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Enap Virtual Página inicial ► gestao_contratos | Turma 4/2016 ► Módulo 3 - Fiscalização de Contrato ► Exercício Avaliativo 3 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Iniciado em domingo, 28 Ago 2016, 06:41 Estado Finalizada Concluída em domingo, 28 Ago 2016, 07:25 Tempo empregado 43 minutos 53 segundos Notas 8,00/10,00 Avaliar 24,00 de um máximo de 30,00(80%) A Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu interpretação diversa da adotada até então, acerca da responsabilidade do tomador dos serviços nos contratos chamados de terceirização, nos quais a entidade contrata mão de obra para determinadas atividades que não fazem parte de sua atividade fim. Assinale a alternativa que expressa o entendimento do TST materializados na Súmula 331. a. Para que haja a responsabilização da Administração tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações relativas à fiscalização. Essa é a resposta correta. As condicionantes para a responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam: inadimplência das obrigações do empregador; participação na relação processual; e conduta culposa na fiscalização. b. A administração é responsável solidária pelos débitos trabalhistas havidos em relação aos empregados que lhe prestaram serviço, no âmbito do contrato de terceirização de mão de obra, desde que não tenha fiscalizado corretamente o cumprimento das obrigações trabalhistas pelo empregador. c. Para caracterização da responsabilidade subsidiária da Administração tomadora dos serviços de mão de obra, é preciso que haja pessoalidade e subordinação direta dos empregados com a tomadora dos serviços. d. Se a empresa terceirizada não cumprir com as obrigações trabalhistas dos empregados, a Administração Pública tomadora dos serviços responde subsidiariamente em relação aos débitos trabalhistas daqueles empregados. e. Os encargos trabalhistas não adimplidos pela empresa contratada pela Administração não torna esta última responsável solidária, mas autoriza o pagamento direto aos empregados dessas verbas não pagas pelo empregador. BRASIL Acesso à informação Participe Serviços Legislação Canais É importante observar que, enquanto a responsabilidade subsidiária impõe que primeiro se busque o cumprimento da obrigação do devedor principal, para, em não logrando êxito, cobrar do responsável subsidiário, na responsabilidade solidária, ambos são devedores conjuntos. Ou seja, nesta não há benefício de ordem nem proporcionalidade, qualquer um (ou todos) pode ser cobrado pelo todo. Naquela (subsidiária), há o benefício de ordem: primeiro se cobra de quem não cumpriu para depois cobrar daquele que, por alguma disposição, esteja na situação de responsável subsidiário. Importante também destacarmos a responsabilidade da Administração em duas situações, que receberam tratamento distinto da Lei 8.666/1993 acerca dos débitos trabalhistas e previdenciários, decorrente da execução do contrato de terceirização: o débito trabalhista, expresso no art. 71, § 1º, da Lei, e o Previdenciário, aposto no § 2º do mesmo artigo. Se formos ver o texto da Lei, observaremos que, para os débitos previdenciários, não tem jeito, se a empresa contratada pela Administração não pagar, quem vai ter de pagar é o órgão contratante. Já para os débitos trabalhistas, a lei prevê expressamente que os débitos decorrentes de uma relação de emprego com a empresa terceirizada, por exemplo, não transferem tal obrigação para a Administração. No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio do Enunciado 331, firmou entendimento de que haveria responsabilidade do contratante em caso da inadimplência do empregador, em clara oposição à expressa disposição da Lei. No final de 2011, o STF julgou constitucional o § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, fazendo com que a aplicação do enunciado 331 fosse limitada à análise de cada caso e não mais automaticamente como vinha sendo aplicado pela justiça trabalhista, o que levou à retificação da súmula nos termos atuais, em que ainda considera a Administração subsidiária quanto a débitos trabalhistas, mas condicionada à comprovação de que houve "conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora" e que ela (Administração) tenha participado da relação processual. Essa duas condicionantes