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MANUSCRITOS do Museu de Aveiro Manuscritos do Museu de Aveiro Dos sécs. XV/XVI aos sécs. XIX/XX 2014 Ficha Técnica Coordenadora do projecto no Museu de Aveiro Zulmira Cândida Gonçalves (Diretora) Equipa técnica no Museu de Aveiro Ana Andrade (Conservadora-restauradora, Bolseira FCT) Madalena Cardoso da Costa (Técnica Superior) Maria João Mota (Técnica Superior) Investigação e textos/ revisão de conteúdos/ catálogo Madalena Cardoso da Costa Investigação e revisão de conteúdos/ base de dados Maria João Mota Investigação, revisão de conteúdos e inserção de imagens/ catálogo Ana Andrade Conservação e acondicionamento Ana Andrade Conservação e Restauro / Pergaminho Isabel Zarazúa Astigarraga (Lisboa) Inventariação codicológica e digitalização RFS – Telecomunicações, Ldª Edição Direcção Regional de Cultura do Centro, Museu de Aveiro Apoio financeiro Fundação Calouste Gulbenkian – Projecto de Recuperação, Tratamento e Organização de Acervos Documentais Índice Introdução 5 Candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian 6 A disponibilização da coleção na base de dados OMEKA 7 A disponibilização da coleção no catálogo digital 8 O Scriptorium do Convento do Santo Nome de Jesus de Aveiro 9 CATÁLOGO 13 I – Antifonários 15 II – Códices 55 III – Bulas 81 IV – Forais 91 V – Iluminuras 97 VI – Espólio Rocha Madahil 103 VII – Manuscritos 115 Manuscritos do poeta Bingre 117 Outros manuscritos avulsos 123 Documentação conventual do séc. XIX – início do séc. XX 147 Fontes, Bibliografia e Legislação 149 5 Introdução O Museu de Aveiro possui um acervo histórico documental que constitui um espólio de particular interesse para a história, nomeadamente do antigo Convento de Jesus de Aveiro, mas também para a museologia e para a história nacional, no contexto sociopolítico, do período Liberal (e da extinção das Ordens Religiosas em Portugal) à Iª República (com a renovada extinção das Ordens e a nacionalização dos bens dos conventos e da Igreja). Por outro lado, trata-se também de um espólio de relevo particular para a história de Aveiro (de vila, no séc. XIV, a cidade, no séc. XVIII), da sua região e da sua diocese, à qual se vincula o Convento de Jesus de Aveiro, onde se encontra sediado o centenário Museu de Aveiro (1911-1912), e nele a figura da Princesa Santa Joana. O conjunto deste espólio documental manuscrito é constituído por três núcleos fundamentais. Um primeiro, o dos códices e dos antifonários, do séc. XV ao séc. XVIII, em pergaminho e em papel, provenientes do Convento de Jesus de Aveiro, e de outros conventos extintos de Aveiro, onde se encontram sobretudo os livros religiosos necessários ao culto. Um segundo núcleo é constituído pelos manuscritos avulsos, que vão na sua maioria do séc. XV ao séc. XIX, em pergaminho e em papel, provenientes do Convento de Jesus de Aveiro, de outros conventos de Aveiro, da vila e da região, da Diocese de Aveiro e da de Coimbra (da qual Aveiro dependeu em duas ocasiões, no séc. XVIII e no final do séc. XIX - início do séc. XX), e, ainda, por documentos pontifícios, reais e outros do Reino. Um terceiro núcleo é constituído pelos tomos conventuais, eclesiásticos, camarários e da Fazenda Nacional, em papel, datados do séc. XIX ao 1º quartel do séc. XX, provenientes de diversos pontos do país, embora maioritariamente do distrito de Aveiro, e incorporados no Museu de Aveiro 6 quando da sua constituição em 1911-1912 (Decreto de 23 de Agosto de 1911 e Portaria de 16 de Junho de 1912). Este acervo museológico tem em si mesmo, por outro lado, o seu próprio interesse histórico-artístico, designadamente os livros religiosos e os documentos históricos, quer pela sua antiguidade, quer pela riqueza do trabalho artístico que apresentam. Tanto os códices como os documentos manuscritos avulsos apresentam, no seu material suporte, nas suas encadernações, nas suas iluminuras, na decoração a ouro e cores, ou, nos indicadores históricos de brasões de armas, de iconografia religiosa, e de selos, informação que permite a sua identificação e datação. Candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian Esta coleção de manuscritos do Museu de Aveiro, foi objeto da candidatura ao Concurso de apoio à recuperação, tratamento e organização de Acervos Documentais da Fundação Calouste Gulbenkian. Esta candidatura foi aprovada pela Fundação Calouste Gulbenkian em 31 de Maio de 2013, obtendo o museu o financiamento necessário para desenvolver o projeto, que teve como principais objetivos a catalogação e a disponibilização ao público deste acervo, que ora se apresenta neste catálogo digital. Sendo esta colecção do Museu constituída por exemplares que datam do séc. XV aos sécs. XIX/XX, tornou-se essencial garantir o acesso ao público deste espólio, sem que fosse posta em causa a sua integridade física. Pretendeu-se assim, evitar o manuseamento continuado dos manuscritos, procedendo à respectiva digitalização e colocação numa base de dados online. Neste sentido, e para garantir a disponibilização da informação, toda a documentação foi devidamente catalogada, com a respetiva descrição codicológica e identificação dos seus conteúdos, foi conservada e, finalmente, 7 na sequência destas fases do trabalho, procedeu-se à digitalização dos documentos. O resultado final deste projeto, incluiu a colocação do espólio documental numa base de dados e a organização do presente catálogo online, com as imagens digitais dos exemplares, o que permite, ainda, o acesso mais imediato ao seu estudo para preparação de futuras exposições, mostras bibliográficas e produção de material pedagógico, a facultar aos grupos escolares que visitem o Museu, de forma a sensibilizá-los para este património documental e histórico de carácter nacional. A disponibilização da coleção na base de dados OMEKA Esta coleção não se encontra exposta ao público na Exposição Permanente do Museu, mas sim acondicionada numa zona de Reservados, no Piso 2, em estantes, caixas e outro equipamento adequado, por razões de conservação do acervo. O seu acesso à consulta, para investigadores, universitários e outros, pode fazer-se mediante pedido formal prévio à direção do Museu, mormente a documentação dos sécs. XIX-XX, que não oferece os mesmos riscos de conservação, que a restante coleção, no seu manuseamento. Para obviar a estas restrições de acessibilidade à consulta desta coleção de manuscritos, compreende-se que, no contexto deste projeto de candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian, a mesma tenha sido disponibilizada ao público online, na base de dados OMEKA, no site da Direcção Regional de Cultura do Centro - DRCC> MUSEU DE AVEIRO, sob o título: Manuscritos - Museu de Aveiro. Aqui, encontra-se informação completa sobre cada manuscrito, que contempla mais do que no catálogo, designadamente aspectos materiais e formais de cada um, e, ainda, o respetivo estado de conservação. http://www.culturacentro.pt/links.asp http://www.manuscritos-maveiro.drcc.pt/ 8 A disponibilização da coleção no catálogo digital Muito embora muitos documentos históricos, bem como inúmeros códices da coleção do Museu de Aveiro, tenham sido anteriormente estudados e alvo de trabalho publicado,designadamente nas décadas de 60 e de 70 do século passado e na época atual, e tenham vindo a ser objeto de estudo de dissertações de mestrado e de doutoramento em Universidades portuguesas, o objetivo do presente catálogo online é o de disponibilizar os conteúdos de toda a coleção ao público de uma forma consistente, ora organizada de acordo com o seu atual inventário codicológico e com a respetiva imagem digital. A Coleção de manuscritos do Museu de Aveiro dos sécs. XV/XVI - XIX/XX foi organizada, na recente inventariação codicológica, segundo diferentes tipologias e natureza de documentos, com atribuição de cotas, que permitiram agrupá-los no catálogo presente, em oito grandes grupos de documentos, a saber: I - Antifonários (PT/MA/ANTF) II - Códices (PT/MA/COD) III - Bulas (PT/MA/BUL) IV - Forais (PT/MA/FOR) V - Iluminuras (PT/MA/IL) VI - Espólio Rocha Madahil (PT/MA/MAD) VII – Manuscritos (PT/MA/MAN) Manuscritos do poeta Bingre Outros manuscritos avulsos Documentação conventual do séc. XIX VIII - Música (PT/MA/MUS). No catálogo presente, cada documento manuscrito avulso ou em volume é apresentado com uma ficha técnica, seguida de uma descrição sumária e de 9 bibliografia, quando existente, sendo acompanhada, na maioria dos exemplares, da respectiva imagem. Na ficha técnica foram considerados os seguintes itens: Denominação/Título; Data; Material suporte; Nº de fólios; Tipo de letra; Dimensões; Entidade produtora dos documentos; Cota; Descrição do assunto/conteúdo; Bibliografia (quando exista). O Scriptorium do Convento do Santo Nome de Jesus de Aveiro O scriptorium era o local onde se copiavam e decoravam com iluminuras os volumes manuscritos, denominados códices, que se organizavam em cadernos de fólios em pergaminho ou papel, cosidos e protegidos por uma encadernação. Mais do que um espaço, era uma área de trabalho absolutamente necessária nos conventos, dada a escassez de livros imprescindíveis à vida religiosa de oração e aos ofícios litúrgicos. Por outro lado, os scriptoria conventuais, através do trabalho laborioso e cuidado dos seus copistas, tiveram um papel primordial, complementar das bibliotecas, de fiéis depositários e transmissores do conhecimento, até ao dealbar da Idade Moderna. Com o aparecimento do livro impresso no séc. XVI e a rapidez da sua difusão, os códices iluminados e copiados nos conventos são inexoravelmente ultrapassados, e a importância do scriptorium naturalmente diminui. 