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Fisiologia Bioeletrogênese

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Bioeletrogênese
O próprio coração gera potencial elétrico, o coração bate por si só, o sistema nervoso apenas vai modular a frequência dos batimentos, mandar o coração bater mais rápido ou mais devagar. Se o coração é retirado durante uma cirurgia ele continua batendo. 
Potencial de ação
Abre canal de sódio voltagem dependente, o sódio então entra na célula, a voltagem aumenta, fecha então o canal de sódio voltagem dependente, abre o canal de potássio, sai da célula potássio fazendo com que a voltagem caia. 
Potencial de repouso em rampa = potencial de repouso instável/não estável 
O potencial de ação encontrado no miocárdio ventricular tem-se o potencial de platô que é onde há uma anulação elétrica, quando o potássio está saindo, o cálcio está entrando, então em vez de descer ele fica quieto lá em cima.
Coração é um órgão propulsor, pois precisa pegar aquele volume sanguíneo e empurrar para dentro do sistema.
Há três tipos de tubos
- Sistema arterial = todo tubo e vaso que tem origem no coração e leva o volume sanguíneo para alguma parte do corpo. Ex.: artéria aorta que sai do ventrículo esquerdo e leva sangue oxigenado para o corpo/ artéria pulmonar que sai do ventrículo direito e leva sangue pobre em O2 para ser oxigenado nos pulmões. O Sistema arterial, portanto, é um sistema de distribuição do volume sanguíneo. 
-As paredes são mais rígidas, têm várias camadas de músculo, camada adventícia. Há bifurcações, os vasos vão ficar com calibre menor à medida que vão se ramificando, até chegar ao ponto onde o calibre do vaso é tão pequeno que é chamado de capilar. As hemácias/eritrócitos/glóbulos vermelhos eles “andam” nos capilares em fila indiana de tão pequeno que é a luz dos capilares, a parede dos capilares também são bem finas, formadas basicamente por uma única camada de célula e é nesse sistema capilar que há transferência de materiais. 
- Sistema venoso = depois que ocorre a transferência no tecido, os capilares vão se unindo formando as vênulas as quais já possuem uma parede mais grossa, mais espessa, o calibre também vai aumentando, então vão se formando pequenas vênulas, grandes vênulas, pequenas veias, grandes veias e então tem o retorno para o coração. O sistema venoso é o que traz de volta para o coração todo o volume sanguíneo.
As diferenças do sistema arterial e venoso não são apenas que um leva e outro traz, as paredes são diferentes. É do sistema venoso que se retira volume, é através do sistema venoso que se coloca o soro glicosado, pois ele é plástico, flexível e assim se adequa ao volume que está sendo colocado ou retirado.
A pressão é medida pelo sistema arterial, pois é o sistema que possui alta pressão, o sistema venoso possui baixa pressão. Essa pressão é a pressão gerada pelo ventrículo no momento da sístole/contração. Na medida da pressão observa-se a sístole (esvaziamento dos ventrículos) e diástole (relaxamento dos ventrículos). Resumindo: os sistemas arterial e venoso são diferentes em termos de organização anatômica, funcionamento e função.
Entre o átrio e ventrículo tem uma válvula, do lado esquerdo é a válvula bicúspide/mitral e do lado direito é a tricúspide.
Os dois volumes atriais e ventriculares são iguais, pois tem que ter sintonia tanto temporal quanto sintonia em volume.
O miocárdio do lado esquerdo é mais espesso, pois a pressão gerada pelo ventrículo esquerdo é maior onde o sangue tem que ser levado para todo o corpo, já o ventrículo direito não gera tanta pressão, pois o sangue será bombeado apenas para o pulmão e a resistência periférica é muito menor.
-Cordas tendíneas verdadeiras ligam o músculo papilar à válvula
-Cordas tendíneas falsas ligam o coração de um lado ao outro, também são responsáveis pela condução elétrica do coração (“fiação do coração”).
As válvulas impedem o retorno do fluxo sanguíneo. Quando o fluxo sanguíneo sai do átrio para o ventrículo não tem resistência, quando o sangue chega ao átrio o sangue já vai descendo direto para o ventrículo e então quando ocorre a contração ventricular o fluxo sobe para sair do ventrículo, e assim a válvula fecha. As válvulas não abrem para cima por conta das cordas tendíneas que seguram.
