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Colorações Capilares

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 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842c Colorações capilares / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 
2012. 
 115 p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-243-5 
 1. Cabelo – Coloração. 2. Cabelos – Cuidados. 3. Cabelos – Tintura. I. 
Portal Educação. II. Título. 
 CDD 646.72 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
2 A ESTRUTURA DO CABELO 
2.1 Estrutura Externa do Cabelo 
2.1.1 Cutícula 
2.1.2 Medula 
2.1.3 Córtex 
2.2 Estrutura Interna do Cabelo 
2.2.1 Segmento Superior 
2.2.2 Segmento Inferior 
2.3 Composição Química do Cabelo 
2.3.1 Os Aminoácidos 
2.3.2 As Proteínas 
2.3.3 A Proteína Queratina 
2.4 Outros Componentes do Cabelo 
3 AS FASES DE NASCIMENTO, CRESCIMENTO E MORTE DO CABELO 
3.1 Fase Anágena 
3.2 Fase Catágena 
3.3 Fase Telógena 
4 A COR DOS CABELOS 
4.1 O Processo de Formação da Melanina 
5 O CABELO BRANCO 
6 COMO PODEMOS MODIFICAR A COR DOS CABELOS 
7 A TINTURA E SUA COMPOSIÇÃO 
 
7.1 Composição Básica de uma Tintura 
7.1.1 Suporte 
7.1.2 Agentes Alcalinizantes 
7.1.3 Agente Oxidante 
 
 
7.1.4 Substâncias Corantes 
7.1.5 Classificação dos Pigmentos Artificiais 
7.2 O Processo de Pigmentação 
7.2.1 Ação da Tinta Permanente 
7.2.2 Ação da Tintura Semipermanente 
7.2.3 Ação dos Pigmentos Temporários 
7.2.4 Ação dos Sais Metálicos 
7.2.5 Ação das Tinturas Vegetais 
8 COLORIMETRIA - O ESTUDO DAS CORES 
8.1 O que é a Cor 
8.1.1 Classificação das cores 
8.1.2 Compreendendo as Cores Separadamente 
8.1.3 As Cores e a sua Referência em Colorimetria 
8.2 Como Ler os Números das Nuances 
9 REGIÃO QUENTE E REGIÃO FRIA 
10 PROCESSO DE CLAREAMENTO DOS CABELOS: NATURAL E ARTIFICIAL 
10.1 O Clareamento Natural 
10.2 O Clareamento Artificial 
10.2.1 Descoloração 
10.2.2 Cuidados para fazer uma Descoloração 
10.2.3 Decapagem 
10.2.4 Xampu Descolorante 
 
11 FUNDO DE CLAREAMENTO 
11.1 O fundo de clareamento e sua interferência na cor 
12 TÉCNICAS DE COLORAÇÃO 
12.1 Coloração Temporária 
12.2 Coloração Semitemporária 
12.3 Coloração Vegetal 
12.4 Sais Metálicos 
12.5 Pré-pigmentação 
 
 
12.5.1 Utilizando bem a pré-pigmentação 
12.6 Repigmentação 
12.7 Mordançagem 
12.8 Tintura Permanente 
13 APLICANDO A TINTA 
13.1 Cabelos Virgens 
13.1.1 Tintas Escuras 
13.1.2 Tintas Claras 
13.1.3 Tintas quentes - Cobre, acaju ou vermelho 
13.2 Cabelos Tinturados 
13.2.1 Tinta Escura em Cabelo Claro 
13.2.2 Tinta Clara em Cabelos Escuros 
14 MISTURANDO TINTA 
14.1 Como misturar tinta com água oxigenada 
14.2 Misturas proporcionais 
14.3 Misturas não proporcionais 
14.4 Base para Misturas 
14.5 Sugestão de Misturas Perfeitas e Imperfeitas 
 
14.5.1 Para cabelos naturais escuros (na altura do 3 ou 4) com oxigenada de 20 ou 30 volumes 
14.5.2 Para cabelos descoloridos que atingiram o amarelo para dar a tonalidade acinzentada com 
oxigenada de 20 volumes 
14.5.3 Para cabelos descoloridos em tom de vermelho – alaranjado, com oxigenada de 20 volumes 
14.5.4 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar vários tons de marrom e acaju com oxigenada 
de 20 volumes 
14.5.5 Para cabelos descoloridos (amarelados) para tonalidade castanho dourado com oxigenada de 20 
volumes 
14.5.6 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar a tonalidade pastel 
14.5.7 Mecha marrom 
15 PINTANDO OS CABELOS BRANCOS 
15.1 Com pré-pigmentação 
15.2 Com Oxidante de 30 Volumes 
 
 
15.3 Tabela Cobertura de Cabelos Brancos 
16 CABELOS COLORIDOS – RETOQUE DE RAIZ 
17 Coloração artística 
17.1 Materiais usados para a coloração artística 
17.2 Luzes 
17.3 Reflexo 
17.4 Mechas 
17.5 Mechas em zig-zag 
17.5.1 No alto da cabeça 
17.5.2 No meio da cabeça 
17.6 Balaiagem 
17.7 Marmorização 
18 DICAS DE COLORIMETRIA 
19 TÉCNICAS ALTERNATIVAS DE MECHAS E COLORAÇÃO ARTÍSTICA 
 
19.1 DIVISÃO EM FORMA DE LAÇO 
19.2 Mechas ou luzes californianas 
19.3 Em forma triangular pelas laterais 
19.4 Triângulo fechado 
19.5 Luzes espanholas 
19.6 Losango 
19.7 Strong 
19.8 Dicas Importantes 
20 SUGESTÃO DE MISTURAS OU COMBINAÇÕES DE CORES PARA MECHAS 
21 AS CORES CERTAS PARA CADA TIPO 
21.1 Loira de Pele Muito Clara 
21.2 Loira Bronzeada 
21.3 Morena Clara 
21.4 Ruiva 
21.5 Oriental 
21.6 Mulata 
 
 
21.7 Negra 
22 ERROS COMUNS 
22.1 Erros nas Luzes ou Mechas 
22.1.1 Brancas demais 
22.1.2 Amarelada demais 
22.1.3 Sobrou branco 
22.2 Erros na tintura 
22.2.1 Resultado mais claro 
22.2.2 Resultado mais escuro 
22.2.3 Resultado avermelhado 
 
22.2.4 Resultado rosa ou arroxeado 
22.2.5 Resultado cinza demais 
22.2.6 Falimento da descoloração 
23 EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO PARA UMA COLORAÇÃO 
24 OS DANOS CAUSADOS AO CABELO PELA AÇÃO DE TINTURAS 
25 TRATANDO UM CABELO TINTURADO 
25.1 Tratamentos 
25.1.1 Peeling capilar 
25.1.2 Argiloterapia 
25.1.3 Hidratação 
25.1.4 Nutrição 
25.1.5 Reestruturação 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O cabelo distanciou-se ao longo dos séculos de sua real importância, a de proteção. 
Transformado em símbolo de status, poder, beleza e força, sempre teve para a raça humana um papel 
importante muito mais ligado ao ego do que à anatomia. Achados arqueológicos, como pentes e 
navalhas feitos em pedra, mostram isto. Primeiro entre os homens, que desde a mais remota 
antiguidade já tinham o hábito de barbear e cortar o cabelo. 
Os primeiros salões de cabeleireiros surgiram em Atenas, na Grécia. Em algumas lojas foram 
sendo instalados espaços adequados ao tratamento de beleza, e assim surgiu o salão e a profissão de 
barbeiro, exclusiva do sexo masculino. Para as mulheres o culto à beleza, apesar de iniciar bem mais 
tarde, em relação aos homens, também é muito antigo. Cleópatra foi uma das primeiras mulheres a 
escrever um manual de beleza, loções contra rugas, manchas cutâneas, máscaras e óleos para 
conservação da pele. 
Na Grécia antiga era comum a utilização de uma raiz vermelha conhecida como “polderos” e 
“cerato de mel” para mudar a tonalidade dos órgãos mais sensíveis e irrigados da face. No Egito 
faraônico, elas utilizavam um pó natural, denominado Púrpura de Tyr, para se enfeitar e chamar a 
atenção. Durante os séculos XVII e XVIII, na França dos “Luises”, propagava-se a moda de perucas 
com cachos; pós de arroz e brilhos em um já intenso comércio de produtos cosméticos nas ruas de 
Paris. Em 1750 já eram mais de 600 os cabeleireiros atuantes. 
Há mais de três mil anos os egípcios foram os primeiros a desenvolver a técnica de tintura de 
tecidos e de cabelos, utilizando inúmeros corantes que extraíam da matéria animal e vegetal. Estes 
mesmos corantes foram utilizados por muitas civilizações no decorrer dos séculos, e até mesmo nos 
dias atuais. E ainda estão ligados à Antiguidade, como a Camomila, a Henna e o Índigo, entre outros. 
O cabelo liso teria sido, durante séculos, uma representação de status das classes mais 
altas. A influência desse símbolo pode ser comprovada quando se repara nas técnicas que as 
mulheres chegaram a usar para alisar cabelos há algumas décadas – grande parte delas era bastante 
agressiva aos fios. Antes de 1960, uma técnica muito popular era colocar as mechas entre
duas 
chapas de metal que chegavam à temperatura de 250º C. O calor excessivo desintegrava a queratina – 
proteção natural do cabelo – e estragava os fios. Atualmente há uma 
 
 
 
versão remodelada dessa “chapinha excessiva”, que regula a temperatura e oferece maior proteção 
aos cabelos. Outra tática muito usada foi o ferro de passar roupas. As jovens colocavam papel sobre os 
fios e passavam o ferro bem quente sobre os cabelos. 
Nos anos 60 surgiram os alisamentos a frio, feitos com produtos químicos. Mas os cachos 
tiveram também seu tempo de glória. Em 1918 Nessler, um alemão emigrado para a Basileia, cria a 
formulação “permanente”, que é experimentada por muito tempo. Em 1940, a moda das ondas 
sobrevive ao período de guerra e reflete a situação econômica e política vigente. As irmãs Carita abrem 
um salão de beleza. São as primeiras mulheres a exercer a profissão de cabeleireiro e a entrar num 
mercado até então predominantemente masculino. Com a II Grande Guerra, muitos deles se alistaram 
no Exército para lutar, dando lugar para as mulheres. Aparece ainda nesta década a permanente a frio. 
Seu criador é o inglês Speakman, que a testa por quatro anos. A patente é adquirida pela americana 
Heléne Curtis e a difunde na Europa pela L’oréal. 
De lá para cá, entre lisos ou crespos, loiros, ruivos ou escuros, aos cabelos ainda se dá tal 
importância que as indústrias de cosméticos estão hoje entre as que mais crescem em todo o mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 A ESTRUTURA DO CABELO 
 
 
Os cabelos são divididos em duas partes: a externa, aquela visível aos nossos olhos, e a 
interna, aquela que fica sob a pele. 
 
