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Manuscritos Museu de Aveiro

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MANUSCRITOS 
do 
Museu de Aveiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manuscritos 
do 
Museu de Aveiro 
Dos sécs. XV/XVI aos sécs. XIX/XX 
 
 
 
 
 
2014 
Ficha Técnica 
 
Coordenadora do projecto no Museu de Aveiro 
Zulmira Cândida Gonçalves 
(Diretora) 
 
Equipa técnica no Museu de Aveiro 
Ana Andrade (Conservadora-restauradora, Bolseira FCT) 
Madalena Cardoso da Costa (Técnica Superior) 
Maria João Mota (Técnica Superior) 
 
Investigação e textos/ revisão de conteúdos/ catálogo 
Madalena Cardoso da Costa 
Investigação e revisão de conteúdos/ base de dados 
Maria João Mota 
Investigação, revisão de conteúdos e inserção de imagens/ catálogo 
Ana Andrade 
Conservação e acondicionamento 
Ana Andrade 
 
Conservação e Restauro / Pergaminho 
Isabel Zarazúa Astigarraga (Lisboa) 
 
Inventariação codicológica e digitalização 
RFS – Telecomunicações, Ldª 
 
Edição 
Direcção Regional de Cultura do Centro, Museu de Aveiro 
 
Apoio financeiro 
Fundação Calouste Gulbenkian – Projecto de Recuperação, Tratamento e 
Organização de Acervos Documentais 
 
 
 
Índice 
 
Introdução 5 
 
Candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian 6 
 
A disponibilização da coleção na base de dados OMEKA 7 
 
A disponibilização da coleção no catálogo digital 8 
 
O Scriptorium do Convento do Santo Nome de Jesus de Aveiro 9 
 
CATÁLOGO 13 
I – Antifonários 15 
II – Códices 55 
III – Bulas 81 
IV – Forais 91 
V – Iluminuras 97 
VI – Espólio Rocha Madahil 103 
VII – Manuscritos 115 
 Manuscritos do poeta Bingre 117 
 Outros manuscritos avulsos 123 
 Documentação conventual do séc. XIX – início do séc. XX 147 
 
Fontes, Bibliografia e Legislação 149 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Introdução 
O Museu de Aveiro possui um acervo histórico documental que constitui um 
espólio de particular interesse para a história, nomeadamente do antigo 
Convento de Jesus de Aveiro, mas também para a museologia e para a 
história nacional, no contexto sociopolítico, do período Liberal (e da extinção 
das Ordens Religiosas em Portugal) à Iª República (com a renovada extinção 
das Ordens e a nacionalização dos bens dos conventos e da Igreja). Por outro 
lado, trata-se também de um espólio de relevo particular para a história de 
Aveiro (de vila, no séc. XIV, a cidade, no séc. XVIII), da sua região e da sua 
diocese, à qual se vincula o Convento de Jesus de Aveiro, onde se encontra 
sediado o centenário Museu de Aveiro (1911-1912), e nele a figura da 
Princesa Santa Joana. 
O conjunto deste espólio documental manuscrito é constituído por três 
núcleos fundamentais. 
Um primeiro, o dos códices e dos antifonários, do séc. XV ao séc. XVIII, em 
pergaminho e em papel, provenientes do Convento de Jesus de Aveiro, e de 
outros conventos extintos de Aveiro, onde se encontram sobretudo os livros 
religiosos necessários ao culto. 
Um segundo núcleo é constituído pelos manuscritos avulsos, que vão na sua 
maioria do séc. XV ao séc. XIX, em pergaminho e em papel, provenientes do 
Convento de Jesus de Aveiro, de outros conventos de Aveiro, da vila e da 
região, da Diocese de Aveiro e da de Coimbra (da qual Aveiro dependeu em 
duas ocasiões, no séc. XVIII e no final do séc. XIX - início do séc. XX), e, 
ainda, por documentos pontifícios, reais e outros do Reino. 
Um terceiro núcleo é constituído pelos tomos conventuais, eclesiásticos, 
camarários e da Fazenda Nacional, em papel, datados do séc. XIX ao 1º 
quartel do séc. XX, provenientes de diversos pontos do país, embora 
maioritariamente do distrito de Aveiro, e incorporados no Museu de Aveiro 
6 
 
quando da sua constituição em 1911-1912 (Decreto de 23 de Agosto de 1911 e 
Portaria de 16 de Junho de 1912). 
Este acervo museológico tem em si mesmo, por outro lado, o seu próprio 
interesse histórico-artístico, designadamente os livros religiosos e os 
documentos históricos, quer pela sua antiguidade, quer pela riqueza do 
trabalho artístico que apresentam. Tanto os códices como os documentos 
manuscritos avulsos apresentam, no seu material suporte, nas suas 
encadernações, nas suas iluminuras, na decoração a ouro e cores, ou, nos 
indicadores históricos de brasões de armas, de iconografia religiosa, e de 
selos, informação que permite a sua identificação e datação. 
 
Candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian 
Esta coleção de manuscritos do Museu de Aveiro, foi objeto da candidatura 
ao Concurso de apoio à recuperação, tratamento e organização de Acervos 
Documentais da Fundação Calouste Gulbenkian. Esta candidatura foi aprovada 
pela Fundação Calouste Gulbenkian em 31 de Maio de 2013, obtendo o 
museu o financiamento necessário para desenvolver o projeto, que teve como 
principais objetivos a catalogação e a disponibilização ao público deste 
acervo, que ora se apresenta neste catálogo digital. 
Sendo esta colecção do Museu constituída por exemplares que datam do séc. 
XV aos sécs. XIX/XX, tornou-se essencial garantir o acesso ao público deste 
espólio, sem que fosse posta em causa a sua integridade física. Pretendeu-se 
assim, evitar o manuseamento continuado dos manuscritos, procedendo à 
respectiva digitalização e colocação numa base de dados online. 
Neste sentido, e para garantir a disponibilização da informação, toda a 
documentação foi devidamente catalogada, com a respetiva descrição 
codicológica e identificação dos seus conteúdos, foi conservada e, finalmente, 
7 
 
na sequência destas fases do trabalho, procedeu-se à digitalização dos 
documentos. 
O resultado final deste projeto, incluiu a colocação do espólio documental 
numa base de dados e a organização do presente catálogo online, com as 
imagens digitais dos exemplares, o que permite, ainda, o acesso mais 
imediato ao seu estudo para preparação de futuras exposições, mostras 
bibliográficas e produção de material pedagógico, a facultar aos grupos 
escolares que visitem o Museu, de forma a sensibilizá-los para este 
património documental e histórico de carácter nacional. 
 
A disponibilização da coleção na base de dados OMEKA 
Esta coleção não se encontra exposta ao público na Exposição Permanente do 
Museu, mas sim acondicionada numa zona de Reservados, no Piso 2, em 
estantes, caixas e outro equipamento adequado, por razões de conservação 
do acervo. O seu acesso à consulta, para investigadores, universitários e 
outros, pode fazer-se mediante pedido formal prévio à direção do Museu, 
mormente a documentação dos sécs. XIX-XX, que não oferece os mesmos 
riscos de conservação, que a restante coleção, no seu manuseamento. 
Para obviar a estas restrições de acessibilidade à consulta desta coleção de 
manuscritos, compreende-se que, no contexto deste projeto de candidatura à 
Fundação Calouste Gulbenkian, a mesma tenha sido disponibilizada ao 
público online, na base de dados OMEKA, no site da Direcção Regional de 
Cultura do Centro - DRCC> MUSEU DE AVEIRO, sob o título: Manuscritos - 
Museu de Aveiro. Aqui, encontra-se informação completa sobre cada 
manuscrito, que contempla mais do que no catálogo, designadamente 
aspectos materiais e formais de cada um, e, ainda, o respetivo estado de 
conservação. 
http://www.culturacentro.pt/links.asp 
http://www.manuscritos-maveiro.drcc.pt/ 
8 
 
A disponibilização da coleção no catálogo digital 
Muito embora muitos documentos históricos, bem como inúmeros códices da 
coleção do Museu de Aveiro, tenham sido anteriormente estudados e alvo de 
trabalho publicado,designadamente nas décadas de 60 e de 70 do século 
passado e na época atual, e tenham vindo a ser objeto de estudo de 
dissertações de mestrado e de doutoramento em Universidades portuguesas, 
o objetivo do presente catálogo online é o de disponibilizar os conteúdos de 
toda a coleção ao público de uma forma consistente, ora organizada de 
acordo com o seu atual inventário codicológico e com a respetiva imagem 
digital. 
A Coleção de manuscritos do Museu de Aveiro dos sécs. XV/XVI - XIX/XX foi 
organizada, na recente inventariação codicológica, segundo diferentes 
tipologias e natureza de documentos, com atribuição de cotas, que 
permitiram agrupá-los no catálogo presente, em oito grandes grupos de 
documentos, a saber: 
I - Antifonários (PT/MA/ANTF) 
II - Códices (PT/MA/COD) 
III - Bulas (PT/MA/BUL) 
IV - Forais (PT/MA/FOR) 
V - Iluminuras (PT/MA/IL) 
VI - Espólio Rocha Madahil (PT/MA/MAD) 
VII – Manuscritos (PT/MA/MAN) 
 Manuscritos do poeta Bingre 
 Outros manuscritos avulsos 
 Documentação conventual do séc. XIX 
VIII - Música (PT/MA/MUS). 
No catálogo presente, cada documento manuscrito avulso ou em volume é 
apresentado com uma ficha técnica, seguida de uma descrição sumária e de 
9 
 
bibliografia, quando existente, sendo acompanhada, na maioria dos 
exemplares, da respectiva imagem. 
Na ficha técnica foram considerados os seguintes itens: 
Denominação/Título; 
Data; 
Material suporte; 
Nº de fólios; 
Tipo de letra; 
Dimensões; 
Entidade produtora dos documentos; 
Cota; 
Descrição do assunto/conteúdo; 
Bibliografia (quando exista). 
 
