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Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.1 
5. INTERVENÇÕES DO TIPO REPARO ESTRUTURAL 
 
5.1. INTRODUÇÃO 
 
REPAROS: 
 corrigem pequenos danos dos elementos estruturais (danos que não comprometem o 
desempenho estrutural ou o fazem de forma pouco significativa). 
 Podem ser classificados em função de sua profundidade em: 
o Rasos: profundidade variando entre 3 mm a 30 mm (antes de atingir as armaduras). 
o Médios: profundidade entre 30 mm a 60 mm. 
o Profundos: profundidade superior a 60 mm. 
 
5.2. A ESCOLHA DO MATERIAL DE REABILITAÇÃO ESTRUTURAL 
 
Existe um número muito grande de materiais desenvolvidos especificamente para serem utilizados 
em trabalhos de reabilitação de estruturas de concreto armado  FREQUENTEMENTE SÃO 
LANÇADOS NOVOS PRODUTOS  mercado em expansão! 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.2 
Exemplos de empresas que produzem materiais para reabilitação de estruturas 
 
 
 
 
 
 
Sika S.A.: empresa multinacional com atuação global nas áreas de produtos 
químicos para construção civil e indústria. Iniciou suas atividades no Brasil em 
janeiro de 1934. 
 
 
ANCHORTEC (antiga FOSROC REAX) atende a indústria da construção no Brasil há 
mais de 25 anos. Mantêm uma ligação técnica-comercial muito próxima da Fosroc 
Internacional, uma das maiores e mais respeitadas empresas mundiais fabricante de 
produtos químicos para construção civil. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.3 
Entretanto, é preciso fazer uma análise individual desses materiais. 
 
 
EMMONS et al.(1994) realizaram ensaios para avaliar alguns materiais de reparo, baseados nas suas 
características de retração, e constataram que 15% dos 46 materiais selecionados apresentavam 
baixos valores de retração, apesar dos fabricantes afirmarem o contrário. 
O mesmo fato foi observado por CLÍMACO (1990) em ensaios semelhantes. 
 
PODEM EXISTIR DIVERGÊNCIAS ENTRE RESULTADOS DE PESQUISAS 
CIENTÍFICAS E RESULTADOS FORNECIDOS POR FABRICANTES 
 
CUIDADO  OS RESULTADOS PODEM SER INFLUENCIADOS POR: 
 
 Falhas no processo de aplicação do produto em laboratório; 
 Condições ambientais (umidade, temperatura, nível de agressividade do ambiente, etc...); 
 Direção da remoldagem da peça (plano vertical, plano horizontal, etc...); 
 Métodos de ensaio utilizado na avaliação das propriedades... 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.4 
Dentre os materiais de reparo disponíveis no mercado  selecionar o mais conveniente, observando-
se as seguintes características: 
 
 
 durabilidade compatível com a do substrato; 
 estabilidade dimensional com uma retração mínima; 
 proteção das armaduras, se possível, aumentando a alcalinidade do meio que as envolve; 
 baixa permeabilidade para evitar ataque de substâncias químicas agressivas; 
 boa aderência com o concreto e com o aço; 
 boa trabalhabilidade permitindo fácil aplicação; 
 boa resistência estrutural. 
 
A seleção dos materiais de reparo é relativamente complexa e depende: 
• do conhecimento das propriedades do substrato e do material a ser adicionado; 
• da avaliação das vantagens e desvantagens dos vários tipos de materiais disponíveis, 
• dos detalhes da preparação da estrutura; 
• das técnicas de aplicação que serão adotadas; 
• dos custos; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.5 
Compatibilidade entre os materiais novos e o substrato que devem ser observadas antes da escolha 
do material de reabilitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 COMPATIBILIDADE 
Dimensional Química Eletroquímica Permeabilidade 
Retração 
Expansão Térmica 
Fluência 
Módulo de deformação 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.6 
Para garantir a compatibilidade, normalmente escolhe-se materiais de reparo com 
PROPRIEDADES SIMILARES ÀS DO SUBSTRATO.  Portanto, a escolha de CONCRETO 
DE CIMENTO PORTLAND ou qualquer outra composição cimentícia é geralmente uma boa 
escolha. 
 
Entretanto... 
 o uso de concreto de cimento portland como material de reabilitação nem sempre pode ser 
seguida, pois é preciso considerar outros fatores, tais como: 
 
 dificuldades nas condições de confecção do reparo; 
 necessidade de ganho de resistência rápido; 
 necessidade de melhorar a resistência ao ataque químico; 
 necessidade de obter uma superfície com tratamento estético específico; 
 outros... 
No cap. 7 apresentam-se mais detalhadamente alguns critérios que devem ser 
avaliados para a escolha do material de reparo. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.7 
5.2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS DESTINADOS À REABILITAÇÃO DE 
ESTRUTURAS DE CONCRETO (livro Paulo Helene - 1992) 
 
a) CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND 
 
 Material tradicionalmente usado em reabilitações de estruturas de concreto armado; 
 Quando usado em reabilitação estrutural normalmente requer um traço especialmente 
formulado para melhorar algumas de suas características naturais, tais como: 
apresentar altas resistências iniciais, ausência de retração de secagem, leves e 
controladas expansões, elevada aderência, etc... 
 As propriedades do concreto estão diretamente relacionadas com o tipo de 
CIMENTO usado e com as características dos AGREGADOS. 
 No mercado já existem microconcretos e argamassas industrializadas adequadamente 
formuladas para uso em reabilitações estruturais segundo o tipo de problema 
patológico existente. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.8 
CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO (CAD) 
 
 Apresenta elevada resistência à compressão, baixa permeabilidade, alta resistência química, à 
abrasão e à erosão, redução da segregação além de outras melhorias em suas propriedades. 
 Obtido usando aditivos superplastificantes associados à pozolanas como a sílica ativa, cinzas 
volantes, escória de alto forno e outras. 
 
