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Direitos Autorais e Propriedade Industrial

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DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 1
Objetivo do curso: Neste semestre você estudará a disciplina “Direitos Intelectuais”. O objetivo do curso é transmitir ao aluno noções claras dos temas tratados, aliando teoria e aspectos práticos. Hoje, com o desenvolvimento de novas tecnologias e seu rápido aperfeiçoamento, as questões relativas à proteção de direitos autorais, propriedade industrial, marcas e nome de domínio assumem relevância na área jurídica. Os livros recomendados podem ser encontrados na biblioteca da faculdade (www.biblioteca.fmu.br).
O tema desta semana diz respeito às noções gerais sobre a propriedade intelectual. Você observará como se deu a evolução da proteção conferida à propriedade intelectual e outras questões relacionadas a essa parte introdutória da matéria.
Leia o breve resumo e consulte a bibliografia indicada.
 
Resumo:
O sistema jurídico da propriedade intelectual tutela a criação humana, ou seja, o bem incorpóreo fruto da mente humana, ou seja, da manifestação de seu aspecto criativo.
São espécies de propriedade intelectual:
a-) propriedade industrial (protege a criação humana no campo técnico, a exemplo das invenções, como é o caso do telefone);
b-) direitos de autor e conexos (protege a criação humana no campo estético, tal como ocorre em relação aos autores de livros, compositores de músicas e seus intérpretes, dentre outros);
c-) software (são programas de computador tratados de forma especial por lei específica)
 
Os direitos intelectuais relacionam-se com as criações estéticas exteriorizadas num corpo mecânico – suporte físico. Assim, por exemplo, a folha de papel é o suporte físico, ou corpo mecânico, do livro, enquanto as palavras representam a criação, o elemento criativo manifestado por seu autor.
Para que haja proteção de qualquer tipo de criação intelectual, é imprescindível observar o caráter de novidade, originalidade. Lembre-se disso em todas as aulas!
Algumas observações relativas à evolução histórica da proteção conferida à propriedade intelectual:
(i)                                                                Antigamente, não existiam mecanismos para fixação de obras. Somente no séc. XIX surgiram a fotografia e o cinema;
(ii)                                                              A tradição era a oralidade. Isso só mudou com o surgimento da prensa, criada por Gutenberg. O 1º livro publicado e copiado foi a bíblia.
(iii)                                                             A proteção às criações intelectuais teve início no séc. XVIII, na Europa.
(iv)                                                            No Brasil, a Constituição da República de 1891 já previa proteção.
(v)                                                             A Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) também previa proteção.
 
Importante observar os pontos existentes entre a propriedade intelectual e os direitos da personalidade:
		Para Rubens Limongi França, os direitos da personalidade são “faculdades jurídicas cujo objeto são os diversos aspectos da própria pessoa do sujeito, bem assim as suas emanações e prolongamentos”. São exemplos de direitos da personalidade: honra, imagem, liberdade, dentre outros.
No campo da propriedade intelectual existem os chamados direitos morais do autor, e que correspondem aos direitos da personalidade, pois são direitos que não se destacam da pessoa de seu titular. São exemplos de direitos da personalidade no campo intelectual:
(i) paternidade da obra (ex.: ainda que já tenha falecido, ninguém pode negar que a música “Garota de Ipanema” foi criada por Vinícius de Moraes e Tom Jobim);
(ii) inédito (o autor da criação intelectual tem o direito de mantê-la em sigilo, sem que seja divulgada ao público);
(iii) nome (o criador escolhe o nome da obra; assim, por exemplo, o compositor musical elege o nome de sua música, e ninguém pode alterá-lo)
 
Questões de assimilação:
1-) Qual é o objeto dos direitos intelectuais?
2-) Quais são as espécies de direitos intelectuais protegidas pelo Direito?
3-) É correto afirmar que a proteção conferida aos direitos intelectuais é recente na história? Por quê? Justifique.
4-) Existem direitos da personalidade comuns aos direitos intelectuais? Explique sua resposta.
5-) É correto afirmar que o direito de paternidade da obra é direito moral do autor? Por quê? Justifique.
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 2
 
O tema desta semana é propriedade intelectual e as convenções internacionais. Tendo em vista o recente surgimento da proteção conferida à propriedade intelectual, bem como sua abrangência, é importante estudar alguns aspectos da legislação internacional que orienta na elaboração de regras por parte dos países signatários, a exemplo do Brasil.
Leia o breve resumo e procure consultar a bibliografia indicada.
 