10 A Regra do antigo Mosteiro de Jesus de Aveiro impunha a obrigação de cantar em oração, utilizando códices, donde se compreende que, sendo estes raros, houvesse a necessidade de reprodução destas obras. D. Brites Leitoa (Leitão), senhora viúva, nobre e culta vinda da corte do Infante D. Pedro, que juntamente com D. Mécia Pereira, também viúva, fundou o Convento de Jesus de Aveiro, no séc. XV, cedo compreendeu a urgência de produzir no convento os livros necessários à vida religiosa monástica. Para tal, chamou Frei Pedro Dias de Évora, dominicano, perito na arte de copiar e iluminar, para ensinar as suas religiosas. Destacaram-se nesta arte D. Maria de Ataíde, filha de D. Mécia Pereira, a copista Isabel Luys, e ainda D. Leonor de Meneses. A qualidade da caligrafia e o colorido das iluminuras granjearam fama às copistas do Mosteiro de Jesus, fama que depressa se espalhou por todo o país. Acresce referir o importante trabalho cartorário das copistas, lavrando alguns documentos históricos dos mais importantes para a história do Convento e da Vida da Princesa Santa Joana. Terá sido o caso da carta de doação de um terreno da Princesa D. Joana ao Mosteiro de Jesus de Aveiro, em 1476 (o único documento assinado pelo punho da Infanta), o documento que descreve o cerimonial da tomada do hábito da Princesa (1491), o primeiro processo de beatificação da Santa Princesa, e, por último, a Crónica da Fundação e Memorial da Princesa D. Joana, da autoria da cronista Marguarida Pynheira, religiosa coeva da Princesa Santa Joana. O trabalho das religiosas copistas era moroso e delicado, requerendo a preparação prévia dos pergaminhos, a produção das cores para pintar e das tintas para escrever, sendo estas aplicadas com canetas de penas de ave ou caniços. Este trabalho, a par do conhecimento da doutrina, requeria igualmente perícia e sentido estético, para executar as letras capitais decoradas com iluminuras, desenhos delicados e pormenorizados, e as 11 representações iconográficas cristãs, como se pode verificar em muitos dos exemplares apresentados neste catálogo. De entre a diversidade de manuscritos de origem conventual que hoje fazem parte da coleção do Museu, os livros de cantochão são os que têm maior representatividade, designadamente os Antifonários, os Passionais, os Responsórios, e os Processionários, tendo cada uma destas tipologias uma utilização específica. O Antifonário é um livro de cânticos religiosos que contém as partes da missa e dos ofícios cantados. Existem três tipos de antifonários. O Antifonário Temporal, que reúne os cânticos respeitantes ao tempo litúrgico cristão, o Antifonário Santoral, que contém os cânticos destinados à celebração das festas dos santos e o Comum dos Santos, que congrega os cânticos para os dias dos santos não contemplados nos dois anteriores. O Passional é um texto litúrgico que se lê ou canta, destinado a celebrar a Paixão de Cristo durante as cerimónias religiosas da Semana Santa. Já o Responsório (do latim responsum, ou resposta) é um conjunto de responsos, ou cânticos, que seguem cada uma das leituras matinais. Finalmente, o Processionário é um livro litúrgico que contém os cantos próprios dos ritos processionais. 12 13 CATÁLOGO 14 15 I - ANTIFONÁRIOS 16 17 1 De Jesus, y de Maria,/ del Bautista, y de Domingo,/ en este Livro destingo/ Cantos de igual melodia./ Tanbien para la armonia,/ E ay, del Organo canoro,/ Cifras, con q pueda al Coro/ acompañar uniforme,/ porq en todo se conforme/ lo devoto, y lo sonoro./ Coimbra Ann. 1716. 1716 Papel manual avergoado de coloração amarela [4] 23 p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 29,4 x 21,2 cm s/a PT/MA/ANTF 1 Códice de canto gregoriano, que contém Laudes para serem tocadas em cordas e órgão, por honra de São João Batista e de São Domingos, destinadas ao Natal, à Ascensão, à Páscoa, ao Espírito Santo, e Antífonas das ladainhas, seguidas de 3 fólios em branco. Antífona de Beneditus para a 5ª feira e 6ª feira, seguidas de 6 fólios em branco. O fólio 2 possui uma ilustração pintada a aguarela de uma figura feminina a tocar órgão, emoldurada com as armas dominicanas, com iniciais junto ao pé F.P. e R.F. A obra contém iniciais capitais fitomórficas, zoomórficas, figuradas e historiadas. Na guarda volante anterior contém a anota- ção: J. M. +J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. 18 2 Exau di nos domine quoni/ am benigna est misi cordia tu/ a se cundū multitudinē misera/ tio nū tua rum respice s/d Pergaminho de coloração amarela 92 p. Letra manuscrita gótica atinta sépia e vermelha 16,5 x 12 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 2 Códice de canto gregoriano, processional, contendo Laudes. Tem o cerimonial Ad recipiendum regem vel reginam, o ritual da profissão e o ofício de sepultura. O canto encontra-se intercalado com texto e alguns fólios têm iniciais capitais filigranadas, a tinta vermelha e azul. Quase todos os cadernos apresentam reclamos. Na contraguarda anterior contém a anotação: Convento de Jesus/ Aveiro/ 17. O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). SANTOS (1963), vol. I, p. XXV. 3 Primis tomus siimsi/ pit e si sletitor et si/ mediatur e sie finitur/ et si finitur et finir s/d Pergaminho de coloração amarela 112 [1] p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 18,5 x 14,7 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 3 Processional constituído por Laudes e salmos, pertencente ao Convento de Jesus de Aveiro. A obra tem iniciais capitais a tinta vermelha e azul, e capitais caligráficas a tinta sépia. Na contraguarda anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). 4 Lumen ad reve la tionē/ gentiuz et gloriam plebis tu/ e israel Nūc dimictis ser/ vuz tuum domine secundū ver 18 de Setembro de 1489 Pergaminho de coloração amarela 84[1] p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 18,8 x 13,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 4 Códice de canto gregoriano, processional com Laudes. O manuscrito tem capitais a tinta vermelha e azul, e capitais caligráficas a tinta castanha, algumas das 19 quais realçadas com tinta vermelha. Datado e assinado Ysabel Luys no fólio 84. Na contraguarda anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. A obra foi foliotada a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 66-71. SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 5 Chirie Elei son/ Christe Elei son/ Sancta trinitas vnus/ deus mise re re nobis s/d Pergaminho de coloração amarela 7 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 27,3 x 20,3 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 5 Códice de canto gregoriano, contendo Ladainha de Nossa Senhora do Rosário, para ser cantada nas confrarias do Rosário de Nossa Senhora. Na guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. A obra foi foliotada a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). MARTINS (1960/1961), pp. 201-202, 215- 218. SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 6 Lumē ad reua la ci o nē gencium/ et gloriam plebis tue israhel. Nūc dimi/ tis s uū tuū domine secūdū uerbū tuum/ in pace. Lumē. Quia uiderūt occuli mei/ salute re tuū. Lumē. Quod parasti ante s/d Pergaminho de coloração amarela 87 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 22 x 15,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 6 20 Processionário de canto gregoriano, com Laudes e antífonas, intercalado por orações manuscritas a caracteres góticos. Alguns fólios têm pequenas anotações em letra manuscrita gótica junto às margens. A obra tem capitais a tinta vermelha e azul. Na contraguarda anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro/ Processionarium. O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). 7 Estes/ Processionarios/ pa. a Dominga/ de Ramos/ mādou faser a Madre/ Soror Mariana/ da Vitoria/ sendo Cantora mor./ Anno de 1687. 