O Scriptorium do Convento do Santo Nome de Jesus de Aveiro 
O scriptorium era o local onde se copiavam e decoravam com iluminuras os 
volumes manuscritos, denominados códices, que se organizavam em 
cadernos de fólios em pergaminho ou papel, cosidos e protegidos por uma 
encadernação. Mais do que um espaço, era uma área de trabalho 
absolutamente necessária nos conventos, dada a escassez de livros 
imprescindíveis à vida religiosa de oração e aos ofícios litúrgicos. Por outro 
lado, os scriptoria conventuais, através do trabalho laborioso e cuidado dos 
seus copistas, tiveram um papel primordial, complementar das bibliotecas, 
de fiéis depositários e transmissores do conhecimento, até ao dealbar da 
Idade Moderna. Com o aparecimento do livro impresso no séc. XVI e a 
rapidez da sua difusão, os códices iluminados e copiados nos conventos são 
inexoravelmente ultrapassados, e a importância do scriptorium naturalmente 
diminui. 
10 
 
A Regra do antigo Mosteiro de Jesus de Aveiro impunha a obrigação de 
cantar em oração, utilizando códices, donde se compreende que, sendo estes 
raros, houvesse a necessidade de reprodução destas obras. 
D. Brites Leitoa (Leitão), senhora viúva, nobre e culta vinda da corte do 
Infante D. Pedro, que juntamente com D. Mécia Pereira, também viúva, 
fundou o Convento de Jesus de Aveiro, no séc. XV, cedo compreendeu a 
urgência de produzir no convento os livros necessários à vida religiosa 
monástica. Para tal, chamou Frei Pedro Dias de Évora, dominicano, perito na 
arte de copiar e iluminar, para ensinar as suas religiosas. Destacaram-se nesta 
arte D. Maria de Ataíde, filha de D. Mécia Pereira, a copista Isabel Luys, e 
ainda D. Leonor de Meneses. A qualidade da caligrafia e o colorido das 
iluminuras granjearam fama às copistas do Mosteiro de Jesus, fama que 
depressa se espalhou por todo o país. 
Acresce referir o importante trabalho cartorário das copistas, lavrando alguns 
documentos históricos dos mais importantes para a história do Convento e 
da Vida da Princesa Santa Joana. Terá sido o caso da carta de doação de um 
terreno da Princesa D. Joana ao Mosteiro de Jesus de Aveiro, em 1476 (o 
único documento assinado pelo punho da Infanta), o documento que 
descreve o cerimonial da tomada do hábito da Princesa (1491), o primeiro 
processo de beatificação da Santa Princesa, e, por último, a Crónica da 
Fundação e Memorial da Princesa D. Joana, da autoria da cronista Marguarida 
Pynheira, religiosa coeva da Princesa Santa Joana. 
O trabalho das religiosas copistas era moroso e delicado, requerendo a 
preparação prévia dos pergaminhos, a produção das cores para pintar e das 
tintas para escrever, sendo estas aplicadas com canetas de penas de ave ou 
caniços. Este trabalho, a par do conhecimento da doutrina, requeria 
igualmente perícia e sentido estético, para executar as letras capitais 
decoradas com iluminuras, desenhos delicados e pormenorizados, e as 
11 
 
representações iconográficas cristãs, como se pode verificar em muitos dos 
exemplares apresentados neste catálogo. 
De entre a diversidade de manuscritos de origem conventual que hoje fazem 
parte da coleção do Museu, os livros de cantochão são os que têm maior 
representatividade, designadamente os Antifonários, os Passionais, os 
Responsórios, e os Processionários, tendo cada uma destas tipologias uma 
utilização específica. 
O Antifonário é um livro de cânticos religiosos que contém as partes da 
missa e dos ofícios cantados. Existem três tipos de antifonários. O 
Antifonário Temporal, que reúne os cânticos respeitantes ao tempo litúrgico 
cristão, o Antifonário Santoral, que contém os cânticos destinados à 
celebração das festas dos santos e o Comum dos Santos, que congrega os 
cânticos para os dias dos santos não contemplados nos dois anteriores. O 
Passional é um texto litúrgico que se lê ou canta, destinado a celebrar a 
Paixão de Cristo durante as cerimónias religiosas da Semana Santa. Já o 
Responsório (do latim responsum, ou resposta) é um conjunto de responsos, 
ou cânticos, que seguem cada uma das leituras matinais. Finalmente, o 
Processionário é um livro litúrgico que contém os cantos próprios dos ritos 
processionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CATÁLOGO 
14 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 I - ANTIFONÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
16 
 
17 
 
1 
De Jesus, y de Maria,/ del Bautista, y de 
Domingo,/ en este Livro destingo/ Cantos de 
igual melodia./ Tanbien para la armonia,/ E 
ay, del Organo canoro,/ Cifras, con q pueda 
al Coro/ acompañar uniforme,/ porq en todo 
se conforme/ lo devoto, y lo sonoro./ Coimbra 
Ann. 1716. 
1716 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela 
[4] 23 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
29,4 x 21,2 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 1 
Códice de canto gregoriano, que contém 
Laudes para serem tocadas em cordas e 
órgão, por honra de São João Batista e de 
São Domingos, destinadas ao Natal, à 
Ascensão, à Páscoa, ao Espírito Santo, e 
Antífonas das ladainhas, seguidas de 3 
fólios em branco. Antífona de Beneditus 
para a 5ª feira e 6ª feira, seguidas de 6 
fólios em branco. O fólio 2 possui uma 
ilustração pintada a aguarela de uma 
figura feminina a tocar órgão, 
emoldurada com as armas dominicanas, 
com iniciais junto ao pé F.P. e R.F. A obra 
contém iniciais capitais fitomórficas, 
zoomórficas, figuradas e historiadas. Na 
guarda volante anterior contém a anota-
ção: J. M. +J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. 
 
 
 
18 
 
2 
Exau di nos domine quoni/ am benigna est 
misi cordia tu/ a se cundū multitudinē 
misera/ tio nū tua rum respice 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
92 p. 
Letra manuscrita gótica atinta sépia e 
vermelha 
16,5 x 12 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 2 
Códice de canto gregoriano, 
processional, contendo Laudes. Tem o 
cerimonial Ad recipiendum regem vel 
reginam, o ritual da profissão e o ofício de 
sepultura. O canto encontra-se 
intercalado com texto e alguns fólios têm 
iniciais capitais filigranadas, a tinta 
vermelha e azul. Quase todos os 
cadernos apresentam reclamos. Na 
contraguarda anterior contém a 
anotação: Convento de Jesus/ Aveiro/ 17. O 
manuscrito foi foliotado a lápis de grafite 
no canto superior direito (em data 
desconhecida). 
 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXV. 
 
3 
Primis tomus siimsi/ pit e si sletitor et si/ 
mediatur e sie finitur/ et si finitur et finir 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
112 [1] p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
18,5 x 14,7 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 3 
Processional constituído por Laudes e 
salmos, pertencente ao Convento de 
Jesus de Aveiro. A obra tem iniciais 
capitais a tinta vermelha e azul, e 
capitais caligráficas a tinta sépia. Na 
contraguarda anterior contém a 
anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ 
Aveiro. O manuscrito foi foliotado a lápis 
de grafite no canto superior direito (em 
data desconhecida). 
 
4 
Lumen ad reve la tionē/ gentiuz et gloriam 
plebis tu/ e israel Nūc dimictis ser/ vuz tuum 
domine secundū ver 
18 de Setembro de 1489 
Pergaminho de coloração amarela 
84[1] p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
18,8 x 13,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 4 
Códice de canto gregoriano, processional 
com Laudes. O manuscrito tem capitais a 
tinta vermelha e azul, e capitais 
caligráficas a tinta castanha, algumas das 
19 
 
quais realçadas com tinta vermelha. 
Datado e assinado Ysabel Luys no fólio 
84. Na contraguarda anterior contém a 
anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ 
Aveiro. A obra foi foliotada a lápis de 
grafite no canto superior direito (em data 
desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 66-71. 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 
 
5 
Chirie Elei son/ Christe Elei son/ Sancta 
trinitas vnus/ deus mise re re nobis 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
7 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
27,3 x 20,3 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 5 
Códice de canto gregoriano, contendo 
Ladainha de Nossa Senhora do Rosário, 
para ser cantada nas confrarias do 
Rosário de Nossa Senhora. Na guarda 
volante anterior contém a anotação: J. M. 
+ J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. A obra 
foi foliotada a lápis de grafite no canto 
superior direito (em data desconhecida). 
 
MARTINS (1960/1961), pp. 201-202, 215-
218. 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 
 
6 
Lumē ad reua la ci o nē gencium/ et gloriam 
plebis tue israhel. Nūc dimi/ tis s uū tuū 
domine secūdū uerbū tuum/ in pace. Lumē. 
Quia uiderūt occuli mei/ salute re tuū. 
Lumē. Quod parasti ante 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
87 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
22 x 15,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 6 
20 
 
Processionário de canto gregoriano, com 
Laudes e antífonas, intercalado por 
orações manuscritas a caracteres góticos. 
Alguns fólios têm pequenas anotações 
em letra manuscrita gótica junto às 
margens. A obra tem capitais a tinta 
vermelha e azul. Na contraguarda 
anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ 
Convento de Jesus/ Aveiro/ Processionarium. 
O manuscrito foi foliotado a lápis de 
grafite no canto superior direito (em data 
desconhecida). 
 
7 
Estes/ Processionarios/ pa. a Dominga/ de 
Ramos/ mādou faser a Madre/ Soror 
Mariana/ da Vitoria/ sendo Cantora mor./ 
Anno de 1687. 
1687 
Pergaminho de coloração amarela 
[8] 9 [8] p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
22 x 15,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 7 
Códice processional de canto gregoriano 
para Domingo de Ramos, destinado à 
cantora-mor. O título, manuscrito a 
vermelho dentro de cartela a sépia, 
remete para a encomendante Madre 
Soror Mariana da Vitória. O 
processionário tem iniciais capitais 
caligráficas, filigranadas e fitomórficas, a 
21 
 
tinta sépia, vermelha e azul. Na guarda 
volante anterior contém a anotação: J. M. 
+ J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro/ Nro 17. 
O manuscrito foi foliotado a tinta sépia 
na margem do pé. 
 
CORBIN (1943), p. 9. 
SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXVI, vol. 
II, p. 165. 
 