Resumo:
Como você estudou na aula anterior, somente num passado recente é que se começou a legislar para proteger os criadores de obras intelectuais. É importante que haja legislação internacional para se tentar “padronizar” certos aspectos da proteção ao criador de obra intelectual, até mesmo para uniformizar o tratamento entre os países signatários de tratados e convenções internacionais, especialmente na atualidade, tendo em vista o desenvolvimento de novas tecnologias e da própria Internet como meio de comunicação.
(i)                                        Convenção da União de Paris para proteção da propriedade industrial (1883):
- Previu celebração periódica de conferências para atualização do sistema protetivo;
- Trouxe definições fundamentais sobre:
	a-) Objeto da proteção:
			- patentes de invenção (20 anos)
			- modelos de utilidade (15 anos)
			- desenhos industriais (10 anos)
			- marcas de serviço
			- nome comercial
		Objetivo: repressão da concorrência desleal
	b-) Princípios:
			- independência das patentes;
- igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros de países signatários;
			- direito de prioridade
 
(ii)                                       Convenção da União de Berna para a proteção das obras literárias e artísticas (1886):
- No Direito de autor existem dois sistemas protetivos:
	a-) unionista (ref. Conv. Berna – Brasil signatário)
	b-) copyright (Estados Unidos)
		- O Brasil segue o sistema unionista, que prevê a existência dos direitos patrimoniais e, também, dos direitos morais do autor.
		- Prazo mínimo de proteção das obras: 50 anos.
		- Previu atualização/revisão periódica. Na Revisão de Roma, incorporou-se a proteção aos direitos conexos, ou seja, direitos ‘vizinhos’ (exemplo é o direito do intérprete de determinada música; embora o intérprete não seja necessariamente o autor, possui direito sobre sua interpretação).
 
	(iii)	Convenção de Estocolmo e criação da OMPI (1967);
			- OMPI – Organização Mundial sobre a Propriedade Intelectual. É agência da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável pela administração dos acordos internacionais relacionados à propriedade intelectual, sediada em Genebra, na Suíça.
 
(iv)                                    OMC e TRIP´s:
- Surgiram após a 2ª Guerra Mundial.
- São organizações internacionais que mediam as relações comerciais (OMC) e relacionadas à propriedade intelectual (TRIP´s).
 
Questões de assimilação:
1-) Qual a principal convenção internacional que trata de regras relativas à propriedade industrial?
2-) Quais são os objetos de proteção da Convenção da União de Paris?
3-) De que trata a Convenção da União de Berna?
4-) O que é a OMPI?
5-) Qual a importância dos tratados e convenções internacionais em matéria de proteção das criações intelectuais?
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 3
O tema de estudo desta semana recai sobre os fundamentos constitucionais da propriedade intelectual. Na última aula você viu que as convenções e tratados internacionais são importantes para fixar premissas a serem adotadaspelos países signatários na elaboração de suas próprias leis internas acerca da matéria. Agora você verá que a Constituição Federal do Brasil trouxe os fundamentos para a proteção dos direitos intelectuais. Leia o resumo e procure consultar a bibliografia indicada.
 
Resumo:
Como você sabe, a Constituição Federal traz o fundamento de todas as normas legais que compõem o sistema jurídico brasileiro. Em se tratando de propriedade intelectual, não é diferente.
 
	Propriedade intelectual como cláusula pétrea da Constituição Federal:
		- Os direitos intelectuais são protegidos como criações estéticas;
		- O aspecto moral, ou seja, extrapatrimonial, é protegido como direito fundamental, e conseqüência do princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III CF);
		- Na qualidade de direitos fundamentais, verifique o art. 5º, incisos IX, XXVIII e XXIX da CF.
		- Como você sabe, os direitos fundamentais não podem ser abolidos, nem mesmo por Emenda à Constituição Federal, conforme dispõe o artigo 60, § 4º CF. Assim, a proteção conferida aos criadores de obras intelectuais constitui cláusula pétrea.
 
	A autoria e o direito exclusivo de utilização da obra:
		São características dos direitos autorais, dentre outras:
(i)                                                                                        perpetuidade da ligação da obra ao seu autor;
(ii)                                                                                      limitação temporal dos direitos patrimoniais;
(iii)                                                                                     dualidade dos direitos em: morais e patrimoniais;
(iv)                                                                                    possibilidade de circulação jurídica da obra;
(v)                                                                                     exclusividade do autor para a exploração da obra.
 
A proteção às participações individuais em obras coletivas:
	Para se ter uma idéia do que seja obra coletiva, podemos exemplificar com a chamada obra publicitária. E a Constituição Federal assegura que os criadores que participam de obras coletivas possuem direito em relação às suas participações individuais. Isto porquê a obra coletiva possui um titular, geralmente seu organizador. O fundamento da proteção está no art. 5º, XXVIII, a da CF/88.
 
	Fiscalização do aproveitamento econômico da obra:
		Os direitos autorais se dividem em direitos patrimoniais e direitos morais. Os direitos morais, como já vimos em aulas anteriores, são aqueles que não se destacam da pessoa do autor, assim como os direitos da personalidade. Já os direitos patrimoniais dizem respeito à exploração da obra e sua circulação jurídica com fins econômicos. E a CF/88 assegura a fiscalização do aproveitamento – art. 5º, XXVIII, b.
 
