2013):A vigorexia é um tipo de transtorno dismórfico corporal, em que o indivíduo potencializa defeitos estéticos que possua, ou ainda imagine que possua. Esse defeito chega a torturá-lo e ele passa a se sentir aparentemente repugnante. Sua comorbidade é extensa e gera grande sofrimento psíquico, na medida em que o suposto defeito não se concentra apenas numa parte específica do corpo, mas sim no corpo todo, podendo o indivíduo se percepcionar como pequeno, fraco e sem vigor.
 Nos estudos de Severiano (2008), foram pesquisados sites de relacionamento virtual, depoimentos de pessoas que se denominam anoréxicas, bulímicas e vigoréxicas, e os conteúdos de sua pesquisa foram separados de acordo com suas características e objetivos, sendo assim denominadas: Disicplina/ controle, exclusão social/autoconfinamento, excessos/ metamorfoses corporais e tecnologia/ modelos midiáticos. Segundo Severiano, o transtorno começa no narcisismo, que é constituído basicamente sobre uma preocupação acentuada, no que se refere à realização pessoal, sendo que a beleza e a felicidade estão cada vez mais no topo dessa busca. 
 Ainda analisando os estudos de Severiano (2008) podemos observar um cliclo, para a alimentação desses transtornos corporais. No geral, o mal estar de ser feio ou sentir-se gordo, é o principal agente desse ciclo, gerando assim, o inicio do ciclo: sentimento de culpa, depois punição ao corpo, e finalmente objetivo alcançado, gerando assim, um novo mal estar e o re-início do ciclo. 
 Os indivíduos que desenvolvem a vigorexia, na maioria dos casos sentem-se excluídos, depressivos, possuem uma alimentação restritiva e rigorosa, e cometem excesso de treinamento. E mesmo que estejam aos olhos de outras pessoas, fortes e “grandes”, continuam se sentindo fracos. 
 “[...] deixo de sair com meus amigos na semana para ir à academia, minha namorada briga muito comigo por não poder sair com ela na semana. Sempre vou na academia em busca de resultados cada vez melhores, e ainda não está bom”. (D.N., masculino.)
	Diferenças Básicas entre Vigorexia e Anorexia
	Anorexia
	Vigorexia
	Auto- imagem obesa 
	Auto-imagem de fraco
	Automedicação (laxantes e diuréticos) 
	Anabolizantes
	Incidência feminina 
	Incidência sexo masculino
Ballone, G.J (2008).
Ballone G.J (2008) relata que, os portadores de vigorexia, são em sua maioria homens entre 18 a 35 anos, nesse período considera-se que a vaidade está acentuada. Essas pessoas dedicam à maior parte de seu tempo livre em academia. Cerca de 3 a 4 horas diárias, para modelar seus corpos. O mesmo autor acredita que esse índice é real na mesma proporção em mulheres, apenas menos divulgado. 
Segundo Ballone (2004) as características comuns da vigorexia são: 
Características da vigorexia
Preocupação exagerada com o próprio corpo;
Distorção da imagem corporal;
Baixa auto-estima;
Personalidade introvertida;
Fatores sócios culturais;
Tendência a automedicação;
Modificações na dieta por conta própria.
 Para obter um diagnóstico do quadro de vigorexia, esses sintomas devem ser relacionados pela obsessão em tornar-se musculoso, constantes avaliações realizadas no espelho, esses indivíduos, mulheres e homens, sentem-se fracos, e se distanciam do objetivo inicial, que na maioria das vezes é apenas uma melhora na aparência. Investem todo o tempo possível na academia, e chegam a se pesar inúmeras vezes por dia. 
 Segundo Camargo et al (2008), são nove variáveis identificadas na literatura da dismorfia muscular, classificadas da seguinte forma: massa corporal, influência da mídia, internalização do ideal de forma corporal, baixa auto-estima, insatisfação pelo corpo, falta de controle da própria saúde, efeito negativo, perfeccionismo e distorção corporal. 
