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Copyright © Portal Educação 2012 – Portal Educação Todos os direitos reservados R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 Internacional: +55 (67) 3303-4520 atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil Triagem Organização LTDA ME Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 Portal Educação P842c Colorações capilares / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 2012. 115 p. : il. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8241-243-5 1. Cabelo – Coloração. 2. Cabelos – Cuidados. 3. Cabelos – Tintura. I. Portal Educação. II. Título. CDD 646.72 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 A ESTRUTURA DO CABELO 2.1 Estrutura Externa do Cabelo 2.1.1 Cutícula 2.1.2 Medula 2.1.3 Córtex 2.2 Estrutura Interna do Cabelo 2.2.1 Segmento Superior 2.2.2 Segmento Inferior 2.3 Composição Química do Cabelo 2.3.1 Os Aminoácidos 2.3.2 As Proteínas 2.3.3 A Proteína Queratina 2.4 Outros Componentes do Cabelo 3 AS FASES DE NASCIMENTO, CRESCIMENTO E MORTE DO CABELO 3.1 Fase Anágena 3.2 Fase Catágena 3.3 Fase Telógena 4 A COR DOS CABELOS 4.1 O Processo de Formação da Melanina 5 O CABELO BRANCO 6 COMO PODEMOS MODIFICAR A COR DOS CABELOS 7 A TINTURA E SUA COMPOSIÇÃO 7.1 Composição Básica de uma Tintura 7.1.1 Suporte 7.1.2 Agentes Alcalinizantes 7.1.3 Agente Oxidante 7.1.4 Substâncias Corantes 7.1.5 Classificação dos Pigmentos Artificiais 7.2 O Processo de Pigmentação 7.2.1 Ação da Tinta Permanente 7.2.2 Ação da Tintura Semipermanente 7.2.3 Ação dos Pigmentos Temporários 7.2.4 Ação dos Sais Metálicos 7.2.5 Ação das Tinturas Vegetais 8 COLORIMETRIA - O ESTUDO DAS CORES 8.1 O que é a Cor 8.1.1 Classificação das cores 8.1.2 Compreendendo as Cores Separadamente 8.1.3 As Cores e a sua Referência em Colorimetria 8.2 Como Ler os Números das Nuances 9 REGIÃO QUENTE E REGIÃO FRIA 10 PROCESSO DE CLAREAMENTO DOS CABELOS: NATURAL E ARTIFICIAL 10.1 O Clareamento Natural 10.2 O Clareamento Artificial 10.2.1 Descoloração 10.2.2 Cuidados para fazer uma Descoloração 10.2.3 Decapagem 10.2.4 Xampu Descolorante 11 FUNDO DE CLAREAMENTO 11.1 O fundo de clareamento e sua interferência na cor 12 TÉCNICAS DE COLORAÇÃO 12.1 Coloração Temporária 12.2 Coloração Semitemporária 12.3 Coloração Vegetal 12.4 Sais Metálicos 12.5 Pré-pigmentação 12.5.1 Utilizando bem a pré-pigmentação 12.6 Repigmentação 12.7 Mordançagem 12.8 Tintura Permanente 13 APLICANDO A TINTA 13.1 Cabelos Virgens 13.1.1 Tintas Escuras 13.1.2 Tintas Claras 13.1.3 Tintas quentes - Cobre, acaju ou vermelho 13.2 Cabelos Tinturados 13.2.1 Tinta Escura em Cabelo Claro 13.2.2 Tinta Clara em Cabelos Escuros 14 MISTURANDO TINTA 14.1 Como misturar tinta com água oxigenada 14.2 Misturas proporcionais 14.3 Misturas não proporcionais 14.4 Base para Misturas 14.5 Sugestão de Misturas Perfeitas e Imperfeitas 14.5.1 Para cabelos naturais escuros (na altura do 3 ou 4) com oxigenada de 20 ou 30 volumes 14.5.2 Para cabelos descoloridos que atingiram o amarelo para dar a tonalidade acinzentada com oxigenada de 20 volumes 14.5.3 Para cabelos descoloridos em tom de vermelho – alaranjado, com oxigenada de 20 volumes 14.5.4 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar vários tons de marrom e acaju com oxigenada de 20 volumes 14.5.5 Para cabelos descoloridos (amarelados) para tonalidade castanho dourado com oxigenada de 20 volumes 14.5.6 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar a tonalidade pastel 14.5.7 Mecha marrom 15 PINTANDO OS CABELOS BRANCOS 15.1 Com pré-pigmentação 15.2 Com Oxidante de 30 Volumes 15.3 Tabela Cobertura de Cabelos Brancos 16 CABELOS COLORIDOS – RETOQUE DE RAIZ 17 Coloração artística 17.1 Materiais usados para a coloração artística 17.2 Luzes 17.3 Reflexo 17.4 Mechas 17.5 Mechas em zig-zag 17.5.1 No alto da cabeça 17.5.2 No meio da cabeça 17.6 Balaiagem 17.7 Marmorização 18 DICAS DE COLORIMETRIA 19 TÉCNICAS ALTERNATIVAS DE MECHAS E COLORAÇÃO ARTÍSTICA 19.1 DIVISÃO EM FORMA DE LAÇO 19.2 Mechas ou luzes californianas 19.3 Em forma triangular pelas laterais 19.4 Triângulo fechado 19.5 Luzes espanholas 19.6 Losango 19.7 Strong 19.8 Dicas Importantes 20 SUGESTÃO DE MISTURAS OU COMBINAÇÕES DE CORES PARA MECHAS 21 AS CORES CERTAS PARA CADA TIPO 21.1 Loira de Pele Muito Clara 21.2 Loira Bronzeada 21.3 Morena Clara 21.4 Ruiva 21.5 Oriental 21.6 Mulata 21.7 Negra 22 ERROS COMUNS 22.1 Erros nas Luzes ou Mechas 22.1.1 Brancas demais 22.1.2 Amarelada demais 22.1.3 Sobrou branco 22.2 Erros na tintura 22.2.1 Resultado mais claro 22.2.2 Resultado mais escuro 22.2.3 Resultado avermelhado 