 
2.1 Estrutura Externa do Cabelo 
 
 
A parte visível, a Haste, é composta de três partes distintas: 
 
 
2.1.1 Cutícula 
 
 
A cutícula, superfície protetora do cabelo, tem a função de não permitir que substâncias 
nocivas penetrem no núcleo do cabelo e de protegê-lo da excessiva evaporação de água. É 
responsável pelo brilho e maciez dos fios. Transparentes e não pigmentadas, as células cuticulares são 
muito achatadas e se recobrem diversas vezes umas às outras. 
 
 
2.1.2 Medula 
 
 
Ausente no lanugo ou no velus humano, a medula é formada por células anucleadas, 
 
fracamente queratinizadas, contendo lipídios e granulações pigmentadas. Devido à dificuldade de 
 
 
isolamento dessas células, suas funções não são claras quanto às propriedades físicas e químicas do 
cabelo. 
 
 
 
2.1.3 Córtex 
 
 
O córtex é a principal estrutura do cabelo. É responsável pela elasticidade, resistência e onde 
se encontra a cor dos fios. Formado por células fusiformes, é composto por uma alta concentração de 
queratina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.1-Estrutura Fio - 
www.colegiosaofrancisco.com.
br 
 
 
2.2 Estrutura Interna do Cabelo 
 
 Fig. 2 estrutura do cabelo- Instituto de Bioquímica Universidade de São Paulo 
 
 
 
Formado pelo infundíbulo piloso, que compreende dois segmentos: superior e inferior. 
 
 
 
2.2.1 Segmento Superior 
 
 
 Segmento superior: localizado à altura da inserção do músculo eretor até a superfície da pele, 
é composto por: 
 Istmo: que vai desde a desembocadura do músculo eretor até a desembocadura da 
 
glândula sebácea. O infundíbulo que se estende da abertura da glândula sebácea até a superfície da 
 
 
 
pele; a saída do infundíbulo na superfície da pele é chamada de óstio folicular. 
 Acrótriquio: é a porção intraepidérmica do folículo 
 Glândula sebácea: glândula responsável pela liberação do sebo que tem a função de 
lubrificar o fio. 
 
 
 
2.2.2 Segmento Inferior 
 
 
 
O segmento inferior compreende a região que vai do músculo eretor até a base do bulbo, é 
composto por: 
 Bainha interna da raiz (camada de Huxley e camada de Henle) 
 Bainha externa da raiz 
 Membrana basal hialina 
 Matriz do pelo 
 Melanócitos 
 Células germinativas 
 Bulbo 
 
 
 
2.3 Composição Química do Cabelo 
 
 
 A queratina é o componente essencial do cabelo, uma proteína constituída pela combinação 
de 18 aminoácidos. Para compreendermos melhor vamos primeiro estudar o que são proteínas e 
aminoácidos. 
 
 
 
 
 
2.3.1 Os Aminoácidos 
 
 
Aminoácidos são os “blocos de construção” do corpo. Além de construir células e concertar 
os tecidos, eles formam anticorpos para combater as bactérias e vírus que invadem; eles fazem parte 
da enzima e do sistema hormonal; eles constroem nucleoproteínas (RNA e DNA). Os aminoácidos 
transportam oxigênio por todo corpo e participam das atividades dos músculos. 
São classificados em essenciais e não-essenciais. Os essenciais, ou indispensáveis, são 
aqueles que o organismo humano não consegue sintetizar. Desse modo, eles devem ser 
obrigatoriamente ingeridos através de alimentos. Os aminoácidos não-essenciais, ou dispensáveis, são 
aqueles que o organismo humano consegue sintetizar a partir dos alimentos ingeridos. 
 
 
2.3.2 As Proteínas 
 
 
As proteínas são consideradas as macromoléculas mais importantes das células. São 
formadas a partir da união de muitos aminoácidos. Elas possuem diversas funções nos mais diversos 
organismos. As milhares de enzimas que um organismo possui são todas proteínas com funções 
importantes. São formadas a partir da combinação de aminoácidos, entretanto, só existem 20 
aminoácidos primários, a partir dos quais são formados outros aminoácidos, e as milhares de 
proteínas. 
 Uma proteína pode ter função de defesa (anticorpos, veneno de serpentes), função de 
reserva (ovoalbumina, encontrada no ovo, caseína, encontrada no leite), de transporte – pode-se citar 
como exemplo a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, função 
estrutural (queratina, colágeno), entre outras. As proteínas seriam, então, moléculas grandes, formadas 
por outras moléculas menores denominadas aminoácidos. 
 
 
 
 
2.3.3 A Proteína Queratina 
 
 
A queratina é formada por cerca de 15 aminoácidos diferentes, que se repetem e interagem 
entre si. Quando dois aminoácidos se unem, existe uma ligação bipeptídica; caso três ou mais 
aminoácidos sejam encontrados unidos, teremos uma ligação denominada ligação polipeptídica. Ela 
também é formada por cadeia polipeptídica de aminoácidos diferentes, cuja sequência é programada 
geneticamente. Dentre eles pode-se classificar como sendo seu principal aminoácido a cisteína. 
Os aminoácidos presentes na queratina interagem entre si através de três tipos de ligações, 
que são: as pontes de hidrogênio e ligações covalentes bissulfeto (-S-S-), denominadas ligações 
cisteídicas ou dissulfídicas e as ligações iônicas. As ligações de hidrogênio são interações que ocorrem 
entre o átomo de hidrogênio e dois ou mais átomos, de forma que o hidrogênio sirva de “elo” entre os 
átomos com os quais interagem. As ligações de hidrogênio são as mais fracas no cabelo, se rompem 
com a ação da água quando o cabelo é lavado e se religam quando o cabelo está seco. 
O átomo de hidrogênio, em vez de se unir a um só átomo de oxigênio, pode se unir 
simultaneamente a dois átomos de oxigênio, formando uma ligação entre eles. As ligações iônicas são 
um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática entre dois íons carregados com cargas 
opostas. Ligação ou ponte dissulfeto: que são interligações entre cadeias ou entre partes de uma 
cadeia, formadas pela oxidação de radicais de cisteína, formada pela união de grupos – SH dos 
aminoácidos chamados de cisteína. A queratina está presente nos seres vivos em unhas, chifres, 
pelos, penas, etc. 
 
 
2.4 Outros Componentes do Cabelo 
 
 
Água: Fundamental, o seu teor pode variar de acordo com a umidade relativa do ar, mas 
chega em torno de 10% da composição química de um fio. Quando o cabelo está molhado, chega a 
absorver cerca de 30% do seu peso. 
 
Lipídios: Fazem parte da composição
e podem estar tanto interna quanto 
 
externamente. Tanto os óleos internos quanto externos somam 6% da composição dos fios. Os 
http://www.tiosam.com/enciclopedia/?q=Liga%C3%A7%C3%A3o_covalente
 
 
internos ajudam na estrutura do fio e os externos são responsáveis pela lubrificação ao longo dele. 
Podemos encontrar ainda: carbono, oxigênio, nitrogênio, hidrogênio e enxofre, nas seguintes 
proporções: 
 Carbono - 45% 
 Hidrogênio - 7% 
 Oxigênio - 28% 
 Nitrogênio - 15% 
 Enxofre - 5% 
 
Existem também pequenas quantidades de sódio, cálcio, ferro, etc. Estes elementos estão 
ligados uns aos outros, o que resultará na formação de moléculas, no nosso caso são aminoácidos. 
Quando estes aminoácidos ligam-se uns aos outros, com um arranjo espacial e em número particular, 
dão origem às proteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 AS FASES DE NASCIMENTO, CRESCIMENTO E MORTE DO CABELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os fios de cabelo não crescem indefinidamente. Após certo período a parte inferior do folículo 
sofre uma mudança degenerativa, em que o segmento bulbar é quase totalmente destruído. O cabelo 
cresce, em média, de 1 cm a 1,5 cm por mês, por ciclos, obedece a um renascimento planejado, onde 
cada fio de cabelo tem um ciclo de vida de 4 a 7 anos, aproximadamente. Cada folículo piloso está 
programado para ter, em média, 25 ciclos de vida. Na papila dérmica se desenvolvem as três fases de 
um ciclo. 
 
 
 
3.1 Fase Anágena 
 
 
A fibra do pelo é produzida na fase anágena ou fase de crescimento ativo. Esta pode ser 
Fig.2: Fases do nascimento. 
http://www.clinicaregis.com.br/pelo.asp 
 
 
subdividida em proanágena (que marca a iniciação do crescimento), meságena e 
 
metanágena. Com duração que vai de três a sete anos, aproximadamente, 80% a 90% dos fios de 
cabelos estão nesta fase. 
 
 
 
3.2 Fase Catágena 
 
 
Um período de regressão controlada do folículo. Também chamada de fase de repouso, pois 
o cabelo inicia o processo de morte programada da célula e pode durar cerca de duas a três semanas 
e cerca de 1% dos cabelos estariam nesta fase. 
 
 
 
3.3 Fase Telógena 
 
 
Fase sem crescimento e onde o pelo perde a aderência interna, sendo facilmente arrancado. 
Tem duração de até quatro meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 A COR DOS CABELOS 
 
 
 
Ao contrário do que muitos acreditam a cor dos cabelos não está na cutícula, mas sim alojada 
dentro do córtex, que dentre as muitas funções está a de armazenar as células de pigmentação dos 
cabelos, ou seja, as melaninas. A formação da cor dos cabelos ocorre de maneira interessante. A cor 
surge a partir da atividade dos melanócitos, células residentes no bulbo do folículo piloso e que 
produzem grânulos de um pigmento escuro conhecido como melanina, sintetizado a partir do 
aminoácido tirosina. Quimicamente falando, estes pigmentos são polímeros, sendo que o pigmento 
responsável pela coloração amarelada é composto por uma complexa mistura de polímeros que 
contêm altos percentuais (10% até 12%) de enxofre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 4 - Ilustração dos principais componentes que envolvem a cor 
Dept. de Bioquímica do Inst. de Química da Universidade de São Paulo 
Fig. 3 - Os pigmentos de cor - O ATLAS DO CABELO - 
Concepção e produção CLAERHOUT S/A, Bélgica. 
 
 
 
4.1 O Processo de Formação da Melanina 
 
 
 
 Dois tipos de melaninas são responsáveis pela cor dos cabelos: eumelanina (coloração 
amarronzada e preta) e a feomelanina (amarelo ao vermelho) que combinadas entre si formam as 
diversas tonalidades existentes. As células responsáveis pela síntese da melanina são os melanócitos, 
que em seu interior possuem os melanossomos onde a melanina é armazenada. A síntese da melanina 
ocorre a partir do aminoácido tirosina, catalisada pela enzima tirosinase, que por sua vez é responsável 
pela catalização das duas primeiras etapas da reação bioquímica de formação da melanina: primeiro 
oxidando a tirosina em 3,4-di-idroxifenilalanina (DOPA) e a DOPA em DOPA-quinona. 
 Ocorre em seguida a transformação espontânea da DOPA-quinona em leucodopacromo e 
dopacromo. Inicia-se então uma cascata bioquímica, a qual termina com a formação de pigmento 
castanho-preto chamado eumelanina. A conjugação de DOPA-quinona com cisteína ou glutationa 
resulta em cisteinildopa e glutationildopa. Ambos passam por uma série de transformações, gerando 
finalmente um pigmento vermelho-amarelo chamado feomelanina. 
 