8 
In festo purificacionis bte Vgis/ Maria. Ad 
pcessionez 
22 de Junho de 1489 
Pergaminho de coloração amarela 
[I] 86 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
18,5 x 12,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 8 
Códice processional de canto gregoriano. 
Termina com o ofício da sepultura e a 
Recomendatio Animarum. A obra tem 
capitais, a tinta sépia, vermelha e azul. 
Datado e assinado Ysabel Luys no fólio 
85. Na guarda volante anterior contém a 
anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ 
Aveiro/ Nro 6. O manuscrito foi foliotado 
a lápis de grafite no canto superior 
direito (em data desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 66-71. 
SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXIII, vol. 
II, pp. 164-5. 
 
9 
In festo purificacioīs cātor cā de lā offerens/ 
p’ori incipiat. añam. Lumē ad revelacioēz 
[1489] 
Pergaminho de coloração amarela 
[II] 120 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
23 x 16 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 9 
Processional passional, de canto 
gregoriano intercalado com texto e 
orações, manuscritos a caracteres góticos. 
O texto é das festas da Purificação, 
22 
 
Ramos, Mandato e Adoração da Cruz 
(grandes procissões), e Dedicação das 
Igrejas. Contém também o Exultet, as 
genealogias de Cristo segundo São 
Mateus e S. Lucas (cantadas no ofício 
noturno no Natal), o ritual da comunhão 
aos enfermos, da extrema-unção, e 
orações da agonia, da encomendação da 
alma e da sepultura dos estranhos à 
comunidade. Esta obra tem cinco iniciais 
capitais decoradas a ouro e prata, com 
motivos filiformes a violeta ou sépia, e 
prolongamentos em ramo com folhas, 
flores e/ou frutos. A conjugação da 
filigrana violeta com a letra dourada foi 
também utilizada no códice de ritual 
PT/MA/COD 15. A decoração especial 
destas cinco letras deverá estar associada 
ao facto deste processional ter pertencido 
à Prioresa, mas também destaca os 
tempos litúrgicos mais importantes para 
a comunidade, como o hino pascal 
Exultet, que abre com a letra mais 
ricamente decorada. As outras iniciais 
capitais são a azul e vermelho, 
filigranadas, algumas com 
prolongamento marginal. Tem ainda 
capitais caligráficas a sépia decoradas a 
vermelho. No verso do fólio 119 está 
assinado Isabel Luys. Quase todos os 
cadernos apresentam reclamos. Na 
guarda volante anterior contém a 
anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ 
Aveiro. Na segunda guarda volante 
contém a anotação: Da me. Prioresa. No 
23 
 
fólio 1 contém a anotação: 
Processionarium. O manuscrito foi 
foliotado a lápis de grafite no canto 
superior direito (em data desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 66-78. 
CORBIN (1943), p. 9. 
Inventário dos… (2001), p. 34. 
SANTOS (1963, 1967), vol. I, pp. XXII-
XXIII, vol. II, p. 164. 
 
10 
In Festo/ Sancti Raymundi/ Ordinis 
Predicat:/ In primis Vesp: sup:/ Psalmos:/ 
Aña. 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
58 p. 
Letramanuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
50 x 37 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 10 
Antifonário de canto gregoriano a uma 
voz, de salmos. A obra tem iniciais 
capitais fitomórficas, zoomórficas e 
figuradas, a tinta vermelha e azul. 
Contém guardas volantes em papel 
manual avergoado, com letra manuscrita 
gótica a tinta ferrogálica. O manuscrito 
foi paginado a tinta sépia no canto 
superior (em data desconhecida). 
 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 
 
11 
In Festo Sancti Raphaelis Arch: post Cõmẽ 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela e 
papel manual avergoado de coloração 
amarela 
[ii] 26 p. 
Letra manuscrita a tinta sépia e vermelha 
51 x 37 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 11 
Antifonário com índice no primeiro fólio 
original (fólio 3), e foliotado a tinta 
vermelha no canto superior direito, até 
ao numero 17, correspondendo ao índice. 
Contém o Próprio e Ordinário de 
24 
 
algumas missas, nomeadamente a 
Glória, o Credo, e o Agnus Dei, entre 
outros cânticos. A obra tem iniciais 
capitais fitomórficas, nas cores azul, 
vermelho, verde, rosa e dourado. Tem 
ainda capitais caligráficas a tinta sépia. 
Os fólios 20 a 23 são em papel manual 
avergoado, acrescentados à estrutura 
original da obra, correspondendo a S.M. 
Archang. Hymnus. 
 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 
 
12 
In Die X Januarii./ Festum/ B. Gundisalvi/ 
Confessoris. Totum Duplex./ Ad Vesp: 
sup:Psal:/ Antiphona. 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
[i] 82 p. 
Letra manuscrita a tinta preta, sépia e 
vermelha 
50,5 x 36 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 12 
Antifonário constituído por diversos 
livros de antífonas e Laudes, refiram-se: 
In Die X. Januarii./ Festum/ B. Gundisalvi/ 
Confessoris. Totum Duplex./ Ad Vesp: sup: 
Psal:/ Antiphona; In festo Compassionis 
B.M.V./Ad. Matutin Invitator; In Festo/ SS. 
Nominis/ Jesu/ & Totum Duplex./ Ad Vesp. 
sup. Psal:/ Antiph:; Ad. Magnif: In prim: 
Vesp:; Ad Laudes Antiph:. No 2 º Livro 
(fólio 13): Doctrinæ suæ radiis/ illustravit 
sedentes in er ro rum te/ ne bris, et cha ri ta 
tis ardo re, vinctos/ in mendicitate et ferro, 
25 
 
redemit; entre outros. No 3º Livro (fólio 
17): In Festo,/ Sanct: Chatha/ Rinæ de Ricis./ 
ordinis sacri Praedicatorũ./ Inprimis Vessp: 
et per horas./ anã. No 4 º Livro (fólio 25v): 
In Festo Compassiones/ Beatæ Mariæ 
Virginis:/ Quod celebr: Feria vj. post/ Doñaz 
Passionis. Dõni./ Ad vtrasq. vesp. sup. Psal:/ 
Aña.; In secund: vespor:/ Assumpt: B: Mariæ 
Virg:/ Fiat commo S. Hyacinthi/ Conf: Ord: 
Prædicatorum./ Aña. No 5º Livro (fólio 
38): Officium/ Fugæ/ B. Mariæ V./ Ad 
Ægyptum./ Duplex Majus./ Ad Laudes, & 
per Hor:/ Antiphona./ Ioachimus Moura 
Coutto. ffecit Hoc.; Cant: Benedictus Dom:/ 
Ad Magnificat:/ In secudis Vesperis./ aña.; 
Missa./ introit:. No 6º Livro (fólio 46): In 
Festo Sanctæ/ Rosæ/ Virginis, Ordin./ 
Prædicatorum/ Ad Vesp. super psalm./ 
antiphona; In Festo Sancti/ Ludovici/ 
Bertrandi: con/ fes. Ord. Prædic./ ad vesp 
super psalm/ antiphona; In Festo Sanct./ 
PII.V:/ Papæ & Confeso./ Ordinis Prædic./ 
ad vesp super psalm/ antiphona; Canticum 
Respon; In Festo Sancti/ Ssimi Nominis/ 
IESU/ ad. matutinu invitato; e In festo S. 
Angelicus/ tod. in i. Vesp. sup. ps. aña. A 
obra tem iniciais capitais vermelhas (1º e 
3º livros), iniciais capitais caligráficas (2º 
e 4º livros), iniciais capitais vermelhas 
com flores (5º livro), e iniciais capitais 
com orla geométrica (6º livro). O 
manuscrito foi foliotado a lápis de grafite 
no canto superior direito (em data 
desconhecida). 
 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 
 
13 
Unus ex duo bus qui secuti sūt do/ minuz 
erat andreas frater simonis petri alla 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
1 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
53 x 36 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 13 
Fólio avulso que pertencia anteriormente 
a um antifonário. No texto faz referência 
à seguinte passagem bíblica: “Jesus 
26 
 
andando junto ao mar da Galileia, viu 
Pedro e André seu irmão, e disse-lhes: 
Vinde após mim, eu farei que vos torneis 
pescadores de homens” (Mt, 4:18). Este 
fólio tem quatro letras iniciais capitais 
filigranadas (duas letras U e duas A), de 
coloração azul e vermelha. 
 
14 
Venite exultem do mi no, iubilem/ de o salu 
ta ri nostro, præoccupem faciē e ius/ in cō 
fessi o ne, et in psalmis iubilem 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
1 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia 
50 x 37 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 14 
Fólio pertencente a antifonário, cujo 
canto gregoriano remete para os salmos. 
Este fólio tem cercadura vegetalista de 
flores com folhas, e quatro letras capitais 
(letras U, H e duas Q), iluminadas com 
as mesmas flores. 
 
15 
Estas Solfas/ mandou Fazer/ Sòr Marcelina/ 
Hipolita do Baptista/ Sendo Cantora/ No 
anno d’1750. 
1750 
Pergaminho de coloração amarela 
17 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
56 x 39 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 15 
Conjunto de fólios com Laudes que 
faziam parte integrante de um 
antifonário, mandado fazer por Soror 
Marcelina Hipolita do Baptista, cantora. 
Refiram-se os títulos In Festo Sancti/ 
Angeli/ Custodis/ Inprimis Vesperis ad Mag/ 
nificat antiphona, In Festo Nominis/ B. 
Mariæ. U./ Ad matutinũ invitatorium, e In 
Festo Omnium S S/ Ord Nostr/ Ad vesp. 
psalmos antiphon. Estes fólios têm iniciais 
capitais pretas com orla geométrica. 
Datado de 1750. 
 