-A válvula bicúspide tem esse nome, pois há 2 válvulas, a tricúspide porque têm 3 válvulas. 
-As artérias também possuem válvulas as semilunares aórtica e pulmonar. 
Resumindo, as válvulas têm função de impedir o retorno do fluxo sanguíneo para dentro dos ventrículos.
Os batimentos cardíacos não dependem do sistema nervoso, o coração por si só já provem as contrações.
Coração miogênico independe de inervação extrínseca (inervação externa) para o início da excitação. Ocorre a excitação elétrica e logo após tem-se a contração.
Região especializada = região do marcapasso ou nodo sino atrial é a região onde a veia cava inferior e superior se encaixam no átrio direito. Região onde há um grupo de células diferenciadas (perderam a capacidade contrátil), mas possuem a capacidade de gerar impulso elétrico.
O start gerador desse impulso elétrico é essa região do marcapasso/nodo sino atrial, se houver lesão nessa região, seja lesão física ou morte celular, por exemplo, por falta de irrigação tem que haver uma intervenção; introdução de marcapasso artificial (é uma pequena placa de circuito com uma bateria, ou seja, há um tempo de vida, geralmente substitui-se o marcapasso quando tal atinge meia vida, não se espera acabar a bateria para trocar. 
Esse marcapasso vai literalmente dar pequenos choques, pequenos estímulos elétricos, é colocado na região do marcapasso natural/nodo sino atrial.
Há sincronia entre átrios e ventrículos. Primeiro os átrios contraem depois os ventrículos. A contração atrial é responsável por 30% do enchimento ventricular. 
As válvulas átrio ventriculares não oferecem resistência para passagem do sangue átrio ventrículo e por isso o átrio ao encher imediatamente o sangue já começa a escorrer para o ventrículo.
Mas a contração atrial é muito importante, pois ao ocorrer à contração o fluxo sanguíneo termina de preencher o ventrículo. 30% do enchimento ventricular ocorre devido a contração atrial. Em seguida tem a contração ventricular e então se tem a injeção desse sangue para as artérias. Mas tem que haver essa contração ordenada átrio ventricular. E uma coordenação sincronizada átrio/átrio e ventrículo/ventrículo, ambos os átrios contraem ao mesmo tempo, assim como ambos os ventrículos.
Região do marcapasso está presente apenas no átrio direito. No átrio direito é onde ocorre o start, mas ocorre essa contração atrial como um todo e depois a contração ventricular como um todo. E para isso é preciso uma malha/rede elétrica que vai transportar de maneira bastante eficiente esse impulso elétrico. As células cardíacas são ligadas fortemente, há junções GAP que são proteínas transmembrânicas que vão ligar citoplasma com citoplasma, há troca de íons. Só que se dependesse apenas dessas células não haveria sincronia e levaria mais tempo. Então em algum momento evolutivo apareceu essa malha elétrica onde o impulso elétrico corre e se espalha de maneira muito rápida. 
Entre átrio e ventrículo existe um isolamento elétrico.
Então no nodo sino atrial/região do marcapasso há a produção desse primeiro estímulo que vai contrair. Então ele percorre os átrios para depois chegar aos ventrículos e promover a contração ventricular. A contração não pode ser tudo de uma vez só, por isso existe um isolamento elétrico entre átrio e ventrículo. Somente em um ponto que ocorre a comunicação elétrica que é o nodo átrio ventricular.
 
Ocorre a despolarização no nodo sino atrial, essa despolarização então percorre os átrios e ai ocorre a contração, no momento da despolarização atrial, ao mesmo tempo já vai chegando no nodo átrio ventricular.
 
Ao chegar ao nodo átrio ventricular o impulso então desce para o ventrículo e se encaixa no septo intraventricular pelos feixes de His, tais feixes descem até a parte basal doventrículo e depois sobem pela lateral. OBS: os ventrículos contraem de baixo para cima, assim, para empurrar o volume sanguíneo para suas respectivas artérias.
O nodo sino atrial despolariza por si só, essa despolarização então começa a migrar pela parte atrial, e onde ela passa, depois do impulso elétrico vem a contração muscular. 
Pelo ventrículo ser mais robusto, miocárdio bem espesso, a malha elétrica então também será mais intricada e robusta no ventrículo do que no átrio. Os átrios são mais simples, a parede é bem mais delgada.