1687 Pergaminho de coloração amarela [8] 9 [8] p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 22 x 15,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 7 Códice processional de canto gregoriano para Domingo de Ramos, destinado à cantora-mor. O título, manuscrito a vermelho dentro de cartela a sépia, remete para a encomendante Madre Soror Mariana da Vitória. O processionário tem iniciais capitais caligráficas, filigranadas e fitomórficas, a 21 tinta sépia, vermelha e azul. Na guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro/ Nro 17. O manuscrito foi foliotado a tinta sépia na margem do pé. CORBIN (1943), p. 9. SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXVI, vol. II, p. 165. 8 In festo purificacionis bte Vgis/ Maria. Ad pcessionez 22 de Junho de 1489 Pergaminho de coloração amarela [I] 86 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 18,5 x 12,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 8 Códice processional de canto gregoriano. Termina com o ofício da sepultura e a Recomendatio Animarum. A obra tem capitais, a tinta sépia, vermelha e azul. Datado e assinado Ysabel Luys no fólio 85. Na guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro/ Nro 6. O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 66-71. SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXIII, vol. II, pp. 164-5. 9 In festo purificacioīs cātor cā de lā offerens/ p’ori incipiat. añam. Lumē ad revelacioēz [1489] Pergaminho de coloração amarela [II] 120 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 23 x 16 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 9 Processional passional, de canto gregoriano intercalado com texto e orações, manuscritos a caracteres góticos. O texto é das festas da Purificação, 22 Ramos, Mandato e Adoração da Cruz (grandes procissões), e Dedicação das Igrejas. Contém também o Exultet, as genealogias de Cristo segundo São Mateus e S. Lucas (cantadas no ofício noturno no Natal), o ritual da comunhão aos enfermos, da extrema-unção, e orações da agonia, da encomendação da alma e da sepultura dos estranhos à comunidade. Esta obra tem cinco iniciais capitais decoradas a ouro e prata, com motivos filiformes a violeta ou sépia, e prolongamentos em ramo com folhas, flores e/ou frutos. A conjugação da filigrana violeta com a letra dourada foi também utilizada no códice de ritual PT/MA/COD 15. A decoração especial destas cinco letras deverá estar associada ao facto deste processional ter pertencido à Prioresa, mas também destaca os tempos litúrgicos mais importantes para a comunidade, como o hino pascal Exultet, que abre com a letra mais ricamente decorada. As outras iniciais capitais são a azul e vermelho, filigranadas, algumas com prolongamento marginal. Tem ainda capitais caligráficas a sépia decoradas a vermelho. No verso do fólio 119 está assinado Isabel Luys. Quase todos os cadernos apresentam reclamos. Na guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. Na segunda guarda volante contém a anotação: Da me. Prioresa. No 23 fólio 1 contém a anotação: Processionarium. O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 66-78. CORBIN (1943), p. 9. Inventário dos… (2001), p. 34. SANTOS (1963, 1967), vol. I, pp. XXII- XXIII, vol. II, p. 164. 10 In Festo/ Sancti Raymundi/ Ordinis Predicat:/ In primis Vesp: sup:/ Psalmos:/ Aña. s/d Pergaminho de coloração amarela 58 p. Letramanuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 50 x 37 cm s/a PT/MA/ANTF 10 Antifonário de canto gregoriano a uma voz, de salmos. A obra tem iniciais capitais fitomórficas, zoomórficas e figuradas, a tinta vermelha e azul. Contém guardas volantes em papel manual avergoado, com letra manuscrita gótica a tinta ferrogálica. O manuscrito foi paginado a tinta sépia no canto superior (em data desconhecida). SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 11 In Festo Sancti Raphaelis Arch: post Cõmẽ s/d Pergaminho de coloração amarela e papel manual avergoado de coloração amarela [ii] 26 p. Letra manuscrita a tinta sépia e vermelha 51 x 37 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 11 Antifonário com índice no primeiro fólio original (fólio 3), e foliotado a tinta vermelha no canto superior direito, até ao numero 17, correspondendo ao índice. Contém o Próprio e Ordinário de 24 algumas missas, nomeadamente a Glória, o Credo, e o Agnus Dei, entre outros cânticos. A obra tem iniciais capitais fitomórficas, nas cores azul, vermelho, verde, rosa e dourado. Tem ainda capitais caligráficas a tinta sépia. Os fólios 20 a 23 são em papel manual avergoado, acrescentados à estrutura original da obra, correspondendo a S.M. Archang. Hymnus. SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 12 In Die X Januarii./ Festum/ B. Gundisalvi/ Confessoris. Totum Duplex./ Ad Vesp: sup:Psal:/ Antiphona. s/d Pergaminho de coloração amarela [i] 82 p. Letra manuscrita a tinta preta, sépia e vermelha 50,5 x 36 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 12 Antifonário constituído por diversos livros de antífonas e Laudes, refiram-se: In Die X. Januarii./ Festum/ B. Gundisalvi/ Confessoris. Totum Duplex./ Ad Vesp: sup: Psal:/ Antiphona; In festo Compassionis B.M.V./Ad. Matutin Invitator; In Festo/ SS. Nominis/ Jesu/ & Totum Duplex./ Ad Vesp. sup. Psal:/ Antiph:; Ad. Magnif: In prim: Vesp:; Ad Laudes Antiph:. No 2 º Livro (fólio 13): Doctrinæ suæ radiis/ illustravit sedentes in er ro rum te/ ne bris, et cha ri ta tis ardo re, vinctos/ in mendicitate et ferro, 25 redemit; entre outros. No 3º Livro (fólio 17): In Festo,/ Sanct: Chatha/ Rinæ de Ricis./ ordinis sacri Praedicatorũ./ Inprimis Vessp: et per horas./ anã. No 4 º Livro (fólio 25v): In Festo Compassiones/ Beatæ Mariæ Virginis:/ Quod celebr: Feria vj. post/ Doñaz Passionis. Dõni./ Ad vtrasq. vesp. sup. Psal:/ Aña.; In secund: vespor:/ Assumpt: B: Mariæ Virg:/ Fiat commo S. Hyacinthi/ Conf: Ord: Prædicatorum./ Aña. No 5º Livro (fólio 38): Officium/ Fugæ/ B. Mariæ V./ Ad Ægyptum./ Duplex Majus./ Ad Laudes, & per Hor:/ Antiphona./ Ioachimus Moura Coutto. ffecit Hoc.; Cant: Benedictus Dom:/ Ad Magnificat:/ In secudis Vesperis./ aña.; Missa./ introit:. No 6º Livro (fólio 46): In Festo Sanctæ/ Rosæ/ Virginis, Ordin./ Prædicatorum/ Ad Vesp. super psalm./ antiphona; In Festo Sancti/ Ludovici/ Bertrandi: con/ fes. Ord. Prædic./ ad vesp super psalm/ antiphona; In Festo Sanct./ PII.V:/ Papæ & Confeso./ Ordinis Prædic./ ad vesp super psalm/ antiphona; Canticum Respon; In Festo Sancti/ Ssimi Nominis/ IESU/ ad. matutinu invitato; e In festo S. Angelicus/ tod. in i. Vesp. sup. ps. aña. A obra tem iniciais capitais vermelhas (1º e 3º livros), iniciais capitais caligráficas (2º e 4º livros), iniciais capitais vermelhas com flores (5º livro), e iniciais capitais com orla geométrica (6º livro). O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 13 Unus ex duo bus qui secuti sūt do/ minuz erat andreas frater simonis petri alla s/d Pergaminho de coloração amarela 1 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 53 x 36 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 13 Fólio avulso que pertencia anteriormente a um antifonário. No texto faz referência à seguinte passagem bíblica: “Jesus 26 andando junto ao mar da Galileia, viu Pedro e André seu irmão, e disse-lhes: Vinde após mim, eu farei que vos torneis pescadores de homens” (Mt, 4:18). Este fólio tem quatro letras iniciais capitais filigranadas (duas letras U e duas A), de coloração azul e vermelha. 14 Venite exultem do mi no, iubilem/ de o salu ta ri nostro, præoccupem faciē e ius/ in cō fessi o ne, et in psalmis iubilem s/d Pergaminho de coloração amarela 1 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia 50 x 37 cm s/a PT/MA/ANTF 14 Fólio pertencente a antifonário, cujo canto gregoriano remete para os salmos. Este fólio tem cercadura vegetalista de flores com folhas, e quatro letras capitais (letras U, H e duas Q), iluminadas com as mesmas flores. 15 Estas Solfas/ mandou Fazer/ Sòr Marcelina/ Hipolita do Baptista/ Sendo Cantora/ No anno d’1750. 1750 Pergaminho de coloração amarela 17 p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 56 x 39 cm s/a PT/MA/ANTF 15 Conjunto de fólios com Laudes que faziam parte integrante de um antifonário, mandado fazer por Soror Marcelina Hipolita do Baptista, cantora. Refiram-se os títulos In Festo Sancti/ Angeli/ Custodis/ Inprimis Vesperis ad Mag/ nificat antiphona, In Festo Nominis/ B. Mariæ. U./ Ad matutinũ invitatorium, e In Festo Omnium S S/ Ord Nostr/ Ad vesp. psalmos antiphon. Estes fólios têm iniciais capitais pretas com orla geométrica. Datado de 1750. 