 
27 
 
 
16 
Conjunto de partes de cinco antifonários 
[17--] 
Pergaminho de coloração amarela e 
papel manual avergoado de coloração 
amarela com marcas de água 
2 p., 1 p., 14 p., 4 p., 12p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia, 
preta e vermelha 
49,5 x 36,5 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 16 
Conjuntos de fólios de cinco antifonários. 
O primeiro conjunto é constituído por 
dois fólios em pergaminho com salmos, e 
está unido ao segundo conjunto, um 
fólio também em pergaminho com 
antífona, por intermédio de três pontos 
no festo. O terceiro conjunto é 
constituído por sete bifólios em papel 
manual avergoado, com a missa para o 
Rosário a Nossa Senhora, em coro. Um 
quarto conjunto é constituído por dois 
bifólios em papel manual avergoado com 
Credo Angellorum, no qual se observa a 
marca de água em forma de escudo 
encimado por flor-de-lis e a contramarca 
J KOOL. Esta marca foi usada pelo 
fabricante de papel holandês Jan Kool 
entre 1728 e 1800. O quinto conjunto é 
constituído por seis bifólios com In 
Nativitate Domini., Feria V. in Coena 
Domini, Feria Sexta in Parasceve, Dominica 
Pentecostes, e In festo Corp. Christi. Este 
último conjunto é paginado, mas a 
numeração não é toda seguida (17 a 20; 
37 a 48; 93 a 96; 113 a 116). Tem a marca 
de água constituída por um escudo (com 
flor-de-lis ao centro e encimado por 
coroa) com J H & Z por baixo e também a 
contramarca J HONIG & ZOONEN, usadas 
pelo fabricante de papel holandês Jan 
Honig & Zoonen ativo desde 1737. 
 
17 
Te De um laudâ mus: te/ Dóminum 
confitêmur. 
[17--] 
28 
 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
6 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
47 x 33 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 17 
Cinco fólios pertencentes a antifonário, 
contendo Laudes, e com inicial capital T 
fitomórfica. Estes fólios, em papel 
manual avergoado, têm uma marca de 
água, onde pode ler-se J HONIG & 
ZOONEN, usada pelo fabricante de papel 
holandêsJan Honig & Zoonen ativo 
desde 1737. Deste conjunto faz ainda 
parte um sexto fólio em papel manual. 
 
18 
In Nativitate Domini/ Ad Vesperas Aña. 
[17--] 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
54 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
49 x 34,5 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 18 
Conjunto de vinte e sete bifólios 
pertencentes a um antifonário, com 
cantos gregorianos das vésperas da 
Natividade, do domingo de Natividade, 
do quinto feriado (Feria V. in Coena 
Domini), do Feria VI. in Parasceue, do 
Sábado Santo, das matutinas do 
Domingo de Ressurreição, do Domingo 
de Pentecostes, e de In Solemnitate/ SS. 
Corporis/ Christi./ Ad Vesperas Antiph. 
Estes bifólios seguem as paginações 
seguintes: 1-16, 21-32, 49-92, 97-112, 117-
136. Tem iniciais vermelhas. Neste 
conjunto observa-se a marca de água 
constituída por um escudo (com flor-de-
lis ao centro e encimado por coroa) com J 
H & Z por baixo, e também a 
contramarca J HONIG & ZOONEN, usadas 
pelo fabricante de papel holandês Jan 
Honig & Zoonen, ativo desde 1737. 
 
19 
Lumen ad reue lationē/ gentium et gloriam 
ple/ bis tu e isra hel. Nunc/ dimictis seuum 
tuum do 
6 de Agosto de 1489 
Pergaminho de coloração amarela 
[2] 87 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
18,5 x 13,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 19 
Processionário de canto gregoriano, com 
Laudes e salmos, intercalado por textos. 
Esta obra tem iniciais capitais vermelhas 
e azuis, algumas das quais filigranadas. 
29 
 
Tem também iniciais caligráficas 
castanhas. Datado no fólio 84. É 
atribuído a Isabel Luís. Na guarda 
volante anterior contém a anotação: J. M. 
+ J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. O 
manuscrito foi foliotado a tinta sépia no 
canto superior direito (em data 
desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 66-71. 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 
 
20 
Officia Propria/ Sanctorum,/ Ordinis/ 
Carmelitarum,/ Pro e Jusdem Ordinis/ 
Fratribus, Et Monialibus/ Dis Calceatis,/ 
S.Joannis Euangelistæ. 
1781 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
[3] 337 [2] p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
50,5 x 35 cm 
Convento de São João Evangelista, de 
Aveiro 
PT/MA/ANTF 20 
Antifonário constituído por duas partes. 
A primeira com festividades e missas em 
honra de vários santos (páginas 1 a 274). 
A segunda parte com missas (páginas 
275 a 337). Esta obra é paginada a tinta 
preta no canto superior, até ao número 
337, correspondendo ao índice que 
contém nos dois últimos fólios. Na folha 
de rosto observam-se as armas da Ordem 
Carmelita com coroa real e paquife de 
fantasia, pertencentes ao Convento de 
São João Evangelista, realizadas a 
aguarela cinzenta. A obra encerra com 
um ornato de fantasia encimado por 
coroa, também realizado a aguarela 
cinzenta. Este antifonário tem letras 
iniciais vermelhas. 
Em bastantes fólios observa-se a marca 
de água constituída por um escudo (com 
flor-de-lis ao centro e encimado por 
coroa) e, em alguns fólios, por baixo 
desta marca aparece também a marca de 
água C & I HONIG. A primeira marca foi 
usada pelos fabricantes de papel 
30 
 
holandeses Cornelis Honig e seus 
descendentes entre 1741 e 1822, e a 
segunda marca foi usada pelos mesmos 
fabricantes entre 1712 e 1769. Assim, o 
papel usado nesta obra foi fabricado 
entre 1741 e 1769. 
 
21 
Novena/ De S. Joanna/ Princeza./ 
Invitatorium 
[17--] 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
10 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
50,5 x 37 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 21 
Antifonário constituído por antífonas, 
hinos e novenas de convite dedicadas a 
Santa Joana. O hino Te – nôvum coeli é 
escrito para a Princesa Santa Joana, não é 
uma adaptação, e reflete a popularidade 
do culto da Santa Princesa. Algumas 
melodias foram compostas para a sua 
beatificação. A obra tem letras iniciais 
capitais vermelhas, com orla de motivos 
geométricos. O papel tem marca de água 
constituída por um escudo com flor-de- 
-lis e a contramarca IV. Na guarda 
volante anterior contém a anotação: J. M. 
+ J. D./ O. 3. S. D./ Convento de Jesus/ 
Aveiro. 
 
CORBIN (1943), pp. 10-11. 
SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXIV, vol. 
II, p. 165. 
 
22 
In Festo/ SS. Rosarii/ B. Mariæ. V./ Ad 
Vesperas/ Antiphona 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
16p., 14p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
64 x 48 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 22 
31 
 
Antifonário constituído por dois livros. 
O primeiro contém antífonas, Responso, 
Matutinas, Antífonas noturnas, e Laudes, 
e possui no primeiro fólio acrescento de 
canto gregoriano manuscrito 
correspondente à folha de rosto. O 
segundo livro, que se inicia no verso do 
fólio 17, intitulado In Festo/ SS. 
Apostolorum/ Simonis Et Judæ/ Super 
Psalm. Antiphona., é constituído por 
antífonas, Antífonas das vésperas, 
Convites matutinos, Laudes, e Antífonas 
de domingo. Este livro é paginado a tinta 
preta, e tem um último fólio de menores 
dimensões acrescentado posteriormente 
(não paginado). O verso do fólio nº 16 
encontra-se em branco. O primeiro livro 
inicia-se com capital H, sobre a qual se 
observam as armas dominicanas 
ladeadas por São Domingos e Santa 
Joana, e tem iniciais capitais fitomórficas 
e caligráficas com várias tonalidades 
(verde, vermelho, cinza, azul e castanho). 
O segundo livro tem iniciais capitais 
vermelhas, algumas das quais inseridas 
em campo com motivos fitomórficos 
32 
 
estilizados. Este manuscrito foi foliotado 
a lápis de grafite no canto superior 
direito (em data desconhecida), até ao 
fólio 23, saltando o fólio 9. 
 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 
 
23 
Officio/ do tempo/ Pascoal 
1482-1525 
Pergaminho de coloração amarela 
146 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
53 x 37,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 23 
Este antifonário é o terceiro de três 
Antifonários do Temporal, 
correspondendo ao tempo que vai da 
Páscoa ao XXI domingo depois do 
Pentecostes. Os outros códices deste 
conjunto são o PT/MA/ANTF 25 e o 
PT/MA/ANTF 24, e os três formam um 
todo homogéneo, tendo sido divididos 
em três tomos por um encadernador 
posterior. Assim se compreende que 
apenas este tomo, sendo o último, tenha 
assinatura. É constituído por canto 
gregoriano intercalado com texto, com 
início de cantos com capitais filigranadas 
a tinta azul e vermelha, frequentemente 
com prolongamentos marginais. 
Algumas iniciais capitais têm 
representações de aves, nos 
prolongamentos marginais. Têm também 
iniciais caligráficas realçadas com 
preenchimento amarelado, a assinalar 
versos dos responsórios. Assinado maria 
dathayde no fólio 146. Quase todos os 
cadernos apresentam reclamos. Na 
guarda volante anterior contém a 
anotação: Este liuro Responsorio he do con/ 
uento de Jhū. em aveyro. Este manuscrito 
foi foliotado a lápis de grafite no canto 
superior direito (em data desconhecida). 
Tem pintura representando a Imaculada 
Conceição com a inscrição [E]lecta ut sol 
(brilhante como o Sol), na primeira pasta, 
e uma lua sobre nuvens com a inscrição 
33 
 
Pulchra ut luna (formosa como a Lua), na 
pasta posterior. 
 
CARDOSO (2013), pp. 27-38. 
CORBIN (1943), pp. 7-8. 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94, 110-113. 
Inventário dos… (2001), p. 31.SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXI, vol. 
II, p. 164, estampa 23. 
 
