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A Aprendizagem Significativa e a Teoria da Assimilação Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Profa: Ana Paula Chaves ENSINO E APRENDIZAGEM Aprendizagem Significativa D. Ausubel: “Seu interesse centra-se na análise das características dos diversos tipos de aprendizagem que se produzem especificamente no contexto escolar a partir de suas potencialidades para construir conhecimentos com significado para os alunos”(pag. 61). Dimensões da Aprendizagem Aprendizagem significativa: quando a nova informação se relaciona de maneira significativa (não-arbitrária) com os conhecimentos que o aluno já tem, produzindo-se uma transformação no conhecimento. Aprendizagem repetitiva: quando se estabelece associações arbitrárias, literais entre os conhecimentos prévios do aluno e o novo conteúdo apresentado. Ambas fazem parte de um contínuo. (Aprendizagem). Apresentação do Conteúdo Aprendizagem por descoberta: quando o conteúdo a ser aprendido não se apresenta ao aluno, mas tem que ser descoberto por esse antes de ser assimilado à estrutura cognitiva. Aprendizagem por recepção: quando o conteúdo é apresentado ao aluno em sua forma final, acabado, sem que exija uma descoberta prévia à compreensão. Ambas fazem parte de um contínuo. (Ensino). (Vide figura 3.1, pag. 62). Teoria da Assimilação Três condições básicas para que aconteça a aprendizagem significativa: Necessidade de que o novo material a ser aprendido seja potencialmente significativo do ponto de vista lógico; O aluno deve ter conhecimentos prévios que sirvam de apoio substancial para assimilação do novo; O aluno precisa querer aprender de modo significativo. A Aprendizagem Significativa “A aprendizagem significativa se produzirá na proporção em que esses dois aspectos se ajustem entre si. O significado lógico do material é apenas potencialmente significativo. De fato, para transformar-se em significado psicológico tem de se produzir um encaixe particular, diferente em cada aluno, com seus conhecimentos prévios, transformando-se, ambos – o conhecimento prévio e o novo material -, em processo de aprendizagem” (pag. 63). Destaque ao papel nuclear do aluno, no sentido de querer compreender o novo, estabelecendo relações entre este e o conhecimento prévio. Processos de Assimilação “Nesse processo interativo transforma-se tanto o novo conhecimento quanto o conceito inclusor, produzindo-se um novo significado, fruto da interação entre ambos. O inclusor muda pela incorporação do novo material, e esse, por sua vez, se modifica pelo efeito do inclusor que lhe serve de ancoragem, no que constitui uma verdadeira assimilação entre os significados novos e os prévios, ocorrendo a aprendizagem significativa e o fenômeno da inclusão obliterativa – depois de certo tempo seria impossível recordar a informação tal como foi aprendida inicialmente” (pag. 64). Funcionalidade da aprendizagem: a modificação que acontece nos inclusores aumenta a potencialidade da estrutura cognitiva para incorporar novas informações e continuar aprendendo. Esquecimento Ausubel admite dois tipos de esquecimento: Pela aprendizagem repetitiva ou memorística, que perde a lembrança com o passar do tempo. Pela inclusão obliterativa, que impede a lembrança da informação tal qual foi passada pela primeira vez, devido às transformações ocorridas. Estrutura Cognitiva Organização hierárquica: relação de subordinação entre os conceitos partindo dos mais gerais para os mais específicos. Obedecendo ao processo de diferenciação progressiva. Reconciliação integradora – reorganização da hierarquia considerando relações entre as informações e outros elementos e significados. Aprendizagens supra-ordenandas e combinatórias. “O que se observa são processos de interação entre os novos conhecimentos e aqueles já adquiridos pelo aluno, que dotam de um novo significado tanto o conteúdo aprendido como o que o aluno já sabia. Quanto mais substanciais são as relações entre o novo e o dado, quanto maior for a transformação que suponha a aprendizagem, mais difícil será que seja esquecida” (pag. 64). PENSAR + AGIR + SENTIR! Referência Bibliográfica COLL, MARCHESI, PALACIOS e cols “Desenvolvimento Psicológico e Educação”. Porto Alegre, Artmed, 2004. Cap. 3.
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