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AULAS MICRO PR2 (2)

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AULA 8 – PR2
Bactérias anaeróbias: infecções endógenas, tétano e botulismo
Classificação
- Quanto à coloração
Gram
Giemsa
Ziehl-Nielsen
- Quanto à forma
Cocos, bacilos, fusos, espiroquetas 
- Quanto à atmosfera para o cultivo
Aeróbios estritos
Facultativos
Anaeróbios estritos
Capnofílicos 
Microaerófilos
Histórico
- Leeuwenhoek em 1680: “animalculus que cresciam na ausência de ar”
- Pasteur ~1850: identificou a fermentação butírica na ausência de O2 pelo Vibrion butyrique (Clostridium butyricum)
- Miller, Vincent, Veillon, Prévot etc - séc XIX: descreveram patologias com a participação de anaeróbios
- Meleney et al. e Altemier - ~1930: alta freqüência de bactérias anaeróbias no exsudato de periodontites
- Moore em 1966: melhoria dos métodos de cultivo, isolamento e identificação de anaeróbios
- Finegold ,S. - 1970: introdução da rotina para identificação de infecções por bactérias anaeróbias em hospitais
- Sundqvist em 1976: estabelece a importância das bactérias anaeróbias em infecções endodônticas
- Sundqvist, Sockransky, entre outros - ‘80 - ’90: grupos bacterianos anaeróbios para o estabelecimento da doença(periodontite e infecção endodôntica)
Importância Médica e Odontológica
Produtores de Exotoxinas - bacilos esporulados 
Gênero: Clostridium – infecções exógenas e endógenas
- C. tetani –neurotoxina – SNC – tétano
contrações musculares espasmódicas – trismo 
	(vacina / soro) 
- C. botulinum – neurotoxina – sinapses (bloqueio da liberação de acetilcolina) – botulismo–intoxicação alimentar.
paralisia flácida (botox)
- C. perfringens – toxinas e enzimas – destroemtecidos 
	gangrena gasosa, intoxicação alimentar
- C. difficile – citotoxinas – colite pseudomembranosa – ativaçãopelo uso de antibióticos.
Outros microrganismos não esporulados 
Bacteroides, Treponema, Fusobacterium, Porphyromonas, Prevotella 
- Infecções endógenas mistas
- Abscessos
- Infecções abdominais
- Infecções orais
- Infecções de submucosa
Os anaeróbios patogênicos são geralmente constituintes da microbiota anfibiôntica humana (boca, cólon, vagina e pele). Infecções endógenas
Gram-negativas
Bacilos: Bacteroides, Fusobacterium,Prevotella, Porphyromonas, Campylobacter
Cocos: Veillonella
Gram-positivas
Bacilos: Eubacterium,Propionibacterium,Actinomyces
Cocos: Peptostreptococcus, Peptococcus
Bacteroides fragilis
- Bacilos Gram negativos
- Abscessos intra-abdominais, peritonite, apendicite
- Resistentes aos antibióticos beta-lactâmicos (penicilina, cefalosporinas) 
- Produtoras de beta-lactamases
Dados clínicos que sugerem a possibilidade de infecções por anaeróbios
- Secreção fétida
- Infecção localizada próximo à superfície mucosa
- Presença de tecido necrosado, gangrena ou pseudomembrana
- Presença de gás nos tecidos ou em secreções
- Endocardite onde não se obtém hemocultura positiva
- Infecção associada a tumor maligno ou ampla destruição tecidual
- Infecção agravada ou surgida após uso de aminoglicosídeos
- Tromboflebite séptica
- Bacteremia associada à icterícia
- Infecção associadas a mordidas
- Presença de “grânulos de enxofre” nas secreções ou lesões (actinomicose)
- Aborto séptico ou trauma com infecção abdominal
Diagnóstico e Identificação
- Coleta
- Transporte
	VMGA III
Tioglicolato de sódio
	PRAS
	Jarra de anaerobiose
Cultivo e Manipulação
Jarra ou câmara de anaerobiose
Meios ricos e seletivos
Sumário sobre as infecções por bactérias anaeróbias
- As infecções causadas por Clostridium geralmente são de natureza exógena.
- As infecções endógenas são causadas por bactérias da microbiota anfibiôntica do próprio indivíduo.
- Geralmente levam à formação de abscessos, necrosetecidual e produção de gases de odor fétido.
- Sempre que possível deve ser feita a drenagemcirúrgica do abscesso e desbridamento do tecido necrosado.
- A antibioticoterapia pode ser bastante complexa no tratamento das infecções por Bacteroides e eventualmente nas causadas por espécies dos gêneros Prevotella e Fusobacterium.
Sumário sobre as infecções por bactérias anaeróbias
- O uso de antibióticos como os aminoglicosídeos,sulfametoxazol-trimetropin,quinolonas, eritromicina e tetraciclinas podemfavorecer infecções por anaeróbios.
- Os antibióticos mais eficazesnas infecções por anaeróbiossão: metronidazol, clindamicinae cloranfenicol (hidrolisado e tópico)
AULA 9
Bactérias associadas às doenças sexualmente transmitidas (DST)
DSTs: etiologia (o agente infeccioso envolvido) é majoritariamente bactéria, 2 plano vírus e 3 lugar protozoários. 
Infecção herpética: causada por herpes vírus, também são doenças de transmissão sexual, de natureza viral. 
Papiloma vírus (HPV): infecção genital de um modo geral (em casos masculinos casos peniano de pele), não apenas câncer de colo uterino. 
1Sífilisé causada pelo treponema pallidum. A questão de sífilis não é o problema ligado a gravidade da doença, e sim a falta de informação a respeito da doença. Porque uma fez feito o diagnosticado e totalmente simples de se tratar. A não tratada, a não diagnosticada e principalmente a não reconhecida pelo paciente é extremamente séria. Pertence ao gênero treponema o agente etiológica da sífilis e tb da leptospirose .
Características morfológicas do agente etiológico: Os microorganismos do gênero treponema pertencem a um tipo especial de morfologia bacteriana que e um microorganismo espiralado, faz parte do grupo dos espiroquetas ( espiro- helicoidal queta- anéis, anel em espiral), é nesse grupo que se insere o treponema pallidum. O treponema pallidum não é cultivado em meio de cultura, apenas 2 microorganismo preenchem essa característica: ele e mycobacterium leprae, exemplos de bactérias que não conseguem ser cultivados. Diagnóstico: Característica importante, pq não existe cultura e desenvolvimento do microorganismo para posterior estudo. OBS: leptospira e treponema são idênticos. O movimento que eles têm é igual à saca rolha, e é assim que invadem o hospedeiro, conseguem porque todos eles têm proteínas contrateis que tem a capacidade de contrair e distender, e então isso faz o microorganismo girar num eixo helicoidal, e é isso que ele usa para penetrar na mucosa do hospedeiro. 
A doença: O grande problema da sífilis não é a gravidade da doença e sim falta de informação. A sífilis é uma DST e normalmente como toda DST o primeiro sinal clínico é genital, sífilis começa com uma lesão genital com características próprias, aparecem 7 a 10 dias depois da infecção. Lesão que poderá ser vulvar, peniana, vaginal, em mucosa anal, mucosa perianal, oral, aparece no ponto de entrada do microorganismo, contaminado por alguma razão seu microorganismo chegou e penetrou graças ao seu movimento. Característica da lesão-> lesão superficial, não é secretória, não tem pus, não incomoda, por ser muito superficial ela é indolor. LESAO DE SÍFILIS É INDOLOR! Lesão que se o paciente não ver ele não percebe. Essa lesão vai ficar umas 2, 3 semanas e desaparece espontaneamente, é autolimitada. Desaparece porque o microorganismo vai penetrar no tecido profundo, vai atingir drenagem linfática e tomar outros rumos. Essa fase da sífilis é chamada Sífilis Primária, onde se tem uma lesão indolor e que desaparece espontaneamente. Essa lesão é de característica tão própria que é chamada de cancro duro. Paciente que viu e não tomou providencia ou que não viu, vai passar sem nenhum tipo de tratamento. 
OBS: Cancro duro -> cancro =é sinônimo de ferida, lesão. Duro= a lesão possui bordas consistente a palpação. O cancro duro é característico de sífilis primária e ele desaparece ao longo de 2, 3 semanas. 
Espalhada, mole-> cancro mole. 