A IMPORTÂNCIA DA SÍLICA ATIVA 
 
o pó extremamente fino que preenche os vazios da matriz do cimento hidratado, aumentando 
a densidade do concreto  responsável pelo aumento da resistência do concreto. 
o Seu uso interfere na durabilidade do concreto, reduzindo a exsudação no concreto fresco e 
tornando o concreto endurecido mais impermeável a ataques químicos. 
o Quando usada no material de reparo proporciona um aumento significativo na aderência 
entre esses materiais e o substrato (concreto existente). 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.9 
Principais características que podem ser exploradas com o uso do CAD em recuperações: 
 
  excelente aderência ao substrato e ao aço; 
  baixa permeabilidade; 
  exsudação praticamente nula; 
  grande coesão proporcionando menor problemas de segregação; 
  alta resistividade elétrica; 
  alta resistência mecânica à baixa idade; 
  alta resistência ao ataque de cloretos e sulfatos; 
  alta resistência à abrasão. 
 
Segundo AMARAL FILHO, apud PEREIRA (1997), o uso do CAD está tornando obsoleto o uso 
de reparos feitos à base de resina epóxi, pois sobre a superfície do substrato limpa, rugosae 
úmida, consegue-se uma aderência de até 100%. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.10 
Exemplos do uso desse tipo de concreto na reabilitação de estruturas: 
 
 Recuperações de obras hidráulicas (soleiras, vertedouros, represas, bacias de dissipação, etc.) 
para combater a erosão causada pela movimentação da água e também em instalações 
portuárias e plataformas “offshore”, pela excelente impermeabilidade que garante a 
durabilidade da recuperação, grande resistência aos ataques de sulfatos e cloretos, alta 
resistência mecânica. 
 
 Recuperações de pavimentos, pontes e túneis. 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.11 
b) ADITIVOS 
 
“Produtos que, acrescentados aos aglomerantes no momento de sua elaboração, e em condições 
adequadas, modificam e melhoram, em caráter permanente, certas propriedades do concreto, tanto 
no estado fresco como no endurecido” CALLEJA, apud CANOVAS (1984). 
 
 
 
Sua aplicação pode melhorar a qualidade do concreto nos seguintes aspectos: 
- Trabalhabilidade - Resistência 
- Compacidade - Durabilidade 
- Bombeamento - Fluidez (auto adensável) 
 
 
ADITIVOS: produto adicionado até o máximo de 5% em relação à massa de cimento. 
Acima desta porcentagem deve ser considerado como ADIÇÃO e ter tratamento distinto. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.12 
E pode diminuir sua: 
 - Permeabilidade - Retração 
- Calor de hidratação - Tempo de pega (retardar ou acelerar) 
- Absorção de água 
 
Cuidado com o emprego de vários aditivos em um único traço de concreto! 
Isso pode gerar problemas patológicos devido a uma possível incompatibilidade da mistura. 
 
Obs.: 
Não se deve usar aditivos para corrigir defeitos próprios do concreto, como seleção incorreta 
dos componentes, má dosagem, ou mesmo deficiente colocação em obra (adensamento). 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.13 
c) ARGAMASSAS POLIMÉRICAS (ou ARMAGASSAS BASE MINERAL) 
 
 Argamassas à base de cimento Portland modificadas com polímeros (resinas acrílicas ou 
com resinas à base PVA), com agregados com graduação adequada, formuladas 
especialmente com aditivos e adições que lhes conferem propriedades especiais. 
 
 
 Geralmente tem RETRAÇÃO compensada e são tixotrópicas para uso em superfícies 
verticais e inclinadas; 
(TIXOTROPIA  diminuição da viscosidade aparente com o tempo de cisalhamento  NÃO 
ESCORRE  DISPENSA USO DE FORMAS!) 
 
 
Fonte: MBT – degussa – Curso ABCP 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.14 
d) GRAUTES DE BASE CIMENTO 
 
 
 Material fluido e auto-adensável especialmente usados no 
preenchimento de cavidades; 
 
 Apresenta alta fluidez, boa aderência ao substrato, baixa 
retração e alta impermeabilitade 
 
 Conveniente usar em intervenções em locais de acesso 
difícil ou em casos de seções densamente armadas 
 
 Necessário uso de fôrmas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.15 
 
e) ARGAMASSAS E GRAUTES ORGÂNICOS 
 
 Formulados com resinas orgânicas (o cimento portland pode ser usado na composição, 
mas atua apenas como inerte – funcionando apenas como agregado fino); 
 
 Normalmente apresentam elevada resistência mecânica e química, apropriada para 
ambientes altamente agressivos ou onde é exigido alto desempenho dos reparos. 
 
 Normalmente usados em pequenos volumes e espessuras 
 
 Tem elevada aderência ao substrato; baixo módulo de deformação longitudinal e 
deformação lenta (fluência) superior à dos concretos e argamassas de cimento portland. 
 
 Exemplos de argamassas orgânicas 
 
o Argamassas base epóxi 
o Argamassas base fenólica 
o Argamassas base poliéster e base estervinilica 
o Argamassas base furânica 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.16 
 
f) ADESIVOS E PRIMERS 
 
 Materiais usados como ponte de aderência entre dois outros para melhor a aderência 
entre eles. 
o ligação concreto velho (substrato) X concreto novo (material da reabilitação); 
o ligação aço X concreto novo 
 
 Primers: além de atuarem como pontes de aderência também atuam como protetores do 
substrato  Ex.: proteção de armaduras contra corrosão 
 
 Os mais empregados são os de base epóxi (que exigem substrato seco) e os de base 
acrílica (ou base acetado de polivinila) 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.17 
5.3. EXECUÇÃO DOS REPAROS - ROTEIRO 
 