	Criações industriais, marcas, nomes de empresas e signos distintivos:
		No campo técnico, as criações intelectuais que possam ser objeto de processo industrial de reprodução, bem como as marcas, nomes e signos, são protegidas segundo as regras aplicáveis à propriedade industrial. E sua proteção vem assegurada pela Constituição Federal – art. 5º, XXIX.
 
Questões de assimilação:
1-) Por que se diz que os fundamentos constitucionais relativos à proteção dos criadores de obras intelectuais constituem cláusula pétrea?
2-) Qual o fundamento constitucional da proteção do autor de criação industrial?
3-) É correto afirmar que o autor possui direito exclusivo de utilização da obra?
4-) Nas obras coletivas, as participações individuais são protegidas? Qual é o fundamento?
5-) Existe fiscalização quanto ao aproveitamento econômico da obra? Qual é o fundamento?
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 4
Depois de analisar alguns conceitos e idéias básicas a esta disciplina, agora você iniciará o estudo dos Direitos Autorais e a legislação aplicável.
Leia o resumo e a bibliografia indicada, inclusive a legislação pertinente.
 
Resumo:
- No campo estético (obras literárias, artísticas e científicas), os direitos intelectuais protegem os chamados direitos autorais, que abrangem os direitos de autor e os direitos conexos.
- Existe legislação infra-constitucional adequada e própria que se aplica aos direitos autorais. É a Lei 9610/98, também chamada “Lei dos Direitos Autorais” (LDA).
	Direito de autor “é o direito que o criador da obra intelectual tem de gozar dos produtos resultantes da reprodução, da execução ou da representação de suas criações” (Otávio Afonso).
 
	Direitos conexos “são os direitos reconhecidos a determinadas categorias como análogos ou afins ao direito autoral” (Roberto Senise Lisboa). São direitos oriundos de criações estéticas realizadas sobre outras obras já existentes e comunicadas. São os direitos dos artistas intérpretes ou executantes, por exemplo.
 
	Natureza jurídica dos direitos de autor: são direitos sui generis porque protegem o aspecto patrimonial e o aspecto moral.
	Interpretação dos negócios jurídicos que versem sobre direitos de autor: restritiva, conforme o artigo 4º da Lei 9610/98.
	Registro das obras intelectuais:
		- eventual registro tem caráter meramente declaratório, pois é facultativo;
		- registro gera presunção relativa de autoria (cabendo, portanto, prova em contrário), e delimita a época da criação da obra;
		- vigora o princípio da não obrigatoriedade do registro – art. 18 da Lei 9610/98.
 
	Direitos patrimoniais do autor “são direitos pecuniários exclusivos do criador, decorrentes da circulação jurídica da obra” (Roberto Senise Lisboa). Diz respeito à exploração econômica da obra.
		- Características:	transmissibilidade (da utilização econômica);
					temporariedade (para fins de disposição contratual);
					penhorabilidade;
					prescritibilidade (para reclamar direitos autorais);
					disponibilidade
		- Benefícios econômicos que o autor obtém pela utilização da obra são originários de 3 formas de exploração:	direito de reprodução;
						direito de comunicação pública;
						direito de transformação.
		- Prazo de proteção:	70 anos, contados de 01 de janeiro do ano subseqüente à morte. Se for obra audiovisual ou fotografia, a contagem se dá a partir do dia 01 de janeiro do ano subseqüente à divulgação.
		- Fundamento legal:	art. 28 e seguintes da Lei 9610/98.
 
	Direitos morais do autor: “são prerrogativas de ordem não patrimonial e de pertinência estritamente pessoal, que visam dar ao autor o poder de zelar pela sua qualidade de criador da obra intelectual e de promover o respeito a ela, tanto quanto à sua divulgação, quanto à sua inteireza e sua existência, segundo seu único e íntimo arbítrio” (Eduardo Vieira Manso). São direitos pessoais que reconhecem o prolongamento da personalidade de seu criador.
		- Características:	oponíveis erga omnes;
					inalienáveis;
					impenhoráveis;
					irrenunciáveis
		- São direitos morais do autor:	paternidade;
							inédito;
							integridade da obra;
retirar de circulação (arrependimento);
acesso a único exemplar para preservação da memória da obra
		- Fundamento legal:	art. 24 e seguintes da Lei 9610/98
 
Questões de assimilação:
1-) O que são direitos de autor?
2-) O que são direitos conexos?
3-) Os direitos autorais são protegidos no âmbito das criações no campo ___________. Explique.
4-) O que são direitos patrimoniais do autor? Justifique e exemplifique.
5-) O que são direitos morais do autor? Justifique e exemplifique.
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 5
Nessa semana, você prosseguirá os estudos da Lei dos Direitos Autorais. Trataremos da classificação das obras criadas pelo autor, bem como das hipóteses de limitação, transferência e utilização dos direitos de autor.
Leia o resumo, bem como a legislação indicada. Procure acessar a bibliografia para complementar seus estudos.
 