Essa lesão (cancro duro) é o local único onde o agente etiológico está, em nenhum outro lugar apenas ali, por isso quando ele penetrar notecido profundo vai desaparecer. Mas é a fonte de propagação da doença, pq essa ferida é altamente infectante, e essa lesão aconteceu por causa dessa mucosa antes sadia que teve contato com uma mucosa que tinha uma lesão dessa. Então a propagação se dá nessa fase pelo contato mucosa- mucosa com uma lesão pré-existente. A lesão não e simplesmente genital, qualquer mucosa é permissível a penetração do treponema. O cancro labial é menos frequente que o cancro interno de cavidade oral. A mucosa labial é extremamente resistente.
Infecção secundária-> aprofundamento da lesão, portanto ficará dolorosa. 
Lesão inicial-> Herpes, candidíase, afta, trauma, cancro duro-> lesões que podem ser confundidas. 
Lesão de pele->é uma barreira impenetrável, entretanto qualquer microlesão é a porta de entrada para microorganismo (depilação, corte na hora de fazer barba). 
Toda essa rede de lesões pode estar não visível, qualquer mucosa é complacente ao aparecimento da lesão, lesão de colo uterino, lesão anal perianal não é vista pelo paciente, não é sensível-> passa essa fase. 
Diagnóstico de Sífilis 1-> Raspagem da lesão -> impregnação por nitrato de prata (bacterioscopia). Pode usar anticorpos fluorescentes.
Se não foi diagnosticado e nem tratado: Daí 1 mês, ou um pouco tempo + prolongado repente estado febril, cansaço e rubéolas sifilíticas ( caracteriza a sífilis secundária). Geralmente a lesão é no rosto e no tronco. Essas lesões tb tem o treponema mas em menos numero que o cancro duro. Ela aparece porque o cancro secou, o treponema segue a drenagem linfática e se espalha e vai dar em principio infarto ganglionar começando com infartamento satélite (cancro oral começa com a cabeça). Paciente terá febre, são extremamente doloridos esses gânglios, e surgem as roséolas no tronco. Essas lesões têm o treponema, mas a bacterioscopia não é a solução mais indicada para esse caso. Ë sim o aproveitamento da resposta imune já circulação dos microorganismos e que dá o diagnóstico sorológico da sífilis. 1 delas-> teste conhecido VDRL ( teste sorológico extremamente sensível, barato, objetivo e rápido , e vai detectar a presença de anticorpos anti-treponema pallidum). Teste baseado em florescência, anticorpos fluorescente -> FTA/ABS. Nessa 2 fase da sífilis, a fase, mal estar , prostração , lesão -> vai sumir. O paciente sifilítico não tratado vai poder em alguns casos, vai passar anos assintomático. A transmissão só vai ser possível por mucosa – cancro duro, roseola- e transmissível em nível muito discreto. A única forma realmente significativa é a partir do cancro duro, a não ser transfusão sanguínea. A forma de transmissão transfusional, não existe mais porque o treponema pallidum é uma das bactérias mais sensíveis que existe, e não resiste ao estoque de sangue, deixou de existir, mas já foi significativa. As 2 fases falada-. Tratada facilmente com penincilina. 
Obs: As roséolas quando em região úmida ( cavidade oral) ou de forte atrito ( entre seios, sulco interglúteo), pode levar a degeneração visual daquilo que é a roséola e que se chama de condiloma plano. 
Roseola plana da mão e na planta do pé-> sífilis. E a única doença que manifestações cutâneas aparecem na palma das mãos e planta dos pés. É quase patognomônico. -> secundário
Anos assintomático-> ate que aparece anormalidades ósseas, neurológicas (sífilis tardia ou terciária ou tb Sífilis neurológica). O intervalo em sífilis 2 e sífilis terciária, é longo e conhecido como sífilis latente, em que o individuo só percebe no VDRL. O diagnóstico é sorológico e eventualmente bacterioscopia.
Obs: Na degeneração da sífilis 3 começa aparecer formações granulomatosa inclusive em tecido subcutâneo em partes moles.
Obs: não reverte uma lesão óssea, mas impede que o paciente progrida e continue sendo eventualmente um transmissor. Quem é alérgico a penicilina tem uma gama enorme de recursos antimicrobianos que agem. 
GESTANTE-> única bactéria capaz de transpor a barreira placentária, por isso risco alto. 15, 16 -> implantação placentária – treponema passa e quando isso acontece. Mesmo tendo gestação – mame sifilítica declarada, o tratamento vai permitir o crescimento a termo com bebe saudável, porque a sífilis é tratável. 
Evolução da sífilis-> cancro involui-> e vai aparecer a lesão cutânea de sífilis 2 ( ou seja, sai da pele e volta pra pele, ou seja, passou por dentro,quando passou por dentro se tiver placenta bateu la e como a placenta deixa ela passa). Casos de sífilis em período gestacional em que há evolução da 1 para 2 -> + de 90% dos casos vai ter contato do treponema com o feto. A mãe com sífilis latente. Institui-se, portanto o VDRL como teste pré-natal fundamental. Detectou – gestação bem. Quando não acontece- Sífilis congênita vai desde o feto nasce morto ou as possibilidades de ter morte na 1 infancia ou sobrevida com uma serie de deficiências vai depender muito do contato treponema com a estrutura embrionária do feto, entre as + características vão aparecer em cabeça e cavidade oral. Atenção: Acontece ainda em lugares carentes. Na 1 fase-> deformação na configuração anatômica dos dentes ( principalmente incisivos e caninos). Abaixo
Sinais primários da sífilis:
Dentição ou dentede Hutchinson, os dentes incisivos são em forma de w, de v ou com um formato de ângulos retos. É chamado de tríade de Hutchinson quando está associado à cegueira (lesão ocular) e surdez por lesão do oitavo par. Esse formato de dente é um sinal patognomônico da sífilis congênita. Atenção a tríade não é patognomônico, e não é porque rubéola congênita tb da lesão auditiva, toxoplasmose tb da lesão ocular.
O dente em amora, ou seja, multifacetado (dente molar) também é sinal patognomônico da sífilis congênita. Isso só aparece em sífilis congênita.
A perfuração do palato e fenda labial são também comum, mas não são sinais patognomônicos da sífilis congênita. Pediatra viu isso vai pedir a mãe exame para sífilis latente, por quê? E o reconhecimento e principalmente do próximo filho. Fenda labial com frequencia acompanhando a perfuração do palato.
Pode haver peito de pombo e nariz em sela, onde se tem uma concavidade na formação do osso nasal, nesse alguns consideram como sinal patognomônico de sífilis, porém os mais importantes são o dente molar em amora e o dente de Hutchinson.
Não há vacinação para sífilis, a infecção pode se repetir. É uma doença facilmente tratável, com penicilina e outros medicamentos, porém tem o problema de ser de difícil reconhecimento.
Sífilis latente –> VDRL positivo. 
2Gonorréia ou blenorragia:causada por Neisseria gonorrohorae (gonococo)
São cocos Gram negativos, a N gonorrohorae e N meningitides (meningococos), são exceções. Eles são organizados em geral em pares, diplococos. Bacteriologicamente crescem em meio de cultura.
A gonorréia é definida como uma uretrite e/ ou vulvovaginite. A gonorréia na sua forma + simples e + frequente, provoca um processo inflamatório agudo da mucosa uretral que aparece rápido (3, 4 dias) após a infecção, que provoca pus porque a mucosa uretral fica agredida, ardência porque ela lesada ao passar a urina – ardência urinaria, e dor na micção (disúria). 
Uretrite masculina-> O material é colido, faz-se um esfregaço na lamina e a bacterioscopia é possível ver os diplococos Gram negativos. Só bacterioscopia.
Na mulher há vulvovaginite e em mais de 50 por cento dos casos de gonorréia são assintomáticas, não fazem corrimento vaginal profuso e quando tem ele não é específico de gonorréia, às vezes o colo uterino e a cérvice podem estar inflamados (isso é visto durante o exame ginecológico). Além disso, a microbiota vaginal apresenta bactérias diplococos Gram negativos o que dificulta o diagnóstico. Por isso na gonorréia que acometem mulheres, é necessário além da bacterioscopia a cultura para identificar a Neisseria.Ou seja, a bacterioscopia é duvidosa em pessoas não muito experientes, não vai ser conclusiva no caso da gonorréia feminina. Bacterioscopia+ cultura. 
Masculino- uretrite -> atividade sexual interrompida. O masculino quase sempre é sintomático. 
Mulher-> o fato de ser assintomático traz uma grande complicação: o fato da atividade sexual não ser interrompida o que faz uma maior propagação da infecção. E nesse caso se houver gestação a gerar o quadro de oftalmia neonatal gonocócica, a mucosa ocular é infectada havendo um processo inflamatório agudo que se não tratado pode levar a cegueira. Por isso ao nascer é colocado nitrato de prata nos olhos do recém nato, que é para evitar a possível contaminação por portadores assintomáticos. Cesárea está fora-> porque a portadora é portadora em colo uterino ou vaginal. 