27 16 Conjunto de partes de cinco antifonários [17--] Pergaminho de coloração amarela e papel manual avergoado de coloração amarela com marcas de água 2 p., 1 p., 14 p., 4 p., 12p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia, preta e vermelha 49,5 x 36,5 cm s/a PT/MA/ANTF 16 Conjuntos de fólios de cinco antifonários. O primeiro conjunto é constituído por dois fólios em pergaminho com salmos, e está unido ao segundo conjunto, um fólio também em pergaminho com antífona, por intermédio de três pontos no festo. O terceiro conjunto é constituído por sete bifólios em papel manual avergoado, com a missa para o Rosário a Nossa Senhora, em coro. Um quarto conjunto é constituído por dois bifólios em papel manual avergoado com Credo Angellorum, no qual se observa a marca de água em forma de escudo encimado por flor-de-lis e a contramarca J KOOL. Esta marca foi usada pelo fabricante de papel holandês Jan Kool entre 1728 e 1800. O quinto conjunto é constituído por seis bifólios com In Nativitate Domini., Feria V. in Coena Domini, Feria Sexta in Parasceve, Dominica Pentecostes, e In festo Corp. Christi. Este último conjunto é paginado, mas a numeração não é toda seguida (17 a 20; 37 a 48; 93 a 96; 113 a 116). Tem a marca de água constituída por um escudo (com flor-de-lis ao centro e encimado por coroa) com J H & Z por baixo e também a contramarca J HONIG & ZOONEN, usadas pelo fabricante de papel holandês Jan Honig & Zoonen ativo desde 1737. 17 Te De um laudâ mus: te/ Dóminum confitêmur. [17--] 28 Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água 6 p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 47 x 33 cm s/a PT/MA/ANTF 17 Cinco fólios pertencentes a antifonário, contendo Laudes, e com inicial capital T fitomórfica. Estes fólios, em papel manual avergoado, têm uma marca de água, onde pode ler-se J HONIG & ZOONEN, usada pelo fabricante de papel holandêsJan Honig & Zoonen ativo desde 1737. Deste conjunto faz ainda parte um sexto fólio em papel manual. 18 In Nativitate Domini/ Ad Vesperas Aña. [17--] Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água 54 p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 49 x 34,5 cm s/a PT/MA/ANTF 18 Conjunto de vinte e sete bifólios pertencentes a um antifonário, com cantos gregorianos das vésperas da Natividade, do domingo de Natividade, do quinto feriado (Feria V. in Coena Domini), do Feria VI. in Parasceue, do Sábado Santo, das matutinas do Domingo de Ressurreição, do Domingo de Pentecostes, e de In Solemnitate/ SS. Corporis/ Christi./ Ad Vesperas Antiph. Estes bifólios seguem as paginações seguintes: 1-16, 21-32, 49-92, 97-112, 117- 136. Tem iniciais vermelhas. Neste conjunto observa-se a marca de água constituída por um escudo (com flor-de- lis ao centro e encimado por coroa) com J H & Z por baixo, e também a contramarca J HONIG & ZOONEN, usadas pelo fabricante de papel holandês Jan Honig & Zoonen, ativo desde 1737. 19 Lumen ad reue lationē/ gentium et gloriam ple/ bis tu e isra hel. Nunc/ dimictis seuum tuum do 6 de Agosto de 1489 Pergaminho de coloração amarela [2] 87 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 18,5 x 13,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 19 Processionário de canto gregoriano, com Laudes e salmos, intercalado por textos. Esta obra tem iniciais capitais vermelhas e azuis, algumas das quais filigranadas. 29 Tem também iniciais caligráficas castanhas. Datado no fólio 84. É atribuído a Isabel Luís. Na guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. O manuscrito foi foliotado a tinta sépia no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 66-71. SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 20 Officia Propria/ Sanctorum,/ Ordinis/ Carmelitarum,/ Pro e Jusdem Ordinis/ Fratribus, Et Monialibus/ Dis Calceatis,/ S.Joannis Euangelistæ. 1781 Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água [3] 337 [2] p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 50,5 x 35 cm Convento de São João Evangelista, de Aveiro PT/MA/ANTF 20 Antifonário constituído por duas partes. A primeira com festividades e missas em honra de vários santos (páginas 1 a 274). A segunda parte com missas (páginas 275 a 337). Esta obra é paginada a tinta preta no canto superior, até ao número 337, correspondendo ao índice que contém nos dois últimos fólios. Na folha de rosto observam-se as armas da Ordem Carmelita com coroa real e paquife de fantasia, pertencentes ao Convento de São João Evangelista, realizadas a aguarela cinzenta. A obra encerra com um ornato de fantasia encimado por coroa, também realizado a aguarela cinzenta. Este antifonário tem letras iniciais vermelhas. Em bastantes fólios observa-se a marca de água constituída por um escudo (com flor-de-lis ao centro e encimado por coroa) e, em alguns fólios, por baixo desta marca aparece também a marca de água C & I HONIG. A primeira marca foi usada pelos fabricantes de papel 30 holandeses Cornelis Honig e seus descendentes entre 1741 e 1822, e a segunda marca foi usada pelos mesmos fabricantes entre 1712 e 1769. Assim, o papel usado nesta obra foi fabricado entre 1741 e 1769. 21 Novena/ De S. Joanna/ Princeza./ Invitatorium [17--] Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água 10 p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 50,5 x 37 cm s/a PT/MA/ANTF 21 Antifonário constituído por antífonas, hinos e novenas de convite dedicadas a Santa Joana. O hino Te – nôvum coeli é escrito para a Princesa Santa Joana, não é uma adaptação, e reflete a popularidade do culto da Santa Princesa. Algumas melodias foram compostas para a sua beatificação. A obra tem letras iniciais capitais vermelhas, com orla de motivos geométricos. O papel tem marca de água constituída por um escudo com flor-de- -lis e a contramarca IV. Na guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ O. 3. S. D./ Convento de Jesus/ Aveiro. CORBIN (1943), pp. 10-11. SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXIV, vol. II, p. 165. 22 In Festo/ SS. Rosarii/ B. Mariæ. V./ Ad Vesperas/ Antiphona s/d Pergaminho de coloração amarela 16p., 14p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 64 x 48 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 22 31 Antifonário constituído por dois livros. O primeiro contém antífonas, Responso, Matutinas, Antífonas noturnas, e Laudes, e possui no primeiro fólio acrescento de canto gregoriano manuscrito correspondente à folha de rosto. O segundo livro, que se inicia no verso do fólio 17, intitulado In Festo/ SS. Apostolorum/ Simonis Et Judæ/ Super Psalm. Antiphona., é constituído por antífonas, Antífonas das vésperas, Convites matutinos, Laudes, e Antífonas de domingo. Este livro é paginado a tinta preta, e tem um último fólio de menores dimensões acrescentado posteriormente (não paginado). O verso do fólio nº 16 encontra-se em branco. O primeiro livro inicia-se com capital H, sobre a qual se observam as armas dominicanas ladeadas por São Domingos e Santa Joana, e tem iniciais capitais fitomórficas e caligráficas com várias tonalidades (verde, vermelho, cinza, azul e castanho). O segundo livro tem iniciais capitais vermelhas, algumas das quais inseridas em campo com motivos fitomórficos 32 estilizados. Este manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida), até ao fólio 23, saltando o fólio 9. SANTOS (1963), vol. I, p. XXII. 23 Officio/ do tempo/ Pascoal 1482-1525 Pergaminho de coloração amarela 146 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 53 x 37,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 23 Este antifonário é o terceiro de três Antifonários do Temporal, correspondendo ao tempo que vai da Páscoa ao XXI domingo depois do Pentecostes. Os outros códices deste conjunto são o PT/MA/ANTF 25 e o PT/MA/ANTF 24, e os três formam um todo homogéneo, tendo sido divididos em três tomos por um encadernador posterior. Assim se compreende que apenas este tomo, sendo o último, tenha assinatura. É constituído por canto gregoriano intercalado com texto, com início de cantos com capitais filigranadas a tinta azul e vermelha, frequentemente com prolongamentos marginais. Algumas iniciais capitais têm representações de aves, nos prolongamentos marginais. Têm também iniciais caligráficas realçadas com preenchimento amarelado, a assinalar versos dos responsórios. Assinado maria dathayde no fólio 146. Quase todos os cadernos apresentam reclamos. Na guarda volante anterior contém a anotação: Este liuro Responsorio he do con/ uento de Jhū. em aveyro. Este manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). Tem pintura representando a Imaculada Conceição com a inscrição [E]lecta ut sol (brilhante como o Sol), na primeira pasta, e uma lua sobre nuvens com a inscrição 33 Pulchra ut luna (formosa como a Lua), na pasta posterior. CARDOSO (2013), pp. 27-38. CORBIN (1943), pp. 7-8. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94, 110-113. Inventário dos… (2001), p. 31.SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXI, vol. II, p. 164, estampa 23. 24 Dominica prima in xl. Sabbato pre/ cedenti Ao vsR. Emendemus. Angel/ suis Deus mandauit de te. R. Ut custodiant/ te in omnibus uiis tuis. 1482-1525 Pergaminho de coloração amarela 92 p. perg., 4 p. pap., 1p. perg., 18p. pap. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 55,5 x 39 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 24 Este Antifonário do Temporal é o segundo tomo do referido conjunto de três tomos. Corresponde ao tempo que vai do I Domingo da Quaresma ao Sábado Santo, com Matinas, Laudes, Horas Menores e Vésperas dos Domingos, e Horas Menores dos dias da semana. Constituído por canto gregoriano, com antífonas e responsó- rios, inicia-se com a antífona que serve de conclusão ao primeiro tomo. Os fólios a partir do 93 são em papel, com responsórios e antífonas: F. III. Post. Dom. 34 septag. oficium., F. VI. Pos D. i Quad. Oficium, In Festo/ SS. Cordis/ Domini Nostri Jesu Christi/ Ad Magnificat/ Antiphona., Ad Matutinum/ Invitatorium, Hymnus, Ad Laudes/ Antiphonae, Ad Benedictus/ Antiphona., Ad Missam/ Introitus., Responsorium., Offertorium, Commemoratio/ SS./ Cordis Jesu., In Festo/ SS. C.D.N.J.C./ In 1º & 2º Vesp. sup. Ps. Antiph. Esta obra possui, no final do ofício da Sexta-feira Santa, uma representação de Cristo Crucificado desenhada a tinta sépia (verso do fólio 84), e possui também marcadores originais na goteira nos fólios 13, 19 e 20, com anotações manuscritas góticas em latim a tinta vermelha. Estes marcadores poderão não ser marcadores, mas antes indicadores das dimensões originais dos fólios, aparados aquando da encadernação. Este antifonário tem iniciais capitais filigranadas a tinta vermelha, azul e violeta, algumas com prolongamentos marginais e representações de aves, e tem iniciais caligráficas a tinta sépia realçadas com preenchimento amarelado, a assinalar versos dos responsórios. O uso da tinta violeta na filigrana em redor de algumas letras vermelhas, é uma tendência ibérica dos séculos XV e XVI. Apenas alguns cadernos apresentam reclamos. O manuscrito foi paginado a lápis de grafite até à página 133, no canto superior (em data desconhecida). 35 CARDOSO (2013), pp. 27-38. CORBIN (1943), p. 7. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94, 107-110. Inventário dos… (2001), p. 31. SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXI, vol. II, p. 164. 25 Primus tonus sic i cipit et sic flectit.~/ et sic mediatur et sic finitur. Et sic fini/ tur Et sic finitur Gloria patri et fili/ o spiri tui sancto. 1482-1525 Pergaminho de coloração amarela e papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água 139 p. perg., 16p. pap. Letra manuscrita gótica a tinta sépia, vermelha e ferrogálica 57,5 x 38,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 25 Este Antifonário do Temporal é o primeiro tomo do referido conjunto de três tomos. Corresponde ao tempo que vai do I Domingo do Advento ao I da Quaresma, e termina abruptamente com a antífona Dominica/ pma. i. xl. Ecce nunc temp, que não está completa. Esta obra é constituída por canto gregoriano, com letras iniciais filigranadas em tons azul e vermelho, algumas com prolongamentos marginais e representações de aves, e 36 com iniciais caligráficas a tinta sépia realçadas com preenchimento amare- lado, a assinalar versos dos responsórios. A esta estrutura original, que continuará no antifonário PT/MA/ANTF 24, foram acrescentados fólios em papel, os quais se iniciam com Infesto./ Maternitatis./ B.M.V./ Ad Vesp. super Psalm./ Aña.. Este conjunto de fólios tem letras iniciais capitais desenhadas no início de cada canto a tinta vermelha e preta, emolduradas e decoradas com motivos vegetalistas renascentistas. O papel tem marca de água constituída por um escudo coroado com flor-de-lis e a contramarca IV. Vários cadernos em pergaminho apresentam reclamos. O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida), observando-se nume- rações diferentes para os fólios originais (1 a 139), e para os fólios acrescentados (1 a 15). CARDOSO (2013), pp. 27-38. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94, 104-107. Inventário dos… (2001), p. 31. 26 In festo Sancti Raphaelis Archangeli/ Ad vesp: primas, et secũds sup. p s: aña Missus est/ quæ ja. Laud: Rx: Te Sanctũ: vt in fest: S: Mich: Arch:/ Ad Mãg: aña. 29 de Agosto de 1488 Pergaminho de coloração amarela 198 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 59 x 42 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 26 Antifonário do Santoral, que contém Ofícios Rimados. No decorrer do canto gregoriano surgem letras capitais filigranadas, algumas com prolongamentos marginais. No fólio 103 destaca-se uma inicial capital historiada, com representação da Cruz no Calvário, no ofício da Exaltação da Santa Cruz. No ofício da Assunção de Maria, observam- 37 -se várias iluminuras de fundo de página referentes ao ciclo do Trânsito da Virgem, nomeadamente a Morte ou Dormição da Virgem (fólio 70 v), a Sepultura com túmulo fechado no jardim de Getsémani (fólio 71), e a Assunção da Virgem, envolta numa mandorla com raios dourados, sobre meia-lua, em fundo de céu estrelado (fólio 72 v). Nesta obra existe o aproveitamento de curvas de letras para desenhar pequenos rostos (ex. inicial M no fólio 55), de monges ou profetas, mas por vezes também de negros ou negras, servos da comunidade (fólios 73v e 95v). Datado e assinado Maria datayde e Isabel Luys no fólio 185. Apenas alguns cadernos apresentam reclamos. Este manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 39-65. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 116-119. Inventário dos… (2001), p. 32. 27 Dum per ābularet dominus sur/ ta mare secus li tus/ ga li le e uidit petrum et andre am reci/ a mittentes in ma re et uocauit eos dicens/ Venite post me faciaz uos pisca to res homi/ nū. 1482-1525 Pergaminho de coloração amarela 167 p. 38 Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 56 x 40 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 27 Antifonário do Santoral, cujo canto gregoriano se inicia com uma letra capital historiada de coloração azul, na qual se encontra representado Santo André, enquadrado numa decoração vegetalista. Começa assim com a festa de Santo André (a primeira do ano litúrgico), e termina com o ofício In festo S. Gabrielis Archangeli. Contém Ofícios Rimados. No decorrer do canto surgem letras iniciais filigranadas, em tons de vermelho e de azul, algumas com prolongamento marginal. Surgem também iniciais caligráficas realçadas com preenchimento amarelo. Assinado Maria dathayde no fólio 161. Este fólio faz parte de um conjunto de fólios colados à estrutura original (fólios 161 a 167), numa intervenção posterior à execução do antifonário. O manuscrito foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 39-65. CORBIN (1943), p. 8. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 113-116. Inventário dos… (2001), p. 32. SANTOS (1963, 1967), vol. I, p. XXI, vol. II, p. 164. 39 28 Asperges me domine ý/ sopo et mūda bor laua bis me et super/ niuem de albabor. Miserere mei deus/ secūdū magnā misericordiā tuam [1476-1500] Pergaminho de coloração amarela 160 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia, vermelha e preta 51 x 35 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 28 Antifonário próprio da missa, do Santoral, que contém Ofícios Rimados e Sequências. Tem uma estrutura de canto gregoriano, com anotações a tinta vermelha e com iniciais a vermelho e azul, no início de cada canto. Vários cadernos em pergaminho apresentam reclamos. Este antifonário tem um fólio de menores dimensões em papel, contendo um responsório da festa das Chagas de Cristo, anteriormente colado sobre a contraguarda anterior. Atualmente, devido à fragilidade física causada pelas tintas ferrogálicas das notas de canto gregoriano, está separado da estrutura principal, encapsulado em capa de Melinex. Esta obra foi foliotada a tinta vermelha até ao fólio 38 (ao centro da cabeça do fólio), e a lápis de grafite do fólio 38 ao 160 (no canto superior direito), em data desconhecida. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 127-130. Inventário dos… (2001), p. 32. 