Resumo:
 
A Lei dos Direitos Autorais se presta a proteger as obras literárias, artísticas e científicas.Existem obras que são protegidas, assim como outras que não são protegidas.
	Obras protegidas pelo direito de autor – o art. 7º da Lei 9610/98 traz o rol das obras protegidas, a exemplo dos textos de obras literárias, artísticas ou científicas; das obras dramáticas; das obras coreográficas; das obras fotográficas; das obras audiovisuais, dentre outras.
	Obras não protegidas pelo direito de autor – o art. 8º da Lei 9610/98 dispõe sobre obras que não são protegidas, podendo qualquer pessoa delas fazer uso, com as devidas referências que se fizerem necessárias. É o caso dos textos de tratados ou convenções, leis, decretos, decisões judiciais, bem como das informações de uso comum (calendário, agenda, cadastro, legenda), dentre outros.
 
	Autoria das obras intelectuais:
Titularidade originária:	“é a qualidade jurídica atribuída àquele que é o criador de uma obra estética” (Roberto Senise Lisboa)
Titularidade derivada:	“é a qualidade jurídica atribuída àquele que percebe direitos autorais de obra elaborada por outrem” (Roberto Senise Lisboa). É o caso da adaptação, por exemplo. Veja o art. 14 da Lei 9610/98.
Verifique o art. 5º, VIII, alíneas f e g, que trazem os conceitos de obra derivada e obra originária.
Obra em co-autoria:		Nos termos do art. 5º, VIII, a da LDA, é a obra criada em comum por 2 ou mais autores. Será divisível se for possível identificar a parte elaborada por cada autor. Será indivisível se houver “fusão” resultante da atividade intelectual, sem que se identifique qual parte foi elaborada por qual autor. Nesse último caso, será obra coletiva (art. 5º, VIII, h da LDA).
Obra coletiva:		criada por iniciativa, organização e responsabilidade de pessoa física ou jurídica que a publica em seu nome.
 
	Limitação, transferência e utilização dos direitos de autor:
		As limitações são o reconhecimento dos legítimos interesses dos usuários, em certa medida. Assim, por exemplo, não ofende o direito de autor, nem necessita de prévia e expressa autorização a reprodução de pequenos trechos da obra, desde que mencionada a fonte (nome do autor e da obra). É por essa razão que, nos trabalhos monográficos, os alunos devem fazer referência ao autor dos trechos mencionados, observadas as regras da ABNT |(destacar ente aspas, para saber que a redação do texto mencionado é de outrem, por exemplo).
		- Fundamento legal:	art. 46 a 48 da LDA (Lei 9610/98).
 
		Transferência: total ou parcial, por contrato escrito e específico, que se presume oneroso. O instrumento comum é a CESSÃO, embora haja outras modalidades (concessão, licenciamento, edição).
		- Fundamento legal:	art. 49 a 52 da LDA (Lei 9610/98)
 
		Utilização: fundamento legal – art. 53 a 67 da LDA (Lei 9610/98).
 
Questões de assimilação:
1-) Quais são as obras protegidas pelos direitos autorais? Exemplifique.
2-) Texto de decisão é protegido pela Lei 9610/98? Por quê?
3-) Diferencie obra originária de obra derivada.
4-) É correto afirmar que a obra em co-autoria é indivisível? Por quê? Justifique.
5-) Sabendo-se que as obras só podem ser utilizadas ou reproduzidas por terceiros mediante expressa e prévia autorização, pergunta-se: a citação de pequenos trechos de obra literária viola os direitos do autor? Justifique sua resposta.
	DISCIPLINA: Direitos Intelectuais
	
 
Semana 6
Dando seguimento ao estudo dos Direitos Autorais, nessa semana o tema de estudos é direitos conexos, também protegidos pela Lei 9610/98.
Leia o resumo, a legislação indicada e procure complementar seus estudos por meio da leitura da bibliografia indicada.
 
Resumo:
 
- A proteção conferida aos chamados direitos conexos decorre da evolução da tecnologia, que ampliou os meios para comunicação pública das obras.
- Hoje existem meios para fixação de sons e imagens. Ex.: no CD (suporte fático, ou corpo mecânico) se fixa a música, de modo que esta possa ser ouvida várias vezes, sendo necessário prever proteção não só ao autor, como também ao intérprete, na medida em que várias pessoas poderão ouvi-lo.
- Os direitos conexos também são chamados de direitos vizinhos.
	Fundamento legal:
LDA – arts. 89 a 100 tratam dos direitos conexos.
 
São direitos conexos:	os direitos dos artistas intérpretes;
				os direitos dos executantes;
				os direitos dos produtores fonográficos;
				os direitos das empresas de radiodifusão.
 
	Algumas observações importantes:
(i)	no direito dos artistas, há uma prestação, e não a criação de uma obra;
(ii)	o fonograma não é protegido como obra em si (pois o ato industrial de fixar sons não é criação artística; aqui, o critério tem viés econômico);
(iii)	em relação às empresas de radiodifusão o critério é de investimento, e não de criatividade, tal como no caso do fonograma.
 