OBS: 95% dos casos de gonorréia se apresentam assim: ou uretrites, ou sintomáticos ou assintomáticos. Os outros 5% são progressões ou complicações desses casos. 
No caso masculino a progressão da uretrite pode levar a epididimite, orquite (própria gônada), prostatite.
Pode haver pela prática de sexo anal, comprometimento retal -> formação de retite gonocócica, onde o processo inflamatório que leva a estenose retal que leva a um quadro obstrutivo.
Pela prática de sexo oral, pode haver as faringites gonocócicas.
No caso feminino pode ter a progressão da vulvovaginite pode levar a endometrite (atinge a parede uterina) que pode evoluir para as trompas, que é a salpingite. Doença pélvica inflamatória, onde para além da infecção genital há infecção do aparelho reprodutor.
Qualquer dos comprometimentos, de extravasamento do ambiente uretral ou vulvovaginal pode levar a envolvimentos sistêmicos formando a: cardite gonocócica, meningite gonocócica, artrite gonocócica ( invasão da sinóvia) são casos de infecções sitêmicas.
Tratamento da gonorréia: Antes era tratado com penicilina, hoje em dia sabe- se que são bactérias resistentes a penicilina, devido a presença de beta lactamases.
Antibióticos eficazes são aqueles de penetração intracelular (porque a bactéria é intracelular), como a cefitriaxona, já a penicilina tem péssima permeabilidade celular.
Não existe vacina. 
3Cancro mole ou cancróide : Diferente do cancro duro, ela se espalha e é causada por um bacilo Gram negativo, o Haemophilus ducreyi. Ela não produz secreção e é dolorosa. 
É comum achar muitas vezes pacientes com DSTs conjugadas.
Pacientes com cancro mole é uma porta de entrada para o HIV.
É mais comum em homens.
O bacilo migra para linfonodos periféricos gerando linfadenopatia junto com a lesão genital.
4Linfogranuloma venéreo: causado pela Clamydia trachomatis, grupo de bactérias com parede celular defeituosa e sem enzimas capazes de incorporar fosfato ao ADP (são intracelulares obrigatórias para obter energia).
Gera enfartamento ganglionar imediato, porém a lesão genital é muito pequena. As lesões são localizadas.
As uretrites não gonocócicas também são causadas pelas C. trachomatis, porém com um sorotipo diferente da vista acima.
É uma DST das mais comuns.
Assintomáticos.
Raramente evoluem para prostatites, orquites, epididimites, endometrite.
Infecções discretas e não doem, incomodam.
AULA 10
Bactérias associadas às meningoencefalites: meningococo, pneumococo e outras 
Meningoencefalite
- Virus 
- Bactérias
- Mycobacterium tuberculosis 
- Fungos
- Protozoários
Bactérias
- Neisseria meningitidis 
- Streptococcus pneumoniae 
- Haemophilus influenzae 
- Streptococcus agalactiae 
- Listeria monocytogenes 
- Enterobactérias
Epidemiologia
	< 1 mês
	Streptococcus agalactiae, Listeria monocitogenes, enterobactérias
	1 a 23 meses
	Streptococcus agalactiae, enterobactérias, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis
	> 2 anos
	Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis
	Imunodeprimido
	Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, bacilos Gram negativos aeróbios ( inclui Pseudomonas aeroginosa)
	Fratura de base de crânio
	Streptococcus pneumoniae, Streptococcus βhemolítico
	Trauma
	Staphylococus aureus, S. epidermidis, bacilos Gram negativos aeróbios ( inclui Pseudomonas aeroginosa)
Haemophilus influenzae 
- Bacilo gram negativo aeróbico
- Habitualmente fazendo parte da microbiota 
- Invasão sistêmica: OMA, epiglotite,pneumonia e meningite 
- Encapsulado
- Antes dos 4 anos de idade
- Letalidade de 6%
Neisseria meningitidis
- Diplococcus gram negativos aeróbicos encapsulados
- Portadores naso/orofaringe = 10% população
- Patogenia = endotoxina = septicemia 
- 5 sorotipos: A, B, C, Y, W135 
- Choque séptico fulminante
- Emergência infecciosa
- Lesões purpúricas
Streptococcus pneumoniae 
- Diplococo Gram positivo encapsulado
- Mais conhecido como causador de pneumonia
- Grande número de sorotipos
- Letalidade de 30% a 80%
- Resistência antimicrobiana – EUA = 35%
Listeriose – situações clínicas
- Infecção neonatal (septicemia ou meningite)
- Infecção neurológica (meninge ou parênquima) em pacientes imunossuprimidos (uso de imunossupressores, ou AIDS)
- Febre durante a gestação
- Gastrenterite de origem alimentar com culturas negativas
Streptococcus agalactiae 
- Coco gram positivo aeróbico
- Gestantes e recém natos
Enterobactérias 
- Imunossuprimido 
- Infecção por Strongyloides stercoralis
Abordagem diagnóstica 
Análise do LCR
- Contra-indicações 
Risco de lesão expansiva
Sinais clínicos de HIC
Discrasia 
Lesão no local de punção
- Complicações
Cefaléia
Infecção
Sangramento local
herniação
Exame do LCR
Celularidade 
Proteínas
Glicose
Gram 
Cultura para bactérias
Exame do LCR – Meningite bacteriana
Celularidade 100 > e < 10000 cel/mm3
Polimorfonucleares > 80%
Glicose <= 40 mg%
Proteína 100 – 500 mg%
Gram 60% a 90%
Cultura 70% a 85%
Padrão liquórico por etiologia
	Etiologia 
	Celularidade
Cel/mm3
	Tipo celular 
	Glicose
mg/mm3
	Proteína
mg/mm3
	Viral 
	50-1000 
	Mononucleares 
	>45 
	<200 
	Bacteriana 
	1000-5000 
	Neutrófilos 
	<40 
	100-500 
	Tuberculosa 
	50-300 
	Mononucleares 
	<45 
	50-300 
	Fungica 
	20-500 
	Mononucleares 
	<40 
	>45 
Tratamento 
EMERGÊNCIA INFECCIOSA
Antibioticoterapia imediata
- Análise epidemiológica do perfil de sensibilidade das bactérias provavelmente envolvidas. 
Profilaxia 
Vacinas
- Haemophilus influenzae 
- Pneumocócica (Conjugada P7 e polissacarídica P23)
- Meningocócica (Polissacarídicas A, A+C e A+C+Y+W135 / Conjugada C e A+C+Y+W135 
- Profilaxia pós-exposição
- Rifampicina 
- Ciprofloxacina 
- Ceftriaxone 
AULA 11
Bactérias associadas às infecções do trato gastrointestinal 
Diarréia
Definição:
- Três ou mais evacuações de fezes líquidas ouanormalmente amolecidas por dia
- Alterações recentes na consistência são mais importantes
- Disenteria: mais grave (Presença macroscópica de sangue, cólica, febre)
-Diarréia aguda: ~1 semana
-Diarréia persistente: 14 a 21 dias
-Diarréia crônica: > de 30 dias
-Sinais:
Aumento no número de evacuações
	Alteração na consistência das fezes
Presença de sangue e/ou muco nas fezes
Febre
-Sintomas:
	Cólicas
	Tenesmo
-Vias de contaminação:Alimentos, água
- Etiologia:Bactérias, vírus, parasitas
Agentes etiológicos mais frequentemente associadas às patologias do TGI
- Enterobactérias (família Enterobacteriaceae):Escherichia coli, Shigella spp.,Salmonella enterica
-Vibrio cholerae
-Campylobacter jejuni (espirilos)
-Helicobacter pylori (espirilos)
-Rotavírus
Enterobactérias(Escherichia coli, Shigella spp., Salmonella entérica)
-Anaeróbios facultativos
-Não formam esporos
-Meios seletivos: “EMB-Teague”, “MacConkey” e “SS”
-Exigênciasnuticionais simples
-Fermentam glicose e produzem ácido a partir dessareação
-A maioria das enterobactérias são móveis (flageladas)
1. Escherichia coli
- Descrita pela primeira vez por Theodor Escherich,um médico austríaco, no fim do século XIX.