24 
Dominica prima in xl. Sabbato pre/ cedenti 
Ao vsR. Emendemus. Angel/ suis Deus 
mandauit de te. R. Ut custodiant/ te in 
omnibus uiis tuis. 
1482-1525 
Pergaminho de coloração amarela 
92 p. perg., 4 p. pap., 1p. perg., 18p. pap. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
55,5 x 39 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 24 
Este Antifonário do Temporal é o 
segundo tomo do referido conjunto de 
três tomos. Corresponde ao tempo que 
vai do I Domingo da Quaresma ao 
Sábado Santo, com Matinas, Laudes, 
Horas Menores e Vésperas dos 
Domingos, e Horas Menores dos dias da 
semana. Constituído por canto 
gregoriano, com antífonas e responsó-
rios, inicia-se com a antífona que serve 
de conclusão ao primeiro tomo. Os fólios 
a partir do 93 são em papel, com 
responsórios e antífonas: F. III. Post. Dom. 
34 
 
septag. oficium., F. VI. Pos D. i Quad. 
Oficium, In Festo/ SS. Cordis/ Domini 
Nostri Jesu Christi/ Ad Magnificat/ 
Antiphona., Ad Matutinum/ Invitatorium, 
Hymnus, Ad Laudes/ Antiphonae, Ad 
Benedictus/ Antiphona., Ad Missam/ 
Introitus., Responsorium., Offertorium, 
Commemoratio/ SS./ Cordis Jesu., In Festo/ 
SS. C.D.N.J.C./ In 1º & 2º Vesp. sup. Ps. 
Antiph. Esta obra possui, no final do 
ofício da Sexta-feira Santa, uma 
representação de Cristo Crucificado 
desenhada a tinta sépia (verso do fólio 
84), e possui também marcadores 
originais na goteira nos fólios 13, 19 e 20, 
com anotações manuscritas góticas em 
latim a tinta vermelha. Estes marcadores 
poderão não ser marcadores, mas antes 
indicadores das dimensões originais dos 
fólios, aparados aquando da 
encadernação. Este antifonário tem 
iniciais capitais filigranadas a tinta 
vermelha, azul e violeta, algumas com 
prolongamentos marginais e 
representações de aves, e tem iniciais 
caligráficas a tinta sépia realçadas com 
preenchimento amarelado, a assinalar 
versos dos responsórios. O uso da tinta 
violeta na filigrana em redor de algumas 
letras vermelhas, é uma tendência ibérica 
dos séculos XV e XVI. Apenas alguns 
cadernos apresentam reclamos. O 
manuscrito foi paginado a lápis de 
grafite até à página 133, no canto 
superior (em data desconhecida). 
 
35 
 
 
CARDOSO (2013), pp. 27-38. 
CORBIN (1943), p. 7. 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94, 107-110. 
Inventário dos… (2001), p. 31. 
SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXI, vol. 
II, p. 164. 
 
25 
Primus tonus sic i cipit et sic flectit.~/ et sic 
mediatur et sic finitur. Et sic fini/ tur Et sic 
finitur Gloria patri et fili/ o spiri tui sancto. 
1482-1525 
Pergaminho de coloração amarela e 
papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
139 p. perg., 16p. pap. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia, 
vermelha e ferrogálica 
57,5 x 38,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 25 
Este Antifonário do Temporal é o 
primeiro tomo do referido conjunto de 
três tomos. Corresponde ao tempo que 
vai do I Domingo do Advento ao I da 
Quaresma, e termina abruptamente com 
a antífona Dominica/ pma. i. xl. Ecce nunc 
temp, que não está completa. Esta obra é 
constituída por canto gregoriano, com 
letras iniciais filigranadas em tons azul e 
vermelho, algumas com prolongamentos 
marginais e representações de aves, e 
36 
 
com iniciais caligráficas a tinta sépia 
realçadas com preenchimento amare-
lado, a assinalar versos dos responsórios. 
A esta estrutura original, que continuará 
no antifonário PT/MA/ANTF 24, foram 
acrescentados fólios em papel, os quais 
se iniciam com Infesto./ Maternitatis./ 
B.M.V./ Ad Vesp. super Psalm./ Aña.. Este 
conjunto de fólios tem letras iniciais 
capitais desenhadas no início de cada 
canto a tinta vermelha e preta, 
emolduradas e decoradas com motivos 
vegetalistas renascentistas. O papel tem 
marca de água constituída por um 
escudo coroado com flor-de-lis e a 
contramarca IV. Vários cadernos em 
pergaminho apresentam reclamos. O 
manuscrito foi foliotado a lápis de grafite 
no canto superior direito (em data 
desconhecida), observando-se nume-
rações diferentes para os fólios originais 
(1 a 139), e para os fólios acrescentados (1 
a 15). 
 
CARDOSO (2013), pp. 27-38. 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94, 104-107. 
Inventário dos… (2001), p. 31. 
 
26 
In festo Sancti Raphaelis Archangeli/ Ad 
vesp: primas, et secũds sup. p s: aña Missus 
est/ quæ  ja. Laud: Rx: Te Sanctũ: vt in fest: S: 
Mich: Arch:/ Ad Mãg: aña. 
29 de Agosto de 1488 
Pergaminho de coloração amarela 
198 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
59 x 42 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 26 
Antifonário do Santoral, que contém 
Ofícios Rimados. No decorrer do canto 
gregoriano surgem letras capitais 
filigranadas, algumas com 
prolongamentos marginais. No fólio 103 
destaca-se uma inicial capital historiada, 
com representação da Cruz no Calvário, 
no ofício da Exaltação da Santa Cruz. No 
ofício da Assunção de Maria, observam- 
37 
 
-se várias iluminuras de fundo de página 
referentes ao ciclo do Trânsito da 
Virgem, nomeadamente a Morte ou 
Dormição da Virgem (fólio 70 v), a 
Sepultura com túmulo fechado no jardim 
de Getsémani (fólio 71), e a Assunção da 
Virgem, envolta numa mandorla com 
raios dourados, sobre meia-lua, em 
fundo de céu estrelado (fólio 72 v). Nesta 
obra existe o aproveitamento de curvas 
de letras para desenhar pequenos rostos 
(ex. inicial M no fólio 55), de monges ou 
profetas, mas por vezes também de 
negros ou negras, servos da comunidade 
(fólios 73v e 95v). Datado e assinado 
Maria datayde e Isabel Luys no fólio 185. 
Apenas alguns cadernos apresentam 
reclamos. Este manuscrito foi foliotado a 
lápis de grafite no canto superior direito 
(em data desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 39-65. 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 116-119. 
Inventário dos… (2001), p. 32. 
 
27 
Dum per ābularet dominus sur/ ta mare 
secus li tus/ ga li le e uidit petrum et andre 
am reci/ a mittentes in ma re et uocauit eos 
dicens/ Venite post me faciaz uos pisca to res 
homi/ nū. 
1482-1525 
Pergaminho de coloração amarela 
167 p. 
 
38 
 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
56 x 40 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 27 
Antifonário do Santoral, cujo canto 
gregoriano se inicia com uma letra 
capital historiada de coloração azul, na 
qual se encontra representado Santo 
André, enquadrado numa decoração 
vegetalista. Começa assim com a festa de 
Santo André (a primeira do ano 
litúrgico), e termina com o ofício In festo 
S. Gabrielis Archangeli. Contém Ofícios 
Rimados. No decorrer do canto surgem 
letras iniciais filigranadas, em tons de 
vermelho e de azul, algumas com 
prolongamento marginal. Surgem 
também iniciais caligráficas realçadas 
com preenchimento amarelo. Assinado 
Maria dathayde no fólio 161. Este fólio faz 
parte de um conjunto de fólios colados à 
estrutura original (fólios 161 a 167), 
numa intervenção posterior à execução 
do antifonário. O manuscrito foi 
foliotado a lápis de grafite no canto 
superior direito (em data desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 39-65. 
CORBIN (1943), p. 8. 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 113-116. 
Inventário dos… (2001), p. 32. 
SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXI, vol. 
II, p. 164. 
 
 
 
39 
 
28 
Asperges me domine ý/ sopo et mūda bor 
laua bis me et super/ niuem de albabor. 
Miserere mei deus/ secūdū magnā misericordiā tuam 
[1476-1500] 
Pergaminho de coloração amarela 
160 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia, 
vermelha e preta 
51 x 35 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 28 
Antifonário próprio da missa, do 
Santoral, que contém Ofícios Rimados e 
Sequências. Tem uma estrutura de canto 
gregoriano, com anotações a tinta 
vermelha e com iniciais a vermelho e 
azul, no início de cada canto. Vários 
cadernos em pergaminho apresentam 
reclamos. Este antifonário tem um fólio 
de menores dimensões em papel, 
contendo um responsório da festa das 
Chagas de Cristo, anteriormente colado 
sobre a contraguarda anterior. 
Atualmente, devido à fragilidade física 
causada pelas tintas ferrogálicas das 
notas de canto gregoriano, está separado 
da estrutura principal, encapsulado em 
capa de Melinex. Esta obra foi foliotada a 
tinta vermelha até ao fólio 38 (ao centro 
da cabeça do fólio), e a lápis de grafite do 
fólio 38 ao 160 (no canto superior 
direito), em data desconhecida. 
 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 127-130. 
Inventário dos… (2001), p. 32. 
 
29 
Es to te fortes in bello/ et pugna te cum anti/ 
quo serpent te et ac ci pie tis regnū/ eternum 
alle luya. 
[1482-1525] 
Pergaminho de coloração amarela 
131 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
52 x 38 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 29 
Antifonário do Santoral, que contém o 
Comum dos Santos, sendo a continuação 
em termos de conteúdo dos dois 
antifonários do Santoral relativos ao 
Próprio dos Santos (PT/MA/ANTF 27 e 
PT/MA/ANTF 26). Tem três Ofícios 
Rimados. Constituído por canto 
gregoriano, onde se observam muitas 
letras iniciais filigranadas, em tons de 
azul e de vermelho, assim como letras 
caligráficas em tonalidade sépia 
realçadas com preenchimento amarelo. 
O aproveitamento de curvas de letras 
para pequenos desenhos também existe 
nesta obra, nomeadamente numa inicial 
40 
 
caligráfica no fólio 24, onde das hastes se 
formam dois bustos coroados, masculino 
e feminino. As letras filigranadas e 
caligráficas são semelhantes às letras dos 
antifonários PT/MA/ANTF 26 e 
PT/MA/ANTF 27. As exceções a esta 
semelhança poderão ser as letras iniciais 
capitais originais, que estão quase todas 
cobertas por quadrados de pergaminho 
colados, com uma letra capital 
fitomórfica, sendo uma destas letras 
armoriada com as armas dominicanas 
(verso do fólio 41). A única inicial capital 
visível que poderá ser original é a que se 
observa no fólio 23, sendo esta bastante 
diferente das iniciais deste antifonário e 
das capitais dos dois antifonários 
referidos anteriormente. Ainda assim, é 
provável que este antifonário tenha sido 
executado na mesma época dos dois já 
referidos e pelas mesmas iluminadoras. 
Esta obra tem cinco acrescentos no final: 
um caderno de quatro bifólios intitulado 
S antonio (fólios 109 a 116); dois fólios 
cosidos de forma rudimentar com Alle lu 
ya. Benedict A ssit/ no bis pro pi 
cius in huius uite ues/ pe re ad xpristuz nos 
uincenci us tuto fe/ rens iti nere (fólios 117 
e 118); um conjunto de bifólio e caderno 
de três bifólios Ad secũda Vesp: S. Luciæ. 
(fólios 119 a 126); um conjunto de dois 
bifólios intitulado In Festo Patrocinii/ 
Sancti Joseph, datado de 1746 (fólios 127 a 
130); e um fólio correspondente a 
Laudemus De um/ nostrum In soleñita/ te 
Sanctæ Annæ, em papel avergoado 
amarelo (fólio 131). Este antifonário foi 
41 
 
foliotado a lápis de grafite no canto 
superior direito (em data desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 39-65. 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 119-121. 
Inventário dos… (2001), p. 32. 
 