- Para utilização, reprodução, distribuição, comunicação, fixação ou qualquer outra forma de utilização, o intérprete, o executante, o produtor fonográfico ou a empresa de radiodifusão deverá prévia e expressamente autorizar. Essas mesmas pessoas também têm o direito de proibir a utilização.
 
	Duração:	70 anos. Contagem: a partir do dia 01 de janeiro do ano subseqüente à fixação (fonogramas), à transmissão (emissões das empresas de radiodifusão), à execução e representação pública (para os demais casos).
 
	Associações de titulares de direitos de autor e conexos:
		- A LDA faculta a criação de associações. Porém, a arrecadação e distribuição dos valores pagos a título de direitos autorais é centralizada num único escritório.
		- O ente que arrecada e distribui é o ECAD (Escritório Central de Arrecadação dos Direitos Autorais). Trata-se de uma sociedade civil privada, instituída pela antiga Lei dos Direitos Autorais (Lei 5988/73).
 
Questões de assimilação:
1-) O que são direitos conexos?
2-) Como se faz a contagem do período de duração dos direitos conexos?
3-) Os direitos morais do intérprete se sujeitam ao prazo de 70 anos previsto na LDA? Por quê?
4-) Por quê os direitos dos produtores de fonogramas e das emissoras de radiodifusão são protegidos na qualidade de direitos conexos?
5-) Como se dá a arrecadação dos direitos autorais?
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 7
Após estudar os principais aspectos da Lei dos Direitos Autorais, nessa semana você estudará as sanções aplicáveis na hipótese de violação dos direitos autorais, bem como terá uma visão geral acerca de alguns regimes especiais do direito de autor, finalizando o estudo sobre os direitos autorais.
Leia o resumo, a legislação indicada, bem como bibliografia para complementar seus estudos.
 
Resumo:
 
- Como já visto em aulas anteriores, o autor da obra possui exclusividade para explorá-la economicamente. Assim, uma obra só pode ser reproduzida, adaptada e utilizada mediante prévia e expressa autorização de seu autor. É assim com novelas, músicas, livros, entre outros, salvo naquelas hipóteses do art. 46 LDA (limitações).
- Desta forma, qualquer utilização que não se dê na forma do art. 46 LDA constitui, no mínimo, infração civil, sujeita às sanções previstas em lei. É o caso de reprodução integral de livro, por exemplo. Também é exemplo o plágio, ou seja, a reprodução sem indicação de fonte (autor e nome da obra).
 
São medidas civis possíveis:	(i)	apreensão e destruição de exemplares;
						(ii)	indenização;
(iii)                                                                                                                                                           perda de equipamentos utilizados;
(iv)                                                                                                                                                          suspensão ou interrupção judicial
 
- Também existem sanções administrativas:		(a)	advertência;
							(b)	multa;
(c)	suspensão do funcionamento do estabelecimento (exemplo: casa noturna que executa músicas e não recolhe taxa ao ECAD)
 
- No âmbito penal, as sanções só podem ser aplicadas se houver queixa-crime (por se tratar de ação penal privada) queresulte na respectiva condenação. Só será caso de ação penal pública quando a violação aos direitos autorais acarretar em sonegação fiscal, crime contra a ordem tributária ou crime contra as relações de consumo.
 
		Visão geral acerca de alguns regimes especiais do direito de autor:
		- Algumas obras obedecem a regimes especiais estabelecidos pela LDA em razão de suas particularidades.
		- Seguem regime especial:
						(i)	obra plástica;
						(ii)	obra arquitetônica;
(iii)                                                                                                                                                           obra fotográfica;
(iv)                                                                                                                                                          bancos de dados;
(v)                                                                                                                                                            obra publicitária, dentre outras.
 
Questões de assimilação:
1-) Quais são as sanções civis impostas a quem viola direitos autorais?
2-) É correto afirmar que, havendo violação de direitos autorais, a ação penal será sempre pública incondicionada? Por quê?
3-) Casa noturna que não recolhe taxa ao ECAD relativa às músicas executadas pode sofrer que tipo de sanção?
4-) Copiar trecho de obra literária de terceiro sem destacar e indicar nome do autor e da obra viola os direitos do autor? Por quê?
5-) Em que hipóteses a sanção penal pode ser aplicada independentemente do autor prejudicado prestar queixa-crime?
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 8
Após estudar os Direitos Autorais e a Lei 9610/98 (Lei dos Direitos Autorais), nessa semana você estudará os programas de computador (software), bem como a legislação própria (Lei 9609/98).
 
Resumo:
Na 1ª aula, você viu que os direitos intelectuais se dividem em: (i) direitos autorais; (ii) propriedade industrial e (iii) software. Pois bem. Nessa semana estudaremos o software.
 
	Conceito:		Software é sinônimo de programa de computador. O art. 1º da Lei 9609/98 traz a definição. Software é diferente de hardware. Basicamente, o hardware é a máquina (o computador), enquanto o software é o programa que, uma vez instalado na máquina, permite seu funcionamento. Exemplos de software: Windows; MS-DOS; antivírus (diversos: Norton; MacAfee; Avast...).
 