No quadro abaixo observe o resumo das transformações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os melanossomas são 
transferidos de seu local de síntese, a região perinuclear dos melanócitos, até as pontas de seus 
Fig 5 - Reações de formação da melanina. 
http://www.adeliamendonca.com.br/dicas/dica2.html 
 
 
dendritos. A transferência dos melanossomos dos melanócitos para os queratinócitos ocorre por um 
processo ainda não totalmente esclarecido. As hipóteses são de que o melanossoma seja injetado 
diretamente no queratinócito ou ainda que ocorra fagocitose da organela na extremidade dendrítica do 
melanócitos. 
É interessante notar que a melanina produzida por uma célula da pele consegue suprir até 40 
queratinócitos, enquanto que uma do cabelo apenas quatro ou cinco. As diferenças de coloração são 
devidas às diferenças no número, tamanho e arranjo dos melanossomos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A atividade melanogênica dos melanócitos foliculares é estreitamente relacionada com a fase 
anágena do ciclo de crescimento do cabelo. Pode-se afirmar só que é pigmentado na fase de 
crescimento. Na fase catágena a formação de melanina é interrompida e permanece ausente também 
na fase telógena. 
 
 
 
Fig. 6 - Ultraestrutura de um 
melanócito. FONTE: TOLEDO, 2004, 
pág. 26 
 
Fig. 7 melanócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na figura acima é possível observar os grânulos de pigmentos distribuídos ao longo do eixo 
do pelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 8 - Fio de cabelo humano 
ampliado ao microscópio. 
(foto: Edward Dowlman - Strathclyde 
University). 
 
 
 
 
 
 
 
5 O CABELO BRANCO 
 
 
 
Canície é o nome dado à despigmentação capilar, que surge gradualmente após a terceira 
década de vida, culminando com a idade avançada, mas que, no entanto, pode estar presente desde 
muito cedo. A Canície precoce pode ocorrer também por fatores genéticos, como distúrbios, como a 
síndrome de Werner. A tirosinase é sintetizada no retículo endoplasmático rugoso e armazenada em 
vesículas do aparelho de Golgi. Quando a síntese de melanina se completa no melanossomo, quando 
não há mais atividade enzimática, está pronto o grão de melanina. 
A perda do poder melanogênico está diretamente ligada aos melanócitos do bulbo piloso, não 
ocorrem alterações nos melanócitos da epiderme. É durante a fase catágena que cessa toda atividade 
da papila dérmica. É a fase de repouso, onde também se dá o processo da transcrição do código de 
síntese da tirosinase. É possível que após os 30 anos de idade esta paralisação tenha mais dificuldade 
de reativar a atividade. 
O “embranquecimento” do cabelo pode também ser explicado por uma incapacidade de 
alguns melanócitos de produzir pigmentos e outros de transferir o pigmento aos queratinócitos, o que 
poderia estar também ligado a uma informação genética. O tipo de melanina que um indivíduo tem é 
controlado por células pigmentares, que por sua vez são determinadas pelos genes. Com o processo 
de envelhecimento, estas células pigmentares localizadas na base dos nossos folículos capilares 
param de produzir melanina; sem ela os cabelos se tornam brancos. 
O corpo humano não tem nenhuma fonte de melanina, como uma glândula. Essa substância 
química é produzida em cada um dos folículos capilares, portanto cada fio de cabelo torna-se
branco 
individualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
6 COMO PODEMOS MODIFICAR A COR DOS CABELOS 
 
 
 
A coloração dos cabelos é um dos atos mais importantes de embelezamento realizado por 
homens e mulheres desde a origem do homem, começando pelos egípcios, passando pelos gregos, 
romanos, hebreus, assírios, persas e culturas contemporâneas sucessoras dos antigos chineses e 
hindus. Foram, no entanto, os romanos que se aproveitando de velhas fórmulas de sacerdotes gregos 
que incrementaram o hábito da coloração dos cabelos. As que preparavam e aplicavam as tinturas 
eram chamadas de “CINOFLES”. 
Na antiguidade as tinturas de cabelo eram feitas com amoras esmagadas e extratos de 
plantas, e aplicadas nos cabelos como um creme rinse. Nos séculos 17 e 18 as mulheres empregavam 
óleo e pó aos cabelos para conseguir uma cor mais clara. Em 1600, Veneza, Firenze e Salerno 
competem nas técnicas de estilo e perfumação do corpo e cabelos. O conceito de estética capilar 
beleza veneziana prescreve horas de tratamento nos terraços, expondo os cabelos ao sol, borrifados 
com um preparado clareador chamado “a loira”, e de resultado castanho amarelado chamado “louro 
veneziano”. 
Em 1907 o químico francês Eugène Schueller inventou a primeira tintura de cabelo e, alguns 
anos mais tarde, fundou a L'Oréal. O fenômeno da loira platinada, marco creditado à atriz Jean Harlow, 
fez com que as tinturas se tornassem um hit nos anos 30. Produtos químicos, como o chumbo, eram 
utilizados em alta concentração, irritando o couro cabeludo. 
A química abriu um extraordinário campo com a descoberta dos colorantes sintéticos, 
nascidos da manipulação química de produtos naturais. O alemão HOFFMAN descobriu a 
Paraphenylene - diamine em 1863 e alguns anos mais tarde outro alemão identificou sua propriedade 
de colorir a queratina do cabelo e hoje constitui a base dos colorantes. Os avanços foram muitos e os 
colorantes sintéticos, também conhecidos como Tinta de Anilina, usados atualmente em larga escala 
pelos profissionais são: Metato-Luilen-Diamina, a Parato-Nylene-Diamine, a Dimetil-Para-Fenileno-
Diamine e ainda os Amino-Fenóis. 
 
 
 
 
7 A TINTURA E SUA COMPOSIÇÃO 
 
 
 
7.1 Composição Básica de uma Tintura 
 
 
 
7.1.1 Suporte 
 
 
Serve para conter e veicular os outros componentes. Pode ser em creme, óleo, emulsão, etc. 
 
 
7.1.2 Agentes Alcalinizantes 
 
 
 Hidróxido de Amônio (Amônia, Amoníaco): agente alcalinizante utilizado em tinturas 
permanentes responsáveis pela abertura da cutícula, possibilita a entrada dos pigmentos 
artificiais e do agente oxidante no interior do fio. 
 Monoetanolamina, MEA, ETA: agente alcalinizante utilizado em tinturas permanentes, 
responsável pela abertura da cutícula, possibilitando a entrada dos pigmentos artificiais e do 
agente oxidante no córtex. Pode ser utilizado no lugar da Amônia ou em conjunto com a 
mesma. 
Obs: Normalmente está presente em tintas que dizem que não utilizam amônia; no entanto 
estes produtos que contém a Monoetanolamina atuam da mesma maneira que a amônia. 
 
 
 
 
 
7.1.3 Agente Oxidante 
 
 
Peróxido de Hidrogênio: em solução aquosa foi popularizado como água oxigenada, que 
deve agir nos pigmentos naturais do cabelo de tal modo que possa clarear por oxidação e 
também oxidar os precursores da cor, para desenvolver as substâncias colorantes. 
 
7.1.4 Substâncias Corantes 
 
 
Ou melhor, intermediárias, pois são substâncias incolores que quando misturadas a 
substâncias oxidativas produzem cor. Os intermediários do corante se dividem em duas categorias: 
Bases e Acopladores e são quase sempre compostos aromáticos derivados de Benzeno: 
 
a) Bases mais importantes: 
P-fenilenodiamino (PPD) 
P-toluenodiamino (PTD) 
O-aminofenol (OAP) 
P-aminofenol (PAP) 
 
b) Acopladores mais usados: 
Resorcinol (RCN) 
4-Cloro Resorcinol (4CL RCN) 
m-Aminofenol (MAP) 
m-Fenilenodiamino (MPD) 
 
 
 
7.1.5 Classificação dos Pigmentos Artificiais 
 
 
Os pigmentos artificiais podem ainda ser classificados como: permanentes, semipermanentes, 
temporários, metálicos ou vegetais. 
 
a) Pigmentos Permanentes: utilizados em tinturas permanentes, são os agentes 
formadores da cor artificial no cabelo quando na presença do agente alcalinizante (Hidróxido de 
Amônio/Amônia ou Monoetanolamina) e na presença do agente oxidante (Peróxido de Hidrogênio). 
Exemplos de pigmentos permanentes: p-fenilenodiamino, m-aminofenol, resorcinol, 4-amino 2-
hidroxitolueno. 
 
b) Pigmentos Semipermanentes: utilizados em tinturas semipermanentes, são 
considerados pigmentos diretos, não necessitam de agente oxidante e alcalinizante para formar a cor 
do cabelo. São moléculas pequenas, sendo assim são fixadas nas cutículas e no córtex. As tinturas 
semipermanentes não fornecem clareamento aos cabelos. Exemplos de pigmentos semipermanentes: 
4-nitro o-fenilenodiamino; 2-amino 5-nitrofenol 1-amino 4-metil amino antraquinona. 
 
c) Pigmentos Temporários: utilizados em tinturas temporárias, não necessitam de agente 
oxidante e alcalinizante para formar a cor no cabelo. São fixados na cutícula do cabelo. Exemplos de 
pigmentos temporários: Amarelo CI 13065, Vermelho CI 16250, Azul Básico CI 42140. 
d) Sais Metálicos: utilizados em tinturas progressivas e atuam depositando os sais metálicos 
no cabelo. Os metais são incompatíveis com o agente oxidante (Peróxido de Hidrogênio) utilizado nas 
tinturas permanentes e também com produtos de relaxamento e alisamento, podendo causar danos ao 
cabelo como quebra e queda. Exemplo de sais metálicos: Nitrato de Chumbo, Acetato de Chumbo, 
Nitrato de Prata. 
 
e) Vegetais: Coloração em pó proveniente da moagem da planta ou flores como: henna 
(lawsonia inermis) e a camomila (manzanilla). Algumas podem conter metais associados à fórmula. A 
maioria das tinturas à base de vegetal oferece tonalidades que vão do vermelho ao acaju. 
 
