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CONTABILIDADE E GESTÃO TRIBUTÁRIA I - GST0084 Semana Aula: 9 Imposto de Renda e Contribuição Social pelo Lucro Real - Apuração de Dividendos via Juros Sobre Capital proprio Tema Juros sobre o capital próprio Palavras-chave Tributos, Imposto de Renda, Contribuição Social Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Conhecer esta forma de distribuição de dividendos e suas vantagens Calcular os limites legais permitidos para a modalidade Contabilizar e apurar impacto tributário dos JSCP Estrutura de Conteúdo 1. Juros sobre o capital próprio (cálculo e limites de utilização) Definição Criado pela Lei 9.249/95 e regulada através da Instrução 247/96 pela CVM, em resposta ao fim da correção monetária do balanço, que antes corrigia os direitos dos sócios, a distribuição de Juros Sobre o Capital Próprio (JSCP) é uma forma diferenciada de pagamento de dividendos aos acionistas, exclusiva do mercado brasileiro. Por isso, é visto não só como um mecanismo de desoneração tributária, mas também de captação de investidores estrangeiros por conta do seu ganho tributário que maximiza a margem de retorno dos investimentos. Vantagens tributárias em relação ao Dividendo em sua forma natural Quando uma empresa decide distribuir dividendos aos seus sócios/acionistas, em sua forma tradicional pela lei das S.A., a carga tributária é paga pela própria empresa, isto é, 34% considerando IRPJ e CSLL pelo lucro real. Ao optar substituir a distribuição de dividendos pela remuneração de juros sobre o capital próprio, as empresas poderão deduzir, para efeitos de apuração do Lucro Real e da Base de cálculo da CSLL, os juros pagos ou creditados, calculados sobre as contas do Patrimônio Líquido (PL) e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Sua maior vantagem então é transferir a incidência do Imposto de Renda da pessoa jurídica (empresa pagadora) para a pessoa física (acionista recebedor). Estamos falando então de substituição de uma carga de 34% de IRPJ + CSLL para uma alíquota fixa de 18% de IRPF (tributação exclusiva na fonte pagadora quando se trata de operação financeira ou equivalente). Isso porque o JSCP é registrado com despesa do exercício. O recolhimento do JSCP deverá ser realizado até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de ocorrência do fato gerador (crédito), através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) com o código de receita "5706". Calculo dos limites legais Para evitar fuga em massa de receitas tributárias, o art. 9º da lei 9.249/95 estabeleceu limites superiores para distribuição do JSCP, assim, a sua aplicabilidade deve atender aos seguintes requisitos: Aplicando-se a TJLP sobre as contas do Patrimônio Líquido, excluindo o valor registrado nas reservas de reavaliação e contas criadas após lei 11.638/07 (AAP, Reserva de Incentivos fiscais, dentre outras), pois se consideram parcelas ainda não realizadas. O valor que será distribuído por conta de JSCP também fica limitado ao maior valor entre: a)50% do lucro líquido do período de apuração antes da dedução desses juros, após a dedução da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e antes da provisão para o imposto de renda IRPJ; b)50% do somatório dos lucros acumulados e reservas de lucros. Porém, a conta de lucros acumulados foi extinta neste regime, deixando esta alternativa fora de questão. Registro dos eventos O registro de JSCP representa o reconhecimento de uma despesa figurativa, como se fosse o que deveria render o capital aplicado em uma carteira de investimento pré- fixada. Ficando da seguinte forma: D-Despesa financeira de JSCP C-Dividendos a pagar a acionistas Estratégias de Aprendizagem As estratégias de aprendizagem a serem aplicadas em cada aula devem ser adotadas de acordo com o conteúdo a ser trabalhado, desta forma visando obter com que a aprendizagem possa ser mais assimilada de forma otimizada pelos alunos. Caberá ao professor ter além do domínio das técnicas pedagógicas a sensibilidade de saber qual utiliza-la. Conforme Massetto (1997), as estratégias para a aprendizagem são definidas por um conjunto de disposições, de modo a favorecer o alcance dos objetivos educacionais pelo acadêmico. As estratégias de aprendizagem que buscam trabalhar o conhecimento estão pautadas no: Estudo de texto; Estudo dirigido; Mapa conceitual; Aulas expositivas dialogadas; Visitas técnicas; Estudo de caso. Quando se busca o desenvolvimento de habilidades as estratégias de aprendizagem a serem aplicadas são: Grupo de Observação e verbalização; Cenários simulados; Painel progressivo e Painel integrado; Grupos de oposição; Grupos de questionamentos; Seminários e Aulas práticas. Para trabalhar as atitudes dos acadêmicos em sala de aula o Professor pode estar utilizando como estratégia de aprendizagem o: Debate com posição diferente; Projetos de pesquisa; Relatórios fundamentados e Estágios. A melhor estratégia de aprendizagem é aquela que melhor se adeque ao perfil da disciplina, do conteúdo da aula, da turma e da didática do Docente. Indicação de Leitura Específica Livro proprietário da disciplina; ou Capitulo 31, pag. 698-710, de PEGAS, Paulo Henrique. Manual De Contabilidade Tributária. Aplicação: articulação teoria e prática Exercício 01: Consideramos aqui uma empresa com lucro de R$ 45.500.000,00 antes do cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio, da CSLL e da Provisão para IR. Capital - R$5.000.000,00 Reservas de Capital - R$100.000,00 Reservas de Reavaliação - R$495.549,99 Reservas de Lucros - R$60.143.612,01 Lucros Acumulados - R$1.500.000,00 Patrimônio Líquido = R$67.239.162,00 TJLP = 11,5% Apure o valor máximo a distribuir de JSCP. Exercício 02: Em conformidade com a legislação societária e para que se beneficie da dedutibilidade do valor do imposto de renda, devem as empresas de capital aberto contabilizar o pagamento dos juros sobre o capital próprio como: a) dividendos pagos, estornando para receita financeira na demonstração de resultados. b) destinação da conta de reserva de capital, revertendo o valor para resultado do exercício. c) despesas financeiras, revertendo o valor na última linha da demonstração de resultados. d) conta redutora do capital social, por tratar-se de remuneração para o acionista do capital emprestado. e) destinação de lucros acumulados sem transitar pela demonstração de resultados. Considerações Adicionais
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