22.2.4 Resultado rosa ou arroxeado 22.2.5 Resultado cinza demais 22.2.6 Falimento da descoloração 23 EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO PARA UMA COLORAÇÃO 24 OS DANOS CAUSADOS AO CABELO PELA AÇÃO DE TINTURAS 25 TRATANDO UM CABELO TINTURADO 25.1 Tratamentos 25.1.1 Peeling capilar 25.1.2 Argiloterapia 25.1.3 Hidratação 25.1.4 Nutrição 25.1.5 Reestruturação REFERÊNCIAS 1 INTRODUÇÃO O cabelo distanciou-se ao longo dos séculos de sua real importância, a de proteção. Transformado em símbolo de status, poder, beleza e força, sempre teve para a raça humana um papel importante muito mais ligado ao ego do que à anatomia. Achados arqueológicos, como pentes e navalhas feitos em pedra, mostram isto. Primeiro entre os homens, que desde a mais remota antiguidade já tinham o hábito de barbear e cortar o cabelo. Os primeiros salões de cabeleireiros surgiram em Atenas, na Grécia. Em algumas lojas foram sendo instalados espaços adequados ao tratamento de beleza, e assim surgiu o salão e a profissão de barbeiro, exclusiva do sexo masculino. Para as mulheres o culto à beleza, apesar de iniciar bem mais tarde, em relação aos homens, também é muito antigo. Cleópatra foi uma das primeiras mulheres a escrever um manual de beleza, loções contra rugas, manchas cutâneas, máscaras e óleos para conservação da pele. Na Grécia antiga era comum a utilização de uma raiz vermelha conhecida como “polderos” e “cerato de mel” para mudar a tonalidade dos órgãos mais sensíveis e irrigados da face. No Egito faraônico, elas utilizavam um pó natural, denominado Púrpura de Tyr, para se enfeitar e chamar a atenção. Durante os séculos XVII e XVIII, na França dos “Luises”, propagava-se a moda de perucas com cachos; pós de arroz e brilhos em um já intenso comércio de produtos cosméticos nas ruas de Paris. Em 1750 já eram mais de 600 os cabeleireiros atuantes. Há mais de três mil anos os egípcios foram os primeiros a desenvolver a técnica de tintura de tecidos e de cabelos, utilizando inúmeros corantes que extraíam da matéria animal e vegetal. Estes mesmos corantes foram utilizados por muitas civilizações no decorrer dos séculos, e até mesmo nos dias atuais. E ainda estão ligados à Antiguidade, como a Camomila, a Henna e o Índigo, entre outros. O cabelo liso teria sido, durante séculos, uma representação de status das classes mais altas. A influência desse símbolo pode ser comprovada quando se repara nas técnicas que as mulheres chegaram a usar para alisar cabelos há algumas décadas – grande parte delas era bastante agressiva aos fios. Antes de 1960, uma técnica muito popular era colocar as mechas entre duas chapas de metal que chegavam à temperatura de 250º C. O calor excessivo desintegrava a queratina – proteção natural do cabelo – e estragava os fios. Atualmente há uma versão remodelada dessa “chapinha excessiva”, que regula a temperatura e oferece maior proteção aos cabelos. Outra tática muito usada foi o ferro de passar roupas. As jovens colocavam papel sobre os fios e passavam o ferro bem quente sobre os cabelos. Nos anos 60 surgiram os alisamentos a frio, feitos com produtos químicos. Mas os cachos tiveram também seu tempo de glória. Em 1918 Nessler, um alemão emigrado para a Basileia, cria a formulação “permanente”, que é experimentada por muito tempo. Em 1940, a moda das ondas sobrevive ao período de guerra e reflete a situação econômica e política vigente. As irmãs Carita abrem um salão de beleza. São as primeiras mulheres a exercer a profissão de cabeleireiro e a entrar num mercado até então predominantemente masculino. Com a II Grande Guerra, muitos deles se alistaram no Exército para lutar, dando lugar para as mulheres. Aparece ainda nesta década a permanente a frio. Seu criador é o inglês Speakman, que a testa por quatro anos. A patente é adquirida pela americana Heléne Curtis e a difunde na Europa pela L’oréal. De lá para cá, entre lisos ou crespos, loiros, ruivos ou escuros, aos cabelos ainda se dá tal importância que as indústrias de cosméticos estão hoje entre as que mais crescem em todo o mundo. 2 A ESTRUTURA DO CABELO Os cabelos são divididos em duas partes: a externa, aquela visível aos nossos olhos, e a interna, aquela que fica sob a pele. 2.1 Estrutura Externa do Cabelo A parte visível, a Haste, é composta de três partes distintas: 2.1.1 Cutícula A cutícula, superfície protetora do cabelo, tem a função de não permitir que substâncias nocivas penetrem no núcleo do cabelo e de protegê-lo da excessiva evaporação de água. É responsável pelo brilho e maciez dos fios. Transparentes e não pigmentadas, as células cuticulares são muito achatadas e se recobrem diversas vezes umas às outras. 