são fundamentais para a responsabilização da Administração Pública nos termos da Súmula mencionada, pois se não houve conduta culposa, ou seja, se a Administração tomadora do serviço terceirizado adotou todas as providências quanto ao acompanhamento e fiscalização do contrato, mas ainda assim, ao final da execução do contrato, e em sede de processo trabalhista, foi constatado que a empresa estava inadimplente com as obrigações trabalhistas relativas aos seus empregados, a Administração não pode ser responsabilizada. Além disso, e esse aspecto é muito importante, para que a Administração seja responsabilizada é preciso que ela tenha integrado a relação processual, ou seja, ela tenha sido arrolada no processo trabalhista que busca o pagamentos das verbas trabalhistas sonegadas dos empregados. Nada mais justo que esses condicionantes, pois atentaria contra o princípio do processo legal se a Administração fosse compelida a fazer algo (no caso pagar os direitos trabalhistas dos empregados do contrato) sem que tivesse a oportunidade do contraditório e da ampla defesa. Gabarito: Para que haja a responsabilização da Administração tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações relativas à fiscalização. Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Essa é a resposta correta. As condicionantes para a responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam: inadimplência das obrigações do empregador; participação na relação processual; e conduta culposa na fiscalização. Após a realização do processo licitatório, foi firmado um contrato para a execução de obras de construção de uma quadra de esportes dentro de uma escola. Contudo, antes do início da execução da obra ocorreu um enorme deslizamento de pedras no local ocasionado por fortes chuvas, fato esse que tornou inviável a execução contratual. Uma vez que a empresa contratada não teve culpa no fato ocorrido, qual procedimento você recomendaria que fosse adotado pelo gestor: a. Efetuar a rescisão unilateral do contrato, sendo que não haverá a possibilidade de ampla defesa e/ou contraditório por parte da contratada e nem a necessidade de uma motivação formal por parte da administração, visto ser um fato público e notório. b. Efetuar a rescisão unilateral do contrato, caso em que a empresa contratada deverá ser indenizada apenas pelas despesas de desmobilização. c. Rescindir unilateralmente o contrato e efetuar o ressarcimento dos prejuízos comprovados, incluindo danos emergentes, assim como providenciar a devolução da garantia e o pagamento do que tiver sido executado até a data da rescisão e do custo da desmobilização. Essa é a alternativa correta. Conforme o § 2º do artigo 78, da Lei de Licitações e Contratos, sempre que houver uma rescisão unilateral de um contrato administrativo por parte a administração publica, o Contratado fará jus a indenização, desde que não tenha dado razão à rescisão e que tenha agido de boa fé. Essa indenização poderá consistir no pagamento do valor correspondeà execução do contrato até a data de rescisão, em danos emergentes e lucros cessantes, e em custo desmobilização. d. Tentar um acordo amigável com a empresa contratada para a dissolução do contrato, por meio da oferta de uma indenização a contento. e. Tentar efetuar a rescisão do contrato na esfera judicial, de modo a não precisar pagar qualquer tipo de indenização, visto não ter sido a Administração a responsável pelo evento gerador da inviabilidade de execução do contrato. Com base no ensinamento de Diógenes Gasparini, é interessante salientar que a rescisão unilateral trata-se de um dever-poder conferido à Administração Pública, logo quando esta estiver diante dos pressupostos que ensejam a rescisão, não cabe nesse momento juízo discricionário, a Administração deve assim proceder (rescindir o contrato) Leia mais: http://jus.com.br/artigos/21479/limites-das-alteracoes-unilaterais-qualitativas- dos-contratos-administrativos#ixzz2qgJZjUJD Gabarito: Rescindir unilateralmente o contrato e efetuar o ressarcimento dos prejuízos comprovados, incluindo danos emergentes, assim como providenciar a devolução da garantia e o pagamento do que tiver sido executado até a data da rescisão e do custo da desmobilização. Essa é a alternativa correta. Conforme o § 2º do artigo 78, da Lei de Licitações e Contratos, sempre que