- Marcadores antigênicos de classificação:
antígeno capsular: K
	antígeno somático: O
	antígeno flagelar: H
- antígeno O: sorogrupo
- antígeno O+H: sorotipo
		ex: E. coli O157:H7
- Íntima relação com humanos
Comensal:Não apresenta genes para fatores de virulência. Infecção em:Indivíduos imunocomprometidos e Infecções não-intestinais (ex.: inf. urinária)
Patogênica (DEC: “diarrheagenic E. coli“): 6 patótipos (EPEC, EHEC (STEC), ETEC, EAEC, EIEC, DAEC)
- Causa predominante de diarréiaem regiões pobres e semsaneamento básico
- Transmissão pessoa-pessoa:Fecal-oral e veículo (Mãos mal lavadas (hospitais - berçários), alimentos/água contaminada). Predomínio no verão/época chuvosa
-Período de incubação:12 horas a 6 dias
a) E. coli EPEC
- EPEC: E. coli enteropatogênica
- Não produzem toxina Shiga
- Diarréia por:
Destruição das microvilosidades: intestinodelgado de crianças (lesão tipoattaching/effacing – A/E)
	Alterações na secreção de íons
	Abertura das junções epiteliais
	Processo inflamatório
-Sorotipos mais significantes: 0111:H2 e 0119:H6
-Declínio mundial: melhoria no saneamento básico e promoção do aleitamento materno
-Ainda é importante em ambiente hospitalar
b) E. coli EHEC
- STEC, VTEC e EHEC: E. coli produtoras da toxina Stx ou VT
- Produzem a toxina da Shigella sp. (Shiga ou Verotoxina)
- Espécie predominante em surtos epidêmicos de paísesdesenvolvidos (consumo de alimentos contaminados)
-Sorotipo mais comum: O157:H7
-Podem produzir colite hemorrágica (CH) e/ou síndromehemolítica urêmica (HUS: anemia hemolítica,trombocitopenia, IRA potencialmente fatal)
-Colonizam predominantemente o cólon
c) E. coli ETEC
- Produzem a toxina:
Termolábil (LT – semelhante à toxina colérica) e/ou
A termoestável (ST)
-Importante agente etiológico de diarréia em paísesdesenvolvidos onde as condições sanitárias sãoinadequadas (principal causa da diarréia dos viajantesnestas regiões)
-Sorogrupos mais comuns: O6, O78, O8, O128 e O153
d) E. coli EAEC, EIEC e DAEC
EAEC: E. coli enteroagregativa : patógeno emergente –diarréia persistente (mucóide, aquosa, pouca febre e nenhumvômito)
-Afeta adultos e crianças
-Amostras patogênicas e não patogênicas.
EIEC: E. coli enteroinvasiva: infecções raras
- Crianças > 2 anos e adultos
- Disenteria semelhante a shigelose
DAEC: E. coli difusamente aderida
-Amostras patogênicas e não patogênicas.
-Ainda não foi bem caracterizada
Meios seletivos/ Indicadores
EMB-Teague
Inibidores para G+:- Azul de metileno
Substrato: Glicose
Marcador: Eosina
MacConckey
Inibidores para G+:- Bile e cristal violeta
Substrato: Lactose
Marcador: Vermelho neutro
Salmonella-Shigella(SS)
Inibidores para G+:- Bile e verde brilhante
Substrato: Lactose
Marcador: Citrato férrico
Meios para provas bioquímicas
- Fermentação daglicose comprodução de gás
- Citrato
- SIM (sulfeto, indol, motilidade)
2. Shigella
- Descrita pela primeira vez por Kiyoshi Shigacomo o agente causal da “Disenteria bacilar”
- Altamente infecciosa = 10 células
- 4 espécies: apresentam grande semelhança com as E.coli (EIEC)
S. dysenteriae (sorogrupo A) – toxina Shiga – grandesepidemias em países pobres
S. flexneri (sorogrupo B) – endêmicas em países pobres
S. boydii (sorogrupo C)
S. sonnei (sorogrupo D) – endêmicas em países ricos
-Frequência no Brasil: 1º) S. sonnei, 2º) S. flexneri, 3º)S. dysenteriae - pouco frequente.
- Fagocitose > lise do vacúolo > proliferação no citosol >alterações no citoesqueleto celular > invasão de célulasvizinhas > novo vacúolo > lise do vacúolo ...
-A toxina Shiga (Stx) é produzida pela Shigella dysenteriae epelas Escherichia coli enterohemorrágicas (EHEC e EIEC), daqual a cepa O157:H7 (VTEC) tem sido a mais estudada.
-Inflamação aguda dos intestinos (cólon)
-Diarréia simples ou mucosanguinolenta,cólica, tenesmo e febre
-Autolimitada a alguns dias
- Doença invasiva
-Isolamento em cultura
-Tratamento: hidratação oral ou parenteral. Casosgraves (RN, lactentes jovens, desnutridos graves,imunocomprometidos e nos quadros disentéricos - muco, sangue e pus nas fezes > antibiótico)
3. Salmonella
- Descrita por Theobald Smith, cirurgião veterinário americano, emhomenagem a seu preceptor Dr. Daniel Salmon que a isolou em 1885
- Conhecida na passado como “Bacilo Tifóide”
- Agente causal da “Salmonelose” e da “Febre Tifóide”
- Salmonella enterica: sorovares Typhi, Paratyphi, Typhimurium eEnteritidis
Salmonella enterica
- Via oral > barreira gástrica > íleo terminal e cólon >evasão às defesas do hospedeiro > adesão aosenterócitos e células M e GALT> injeção de ptns na célula> alteração do citoesqueleto > formação do ruffling >invasão da célula e multiplicação intravacuolar >destruição da célula > contato com macrófagos >indução da apoptose de macrófagos > disseminação
Salmonella enteritidis
-Doença invasiva crianças,imunodeprimidos, falcêmicos
-Tartarugas, iguanas, cobras e outrosrépteis como reservatórios
-Resistentes em ambientes frios e secos(gelo e pó)
- Associada ao consumo de ovos e carnescruas
Salmonella Paratyphi e S. Typhi
-Doença invasiva, comprometimento SRE
-Homem reservatório (contágio por fezese urina)
S. Enteritiis, S. Cholerasuis eS. Typhimurium
-Doença invasiva
-Isolamento em cultura de fezes, sangue, líquor etc
-Testes rápidos: aglutinação em látex,imunofluorescência e PCR
-Tratamento: Enterites não complicadas > ñ ATB:Reposição de fluidos e eletrólitos
-Tratamento: enterites com risco de disseminação >ATB:
RN e lactentes com < 3 anos
	AIDS e outras imunodeficiências
	Anemia falciforme e malária
Acloridria ou uso de antiácido
-Profilaxia:Saneamento básico, higiene, cozimento de alimentos (ovos e carnes)
Vibrio cholerae
- Bacilos retos ou curvos, móveis, não esporulam
- Diarréia aquosa profusa (duodeno e jejuno proximal) – abruptae volumosa, sem cólica ou tenesmo
- Formas de vida livre
- NaCl crescimento: água doce ou salgada
- Água (rios) > Mariscos > adultos
- Ocorrência inicial: Índia / África
- 7ª pademia: todos os continentes
Brasil: 1991 – Amazonas
	Brasil: 2000 – Todas as regiões
	Brasil: declínio a partir de 2000 (predominânciaregião nordeste)
	Brasil: concentração em áreas com baixo IDH
- Água doce ou salgada, livre ou em animais, 20ºC a 30ºC
- Ciclo: homem – meio ambiente – homem
- Vibrio cholerae O1
Clássico
	El Tor
- Vibrio cholerae não-O1 (identificação molecular)
Rotavírus
- Fabmília Reoviridae, gênero Rotavirus
- Gastrenterite infantil aguda epidêmica
- Primeiros relatos: década de 1990 - Austrália
- Epidêmico em todo o mundo
Mortalidade mais frequente em baixo IDH
	71% dos casos de gastrenterite moderadaa grave
OMS (2008): 40% das hospitalizações –crianças < 5 anos
	Prevalência: crianças 6 a 24 meses
- Infecção hospitalar: berçários
- Mais sensíveis ao etanol 95%
Campylobacter jejuni
- Bacilos curvos, móveis, não esporulam
- Prevalência importante em países ricos > Brasil:subdiagnosticada e subnotificada
- EUA: mais prevalente que Shigella e Salmonella
Anteriormente associada apenas a aborto emanimais
Alimentos contaminados
Campylobacter pylori > atualmente denominadocomo Helicobacter pylori
- Fonte de infecção: alimentos contaminados,especialmente frangos crus ou mal cozidos, leite cru eágua não clorada e contato com animais infectados (gatose filhotes de cachorro)
- Sinais e sintomas:diarréia líquida ou com muco e conter sangue(geralmente oculto), febre, dor abdominal,náusea, dorde cabeça e dores musculares
Profilaxia
Medidas gerais:
-Lavagem das mãos após defecar e antes dopreparo de alimentos e refeições
-Saneamento básico universal
Viajantes:
-Utilizar água tratada para escovar dentes
-Consumir bebidas engarrafadas industrialmente
-Lavar cuidadosamente alimentos crus. Darpreferência para alimentos cozidos
-Não consumir alimentos, bebidas ou gelo comambulantes
AULA 12
Micobactérias: tuberculose e hanseníase
Principais representantes
- Mycobacteriumtuberculosis
- Mycobacteriumleprae
- Mycobacteriumavium
- Mycobacteriumspp(abscessus, chelonae,etc)
Bacilo álcool ácido resistente –todos as espécies
- Coloração de Ziehl-Neelsen ( Kinyoun)
- Parede celular rica em lipídios
Outros microrganismos:
- Nocardia
- Rhodococcus
Mycobacterium tuberculosis
- Segunda causa de morte por doenças infecciosas
- Tuberculose espinhal -Neolítico, pré-colombianos e egípcios
- Início do tratamento medicamentoso em 1946
Inicialmente declínio dos casos, para posterior aumento na década de 1980.