2.1.2 Medula Ausente no lanugo ou no velus humano, a medula é formada por células anucleadas, fracamente queratinizadas, contendo lipídios e granulações pigmentadas. Devido à dificuldade de isolamento dessas células, suas funções não são claras quanto às propriedades físicas e químicas do cabelo. 2.1.3 Córtex O córtex é a principal estrutura do cabelo. É responsável pela elasticidade, resistência e onde se encontra a cor dos fios. Formado por células fusiformes, é composto por uma alta concentração de queratina. Fig.1-Estrutura Fio - www.colegiosaofrancisco.com. br 2.2 Estrutura Interna do Cabelo Fig. 2 estrutura do cabelo- Instituto de Bioquímica Universidade de São Paulo Formado pelo infundíbulo piloso, que compreende dois segmentos: superior e inferior. 2.2.1 Segmento Superior Segmento superior: localizado à altura da inserção do músculo eretor até a superfície da pele, é composto por: Istmo: que vai desde a desembocadura do músculo eretor até a desembocadura da glândula sebácea. O infundíbulo que se estende da abertura da glândula sebácea até a superfície da pele; a saída do infundíbulo na superfície da pele é chamada de óstio folicular. Acrótriquio: é a porção intraepidérmica do folículo Glândula sebácea: glândula responsável pela liberação do sebo que tem a função de lubrificar o fio. 2.2.2 Segmento Inferior O segmento inferior compreende a região que vai do músculo eretor até a base do bulbo, é composto por: Bainha interna da raiz (camada de Huxley e camada de Henle) Bainha externa da raiz Membrana basal hialina Matriz do pelo Melanócitos Células germinativas Bulbo 2.3 Composição Química do Cabelo A queratina é o componente essencial do cabelo, uma proteína constituída pela combinação de 18 aminoácidos. Para compreendermos melhor vamos primeiro estudar o que são proteínas e aminoácidos. 2.3.1 Os Aminoácidos Aminoácidos são os “blocos de construção” do corpo. Além de construir células e concertar os tecidos, eles formam anticorpos para combater as bactérias e vírus que invadem; eles fazem parte da enzima e do sistema hormonal; eles constroem nucleoproteínas (RNA e DNA). Os aminoácidos transportam oxigênio por todo corpo e participam das atividades dos músculos. São classificados em essenciais e não-essenciais. Os essenciais, ou indispensáveis, são aqueles que o organismo humano não consegue sintetizar. Desse modo, eles devem ser obrigatoriamente ingeridos através de alimentos. Os aminoácidos não-essenciais, ou dispensáveis, são aqueles que o organismo humano consegue sintetizar a partir dos alimentos ingeridos. 2.3.2 As Proteínas As proteínas são consideradas as macromoléculas mais importantes das células. São formadas a partir da união de muitos aminoácidos. Elas possuem diversas funções nos mais diversos organismos. As milhares de enzimas que um organismo possui são todas proteínas com funções importantes. São formadas a partir da combinação de aminoácidos, entretanto, só existem 20 aminoácidos primários, a partir dos quais são formados outros aminoácidos, e as milhares de proteínas. Uma proteína pode ter função de defesa (anticorpos, veneno de serpentes), função de reserva (ovoalbumina, encontrada no ovo, caseína, encontrada no leite), de transporte – pode-se citar como exemplo a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, função estrutural (queratina, colágeno), entre outras. As proteínas seriam, então, moléculas grandes, formadas por outras moléculas menores denominadas aminoácidos. 2.3.3 A Proteína Queratina A queratina é formada por cerca de 15 aminoácidos diferentes, que se repetem e interagem entre si. Quando dois aminoácidos se unem, existe uma ligação bipeptídica; caso três ou mais aminoácidos sejam encontrados unidos, teremos uma ligação denominada ligação polipeptídica. Ela também é formada por cadeia polipeptídica de aminoácidos diferentes, cuja sequência é programada geneticamente. Dentre eles pode-se classificar como sendo seu principal aminoácido a cisteína. Os aminoácidos presentes na queratina interagem entre si através de três tipos de ligações, que são: as pontes de hidrogênio e ligações covalentes bissulfeto (-S-S-), denominadas ligações cisteídicas ou dissulfídicas e as ligações iônicas. As ligações de hidrogênio são interações que ocorrem entre o átomo de hidrogênio e dois ou mais átomos, de forma que o hidrogênio sirva de “elo” entre os átomos com os quais interagem. As ligações de hidrogênio são as mais fracas no cabelo, se rompem com a ação da água quando o cabelo é lavado e se religam quando o cabelo está seco. O