 
 
 
7.2 O Processo de Pigmentação 
 
 
Nenhum pigmento artificial tem a capacidade de sozinho tingir um cabelo. Para que a 
coloração ocorra é necessário que a outra cor seja removida ou fragmentada. E para que isto ocorra é 
necessário que a tinta penetre no córtex onde se encontram os pigmentos naturais do cabelo. O 
primeiro passo seria então a abertura das cutículas e para isto precisa-se do um agente alcalino, pois 
eles são capazes de provocar este intumescimento da cutícula e permitir a entrada dos colorantes 
artificiais. 
 Quando unidos à base da tintura (moléculas de pigmento dos colorantes), os fenóis 
(reflexos), o oxidante, a amônia (agente alcalino), com os produtos de ação cosmética, formam os 
elementos ativos numa tinta. 
7.2.1 Ação da Tinta Permanente 
 
Ao aplicarmos nos fios damos início à reação química da coloração no interior do cabelo, que 
ocorre da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
O agente alcalino, no caso a amônia, abre as cutículas acelerando a liberação de oxigênio e 
facilitando a penetração do colorante. Os pigmentos são muito sensíveis a um fenômeno que ocorre 
quando o oxigênio entra em contato com eles. Quando falamos em oxigênio, isto significa aquele 
presente no ar que respiramos e naquele contido nas águas oxigenadas. 
FIG.9- TINTURA 
PERMANAENTE 
Pigmentos artificiais 
 
 
Quando o oxigênio entra em contato com os pigmentos dentro dos fios, eles são 
fragmentados, isto é, são feitos em pedacinhos e depois eliminados total ou parcialmente do interior 
dos cabelos. Isto apenas o oxigênio pode fazer. Este fenômeno chama-se oxidação. 
No caso, o agente oxidante é o peróxido de hidrogênio – água oxigenada. O oxidante ao 
liberar as moléculas de oxigênio irá clarear, eliminar ou fragmentar os pigmentos naturais do cabelo 
como também oxidar os precursores da cor, para desenvolver as substâncias colorantes e a 
subsequente união do precursor da cor oxidada com o acoplador. 
A eliminação ou fragmentação da cor pode ocorrer de forma mais ou
menos intensa, 
dependendo da concentração da água oxigenada, isto é da concentração de peróxido de hidrogênio 
dentro da base. A água oxigenada comercialmente disponível é uma solução aquosa cuja 
concentração de peróxido de hidrogênio é usualmente expressa em “volumes”, sendo cada uma com 
um poder maior ou menor de quebra de pigmentos, sendo: 
 3% - 10 volumes - muito leve, tem o poder de acrescentar (apenas tom sobre outro tom) 
 
 6% - 20 volumes - clarear de 1 a 2 tons e depositar a cor 
 9% - 30 volumes - clarear de 2 a 3 tons e depositar a cor 
 12% - 40 volumes - clarear de 3 a 4 tons e depositar a cor 
 
Uma vez com os pigmentos eliminados ou fragmentados os agentes acopladores e 
precursores vão reagir quimicamente e produzir a nova cor. A cor que vemos às vezes é uma ilusão de 
ótica, pois a cor predominante é a que veremos, mesmo que outras menores ou mais claras estejam 
fazendo parte desta composição. 
Você observou que o peróxido de hidrogênio fragmenta a pigmentação natural, conforme o 
grau de concentração. Os pigmentos granulosos desaparecem progressivamente e o difuso 
desaparece mais rápido. Da fragmentação dos pigmentos naturais pode resultar o aparecimento de 
várias cores intermediárias, que são chamadas de fundo de clareamento. Os pigmentos artificiais 
misturando-se a estes pigmentos resultam na nova cor. 
É importante entender que todo este processo corre simultaneamente, o clareamento dos 
pigmentos naturais e a fixação da nova cor no córtex. Estas tinturas são as mais procuradas, pois 
 
 
possuem alto poder de cobertura em cabelos brancos e com elas é possível realizar uma mudança 
drástica. 
 
 
7.2.2 Ação da Tintura Semipermanente 
 
 
Este tipo de tintura apresenta tamanho molecular suficientemente pequeno para penetrar no 
cabelo, embora ainda sejam grandes para serem usadas como tinturas. Estes corantes realmente 
penetram na cutícula do cabelo e são depositados na camada superficial do córtex. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eles não são removidos com uma simples lavagem com água e não sofrem o efeito fricção, 
como ocorre com os corantes temporários. Contudo, como estes corantes são bem pequenos para se 
difundir através da cutícula para o córtex, é provável que eles retornem novamente para fora, e a ação 
de xampus os remova gradualmente. Em geral, eles saem do cabelo com cinco ou seis aplicações de 
xampus. 
O melhor exemplo é o xampu tonalizante, que contém basicamente água oxigenada, mais 
pigmentos artificiais e agentes de tratamento, depositando a nova cor na superfície dos fios sem quase 
alterar a estrutura capilar, retirando bem pouco dos pigmentos naturais. O resultado é um realce no tom 
natural ou o chamado tingimento tom-sobre-tom, que deixa um reflexo da coloração escolhida sem 
eliminar a cor base do cabelo. Algumas marcas, no entanto, criaram alguns tons de xampu tonalizante 
FIG. 10 
Pigmentos de cor artificial 
 
 
com nuanças clareadoras, capazes de clarear até dois tons. Estes produtos, que não são a regra, têm, 
assim, uma pequena dosagem de amônia, permitindo um leve clareamento. 
 
 
7.2.3 Ação dos Pigmentos Temporários 
 
 
A rinçagem é um exemplo típico que não tem oxidante nem amônia, por isso o seu poder de 
cobertura é mínimo e tampouco clareia. O efeito é rápido, de 4 a 6 lavagens. Serve para realçar a cor 
natural e dar um reflexo muito sutil das cores da moda (achocolatados, 
 
acobreados, avermelhados). Com ela é possível intensificar a cor natural dos cabelos ou escurecê-los, 
além de acrescentar um brilho extra. Elas atuam apenas cobrindo superficialmente os fios. Não 
possuem o poder de clareamento. São as tinturas indicadas para quem realiza processos de 
alisamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIG. 11 
Pigmentos artificiais 
 
 
7.2.4 Ação dos Sais Metálicos 
 
 
São aquelas que utilizam soluções de diversos sais metálicos para tingir os cabelos. O nome, 
progressiva, é dado porque as cores vão se desenvolvendo dia-a- dia com sucessivas aplicações do 
produto. Sua fórmula tem como base soluções de chumbo e prata e são vendidas em geral na forma de 
loções transparentes. Seu mecanismo de ação é uma reação de sais de metal com o enxofre do 
cabelo, obtendo sulfetos metálicos de cores escuras que formam uma cobertura externa com certa 
penetração. 
As cores são obtidas são tons mal definidos ou sombreados de negros, de mate, acinzentado 
depois de passar por vários tons amarelados. Este tipo de tintura é normalmente usado por pessoas 
que desejam mudanças sutis. Normalmente usado por homens, pois são de fácil aplicação. 
 
 
 
 
 
7.2.5 Ação das Tinturas Vegetais 
 
 
A Hena é um bom exemplo. Ela não entra na cutícula do fio. Por ter tanta afinidade com o fio, 
adere facilmente à superfície, é como que se ela criasse uma capa sobre o fio. A ação da hena é 
cumulativa, quanto mais se aplica mais a cor vai se aderindo. A hena natural sempre tem nuanças 
avermelhadas ou acobreadas. Mas há marcas que misturam o pó extraído da planta natural a metais 
mais pesados. Nesse caso, os produtos têm uma química mais forte e podem até mesmo modificar a 
estrutura do fio. Desconfie de henas com cores que fogem às nuanças mais comuns como a preta, por 
exemplo. 
 
 
 
No mercado encontramos de dois tipos: 
 Henna - coloração em pó proveniente da moagem da planta lawsonia inermis. Utiliza-se 
diluindo o pó em água quente e aplicando sobre a fibra com um tempo de pausa de +- 40 
minutos. As cores obtidas vão de um vermelho vivo até um acaju escuro. 
 A camomila (manzanilla)- coloração em pó proveniente da moagem das flores da matricaria 
chamomilla. Utiliza-se diluindo o pó em água e aplicando sobre a fibra capilar de onde se 
obtém um tom amarelado depois de várias aplicações. 
Este tipo de tintura normalmente é usado para realçar o tom natural, acrescentar reflexos 
sutis ou ainda por pessoas alérgicas aos componentes das colorações sintéticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 COLORIMETRIA - O ESTUDO DAS CORES 
 
 
Ciência que estuda a determinação das características da cor. 
 
 
8.1 O que é a Cor 
 
 
A cor, nada mais é do que a decomposição da luz. A luz é o agente físico que nos permite ver 
a cor. Apenas uma pequena parte das radiações emanadas pelo sol é percebida pelos nossos olhos. A 
luz que chega do sol é branca e, sejam as ondas visíveis ou invisíveis, são classificadas em uma única 
escala de valores. 
Podemos comparar o olho humano a um rádio receptor e o sol a um rádio transmissor. Isaac 
Newton, físico inglês, em 1666, descobriu que a luz podia ser decomposta por meio de um prisma de 
cristal, em forma de ondas ao deixar que um raio solar passasse por um orifício em uma câmara escura 
projetando os espectros luminosos sobre uma superfície branca com as cores violeta, azul, verde, 
amarelo, laranja, vermelho, reproduziu-se assim o arco-íris. 
 
 
Luz - Branca 
FIG.12 
 
 
 
Qualquer objeto atingido pela luz se comporta como um espelho, absorvendo ou refletindo 
parcialmente ou totalmente os raios provenientes do sol. O conceito de cor é SUBJETIVO e não 
objetivo. Cada indivíduo tem uma percepção particular da cor. 
 
 
8.1.1 Classificação das cores 
 
 
As cores podem ser classificadas da seguinte forma: 
 Cores primárias ou fundamentais: Vermelho - Amarelo – Azul. 
 
 
 
 Cores secundárias ou complementares: 
São aquelas formadas pelas misturas das cores primarias. 
 
Azul + amarelo = verde Vermelho + amarelo = laranja 
 
 
Vermelho + azul = violeta 
 
 Cores terciárias: 
+ = + = 
+ = 
 
 
São aquelas que resultam da mistura das cores primarias e as secundarias. 
 
Amarelo + verde = amarelo esverdeado 
 
 
 
Vermelho + laranja= vermelho alaranjado 
 
 
 
 Cores contrárias ou complementares: 
Segundo a teoria de Oswald, duas cores misturadas entre si podem se completar ou se 
anular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O azul anula
o laranja e o laranja anula o azul. 
 
O violeta anula o amarelo e o amarelo anula o violeta. 
O vermelho anula o verde e o verde anula o vermelho. 
 
Da mesma forma que: 
P 
P P 
P 
P P 
S S 
S Estrela de Oswaldo 
+ = 
+ = 
 
 
O amarelo suaviza o verde e o laranja. 
O vermelho intensifica o violeta e o laranja. 
Nesta escala o amarelo é a cor mais clara, o violeta a mais escura. Misturando-se branco a 
uma das cores primárias elas recebem mais luz e colocando-se o preto subtrai a luz. Deduz-se que se 
misturarmos cores claras, um cinza resultará claro e preto se for escura. 
Esta circunstância é bastante importante no final da técnica de coloração do cabelo, já que 
oferece a possibilidade de anular ou corrigir efeitos de cor não desejados. Além disso, as cores se 
dividem em: 
 
 Quentes: (vermelha, laranja, amarela). 
 Frias: (verde, azul, violeta). 
 