Todo o átrio despolarizando, o nodo átrio ventricular então começa a despolarizar, pois o impulso elétrico chegou nele. Não há passagem de impulso elétrico para os ventrículos, em seguida ocorre despolarização do septo intraventricular, chega à base, sobe pela lateral o que causa despolarização ventricular e consequentemente contração.
Legenda das imagens 
Roxo = despolarização, início de uma contração.
-Todo esse processo ocorre em 125 milisegundos. Na realidade mais rápido, em aproxidamente ¼ de segundo tem-se a produção e propagação desse impulso elétrico no coração.
-Uma pessoa tranquila tem em média 80 batimentos por minuto.
-Há um retardo na propagação no nodo átrio ventricular descendo, para ter esse tempo entre a contração atrial e contração ventricular há retardo nessa propagação no nodo átrio ventricular. Esse retardo é devido a uma diminuição do diâmetro das fibras intermodais e com a diminuição da fibra há aumento da resistência e a resistência trabalha contra a propagação. E esse retardo ocorre justamente para haver uma sincronia.
Período refratário = período necessário para organizar a casa. Ocorre depois da hiperpolarização. Por mais que haja um estímulo, não é possível deflagrar um potencial de ação.
.Deflagração de potencial de ação = há um determinado estímulo, pode ser um neurotransmissor acoplando-se ao receptor, esse receptor provavelmente um canal, abre, permitindo a entrada de sódio rapidamente dentro do nervo, esse sódio que entra altera rapidamente a voltagem da membrana, por mais que seja uma pequena alteração, é suficiente para abrir um outro tipo canal que é chamado voltagem potencial limiar, que é a voltagem necessária para abrir os canais de sódio voltagem dependente. Abre então o canal de sódio, sódio entra na célula, há uma alteração rápida da voltagem, então o canal fecha, abre o canal de potássio, potássio sai da célula e então há o retorno da voltagem da membrana, ocorre a hiperpolarização, em seguida vem o período refratário pra organizar a bagunça que aconteceu. 
.Aquele sódio que entrou tem que sair, aquele potássio que saiu tem que entrar. A bomba de sódio/potássio ATPease está sempre trabalhando, ela não para. O negócio é que a entrada de potássio e de sódio é tão grande que vira tudo uma bagunça e depois que os canais fecham, a bomba que já estava trabalhando, continua seu trabalho, é o período necessário que ela precisa para pegar o sódio que entrou e colocar pra fora, pegar potássio que saiu e colocar para dentro, para novamente ter uma célula polarizada.
Como há um período refratário maior, então há duração de organização bem maior também, tem uma duração maior até o próximo estímulo, por isso retarda tudo, para dar tempo do átrio ser estimulado, ser despolarizado e contrair e o ventrículo depois ser despolarizado e contrair. Por isso esse retardo é necessário. Esse retardo então se dá por diâmetro menor das fibras internodais na porção penetrante do feixe átrio ventricular, para que assim, o impulso elétrico não passe rápido e esse período refratário também é maior.
Potencial de ação de nervo
Exemplos de células polarizadas = músculos e nervos 
Célula polarizada = célula que consegue criar uma diferença de potencial. Essas células têm bombas de sódio/potássio ATPase, essas bombas criam uma diferença eletroquímica. 
O que a bomba vai fazer é jogar o sódio para fora da célula e o potássio para dentro. Ela trabalha dessa forma e ao longo de um tempo trabalhando tem muito sódio fora da célula e muito potássio dentro da célula, ou seja, ela trabalha contra o equilíbrio eletroquímico criando uma diferença e isso é uma célula polarizada.
OBS: Por isso quando se tem aquela subida rápida de sódio diz-se despolarização.
O potencial de repouso é estável, ou seja, ele mantem a voltagem ao longo do tempo, só é alterado se acontecer algum evento. Como por ex.: a ligação de um neurotransmissor. Um neurotransmissor se liga a um receptor na célula e assim o receptor se abre momentaneamente, como tem mais sódio do lado de fora do que do lado de dentro e a tendência é sempre chegar ao equilíbrio, um pouco de sódio acaba entrando na célula e esse pouco que entrou já é suficiente para ter essa pequena alteração de voltagem e o eletrodo que monitora a voltagem da membrana percebe isso (se entrou um pouco de sódio) é possível perceber essa alteração da voltagem.