29 Es to te fortes in bello/ et pugna te cum anti/ quo serpent te et ac ci pie tis regnū/ eternum alle luya. [1482-1525] Pergaminho de coloração amarela 131 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 52 x 38 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 29 Antifonário do Santoral, que contém o Comum dos Santos, sendo a continuação em termos de conteúdo dos dois antifonários do Santoral relativos ao Próprio dos Santos (PT/MA/ANTF 27 e PT/MA/ANTF 26). Tem três Ofícios Rimados. Constituído por canto gregoriano, onde se observam muitas letras iniciais filigranadas, em tons de azul e de vermelho, assim como letras caligráficas em tonalidade sépia realçadas com preenchimento amarelo. O aproveitamento de curvas de letras para pequenos desenhos também existe nesta obra, nomeadamente numa inicial 40 caligráfica no fólio 24, onde das hastes se formam dois bustos coroados, masculino e feminino. As letras filigranadas e caligráficas são semelhantes às letras dos antifonários PT/MA/ANTF 26 e PT/MA/ANTF 27. As exceções a esta semelhança poderão ser as letras iniciais capitais originais, que estão quase todas cobertas por quadrados de pergaminho colados, com uma letra capital fitomórfica, sendo uma destas letras armoriada com as armas dominicanas (verso do fólio 41). A única inicial capital visível que poderá ser original é a que se observa no fólio 23, sendo esta bastante diferente das iniciais deste antifonário e das capitais dos dois antifonários referidos anteriormente. Ainda assim, é provável que este antifonário tenha sido executado na mesma época dos dois já referidos e pelas mesmas iluminadoras. Esta obra tem cinco acrescentos no final: um caderno de quatro bifólios intitulado S antonio (fólios 109 a 116); dois fólios cosidos de forma rudimentar com Alle lu ya. Benedict A ssit/ no bis pro pi cius in huius uite ues/ pe re ad xpristuz nos uincenci us tuto fe/ rens iti nere (fólios 117 e 118); um conjunto de bifólio e caderno de três bifólios Ad secũda Vesp: S. Luciæ. (fólios 119 a 126); um conjunto de dois bifólios intitulado In Festo Patrocinii/ Sancti Joseph, datado de 1746 (fólios 127 a 130); e um fólio correspondente a Laudemus De um/ nostrum In soleñita/ te Sanctæ Annæ, em papel avergoado amarelo (fólio 131). Este antifonário foi 41 foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 39-65. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 119-121. Inventário dos… (2001), p. 32. 30 neste liuro estão os comuñs dos mtos martires confesores e/ uirgems, a misa de são uisente ferreira. S. pio a trãsfigurasão são/ José. s. joachim nosa sra da numsiasão s. gonsalo são/ Raimundo Noso pe são Domingos o introito de sta Ignes/ martir me expetauerum que não esta no comum das virgem s/ e a comunicanda de sta Agueda e de são sebastiaõ e os introitos/ das misas, justus, […] acharsea na de s. iose, in medio na de s. uisente,/ na de s. gonsalo; a Comunicanda Aspen dico nobis s/d Pergaminho de coloração amarela 139 p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 52 x 41 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 30 Antifonário de canto gregoriano. O corpo da estrutura original inicia-se com foliação a tinta preta no canto superior direito, iniciando-se no número 146 e terminando no 275. No fólio com o nº 146, o título In communi/ plurimorum/ Martirum/ Officium é desenhado num retângulo de pergaminho, colado ao fólio original. Todo o corpo da obra possui múltiplas anotações, no decorrer do canto gregoriano, assim como iniciais simples a vermelho e azul e iniciais caligráficas castanhas. O antifonário tem três acrescentos à estrutura original, sem foliação a tinta preta: um bifólio colado à primeira pasta e a desempenhar a função de primeira guarda volante; um fólio a seguir ao último fólio do corpo original com Sancti Francisci Xaverii; e cinco bifólios que constituem os fólios 277 a 285 e contraguarda posterior. Estes cinco bifólios apresentam características semelhantes ao bifólio colado à primeira pasta. 42 31 [...]iri e e leyson/ Christe e e leyson/ […]Hirie e leyson/ Et in tera paxhominib bone volūtatis [1476–1500] Pergaminho de coloração amarela 189 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 56,5 x 38 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 31 Antifonário próprio da missa, do Temporal, constituído por antífonas. O corpo da obra possui canto gregoriano, que se inicia com letras capitais iluminadas a tinta vermelha e azul, ornamentadas com motivos vegetalistas. Algumas iniciais capitais são historiadas, contendo representações: a Natividade inscrita na capital P com folha de ouro (fólio 19 verso); a Ressurreição inscrita na capital R (fólio 104); o Cristo do Apocalipse inscrito na capital B (fólio 133 verso); e o Calvário inscrito na capital C (fólio 134 verso). A obra tem dois conjuntos de fólios que foram adicionados posteriormente à estrutura original. Os três primeiros fólios iniciais são acrescentados ao corpo principal por intermédio de reforço em papel, colocado e colado diretamente na primeira pasta da encadernação. Os 43 últimos nove fólios, incluindo o que se encontra colado diretamente na segunda pasta, foram também acrescentados posteriormente, iniciando um segundo livro intitulado Jesus d’ Aveiro. Destes fólios, os dois primeiros são em papel manual avergoado, e contêm o Crêdo, Totum Duplex, e anotação em latim na qual pode ler-se: Emilia, me fecit. Anno Domini, de 1813. Os outros sete fólios são em pergaminho, e contêm anotações nas margens referentes ao canto. Este antifonário foi foliotado a tinta sépia até ao fólio 195 no canto superior direito (em data desconhecida). COSTA JÚNIOR (1996), pp. 121-127. Inventário dos… (2001), pp. 32 e 33. 32 Alleluia/ Hi sūt qui cūmulie/ rib nonsūt coinquina/ ti virgi nes e/ nim permāse rūt. Vox inrama/ audita est ploratus et ululatus rachel/ s/d Pergaminho de coloração amarela 109 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 60 x 43 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 32 Antifonário de canto gregoriano com cânticos de missa, do Ordinário da missa (Kyrie, Glória, etc.) e do Próprio da missa(intróitos, Aleluia, Comunhão), incluindo festividades de alguns santos, como Santa Ágata, São José, São Bento, São Francisco de Paula, e Santa Catarina. Obra com numeração truncada, na qual a foliação original vai até ao número 111. Algumas letras capitais remetem para fólios com numeração original, pressupondo que o canto gregoriano fosse cantado com remissões anteriores e posteriores ao respetivo fólio. Possui três marcadores em pergaminho, manuscritos a tinta ferrogálica, podendo corresponder a fólios de maior consulta. A obra possui no decorrer do canto letras iniciais fitomórficas e figuradas (cruz, 44 Agnus Dei), com vários tons (vermelho, dourado, verde, azul e amarelo), e letras iniciais caligráficas castanhas (por vezes coloridas em tons de vermelho, rosa, laranja, amarelo, verde, azul e dourado). Os fólios 75 a 77 são em papel manual avergoado, manuscritos a tinta ferrogálica, acrescentados posteriormen- te ao corpo original. 33 Este Livro/ mandou fazer a/ Snr.ª D. Joanna/ Vicencia de S.to/ Thomas Sendo/ Cantora no Real/ Convento/ de/ Jesus/ no anno de/ 1744 1744 Pergaminho de coloração amarela 150 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia, vermelha e azul 57 x 43 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 33 Obra que se inicia com cartela vegetalista aguarelada, encimada pelas armas dominicanas. No decorrer do canto gregoriano surgem letras iniciais com remissão para alguns santos, como São Francisco Xavier, Apóstolo São Tomé, São Raimundo, Apóstolo São Paulo, Santa Águeda, e São Francisco. No fólio 26, inicia-se o canto intitulado In festo/ S. Ioseph. S/ Ponsi. B.M.V., seguido de canto dedicado à Anunciação, e a São Vicente. No fólio 40 inicia-se In Nativitate/ Sancti Joannis Baptista/ officium, e o seu verso contém a representação do cordeiro de 45 Deus em letra capital D, com representação de gárgulas e figuras de proa na cartela que rodeia o cordeiro. O restante corpo contém canto gregoriano, com letras iniciais fitomórficas e caligráficas, frequentemente sobre fundo dourado. Este antifonário tem foliação original a tinta sépia até ao fólio 136, no canto superior direito. Entre os fólios 134 e 135, foi acrescentado um bloco de quatro fólios em papel manual avergoado, intitulado Fest. Almæ Dom. Lauretanæ. Oficium., Comunio., Indedicatione Ecclesiæ. Com., S. Philippi Nerii. Comunio., e Sequencia dies Natalis. Após o fólio com o número 136 existem vários acrescentos: dois fólios em papel manual avergoado, que correspondem ao Crêdo, Totum Duplex.; dois fólios em pergaminho, com índice Index Missarum hujus libri; quatro fólios com In Festo Simplici. e In Missis matutinis et/ Infra Octavas; cinco fólios que correspondem a Patrem Omnipotem-/ tem factorem cæli &/ ter ræ visibilium omnium/ & invisibilium. SANTOS (1967), vol. II, p. 165. 34 DIxit dominus. Alle/ lu ya. Sevovae. Psalm?/ DIxit Dñs Do/ mino meo:/ Sede à dextris meis./ Donec ponã/ inimicos tu/ os: scabelluz peduz tuorum./ [1476–1525] Pergaminho de coloração amarela 124 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 70,5 x 41 cm s/a PT/MA/ANTF 34 Breviário Diurnal constituído por texto intercalado com canto gregoriano, com anotações. A obra inicia-se com salmos, antífonas e hinos, remetendo para descrição do êxodo do povo de Israel do Egipto. Seguem-se hinos do Temporal, hinos do Santoral e hinos do Comum dos 46 Santos. Nos dois primeiros fólios iluminados, uma cercadura de grinalda de flores enquadra o texto introduzido pela letra D. Esta inicial capital é historiada com representação da Tentação do Paraíso. O início de cada versículo ou frase é marcado com letra inicial, alternando a cor vermelha com a azul. Contém letras capitais caligráficas a sépia, vermelho e azul. Este antifonário tinha foliação original a tinta sépia, no canto superior direito. Esta numeração desapareceu ou só tem um algarismo na maioria dos fólios, devido ao corte destes últimos, que originalmente seriam mais largos. COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94-99. Inventário dos… (2001), p. 31. 