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01 a 06 - Dos Bens

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BENS JURÍDICOS 
Arts. 79 a 103 do Código Civil 
 
 
Prof. Dr. Artur Marques da Silva Filho 
1. BENS JURÍDICOS. CARACTERÍSTICAS. 
1.1. Conceito 
 
• Bens são coisas materiais ou imateriais que podem ser objeto 
de uma relação de direito, por possuírem valor econômico. 
 
• Todo direito possui o seu objeto. Podem consistir em coisas 
(relações reais), em ações humanas (obrigacionais) e certos 
atributos da personalidade (direito à imagem), bem como 
determinados direitos (cessão de crédito, tutela, etc.). 
 
• Sentido filosófico: bem é tudo que satisfaz uma necessidade 
humana. Coisa = gênero do qual bem é espécie. 
1.2. Características 
 
• Possibilidade de satisfazer interesse econômico; 
 
• Autonomia econômica; 
 
• Capacidade de ser subordinado juridicamente a uma pessoa. 
 
Não se confundem com: 
 
• Coisas comuns: insuscetíveis de apropriação pelo homem. Ex.: ar, 
mar, etc. Sendo possível a sua apropriação em porções limitadas, 
tornam-se objeto de direito. Ex.: ar comprimido, água fornecida 
pelo poder público. 
• Coisas sem dono: “res nullius” – nunca foram apropriadas. 
• Coisa móvel abandonada: “res derelicta” – abandonada pelo titular. 
 
 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
2.1. De acordo com os seguintes critérios: 
 
• A) Em si mesmos considerados; 
 
• B) Reciprocamente considerados; 
 
• C) Quanto à titularidade do seu domínio; 
 
• D) Quanto à possibilidade de serem negociados. 
 
 
A. Bens em si mesmos considerados 
 
 
 
- Bens corpóreos: possuem existência física, 
material. 
 
 Ex: terrenos, casas, carros, etc. 
 
- Bens incorpóreos: não possuem existência 
física, material, mas possuem valor econômico. 
 
 Ex: nome comercial, marca, direitos obrigacionais, autorais, etc. 
 
A.1: Bens corpóreos e incorpóreos 
- Bens móveis: podem ser transportados sem 
deterioração da sua substância ou destinação. 
 
 Ex: carros, livros (móveis propriamente ditos), animais 
(semoventes), etc. 
 
- Bens imóveis: não podem ser transportados 
sem a sua destruição. 
 
 Ex: casas, terrenos, etc. 
 
A.2: Bens móveis e imóveis 
Distinções importantes entre bens móveis e imóveis: 
- Forma de aquisição da propriedade: 
Bens móveis: tradição, usucapião, ocupação, especificação, 
confusão, comistão, adjunção, achado de tesouro. 
Bens imóveis: registro de título, acessão, usucapião, direito 
hereditário. 
 
- Restrição à alienação: 
Bens móveis: sem restrições. 
Bens imóveis: necessária a anuência do cônjuge para se alienar, 
hipotecar ou gravar de ônus real (exceção – regime de 
separação absoluta) 
 
- Tempo para aquisição por usucapião: 
Bens móveis: 3 ou 5 anos (arts. 1.260 e 1.261, CC). 
Bens imóveis: 5, 10 ou 15 anos (arts. 1.238 a 1.240, CC). 
 
 
- Diferença entre os direitos reais: 
Bens móveis: penhor. 
Bens imóveis: hipoteca. 
 
 
- Outras distinções: 
Bens móveis: apenas estes podem ser objeto de contrato de mútuo. 
Bens imóveis: sujeitos a registro, concessão de superfície e enfiteuse. 
 
Subclassificação dos bens IMÓVEIS: 
- Por sua natureza (CC, art. 79, 1ª parte): 
 
 “São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural...” 
 ex.: árvores, frutos pendentes, etc. 
 
 
 
- Por acessão física artificial (CC, art. 79, 2ª parte): 
 
 “... ou artificialmente.” 
 ex.: edifícios, construções feitas pelo homem, etc. 
 
- Por acessão intelectual ou destinação do proprietário 
(CC, art. 93): 
 
Coisa móvel colocada a serviço da coisa imóvel, por ficção 
legal, com afetação do bem móvel ao imóvel em caráter 
não definitivo. 
 ex.: máquinas agrícolas, ornamentos. 
 
 
- Por determinação legal (CC, art. 80): 
 
I) Direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram 
(uso, usufruto, enfiteuse, hipoteca, anticrese, etc.); 
 
II) Direito à sucessão aberta. 
Subclassificação dos bens MÓVEIS: 
- Por sua natureza (CC, art. 82): 
 
 “São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou 
remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da 
destinação econômico-legal.” 
 
 (ex.: carros, animais, utensílios domésticos, etc.) 
 
- Por determinação legal (CC, art. 83): 
 
 I) Energias com valor econômico; 
 II) Direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes 
(ex.: penhor); 
 III) Direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações 
(ex.: direito autoral, propriedade industrial) 
- Bens fungíveis: os bens móveis que podem 
ser substituídos por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade (art. 85, CC). 
 
 Ex: carros, livros, canetas, etc. 
 
- Bens infungíveis: são insubstituíveis por 
outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
 
 Ex: obras de arte, objetos de grande valor sentimental, etc. 
 
A.3: Bens fungíveis e infungíveis 
- Bens consumíveis: extinguem-se logo que são 
usados, com imediata destruição da sua 
substância (art. 86, CC). 
 
 Ex: alimentos, bebidas. 
 