Essa alteração também já é suficiente para ativar outro tipo de canal: canal voltagem dependente (depende de voltagem para abrir), essa voltagem que abre os canais voltagem dependentes é aquela chamada potencial limiar. E então quando aquele pouquinho de sódio entra causa a alteração na voltagem e ativa/abre esses canais. O primeiro a ser aberto é o canal de sódio voltagem dependente (permite a passagem de sódio), como tem mais sódio fora da célula, a tendência é entrar sódio através do canal e em termos elétricos a voltagem sobe, pois o sódio leva carga para dentro da célula. 
OBS: o canal de sódio tem uma porta em cima e uma em baixo, quando está em potencial de repouso a porta de cima fica fechada, quando o canal é ativado (atinge o potencial limiar) a porta de cima abre e ai o sódio entra para dentro da célula. Quase ao mesmo tempo a porta de baixo começa a fechar e o sódio então para de entrar, ou seja, a mesma voltagem que abre a de cima, fecha a porta de baixo, só que a de cima é mais rápido e a de baixo é mais devagar. E é por isso que quando se fala que chegou lá em cima fecha-se os canais de sódio. 
E então entram em cena os canais de potássio voltagem dependentes: esses são muito mais devagar. Ao mesmo tempo em que aquela voltagem ativa os canais de sódio voltagem dependente ela ativa também os canais de potássio voltagem dependentes, mas eles são bem preguiçosos, por isso só começam a ser realmente ativados depois que os canais de sódio já fecharam. Por ter mais potássio dentro e fora da célula bem menos, os potássios tendem a sair da célula e como os potássios têm carga e eles estão saindo da célula, há o retorno da voltagem. Ás vezes, sai até mais do que devia e ai tem um momento de hiperpolarização, mas a bomba de sódio/potássio ATPase resolve isso trazendo o potencial de repouso original.
Músculo cardíaco
O registro elétrico do marcapasso/nodo sino atrial é diferente de um registro elétrico do miocárdio ventricular que é um pouco diferente do registro elétrico do átrio.
-O átrio é um pouco parecido com o do ventrículo, porém, o ventrículo é mais duradouro e a fase II, que é a fase de Platô, é bem mais pronunciada.
-O do sino atrial é bem diferente, não tem quase nada a ver com o músculo ventricular e atrial. 
OBS: se compilar tudo em um único sinal, se tem o chamado sinal complexo (palavra que vem de vários que são complexados em um) que é o eletrocardiograma que é um registro elétrico do coração como um todo.
 
-Nosso corpo é formado por água e sais, que por sinal é um ótimo condutor elétrico.
-Para se obter o eletrocardiograma, coloca uma geleia de platina rica em sais para promover melhor contato elétrico com a pele, coloca isso num amplificador, depois filtra esse sinal e então se tem esse registro. Então um eletrocardiograma é a compilação de todos os registros elétricos que fazem parte do coração.
O registro elétrico do sino atrial/região do marcapasso = o potencial de repouso não-estável (instável), não se tem momento de estabilidade como num nervo (onervo só se altera se ocorrer um evento) já o do sino atrial ele terminou, e não fica estável, já começa a subir novamente. 
Isso ocorre, pois, voltando para a célula, para a bomba de sódio/potássio ATPase, se tem muito sódio fora da célula e muito potássio dentro da célula, se tem também a bomba de cálcio que coloca cálcio para fora (assim = mais cálcio fora da célula) e então começa a ocorre vazamentos por canais de vazamentos que são proteínas transmembrânicas (transmembrânica porque ela percorre a membrana toda), são canais que não têm portas/comportas de ativação ou desativação, são simplesmente canais que permitem o vazamento e trabalham contra a bomba, se tem mais sódio do lado de fora, ele tende a entrar, se tem mais potássio dentro, ele começa a sair, só porque existem os canais de vazamento, também tem canal de vazamento para o cálcio e o cálcio tende a entrar. E todos trazem carga (Ca = +2/Na = +/K= +).