30 
neste liuro estão os comuñs dos mtos martires 
confesores e/ uirgems, a misa de são uisente 
ferreira. S. pio a trãsfigurasão são/ José. s. 
joachim nosa sra da numsiasão s. gonsalo 
são/ Raimundo Noso pe são Domingos o 
introito de sta Ignes/ martir me expetauerum 
que não esta no comum das virgem s/ e a 
comunicanda de sta Agueda e de são sebastiaõ 
e os introitos/ das misas, justus, […] 
acharsea na de s. iose, in medio na de s. 
uisente,/ na de s. gonsalo; a Comunicanda 
Aspen dico nobis 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
139 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
52 x 41 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 30 
Antifonário de canto gregoriano. O 
corpo da estrutura original inicia-se com 
foliação a tinta preta no canto superior 
direito, iniciando-se no número 146 e 
terminando no 275. No fólio com o nº 
146, o título In communi/ plurimorum/ 
Martirum/ Officium é desenhado num 
retângulo de pergaminho, colado ao fólio 
original. Todo o corpo da obra possui 
múltiplas anotações, no decorrer do 
canto gregoriano, assim como iniciais 
simples a vermelho e azul e iniciais 
caligráficas castanhas. O antifonário tem 
três acrescentos à estrutura original, sem 
foliação a tinta preta: um bifólio colado à 
primeira pasta e a desempenhar a função 
de primeira guarda volante; um fólio a 
seguir ao último fólio do corpo original 
com Sancti Francisci Xaverii; e cinco 
bifólios que constituem os fólios 277 a 
285 e contraguarda posterior. Estes cinco 
bifólios apresentam características 
semelhantes ao bifólio colado à primeira 
pasta. 
 
 
 
 
 
42 
 
31 
[...]iri e e leyson/ Christe e e leyson/ 
[…]Hirie e leyson/ Et in tera paxhominib 
bone volūtatis 
[1476–1500] 
Pergaminho de coloração amarela 
189 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
56,5 x 38 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 31 
Antifonário próprio da missa, do 
Temporal, constituído por antífonas. O 
corpo da obra possui canto gregoriano, 
que se inicia com letras capitais 
iluminadas a tinta vermelha e azul, 
ornamentadas com motivos vegetalistas. 
Algumas iniciais capitais são historiadas, 
contendo representações: a Natividade 
inscrita na capital P com folha de ouro 
(fólio 19 verso); a Ressurreição inscrita 
na capital R (fólio 104); o Cristo do 
Apocalipse inscrito na capital B (fólio 133 
verso); e o Calvário inscrito na capital C 
(fólio 134 verso). A obra tem dois 
conjuntos de fólios que foram 
adicionados posteriormente à estrutura 
original. Os três primeiros fólios iniciais 
são acrescentados ao corpo principal por 
intermédio de reforço em papel, 
colocado e colado diretamente na 
primeira pasta da encadernação. Os 
43 
 
últimos nove fólios, incluindo o que se 
encontra colado diretamente na segunda 
pasta, foram também acrescentados 
posteriormente, iniciando um segundo 
livro intitulado Jesus d’ Aveiro. Destes 
fólios, os dois primeiros são em papel 
manual avergoado, e contêm o Crêdo, 
Totum Duplex, e anotação em latim na 
qual pode ler-se: Emilia, me fecit. Anno 
Domini, de 1813. Os outros sete fólios são 
em pergaminho, e contêm anotações nas 
margens referentes ao canto. Este 
antifonário foi foliotado a tinta sépia até 
ao fólio 195 no canto superior direito (em 
data desconhecida). 
 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 121-127. 
Inventário dos… (2001), pp. 32 e 33. 
 
32 
Alleluia/ Hi sūt qui cūmulie/ rib nonsūt 
coinquina/ ti virgi nes e/ nim permāse rūt. 
Vox inrama/ audita est ploratus et ululatus 
rachel/ 
s/d 
Pergaminho de coloração amarela 
109 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
60 x 43 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 32 
Antifonário de canto gregoriano com 
cânticos de missa, do Ordinário da missa 
(Kyrie, Glória, etc.) e do Próprio da missa(intróitos, Aleluia, Comunhão), 
incluindo festividades de alguns santos, 
como Santa Ágata, São José, São Bento, 
São Francisco de Paula, e Santa Catarina. 
Obra com numeração truncada, na qual a 
foliação original vai até ao número 111. 
Algumas letras capitais remetem para 
fólios com numeração original, 
pressupondo que o canto gregoriano 
fosse cantado com remissões anteriores e 
posteriores ao respetivo fólio. Possui três 
marcadores em pergaminho, 
manuscritos a tinta ferrogálica, podendo 
corresponder a fólios de maior consulta. 
A obra possui no decorrer do canto letras 
iniciais fitomórficas e figuradas (cruz, 
44 
 
Agnus Dei), com vários tons (vermelho, 
dourado, verde, azul e amarelo), e letras 
iniciais caligráficas castanhas (por vezes 
coloridas em tons de vermelho, rosa, 
laranja, amarelo, verde, azul e dourado). 
Os fólios 75 a 77 são em papel manual 
avergoado, manuscritos a tinta 
ferrogálica, acrescentados posteriormen-
te ao corpo original. 
 
33 
Este Livro/ mandou fazer a/ Snr.ª D. Joanna/ 
Vicencia de S.to/ Thomas Sendo/ Cantora no 
Real/ Convento/ de/ Jesus/ no anno de/ 1744 
1744 
Pergaminho de coloração amarela 
150 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia, 
vermelha e azul 
57 x 43 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 33 
Obra que se inicia com cartela vegetalista 
aguarelada, encimada pelas armas 
dominicanas. No decorrer do canto 
gregoriano surgem letras iniciais com 
remissão para alguns santos, como São 
Francisco Xavier, Apóstolo São Tomé, 
São Raimundo, Apóstolo São Paulo, 
Santa Águeda, e São Francisco. No fólio 
26, inicia-se o canto intitulado In festo/ S. 
Ioseph. S/ Ponsi. B.M.V., seguido de canto 
dedicado à Anunciação, e a São Vicente. 
No fólio 40 inicia-se In Nativitate/ Sancti 
Joannis Baptista/ officium, e o seu verso 
contém a representação do cordeiro de 
45 
 
Deus em letra capital D, com 
representação de gárgulas e figuras de 
proa na cartela que rodeia o cordeiro. O 
restante corpo contém canto gregoriano, 
com letras iniciais fitomórficas e 
caligráficas, frequentemente sobre fundo 
dourado. Este antifonário tem foliação 
original a tinta sépia até ao fólio 136, no 
canto superior direito. Entre os fólios 134 
e 135, foi acrescentado um bloco de 
quatro fólios em papel manual 
avergoado, intitulado Fest. Almæ Dom. 
Lauretanæ. Oficium., Comunio., 
Indedicatione Ecclesiæ. Com., S. Philippi 
Nerii. Comunio., e Sequencia dies Natalis. 
Após o fólio com o número 136 existem 
vários acrescentos: dois fólios em papel 
manual avergoado, que correspondem 
ao Crêdo, Totum Duplex.; dois fólios em 
pergaminho, com índice Index Missarum 
hujus libri; quatro fólios com In Festo 
Simplici. e In Missis matutinis et/ Infra 
Octavas; cinco fólios que correspondem a 
Patrem Omnipotem-/ tem factorem cæli &/ 
ter ræ visibilium omnium/ & invisibilium. 
 
SANTOS (1967), vol. II, p. 165. 
 
34 
DIxit dominus. Alle/ lu ya. Sevovae. Psalm?/ 
DIxit Dñs Do/ mino meo:/ Sede à dextris 
meis./ Donec ponã/ inimicos tu/ os: scabelluz 
peduz tuorum./ 
 
[1476–1525] 
Pergaminho de coloração amarela 
124 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
70,5 x 41 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 34 
Breviário Diurnal constituído por texto 
intercalado com canto gregoriano, com 
anotações. A obra inicia-se com salmos, 
antífonas e hinos, remetendo para 
descrição do êxodo do povo de Israel do 
Egipto. Seguem-se hinos do Temporal, 
hinos do Santoral e hinos do Comum dos 
46 
 
Santos. Nos dois primeiros fólios 
iluminados, uma cercadura de grinalda 
de flores enquadra o texto introduzido 
pela letra D. Esta inicial capital é 
historiada com representação da 
Tentação do Paraíso. O início de cada 
versículo ou frase é marcado com letra 
inicial, alternando a cor vermelha com a 
azul. Contém letras capitais caligráficas a 
sépia, vermelho e azul. Este antifonário 
tinha foliação original a tinta sépia, no 
canto superior direito. Esta numeração 
desapareceu ou só tem um algarismo na 
maioria dos fólios, devido ao corte destes 
últimos, que originalmente seriam mais 
largos. 
 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94-99. 
Inventário dos… (2001), p. 31. 
 