35 huic et dixi , semp hii errant corde ipci uero non cognouerunt ulas/ meas, quibus iuram inira mea si introibunt in re quiem me/ am. [1478] Pergaminho de coloração amarela 228 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 49,5 x 35 cm s/a PT/MA/ANTF 35 Breviário que se inicia com oito fólios de canto gregoriano, constituído por Invitatórios. O primeiro fólio existente inicia-se com o final de um dos Invitatórios, indicando a falta de pelo menos um fólio, no início deste conjunto. Estes fólios têm características diferentes das dos fólios que constituem a grande parte deste códice, embora tenham sido encadernados em simultâneo. Segue-se uma secção só de texto com o Saltério, que contém o Ofício de Domingo, Te Deum, Laudes, e as horas canónicas para toda a semana (exceto as orações e as li- ções), com os Salmos de David (fólios 9 a 98). As Horas de domingo iniciam-se no 47 fólio 25 v, as de segunda-feira iniciam-se no fólio 29, as de terça-feira iniciam-se no fólio 40 v, as de quarta-feira iniciam-se no fólio 50 v, as de quinta-feira iniciam- se no fólio 61, as de sexta-feira iniciam-se no fólio 75, e as de sábado iniciam-se no fólio 85 v. Ao Saltério seguem-se as Horas dos ofícios, do fólio 99 ao 140, incorporando-se no texto a música das antífonas e dos hinos. No meio destes fólios existem dois bifólios que foram acrescentados posteriormente (fólios 116 a 119), sendo o primeiro em pergaminho (cosido ao corpo da obra), e o segundo em papel avergoado (colado ao fólio 120). Estes bifólios encerram ambos a mesma antífona Stella celi, mas com músicas diferentes, com a indicação de Solo e Coro no segundo. Sucede-se o Hinário, conjunto dos hinos dispostos segundo o ano litúrgico e a sucessão das horas do dia, sendo apenas algumas estrofes musicadas (fólios 141 a 196). Os dois cadernos contendo os fólios 175 a 180 foram cosidos posteriormente ao corpo da obra, e contêm os hinos de S. Jacinto, S. Raimundo e Santa Agnes. Os fólios 197 a 202 contêm algumas antífonas, e também são um acrescento, em papel avergoado manuscrito a tinta ferrogálica, colado aos fólios originais adjacentes. Seguem-se os fólios 203 e 204 48 com o Calendário da Páscoa do ano 1478 ao ano 2005. Em seguida, existem vários cadernos de fólios em pergaminho, que, fazendo parte da encadernação existente desde a sua execução, não serão da mesma mão do resto do corpo da obra. Contêm Hino a São Vicente, antífonas, Hinos do Santoral, Te Deum in laudem virginis Maria, In festo bte katerine de senis, In traslacio/ ne bt i dnici pris nr is. Ao último fólio em pergaminho foi colado um acrescento que constitui uma guarda volante, manuscrita a tinta ferrogálica em papel avergoado, correspondente a canto de domingo e Santos Simples. Neste breviário o verso do fólio 9 é iluminado, tendo uma cercadura com várias cores e folha de ouro, onde se encontram representados Santo Agostinho, São Domingos e São Francisco. A inicial capital deste fólio é fitomórfica, decorada com tons de vermelho, laranja, azul, castanho, branco e ouro. O texto da obra é organizado numa coluna, e tem letras guia de cor azul alternando com a cor vermelha. Tem letras iniciais filigranadasde tons azul e vermelho no início de cada salmo. No início de cada secção existem iniciais capitais também filigranadas, de tonalidades vermelha e azul, com prolongamentos marginais. No fólio 52 estes prolongamentos estendem-se para 49 as margens do pé e da cabeça. A capital do fólio 75 é fitomórfica e mais ricamente decorada, à semelhança da capital do verso do fólio 9, tendo tonalidades verdes e amarelas, além das vermelhas e azuis. Nos fólios 20 e 22 existem rostos inscritos nas letras do texto. Quase todos os cadernos apresentam reclamos, por vezes inseridos em cartelas ou outros motivos. Este breviário foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). COSTA JÚNIOR (1996), pp. 94–96, 100- 104. Inventário dos… (2001), p. 31. 36 Aña/ B. Mariæ Virginis [17--] Papel manual avergoado de coloração amarela com marcas de água [1] 25 p. Letra manuscrita gótica a tinta preta e vermelha 49 x 33,5 cm s/a PT/MA/ANTF 36 Antifonário contendo antífonas, nomeadamente Salve Regina (fólios 1 a 11) e missas para serem cantadas em coro (fólios 12 a 23). Os fólios 1 a 11 têm letras iniciais fitomórficas de tons vermelho e cinza, e o fólio 2 tem remate fitozoomórfico em forma de fundo de lâmpada. Nestes fólios observa-se a marca de água constituída por um escudo (com flor-de-lis ao centro e encimado por coroa), com C & I HONIG por baixo, e a contramarca IV. Este escudo com C & I HONIG por baixo foi usado pelos fabricantes de papel holandeses Cornelis Honig e seus descendentes entre 1741 e 1769. Os fólios 12 a 23 não têm marca de água e foram acrescentados ao corpo original, através de um reforço posterior destes cadernos na zona do festo. Também foi acrescentado um bifólio com cântico referente a São João, com marca de água constituída por um escudo (com flor-de- -lis ao centro e encimado por coroa) com J H & Z por baixo, e a contramarca J HONIG & ZOONEN, usadas pelo fabricante de papel holandês Jan Honig & Zoonen, ativo desde 1737. Finalmente foi acrescentado um bifólio contendo um índice das festas dos santos, nos meses de Maio a Agosto. Este antifonário foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). 37 Liuro de/ Canto cham/ do mosteiro de/ IHS/ da villa de Aveiro./ Volume.1./ .1619. 1619 50 Pergaminho de coloração amarela [VI] 153 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 55 x 42 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 37 Antifonário, designado por Livro de Cantochão do Mosteiro de Jesus de Aveiro, na folha de rosto. Esta folha contém uma iluminura com a inscrição IHS no centro de resplendor dourado. À folha de rosto seguem-se seis fólios truncados, sem numeração, juntos ao resto da obra aquando da encadernação, contendo S hyacinthi. O primeiro e o último fólios deste acrescento contêm indicações referentes ao corte do pergaminho. O corpo principal corresponde a antífonas e Laudes, com algumas anotações pontuais manuscritas a tinta vermelha, por vezes referindo-se a santos. Este corpo tem foliação a tinta sépia no canto superior direito. No final da obra há mais dois acrescentos, o primeiro é de três bifólios e juntou-se quando a obra foi encadernada, à semelhança do acrescento no início da obra. Contém misa de todos os stos. Ao último fólio deste conjunto foram cosidos três fólios de forma rudimentar, já posteriormente à encadernação. Todo o corpo da obra possui goteira, cabeça e pé pintados a vermelho. Tem letras iniciais caligráficas castanhas e iniciais de tons de vermelho e azul, algumas com 51 figuras inscritas (fólios numerados 70 a 76). Estas figuras inscritas não são originais, tendo sido desenhadas posteriormente e correspondem a motivos vegetalistas, figuras fantásticas, figura humana nua e dois santos (São Pedro Mártir e possivelmente São Domingos). Este antifonário apresenta muitas semelhanças com o antifonário PT/MA/ANTF 30, podendo ser o primeiro volume de um conjunto de dois. A numeração dos fólios deste antifonário termina no 146, sendo este o mesmo número com que se inicia a foliação no antifonário PT/MA/ANTF 30. SANTOS (1967), vol. II, p. 165. 38 Hu data e dom domi/fuper huem monn um et exaltata/e fuy omnes colles neneur adear/ onnies gestes etdice nt gloria Fūdata ē dom domī/ sup uer ticem monti um et exal tata/ ē sup om nes col les uenient adear/ omnes gentes. Et dice nt gloria ti/ bi domine. [c. 1480] Pergaminho de coloração amarela 86 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 22 x 15 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 38 Códice processional de canto gregoriano intercalado com texto e orações, manuscritos a caracteres góticos. A obra tem letras guia e capitais em tonalidade vermelha. Tem ainda capitais caligráficas a castanho decoradas com aguarela amarela. Quase todos os cadernos apresentam reclamos. Na contraguarda anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de Jesus/ Aveiro/ 1480 mais ou/ menos. Esta obra foi foliotada a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). 