Por mais que a bomba esteja trabalhando, há esses canais que permitem o vazamento e esses canais trabalham contra o equilíbrio químico. O que significa que por mais que a bomba trabalhe está sempre entrando sódio, sempre saindo potássio, sempre entrando cálcio e isso que vai conferir essa instabilidade (não estabilidade) do potencial de repouso. Ele sempre estará tendendo a subir aos poucos, ficando menos eletronegativo. Ao longo do tempo, ele vai ficando menos eletronegativo. Até chegar ao ponto do potencial limiar que é a voltagem correta para abrir os canais de cálcio voltagem dependente. E o cálcio que está muito concentrado do lado de fora, tende a entrar de vez e é por isso que tem uma rápida deflagração desse potencial. Em seguida os canais de cálcio fecham, os canais de potássio abrem e ai o potássio que está mais concentrado do lado de dentro tende a sair pelos canais de cálcio voltagem dependentes e ai traz de novo o potencial pra baixo. E a bomba está sempre trabalhando, acontece que isso é tão rápido, que são tantos canais abrindo que a bomba não dá conta, por isso, percebe-se essa rápida mudança e uma vez que você volta ao potencial original (-60), os canais de vazamentos também estão presentes sempre vazando (por isso a instabilidade). Em alguns livros esse potencial não estável é chamado potencial de rampa. 
Outra diferença é quando você compara com nervo que a deflagração do potencial de ação aqui se deve basicamente por canais de cálcio voltagem dependentes, ou seja, a entrada do cálcio que causa essa deflagração do potencial de ação. A despolarização é espontânea. 
 Legenda: voltagem (EIXO Y) / tempo (EIXO X)
-No potencial de rampa tem a entrada de sódio, potássio, cálcio por canais de vazamento (despolarização lenta).
-Depois que chega ao potencial limiar você ativa os canais de cálcio voltagem dependentes, observa-se então a entrada do cálcio (despolarização rápida/ abrupta).
-E o fechamento dos canais de cálcio voltagem dependentes, abertura dos canais de potássio voltagem dependentes e o potássio tende a sair (repolarização). 
Imagem que não tem no slide 
Pontilhado = potencial de rampa
Tem dois momentos fisiológicos 
1º - Quando se tem uma ativação simpática, por ex.: levar um susto, o coração aumenta a frequência cardíaca (bate mais rápido). Então se tem um aumento da inclinação da rampa. 
2º - Quando se tem estimulação parassimpática (estimulou o nervo vago) se tem a diminuição da inclinação da rampa. 
Potencial de Rampa/Despolarização Lenta = potencial não estável e isso se deve ao fato da presença de canais de vazamento que estão sempre abertos e permitem o vazamento constante de íons como sódio, cálcio e potássio e tais íons deixam ao longo do tempo esse potencial menos eletronegativo. A despolarização lenta é por conta da entrada de cálcio, saída de potássio e entrada de sódio, simplesmente por causa da presença de canais de vazamento. Esse vazamento é a favor do equilíbrio eletroquímico. Tem muito mais cálcio fora do que dentro, então se o canal está aberto, o cálcio entra, tem muito mais potássio dentro do que fora, se existe um canal de vazamento, o potássio sai, o mesmo com o sódio, a bomba sempre joga ele pra fora, com o canal de vazamento, o sódio entra.
Potencial de Rampa = potencial não estável por causa dos canais de vazamento de íons, isso ocorre até chegar o momento numa voltagem chamada potencial limiar.
Potencial limiar é a voltagem que abre os canais voltagem dependente. Esses canais são proteínas transmembrânicas, bem grandes que possui várias subunidades, um pedaço dela fica dentro da célula e outro pedaço fica fora da célula, quando ocorre a alteração de voltagem da membrana ela muda sua conformação, a quantidade de íons que entrou foi o suficiente para alterar a conformação dessa proteína (canal voltagem dependente), e essa nova conformação permite a permeação de cálcio. A despolarização rápida na região do marcapasso/nodo sino atrial se deve a entrada de cálcio, depois tem o fechamento de algum canal em cima. Também tem o canal de potássio que é bem lento, ele modifica sua conformação com a mesma voltagem do canal de cálcio, só que ele é muito mais lento para abrir. Então quando o cálcio está fechando, o potássio começa a abrir. O potássio começa a sair e acaba levando carga com ele, pois ele é um íon e ao observar os milivolts se percebe que há uma tendência a voltar a seu potencial de repouso.
Como uma estimulação simpática ou parassimpática altera a frequência cardíaca?
Cada despolarização que ocorre gera um batimento cardíaco. Tem a despolarização nesse momento (no marcapasso) que vai se propagar pelo átrio promovendo a contração e depois se propaga pelo ventrículo promovendo a contração. Essa despolarização que ocorreu então que é responsável pelo ciclo do batimento cardíaco. Quando se observa várias despolarizações quer dizer vários batimentos cardíacos.