houver uma rescisão unilateral de um contrato administrativo por parte a administração publica, o Contratado fará jus a indenização, desde que não tenha dado Questão 3 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Marcar questão razão à rescisão e que tenha agido de boa fé. Essa indenização poderá consistir no pagamento do valor corresponde à execução do contrato até a data de rescisão, em danos emergentes e lucros cessantes, e em custo desmobilização. O fiscal do contrato é o representante da administração mais próximo da relação contratual estabelecida com um particular, e deve atuar dentro dos limites estabelecidos pela legislação, de modo que exerça sua atividade no intuito de contribuir para a boa gestão dos recursos públicos. Marque a alternativa correta acerca do Fiscal de Contrato. a. O fiscal do contrato e o preposto têm a mesma função, embora estejam em lados opostos na relação contratual. b. A comissão de fiscalização não se confunde com o fiscal de contrato, pois apenas este último tem competência legal para atuar (art. 67 da Lei 8.6661/993), sendo a comissão mera auxiliar do fiscal. c. Toda contratação pública deverá ter um fiscal designado, de modo que a Administração assegure-se do correto cumprimento das obrigações assumidas. Essa resposta está errada. As contratações públicas que exigem a presença de um fiscal de contrato são aquelas em que a execução do contrato não se dá de forma imediata e única, necessitando de acompanhamento de um representante da administração para assegurar que a execução transcorra de acordo com o que foi pactuado. d. A designação de servidor como fiscal de contrato que tenha participado da licitação que o antecedeu atenta contra o princípio da segregação de funções. e. A estabilidade funcional é condição necessária para o servidor ser designado fiscal de contrato. Três coisas tem que ser observadas quanto ao fiscal do contrato: a competência legal para o exercício da atividade; a distinção com a figura do preposto; e os destinatários da atividade. Não há que se questionar a ausência de dispositivos legais que disciplinem a atividade de fiscal de contrato quando de sua atuação, e, com base em documentos produzidos por ele, decorrer aplicação de sanções ao contratado, pois além das disposições expressas da Lei 8.666/1993, diversas normas regulamentadoras e disciplinadoras dos próprios órgãos contratantes ou órgãos centrais dão amparo legal para a atuação. Ainda que dela decorra alcance patrimonial de terceiros, ou seja, aplicação de penalidades pecuniárias ou restritivas. Para que esse arcabouço normativo tenha efetividade, as formalidades legais devem ser seguidas a risca, a começar com a designação pela autoridade competente de pessoa com capacidade técnica e jurídica para o exercício da atividade. Está última configurada na limitação do exercício da atividade apenas por servidores públicos, restando para terceiros não integrantes dos quadros da Administração, apenas a atividade auxiliar e subordinada à fiscalização. Por fim, considerando a possibilidade de a fiscalização ser exercida por comissão, e não de modo monocrático, é importante destacar que essa comissão, e mesmo a atividade fiscalizatória, não se confunde com os procedimentos de recebimento definitivo do objeto do contrato, disciplinado pelo art 73, da Lei 8.666/1993. Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Gabarito: A designação de servidor como fiscal de contrato que tenha participado da licitação que o antecedeu atenta contra o princípio da segregação de funções. Essa é a resposta correta. Como a atividade de fiscalizar implica em confrontar procedimentos anteriores da Administração com os procedimentos praticados pelo contratado, o princípio da segregação das funções impõe que a fiscalização de contratos decorrentes de atos pretéritos da Administração seja exercida por servidor diverso daquele que participou da escolha do ora contratado. Durante a execução de um contrato de obras firmado com determinada administração municipal, que previa o pagamento no prazo de 30 dias após a apresentação das faturas, mesmo regularmente cumprindo suas obrigações, executando os serviços e apresentando os boletins de medição e faturas relativas a esses serviços, a empresa não recebe há 2 meses, o que motivou um pedido de rescisão do contrato, alegando