Transmissão
- Reservatório
- Fontes de infecção
- Infectividade
- Susceptíveis
Infecção primária
- Foco único
- Linfonodos mediastinais
- Disseminação hematogênica
Linfonodos, rins, epífises de ossos longos, corpos vertebrais, espaço subaracnóide, ápices dos pulmões.
Teste tuberculínico
- Extrato de bacilo da tuberculose
- Injeção intracutânea
- Leitura (48-72 horas)
- Interpretação
<5 mm
5 –10 mm
10 mm
- Falso positivo e negativo
Formas clínicas
- Crianças
- Adulto
- Extra-pulmonar
- Imunossuprimido – Doença disseminada
Diagnóstico
- Exame direto –coloração de Ziel-Neelsen (escarro, pus de linfonodos, urina, líquor)
- Cultura
Meios com descontaminante (microbiota)
Lowenstein Jensen –seletivo ( 3 a 8 semanas para crescimento)
Meios líquidos ( 1 a 3 semanas)
Lise-centrifugação -hemoculturas
- Amplificação de ácidos nucléicos
Não validado para diagnóstico de infecção pulmonar
Não substitui o diagnóstico com cultura
Tratamento
- Isoniazida
- Rifampicina
- Pirazinamida
- Etambutol
- Streptomicina
- Fluoroquinolonas
- Outras
Tratamento – Duração: 6 meses a 1 ano
Profilaxia
- BCG
- Isoniazida
Acompanhamento do PPD
Contactantes
Polimorfismo clínico
- Número de bacilos
- Histopatologia
Lepromatosa
Tuberculoide
Mycobacterium leprae
- Lesões de pele (infiltrativas)
- Hipoestesia (botherline e tuberculoide)
- Neuropatia (espessamento de nervos)
- Reações (eritema nodoso)
- Histopatologia
- Exame da Linfa (bacterioscopia)
Mycobacterium leprae
- Dapsona
- Rifampicina
- Clofazimina
- Predinisona
- Talidomida
Infecções por Mycobacterium spp
- Doença pulmonar –fibrose cística
- Pele e subcutâneo
- Osso
- Mycobacterium abscessus
- M. chelonae
- M. fortuitum
- Crescimento rápido (7 dias)
- Infecções pós operatórias
AULA 13
Bactérias associadas às zoonoses: peste e leptospirose 
Zoonose -> pode ser causada do animal pro homem e do homem pro animal. 
Foco medicina-> doenças transmitidas do animal vertebrado para o homem, mas tem o oposto. 
Medicina veterinária-> é o oposto- uma mastite bovina, processo infeccioso da glândula mamaria da vaca, provocada por staphylococcus aureus, a fonte de infecção é ordenha manual, é o próprio ser humano ao manusear na ordenha manual. Zoonoses causadas por bactérias numericamente são as + freqüentes. 
Vamos encontrar zoonoses causadas por vírus -> a raiva humana, tem o reservatório animal e a transmissão para o homem. 
Zoonose causa por protozoário-> toxoplasmose, leihsmaniose. 
Zoonose por fungos-> histoplasmose- principal problema é risco de pessoas que gosta de natureba e entra em caverna freqüentada por morcegos, os cistos, os esporos de histoplasma são com frequente eliminadas por fezes de morcegos. 
Zoonose-> Doenças infecciosa transmitida entre animal vertebral e o homem, seja o agente etiológico que tipo for. (Entre para contemplar o pequeno grupo que é transmitido do homem para o animal). 
Leptospirose -> tipicamente uma zoonose. Transmita diretamente do animal vertebrado para o homem, diretamente através de um dejeto animal a aquisição por parte do homem.
Peste-> bubônica e pneumônica, principalmente a forma bubônica o homem adquire a doença a partir de um animal vertebrado, mas intermediado por um inseto hematófago a pulga, suga o sangue do animal vertebrado doente e através de uma nova picada transmite a doença para o homem. 
Leptospirose:Doença atualmente de domínio popular. Enchente -> numero cada vez maior de doença febril, icterícia. O agente etiológico é parecido com a sífilis quando falamos de treponema, pertence à mesma família; a família dos espiroquetídeos e o aspecto microrganismo fino, mas bastante longo, e se caracteriza principalmente pela presença de anéis muito semelhante à saca rolha, e que além desse formato apresenta uma característica muito interessante – esfregaço de sangue de paciente com leptospirose> presença de um microrganismo como esse citado, mas alem de se parecer com treponema- (formato de saco rolha), ele tem movimento da saca rolha em ação. Esse movimento é devido à presença de fibras que acompanham longitudinalmente o microrganismo, são fibras protéicas contrateis, quando se distendem e se contraem fazem com que o microrganismo gire sobre um teórico eixo longitudinal. Esse mecanismo de mobilidade espiralar, por isso chamado de espiroqueta (espiro –espiral queta- anel, anel em espiral), esses espiroquetas se tornam extremamente invasivo e é a característica maior da aquisição da leptospirose por um ser vivo entre eles o homem. A partir de qualquer mucosa integra esse microrganismo entrando em contato, graças à forma espiralada e o movimento em espiral ela consegue penetrar ativamente no ser humano. 
Teria que ser Leptospiroses, porque pode classificar 2 grandes tipos: Leptospirose grave ( ictérica) e Leptospirose anictérica ( menos grave,menos insidiosa). 
A leptospirose pode se apresentar como uma doença febril com duas características majoritárias, ou ela apresenta associado ao curso da infecção um processo ictérico ou então cursa sem esta apresentação. Então termo correto leptospiroses com a forma ictérica e forma anictérica. A forma ictérica sempre grave. Nem sempre a forma anictérica cursa de forma benigna, pode tornar processo grave.
Agente etiológico: gênero leptospira, com 2 espécies uma espécie patogênica: Leptospira interrogans e uma espécie não patogênica, de vida livre Leptospira biflexa; pode ser encontrada com facilidade em águas doces correntes- rios, riachos. Vários nomes serão encontrados nos textos- na verdade não são espécies de leptospira, mas sim variantes da única espécie patogênica que é a Leptospira interrogans, a mais comum é a leptospira interrogans sorotipo ou variedade ictero-hemorrágica que no popular vamos encontrar dizendo leptospira ictero-hemorrágica. NÃO É UMA ESPÉCIE DIFERENTE! Hoje tem dia mais de 120 sorotipos diferentes. 