 A alimentação do indivíduo vigoréxico, geralmente possui cerca de 4500 calorias diárias. Onde uma alimentação normal gira em torno de 2000 calorias diárias. Essa discrepância se dá ao fato de que a dieta do vigoréxico, é composta não só de alimentos, mas de uma perigosa ingestão de suplementos vitamínicos, hormonais e anabolizantes. (Ballone G.J, 2008) 
 4.1 – Sintomas
 Para Ballone (2008), a vigorexia está associada com a dismorfia muscular ou TDM, que se define pelo excesso de preocupação com a aparência, que na maioria das vezes, se referem aos músculos, sempre em busca do corpo perfeito. 
 
 Para VARELLA (2013): Em geral, os sinais e sintomas da vigorexia estão associados à imagem negativa e distorcida que o paciente tem do próprio corpo. Os mais importantes são: cansaço, inapetência, insônia, ritmo cardíaco alterado mesmo em repouso, dores musculares, tremores, queda no desempenho sexual, irritabilidade, depressão, ansiedade e desinteresse por atividades que não estejam ligadas ao treinamento intensivo para atingir o que consideram ser o corpo perfeito.
 A luta por esse objetivo se reflete na vida social, familiar e profissional. 
A pessoa se afasta dos parentes, amigos e colegas de escola ou de trabalho.  Sua atenção está toda voltada para a prática de exercícios. Na verdade, ela não se interessa por nenhuma atividade ou relacionamento que possam interferir em seu propósito de treinar duro durante todo o tempo. (VARELLA, Dráuzio, 2013) 
    Para PORTO e LINS (2009): “Os indivíduos acometidos de vigorexia apresentam semelhança de sintomas com os da dismorfia corporal e transtornos alimentares, pensamentos obsessivos, e todos eles adotam comportamentos sistematizados relacionados com suas rotinas de vida, em que nada ou quase absolutamente nada, pode sair daquilo que eles consideram normal e de extrema necessidade, dentro de uma rotina de alimentação e treinamento.” 
4.2- Tratamento
 Não há descrição para o tratamento da Vigorexia. Assim como os indivíduos com TA's, igualmente, os indivíduos com Vigorexia raramente procuram tratamento, pois tem medo, que devido ao tratamento, através dos métodos propostos geralmente acarretarão perda da massa muscular. No caso do indivíduo fazer uso de esteróides anabolizantes, sua interrupção deve ser sugerida imediatamente (Assunção, 2002).
 Quanto ao tratamento psicológico é necessária a identificação de padrões distorcidos de percepção da imagem corporal, conseguir identificar os aspectos positivos da aparência física, e principalmente, abordar e encorajar atitudes mais saudáveis, e enfrentar a aversão de expor o corpo (Assunção, 2002, Baptista, 2005).
 Nos estudos de Pope et al, citado por Ballone (2008), refere-se ao tratamento farmacológico que age através de fármacos, com ação de atuar nos neurotransmissores de seretonina. Acredita-se que os sintomas da vigorexia, são causados pelo desequilíbrio desses neurotransmissores. 
 Porém, a psicoterapia é fundamental, e deve ser priorizada no tratamento, associada à terapia comportamental e cognitiva. O objetivo é modificar a forma de pensar, ou seja, a conduta da pessoa, recuperando assim, sua auto-estima, e superando o medo do fracasso social. (BALLONE, 2008).
4.3- Consequências
 As conseqüências de quem desenvolve a vigorexia acontecem devido ao excesso de treinamento, alimentação não supervisionada, e reações relacionadas ao estresse, já que essa musculatura sofre diariamente sem o mínimo tempo de descanso. 
 Essas reações geralmente são: irritabilidade, insônia, impotência ouperda do interesse sexual, fraqueza, cansaço, fadiga constante e dificuldade de concentração. (BALLONE, 2008). 
 (Ballone, 2008) relata que: A alimentação do vigoréxico geralmente peca pelo excesso. Excesso de carboidratos, e proteínas que, somada ao uso de esteróides anabolizantes levam a problemas físicos e estéticos, como a desproporção displásica entre a cabeça e o corpo, e problemas ósseos e articulares, falta de agilidade, encurtamente e enfraquecimento de tendões, ligamentos e músculos.