descumprimento da obrigação da prefeitura quanto ao pagamento. Acerca dos motivos para rescisão de um contrato administrativo, assinale a alternativa correta. a. A empresa deverá suspender a execução do serviço, rescindir o contrato e cobrar judicialmente as faturas atrasadas, com juros e correção monetária, sempre que a Administração descumprir a cláusula de pagamento no prazo acordado. b. A empresa não poderá suspender a execução dos serviços apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois essa ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes, próprias dos contratos administrativos. Essa é a alternativa correta. Somente o atraso superior a 90 dias autoriza ao particular a rescisão do contrato firmado com a Administração. A prevalência do interesse público sobre o particular, configurando como cláusula exorbitante própria dos contratos administrativos, está no "afastamento da incidência da exceção do contrato não cumprido" contra a Administração, ou seja, apesar de a Administração não cumprir a cláusula do pagamento na forma do termo de contrato, ainda assim o particular não pode invocá-la para rescindi-lo. c. A administração municipal não poderá ser apontada como causadora da rescisão de um contrato administrativo, pois deve sempre prevalecer o interesse público sobre o privado. d. A empresa poderá invocar razões de interesse público e rescindir o contrato administrativo, alegando que a execução compromete a sua viabilidade econômica. e. Caso a administração municipal suspenda a execução do contrato por prazo superior a 120 dias, em face, por exemplo, de não ter recursos orçamentários, o contrato será automaticamente rescindido, cabendo à empresa a indenização correspondente aos prejuízos a ele causados. Os motivos para rescisão de um contrato administrativo estão enumerados no art. 78 da Lei 8.666/1993. Para compreender bem as responsabilidades e consequências devemos conjugá-lo (ou seja, analisá-lo conjuntamente) com os arts. 79 e 80, pois neles estão definidas as hipóteses de incidência de penalidades, indenizações e prerrogativas dos partícipes do contrato. É importante notar que, havendo rescisão justificada por uma das partes, a outra parte terádireito a indenização decorrente dos prejuízos causados por tal rescisão. Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Gabarito: A empresa não poderá suspender a execução dos serviços apenas em face do atraso de 2 meses mencionado, pois essa ocorrência se insere nas hipóteses das cláusulas exorbitantes, próprias dos contratos administrativos. Essa é a alternativa correta. Somente o atraso superior a 90 dias autoriza ao particular a rescisão do contrato firmado com a Administração. A prevalência do interesse público sobre o particular, configurando como cláusula exorbitante própria dos contratos administrativos, está no "afastamento da incidência da exceção do contrato não cumprido" contra a Administração, ou seja, apesar de a Administração não cumprir a cláusula do pagamento na forma do termo de contrato, ainda assim o particular não pode invocá-la para rescindi-lo. As sanções aplicadas pela Administração em face de um contrato administrativo estão reguladas na Seção II, do Capítulo IV (arts. 87 a 88) da Lei 8.666/1993 e no art. 7º da Lei 10.520/2002 (Lei do Pregão). Com base nesses dispositivos e no que foi estudado no curso, assinale a alternativa correta. a. O impedimento de licitar e contratar com a Administração por prazo não superior a 2 anos, em razão de falha na execução, independe da modalidade de licitação que precedeu o contrato. b. A multa aplicada em face de um contrato administrativo independe de previsão no edital da licitação que o precedeu, considerando que já há previsão na Lei 8.666/1993 para a sanção, estando, assim, na seara da discricionariedade do contratante a sua gradação. c. Por ser a sanção mais leve e não haver consequência pecuniária para o contratado, a pena de Advertência prescinde do contraditório do interessado. d. A sanção de Advertência pode ser aplicada conjuntamente com a com multa somente quando decorrente de inexecução total do contrato. e. A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser aplicada como sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação. Essa é a resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação de declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali mencionados. A Lei do Pregão (Lei 10.520/2002) incorporou diversos dispositivos da Lei 8.666/1993, notadamente quanto à parte que disciplina os contratos administrativos decorrentes da nova modalidade de licitação introduzida no ordenamento jurídico por essa Lei. No entanto, a sanção por inadimplemento contratual - que na referida Lei foi consignada com a expressão "falhar ou fraudar" na execução do contrato - tem disciplina própria, mais gravosa para os contratantes inadimplentes, faltosos com as obrigações assumidas. Enquanto nos contratos decorrentes de licitações regidas pela Lei 8.666/1993 há a suspensão temporária por até dois anos e a declaração de inidoneidade enquanto perdurarem os motivos, nos contratos precedidos por Pregão a pena pode ir até 5 anos. Questão 6 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Marcar questão Nesse sentido, observa-se que houve uma mudança de 'filosofia' na nova modalidade, pois enquanto nas modalidades tradicionais predominava o controle prévio, com as exigências focadas nas formalidades; na modalidade Pregão houve a inversão dessa 'filosofia', flexibilizando as formalidades, mas impondo maior responsabilidade aos licitantes quanto ao cumprimento delas. Como contrapartida, no caso de descumprimento, a penalidade é mais gravosa. Por fim, lembro, ainda, a possibilidade de o TCU aplicar a sanção de declaração de inidoneidade, por até 5 anos, em face de fraude à licitação, conforme art. 46 da Lei 8.443/1992 (Lei Orgânica do TCU). Nesse caso, independe da modalidade que precedeu à contratação. Gabarito: A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser aplicada como sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação. Essa é a resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação de declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali mencionados. O fiscal de um contrato de fornecimento de alimentos para as escolas municipais observou que a empresa contratada tem cometido as seguintes falhas: atraso na data da entrega, quantitativos divergentes entre o que é entregue e o que consta das notas fiscais e entrega de alimentos com prazos de validade vencidos. Essas ocorrências têm sido anotadas em um arquivo eletrônico mantido no computador utilizado pelo fiscal da seguinte forma: Atraso na entrega: em 15/02/X1, as mercadorias da nota fiscal nº 145 foram entregues com de atraso. Quantitativos divergentes: os itens da nota fiscal nº 145, entregue em 15/02/X1, apresentaram as divergências a seguir - achocolatado (10 unidades na nota fiscal e 8 unidades entregues), óleo de soja (12 unidades na nota fiscal e 10 unidades entregues). Prazos de validade vencidos: os seguintes itens da nota fiscal nº 145, entregue em 15/02/X1, apresentaram prazos de validade vencidos - macarrão e farinha de trigo. Analisando a qualidade dos registros acima, escolha a alternativa correta. a. Os registros sobre o atraso na entrega, os quantitativos divergentes e os prazos de validade vencidos são adequados. A alternativa está errada. Os registros sobre o atraso na entrega e sobre os prazos de validade vencidos estão pouco detalhados. O registro sobre o atraso na entrega deveria indicar a data de entrega prevista; e o registro dos prazos de validade vencidos deveria indicar as datas de validade do macarrão e da farinha de trigo. b. Os registros sobre o atraso na entrega e os prazos de validade vencidos são adequados. c. Os registros sobre o atraso na entrega e os quantitativos divergentes são adequados. d. Os registros sobre os quantitativos divergentes e os prazos de validade vencidos são adequados. e. O registro sobre os quantitativos divergentes é adequado. Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Para serem adequados os registros deveriam indicar: Atraso na entrega: a data em que as mercadorias foram entregues e a data prevista de entrega. Quantitativos divergentes: as mercadorias que apresentaram os quantitativos divergentes e também quais as quantidades registradas na nota fiscal e quais foram realmente entregues. Prazos de validade vencidos: as mercadorias com data de validade vencida e quais suas respectivas datas de validade. Gabarito: O registro sobre os quantitativos divergentes é adequado. A alternativa está correta. O registro indica quais as mercadorias que apresentaram os quantitativos divergentes e também quais as quantidades registradas na nota fiscal e quais foram realmente entregues. Qual dos documentos a seguir não é essencial para o exercício da fiscalização de contratos? a. Proposta da contratada e planilha de preços do contrato. b. Edital de licitação. c. Mapa comparativo das propostas de preços da licitação. Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos procedimento de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente que apresentou a melhor proposta da licitação, não interferindo na fiscalização do contrato. Logo, não é essencial para o exercício da fiscalização de contratos. d. Termo de contrato e seus aditivos. e. Projeto básico ou termo de referência. Documentos essenciais para a fiscalização são aqueles que dão ao fiscal de contratos as informações de que ele necessita para acompanhar, comparar, conferir, medir o objeto, notificar o contratado,comunicar ao ordenador de despesa, enfim, exercer sua atividade segundo as exigências da atividade. Logo, não interessa para o fiscal a verificação de informações sem relação de pertinência com a execução do objeto, a exemplo das propostas dos demais licitantes preteridos no processo de escolha do fornecedor. Diversamente, documentos como contratos e seus aditivos, planilha de preços, termo de referência, projetos e orçamentos são fundamentais para a correta fiscalização do contrato. Gabarito: Mapa comparativo das propostas de preços da licitação. Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos procedimento de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente que apresentou a melhor proposta da licitação, não interferindo na fiscalização do contrato. Logo, não é essencial para o exercício da fiscalização de contratos. Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão A Instrução Normativa SLTI nº 02/2008 orienta em vários de seus dispositivos a forma como se deve proceder quando do acompanhamento e da fiscalização da execução dos contratos, em especial quando nele está envolvida a prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão-de-obra. Quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais, cabe ao fiscal realizar as seguintes verificações, EXCETO: a. Fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando cabível. b. Cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados vinculados ao contrato. c. Recolhimento da contribuição previdenciária estabelecida para o empregador e de seus empregados, conforme dispõe o artigo 195, § 3o da Constituição federal, sob pena de rescisão contratual. d. Cumprimento das obrigações contidas na convenção coletiva, no acordo coletivo ou na sentença normativa em dissídio coletivo de trabalho. e. Recolhimento do FGTS referente ao mês atual. Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa. Para que o fiscal tenha condições de efetuar seu trabalho de modo a resguardar todos os interesses da Administração Pública, é muito importante que ele, além de lançar mão dos instrumentos de praxe, procure buscar mais informações e conhecimento por meio da leitura dos manuais disponibilizados pelos diversos órgãos públicos, além da Lei, da doutrina e da jurisprudência, lembrando sempre de observar as especificidades de cada contrato nos casos concretos. Gabarito: Recolhimento do FGTS referente ao mês atual. Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa. De acordo com o Artigo 67 da Lei Federal 8.666/93, a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidia-lo de informações pertinentes a essa atribuição. Das 5 (cinco) alternativas listadas abaixo, 4 (quatro) representam situações funcionais permitidas para o fiscal do contrato e 1 (uma) representa situação funcional não permitida para o fiscal do contrato. Qual dos itens abaixo representa a alternativa de uma situação funcional em que NÃO é permitida a indicação para o exercício da atribuição de fiscal de contrato? a. Servidor Estável b. Servidor Comissionado c. Empregado Público Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão d. Empregado Terceirizado A indicação de terceirizados para o exercício do cargo de fiscal de contrato NÃO é permitida, em consonância com o disposto no Acórdão TCU 100/2013-Plenário. Terceirização é a contratação de serviços por meio de empresa, intermediária (interposta) entre