Utilizando as cores frias é possível eliminar ou atenuar os reflexos indesejados quentes. 
 
 
 
8.1.2 Compreendendo as Cores Separadamente 
 
 
 
Amarelo 
É uma das três cores primárias e é complementar ou contrária na estrela, do violeta. As duas, 
quando misturadas em partes iguais, produzem o cinza neutro. O amarelo ao misturar-se com o 
vermelho produz o laranja, e com o azul a cor verde. 
 
Vermelho 
 
O vermelho é outra cor primária encontrada pura na natureza, isto é, não pode ser obtida pela 
mistura de outras. Sua cor complementar ou contrária na estrela é o verde, que quando misturadas em 
partes iguais produz o cinza neutro. O vermelho quando misturado ao laranja e ao amarelo constitui as 
cores quentes. Misturado com o amarelo forma o laranja, e com o violeta produz o púrpura. Quando 
misturado ao vermelho e com o branco conseguimos uma escala intermediária de rosas. 
 
 
 
Azul 
É a terceira cor primária e ao mesmo tempo uma cor fria. A sua complementar ou contrária na 
estrela é o laranja. 
 
Verde 
O verde é uma cor secundária e pode ser criada com a mistura do amarelo e azul. 
 
Laranja 
É também cor secundária, podendo ser criada com a mistura do amarelo com o vermelho. 
Sua cor complementar é o azul. 
 
Violeta 
É uma cor secundária, onde a mistura do azul e vermelho, nunca consegue produzir um 
violeta puro. A vermelha cor excitante e o azul tranquilizante não conseguem produzir o desejado 
violeta. Sua cor complementar é o amarelo, sendo a mais escura das cores, excluindo-se o preto. É a 
cor de mais alta frequência e a que tem o menor comprimento. 
 
Preto 
 
O preto é a cor que reflete menos luz absorvendo-a e transformando-a em calor. O preto 
significa a presença de qualquer cor. 
 
Branco 
O branco é a ausência de todas as cores. Por refletir quase todas. Esta cor realça as que 
estão próximas. 
 
 
 
 
8.1.3 As Cores e a sua Referência em Colorimetria 
 
 
 Representação 
Nas colorações sintéticas as cores têm a seguinte representação: 
 
 
 
 
 
 
 Tom natural 
As cores naturais dos cabelos dependem das diferentes proporções de feomelanina e 
eumelanina. São indicadas na escala de 1 a 10, sendo 1 a cor mais escura e a 10 a mais clara em 
progressão descendente. 
Para uma compreensão melhor foram assim classificadas em colorimetria e denominadas 
cores básicas, que seriam as cores predominantes em uma coloração: 
] 
Tom básico 
FIG. 12 
 
 
1.1 = Preto azulado 
= Preto 
= Castanho Escuro 
= Castanho Médio 
= Castanho Claro 
= Louro Escuro 
= Louro Médio 
= Louro Claro 
= Louro Muito Claro 
= Louro Claríssimo 
= Ultraclareadores 
= Ultraclareadores 
= Ultraclareadores 
 
 Nuances ou reflexos – o reflexo emitido em uma coloração 
 
 
1. Cinza (azul) 
2. Mate ou irisado (Verde) 
3. Dourado (amarelo) 
4. Acobreado (laranja) 
5. Acaju (Roxo ou violeta) 
6. Vermelho 
7. Marrom 
 
 Altura de tom 
Posição de uma nuance natural ou artificial dentro da escala de tons. 
 
 
 
Obs.: quando falamos em números de tinta, existe pouca mudança em relação aos 
fabricantes para a numeração das cores básicas, com exceção para o preto natural, preto e 
preto azulado. No entanto, para as nuances podemos encontrar algumas modificações; é 
importante estar atento e observar a cor correspondente à numeração dado pela empresa. 
 
 
8.2 Como Ler os Números das Nuances 
 
O primeiro número indica: 
Por exemplo: uma tinta 8.53 
 Cor principal.........................................= 8 Louro Claro 
 
O segundo número indica: 
 Reflexo principal..................................= 0,5 Acaju 
 
O último número indica: 
 Reflexo secundário....................= 3 dourado – Resultado: 8.53 = Louro 
 
Claro Acaju dourado 
O reflexo secundário pode reforçar o reflexo principal. 
8,3 = Louro Claro Dourado 
8,33 = Louro Claro Dourado Quente 
7,4 = Louro Cobre 
7,44 = Louro Cobre Intenso 
O zero, após a vírgula, atenua, suaviza o reflexo principal. 
 
 
8,03 Louro Claro Natural Quente 
8,01 Louro Claro Natural Prateado 
 
Obs.: a empresa pode, por meio da numeração, indicar ao profissional a criação de 
uma nova tonalidade a partir das nuances. 
 
Exemplo: 
8.1= louro claro acinzentado 
8.01= louro claro levemente acinzentado 
8.3 = louro claro dourado 
8.03= louro claro levemente dourado 
 
 Agora a empresa pode colocar da seguinte forma: 
 
8.31 = esta cor vai ficar assim: louro claro bege, porque o dourado (.3) misturado com um 
pouco de cinza (.1) vai criar um bege leve. 
5.61 = castanho claro, o primeiro reflexo corresponde ao vermelho, no entanto o segundo 
reflexo vai neutralizar o primeiro e o resultado pode ficar um marrom avermelhado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 REGIÃO QUENTE E REGIÃO FRIA 
 
 
Chamamos de região quente a parte do cabelo que fica próxima ao couro cabeludo. Estas 
regiões por receberem o calor da circulação sanguínea têm para qualquer procedimento químico o 
tempo do processo acelerado. Já o comprimento do cabelo é considerado região fria, pois por não 
possuir nenhum agente acelerador o tempo da tintura ou qualquer outro procedimento ocorrendo em 
tempo normal. 
É importante ressaltar que, em se tratando de região quente, os cabelos do alto da cabeça 
têm além do calor da corrente sanguínea, outro fator que contribui para a melhor penetração da tinta 
que é ação do sol que faz com que os pigmentos do alto da cabeça enfraqueçam e sejam degradadas 
com mais facilidade, portanto, a tinta vai penetrar mais rápido na região próxima ao couro cabeludo do 
alto da cabeça do que nos fios próximos ao couro cabeludo da nuca. 
Observe a figura: 
 
 
 
 
 
Região Quente que 
pode ser intensificada 
pela ação do sol. 
Região quente não 
exposta ao sol 
Região fria 
Região Fria FIG 13 
 
 
 
Toda coloração, com exceção quando for aplicação 
em cabelos brancos, deve iniciar pela nuca. Mesmo quando o 
procedimento pede que se inicie a coloração pelo comprimento, 
a primeira mecha que receberá o produto será a mecha da nuca. 
 
 
 
 
 
10 PROCESSO DE CLAREAMENTO DOS CABELOS: NATURAL E ARTIFICIAL 
 
 
A descoloração pode ser empregada tanto para remover os pigmentos naturais como os 
artificiais, mas para diferenciar o tipo de trabalho a ser feito usa-se denominar a remoção dos 
pigmentos artificiais como decapagem e para os pigmentos naturais descoloração. No entanto, apesar 
dos produtos utilizados serem os mesmos, o grau de dificuldade da decapagem é maior. 
Os pigmentos naturais são mais facilmente removidos do que os depositados por tingimento 
semipermanente ou permanente. 
A melanina, pigmento responsável pela cor dos cabelos, é muito resistente aos agentes 
redutores, mas é facilmente degradada pelos agentes oxidantes. O peróxido de hidrogênio é o principal 
oxidante neste processo, fazendo a liberação de oxigênio de queratina capilar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.1 O Clareamento Natural 
 
 
A água, o ar e o sol clareiam ligeiramente os cabelos e lhes conferem reflexos quentes. A
água aumenta o volume dos cabelos. As moléculas de oxigênio penetram e são ativadas pelo calor do 
ambiente. Trata-se de uma oxidação suave dos pigmentos granulosos, gradativamente destruídos na 
periferia do córtex. 
 
 
10.2 O Clareamento Artificial 
 
 
Pode-se provocar o clareamento do cabelo, indo do tom escuro ao mais claro, por meio de 
uma reação química que provoca uma oxidação mais intensa dos pigmentos. 
 
 
10.2.1 Descoloração 
 
 
A descoloração é a retirada da cor natural do cabelo, ou seja, retirada dos pigmentos naturais 
dos cabelos (virgens). É a feita com pó descolorante e água oxigenada 30 ou 40 volumes. 
 
 
 
 
 
 
 
10.2.2 - Cuidados para fazer uma Descoloração 
 
 
1º. Analisar as condições do cabelo; 
2º. Jamais abafar os cabelos com pó descolorante, principalmente quando estiver em contato 
com a raiz; 
3º. Começar a aplicação do mesmo sempre pela nuca, comprimento e por fim raiz; 
4º. Lembrar sempre que a raiz é uma área mais quente, portanto o processo de descoloração 
será mais rápido neste local; 
5º. Após uma descoloração é válido, na lavagem após a retirada total do descolorante, aplicar 
reestruturador, deixando em pausa por 15 minutos e, em seguida, por cima do mesmo condicionar com 
Condicionador deixando mais 5 minutos, enxaguar; 
 
6º. Ao se fazer uma coloração, após a descoloração, não é desnecessário a utilização de 
oxidante de alta volumagem dando preferência por oxidante de 10 ou 20 volumes. 
 
 
10.2.3 Decapagem 
 
 
Ao contrário da descoloração que retira os pigmentos naturais do cabelo, a decapagem tem a 
função de retirar pigmentos artificiais (tintas ou tonalizantes) existentes no cabelo. Os produtos usados 
para a decapagem geralmente são os mesmos usados para a descoloração, porém uma decapagem é 
mais delicada que uma descoloração, pois ao se aplicar um descolorante sobre um cabelo já colorido, 
será necessário mais cuidado. 
 
 
Existem determinados produtos que absolutamente não saem dos cabelos, e se isso 
acontecer, é melhor não insistir com uma segunda aplicação, pois o cabelo poderá quebrar-se. Os 
produtos de qualidade inferior são os mais difíceis e, às vezes, até mesmo impossíveis de decapar. 
Para garantir um bom trabalho fique atento para estes Dicas: 
 
 Não force o fio, se necessário, deixe a mistura agir por cerca de 40 minutos; e, se 
ainda não atingiu a cor, remova a mistura e hidrate os fios, antes de aplicar novamente 
outra mistura. 
 Começar uma decapagem pela parte mais escura. Lembre-se que este processo é 
demorado, para o qual não estabelecemos tempo, e que na maioria dos casos deve 
ser feita por etapas, isto depende da situação do cabelo, se este está totalmente 
escuro ou se está manchado. 
 