	Natureza jurídica:	A LDA (Lei 9610/98) equipara o programa de computador às obras literárias. Mas sua natureza jurídica não é pacífica entre os doutrinadores. Para alguns, é bem imaterial; para outros, é bem material. Fato é que se trata de criação humana que necessita de proteção.
 
	Regime jurídico:	próprio, conforme a Lei 9609/98.
 
	Prazo de proteção:	50 anos, contados do dia 01 de janeiro do ano seguinte ao da publicação.
 
	Registro:		a lei do software (Lei 9609/98) não exige, com exceção dos contratos que envolvem transferência de tecnologia de software, hipótese em que o registro é obrigatório junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).
 
	Isenção:		o art. 6º da Lei 9609/98 traz o rol de hipóteses que não constituem ofensa aos direitos do criador do programa de computador.
 
	Garantia aos usuários: o titular dos direitos sobre o software responde perante o usuário. É por essa razão que deve consignar o chamado “prazo de validade técnica”, dentro do qual deverá garantir “a prestação de serviços técnicos complementares relativos ao adequado funcionamento do programa” (art. 8º da Lei 9609/98).
 
	Contratos relativos a software: é possível celebrar contratos de: licença, comercialização e transferência de tecnologia.
 
	Sanções:		Os artigos 12 a 14 da Lei 9609/98 tipificam as condutas violadoras e passíveis de repreensão, a exemplo da reprodução do software para fins de comércio (pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa).
 
Questões de assimilação:
1-) Diferencie hardware de software.
2-) Qual é o prazo de proteção do software? Como se dá a contagem desse prazo?
3-) Para que o autor do software seja protegido é necessário o registro?
4-) Que tipo de garantia os usuários do software possuem?
5-) Que tipo de sanção pode ser aplicada a quem viola os direitos do autor do software?
 
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 9
 Após estudar os direitos autorais e o software, nessa semana você iniciará os estudos acerca da propriedade industrial, disciplinada pela Lei 9279/96.
Leia o resumo e a legislação indicada, procurando complementar seus estudos com a leitura da bibliografia indicada.
 
Resumo:
 
- Fala-se em propriedade industrial para designar criações intelectuais no campo técnico (conforme aula 1). São criações ainda desconhecidas e que, do ponto de vista objetivo, devem preencher o caráter de novidade, tal como o telefone, a máquina fotográfica, etc. Essas criações possuem utilidade prática e facilitam o desenvolvimento de certas atividades humanas.
- A necessidade de se proteger essas criações advém da capacidade de reproduzir e difundir em ampla escala.
- Regime jurídico: conforme a Lei 9279/96.
- Registro: obrigatório (sistema atributivo) (diferentemente do que ocorre em relação às obras no campo estético – obras artísticas, literárias e científicas -, cujo registro é facultativo).
- Órgão de registro: INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial)
- Abrangência da Lei 9279/96:	(i)	invenções industriais;
(ii)	criações de forma (modelo de utilidade e desenhos industriais);
(iii)	sinais identificadores (marca e nome comercial)
- Objetivo da proteção:	repressão à concorrência desleal
 
	(i) Invenções industriais:	invenção é uma concepção, um idéia de solução original. Para ser protegida, deve cumprir os requisitos de (a) originalidade e (b) utilidade da invenção.
(ii) Criações de forma: são criações feitas a partir de um invento industrial já existente. Classificam-se em:
		a-) modelo de utilidade:	forma nova de produto conhecido (para melhor utilização); a proteção só recai sobre essa forma.
		b-) desenhos industriais:	objetos de caráter meramente ornamental (independe da utilidade); a forma é desvinculada da função técnica; basta que cumpra o requisito de novidade para ser protegido pela Lei 9279/96.
	(iii) Sinais identificadores: são aqueles que permitem a identificação de um estabelecimento ou da procedência de um determinado produto/mercadoria. São sinais identificadores:
		a-) marca:	nome ou sinal hábil para indicar mercadoria, produto ou prestação de serviço (para estabelecer identificação com o consumidor). Ex.: Pão de Açúcar (supermercado).
		b-) nome empresarial:	nome ou firma do empresário individual. Trata-se da razão social. Ex.: Companhia Brasileira de Distribuição é o nome empresarial, ou seja, a razão social, a empresa que tem como marca conhecida o Pão de Açúcar (supermercado).
 
Questões de assimilação:
1-) Qual é o principal objetivo das normas protetivas da propriedade industrial?
2-) O que são invenções industriais? Quais requisitos devem ser cumpridos para que se possa conferir a devida proteção legal?
3-) O que são criações de forma? Exemplifique.
4-) O que são sinais identificadores?
5-) Diferencie marca e nome empresarial, justificadamente.
 