 De acordo com o mesmo autor citado no parágrafo acima: A vigorexia pode ainda ter como grave conseqüência um quadro de TOC, fazendo com que esses pacientes sintam-se fracassados e abandonem suas atividades diárias e sociais, chegando inclusive a abandonar o trabalho. 
 Quanto aos exercícios físicos, segundo o estudo de Camargo et al, (2008), pode-se observar que indivíduos que desenvolvem a vigorexia, não praticam em nenhuma hipótese atividades aeróbicas, pois temem perder a mussa muscular; são pessoas que tem vergonha do seu corpo e utilizam várias camadas de roupas para esconder o próprio corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 05- DELINEAMENTO DE ESTUDO, E APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
 O presente estudo objetivou esclarecer a temática do culto ao corpo, a influência que a mídia exerce na vida das pessoas, relatar sobre a vigorexia, e entender de que forma essas incidências estão em evidência nos dias de hoje. Além da aplicação de um questionário, visando coletar dados de forma quantitativa, a fim de responder algumas indagações, e trazer de forma prática essas respostas. 
 Sendo assim, o estudo buscou atingir os seguintes objetivos:
Analisar a literatura disponível não só na área da Educação Física, como na área da psicologia e psiquiatria;
Identificar, a relação que a mídia tem ao culto ao corpo, e a busca pela perfeição;
Analisar os transtornos alimentares mais comuns;
Discutir, as principais definições e estudos da vigorexia; sintomas e conseqüências. 
O questionário foi aplicado em 30 mulheres ativas, por amostra de conveniência, com idade entre 18 e 35 anos. O questionário é composto de 12 (doze) perguntas fechadas, com múltipla escolha. 
5.1- DISCUSSÃO E RESULTADOS
 
 
 
 
CAPÍTULO 06- CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	A busca pelo corpo perfeito, trás ao ser humano episódios de grande sofrimento, pois essa condição não o deixa ser livre, e viver se forma natural, não seguindo os padrões impostos pela mídia e pela sociedade. O indivíduo trás consigo o medo de não ser aceito, por achar que seu corpo não faz parte de um meio. E para tal, usa de meios nem sempre saudáveis para se encaixar, inclusive utilizando métodos cirúrgicos para realizar intervenções como foi citado no questionário..
 Indivíduos, principalmente mulheres que adquirem esse comportamento, passam a desenvolver uma série de transtornos de imagem, transtornos alimentares e psicológicos, podendo até chegar ao extremo como é o caso da vigorexia, como se pode observar no decorrer do trabalho. 
 É importante ressaltar que a mídia é um veículo de comunicação, que não deve possuir a finalidade de ditar padrões de beleza, e tampouco servir de orientação para que um indivíduo possa seguir no momento de realizar o exercício físico.
 Atualmente, o corpo é considerado um objeto cheio de órgãos que pode facilmente ser modificado, sem pensar nas conseqüências e possíveis complicações que isso pode acarretar. O corpo, é nosso instrumento, é aquilo que nos permite estar de pé, se locomover, realizar nossas atividades diárias com êxito, e para tal, necessita estar saudável, para que futuramente não sofra com o peso das escolhas inconseqüentes feitas no presente. 
 Conclui-se então, que cabe aos profissionais da área da saúde, em especial o profissional da Educação Física, estar atento aos seus alunos quanto suas práticas, bem como o lado psicológico que pode ser trabalhado dentro do ambiente de trabalho. Sejam esse, academias, clubes, escolas, e demais lugares onde a prática de atividade física acontece. É papel do educador físico orientar, estudar e consequentemente “educar” seu aluno quanto a importância da prática orientada. 
 O presente trabalho não pretende generalizar a mídia como influencia ruim, ou atletas de fisiculturismo que compartilham suas idéias, treinos e dietas em suas redes sociais. Respeitamos esses profissionais, que desempenham com seriedade sua profissão. 
Pretende-se apenas orientar que toda e qualquer prática de exercícios devem ser periodizados de acordo com o limite de cada organismo, respeitando sua individualidade, e principalmente, sob a orientação de um profissional da Educação Física.

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