 
 
10.2.4 Xampu Descolorante 
 
 
Usado para clareamentos suaves. 
Produto: pó descolorante, água oxigenada 30 ou 40, água potável, xampu em quantidade 
suficiente para todo o cabelo. 
Modo de aplicar: misture os ingredientes e aplique no cabelo levemente úmido, de baixo 
para cima, seguindo as regras de clareamento. Aguardar o clareamento (cerca de 40 minutos) e lavar 
normalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
11 FUNDO DE CLAREAMENTO 
 
 
A variedade das cores naturais dos cabelos é explicada pelo grau de concentração dos 
pigmentos granulosos ou difusos. A maioria dos cabelos possui os dois tipos de melanina em maior ou 
maior concentração, portanto em um processo de clareamento (descoloração) o cabelo apresenta 
naturalmente cada uma dessas melaninas. O peróxido de hidrogênio fragmenta a pigmentação natural 
e a artificial e desta fragmentação pode resultar o aparecimento de várias cores intermediarias 
A cor azul é uma mais fraca, portanto desaparece rapidamente, o vermelho aparece e 
apresenta várias tonalidades à medida que vai clareando. O amarelo aparece e também apresenta 
algumas tonalidades no processo de clareamento. Esse fenômeno explica o fato de que determinados 
cabelos descoloram-se, adquirindo ou uma cor avermelhada ou amarelada. Aliás, todas as cores 
intermediárias são possíveis. Estas diferentes cores são chamadas de são fundos de clareamento. 
 
Indo do Preto ao mais claro Louro é a seguinte ordem 
Cor Fundo de clareamento 
Preto Azul 
Castanho Escuro Vermelho escuro 
Castanho médio Vermelho claro 
Castanho claro Alaranjado escuro 
Louro escuro Alaranjado 
Louro médio Alaranjado claro 
Louro claro Amarelo forte 
Louro muito claro Amarelo 
Louro claríssimo Amarelo fraco 
 
 
 
 
 
11.1 O fundo de clareamento e sua interferência na cor 
 
Veja no exemplo como o fundo de clareamento pode interferir em uma coloração 
 
 
 
Ex: Um cabelo virgem ou uma raiz na altura do tom de 4 (castanho médio) foi pintado com 
louro escuro 6.0 e oxigenada de 20 volumes. A oxigenada de 20 permitira ao cabelo clarear de 1 a 2 
tons, chegando à cor 5.0 castanho claro (fundo de clareamento – alaranjado). Para sabermos o 
resultado desta coloração, somamos a cor atingida e a cor colocada 5.0 + 6.0= 11 dividimos por 2 
obteremos 5 ½, anulamos o ½ e ficamos com o fundo de clareamento predominante do castanho claro, 
que é um tom alaranjado, como o alaranjado representa cobre, cor ficara 5.4. 
O resultado sempre dependerá do volume de oxigenada aplicada, cor aplicada e da cor de 
fundo de clareamento predominante, pois ela dará a cor de nuance, o reflexo, a cor fantasia. 
Outros exemplos: 
Cor do Cabelo Cor Aplicada ox Resultado 
4 .............................6.........................10º....................4 
4..............................6..........................20º...................5 (levemente avermelhado) 
4...............................6..........................30º.....................6 (suavemente avermelhado) 
4..............................6..........................40º...................7 (levemente alaranjado) 
5..............................5..........................10º ...................5 
5..............................5..........................20º....................6 (levemente alaranjado) 
5..............................5..........................30º....................7 (levemente amarelado) 
5 6 7 1 2 3 4 8 9 10 
 
 
5..............................5..........................40º....................8 (levemente amarelado) 
5..............................5.1 ......................40º....................8.31 (louro claro bege) 
 
O fundo de clareamento pode variar dependendo do tipo de pele das pessoas. Por exemplo, 
nas peles mais escuras com tom de cabelo castanho claro (5) em uma descoloração existe maior 
tendência ao aparecimento de tons alaranjados, já em uma pessoa com pele clara, normalmente, 
encontramos maior tendência ao aparecimento de tons dourados. 
 
Outros exemplos: 
 O tom aplicado é o Louro escuro (6) 
O volume de oxigenada e de 30º em um cabelo castanho claro 
O Resultado será: louro médio amarelo alaranjado 
 
 Em um cabelo virgem na altura do castanho escuro (3) aplicamos uma tinta qualquer com 
oxigenada volume 30º, obteremos uma quebra de até três tons, ficando então um fundo de 
clareamento alaranjado, se a cor escolhida foi por acaso o castanho claro, o resultado desta tintura 
será um castanho claro acobreado, resultado da união da tinta colocada com o laranja (cobre) dos 
pigmentos encontrados no cabelo (fundo de clareamento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 TÉCNICAS DE COLORAÇÃO 
 
 
Existem muitas formas de coloração e técnicas de aplicação. 
 
 
12.1 Coloração Temporária 
 
 
O que é 
Também conhecida como rinsagem. Como o produto não tem amônia nem oxidante, cobre 
apenas superficialmente os fios e tem uma duração curta (cerca de seis lavagens). 
 
Quando usar 
É um processo usado para dar brilho e reflexos à cor original, além de disfarçar os primeiros 
fios brancos. O efeito é rapidíssimo. De 4 a 6 lavagens, já sai tudo. Serve para realçar a cor natural e 
dar
um reflexo muito sutil das cores da moda (achocolatados, acobreados, avermelhados). 
 
Como usar 
A aplicação é simples: você espalha a rinsagem com o bico da bisnaga diretamente sobre os 
fios secos, como se estivesse fazendo riscas de uma ponta a outra. Depois, com as mãos protegidas 
por luvas, massageia os cabelos, espalhando bem o produto; aguarda o tempo indicado na embalagem 
e lavar normalmente. 
 
 
 
 
12.2 Coloração Semitemporária 
 
 
O que é 
Em razão da pouquíssima quantidade de amônia, estraga menos do que as tinturas 
permanentes e quase nunca provoca reações alérgicas. É feita com produtos prontos para o uso. 
 
Quando usar 
Serve para dar um realce no tom natural ou o chamado tingimento tom sobre tom, que deixa 
um reflexo da coloração escolhida sem eliminar a cor base do cabelo. 
A coloração vai saindo com as lavagens. Para quem lava os cabelos a cada dois dias, a 
durabilidade costuma ser de um mês. Se feita sucessivamente, o cabelo tende a ressecar. 
 
Como usar 
A aplicação deve ser feita com o cabelo seco. Misture o tubo de tinta à emulsão e chacoalhe; 
corte o bico da bisnaga aplicadora e comece a passar o produto (um pincel pode facilitar a aplicação 
mais uniforme) por todo o cabelo, mecha a mecha; nos minutos finais, ainda de luvas, massageie o 
cabelo para espalhar a tinta uniformemente. Como o produto costuma ser em forma de xampu, em 
contato com a água ele produz espuma. No chuveiro, esfregue sem usar outro xampu, enxágue bem e 
aplique o condicionador. 
 
 
 
12.3 Coloração Vegetal 
 
 
 
 
 
 
O que é 
 
Uma tinta com base vegetal. A cor vai saindo conforme se lava os cabelos, depois de um 
mês. 
 
Quando usar 
Ideal para pessoas alérgicas, ou que usem alisantes leves, também usada para reequilibrar o 
excesso de oleosidade dos cabelos e dar volume. No entanto, com as sucessivas reaplicações, vai 
ressecando demais o cabelo e a cor não fica mais uniforme. Além disso, o efeito é cumulativo. 
Depois de repetir o processo algumas vezes, o cabelo fica com um tom avermelhado 
definitivo, já que uma dose considerável do produto acaba impregnada na estrutura do fio. 
 
 
 
12.4 Sais Metálicos 
 
 
 
O que é 
As tintas para o cabelo que conferem a coloração mediante óxidos ou sulfuretos de 
determinados metais. Sais metálicos agem como catalisadores na quebra das moléculas de peróxido 
de hidrogênio, que é usado na composição de fórmulas padrão de cor dos cabelos. 
 
Quando usar 
Muito usado pelos homens, é cumulativa e possibilita uma mudança sutil. No entanto, o 
resultado é que os produtos químicos, quando misturados, geram uma grande quantidade de calor na 
reação química, o que pode levar a queimaduras do escalpo e sérios danos aos cabelos. 
Outro inconveniente do uso das tinturas progressivas a base de sais metálicos é a 
incompatibilidade dos produtos a quaisquer outras tinturas e produtos tanto para alisamentos quanto 
para descoloração, podendo provocar queda do fio. 
 
 
 
 
Obs.: antes de aprendermos o procedimento de aplicação das tinturas permanentes 
vamos conhecer algumas técnicas que são usadas para facilitar ou melhorar o resultado das 
tinturas permanentes. 
 
 
12.5 Pré-pigmentação 
 
 
É a preparação de uma base antes da coloração. Dando fundo em cabelos despigmentados 
ou efetuando uma correção de cor em cabelos desbotados, manchados, preparando-os para receber a 
tintura a ser aplicada. Também usada para preparar cabelos brancos. 
 
Técnica de aplicação: 
a. Não se lava os cabelos antes da pré-pigmentação. 
b. Mistura-se tinta com água na proporção adequada. 
c. Aplica-se mecha a mecha, nas partes sem pigmentação, desbotadas ou manchadas. 
d. Em seguida, sem dar pausa, aplica-se a coloração na nuance desejada, Raiz + 
Comprimento + Pontas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12.5.1 Utilizando bem a pré-pigmentação 
 
Aplicar a mistura de ¼ a ½ bisnaga de tinta com 25 ml de água potável, deixando nos cabelos 
por 10 minutos nas regiões necessárias. Em seguida, retire o excesso, se necessário, com o pente e 
aplicar a tinta escolhida normalmente, com água oxigenada de 20 volumes. 
Em cabelos de cores cinza, mate e pérola, preparar o pré-pigmento com uma numeração 
mais escura. Por exemplo: se a cliente escolheu a tinta 8.1 (louro claro acinzentado), o pré-pigmento 
será feito com 7.1 (louro médio acinzentado). 
A oxigenada volume 10, pode substituir a água nos tons claros, mas nos escuros pode fechar 
muito a cor. Para cabelos extremamente claros com necessidade de escurecer mais de 4 tons: misture 
uma parte 7.4 a 2 partes de oxidante 10 volume (3%), deixe por 15 minutos. Retirar com pente fino e 
aplicar a cor desejada; e aguarde 30 minutos. 
Para retirar manchas claras do cabelo use 1 Parte de coloração (cor base) e 1 Parte de 
oxidante 10 volumes (3%) deixe por 15 minutos e aplique a cor desejada. Para um cabelo que está 
com o tom 10 e a cor desejada é o 5. Pode-se pré-pigmentar com 6 com nuance acobreada, 
avermelhada ou dourada, deixar por 20 minutos, enxágue e aplicar a coloração 5 com oxidante de 20 
volumes. Tempo de pausa de 35 minutos. Algumas vezes, para uma melhor definição uma pré-
pigmentação pode ajudar. Por exemplo: para cabelos louros claríssimos uma pré-pigmentação com 
dourado dará um tom mais bonito e homogêneo. 
 