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 10
 
Dando continuidade ao estudo da propriedade industrial, nessa semana você estudará as patentes sob diversos aspectos.
Leia o resumo, bem como a legislação apontada, procurando complementar seus estudos com a leitura da bibliografia indicada.
 
Resumo:
 
- Como vimos na aula passada, o registro é obrigatório em relação aos aspectos da propriedade industrial. A invenção e o modelo de utilidade são patenteáveis, ao passo em que os desenhos industriais são registráveis.
- Nessa aula, estudaremos a patente.
	Conceito:	é um título de propriedade temporário, outorgado pelo Estado a um inventor ou pessoa legitimada. É um instrumentolegal para proteção de uma invenção.
	Princípios fundamentais:
(i)                                                                                        prioridade unionista (com base em um primeiro pedido de patente depositado, o solicitante poderá reivindicar a proteção para o mesmo invento em qualquer um dos países signatários da Convenção de Paris) – prazo para requerer: 12 meses (se patente de invenção ou de modelo de utilidade);
(ii)                                                                                      independência das patentes
(iii)                                                                                     tratamento nacional
 
Órgão representativo do Estado, e que outorga patente: INPI
	- Finalidade do INPI: executar normas que regulam os direitos e obrigações relativas à propriedade industrial.
	- Atribuições do INPI: concessão de patente; registro de desenhos industriais; registro de marcas; registro de programas de computador; averbação de contratos e registros de indicações geográficas.
	- Formas de proteção: Patente de invenção:	20 anos
				Modelo de utilidade:	15 anos
				Desenho industrial:	10 anos
 
Matéria patenteável:	invenção (art. 8º);
			modelo de utilidade (art. 9º)
Não são patenteáveis as teorias científicas, métodos matemáticos, esquemas, regras de jogo, dentre outros, todos elencados no art. 10º da Lei 9279/96.
 
Requisitos de patenteabilidade:	(i)	novidade;
(ii)                                                                                                                                                             atividade inventiva;
(iii)                                                                                                                                                           aplicação industrial.
 
Procedimento de obtenção da patente:
- depósito de pedido junto ao INPI.
Direitos decorrentes da patente:	a patente confere o direito de impedir terceiros de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar produto que seja objeto de patente, ou obtido diretamente por processo patenteado, sem o consentimento do titular.
- Sobre os crimes contra patentes, verificar os artigos 183 e 184 da Lei de Propriedade Industrial (Lei 9279/96)
Anuidades e extinção: a partir do 3º ano da data do depósito, recolhem-se anuidades; a falta de pagamento acarreta no arquivamento do pedido ou na extinção da patente (art. 86 LPI)
 
Questões de assimilação:
1-) O que é patente?
2-) Os desenhos industriais são patenteáveis?
3-) Qual a conseqüência da falta de pagamento de anuidade de patente?
4-) Quais são os direitos decorrentes da patente?
5-) A patente pode ser prorrogada? Justifique sua resposta.
 
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 11
 
Dando seguimento ao nosso programa do semestre, nessa semana você estudará alguns pontos referentes às marcas, de modo a compreender sua importância no cenário jurídico atual.
Leia o resumo, a legislação indicada, procurando complementar seus estudos por meio de consulta à bibliografia indicada.
 
Resumo:
 
- Conforme visto em aulas anteriores, as marcas são sinais identificadores, que possibilitem ao consumidor estabelecer uma associação imediata com o produto, serviço ou mercadoria.
- Função da marca: proteger a comunidade e os interesses do consumidor, o que é garantia constitucional, nos termos do art. 5º, XXXII e 170, V CF/88, e garantia legal (CDC – art. 4º, que trata da política nacional das relações de consumo). Busca-se coibir abusos e a concorrência desleal gerada pela utilização indevida de marcas.
- Requisito essencial da marca: DISTINTIVIDADE, conforme o art. 122 da LPI. (essa distintividade se alcança pelo prolongado uso no tempo, o que faz surgir um certo valor econômico)
- A marca pode ser designada por: uma palavra (que não tenha relação direta e imediata com o produto ou serviço), uma figura, uma palavra inventada, etc. As vedações constam do art. 124 da LPI.
- Registro: junto ao INPI (no Brasil, o sistema é atributivo)
- Não são registráveis as marcas que possam causar confusão com outras, dentre as demais hipóteses do art. 124 LPI, cuja leitura é obrigatória.
- Procedimento de obtenção do registro: deposita-se o pedido junto ao INPI
- Validade do registro: 10 anos, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos (art. 133 LPI).
- Direitos decorrentes do registro: direito de uso exclusivo em território nacional; direito de zelar pela integridade material e reputação da marcar; direito de licenciar ou ceder seu direito.
- Crimes contra marcas registradas (arts. 189 e 190 LPI):
				(i)	reproduzir ou imitar a marca
				(ii)	alterar a marca posta no mercado
(iii)                                                                                                            comercializar produto assinalado com marca ilicitamente reproduzida ou imitada
(iv)                                                                                                           comercializar produto em recipiente ou embalagem que contenha marca legítima de terceiro
- Essas condutas são facilmente detectadas nos centros comerciais populares, que vendem produtos similares aos que são fabricados por determinada marca e é por isso que a proteção se faz necessária, para combater a concorrência desleal.
- Extinção e prorrogação:
	(i)	prorrogação: requerida durante o último ano de vigência do registro (art. 133, § 1º) ou nos 6 meses subseqüentes, com pagamento de taxa adicional.
	(ii)	extinção:	por falta de prorrogação;
				por falta de procurador no Brasil;
				por caducidade (se o uso não começou ou se tiver sido interrompido por 5 anos, salvo razões legítimas – art. 143 LPI)
- Marcas conhecidas: em regra, as marcas são protegidas no âmbito da atividade explorada (princípio da especialidade). Porém, quando são marcas de alto renome (marcas de alto conhecimento do público em geral, a exemplo da Ferrari), a proteção conferida à marca se estende aos demais ramos da atividade. Isso significa que a marca BIC não pode ser explorada por outra empresa em nenhum outro ramo de atividade.
- Marca de certificação: para atestar a conformidade de produto ou serviço (art.123, II). Ex.: INMETRO; ISO 9000...
 