Epidemiologia da Leptospirose-> existe um vilão que é o rato, é um exemplo de zoonose de transmissão direta. Não só rato, roedores de um modo em geral. O roedor não sofre a doença leptospirose, ele é praticamente o único vertebrado que uma vez contaminado com a leptospira não desenvolve a doença, abriga a doença no seu aparelho excretor urinário, elimina a leptospira cada vez que ele urina, mas em nenhum momento sofre a doença leptospirose. Comensalismo perfeito, a leptospira se beneficia e o camundongo não sofre ação deletéria. O animal uma vez contaminado passa durante toda a sua vida excretar omicrorganismo sem nenhum momento sofrer ação dela, carreia o microorganismo e reproduz esse microorganismo e não sofre ação infecciosa dele -> chama de portador são. Como passa para o homem -> na época da chuva a água, bueiro encheu entra em contato com a urina do rato -> água contaminada. É possível a penetração da leptospira em pele integra? Não, pele humana é escudo impenetrável. Mas qualquer escarificacao de pele por micro que ela seja se botar uma lupa é imensa, para o tamanho de um microorganismo é imensa (depilação, barba, população ribeirinha vive descalço sempre tem algum tipo de porta aberta para leptospira). Pele lesionada é possível sim. Como na sífilis a mucosa já e um entidade totalmente diferente. Bocas, lábios, olhos, e ate o aparelho digestivo com restrições são portas abertas para o organismo graças à capacidade de invasão que ele tem pelo movimento helicoidal, cordões de proteínas contrátil que ele tem. A urina do roedor serve de contato direto para o homem: homem do campo mina de carvão – Europa oriental; países onde há mineração de carvão em grande intensidade, esgoto, colheita de arroz (talvez seja a única situação que admite que a leptospira pode ter penetração ativa através da pele – muitas horas com a pele imersa em água, admite que a permeabilidade da pele altere- situação anômala), sudeste asiático. Admite que a situação de longa permanência da pele em contato com água- admite a penetração ativa pela pele. Situações-> comunidade carente poça de chuva garota brinca, andar em água contaminada, limpeza pós enchente, alta no verão quando tem chuva. Não chuva- trabalhadores, atividade profissional. É uma doença quase que exclusiva de tempo chuvoso. Isso é importante para ter em mente para o diagnóstico diferencial. A leptospirose é transmitida de forma direta para o homem ou indiretamente através de outros animais que também sofrem a doença quanto o homem, que pode ser fatal tanto quando o homem, e que também passam a excretar a leptospira depois de certo estagio de infecção. O rato transmite excreta a leptospira- durante toda sua vida. Fora ele, os outros todos-> apenas durante o período em que estão sofrendo da doença. É através da urina cai na mesma situação. 
NÃO existe vacina para leptospira para humanos, porque tem a leptospirose por leptospira ictero-hemorrágica, daí um ano o individuo vulnerável (mora em área comprometida) tem por leptospira tals. Têm 120 tantos, o cão 95% dos casos é leptospira canicola daí quem cria cachorro sabe -> para esses animais existe vacina porque a possibilidade de outros sorotipos infectando é menor, mesmo assim é frequente cães pegar leptospirose. Esses animais sofrem a doença. O rato é exceção -> tem relação harmônica com esse microorganismo. Acredita que a urina do rato é alcalina, e leptospira tem uma sensibilidade acentuada a qualquer ambiente acido. Leptospira cresce melhor quando alcalina o meio. Quando tem dificuldade de diagnóstico, isolamento do humano -> você faz uma dieta alcalina e você melhora a excreção de leptospira viável na urina no paciente. 
Qualquer que seja a doença seja no homem ou nos animais, o que vai encontrar como doença infecciosa o plural – leptospiroseS. 2 grupo de infecções diferenciados pela gravidade e presença de icterícia no curso da doença. Ictérica e a anictérica. Leptospirose anictérica-> com frequencia é uma forma infecciosa mais branda, atenção com frequencia nem sempre. Em que o paciente não tem nenhuma manifestação ictérica, mas que se confundi com uma série de doenças febris em que tem dor abdominal, vomito diarréia, eventualmente petéquias, prostração, mialgia que se confunde no momento atual com bastante frequencia- dengue. Com frequencia mimetiza uma serie de outras patologias, no caso atual – dengue. Normalmente de evolução benigna, auto-limitada, mas eventualmente com distúrbios hemorrágicos que podem ser hemorragia de mucosa e inclusive hemorragia pulmonar se transformando numa forma de leptospirose que tende a se tornar grave. MAS SEM COMPROMETIMENTO RENAL.
Leptospira ictérica-> tem como característica básica à presença de icterícia de mucosa, principalmente mucosa oral e ocular, tanto no homem quanto nos animais, e que é uma forma descamba para distúrbios complementares, principalmente distúrbios renais levando o paciente a insuficiência renal. Associado a isso quadros de hemorragias, principalmente pulmonar. A confusão diagnóstica diferencial se da basicamente -> Hepatite – doença febril e ictérica. Mas tem uma diferença importante da hepatite, que é o nível de transaminases. A leptospirose cursa com pouca alteração de transaminases, já a hepatite a transaminases aumenta. 
Diagnóstico laboratorial-> visualizar e difícil, não tem muito recurso de onde concentrar a leptospira para obter microscopia semelhante feita na Sifílis.
1 fase da doença – circulação sanguínea, raramente consegue em fragmento de coagulo consegue visualizar. E mais tarde ela passa pra ter uma excreção urinária, a microscopia, a bacterioscopia é um recurso sofrido, fraco. Mas vai encontrar a sorologia possível, não da para saber que leptospira é. Mas da para ter noção da presença da leptospirose. PROVA- esse grupo de doença que frequentemente pode confundir com outras patologias (uma com dengue e outra com hepatite), o que leva fazer um diagnóstico diferencial, começa a anamnese de quem é a pessoa, da onde ela vem (isso e uma evidencia ótima), soro pariado (tira amostra de sangue – separa o soro e guardo, se daqui 10 dias continua com problema tiro uma 2 amostra novamente comparo, IgM, IgG. Não sabe o que fazer , mais uma amostra de sangue vai guardar. É um instrumento valioso para a vida médica. Diagnóstico : sorológico. Enorme valor-> Quem é o paciente, de onde ele veio, o que ele faz, período chuvoso ou não. 
Tratamento: 
Anictérica-> praticamente nada. Nos casos em que você tem o diagnóstico sorológico de leptospirose – monitorar o paciente em condições básicas, acompanhar.
Ictérica-> em que normalmente vai observar comprometimento de função renal, diálise, controlar a função renal desse paciente. E algum tipo de antibiótico, é discutível se a leptospirose em si tem algum tipo de resposta a tratamento por antibiótico. Costuma se aplicar a penincilina, na verdade o que consegue é eventual proteção a complicações secundárias decorrente dos processos hemorrágicos (hemorragias pulmonares). Mas a leptospira em si – normalmente não respondem muito bem a antibióticos. E hidratação. 
Vacina -> não existe vacina no caso humano porque você nunca pode garantir que o indivíduo vacinado contra um sorotipo vai ser imune contra outro sorotipo, a não ser animal – mesmo assim insucesso. 
Alguma possibilidade -> ingestão de água e alimentos contaminados. (professor contra, porque Leptospira é extremamente sensível a ambientes ácidos, então é muito difícil). E claro que o individuo com uma periodontite esta bochechando água contaminada, é claro que vai pegar. Agora individuo sem nada que beba uma água contaminada e vai desenvolver leptospirose é muito pouco frequente. 
Perguntas: 
Como ocorre a propagação da leptospirose? 
Porque definimos os roedores como portadores são de leptospirose? 
Quais são as formas clínicas da leptospirose? Diagnóstico diferencial.
Peste:Paralelo a leptospirose, outras zoonoses existem como a leptospirose, e outras zoonoses vão ter a participação de um vetor isto é, de um elemento intermediário entre o animal vertebrado e o homem. Precisa de um fator intermediário normalmente um artrópode hematófago que ao sugar o sangue de um animal contaminado e depois sugar o sangue de um ser humano passa a infecção. A presença desse vetor é o que caracteriza o nosso exemplo desse tipo de zoonose. A peste na sua forma principalmente bubônica como exemplo de zoonose que tem o elemento intermediário. A peste bubônica é transmitida por uma bactéria – uma enterobacteria do gênero yersínia e a espécie pestis, yersínia pestis. Enterobacteria é um bastonetegram negativo. A peste bubônica é assim chamada porque o 1 sinal clinico que aparece é o infartamento ganglionar levando o linfonodo mais próximo da picada da pulga que transmitiu a infartar violentamente formando “ íngua” ou “bulbão’, nada mais é que o linfonodo infartado. 