Para o bom desempenho de um reparo é preciso que o substrato (concreto e aço) seja 
convenientemente tratado! 
 Passos para se executar um reparo: 
o Preparo e limpeza do substrato  retirar todo material deteriorado ou contaminado; 
o Tratamento do aço (se necessário); 
o Garantia da aderência entre o substrato e o material adicionado; 
o Cura e Proteção do reparo. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.18 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.19 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.20 
5.4. GEOMETRIA DOS REPAROS 
(http://www.abcp.org.br/comunidades/florianopolis/download/Curso_Patologias_Construcoes) 
 
Na retirada do concreto deteriorado ou contaminado, deve-se cuidar para que o contorno das 
aberturas seja bem definido e suas faces laterais apresentem ângulos que favoreçam a aderência, 
facilitem a aplicação e garantam a espessura mínima do material de reparo. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.21 
 
a) Preparação incorreta b) preparação correta 
 
CORTE DO CONCRETO DEBAIXO DA ARMADURA 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.22 
PREPARAÇÃO DAS BORDAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.23 
5.5. PREPARO E LIMPEZA DO SUBSTRATO 
 
PREPARO DO SUBSTRATO  EXEMPLOS DE PROCEDIMENTOS ADOTADOS: 
(Livro: Manual de reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto – HELENE-1992) 
 
 
♦ Escarificação manual (talhadeira, ponteiro, marreta); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Usada em pequenas áreas ou em regiões de difícil 
acesso de equipamentos. 
 Consiste em remover uma pequena espessura de 
concreto. 
 Utiliza ponteiro, talhadeira e marreta leve. 
 Apresenta baixa produtividade  depende das 
condições de superfície e de trabalho. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.24 
♦ Escarificação mecânica (martelete, rompedor, fresa); 
 
 
 
 
 
 
 
♦ Escovamento manual (escova de aço); 
 
 
 Usada noapicoamento de grandes áreas, porém 
removendo uma pequena espessura de concreto. 
 Utilizam-se martelos pneumático ou elétricos leves. 
 Usada apenas para remoção dos produtos da 
corrosão em pequenas extensões de barras de aço, 
pela utilização de escova com cerdas metálicas. 
 Apresenta baixa produtividade. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.25 
♦ Lixamento manual ou elétrico (lixas para concreto e aço, lixadeira elétrica); 
 
♦ Demolição 
 
 Lixamento manual é utilizado para 
pequenas superfícies e barras de aço, 
apresentando baixa produtividade. 
 
 Lixamento elétrico é utilizado em 
grandes superfícies de concreto ou 
chapas de aço, apresentando alto 
rendimento, porém gera uma 
quantidade excessiva de poeira 
 Usando um martele pneumático ou a óleo diesel é possível 
demolir partes da estrutura. 
 Este procedimento requer cuidados para não comprometer a 
estrutura existente, não sendo aconselhável para peças esbeltas. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.26 
♦ Jateamento de areia seco ou úmido (equipamento específico); 
 
♦ Corte de concreto (disco de corte); 
 
 
 Utilizado para tirar rebarbas, delimitar uma área a ser 
restaurada e abrir vincos para tratamento de fissuras. 
 Utiliza uma máquina de corte (maquita) com discos 
diamantados para abrir sulcos de pequena profundidade, 
de modo a não danificar as armaduras. 
 Preparação de grandes áreas e locais angulosos, eliminando todo 
material solto. Permite ainda a limpeza das armaduras removendo a 
camada de corrosão. 
 Provoca elevado grau de sujeira e pó no ambiente; 
 Não remove espessuras superiores a 3mm e, em certos casos, não 
dispensa a escarificação prévia. 
 Após o jateamento é necessário fazer a limpeza de todo o elemento. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.27 
♦ Pistola de agulha 
 
 
 
 
 
♦ Queima controlada com chama (maçarico); 
♦ Máquina de desbaste superficial; 
 
 
 
 
 
 
 
 Usado na limpeza de perfis metálicos. 
 O equipamento não deve entrar em contato com 
o concreto, pois as agulhas serão danificadas. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.28 
LIMPEZA DO SUBSTRATO  EXEMPLOS DE PROCEDIMENTOS ADOTADOS: 
(Livro: Manual de reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto – HELENE-1992) 
 
♦ Jateamento de água fria ou quente (equipamento específico); 
 
 
♦ Jateamento de ar comprimido (equipamento específico); 
 
 
 Usado para remoção de pó e secagem da estrutura (no caso de uso de resina epóxi). 
 No caso da remoção de pó, a estrutura não deve estar úmida. 
 O compressor de ar deve ser dotado de filtro de ar e óleo para não usar ar sujo nem 
danificar a estrutura. 
 Usado na limpeza de grandes áreas, utilizando um jato 
de água sob pressão controlada, com água fria ou 
quente. 
 Iniciar a limpeza pelas partes mais altas, procurando 
manter uma pressão adequada para remoção das 
partículas soltas. 
 Executar preferencialmente movimentos circulares 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.29 
♦ Jateamento de vapor (equipamento específico); 
 
 
♦ Lavagem com soluções ácidas (solução de ácido clorídrico, Reebaklens da Fosroc); 
 
 
 
Procedimento utilizado na remoção de tintas, ferrugens, carbonatação, etc... 
Adotar alguns cuidados, como: 
 saturar a estrutura com água para evitar a penetração do ácido; 
 não utilizar em estruturas onde o cobrimento das armaduras seja de pequena espessura; 
 não utilizar próximo de juntas de dilatação; 
 aplicar por aspersão em pequenas áreas; 
 após o término da efervescência que caracteriza a descontaminação, a estrutura deve ser 
lavada com uma solução de amônia para neutralizar o ácido e lavada com água. 
 