átomo de hidrogênio, em vez de se unir a um só átomo de oxigênio, pode se unir simultaneamente a dois átomos de oxigênio, formando uma ligação entre eles. As ligações iônicas são um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática entre dois íons carregados com cargas opostas. Ligação ou ponte dissulfeto: que são interligações entre cadeias ou entre partes de uma cadeia, formadas pela oxidação de radicais de cisteína, formada pela união de grupos – SH dos aminoácidos chamados de cisteína. A queratina está presente nos seres vivos em unhas, chifres, pelos, penas, etc. 2.4 Outros Componentes do Cabelo Água: Fundamental, o seu teor pode variar de acordo com a umidade relativa do ar, mas chega em torno de 10% da composição química de um fio. Quando o cabelo está molhado, chega a absorver cerca de 30% do seu peso. Lipídios: Fazem parte da composição e podem estar tanto interna quanto externamente. Tanto os óleos internos quanto externos somam 6% da composição dos fios. Os http://www.tiosam.com/enciclopedia/?q=Liga%C3%A7%C3%A3o_covalente internos ajudam na estrutura do fio e os externos são responsáveis pela lubrificação ao longo dele. Podemos encontrar ainda: carbono, oxigênio, nitrogênio, hidrogênio e enxofre, nas seguintes proporções: Carbono - 45% Hidrogênio - 7% Oxigênio - 28% Nitrogênio - 15% Enxofre - 5% Existem também pequenas quantidades de sódio, cálcio, ferro, etc. Estes elementos estão ligados uns aos outros, o que resultará na formação de moléculas, no nosso caso são aminoácidos. Quando estes aminoácidos ligam-se uns aos outros, com um arranjo espacial e em número particular, dão origem às proteínas. 3 AS FASES DE NASCIMENTO, CRESCIMENTO E MORTE DO CABELO Os fios de cabelo não crescem indefinidamente. Após certo período a parte inferior do folículo sofre uma mudança degenerativa, em que o segmento bulbar é quase totalmente destruído. O cabelo cresce, em média, de 1 cm a 1,5 cm por mês, por ciclos, obedece a um renascimento planejado, onde cada fio de cabelo tem um ciclo de vida de 4 a 7 anos, aproximadamente. Cada folículo piloso está programado para ter, em média, 25 ciclos de vida. Na papila dérmica se desenvolvem as três fases de um ciclo. 3.1 Fase Anágena A fibra do pelo é produzida na fase anágena ou fase de crescimento ativo. Esta pode ser Fig.2: Fases do nascimento. http://www.clinicaregis.com.br/pelo.asp subdividida em proanágena (que marca a iniciação do crescimento), meságena e metanágena. Com duração que vai de três a sete anos, aproximadamente, 80% a 90% dos fios de cabelos estão nesta fase. 3.2 Fase Catágena Um período de regressão controlada do folículo. Também chamada de fase de repouso, pois o cabelo inicia o processo de morte programada da célula e pode durar cerca de duas a três semanas e cerca de 1% dos cabelos estariam nesta fase. 3.3 Fase Telógena Fase sem crescimento e onde o pelo perde a aderência interna, sendo facilmente arrancado. Tem duração de até quatro meses. 4 A COR DOS CABELOS Ao contrário do que muitos acreditam a cor dos cabelos não está na cutícula, mas sim alojada dentro do córtex, que dentre as muitas funções está a de armazenar as células de pigmentação dos cabelos, ou seja, as melaninas. A formação da cor dos cabelos ocorre de maneira interessante. A cor surge a partir da atividade dos melanócitos, células residentes no bulbo do folículo piloso e que produzem grânulos de um pigmento escuro conhecido como melanina, sintetizado a partir do aminoácido tirosina. Quimicamente falando, estes pigmentos são polímeros, sendo que o pigmento responsável pela coloração amarelada é composto por uma complexa mistura de polímeros que contêm altos percentuais (10% até 12%) de enxofre. Fig. 4 - Ilustração dos principais componentes que envolvem a cor Dept. de Bioquímica do Inst. de Química da Universidade de São Paulo Fig. 3 - Os pigmentos de cor - O ATLAS DO CABELO - Concepção e produção CLAERHOUT S/A, Bélgica. 