52 39 Lumen ad reuelatio/ nem gentium et gloriam ple/ bis tu e is rahel. Nūc di/ mictis seruuz tuum domine/ secundū uerbū tuum im/ pace. 28 de Novembro de 1489 Pergaminho de coloração amarela 90 p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 19 x 15 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 39 Processionário de canto gregoriano, com Laudes, intercalado com textos manuscritos a caracteres góticos. Termina com o ofício da sepultura e a Recomendatio Animarum. Esta obra tem letras guia e iniciais capitais vermelhas e azuis. Tem ainda capitais caligráficas a tinta castanha, realçadas a vermelho. Datado e assinado Isabel Luys no fólio 89. Na guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D/ Este livro E do mro de/… daveiro / Convento de Jesus/ Aveiro/ Nro 5. Este processionário foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). CARDOSO (2013), pp. 66-71. SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 40 Lumen ad reuelaci o nem/ genciũ et gloriam plebis tue israhel. 1480-1482 Pergaminho de coloração amarela [II] 75 [1] p. Letra manuscrita gótica a tinta sépia e vermelha 17,2 x 11,5 cm Convento de Jesus de Aveiro PT/MA/ANTF 40 Códice processional de canto gregoriano intercalado com texto, manuscrito a caracteres góticos. A obra tem letras guia e iniciais capitais em tonalidades vermelha e azul. Tem ainda iniciais caligráficas a castanho, decoradas a vermelho. Alguns cadernos apresentam reclamos. Na primeira guarda volante 53 anterior está assinado pela madre prioresa Leonor de Meneses, com a seguinte anotação: Este lyuro pcessyonal he do moesteyro de/ IHU z escreueo amadre poressa dona lyanor/ de meneses. No verso da segunda guarda volante anterior contém a anotação: J. M. + J. D./ Convento de/ Jesus/ Aveiro. Este processionário foi foliotado a lápis de grafite no canto superior direito (em data desconhecida). SANTOS (1963), vol. I, p. XXIII. 54 55II - CÓDICES 56 57 41 Livro primeiro do Tombo da Villa/ de Ois da Ribeira annexa da/ Villa, e Almoxd.º de Eixo numerado,/ e por mim rubricado com seu encer-/ ramt.º no fim, q teve principio em/ 19 de Junho de 1797 e se concluio/ em o 1.º de Setembro de 1800. 1797-1800 Papel manual avergoado de coloração amarela ou azul com marcas de água [6] 376 p. Letra manuscrita a tinta sépia e tinta ferrogálica 32,5 x 22,5 cm Almoxarifado de Eixo PT/MA/COD 1 Códice manuscrito, foliotado e rubricado por João Nepomuceno Pereira da Fonseca. Escrito numa única coluna de texto, com anotações nas margens. A obra contém um índice remissivo para editais de reconhecimento, autos de ordens da junta, termos e outros assuntos essenciais da vila de Óis da Ribeira. Termina no verso do fólio 374 com a inscrição: Tem este 1.º Livro do Tombo d’ Ois/ trezentas settenta, e quatro folhas in-/ do repetido o numero 2.º todas nume-/ radas, e por mim rubricadas. Eixo/ 1 de Settembro de 1800./ João Nepomu.º Per.ª da Fonc.ª. Neste códice foram usados três papéis diferentes. Foi utilizado papel manual avergoado de coloração azulada, com marca de água no centro do fólio, constituída por um escudo com águia (brasão dos Magnani) e as letras GIOR MAGNANI por baixo, e com a contramarca ALMASSO, no centro do outro fólio do mesmo bifólio. Estas marcas resultam da associação do fabricante de papel Giorgio Magnani com Antonio Arrigoni em 1783, que criaram uma nova fábrica de papel denominada “Al Masso”. Um segundo papel avergoado de coloração amarelada apresenta a marca de água constituída por um cavalo com crina esvoaçante, no centro de um dos fólios, e a contramarca AGC, no centro do outro fólio. Neste segundo papel aparecem por vezes as iniciais FP na periferia do fólio. Foi ainda 58 usado em alguns fólios um terceiro tipo de papel também amarelado, com a marca de água constituída pelo escudo de armas reais de Portugal. 42 O Doutor Juzeph de Abreu Baçelar Prouizor/ e Vigairo geral na cidade de Coimbra, e seu Bispado/ pello Illustrissimo, & Reuerendissimo Senhor Joanne/ mendez de Tauora, Mestre na Sagrada Theologia, por/ Graça de Deoz, & da Santa See Apostolica, Bispo/ Da dita Cidade, Conde de Arganil, e do concelho de/ Sua Magd.e (…). 15 de Março de 1643 Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água 144 p. Letra manuscrita a tinta ferrogálica e tinta sépia 31,5 x 22,5 cm Bispado de Coimbra PT/MA/COD 2 O processo de Beatificação da Princesa Santa Joana é instruído em 1626, tendo nos anos seguintes sido realizados vários traslados. O presente códice é um traslado de 1643 de um traslado de 1627, sendo constituído por três partes com diferentes autorias. A primeira parte (20 fólios) contém o sumário das virtudes e santidades da Princesa D. Joana e foi feito por Bernardo de Afonseca Sarayva (provisor do Bispado de Coimbra), escrito pelo escrivão Antonio de Moyre, e assinado no processo original por ambos. Este traslado de 1643 tem a referência ao traslado de 1627 no início do texto. Segue-se uma segunda parte (60 fólios) contendo o Memorial da Infanta Santa Joana [1467-1529] (PT/MA/COD 9). Esta segunda parte termina com a menção ao traslado de 24 de Julho de 1627, assinado pelos notários apostólicos Manoel de Rocha Paães e Francisco Fernandez de Almeida. A terceira parte faz referência aos vários milagres atribuídos a D. Joana. Esta parte reúne vários procedimentos que ocorreram entre 10 de Outubro de 1626 e 28 de Outubro de 1627: sumários dos milagres e recolha de testemunhos, efetuados por Bernardo de Afonseca 59 (provisor do Bispado de Coimbra) e escritos por Antonio de Moyre (escrivão) ou Luis de Basto (notário); inquirições de verificação realizadas por Luis de Basto (notário) e Manoel Diaz (arcipreste); e despachos assinados por Dom João Manoel, bispo-conde. Este códice é assinado pelo notário apostólico Manoel de Rocha Paães e pelo provisor e vigário- -geral Jozeph de Abreu Baçellar, em 15 de Março de 1643. O manuscrito tem duas caligrafias e dois papéis diferentes, ambos de coloração amarelada. A primeira e terceira partes foram manuscritas num papel com marca de água no centro de um dos fólios, constituída por um pequeno escudo em forma de coração, com uma cruz latina no centro. Na segunda parte foi utilizado um papel com uma marca de água com três formas estilizadas, no centro de um dos fólios, e com uma contramarca constituída por duas letras (provavelmente GB) no centro do outro fólio. Na periferia deste último fólio aparece por vezes um trevo de três folhas com as letras PA. A encadernação do códice é em pergaminho, e o corpo em papel foi foliotado a tinta ferrogálica no canto superior direito. Na segunda parte do manuscrito (fólios 20 a 79) existiu uma outra foliação, que ainda se observa no limite de alguns fólios, indicando que este conjunto foi aparado quando se juntou ao resto do manuscrito. 43 Em os seis dias do mes de iulho sendo passado/ dia da visitação de nosa snora deste presente/ anno de mil e quinhentos e noventa e sete annos/ É esta casa da sancta misericordia da notável/ villa d’avro forão muitos à mesa os ror provedor… 1596–1597 Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água 44 p. Letra manuscrita a tinta sépia 26,5 x 21 cm Santa Casa da Misericórdia de Aveiro 60 PT/MA/COD 3 Este códice contém listas de gastos e despesas efetuadas pela Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. No final da obra existe uma lista de pobres necessitados agraciados com esmolas a cargo da Santa Casa da Misericórdia. Este manuscrito está truncado, faltando-lhe os fólios 1 a 15, 17 a 32, e 34 a 48. Existem vários fólios em branco, nomeadamente do fólio 62 ao fólio 65, do 67 ao 69, do 78 ao 87, e do 92 até ao 96 (último). O papel amarelado tem marca de água no centro do fólio, constituída por mão enluvada encimada por coroa. Esta obra foi foliotada a tinta sépia no canto superior direito. 44 1o Lo Pa os gastos/ Da Capella mor/ 1651 1651 Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água 137 p. Letra manuscrita do séc. XVII a tinta ferrogálica 28,6 x 21 cm Santa Casa da Misericórdia de Aveiro PT/MA/COD 4 Códice manuscrito que descreve as recei- tas e despesas para a obra da capela-mor da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, iniciada no ano de 1651. Na folha de rosto refere que o Rei D. João IV concedeu Cizas para se fazer a obra da capela em 1650, Cizas que começaram a render receita desde o primeiro quartel do ano 1651, sendo provedor Miguel Rangel o Velho. O papel amarelado tem marca de água no centro do fólio, constituída por flor-de-lis. Este manuscrito foi foliotado e rubricado por Silveiras, a tinta ferrogálica no canto superior direito. A capa do códice é uma folha de pergaminho manuscrita reutilizada, que fecha com ataca de pele. 45 Novena/ do/ Senhor dos Afflictos/ Dedicada/ à/ Senhora dos Dezamparados/ Que Se venera no mesmo Altar,/ na Igreja das Religiosas Dominicas/ do/ Sanctissimo 61 Sacramento./ Por huma Religiosa/ do mesmo/ Mosteiro de Sanctssmo Sacramento/ Para uso/ das ditas Religiosas./ Em 1800 1800 Papel manual avergoado de coloração amarela com marca de água [5] 85
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