o tomador de serviços e a mão-de-obra, mediante contrato de prestação de serviços. e. Servidor Temporário Para que a Administração Pública possa efetuar uma fiscalização efetiva, eficaz e eficiente é fundamental que o fiscal do contrato tenha vínculo direto com a Administração Pública, já que, do contrário, a pessoa designada como fiscal poderia representar interesses estranhos aos do Estado, ou seja, que não almejassem ao interesse público. Conforme os diplomas legais existentes, em especial, o artigo 37 da Constituição Federal, o inciso III do artigo 58 c/c o artigo 67, ambos da Lei n° 8.666/93, e, ainda, a Instrução Normativa da SLTI n° 02/2008, que dispõe de regras para a contratação de serviços continuados ou não, infere-se que o representante da Administração deverá ter vínculo com a Administração Pública devendo, portanto, ser servidor estável, comissionado ou empregado público. É possível também, de acordo com o entendimento do Ministério do Planejamento, a designação de servidores temporários (contratados pela Lei n° 8745/93). Gabarito: Empregado Terceirizado A indicação de terceirizados para o exercício do cargo de fiscal de contrato NÃO é permitida, em consonância com o disposto no Acórdão TCU 100/2013-Plenário. Terceirização é a contratação de serviços por meio de empresa, intermediária (interposta) entre o tomador de serviços e a mão-de-obra, mediante contrato de prestação de serviços. A inexecução, total ou parcial, do contrato administrativo dá motivo para que a Administração adote medidas punitivas em desfavor do contratado, bem como a rescisão contratual, autorizada pelo art. 78 da Lei 8.666/1993, que elenca os casos passíveis da adoção da medida. Das alternativas abaixo, indique a situação que configura inexecução contratual. a. Os materiais utilizados nos serviços do projeto hidráulico foram aplicados em quantitativos diferentes do licitado e contratado, apesar de obra ter sido concluída. Essa é a resposta correta. Ainda que a obra tenha sido concluída, a execução de serviços com quantitativos menores do que o que fora licitado e contratado configura inexecução parcial do contrato. b. Em face de uma greve deflagrada por uma categoria profissional estranha ao contrato, mas que impede os trabalhadores da contratada de chegarem até o local, a obra foi paralisada. c. Atraso no início dos serviços, em razão da não liberação o terreno da Administração em que seria realizada a obra. d. Falta de cumprimento de ordens do fiscal do contrato dadas aos empregados da contratada, devidamente mencionadas na reunião mensal com o gerente da empresa. e. A saída de um dos sócios da empresa, mantendo-se a estrutura e o objetivo social. Uma das dificuldades de caracterizar inexecução contratual está em definir corretamente quais as ocorrências se caracterizam claramente como descumprimento de cláusulas da avença. Algumas delas são facilmente identificadas, de acordo com o tipo de objeto do contrato, ou da circunstância de sua ocorrência. No entanto, as situadas no 'zona cinzenta', trazem uma dificuldade adicional para aqueles que se deparam com a situação. A melhor maneira de lidar com tais questões é definir, previamente, no edital e no contrato, as situações passíveis de serem consideradas como inexecução contratual e as respectivas consequências para as partes quando de suas ocorrências. Além disso, todas as ocorrências devem ser formalizadas e de conhecimento da contratada, de modo que, em havendo as condições para a rescisão do contrato, a formalização da motivação para a medida deverá estar amparada nos documentos, sobre os quais o contratado poderá exercer o contraditório e a ampla defesa, conforme previsto no parágrafo único do art. 78, da Lei 8.666/1993. Gabarito: Os materiais utilizados nos serviços do projeto hidráulico foram aplicados em quantitativos diferentes do licitado e contratado, apesar de obra ter sido concluída. Essa é a resposta correta. Ainda que a obra tenha sido concluída, a execução de serviços com quantitativos menores do que o que fora licitado e contratado configura inexecução parcial do contrato.Terminar revisão NAVEGAÇÃO DO QUESTIONÁRIO Mostrar uma página por vez Terminar revisão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Escola Nacional de Administração Pública - ENAP
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