4.1 O Processo de Formação da Melanina Dois tipos de melaninas são responsáveis pela cor dos cabelos: eumelanina (coloração amarronzada e preta) e a feomelanina (amarelo ao vermelho) que combinadas entre si formam as diversas tonalidades existentes. As células responsáveis pela síntese da melanina são os melanócitos, que em seu interior possuem os melanossomos onde a melanina é armazenada. A síntese da melanina ocorre a partir do aminoácido tirosina, catalisada pela enzima tirosinase, que por sua vez é responsável pela catalização das duas primeiras etapas da reação bioquímica de formação da melanina: primeiro oxidando a tirosina em 3,4-di-idroxifenilalanina (DOPA) e a DOPA em DOPA-quinona. Ocorre em seguida a transformação espontânea da DOPA-quinona em leucodopacromo e dopacromo. Inicia-se então uma cascata bioquímica, a qual termina com a formação de pigmento castanho-preto chamado eumelanina. A conjugação de DOPA-quinona com cisteína ou glutationa resulta em cisteinildopa e glutationildopa. Ambos passam por uma série de transformações, gerando finalmente um pigmento vermelho-amarelo chamado feomelanina. No quadro abaixo observe o resumo das transformações: Os melanossomas são transferidos de seu local de síntese, a região perinuclear dos melanócitos, até as pontas de seus Fig 5 - Reações de formação da melanina. http://www.adeliamendonca.com.br/dicas/dica2.html dendritos. A transferência dos melanossomos dos melanócitos para os queratinócitos ocorre por um processo ainda não totalmente esclarecido. As hipóteses são de que o melanossoma seja injetado diretamente no queratinócito ou ainda que ocorra fagocitose da organela na extremidade dendrítica do melanócitos. É interessante notar que a melanina produzida por uma célula da pele consegue suprir até 40 queratinócitos, enquanto que uma do cabelo apenas quatro ou cinco. As diferenças de coloração são devidas às diferenças no número, tamanho e arranjo dos melanossomos. A atividade melanogênica dos melanócitos foliculares é estreitamente relacionada com a fase anágena do ciclo de crescimento do cabelo. Pode-se afirmar só que é pigmentado na fase de crescimento. Na fase catágena a formação de melanina é interrompida e permanece ausente também na fase telógena. Fig. 6 - Ultraestrutura de um melanócito. FONTE: TOLEDO, 2004, pág. 26 Fig. 7 melanócitos Na figura acima é possível observar os grânulos de pigmentos distribuídos ao longo do eixo do pelo. Fig. 8 - Fio de cabelo humano ampliado ao microscópio. (foto: Edward Dowlman - Strathclyde University). 5 O CABELO BRANCO Canície é o nome dado à despigmentação capilar, que surge gradualmente após a terceira década de vida, culminando com a idade avançada, mas que, no entanto, pode estar presente desde muito cedo. A Canície precoce pode ocorrer também por fatores genéticos, como distúrbios, como a síndrome de Werner. A tirosinase é sintetizada no retículo endoplasmático rugoso e armazenada em vesículas do aparelho de Golgi. Quando a síntese de melanina se completa no melanossomo, quando não há mais atividade enzimática, está pronto o grão de melanina. A perda do poder melanogênico está diretamente ligada aos melanócitos do bulbo piloso, não ocorrem alterações nos melanócitos da epiderme. É durante a fase catágena que cessa toda atividade da papila dérmica. É a fase de repouso, onde também se dá o processo da transcrição do código de síntese da tirosinase. É possível que após os 30 anos de idade esta paralisação tenha mais dificuldade de reativar a atividade. O “embranquecimento” do cabelo pode também ser explicado por uma incapacidade de alguns melanócitos de produzir pigmentos e outros de transferir o pigmento aos queratinócitos, o que poderia estar também ligado a uma informação genética. O tipo de melanina que um indivíduo tem é controlado por células pigmentares, que por sua vez são determinadas pelos genes. Com o processo de envelhecimento, estas células pigmentares localizadas na base dos nossos folículos capilares param de produzir melanina; sem ela os cabelos se tornam brancos. O corpo humano não tem nenhuma fonte de melanina, como uma glândula. Essa substância química é produzida em cada um dos folículos capilares, portanto cada fio de cabelo torna-se branco individualmente. 6 COMO PODEMOS MODIFICAR A COR DOS CABELOS A coloração dos cabelos é um dos atos mais importantes de embelezamento realizado por homens e mulheres desde a origem do homem, começando pelos egípcios, passando pelos gregos, romanos, hebreus, assírios, persas e culturas contemporâneas sucessoras dos antigos chineses e hindus. Foram, no entanto, os romanos que se aproveitando de velhas fórmulas de sacerdotes gregos que incrementaram o hábito da coloração dos cabelos. As que preparavam e aplicavam as tinturas eram chamadas de “CINOFLES”. Na antiguidade as tinturas de cabelo eram feitas com amoras esmagadas e extratos de plantas, e aplicadas nos cabelos como um creme rinse. Nos séculos 17 e 18 as mulheres empregavam óleo e pó aos cabelos para conseguir uma cor mais clara. Em 1600, Veneza, Firenze e Salerno competem nas técnicas de estilo e perfumação do corpo e cabelos. O conceito de estética capilar beleza veneziana prescreve horas de tratamento nos terraços, expondo os cabelos ao sol, borrifados com um preparado