- Bens inconsumíveis: podem ser utilizados no 
decorrer do tempo, de maneira continuada, 
sem que sua substância seja afetada. 
 
 Ex: eletrodomésticos, roupas. 
 
A.4: Bens consumíveis e inconsumíveis 
- Bens divisíveis: podem ser fracionados sem 
alteração da substância, diminuição 
considerável do valor ou prejuízo de utilização 
(art. 87, CC). 
 
 Ex: uma tonelada de café. 
 
- Bens indivisíveis: não podem ser divididos, 
seja por sua natureza, por determinação legal 
ou das partes (art. 88, CC). 
 
 Ex: animais vivos, obras de arte, módulo rural, etc. 
 
A.5: Bens divisíveis e indivisíveis 
- Bens singulares: apesar de reunidos, são 
considerados individualmente, sem 
dependerem dos demais (art. 89, CC). 
 
 Ex: folhas de papel, animais de um rebanho, etc. 
 
- Bens coletivos: grupo de bens singulares, mas 
que formam um todo único, adquirindo 
individualidade distinta dos bens que os formam 
(universalidade de fato ou de direito) (arts. 90 e 
91, CC). 
 
 Ex: biblioteca, coleções, herança, massa falida, etc. 
 
A.6: Bens singulares e coletivos 
- Bens patrimoniais: bens que podem ter valor 
quantificado. 
 
 Ex: tanto corpóreos quanto incorpóreos, como edifícios, 
maquinário, direitos autorais, nome comercial, marca. 
 
- Bens extrapatrimoniais: bens que, apesar de não 
serem suscetíveis de quantificação econômica, podem 
ser lesados, ensejando, assim, compensação 
pecuniária (cf. art. 5º, inc. V e X da CF). 
 
 Ex: moral, honra, confiabilidade do consumidor, etc. 
 
A.7: Bens patrimoniais e extrapatrimoniais 
DINIZ, M. Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 28ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 379. 
- Principal: existe sobre si, abstrata ou 
concretamente (CC, art. 92, 1ª parte). 
 
 Ex: terreno, carro, etc. 
 
- Acessório: sua existência pressupõe a do 
principal (CC, art. 92, 2ª parte). 
 
 Ex: árvore plantada ou casa construída no terreno, etc. 
 
B. Bens reciprocamente considerados 
 
 
 
B.1: Principal e acessório 
- Produtos: retirados do principal – coisas que não se 
reproduzem 
 
 Ex: pedras de pedreira. Ocorre d iminuição do valor. 
 
- Frutos: utilidades que a coisa produz periodicamente (CC, 
art. 95) 
 
 
Classificação 
quanto ao estado: 
(Classificação 
 de Clóvis) 
Pendentes 
Percebidos 
Estantes 
Percipiendos 
Consumidos 
Espécies de bens acessórios 
NATURAIS 
INDUSTRIAIS 
CIVIS 
Classificação 
quanto 
à origem- Pertenças: (CC, art. 93) Não constituem parte integrante 
da coisa, mas se destinam, de modo duradouro, ao uso do 
principal (res annexa) 
 
 Ex: o trator, na fazenda; o piano, na escola de música. 
 
 Salvo disposição contrária, a negociação do principal não 
abarca as pertenças (art. 94) – exceção à regra geral. 
 
- Benfeitorias: (CC, art. 96) 
 
- Melhoramentos no principal 
 
NECESSÁRIAS 
ÚTEIS 
VOLUPTUÁRIAS 
Classificação 
DINIZ, M. Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 28ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 389. 
- Bens públicos (CC, art. 98) 
 
 - Proprietário (quem?) 
 
 
 - Classificação 
 
 
 - Usucapião 
 
- Bens particulares 
 
 - Todos os outros, não importando a quem pertençam. 
 
- De uso comum do povo (Estradas e ruas) 
- De uso especial (Prédios administrativos) 
- Dominicais (Podem ser alienados) 
C. Quanto à titularidade do domínio 
 
 
 
DINIZ, M. Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 28ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 394. 
D. Quanto à possibilidade de serem 
negociados 
 
D.1. Bens alienáveis: são suscetíveis de transferência de 
um patrimônio para o outro. 
 
a) Não possuem restrições que impeçam a 
transferência. 
 
b) Todos os bens são, em tese, alienáveis, salvo 
impossibilidade física ou disposição (legal ou 
voluntária) em contrário. 
D.2. Bens inapropriáveis: insuscetíveis de 
apropriação. 
 
 Naturalmente indisponíveis: ar atmosférico; água do 
mar; 
 
 Legalmente indisponíveis: bens de uso comum, de 
uso especial, bens de incapazes 
 
 Indisponíveis pela vontade humana: deixados em 
testamento, ou doados, com cláusula de 
inalienabilidade 
 
 
- Bens inalienáveis: são insuscetíveis de transferência 
de um patrimônio para o outro. 
 
a) Por sua natureza: aqueles cujo uso é inexaurível. Ex.: a luz solar, 
os direitos da personalidade. 
 
b) Por determinação legal: podem ser naturalmente apropriáveis, 
mas a lei impede a sua comercialidade sem prévia autorização 
legal. Ex.: bens públicos, bens de menores, bem de família, bens 
das fundações, terras ocupadas pelos índios, etc. 
 
c) Por vontade humana: quando é imposta ao bem cláusula de 
inalienabilidade, temporária ou vitalícia, por ato inter vivos ou causa 
mortis (ex.: na doação ou no testamento, ou mesmo em contrato). 
DINIZ, M. Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 28ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 403.

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