35 
huic et dixi , semp hii errant corde ipci uero 
non cognouerunt ulas/ meas, quibus iuram 
inira mea si introibunt in re quiem me/ am. 
[1478] 
Pergaminho de coloração amarela 
228 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
49,5 x 35 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 35 
Breviário que se inicia com oito fólios de 
canto gregoriano, constituído por 
Invitatórios. O primeiro fólio existente 
inicia-se com o final de um dos 
Invitatórios, indicando a falta de pelo 
menos um fólio, no início deste conjunto. 
Estes fólios têm características diferentes 
das dos fólios que constituem a grande 
parte deste códice, embora tenham sido 
encadernados em simultâneo. Segue-se 
uma secção só de texto com o Saltério, 
que contém o Ofício de Domingo, Te 
Deum, Laudes, e as horas canónicas para 
toda a semana (exceto as orações e as li-
ções), com os Salmos de David (fólios 9 a 
98). As Horas de domingo iniciam-se no 
47 
 
fólio 25 v, as de segunda-feira iniciam-se 
no fólio 29, as de terça-feira iniciam-se no 
fólio 40 v, as de quarta-feira iniciam-se 
no fólio 50 v, as de quinta-feira iniciam-
se no fólio 61, as de sexta-feira iniciam-se 
no fólio 75, e as de sábado iniciam-se no 
fólio 85 v. Ao Saltério seguem-se as 
Horas dos ofícios, do fólio 99 ao 140, 
incorporando-se no texto a música das 
antífonas e dos hinos. No meio destes 
fólios existem dois bifólios que foram 
acrescentados posteriormente (fólios 116 
a 119), sendo o primeiro em pergaminho 
(cosido ao corpo da obra), e o segundo 
em papel avergoado (colado ao fólio 
120). Estes bifólios encerram ambos a 
mesma antífona Stella celi, mas com 
músicas diferentes, com a indicação de 
Solo e Coro no segundo. Sucede-se o 
Hinário, conjunto dos hinos dispostos 
segundo o ano litúrgico e a sucessão das 
horas do dia, sendo apenas algumas 
estrofes musicadas (fólios 141 a 196). Os 
dois cadernos contendo os fólios 175 a 
180 foram cosidos posteriormente ao 
corpo da obra, e contêm os hinos de S. 
Jacinto, S. Raimundo e Santa Agnes. Os 
fólios 197 a 202 contêm algumas 
antífonas, e também são um acrescento, 
em papel avergoado manuscrito a tinta 
ferrogálica, colado aos fólios originais 
adjacentes. Seguem-se os fólios 203 e 204 
48 
 
com o Calendário da Páscoa do ano 1478 
ao ano 2005. Em seguida, existem vários 
cadernos de fólios em pergaminho, que, 
fazendo parte da encadernação existente 
desde a sua execução, não serão da 
mesma mão do resto do corpo da obra. 
Contêm Hino a São Vicente, antífonas, 
Hinos do Santoral, Te Deum in laudem 
virginis Maria, In festo bte katerine de senis, 
In traslacio/ ne bt i dnici pris nr is. Ao 
último fólio em pergaminho foi colado 
um acrescento que constitui uma guarda 
volante, manuscrita a tinta ferrogálica 
em papel avergoado, correspondente a 
canto de domingo e Santos Simples. 
Neste breviário o verso do fólio 9 é 
iluminado, tendo uma cercadura com 
várias cores e folha de ouro, onde se 
encontram representados Santo 
Agostinho, São Domingos e São 
Francisco. A inicial capital deste fólio é 
fitomórfica, decorada com tons de 
vermelho, laranja, azul, castanho, branco 
e ouro. O texto da obra é organizado 
numa coluna, e tem letras guia de cor 
azul alternando com a cor vermelha. 
Tem letras iniciais filigranadasde tons 
azul e vermelho no início de cada salmo. 
No início de cada secção existem iniciais 
capitais também filigranadas, de 
tonalidades vermelha e azul, com 
prolongamentos marginais. No fólio 52 
estes prolongamentos estendem-se para 
49 
 
as margens do pé e da cabeça. A capital 
do fólio 75 é fitomórfica e mais ricamente 
decorada, à semelhança da capital do 
verso do fólio 9, tendo tonalidades 
verdes e amarelas, além das vermelhas e 
azuis. Nos fólios 20 e 22 existem rostos 
inscritos nas letras do texto. Quase todos 
os cadernos apresentam reclamos, por 
vezes inseridos em cartelas ou outros 
motivos. Este breviário foi foliotado a 
lápis de grafite no canto superior direito 
(em data desconhecida). 
 
COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94–96, 100-
104. 
Inventário dos… (2001), p. 31. 
 
36 
Aña/ B. Mariæ Virginis 
[17--] 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marcas de água 
[1] 25 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta preta e 
vermelha 
49 x 33,5 cm 
s/a 
PT/MA/ANTF 36 
Antifonário contendo antífonas, 
nomeadamente Salve Regina (fólios 1 a 
11) e missas para serem cantadas em 
coro (fólios 12 a 23). Os fólios 1 a 11 têm 
letras iniciais fitomórficas de tons 
vermelho e cinza, e o fólio 2 tem remate 
fitozoomórfico em forma de fundo de 
lâmpada. Nestes fólios observa-se a 
marca de água constituída por um 
escudo (com flor-de-lis ao centro e 
encimado por coroa), com C & I HONIG 
por baixo, e a contramarca IV. Este 
escudo com C & I HONIG por baixo foi 
usado pelos fabricantes de papel 
holandeses Cornelis Honig e seus 
descendentes entre 1741 e 1769. Os fólios 
12 a 23 não têm marca de água e foram 
acrescentados ao corpo original, através 
de um reforço posterior destes cadernos 
na zona do festo. Também foi 
acrescentado um bifólio com cântico 
referente a São João, com marca de água 
constituída por um escudo (com flor-de-
-lis ao centro e encimado por coroa) com 
J H & Z por baixo, e a contramarca J 
HONIG & ZOONEN, usadas pelo fabricante 
de papel holandês Jan Honig & Zoonen, 
ativo desde 1737. Finalmente foi 
acrescentado um bifólio contendo um 
índice das festas dos santos, nos meses 
de Maio a Agosto. Este antifonário foi 
foliotado a lápis de grafite no canto 
superior direito (em data desconhecida). 
 
37 
Liuro de/ Canto cham/ do mosteiro de/ IHS/ 
da villa de Aveiro./ Volume.1./ .1619. 
1619 
50 
 
Pergaminho de coloração amarela 
[VI] 153 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
55 x 42 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 37 
Antifonário, designado por Livro de 
Cantochão do Mosteiro de Jesus de 
Aveiro, na folha de rosto. Esta folha 
contém uma iluminura com a inscrição 
IHS no centro de resplendor dourado. À 
folha de rosto seguem-se seis fólios 
truncados, sem numeração, juntos ao 
resto da obra aquando da encadernação, 
contendo S hyacinthi. O primeiro e o 
último fólios deste acrescento contêm 
indicações referentes ao corte do 
pergaminho. O corpo principal 
corresponde a antífonas e Laudes, com 
algumas anotações pontuais manuscritas 
a tinta vermelha, por vezes referindo-se a 
santos. Este corpo tem foliação a tinta 
sépia no canto superior direito. No final 
da obra há mais dois acrescentos, o 
primeiro é de três bifólios e juntou-se 
quando a obra foi encadernada, à 
semelhança do acrescento no início da 
obra. Contém misa de todos os stos. Ao 
último fólio deste conjunto foram 
cosidos três fólios de forma rudimentar, 
já posteriormente à encadernação. Todo 
o corpo da obra possui goteira, cabeça e 
pé pintados a vermelho. Tem letras 
iniciais caligráficas castanhas e iniciais de 
tons de vermelho e azul, algumas com 
51 
 
figuras inscritas (fólios numerados 70 a 
76). Estas figuras inscritas não são 
originais, tendo sido desenhadas 
posteriormente e correspondem a 
motivos vegetalistas, figuras fantásticas, 
figura humana nua e dois santos (São 
Pedro Mártir e possivelmente São 
Domingos). Este antifonário apresenta 
muitas semelhanças com o antifonário 
PT/MA/ANTF 30, podendo ser o 
primeiro volume de um conjunto de 
dois. A numeração dos fólios deste 
antifonário termina no 146, sendo este o 
mesmo número com que se inicia a 
foliação no antifonário PT/MA/ANTF 
30. 
 
SANTOS (1967), vol. II, p. 165. 
 
38 
Hu data e dom domi/fuper huem monn um et 
exaltata/e fuy omnes colles neneur adear/ 
onnies gestes etdice nt gloria 
Fūdata ē dom domī/ sup uer ticem monti um 
et exal tata/ ē sup om nes col les uenient 
adear/ omnes gentes. Et dice nt gloria ti/ 
bi domine. 
[c. 1480] 
Pergaminho de coloração amarela 
86 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
22 x 15 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 38 
Códice processional de canto gregoriano 
intercalado com texto e orações, 
manuscritos a caracteres góticos. A obra 
tem letras guia e capitais em tonalidade 
vermelha. Tem ainda capitais caligráficas 
a castanho decoradas com aguarela 
amarela. Quase todos os cadernos 
apresentam reclamos. Na contraguarda 
anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ 
Convento de Jesus/ Aveiro/ 1480 mais ou/ 
menos. Esta obra foi foliotada a lápis de 
grafite no canto superior direito (em data 
desconhecida). 
 
 
 
 
52 
 
39 
Lumen ad reuelatio/ nem gentium et gloriam 
ple/ bis tu e is rahel. Nūc di/ mictis seruuz 
tuum domine/ secundū uerbū tuum im/ pace. 
28 de Novembro de 1489 
Pergaminho de coloração amarela 
90 p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
19 x 15 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 39 
Processionário de canto gregoriano, com 
Laudes, intercalado com textos 
manuscritos a caracteres góticos. 
Termina com o ofício da sepultura e a 
Recomendatio Animarum. Esta obra tem 
letras guia e iniciais capitais vermelhas e 
azuis. Tem ainda capitais caligráficas a 
tinta castanha, realçadas a vermelho. 
Datado e assinado Isabel Luys no fólio 89. 
Na guarda volante anterior contém a 
anotação: J. M. + J. D/ Este livro E do mro 
de/… daveiro / Convento de Jesus/ Aveiro/ 
Nro 5. Este processionário foi foliotado a 
lápis de grafite no canto superior direito 
(em data desconhecida). 
 