clareador chamado “a loira”, e de resultado castanho amarelado chamado “louro veneziano”. Em 1907 o químico francês Eugène Schueller inventou a primeira tintura de cabelo e, alguns anos mais tarde, fundou a L'Oréal. O fenômeno da loira platinada, marco creditado à atriz Jean Harlow, fez com que as tinturas se tornassem um hit nos anos 30. Produtos químicos, como o chumbo, eram utilizados em alta concentração, irritando o couro cabeludo. A química abriu um extraordinário campo com a descoberta dos colorantes sintéticos, nascidos da manipulação química de produtos naturais. O alemão HOFFMAN descobriu a Paraphenylene - diamine em 1863 e alguns anos mais tarde outro alemão identificou sua propriedade de colorir a queratina do cabelo e hoje constitui a base dos colorantes. Os avanços foram muitos e os colorantes sintéticos, também conhecidos como Tinta de Anilina, usados atualmente em larga escala pelos profissionais são: Metato-Luilen-Diamina, a Parato-Nylene-Diamine, a Dimetil-Para-Fenileno- Diamine e ainda os Amino-Fenóis. 7 A TINTURA E SUA COMPOSIÇÃO 7.1 Composição Básica de uma Tintura 7.1.1 Suporte Serve para conter e veicular os outros componentes. Pode ser em creme, óleo, emulsão, etc. 7.1.2 Agentes Alcalinizantes Hidróxido de Amônio (Amônia, Amoníaco): agente alcalinizante utilizado em tinturas permanentes responsáveis pela abertura da cutícula, possibilita a entrada dos pigmentos artificiais e do agente oxidante no interior do fio. Monoetanolamina, MEA, ETA: agente alcalinizante utilizado em tinturas permanentes, responsável pela abertura da cutícula, possibilitando a entrada dos pigmentos artificiais e do agente oxidante no córtex. Pode ser utilizado no lugar da Amônia ou em conjunto com a mesma. Obs: Normalmente está presente em tintas que dizem que não utilizam amônia; no entanto estes produtos que contém a Monoetanolamina atuam da mesma maneira que a amônia. 7.1.3 Agente Oxidante Peróxido de Hidrogênio: em solução aquosa foi popularizado como água oxigenada, que deve agir nos pigmentos naturais do cabelo de tal modo que possa clarear por oxidação e também oxidar os precursores da cor, para desenvolver as substâncias colorantes. 7.1.4 Substâncias Corantes Ou melhor, intermediárias, pois são substâncias incolores que quando misturadas a substâncias oxidativas produzem cor. Os intermediários do corante se dividem em duas categorias: Bases e Acopladores e são quase sempre compostos aromáticos derivados de Benzeno: a) Bases mais importantes: P-fenilenodiamino (PPD) P-toluenodiamino (PTD) O-aminofenol (OAP) P-aminofenol (PAP) b) Acopladores mais usados: Resorcinol (RCN) 4-Cloro Resorcinol (4CL RCN) m-Aminofenol (MAP) m-Fenilenodiamino (MPD) 7.1.5 Classificação dos Pigmentos Artificiais Os pigmentos artificiais podem ainda ser classificados como: permanentes, semipermanentes, temporários, metálicos ou vegetais. a) Pigmentos Permanentes: utilizados em tinturas permanentes, são os agentes formadores da cor artificial no cabelo quando na presença do agente alcalinizante (Hidróxido de Amônio/Amônia ou Monoetanolamina) e na presença do agente oxidante (Peróxido de Hidrogênio). Exemplos de pigmentos permanentes: p-fenilenodiamino, m-aminofenol, resorcinol, 4-amino 2- hidroxitolueno. b) Pigmentos Semipermanentes: utilizados em tinturas semipermanentes, são considerados pigmentos diretos, não necessitam de agente oxidante e alcalinizante para formar a cor do cabelo. São moléculas pequenas, sendo assim são fixadas nas cutículas e no córtex. As tinturas semipermanentes não fornecem clareamento aos cabelos. Exemplos de pigmentos semipermanentes: 4-nitro o-fenilenodiamino; 2-amino 5-nitrofenol 1-amino 4-metil amino antraquinona. c) Pigmentos Temporários: utilizados em tinturas temporárias, não necessitam de agente oxidante e alcalinizante para formar a cor no cabelo. São fixados na cutícula do cabelo. Exemplos de pigmentos temporários: Amarelo CI 13065, Vermelho CI 16250, Azul Básico CI 42140. d) Sais Metálicos: utilizados em tinturas progressivas e atuam depositando os sais metálicos no cabelo. Os metais são incompatíveis com o agente oxidante (Peróxido de Hidrogênio) utilizado nas tinturas permanentes e também com produtos de relaxamento e alisamento, podendo causar danos ao cabelo como quebra e queda. Exemplo de sais metálicos: Nitrato de Chumbo, Acetato de Chumbo, Nitrato de Prata. e) Vegetais: Coloração em pó proveniente da moagem da planta ou flores como: henna (lawsonia inermis) e a camomila (manzanilla). Algumas podem conter metais associados à fórmula. A maioria das tinturas à base de vegetal oferece tonalidades que vão do vermelho ao acaju. 