Quando o indivíduo está normal 80-85 batimentos por minuto e então leva um susto, o que acontece é o aumento da frequência cardíaca, ou seja, ocorre uma rápida taquicardia. O sistema nervoso que vai modular essa frequência, ele libera adrenalina. Agora, como que a adrenalina vai alterar a frequência cardíaca? Ela vai alterar justamente na inclinação da rampa.
OBS: o coração tem inervação simpática e parassimpática. A cadeia simpática (sino atrial, átrio ventricular e também musculatura ventricular), já a inervação parassimpática (então tem basicamente o nervo vago = 10º par de nervos cranianos; principal via parassimpática e é o único nervo craniano que desce e vai se ramificando em toda parte torácica e visceral/abdominal). Muitos livros trazem como estimulação vagal, pois é a principal via parassimpática.
Então a inervação parassimpática ocorre no nodo sino atrial e também no nodo átrio ventricular, mas ela não está no ventrículo. Têm dois momentos, o momento em que você está em repouso a despolarização é lenta por deflagração do potencial de ação, então nesse período você têm dois batimentos cardíacos. Agora quando você tem uma estimulação simpática o que acontece com a rampa é que ela fica mais inclinada, em termos fisiológicos isso significa que o período de tempo pra atingir o potencial limiar é bem menor, se a rampa está mais inclinada, eu chego ao potencial limiar muito mais rápido. No mesmo intervalo de tempo, se eu chego mais rápido, tem mais deflagração por potencial de ação, por isso tem mais batimentos cardíacos num mesmo intervalo de tempo quando comparado em repouso. 
Então a ativação simpática eleva a rampa e ao elevar a rampa, chega muito mais rápido no potencial limiar, lembrando que a rampa está por conta de canais de vazamento, e tem que fazer algo para alterar esse canal de vazamento, nesse caso vai aumentar a permeação de íons, principalmente de cálcio e sódio. 
O que acontece é que tem a estimulação simpática e a liberação de noradrenalina ou pela medula adrenal, a liberação de adrenalina que se ligará a beta receptores que irão promover o aumento da entrada de cálcio e de sódio, assim deixandoa célula menos eletronegativa e despolarizando mais rapidamente. 
Como? Eles (entrada de cálcio e sódio) promovem a alteração do canal, através de uma cascata de reações aumenta o AMP cíclico através de ATP que vai ativar por sua vez uma proteína quinase que vai fosforilar esses dois canais, e ao fazer isso, vai mudar a conformação deles e ampliando a passagem de sódio e de cálcio. Então vai aumentar a vazão de sódio e de cálcio para dentro e se estou trazendo mais íons para dentro da célula mais rapidamente, ela fica menos eletronegativa, vai despolarizando mais rapidamente.
Então a noradrenalina ao se ligar aos beta receptores e esses ao promover um conjunto de reações que leva a formação de cAMP a partir de ATP, ativa essa adenilato clicase que por sua vez vai ativar proteína quinase que vai fosforilar esses dois canais que vai permitir o influxo de cálcio e sódio e com isso tem a entrada de mais cálcio e sódio e isso são os canais de vazamento e com a entrada desses íons a rampa fica mais inclinada, então aumenta a despolarização e consequentemente aumenta frequência cardíaca. 
A inervação simpática também está no músculo cardíaco. Quando se tem uma estimulação simpática, além de aumentar a frequência, aumenta também a força de contração.
OBS: tem inervação simpática no músculo ventricular.
O aumento da força de contração é basicamente o que acontece para aumentar a frequência cardíaca até a parte onde a proteína quinase fosforila os dois canais na membrana da célula permitindo a entrada de cálcio e sódio no citoplasma, mas o que acontece depois é que tem o retículo sarcoplasmático dentro da célula cardíaca que também guarda cálcio e a proteína quinase também irá fosforilar este canal, então vai permitir a entrada de cálcio, pois tem muito mais cálcio dentro do retículo do que no citoplasma disponível e o cálcio é necessário para a contração. Uma vez que se disponibiliza o cálcio tem uma contração mais forte.
Isso também estimula a bomba de cálcio ATPase, pois uma vez que esse cálcio sai, ele é complexado, mas depois da contração esse cálcio é liberado e ai ele é jogado para dentro mais rapidamente, porque tem que ter uma segunda contração, então você libera o cálcio e depois coloca mais pra dentro. É um processo extremamente rápido.

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