Questões de assimilação:
1-) O que são marcas? Qual é o requisito essencial para que a marca seja registrável?
2-) A marca é prorrogável? Por quanto tempo?
3-) É possível falar na suspensão da marca? Justifique.
4-) Quais condutas são tipificadas como violadoras das marcas?
5-) O que é marca de certificação?
6-) As marcas de alto renome são protegidas apenas no ramo da atividade correspondente? Justifique sua resposta.
 
	DISCIPLINA: Direitos Autorais e Propriedade Industrial
	
 
Semana 12
Nessa última semana, você estudará alguns aspectos dos desenhos industriais, bem como do nome de domínio.
Leia o resumo, bem como a legislação indicada. Procure complementar seus estudos, por meio da leitura da bibliografia indicada.
 
Resumo:
 
Desde que você começou a estudar essa parte acerca da propriedade industrial, pôde notar que a Lei de Propriedade Industrial (Lei 9279/96) protege invenções industriais, criações de forma (modelos de utilidade e desenhos industriais) e sinais identificadores (marcas e nome empresarial). Nessa aula trataremos brevemente dos desenhos industriais e do nome de domínio.
	- Desenhos industriais: diferentemente dos modelos de utilidade e das invenções industriais, os desenhos industriais não são patenteáveis, mas sim, registráveis.
	- art. 95 da LPI dispõe sobre o desenho industrial registrável, sendo este a forma ornamental de um objeto (abajour, por exemplo).
	- Requisitos de registrabilidade:	(i)	novidade;
						(ii)	originalidade
	- Procedimento de obtenção do registro: depósito de pedido junto ao INPI, observados os requisitos do art. 101 da LPI
	- Concorrência desleal: verifique o art. 195 LPI, que trata das hipóteses.
 
	- Nome de domínio:
	- Algumas considerações:
			(i)	Para que hajaconexão dos computadores à Internet, é preciso identificar-se cada computador na rede (Internet);
			(ii)	O nome de domínio é exatamente o que permite o acesso a uma determinada página virtual na Internet;
			(iii)	Elementos do nome de domínio no Brasil:
					1-) www (world wide web) – rede mundial de computadores – comum a todos os nomes de domínio;
					2-) domínio de 2º nível, que identifica a pessoa. Exemplo: UOL;
					3-) domínio de 1º nível, que identifica a destinação da entidade. Exemplo: .com; .adv; .org; .gov....;
					4-) “top level”, que identifica o país. Exemplo: .br; . pt....
	- Registro do nome de domínio:
			- Portaria Interministerial MC/MCT nº 147 criou o Comitê Gestor Internet do Brasil, delegando funções de registro à FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
			- O Comitê Gestor baixou a Resolução 001/98, estipulando regras para registro.
			- Regra: primeiro requerente (“first to file”). Vale dizer, 1ª expressão sem idêntica anterior, pouco importando, num primeiro momento, se o nome de domínio corresponde a marca explorada pelo requerente, ou não (isso gerou – e gera, diversos problemas, pela ausência de critério que vincule a obtenção de nome de domínio à comprovação de exploração de marca. Questões dessa natureza – “pirataria de marcas” - acabam sendo levadas a conhecimento do Poder Judiciário para decisão)
			- Exceções à regra: palavras de baixo calão; palavras reservadas pelo Comitê Gestor; marcas de alto renome, quando não requeridas pelo próprio titular.
 
Questões de assimilação:
1-) É correto afirmar que os desenhos industriais são patenteáveis? Justifique sua resposta.
2-) Quais são os critérios que tornam possível o registro de desenhos industriais?
3-) O que é nome de domínio?
4-) Quais são os elementos do nome de domínio?
5-) Quais são os critérios a serem observados para registro do nome de domínio? Em que órgão se dá esse registro? Justifique sua resposta.

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