 Utilizado para limpeza de grandes áreas e na remoção de impurezas minerais (sais) e 
orgânicas (graxa, óleo, pintura,etc...); 
 Deve ser aplicado juntamente com um removedor biodegradável. 
 O equipamento para aplicação é constituído por uma mangueira de alta pressão e uma 
caldeira para geração de calor. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.30 
♦ Lavagem com soluções alcalinas (solução de “soda cáustica”); 
 
 
♦ Aspiração a vácuo; 
 
♦ Aplicação de removedores de óleos e graxas (Reebexol Super, Fosroc); 
 
 Usado na limpeza de superfícies horizontais contaminadas superficialmente (espessuras < 2mm); 
 O método não é agressivo às armaduras nem ao concreto; 
 Usa aspirador de pó industrial. Retira partículas pequenas sem produzir poeira, é ideal para usar 
em locais fechados. Desvantagem: não retira partículas grandes nem úmidas. 
Usado na limpeza de grandes áreas que apresentam resíduos ácidos impregnados; 
O método não é agressivo às armaduras e não requer equipamentos especiais; 
Aplica-se por aspersão sobre a estrutura saturada, lavando-a após a utilização destas soluções. 
Cuidados a serem adotados: 
 Se houver presença de agregados reativos no concreto, pode provocar expansão devido à reação 
álcali-agregado; 
 Não é eficaz na remoção de produtos devido à corrosão da armadura 
 Dificulta aderência de certos produtos à base epóxi; 
 Saturar a estrutura com água limpa antes de aplicar o produto para evitar infiltração da solução 
alcalina, que poderá modificar as características do concreto. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.31 
♦ Aplicação de solventes voláteis (álcool isopropílico, acetona); 
 
♦ Umedecimento (saturação) da superfície do concreto com água 
 
 Limpeza de superfícies de concreto ou aço instantes antes da aplicação de resinas de base 
epóxi  elimina gordura, graxas, tinta, suor e ácido úrico (contato com a mão do operário). 
 Aplicado usando pincel, estopa e algodão; 
 Cuidado  produto inflamável e muito volátil (perda por evaporação) 
 Volátil evapora levando partículas de água da superfície  auxilia na secagem superficial 
 Usado na preparação da superfície de concreto para receber o 
reparo de argamassa ou concreto de base cimento 
 Imegir totalmente a superfície a ser tratada por um período 
de, pelo menos, 12 horas, antes de aplicar os produtos de base 
cimentícia; 
 Instantes antes da aplicação do reparo, deve-se retirar a água 
e secar com estopa seca e limpa, o excesso de água 
superficial, obtendo-se a condição de superfície saturada e 
superficialmente seca (SSS) 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.32 
5.6. REPAROS RASOS E REPAROS PROFUNDOS 
 
 
 (REPAROS RASOS) (REPAROS PROFUNDOS) 
(APENAS SUGESTÃO!) 
Reparos rasos  usual usar argamassas tixotrópicas  dispensa formas; 
Reparos profundos  usual usar argamassas auto-adensáveis (grautes)  usar formas; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.33 
5.6.1. Exemplos de reparos superficiais (argamassas tixotrópicas) 
 
Reparo com Argamassa modificada com Polímero ou Preparada na Obra 
 
Seqüência do reparo: 
 
a) Tratar o substrato e umedecê-lo sem saturação. 
 
 Para argamassa preparada na obra, aplicar ponte de aderência compatível(cimento+água+polímero usando uma relação água : polímero = 1:1); 
 
b) Preparar a argamassa; 
 
Aplicá-la pressionando-a contra o substrato, inicialmente com as mãos, e, a seguir, com 
espátula ou colher de pedreiro, obedecendo-se a espessura máxima preconizada pelo 
fabricante para cada camada, e dando-lhe acabamento final com desempenadeira 
metálica; 
 
c) Executar cura úmida. 
 
 A cura química (cura por aplicação de produtos que formam películas) pode ser utilizada, 
(CUIDADO  Algumas dessas películas impedem ou prejudicam a aderência de pinturas 
e argamassas de assentamento ou revestimento). 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.34 
5.6.2. Exemplos de reparos profundos (argamassas tixotrópicas) 
 
Reparo com Graute (microconcreto/argamassa auto-adensável) 
 
Seqüência do reparo: 
 
a) Tratar o substrato 
 Saturar a superfície se não for usar adesivo epóxi como ponte de aderência 
 Deixar substrato seco se for aplicar adesivo epóxi de elevado “pot-life” 
POT-LIFE = TEMPO DE MANUSEIO 
 Evitar a aplicação do adesivo epóxi sobre as armaduras. Caso seja difícil, antes do 
adesivo, aplicar produto inibidor de corrosão sobre as armaduras 
b) Instalar formas com cachimbo 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.35 
c) Preparar o graute e lançá-lo nas formas; 
 Lançar o graute calma e continuamente, sempre pelo mesmo lado, para evitar 
formação de bolhas de ar, até atingir 10cm acima do limite da cavidade a reparar. 
 Se o material não for auto-adensável  fazer o adensamento! 
d) Desformar após o fim de pega do material. 
 Após 24 horas  retirar o excesso de material por meio de corte e lixamento. 
 Fazer isso sempre de baixo para cima para evitar lascamentos. 
e) Executar cura. 
 
Excesso de material de 
reparo que deve ser 
eliminado 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.36 
Reparo com Argamassa ou Concreto Projetado 
Seqüência do reparo: 
a) Tratar o substrato e promover seu umedecimento (saturado de superfície seca); 
b) Executar a projeção (dispensa uso de FORMAS!); 
c) Dar acabamento sarrafeado e desempenado; 
d) Executar cura. 
 
OBS.: Nos casos de reparo em peças que sofreram erosão ou desgaste, cujas causas não foram 
eliminadas, é conveniente, após o reparo, aplicar revestimento protetor de base epóxi. A utilização 
de material de reparo com formulação epoxídica é, também, bastante indicada nesses casos. 
 