História natural da peste bubônica: Envolve o homem, o roedor (rato, no Brasil encontra pequenos marsupiais como gambá, então roedores e pequenos marsupiais), e uma pulga. Primeira grande diferença: aqui o roedor sofre a doença, tanto quanto o homem e normalmente até de forma mais grave, geralmente morre pela infecção. Participando na passagem do roedor para o homem a presença de um artrópode que normalmente é a pulga, e normalmente a pulga do rato. Pulga do rato, porque nesses insetos a pulga é especifica de cada hospedeiro, a pulga que dá no cachorro é de uma espécie. A pulga dos roedores e que a principal na transmissão da peste é a xenopsylla cheopis. Ao passo que a pulga do cachorro, gato é de outro gênero. A xenopsylla-> é extremamente fiel ao roedor enquanto ele estiver vivo, mas no momento que esse roedor morrer e a temperatura corporal cair à pulga pula e vai procurar outro roedor, e esse outro roedor por sofrer de peste e tb morrer a pulga vai procurar outro roedor. Esse ciclo mantém- ciclo epizioótico- isto é, uma zoonose apenas no grupo animal. Mas depois de certo tempo tem se muito roedor morrendo, começa a sobrar pulga, e eventualmente não encontra roedor disponível porque a população esta diminuindo e, portanto vai pegar qualquer coisa que lhe forneça sangue. A pulga precisa de sangue, porque precisa da hemoglobina para fazer maturação ovular (evolução ovariana de todos os insetos). Se esse roedor viver intimamente com o homem, isto é dentro de uma casa coabitar o roedor, ele provavelmente vai encontrar no homem a alternativa de alimentação, e na mordida vai ao que estava circunscrito – roedor- pulga, você entra com circuito pulga-homem. E tem a transmissão então do roedor para o homem através de uma pulga. O primeiro sintoma que vai dar quando a pulga injetar a yersínia pestis no sangue humano vai ser o desenvolvimento de um processo infeccioso que vai começar com uma drenagem linfática e concentração nodular no nódulo próximo no local da picada-> “bulbão”. Porque a pulga é tão importante na transmissão? Uma pulga pode ficar sem comer – anos. O que faz a pulga para passar para o homem ou para o roedor a yersínia pestis que ela ingeriu com sangue quando ela morde um novo hospedeiro? A yersínia pestis ela como enterobactéria, é perfeitamente cultivada a 37C, mas ela cresce tb em outras temperaturas. Quando ela cresce em temperatura próxima dos 25, ela faz uma coisa que quando cresce a 37 não consegue. E isso é produzir coagulase. Qual deve ser a temperatura corpórea da pulga? 25. A pulga chega no roedor doente, e aspira o sangue desse roedor, esse roedor está doente e portanto tem no sangue a yersínia pestis, quando a pulga chupa ela leva para seu tubo digestivo. A temperatura do sangue do roedor e em torno de 37, e entra no corpo da pulga, e quando a pulga a 25, ela faz coagulase, a 25 graus a xenopysila começa produzir coagulase, a coagulase – tubo digestivo da pulga fica bloqueado por uma massa coagulada de sangue, ela não consegue mais ingerir o sangue, mas não satisfaz a tua fome, quando ela for morder de novo o roedor doente porque ela está com fome-. O sangue que ela chupa bate nessa massa e é regurgitado, e quando bate nessa massa ele encontra tb yersínia pestis, ou seja está contaminado, portanto esse sangue regurgitado vem sujo de yersínia e se esse roedor é sadio vai se contaminar. Se o homem circula nesse ambiente, não tem mais roedor-> ocorre à mesma coisa. Dentro da casa isso passa de um para o outro. Essa é a peste bubônica, que eventualmente tem formas graves, toxêmicas, que se torna a este negra por necrose hepática. Muita das vezes é auto-limitado e outras graves. Algumas vezes vamos ter a geração de um processo pneumônico formando o 2 tipo , 2 entidade clinica causa pela yersínia pestis, que é a chamada pestis pneumônica, cuja a evolução se dar na forma de 24 a 48 horas na forma de pneumonia lobar, e que invariavelmente é fatal. Como uma pulga se torna um elemento ativo de transmissão? Ela só vai conseguir transmitir porque ela vai contaminar o ambiente numa temperatura que ela própria produz coagulase, ela yersínia e bloqueando então a passagem do sangue. 
Diagnóstico: Se fizer um punção no “bulbão”-> yersínia pestes. O diagnóstico pode ser bacteriológico, o sorológico não é utilizado. Não existe peste bubônica urbana, e sim o problema é problema rural. 
Sendo a pulga um inseto de hábitos parasitários fieis porque ela é tão importante na transmissão da peste? Pulga bloqueada no intestino- tentar sugar sangue de qualquer jeito. Ciclo epidemiogico de transmissão da peste. Formas clínicas da peste: bubônica e eventualmente a pneumônica que e mais rara mais letal. A pneumônica pode ser evolução eventual da bubônica, a transmissão pessoa-pessoa é muito possível na forma pneumônica até pq essa forma gera tosse e quando o individuo tosse ele emite perdigotas (?) e você tem a transmissão aerogena da peste bubônica. 
AULA 14
Estrutura e replicação viral 
Classificação
Comitê Internacional de Classificação dosVírus – ICTV
Quase todos os vírus conhecidos são classificadosem 5 ordens (64 não-classificados):
- Caudovirales
- Herpesvirales
- Mononegavirales
- Nidovirales
- Picornavirales
Exemplo:
Vírus do Sarampo
Ordem: Mononegavirales
Família:Paramyxoviridae
Sub-família: Paramyxovirinae
Gênero:Morbillivirus
Espécie: vírus do sarampo
Classificação de Baltimore
Genoma viral e replicação
- dsDNA - circular (Papiloma, Adenovírus etc); linear(Varíola, Herpes etc)
- ssDNA (Parvovírus)
- dsRNA (Rotavírus)
- ss+RNA (Polio, Dengue, HCV, Febre Amarela)
- ss-RNA (Influenza e Raiva)
- ss+RNA com DNA intermediário (HIV)
- dsDNA com RNA intermediário (HBV)
Estrutura Viral
- Tamanho:variam de menos de 100 nanômetros a várias centenasde nanômetros
- Genoma:ácido nucléico (DNA ou RNA)
- Capsídeo:capa protéica protetora envolvendo o material genético
- Nucleocapsídeo: genoma + capsídeo
Geometria do capsídeo
Vírus esféricos = simetria icosaédrica
Não-envelopados:poliomielite, hepatite A, adenovírus
Envelopados: herpesviridae, rubéola (rubella), febre amarela
Vírus cilíndricos = simetria helicoidal
	Envelopados:gripe (influenza), raiva (rabies), caxumba (mumps), sarampo (measles)
Vírus complexos
	varíola (smallpox)
fago T4
Envelope
- Construído a partir de uma membrana do hospedeiro:
Membrana citoplasmática
Membrana do aparelho de Golgi
Membrana nuclear
- Quando há envelope, os receptores para aderênciaà célula-alvo estão ligados à sua superfície
- A destruição do envelope impede a infectividade
Proteína
Envoltório:
- Capsídeo
- Projeções de Enzimas(enzyme spike)
- Projeções de Adesinas(protein spike)
“Núcleo” (Core):
- Proteases
- Integrases
- Polimerases
Célula-Alvo (hospedeira)
Características:
- Apresentar receptores que interajam com osreceptores virais
- A maquinaria celular tem que ser apropriadaà replicação viral
- Permitir a saída dos vírions formados
Replicação
1. Adsorção
2. Penetração
3. Desempacotamento ou desnudamento
4. Síntese do ácido nucléico viral e suas proteínas
5. Montagem do vírus
6. Saída da célula hospedeira
6. a) Maturação
Adsorção (ligação)
- Depende da interação de proteínas (ouglicoproteínas) de adesão virais, com receptoresna célula hospedeira (proteínas, glicoproteínas,carboidratos, lipídeos, lipoproteínas etc)
- Alta especificidade ou especificidade relativa
Penetração (injeção) e desempacotamento
Não-envelopados1. Simplesmente atravessam a membrana
2. Através de endocitose (o vírus rompe oendossoma quando dentro da célula)
Envelopados
1. Através da fusão do envelope com a membranacitoplasmática
2. Através de endocitose (o envelope viral se fundecom a membrana do endossoma)
Síntese do genoma viral
Montagem e Saída do vírus
Montagem:
- Citoplasma ou núcleo
Saída do vírus:
- Vírus envelopados – ciclo lisogênico
- Membrana citoplasmática
- Retículo endoplasmático
- Fusão de MC vizinha
- Ciclo lítico
- o rompimento da célula permite a saídados vírions
Maturação
- Alterações morfológicas pós-saída da célula ou do núcleo
- mediada por proteases
IMPORTANTE: proteases fornecidas por bactérias
Exemplo: vírus influenza + estafilococos oupneumococo > pneumonia grave
Danos às Células do Hospedeiro
- inibição do RNA, DNA ou síntese protéica do hospedeiro
- Lise celular
- Efeito citopático:
transformação (câncer)
	arredondamento
	inchaço ou encolhimento
	desorientação
	deslocamento de uma superfície
	morte
etc
- Transformação (Neoplasias)
Vírus da Leucemia de Células-T humanas (HTLV)
Herpesvírus (HHV)
Papilomavírus (HPV)
Vírus da Hepatite B (HBV)
AULA 15
Vírus das hepatites
Hepatites Virais 
- Hepatite A e E 
- Hepatite B, C, Delta e G
- Flavivírus 
- CMV, EBV
Hepatite 
- Necrose dos hepatócitos 
- Grande maioria assintomática
- Doença do soro
- Icterícia (colúria e acolia fecal) – prurido
- Hepatomegalia dolorosa
- Esplenomegalia (10%)
Hepatite B 
- 500 milhões de indivíduos contaminados
- Mais de 1 milhão de mortes anuais
- Principal causa de hepatie crônica e cirrose 
- Primeiros casos descobertos após aplicação de vacinas preparadas com soro humano. (1885)
- No século XX aparecimento de casos entre usuários de seringas contaminadas, podendo-se distinguir o mecanismo de transmissão. 