7.2 O Processo de Pigmentação Nenhum pigmento artificial tem a capacidade de sozinho tingir um cabelo. Para que a coloração ocorra é necessário que a outra cor seja removida ou fragmentada. E para que isto ocorra é necessário que a tinta penetre no córtex onde se encontram os pigmentos naturais do cabelo. O primeiro passo seria então a abertura das cutículas e para isto precisa-se do um agente alcalino, pois eles são capazes de provocar este intumescimento da cutícula e permitir a entrada dos colorantes artificiais. Quando unidos à base da tintura (moléculas de pigmento dos colorantes), os fenóis (reflexos), o oxidante, a amônia (agente alcalino), com os produtos de ação cosmética, formam os elementos ativos numa tinta. 7.2.1 Ação da Tinta Permanente Ao aplicarmos nos fios damos início à reação química da coloração no interior do cabelo, que ocorre da seguinte forma: O agente alcalino, no caso a amônia, abre as cutículas acelerando a liberação de oxigênio e facilitando a penetração do colorante. Os pigmentos são muito sensíveis a um fenômeno que ocorre quando o oxigênio entra em contato com eles. Quando falamos em oxigênio, isto significa aquele presente no ar que respiramos e naquele contido nas águas oxigenadas. FIG.9- TINTURA PERMANAENTE Pigmentos artificiais Quando o oxigênio entra em contato com os pigmentos dentro dos fios, eles são fragmentados, isto é, são feitos em pedacinhos e depois eliminados total ou parcialmente do interior dos cabelos. Isto apenas o oxigênio pode fazer. Este fenômeno chama-se oxidação. No caso, o agente oxidante é o peróxido de hidrogênio – água oxigenada. O oxidante ao liberar as moléculas de oxigênio irá clarear, eliminar ou fragmentar os pigmentos naturais do cabelo como também oxidar os precursores da cor, para desenvolver as substâncias colorantes e a subsequente união do precursor da cor oxidada com o acoplador. A eliminação ou fragmentação da cor pode ocorrer de forma mais ou menos intensa, dependendo da concentração da água oxigenada, isto é da concentração de peróxido de hidrogênio dentro da base. A água oxigenada comercialmente disponível é uma solução aquosa cuja concentração de peróxido de hidrogênio é usualmente expressa em “volumes”, sendo cada uma com um poder maior ou menor de quebra de pigmentos, sendo: 3% - 10 volumes - muito leve, tem o poder de acrescentar (apenas tom sobre outro tom) 6% - 20 volumes - clarear de 1 a 2 tons e depositar a cor 9% - 30 volumes - clarear de 2 a 3 tons e depositar a cor 12% - 40 volumes - clarear de 3 a 4 tons e depositar a cor Uma vez com os pigmentos eliminados ou fragmentados os agentes acopladores e precursores vão reagir quimicamente e produzir a nova cor. A cor que vemos às vezes é uma ilusão de ótica, pois a cor predominante é a que veremos, mesmo que outras menores ou mais claras estejam fazendo parte desta composição. Você observou que o peróxido de hidrogênio fragmenta a pigmentação natural, conforme o grau de concentração. Os pigmentos granulosos desaparecem progressivamente e o difuso desaparece mais rápido. Da fragmentação dos pigmentos naturais pode resultar o aparecimento de várias cores intermediárias, que são chamadas de fundo de clareamento. Os pigmentos artificiais misturando-se a estes pigmentos resultam na nova cor. É importante entender que todo este processo corre simultaneamente, o clareamento dos pigmentos naturais e a fixação da nova cor no córtex. Estas tinturas são as mais procuradas, pois possuem alto poder de cobertura em cabelos brancos e com elas é possível realizar uma mudança drástica. 7.2.2 Ação da Tintura Semipermanente Este tipo de tintura apresenta tamanho molecular suficientemente pequeno para penetrar no cabelo, embora ainda sejam grandes para serem usadas como tinturas. Estes corantes realmente penetram na cutícula do cabelo e são depositados na camada superficial do córtex. Eles não são removidos com uma simples lavagem com água e não sofrem o efeito fricção, como ocorre com os corantes temporários. Contudo, como estes corantes são bem pequenos para se difundir através da cutícula para o córtex, é provável que eles retornem novamente para fora, e a ação de xampus os remova gradualmente. Em geral, eles saem do cabelo com cinco ou seis aplicações de xampus. O melhor exemplo é o xampu tonalizante, que contém basicamente água oxigenada, mais pigmentos artificiais e agentes de tratamento, depositando a nova cor na superfície dos fios sem quase alterar a estrutura capilar, retirando bem pouco dos pigmentos naturais. O resultado é um realce no tom natural ou o chamado tingimento tom-sobre-tom, que deixa um reflexo da coloração escolhida sem eliminar a cor base do cabelo. Algumas marcas, no entanto, criaram alguns tons de xampu tonalizante FIG. 10 Pigmentos de cor artificial com nuanças clareadoras, capazes de clarear até dois tons. Estes produtos, que não são a regra, têm, assim, uma pequena dosagem de amônia, permitindo um leve clareamento. 