 
12.6 Repigmentação 
 
 
Técnica usada para reforçar uma cor, corrigir um desbotamento feito pelo sol ou cloro, 
modificar levemente uma tonalidade. O produto usado é a tinta no tom desejado + oxidante creme 10 
volumes ou ainda o tom desejado puro misturado a água potável. 
 
 
 
 
Técnica de aplicação 
 
Aplicar nos cabelos ou nas partes despigmentadas deixar por 30 minutos e enxaguar apenas 
com água e condicionador e enxaguar. 
 
 
 
12.7 Mordançagem 
 
 
Mordançagem é uma das técnicas utilizadas no preparo dos cabelos brancos para receber a 
coloração. Ao proceder a análise capilar do fio certifique-se de que a porosidade é suficiente para a 
perfeita cobertura dos brancos, antes de aplicar a técnica. 
 
Técnica de aplicação 
Ao decidir pela aplicação da técnica, ela deverá ser executada utilizando-se água oxigenada 
20 ou 30 volumes. Proceder a aplicação por toda a cabeleira. Deixe agir por 10 a 15 minutos. Não lave 
os cabelos, retire o excesso com uma toalha. Secar com o secador, fazendo em seguida a aplicação da 
tintura na tonalidade desejada. 
 
 
12.8 Tintura Permanente 
 
 
O que é 
Dá colorido clareando, mas também no mesmo tom e em tom mais escuro. Recobre os 
cabelos brancos. Age clareando e colorindo simultaneamente o cabelo. Necessita que três elementos 
entrem em atividade: amônia, um oxidante e precursores de cor. 
 
 
 
 
Quando usar 
Quando se desejar promover mudanças mais radicais (a tintura-creme escurece ou clareia 
até quatro tons acima ou abaixo da cor original). Também usada para cobertura dos cabelos brancos. 
Um tom mais claro sustenta a cor, apenas com retoque de raiz, até três meses. As cores 
mais quentes, como cobre, dourado e vermelho, duram menos, cerca de um mês e meio. A 
manutenção é a parte mais delicada. Geralmente, todo mês já é preciso retocar as raízes. Quem alisa 
os cabelos não pode escolher esse tipo de tingimento. É que os compostos ativos dos dois processos 
químicos não combinam entre si. 
Como é o tipo de tintura que mais agride os fios, para que os cabelos fiquem bonitos é 
importante fazer um banho de creme mensal e usar condicionadores leave-in (sem enxágue) e 
finalizadores com fórmulas acrescidas de silicone, para ajudar a proteger os fios. 
 
Como usar 
Não esqueça o que foi ensinado sobre as regiões quentes, médias e frias da cabeça, porque 
nos processos de coloração permanente elas fazem muita diferença. Se a tinta for aplicada em primeiro 
na região quente terá ação muito mais rápida comprometendo o resultado. Portanto, o correto é iniciar 
a tintura sempre (com exceção dos brancos)
pelas regiões frias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 APLICANDO A TINTA 
 
 
Dicas importantes: 
 
 O oxidante deve ser usado na medida exata exigida pela coloração e determinada pelo 
fabricante. Utilizar sempre copo medidor ou balança. Em uma coloração nunca devemos 
abafar totalmente os cabelos. Os cabelos precisam de espaço para a oxidação 
 A escolha do produto para tingimento depende do que você quer e de quanto tempo a cor 
deve durar. A maioria das mulheres começa com uma tonalidade suave, para depois 
passar para cores mais fortes. Ao notar que há mais partes grisalhas ou que a tintura não 
está cobrindo tão bem como antes, talvez seja necessário mudar para um nível mais forte. 
 
 
13.1 Cabelos Virgens 
 
 
13.1.1 Tintas Escuras 
 
 
A - Tinta Escura em Cabelos Escuros 
 
(exemplo: castanho escuro em cima de castanho claro) 
 
 Dividir em mechas. 
 Começando de baixo para cima aplique de raiz as pontas. 
 Aguardar 30 minutos e lave primeiro com água pura, massageando até que a cor da 
água saia clara. 
 
 
 Passa xampu e enxágue. 
 Aplique produto pós-tintura massageando e enxágue. 
 
B - Tinta Escura em Cabelos Claros 
(exemplo: Castanho claro em cima de louros) 
 Se o cabelo estiver muito despigmentados uma pré-pigmentação poderá evitar que o 
cabelo desbote rapidamente. Se houver partes muito descoloridas faz-se a pré-
pigmentação somente nestas áreas. Para a tinta castanho claro, principalmente, pois 
podem ficar esverdeados. Outra sugestão é a utilização de tinta com nunca dourada. 
 Divida o cabelo em mechas. 
 Começando sempre por baixo aplique de raiz as pontas. 
 Enxágue somente com água até que ela saia limpa. 
 Aplique o xampu e enxágue. 
 Massageie com produto pós tinturação e enxágüe. 
 
 
13.1.2 Tintas Claras 
 
 
A - Tinta clara em cabelos claros 
(louro médio para atingir louro claríssimo) 
 Com oxigenado volume 20. 
 
 Usando uma base com nuance dourada para evitar tons esverdeados. 
 Aplique começando por baixo no comprimento até as pontas deixando cerca de 2 cm da 
raiz. 
 Aguardar o tempo necessário cerca de 35 minutos. 
 Enxágue somente com água, massageando até que saia totalmente a tinta. 
 Aplique o xampu, logo após o produto para pós-tintura e enxágue. 
 
 
 
B - Tinta clara em cabelos escuros 
(louro médio em cima de castanho claro) 
 
Dica: 
- Faça um teste de despigmentação para avaliar o potencial de clareamento dos fios. Pegue uma 
pequena porção de tinta com oxidante volume 30 e aplique em uma mecha, aguarde 20 minutos e 
observe se o tom desejado esta próxima ou já atingiu, caso contrário este cabelo deverá sofrer uma 
descoloração antecipada (ver item descoloração). 
- Se precisar descolorir aplique a tinta de raiz a ponta, começando por baixo, caso contrário aplique 
primeiro do comprimento às pontas, deixando 2 cm de raiz, depois de 20 minutos aplique nas pontas. 
- Enxágue massageando somente com água e aplique o xampu e o produto pós-tinturação. 
 
 
13.1.3 Tintas quentes - Cobre, acaju ou vermelho 
 
 
A - Tintas quente em cabelos claros 
 Faça uma pré-pigmentação com tinta mais clara que a desejada e oxidante volume 10. 
 
 Separa as mechas e aplique de baixo para cima, longe da raiz 2 cm, do comprimento às 
pontas. 
 Aguarde 20 minutos e aplique nas raízes. 
 Enxágue com os procedimentos normais. 
 
B - Tintas Quentes em Cabelos Escuros 
 Primeiro faça um teste com a tinta + acentuadores de tonalidade + oxidante volume 30 
ou 40 conforme as condições do cabelo. 
 
 
 Caso atinja o tom desejado aplique a tinta, se não será necessário uma descoloração. 
 Passe a tinta do comprimento às pontas deixando a raiz. 
 Após 20 minutos aplique nas raízes. 
 Retire após 40 a 45 minutos. 
 Enxágue com os procedimentos normais. 
 
 
13.2 Cabelos Tinturados 
 
 
Lembre-se que tinta não clareia tinta, portanto se o cliente desejar uma cor mais clara que a 
já existente é bem provável que tenha que ser submetido a uma decapagem. 
Existem duas opções de clareamento: a decapagem ou xampu descolorante. É importante 
que em qualquer das duas opções, seguir as regras para clareamento, respeitando as regiões frias e 
quentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13.2.1 Tinta Escura em Cabelo Claro 
 
 
Nos cabelos claros quando se escurece a tarefa é relativamente mais fácil, se o tom desejado 
for do castanho médio ao preto, basta aplicar a tinta da raiz à ponta e, no prazo de 15 dias, aplicar uma 
repigmentação para melhor fixação. 
Alguns problemas podem ocorrer quando a tonalidade for um pouco mais clara. 
Exemplo: nos cabelos louros. 
 Quando a cor desejada for o castanho claro: pode surgir um efeito esverdeado. 
 A cor desejada é o acaju ou vermelho, pode surgir um tom rosado. 
Para evitar tons indesejáveis o melhor é preparar uma pré-pigmentação antes. 
 Após a pré-pigmentação, aplica a tinta da raiz às pontas para as tintas escuras, para as 
tintas mais claras deve-se aplicar primeiro no comprimento e aplicar próximo às raízes 
somente após cerca de 20 minutos. 
 Enxágue bastante com água pura, aplicar o xampu apenas uma vez e condicionar. 
 
 
13.2.2 Tinta Clara em Cabelos Escuros 
 
 
Neste caso não tem solução, os processos de clareamento serão necessários. Para facilitar 
vamos separar cada caso com os devidos procedimentos. 
 
 
 
 
 
 
Procedimentos para aplicar tinta em cabelos tinturados 
Tom desejado Tom existente Procedimento 
Castanho médio Preto Xampu descolorante 
Castanho claro Preto Decapagem 
Castanho claro Preto Decapagem 
Chocolates, vermelhos 
acobreados- 
Preto Decapagem 
Loiríssimos Preto Decapagem profunda 
Castanho claro Cast. Escuro ou médio Xampu descolorante 
Louros/ avermelhados- Cast. Escuro Decapagem 
Chocolates Cast. Médio Xampu descolorante 
Avermelhados Castanho claro Xampu descolorante 
Acobreados/ vermelhos Cast. Médio/escuro Decapagem 
Acobreados Cast. Claro Decapagem leve 
Louro escuro Cast. Claro Xampu descolorante 
Loiríssimo Cast. Claro/louro escuro Decapagem 
 
Aplicação 
 Nestes casos, a tinturação deve sempre começar (salvo o branco) por baixo (nuca) do 
comprimento às pontas, aguardando 20 a 30 minutos antes de aplicar nas raízes. 
 Enxaguar massageando com água pura, antes de aplicar o xampu, enxaguar e 
condicionar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 MISTURANDO TINTA 
 
 
14.1 Como misturar tinta com água oxigenada 
 
 
Cada empresa indica a proporção correta que deverá ser utilizada na mistura entre tinta e 
oxidante, normalmente as mais utilizadas são esta: um por um, um por um e meio, um por três, isto 
significa: 
Por exemplo, um tubo de tinta de 50g: 
1/1 = 1 parte de coloração (50g) e 1 parte de oxidante(50ml) 
1/1 ½ = 1 parte de coloração (50g) e 1 parte e meia de oxidante (75ml ) 
1/2 = 1 parte de coloração (50) e 2 parte de oxidante (100ml). 
1/3 = 1 parte de coloração (50) e 3 parte de oxidante(150ml). 
 