- Hepatotropismo, no entanto o vírus já foi encontrado em outras células como linfócitos
- Receptores desconhecidos
- Lesão hepática por resposta imune específica.
- 95% resposta efetiva
- 5% doença crônica
- Imunidade celular – NK, CD4 e CD8 
Doença Aguda 
- Período de incubação 1-4 meses
- Sintomas: <10% em crianças até 5 anos, 30% a 80% dos adultos. Influenza-like, icterícia, imunocomplexos 
- Co-infecção HIV
- Sintomas podem durar até 3 meses.
- Achados laboratoriais: aminotransferases, TAP
Formas de transmissão
- Sexual
- Hemotransfusão (Anti HBc, HBsAg, Aminotranserases)
- Usuários de drogas/Outros
- Acidentes pérfuro-cortantes 
Riscos para o profissional de saúde 
- Acidentes pérfuro-cortantes com paciente-fonte 
- HBsAg e HBeAg positivos:
Hepatite clínica: 22 a 31%
Conversão sorológica: 37 a 62%
- Acidentes pérfuro-cortantes com paciente-fonte 
- HBsAg positivo e HBeAg negativo:
Hepatite clínica: 1 a 6%
Conversão sorológica: 23 a 37% 
Prevalência
- Em profissionais da saúde: 3 a 4 vezes maior população geral 
- Cirurgiões: 13 - 18%	
- Dentistas: 12 - 27%
Hepatite B - Prevenção 
- Vacinação
3 doses (1 ml IM-deltóide)
0,1 e 6 meses
Avaliar a soroconversão após 2 meses da 3ª dose
Não há necessidade de reiniciar os esquemas
Doses de reforço NÃO são necessárias 
- Triagem sorológica prévia é desnecessária
- Anti-HBs após vacina
Enfermeiros
Médicos
Flebotomistas 
Dentistas
Técnicos
Estudantes 
Profissionais de saúde 
- Indivíduos que não soroconvertem 
Novo esquema
Caso persista: fazer imunoglobulina em caso de acidente 
Imunização passiva 
- PAS não vacinado, ou vacinação incompleta
- PAS vacinado sem resposta adequada (Anti HBs < 10 UI)
- PAS vacinado mas desconhece resposta 
Tratamento 
- Antivirais: Lamivudina, Adefovir, Tenofovir, Encitrbina, Interferon 
Hepatite Delta 
- Vírus defectivo – dependente do vírus B
- Indivíduos portadores de HBsAg são o reservatório potencial.
- Genoma RNA – o HBsAg, derivado da infecção pelo vírus B, funciona como envelope e codifica novos vírus utilizando a polimerase da célula 
- Mecanismo de transmissão idêntico ao vírus B
- Infecção mais grave, mais rápida, com evolução para hepatite fulminante 10 vezes mais freqüente
- Endêmica: Amazônia, Sul da Itália
- Esporádica: Escandinávia, Japão, EUA
Hepatite C 
- Vírus RNA (Flaviviridae) que contém uma RNA-replicase 
- Diferentes genótipos devido ao alto turnover além da pressão seletiva das respostas imunes 
- Período de incubação de 8 a 12 semanas
- 50% a 85% a viremia permanece 
- Evolução para cirrose
Uso de álcool – doses baixas (<20g/dia) – pouca relação
Co-infecção HIV
Rara antes de 10 anos
Genótipo 1b (?)
Viremia quantitativa 
- Fatores de risco
Usários de drogas injetáveis 
Elevação de aminotransferases 
Hemodiálise 
Receptores de hemotransfusões (fatores de coagulação antes de 1987) antes de 1992 
 Pós exposição 
Após exposição a sangue HCV positivo 
Filhos de mães HCV positivas 
Parceiros sexuais 
- Tratamento e profilaxia 
Interferon α
Peginterferon α
Acompanhamento após a exposição 
Hepatite G e TT vírus 
- Detectados por PCR
Hepatite A 
- Primeiros relatos na China
- Chamada de hepatite infecciosa em contraposição a hepatite sérica
- Isolamento do vírus em fezes em 1973
- Vírus resistente ao calor (necessita de temp > 85°C)
- Resistente a alguns solventes orgânicos
- Sensível a hipoclorito 
- Replicação intrahepática 
- Eliminação na bile
- Encontrado em grande quantidade nas fezes
- Incubação de 1 – 7 semanas 
- Transmissão
Pessoa-pessoa - Crianças assintomáticas
Água e alimentos - Higiene dos cozinheiros, frutos do mar, água contaminada 
- Imunidade 
Doença
Imunização ativa
Imunização passiva – pré-exposição e pós-exposição
- Indicação de vacinação
Crianças em locais com alta prevalência
Viajantes
Homens que praticam sexo com outros homens
Usuários de drogas
Indivíduos com hepatopatias
Indivíduos que trabalham com o vírus 
Hepatite E 
- Transmissão oral
- Prevalente no Ásia, Africa ocidental e Oriente médio 
- Período de incubação 28 a 40 dias
- Transmissão por água contaminada
- Prevenível apenas através da melhoria das condições sanitárias 
Hepatites 
- A forma de dano hepático é semelhante
- Os mecanismos de transmissão distintos
AULA 16
HIV e AIDS
Infecção pelo HIV - Magnitude
- Problema mundial de saúde pública
- Até o momento cerca de 25 milhões de pessoas morreram e 50 milhões são portadoras do vírus
- Origens: Aparentemente mutações do vírus de imunodeficiência de macacos (SIV)
História Natural da Infecção
- Descoberta de infecções oportunísticas em homossexuais masculinos em 1981- Pneunocystis jirovecci (carinii) e Sarcoma de Kaposi – Nova York e San Francisco 
- Isolamento do vírus em 1983
- Testes sorológicos em 1985
- Definição dos mecanismos de transmissão 1985
Retrovirus
- Primeiros retrovirus descritos – HTLV-I e II
- Descoberta da transcriptase reversa 
- HIV1 - terceiro retrovirus patogênico para o homem descrito (HTLV3/LAV)
- Parasita intracelualr obrigatório
Mecanismos de Transmissão
Interação vírus-hospedeiro
- A integração na célula CD4 depende da disponibilidade de nucleosídeos para formação do DNA viral
- O RNA viral primário é destruido – não codifica ptn
- O vírus acompanha a célula e sua progênie
- A destruição gradual e progressiva de linfócitos T CD4 compromete o turnover das mesmas e danifica o timo e outros tecidos linfóides.
- Produção viral depende da ativação de promotores virais: coinfecções, produção de citocinas e ativação celular
Fatores que afetamo tempo de progressão
- Genéticos
HLA progressores lentos
Baixa expressão de CCR5
- Imunológicos
Ação citotóxica efetiva
Produção de fatores antivirais por linfócitos CD8
Citocinas que bloqueiam CCR5 (MIP1, RANTES) e CXCR4 (SDF-1)
- Virais
	Infecção por formas atenuadas de vírus
História Natural da Infecção
- Comprometimento da imunidade celular
- Surgimento de infecções
- Possibilidade de tratamento
- Recuperação imune (?)
Diagnóstico
Manifestações clínicas
- Infecções
- Neoplasias
- Doença constitucional
- Efeitos adversos das medicações
- Efeitos psicológicos e afetivos
- Efeitos sociais
- Manifestações respiratórias
Infecções bacterianas
Tuberculose
Pneumocistose 
Histoplasmose 
Micobacteriose atípica
CMV, Sarcoma de Kaposi 
Rhodococcus equi 
- Manifestações Neurológicas 
Toxoplasmose cerebral
Meningite criptocócica 
Linfoma
Encefalopatia pelo HIV
Meningite tuberculosa
Tuberculomas/Criptococomas 
Sífilis 
- Outras manifestações 
Oculares:Retinite por CMV, Herpes e Toxoplasmose
Digestivas:Esofagites, Colites
Diversos: Lesões cutâneas, Histoplasmose, Micobacteriose atípica 
Parâmetros clínicos
- Contagem de CD4 (citometria de fluxo)
- Avaliação da carga viral (PCR)
Tratamento 
- Inibidores da transcriptase reversa
Análogos
Não análogos
- Inibidores de protease
- Inibidores de fusão

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