CARDOSO (2013), pp. 66-71. 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 
 
40 
Lumen ad reuelaci o nem/ genciũ et gloriam 
plebis tue israhel. 
1480-1482 
Pergaminho de coloração amarela 
[II] 75 [1] p. 
Letra manuscrita gótica a tinta sépia e 
vermelha 
17,2 x 11,5 cm 
Convento de Jesus de Aveiro 
PT/MA/ANTF 40 
Códice processional de canto gregoriano 
intercalado com texto, manuscrito a 
caracteres góticos. A obra tem letras guia 
e iniciais capitais em tonalidades 
vermelha e azul. Tem ainda iniciais 
caligráficas a castanho, decoradas a 
vermelho. Alguns cadernos apresentam 
reclamos. Na primeira guarda volante 
53 
 
anterior está assinado pela madre 
prioresa Leonor de Meneses, com a 
seguinte anotação: Este lyuro pcessyonal he 
do moesteyro de/ IHU z escreueo amadre 
poressa dona lyanor/ de meneses. No verso 
da segunda guarda volante anterior 
contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento 
de/ Jesus/ Aveiro. Este processionário foi 
foliotado a lápis de grafite no canto 
superior direito (em data desconhecida). 
 
SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
55II - CÓDICES 
 
 
 
 
 
 
56 
 
57 
 
41 
Livro primeiro do Tombo da Villa/ de Ois da 
Ribeira annexa da/ Villa, e Almoxd.º de Eixo 
numerado,/ e por mim rubricado com seu 
encer-/ ramt.º no fim, q  teve principio em/ 19 
de Junho de 1797 e se concluio/ em o 1.º de 
Setembro de 1800. 
1797-1800 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela ou azul com marcas de água 
[6] 376 p. 
Letra manuscrita a tinta sépia e tinta 
ferrogálica 
32,5 x 22,5 cm 
Almoxarifado de Eixo 
PT/MA/COD 1 
Códice manuscrito, foliotado e rubricado 
por João Nepomuceno Pereira da 
Fonseca. Escrito numa única coluna de 
texto, com anotações nas margens. A 
obra contém um índice remissivo para 
editais de reconhecimento, autos de 
ordens da junta, termos e outros 
assuntos essenciais da vila de Óis da 
Ribeira. Termina no verso do fólio 374 
com a inscrição: Tem este 1.º Livro do 
Tombo d’ Ois/ trezentas settenta, e quatro 
folhas in-/ do repetido o numero 2.º todas 
nume-/ radas, e por mim rubricadas. Eixo/ 1 
de Settembro de 1800./ João Nepomu.º Per.ª 
da Fonc.ª. Neste códice foram usados três 
papéis diferentes. Foi utilizado papel 
manual avergoado de coloração azulada, 
com marca de água no centro do fólio, 
constituída por um escudo com águia 
(brasão dos Magnani) e as letras GIOR 
MAGNANI por baixo, e com a 
contramarca ALMASSO, no centro do 
outro fólio do mesmo bifólio. Estas 
marcas resultam da associação do 
fabricante de papel Giorgio Magnani 
com Antonio Arrigoni em 1783, que 
criaram uma nova fábrica de papel 
denominada “Al Masso”. Um segundo 
papel avergoado de coloração amarelada 
apresenta a marca de água constituída 
por um cavalo com crina esvoaçante, no 
centro de um dos fólios, e a contramarca 
AGC, no centro do outro fólio. Neste 
segundo papel aparecem por vezes as 
iniciais FP na periferia do fólio. Foi ainda 
58 
 
usado em alguns fólios um terceiro tipo 
de papel também amarelado, com a 
marca de água constituída pelo escudo 
de armas reais de Portugal. 
 
42 
O Doutor Juzeph de Abreu Baçelar Prouizor/ 
e Vigairo geral na cidade de Coimbra, e seu 
Bispado/ pello Illustrissimo, & 
Reuerendissimo Senhor Joanne/ mendez de 
Tauora, Mestre na Sagrada Theologia, por/ 
Graça de Deoz, & da Santa See Apostolica, 
Bispo/ Da dita Cidade, Conde de Arganil, e 
do concelho de/ Sua Magd.e (…). 
15 de Março de 1643 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
144 p. 
Letra manuscrita a tinta ferrogálica e 
tinta sépia 
31,5 x 22,5 cm 
Bispado de Coimbra 
PT/MA/COD 2 
O processo de Beatificação da Princesa 
Santa Joana é instruído em 1626, tendo 
nos anos seguintes sido realizados vários 
traslados. O presente códice é um 
traslado de 1643 de um traslado de 1627, 
sendo constituído por três partes com 
diferentes autorias. A primeira parte (20 
fólios) contém o sumário das virtudes e 
santidades da Princesa D. Joana e foi 
feito por Bernardo de Afonseca Sarayva 
(provisor do Bispado de Coimbra), 
escrito pelo escrivão Antonio de Moyre, e 
assinado no processo original por ambos. 
Este traslado de 1643 tem a referência ao 
traslado de 1627 no início do texto. 
Segue-se uma segunda parte (60 fólios) 
contendo o Memorial da Infanta Santa 
Joana [1467-1529] (PT/MA/COD 9). Esta 
segunda parte termina com a menção ao 
traslado de 24 de Julho de 1627, assinado 
pelos notários apostólicos Manoel de 
Rocha Paães e Francisco Fernandez de 
Almeida. A terceira parte faz referência 
aos vários milagres atribuídos a D. Joana. 
Esta parte reúne vários procedimentos 
que ocorreram entre 10 de Outubro de 
1626 e 28 de Outubro de 1627: sumários 
dos milagres e recolha de testemunhos, 
efetuados por Bernardo de Afonseca 
59 
 
(provisor do Bispado de Coimbra) e 
escritos por Antonio de Moyre (escrivão) 
ou Luis de Basto (notário); inquirições de 
verificação realizadas por Luis de Basto 
(notário) e Manoel Diaz (arcipreste); e 
despachos assinados por Dom João 
Manoel, bispo-conde. Este códice é 
assinado pelo notário apostólico Manoel 
de Rocha Paães e pelo provisor e vigário-
-geral Jozeph de Abreu Baçellar, em 15 de 
Março de 1643. O manuscrito tem duas 
caligrafias e dois papéis diferentes, 
ambos de coloração amarelada. A 
primeira e terceira partes foram 
manuscritas num papel com marca de 
água no centro de um dos fólios, 
constituída por um pequeno escudo em 
forma de coração, com uma cruz latina 
no centro. Na segunda parte foi utilizado 
um papel com uma marca de água com 
três formas estilizadas, no centro de um 
dos fólios, e com uma contramarca 
constituída por duas letras 
(provavelmente GB) no centro do outro 
fólio. Na periferia deste último fólio 
aparece por vezes um trevo de três 
folhas com as letras PA. A encadernação 
do códice é em pergaminho, e o corpo 
em papel foi foliotado a tinta ferrogálica 
no canto superior direito. Na segunda 
parte do manuscrito (fólios 20 a 79) 
existiu uma outra foliação, que ainda se 
observa no limite de alguns fólios, 
indicando que este conjunto foi aparado 
quando se juntou ao resto do 
manuscrito. 
 
43 
Em os seis dias do mes de iulho sendo 
passado/ dia da visitação de nosa snora deste 
presente/ anno de mil e quinhentos e noventa 
e sete annos/ É esta casa da sancta 
misericordia da notável/ villa d’avro forão 
muitos à mesa os ror provedor… 
1596–1597 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
44 p. 
Letra manuscrita a tinta sépia 
26,5 x 21 cm 
Santa Casa da Misericórdia de Aveiro 
60 
 
PT/MA/COD 3 
Este códice contém listas de gastos e 
despesas efetuadas pela Santa Casa da 
Misericórdia de Aveiro. No final da obra 
existe uma lista de pobres necessitados 
agraciados com esmolas a cargo da Santa 
Casa da Misericórdia. Este manuscrito 
está truncado, faltando-lhe os fólios 1 a 
15, 17 a 32, e 34 a 48. Existem vários 
fólios em branco, nomeadamente do 
fólio 62 ao fólio 65, do 67 ao 69, do 78 ao 
87, e do 92 até ao 96 (último). O papel 
amarelado tem marca de água no centro 
do fólio, constituída por mão enluvada 
encimada por coroa. Esta obra foi 
foliotada a tinta sépia no canto superior 
direito. 
 
44 
1o Lo Pa os gastos/ Da Capella mor/ 1651 
1651 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
137 p. 
Letra manuscrita do séc. XVII a tinta 
ferrogálica 
28,6 x 21 cm 
Santa Casa da Misericórdia de Aveiro 
PT/MA/COD 4 
Códice manuscrito que descreve as recei-
tas e despesas para a obra da capela-mor 
da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, 
iniciada no ano de 1651. Na folha de 
rosto refere que o Rei D. João IV 
concedeu Cizas para se fazer a obra da 
capela em 1650, Cizas que começaram a 
render receita desde o primeiro quartel 
do ano 1651, sendo provedor Miguel 
Rangel o Velho. O papel amarelado tem 
marca de água no centro do fólio, 
constituída por flor-de-lis. Este 
manuscrito foi foliotado e rubricado por 
Silveiras, a tinta ferrogálica no canto 
superior direito. A capa do códice é uma 
folha de pergaminho manuscrita 
reutilizada, que fecha com ataca de pele. 
 
45 
Novena/ do/ Senhor dos Afflictos/ Dedicada/ 
à/ Senhora dos Dezamparados/ Que Se 
venera no mesmo Altar,/ na Igreja das 
Religiosas Dominicas/ do/ Sanctissimo 
61 
 
Sacramento./ Por huma Religiosa/ do mesmo/ 
Mosteiro de Sanctssmo Sacramento/ Para uso/ 
das ditas Religiosas./ Em 1800 
1800 
Papel manual avergoado de coloração 
amarela com marca de água 
[5] 85

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