 
14.2 Misturas proporcionais 
 
 
Com nuances iguais 
 
Somam-se as bases, divide-se por dois e conserva-se as nuances. 
Por exemplo: 7.65 + 5.65 = 12.65 divididos por (2) é 6.65. 
 
 
 
Por quê? O que você vai somar são somente as bases que são 7 (louro médio) e o 5 
(castanho claro). A nuance x, 65 é a mesma, portanto, a cor continua a mesma, o que muda é o nível 
claro ou escuro. 
 
Nuances diferentes 
 
Somam-se as bases, divide-se por dois e para as nuances utiliza-se a regra de cores 
contrarias. 
Por exemplo: 7.6 + 5.1= 7 + 5= 12:2 = 6 
A nuance x. 6 corresponde ao vermelho, a nuance x.1 corresponde ao cinza, o vermelho com 
cinza resulta em um tom levemente marrom acinzentado. 
 
 
14.3 Misturas não proporcionais 
 
 
Sempre a cor em maior quantidade deverá ser dividida por dois, depois somada a outra cor e 
novamente dividida por dois, por exemplo: 
Misturando 01 tubo de 2.0 + ½ tubo de 8.0 
Seguindo a regra: 
2.0 dividido por 2 = 1.0 + 8.0= 9 
9.0
dividido por 2 = 4 e meio – isto significa que a cor resultante desta mistura será: castanho 
médio com um fundo levemente acobreado = 4.04 
 
 
 
 
 
 
Por que acobreado? 
 
Sabemos que a cor 8.0 (louro claro) tem pigmentos amarelos e o castanho tem pigmentos 
laranja, a mistura vai enfraquecer o laranja não o remover. Lembrando sempre que é preciso 
considerar o grau de oxidante e a cor do cabelo a ser aplicado. 
Relembrando 
Cor fundo predominante 
1- preto (azul) 
2- castanho escuríssimo 
3- castanho escuro = pigmento vermelho 
4- castanho médio 
5- castanho claro 
6- loiro escuro= pigmento laranja 
7- loiro médio 
8- loiro claro 
9- loiro muito claro= pigmento amarelo 
 
Saiba que: o primeiro número de cada grupo sempre guarda um pouco do pigmento do grupo 
anterior. 
 
 
 
 
 
14.4 Base para Misturas 
 
 
Quando é necessário fazer misturas para se chegar a uma tonalidade que desejamos, por 
não possuirmos no estoque ou porque a mistura com o fundo de clareamento vai suavizar ou acentuar 
alguma tonalidade, a base correta para a mistura é a seguinte: 
 40g de tinta base + l5 de fantasia 
 30g de tinta base + l5 tom fantasia + l5 tom acentuador ou suavizador 
 
Por exemplo: castanho claro + acaju + acobreado 
 
 
14.5 Sugestão de Misturas Perfeitas e Imperfeitas 
 
 
14.5.1 Para cabelos naturais escuros (na altura do 3 ou 4) com oxigenada de 20 ou 30 volumes 
 
 
a) ¼ de acaju-escuro + ¾ de louro escuro = acaju médio 
b) ½ de marrom escuro + ½ de acaju escuro = marrom acaju (pinhão) 
c) 1 tubo de acaju escuro + 5 cm de vermelho intenso= acaju médio 
d) ½ de louro claro + ½ de acaju claro = cobre escuro 
e) ½ de louro médio + ½ de acaju médio = marrom escuro dourado 
f) ½ de marrom escuro ½ de louro escuro acinzentado = marrom escuro 
g) ¾ de louro dourado + ¼ de louro cinza médio = marrom médio 
h) ½ de louro avelã (7.3) + ½ de marrom durado + 6 cm de mix grafite = marrom dourado 
i) ¾ de louro avelã + ¼ de acaju púrpuro = vinho 
 
 
 
Atenção: respeite as regiões frias e quentes 
 
 
14.5.2 Para cabelos descoloridos que atingiram o amarelo para dar a tonalidade acinzentada com 
oxigenada de 20 volumes 
 
a) ½ de louro médio acinzentado + ½ de castanho claro = castanho claro acinzentado 
b) ½ de louro claro acinzentado + ½ de castanho claro = castanho claro acinzentado leve 
c) ½ de louro claro acinzentado + ½ de louro pastel = louro cinza prateado 
d) ½ de louro escuro acinzentado + ½ de louro escuro = + 6 cm de mix grafite = castanho 
claro acinzentado 
e) ½ de louro escuro acinzentado + ½ de louro médio + 5 cm de prata = louro escuro 
acinzentado 
f) ½ de louro pastel + ½ de louro claro acinzentado + 1 cm de amarelo = louro claro bege 
 
 
14.5.3 Para cabelos descoloridos em tom de vermelho – alaranjado, com oxigenada de 20 volumes 
 
 
a) ¼ de louro médio acinzentado + ¾ de louro escuro = castanho claro acinzentado 
b) 1 tubo de louro médio acinzentado + ½ de louro médio – louro escuro 
c) 1 tubo de louro claro acinzentado + 3 cm de louro cendré = louro médio acinzentado 
 
 
14.5.4 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar vários tons de marrom e acaju com 
oxigenada de 20 volumes 
 
 
 
 
a) ¼ de acaju- escuro + ¾ e louro escuro = acaju escuro 
b) ½ de marrom escuro + ½ de acaju escuro = púrpura 
 
c) 1 tubo de acaju escuro + 5 cm de vermelho intenso = acaju médio 
d) ½ louro médio + ½ de marrom médio = marrom escuro dourado 
e) ¾ de marrom dourado + ¼ de louro médio acinzentado= marrom médio 
f) ½ de louro avelã (7.3) + ½ de marrom dourado + 6 cm de grafite = marrom dourado 
g) ½ de marrom escuro + ½ de louro escuro acinzentado = marrom escuro 
h) ½ de marrom dourado + ½ de louro claro = marrom claro dourado 
 
 
14.5.5 Para cabelos descoloridos (amarelados) para tonalidade castanho dourado com oxigenada de 
20 volumes 
 
 
a) ¾ de louro claro + ¼ de castanho claro = castanho claro dourado 
b) 1 tubo de castanho médio + 10cm de louro dourado = castanho médio dourado 
c) ½ de castanho escuro + ½ de castanho dourado = castanho escuro dourado 
d) ½ de louro avelã (7.3) + ½ de louro cinza médio = castanho claro dourado 
e) ¾ de louro avelã + ¼ de louro dourado = louro mel 
 
 
14.5.6 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar a tonalidade pastel 
 
 
a) ¼ de louro pastel + ¾ de louro cinza ultraclaro = pastel 
b) ¾ de louro avelã + ¼ de louro pastel = louro ultraclaro 
c) 1 tubo de louro avelã + 1 cm de preto = avelã escuro 
 
 
 
 
14.5.7 Mecha marrom 
 
 
 1 parte de coloração (cor base) 4.0 , 5.0 ou 6.0, 1 parte de coloração (fantasia) 6.34 – 
6.35 e 1 parte de coloração (vermelha) 5.4 – 6.4 com oxigenada 20 (5 OU 6) ou 30 (4) 
 
 
 
15 PINTANDO OS CABELOS BRANCOS 
 
 
Existem dois tipos de cabelos brancos: 
 
Branco opaco: 
São na verdade os primeiros cabelos brancos, muito similares ao anterior em sua constituição 
com a diferença apenas na perda dos pigmentos naturais, estes cabelos são mais fáceis de cobrir. 
 
Branco brilhante: 
A cor do cabelo existe para a proteção da haste capilar que por sua vez existe para a 
proteção do couro cabeludo. Uma vez que se perde o pigmento do cabelo, a fibra estaria desprotegida. 
A natureza sabiamente faz com que o cimento que une as cutículas vá se tornando mais grosso 
unindo-as fortemente, isto explica o intenso brilho que vemos em alguns cabelos brancos, 
principalmente à medida que aumenta a quantidade. Portanto, para pintar estes cabelos a tarefa á mais 
difícil. 
 
 
 
 
 
 
15.1 Com pré-pigmentação 
 
 
Deve ser feita sempre com um tom base. Este tom deve ser mais escuro ou na altura do tom 
desejado. 
 
Receita 
Tom natural, mais oxidante 10 volumes. 
 
a) Aplicação na raiz (Cabelos Brancos) 
1 parte de tinta 
1 parte de oxidante, 
Tempo de pausa de 10 a 15 minutos. Após o tempo de pausa, aplicar a tinta (conforme etapa 
2, sem enxágue). 
 
b) Aplicação em todo o cabelo 
1 parte de tinta. 
1 ½ parte de oxidante. 
Tempo de pausa de 40 minutos. 
 
 
 
 
 
15.2 Com Oxidante de 30 Volumes 
 
 
Utilizar um tom fantasia mais a base sendo esta, um tom a dois tons mais escuros ao 
desejado, mais oxidante de 30 volumes. 
Mistura preparada 7.3 + 5 (ou 6) em partes iguais + oxidante de 30 volumes. 
 
a) Aplicação na raiz (Cabelos Brancos) 
½ parte de tinta 7.3 
 
½ parte de tinta 5 (ou 6) 
½ parte de Oxidante 30 volumes 
 
b) Aplicação no restante dos cabelos 
1 parte de tinta 7.3 
1 ½ parte de oxidante 20 volumes. 
Tempo de pausa de 40 minutos. Enxaguar. 
 
 
15.3 Tabela Cobertura de Cabelos Brancos 
 
 
 30 a 40% de brancos: 
Utilizar tom base na altura do tom fantasia em partes iguais. 
 
 
 
 40 a 50% de brancos: 
Utilizar tom base em tom abaixo do tom fantasia em partes iguais 
Exemplo: 6.3 - louro escuro dourado + 5 castanho claro e mais oxidante relativo à volumagem 
do tom desejado. 
 
 Acima de 50% de branco. 
Podemos optar por um tom base um a dois tons abaixo da cor desejada ressaltado-se que só 
poderemos abaixar esta altura de tom base ate o tom 5 como exemplificamos a seguir: 
a) 10.1 - louro ultraclaro acinzentado + louro claro 
 
b) 7.46 - Louro acobreado vermelho + 5 castanho claro 
c) 6.54 - Louro Escuro acaju acobreado + 5 castanho claro 
 
Observação: 
A escolha de abaixar um ou dois tons da base depende do tipo do branco, do percentual 
deste e da cor desejada. Lembrando que o último tom que cobre brancos é o 8.0 Louro Claro, como no 
primeiro exemplo, serve de tom base para o 10.0 Louro Ultra Claro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 CABELOS COLORIDOS – RETOQUE DE RAIZ 
A aplicação deve ser feita somente na parte crescida na raiz. Deixar agir metade do tempo de 
ação, depois umedecer as pontas com um borrifador; em seguida, o conteúdo deve ser emulsionado 
para as pontas, e deixar agir, por mais 10 minutos. Isso faz reavivar a cor do comprimento e pontas

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