Como os produtos de base epoxídica são caros, têm-se optado, com ótimos resultados, pela adoção 
de argamassas ou micro-concretos aditivados com microssílica. Tal material exige, entretanto, uma 
cuidadosa cura úmida, geralmente feita através de aspersão contínua. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.37 
5.7. REPAROS DE BORDAS DE CONSOLOS CURTOS E DENTES GERBER 
 
A quebra de bordas ocorre em função de: 
 
 erros de detalhamento da armadura, 
 mau posicionamento dos aparelhos de apoio ou por sua falta. 
 
Na execução deste reparo, comumente, uitiliza-se o macaqueamento da estrutura 
 
 
 
CONSOLO 
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DENTE GERBER 
 
Seqüência de procedimentos: 
 
a) Içar a viga que se apoia no consolo, ou na viga de base, por meio de macaqueamento; 
b) Escorá-la e aliviar o macaco; 
c) Retirar o apoio e demolir o concreto danificado  tratar a superfície do concreto; 
d) Corrigir, se necessário, o detalhamento da armadura conforme opções a seguir: 
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(1ª. OPÇÃO) 
 
 
Corte, retificação, soldagem de barra de ancoragem; 
 
 
 
 
 
 
Figura 1a - Retificação e Soldagem de Barra de Ancoragem 
 
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(2ª. OPÇÃO) 
 
corte, retificação e instalação de dispositivos de ancoragem (uso de luvas tipo CCL) 
 
 
 
 
Figura 1B - Retificação e Instalação de Dispositivos de Ancoragem 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.41 
(3ª. OPÇÃO) 
instalação de armadura suplementar. 
 
Figura 1C - Armadura Suplementar 
 
Continuação da seqüência de procedimentos... 
 
e) instalar formas estanques e impermeáveis; 
f) preparar, lançar e adensar o material de reparo; 
g) iniciar cura após o adensamento; 
h) após o reparo atingir resistência adequada, instalar o aparelho de apoio, macaquear, retirar as 
escoras e, lentamente recolocar a viga içada; 
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5.8. REPAROS EM ESTRUTURAS SUBMERSAS 
 
Normalmente ocorrem devido erosões  surgem em barragens. 
 
Reparo usando graute base cimento para uso subaquático 
 
a) Tratar o substrato; 
b) Instalar forma estanque c/ suspiro (mangueira transparente) e mangueira para injeção do graute; 
c) Preparar e bombear o graute até sair pelo suspiro  após endurecimento retirar as formas. 
 
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OBS.: Quando existirem grandes vazios, estes podem ser preenchidos com agregados graúdos antes 
do lançamento do graute  REPARO COM CONCRETO COM AGREGADO PRÉ-COLOCADO 
 
 Preencher previamente as formas com agregado graúdo, devidamente compactado; 
 Umedece-se o agregado, ou mesmo inunda-se a cavidade a ser reparada com água; 
 Injeta-se, sob pressão, argamassa fluida adequada, até a total expulsão da água e o 
preenchimento de todos os vazios 
 
 
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5.9. REPAROS EM FISSURAS 
 
Inicialmente determinar se são ativas ou inativas. 
 
Podem ser tratadas como fissuras inativas as causadas por: 
 
 retração hidráulica, 
 recalques estabilizados e 
 juntas de concretagem mal executadas. 
 
Fissuras ativas: 
 
 Se causadas por variação de temperatura  funcionam como 
“juntas naturais” da estrutura, devendo ser tratadas como tal. 
 Se causadas, por exemplo, por recalques não estabilizados, corrigir o problema principal 
antes de tratar as fissuras! 
 
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TIPOS DE MATERIAIS USADOS NO PREENCHIMENTO DE FISSURAS EM CONCRETO 
(FONTE: http://www.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/fissuracao/exemplo150.pdf) 
 
Resina epóxi RE: 
 
 Utilizada para ligação rígida e muito resistente aos esforços mecânicos. 
 Deve ser bastante fluida para permitir a injeção 
 Deve ser insensível à umidade. 
 Após a injeção, a ligação entre as bordas da fissura é rígida. 
 A tensão de aderência ao concreto é maior que a resistência à tração do concreto. 
 Se tornar a ocorrer uma nova fissura, ela ocorrerá no concreto e não na resina epóxi. 
 Não deve ser usada se, posteriormente, a temperatura da estrutura puder atingir 80oC. 
 
Poliuretano PUR e Espuma de Poliuretanao PUR. ESP. 
 
 Utilizado para fechamento elástico e vedação de fissuras secas, de fissuras úmidas ou de 
fissuras com água percolando. 
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 Caso haja água percolando, sob pressão, deve-se usar inicialmente uma espuma de Poliuretano 
(PUR. ESP), de pega rápida para estancar o fluxo da água. 
 Poliuretanos flexíveis são alongáveis e compressíveis e são os únicos materiais recomendáveis 
para preencher e vedar fissuras com abertura variável ao longo do tempo (fissuras ATIVAS!). 
 O alongamento admissível do poliuretano diminui com o aumento da espessura do filme de 
poliuretano. Esse alongamento admissível deve ser testado. 
 
Nata de cimento NC e Suspensão de cimento SC 
 
 Injeções de cimento compostas de água e cimento. 
 Existem 2 tipos dessa mistura:. 
o “Nata de cimento” NC: feita com o cimento comum, com tamanhos de grão até 100μm. 
Se diferencia de “Suspensão de cimento” pela finura do cimento. 
o “Suspensão de cimento” SC: feita com os grãos mais finos do cimento (95% do cimento 
tem grão com tamanhos < 16μm). 
 
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REQUISITOS PARA OS MATERIAIS DE PREENCHIMENTO: 
 
 Viscosidade adequada ao preenchimento 
 Boa trabalhabilidade dentro dos limites exigidos para o preenchimento 
 Estabilidade da mistura dos componentes 
 Pequena retração volumétrica devida às reações da mistura. 
 Boa aderência ao concreto 
 Boa resistência 
 Os componentes devem ser muito bem misturados, com aparelhagem adequada, para não 
sedimentem ou se separem dentro da fissura. 
 
Em fissura com pequena abertura geralmente é necessário fazer furos com broca. 
Em fissura com grande abertura geralmente não são necessários furos com broca. 
 
 
 
 
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A injeção pode ser feita: 
 diretamente na fissura 
 
 por meio de furos inclinados feitos com brocas que cruzam internamente a fissura  
recomendado quando existirem poucas fissuras e a injeção for feita com alta pressão. 
 
 
 
 (injeção direto na fissura) (injeção por furos inclinados) 
 
 
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5.9.1. REPAROS EM FISSURAS INATIVAS 
 
Finalidade: garantir a monoliticidade do elemento estrutural 
 
Aplicar produtos (adesivos) capazes de promover a aderência entre os concretos de suas duas faces 
por meio de gravidade ou por injeção sob pressão (ar comprimido), conforme o caso. 
 
 
Fissuras de Pequena Abertura (0,3mm a 10mm) em superfície vertical ou inclinada. 
(injeção feita diretamente na fissura) 
 
 
Geralmente reparadas por injeção de resinas epoxídicas de grande fluidez. 
Seqüência do reparo: 
a) Abrir a fissura, dando-lhe a forma de V; 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.50 
b) Executar furos, ao longo da fissura, com 3cm de profundidade e 12,5mm de diâmetro, 
espaçados a cada 5cm (p/ aberturas ≤ 1mm) ou a cada 30cm (p/ aberturas entre 1mm e 10mm) 
 
OBSERVAÇÃO 
Alguns profissionais fixam o espaçamento entre furos em função da espessura da peça reparada 
Exemplo: 
 Para injeção por um só lado da peça: distância entre furos = 90% da espessura da peça. 
 Para injeção pelos 2 lados da peça: distância entre furos = 50% da espessura da peça.; 
 
c) Retirar pó com ar comprimido e escova de pêlo  se necessário lavar com jato d’água; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.51 
d) Com o substrato seco, colar mangueiras plásticas transparentes usando resina epóxi tixotrópica, 
e calafetar toda a parte superficial da fissura usando o mesmo produto; 
 
e) Verificar a intercomunicação entre os 
furos com ar comprimido; 
 
f) Preparar a resina conforme 
recomendação do fabricante e aplicá-la 
pela mangueira inferior (primeira 
mangueira instalada  de baixo para 
cima  ver figura ao lado). 
 
g) Quando a resina começar a aflorar na 
segunda mangueira, vedar a primeira 
mangueira e continuar a injetar a resina 
pela mangueira seguinte, até o 
preechimento total da fissura; 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.52 
a) Após 24 horas, retirar mangueiras plásticas, vedar orifícios com o adesivo epóxi, e dar 
acabamento por lixamento. 
 
 
Se a fissura ocorrer dos dois lados do elemento estrutural (fissura passante), adotar os 
procedimentos acima nas duas faces. 
 
Os furos das duas faces deverão ficar defasados, e a injeção ser alternada entre elas 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.53 
Fissuras de Pequena Abertura (0,3mm a 1,0mm) em Superfície Horizontal. 
 
Também reparadas com resinas epoxídicas de grande fluidez aplicadas por injeção ou, por 
gravidade. 
 
O método de aplicação depende: 
 da posição da fissura em relação ao elemento estrutural, 
 de sua abertura mínima e 
 do fato de ser ou não passante (cruzar todo elemento estrutural). 
 
Caso 1: Fissuras Passantes 
 
Inicialmente verificar a possibilidade de aplicação da resina por gravidade 
 
 Processo mais simples e barato que o da injeção por ar comprimido! 
 
 
COMO FAZER TAL VERIFICAÇÃO? 
 
 Limpar toda extensão da fissura com jato de ar comprimido e jato d’água. 
o Em função do tipo de material que tenha nela penetrado, pode ser necessário usar 
desengordurante ou solventes específicos, que depois devem ser eliminados por lavagem; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.54 
 Após a secagem do substrato, lançar a resina (preparada em pequena quantidade) em um 
pequeno trecho da fissura, pela face superior do elemento estrutural, e verificar seu surgimento 
na face inferior. 
o Um bom fluxo de resina passando pela fissura, na face inferior do elemento, indica a 
possibilidade de aplicar a resina por gravidade. 
 
Caso 1-A: Fissuras Passantes em superfícies horizontais - Aplicação de Resina por Gravidade 
 
Seqüência de procedimentos: 
 
a) Vedar a fissura na face inferior do elemento, fixando-se 
antes, mangueiras plásticas, espaçadas em torno de 30cm, 
que servirão como suspiros 
 
b) Preparar a resina e vertê-la de uma extremidade a outra da 
fissura. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.55 
c) Para facilitar a penetração da resina e evitar perdas excessivas,confeccionar uma pequena 
canaleta provisória (com gesso ou massa de vidraceiro) envolvendo toda a fissura, conforme 
figura a seguir. 
 
 
d) Infiltração da resina é favorecida pela execução prévia de furos ao longo da fissura, pela face 
superior do elemento tratado (ver figura acima). 
e) Quando a resina começar a fluir por um suspiro, ele deverá ser vedado; 
f) Após o endurecimento da resina, demolir a canaleta e dar acabamento superficial; 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.56 
Caso 1-B: Fissuras Passantes em superfícies horizontais - Aplicação de Resina por Injeção. 
 
 
Confirmada a impossibilidade de aplicação da resina por gravidade, a intervenção deverá seguir os 
passos seguintes: 
 
a) Abrir a fissura, nas duas faces do elemento estrutural,dando-lhe a forma de v; 
b) Executar furos com diâmetro de 12,5 mm, profundidade igual a 3 cm e espaçados, na face 
superior (furos de injeção), de 10 cm a 30cm (função da abertura da fissura), e, na face inferior 
(furos extravasores), a cada 50cm 
c) Retirar o pó através de ar comprimido e escova de pêlo e lavagem com jato d´água; 
 
(fonte: Revista Téchne – Ed. 155, Ano:2010 - Reparo de pisos e pavimentos com microcimento) 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.57 
d) Com o substrato seco, colar, as mangueiras plásticas transparentes nos furos e calafetar toda a 
fissura, nas duas faces; 
e) Verificar, por meio de ar comprimido, a intercomunicação entre furos contíguos da face 
superior e dos da face inferior com pelo menos um da outra face. Caso necessário, furos 
intermediários deverão ser executados; 
f) Após endurecimento da calafetagem da fissura, preparar a resina e injetá-la sequencialmente, de 
uma extremidade a outra da fissura. 
g) A mudança de injeção de uma mangueira (que deverá ser tamponada) para a seguinte deve ser 
feita quando, nesta última, posicionada na vertical, a resina atingir uma altura de 10cm. A 
mudança deve ser feita, também, caso a resina saia simultaneamente, pelas duas mangueiras 
seguintes. 
h) As mangueiras da face inferior devem ser observadas e tamponadas logo que ocorra o 
extravazamento de resina. A finalidade dessas mangueiras é confirmar a penetração da resina 
em toda a espessura do elemento estrutural mas, caso se queira, elas podem ser utilizadas, 
também, para injeção de resina. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.58 
i) Caso não seja observado o extravasamento de resina por alguma mangueira da face inferior, 
Deve-se executar dois novos furos em cada lado dela, afastados de 10cm, após 24 horas da 
primeira injeção. Nesses furos, devem ser instaladas mangueiras, e,executada nova seqüência 
de injeções; 
j) Após 24 horas, retirar as mangueiras plásticas, obturar os orifícios com adesivo epóxi e dar 
acabamento na estrutura reparada. 
 
Caso 2: Fissuras horizontais apenas na face superior (fissuras não passantes). 
 
Também é interessante a verificação inicial da possibilidade de aplicação da resina por gravidade, 
mas a verificação é mais complexa  proceder da seguinte maneira: 
 
a) Limpar toda a extensão da fissura por jato de ar comprimido e jato d’água. 
 
b) Em um ponto situado em um dos terços extremos da extensão da fissura, executar furo com 
broca de diâmetro entre 6mm a 10mm, atravessando toda a espessura do elemento estrutural, 
 
c) Proceder à sua limpeza com ar comprimido e escovação; 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.59 
d) A uma distância do furo igual a duas vezes a espessura do elemento, confeccionar uma canaleta 
provisória (idem citado anteriormente) com 10cm de extensão; 
 
e) Lançar a resina (preparada em pequena quantidade) dentro da canaleta, e verificar se há, na face 
inferior do elemento estrutural, extravasamento de resina pelo furo. 
 
 Bom fluxo de resina extravasando = Possibilidade de aplicação da resina por gravidade. 
 
 
 
Caso 2-A: Fissuras apenas na face superior - Aplicação de Resina por Gravidade. 
 
Confirmada eficiência da aplicação da resina por gravidade 
 proceder conforme descrito no Caso 1-A (Fissuras Passantes - Resina por Gravidade) 
 desprezar os itens que fazem menção à fissura na face inferior do elemento estrutural reparado. 
 
Caso 2-B: Fissuras Apenas na Face Superior - Aplicação de Resina por Injeção. 
 
Se não for possível aplicar a resina por gravidade  usar os procedimentos descritos no Caso 1-B 
(Fissuras passantes - Resina por Injeção), 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.60 
Caso 3: Fissuras Apenas na Face Inferior 
 
São as fissuras mais difíceis de serem reparadas! 
 
Existem duas técnicas que podem ser adotadas 
 
Caso 3-A: Fissuras apenas na Face Inferior - Possibilidade de acesso pelas duas faces. 
 
a) Executar furos (diâmetro de 12,5mm), de baixo para cima, atravessando toda espessura da laje e 
espaçados de 5 cm a 30cm (em função da abertura da fissura); 
b) Limpar toda extensão da fissura e os furos; 
c) Com substrato seco, obturar completamente a fissura e os furos na face inferior do elemento 
estrutural; 
d) Instalar mangueiras plásticas transparentes nos furos da face superior; injetar a resina de uma 
extremidade a outra da fissura. 
 A mudança de injeção de uma mangueira (que deverá ser tamponada) para a seguinte 
deverá ser feita quando, nesta última, posicionada na vertical, a resina atingir uma altura 
de 10cm. A mudança deve ser feita, também, caso a resina saia simultaneamente, pelas 
duas mangueiras seguintes; 
e) Após 24 horas, retirar mangueiras plásticas, obturar orifícios e dar acabamento. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.61 
Caso 3-B: Fissuras Apenas na Face Inferior - Acesso somente pela face inferior 
 
Caso não seja possível executar furos que atinjam a face superior do elemento estrutural, a injeção 
deve ser feita pela face inferior. 
 
Apesar de ser operação bastante delicada e sem garantia de preenchimento total da fissura pela 
resina, ela pode ser executada conforme apresentado a seguir: 
 
 
 
a) Executar furos (φ = 12,5mm) para instalação dos suspiros (mangueiras φ = 8mm) e das 
mangueiras de injeção (φ = 10mm), e verificar a intercomunicação entre eles; 
b) Limpar a fissura e os furos por ar comprimido, escovação e, se preciso com jato d’água; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.62 
c) Com o substrato seco, instalar mangueiras plásticas transparentes e obturar completamente a 
fissura; 
d) Aplicar a resina por uma das mangueiras de injeção, enquanto as outras ficam obstruídas; 
e) Quando a resina começar a sair por um dos suspiros, parar a injeção, obstruí-lo, assim como a 
mangueira por onde se executava a injeção; e começar a injetar pela mangueira seguinte; 
f) Continuar a seqüência até a resina fluir pelo último suspiro instalado na extremidade da fissura; 
g) Após 24 horas, retirar as mangueiras plásticas, obturar os orifícios com o adesivo epóxi, e dar 
acabamento por lixamento. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.63 
Fissuras de grande abertura (acima de 10mm) 
 
 
Fissuras de grande abertura são, geralmente, tratadas aplicando-se o material de reparo por 
gravidade, desde que a fissura atinja a face superior da estrutura. Ver exemplos abaixo: 
 
 
Figura - Fissura Atingindo a Face Superior do Elemento 
 
Quando a fissura afeta apenas faces laterais ou inferiores do elemento, o tratamento é feito por 
injeção, segundo os procedimentos já descritos anteriormente. 
 
A escolha do material de reparo é feita com base na abertura mínima da fissura e de sua posição em 
relação à estrutura. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.64 
Fissuras Capilares (abertura inferior a 0,3 mm) 
 
 Podem ser tratadas por injeção de resina epoxídica de alta fluidez. 
 Quando as fissuras forem ≤ 0,3mm 
o Avaliar se o tratamento realmente é necessário 
 
o Caso seja, normalmente utiliza-se produtos que reagem com os sub-produtos de 
hidratação do cimento. Na reação,são formados cristais insolúveis que preenchem o vazio 
criado pela fissura, colmatando-a. 
 
 
Teoricamente, fissuras com abertura ≤ 0,1mm não precisam ser tratadas: 
 
 Não geram risco à durabilidade do concreto ou das armaduras 
(AVALIAR GRAU DE AGRESSIVIDADE DO MEIO AMBIENTE!). 
 Mas deve-se verificar se fissura não está ocorrendo em local incompatível com o 
comportamento da estrutura 
(EXEMPLO: FISSURA EM REGIÃO DE CONCRETO COMPRIMIDO?!) 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.65 
Sequência de procedimentos para reparo de fissuras capilares: 
 
a) Retirar a nata de cimento e limpar o substrato para a abertura dos poros do concreto por meio de 
lixamento de uma faixa que se extenda 5cm para cada lado da fissura; 
a) Saturar o concreto da região a ser tratada por aspersão d’água, devendo, entretanto, a superfície 
apresentar-se isenta de empoçamentos (4S = Substrato Saturado de Superfície Seca); 
b) Preparar o material de reparo, sombrear a área a ser tratada e aplicar o material de reparo com 
trincha; 
c) Após a secagem inicial do produto de reparo, executar cura úmida através de “spray” d’água 
aplicado com intervalo de 4 a 6 horas por quantos dias o fabricante recomendar; 
d) Após a secagem superficial, lixar a área tratada, e, se necessário, aplicar pintura ou 
revestimento estético 
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5.9.2. REPAROS EM FISSURAS ATIVAS (ou inativas com monoliticidade não exigida) 
 
 
Se este tipo de fissura pode continuar existindo na estrutura  tratá-las como juntas de dilatação. 
 
Para impedir a penetração de materiais que impeçam sua livre movimentação (pó, areia, brita, etc) 
ou que sejam deletérios ao concreto (água, óleos, fuligens, etc), as novas juntas devem ser vedadas 
com mastiques ou outros materiais elásticos. 
 
Relação de alguns materiais utilizados no tratamento de fissuras ativas: 
 
o Reparo usando mastiques de poliuretano 
o Reparo com Poliuretano Hidro-Expansivo (Fissuras com Percolação d’Água) 
o Reparo usando manta de Elastômero Colada com Epóxi 
 
 
Mastique: toda massa que é plástica durante seu tempo de trabalhabilidade, 
e que se destina a assegurar a estanqueidade de uma junta. 
 
PARA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE COMO APLICAR CADA UM DESTES 
MATERIAIS CONSULTAR MANUAL DOS FABRICANTES. 
 
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5.10. PINTURAS E REVESTIMENTOS ESTÉTICOS OU PROTETORES 
 
Após intervenções de reparo, pode ser necessária a aplicação de pintura com o objetivo de 
uniformização de cor da estrutura (pintura estética). Neste caso, podem ser utilizadas, pinturas de 
base: 
PVA, 
Acrílica, 
Epoxídica ou 
Cimentícia. 
 
Para uniformização de textura (revestimento estético), podem ser empregadas: 
 argamassas de espatular (argamassas de estucamento), 
 argamassas pré-dosadas (Sika Top 121) 
 ou preparadas na obra (argamassas poliméricas - de base acrílica ou SBR). 
 
Pode ser necessária, ainda, principalmente nos casos de intervenções devidas a corrosão de 
armaduras, aplicação de pinturas que visem proteger (pinturas protetoras) o concreto contra a 
penetração de água e gases. 
 
 Convém salientar que pinturas ou revestimentos protetores devem ser especificados nos casos 
em que, por imposições construtivas, foi necessário adotar, nas intervenções, cobrimentos de 
armaduras com espessuras inferiores às especificadas nas normas. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - CMEC - Profa. Andréa Prado Abreu Reis Liserre 5.68 
IMPORTANTE: 
 
 Elementos estruturais que recebem umidade por uma ou mais de suas faces, só devem receber 
pinturas ou revestimentos nas demais faces, se estas forem permeáveis ao vapor d’água. Caso 
tal regra não seja observada, cria-se uma situação favorável ao processo de oxidação de 
armaduras. 
 
 Um tratamento protetor que pode ser utilizado, tanto em estruturas restauradas quanto em 
novas, mas que é pouco adotado por engenheiros e arquitetos, é o polimento do concreto por 
lixamento (CONCRETO POLIDO). Este tipo de tratamento é extremamente melhorado, 
quando, antes do polimento do concreto, é aplicado em sua superfície produtos 
impermeabilizantes que obturam os capilares do concreto, através de formações cristalinas 
insolúveis. Portanto: 
 
Com um simples, mas adequado, tratamento, o concreto convencional 
pode tornar-se um “granito” raro - um “granito impermeável”.