7.2.3 Ação dos Pigmentos Temporários A rinçagem é um exemplo típico que não tem oxidante nem amônia, por isso o seu poder de cobertura é mínimo e tampouco clareia. O efeito é rápido, de 4 a 6 lavagens. Serve para realçar a cor natural e dar um reflexo muito sutil das cores da moda (achocolatados, acobreados, avermelhados). Com ela é possível intensificar a cor natural dos cabelos ou escurecê-los, além de acrescentar um brilho extra. Elas atuam apenas cobrindo superficialmente os fios. Não possuem o poder de clareamento. São as tinturas indicadas para quem realiza processos de alisamento. FIG. 11 Pigmentos artificiais 7.2.4 Ação dos Sais Metálicos São aquelas que utilizam soluções de diversos sais metálicos para tingir os cabelos. O nome, progressiva, é dado porque as cores vão se desenvolvendo dia-a- dia com sucessivas aplicações do produto. Sua fórmula tem como base soluções de chumbo e prata e são vendidas em geral na forma de loções transparentes. Seu mecanismo de ação é uma reação de sais de metal com o enxofre do cabelo, obtendo sulfetos metálicos de cores escuras que formam uma cobertura externa com certa penetração. As cores são obtidas são tons mal definidos ou sombreados de negros, de mate, acinzentado depois de passar por vários tons amarelados. Este tipo de tintura é normalmente usado por pessoas que desejam mudanças sutis. Normalmente usado por homens, pois são de fácil aplicação. 7.2.5 Ação das Tinturas Vegetais A Hena é um bom exemplo. Ela não entra na cutícula do fio. Por ter tanta afinidade com o fio, adere facilmente à superfície, é como que se ela criasse uma capa sobre o fio. A ação da hena é cumulativa, quanto mais se aplica mais a cor vai se aderindo. A hena natural sempre tem nuanças avermelhadas ou acobreadas. Mas há marcas que misturam o pó extraído da planta natural a metais mais pesados. Nesse caso, os produtos têm uma química mais forte e podem até mesmo modificar a estrutura do fio. Desconfie de henas com cores que fogem às nuanças mais comuns como a preta, por exemplo. No mercado encontramos de dois tipos: Henna - coloração em pó proveniente da moagem da planta lawsonia inermis. Utiliza-se diluindo o pó em água quente e aplicando sobre a fibra com um tempo de pausa de +- 40 minutos. As cores obtidas vão de um vermelho vivo até um acaju escuro. A camomila (manzanilla)- coloração em pó proveniente da moagem das flores da matricaria chamomilla. Utiliza-se diluindo o pó em água e aplicando sobre a fibra capilar de onde se obtém um tom amarelado depois de várias aplicações. Este tipo de tintura normalmente é usado para realçar o tom natural, acrescentar reflexos sutis ou ainda por pessoas alérgicas aos componentes das colorações sintéticas. 8 COLORIMETRIA - O ESTUDO DAS CORES Ciência que estuda a determinação das características da cor. 8.1 O que é a Cor A cor, nada mais é do que a decomposição da luz. A luz é o agente físico que nos permite ver a cor. Apenas uma pequena parte das radiações emanadas pelo sol é percebida pelos nossos olhos. A luz que chega do sol é branca e, sejam as ondas visíveis ou invisíveis, são classificadas em uma única escala de valores. Podemos comparar o olho humano a um rádio receptor e o sol a um rádio transmissor. Isaac Newton, físico inglês, em 1666, descobriu que a luz podia ser decomposta por meio de um prisma de cristal, em forma de ondas ao deixar que um raio solar passasse por um orifício em uma câmara escura projetando os espectros luminosos sobre uma superfície branca com as cores violeta, azul, verde, amarelo, laranja, vermelho, reproduziu-se assim o arco-íris. Luz - Branca FIG.12 Qualquer objeto atingido pela luz se comporta como um espelho, absorvendo ou refletindo parcialmente ou totalmente os raios provenientes do sol. O conceito de cor é SUBJETIVO e não objetivo. Cada indivíduo tem uma percepção particular da cor. 8.1.1 Classificação das cores As cores podem ser classificadas da seguinte forma: Cores primárias ou fundamentais: Vermelho - Amarelo – Azul. Cores secundárias ou complementares: São aquelas formadas pelas misturas das cores primarias. Azul + amarelo = verde Vermelho + amarelo = laranja Vermelho + azul = violeta Cores terciárias: + = + = + = São aquelas que resultam da mistura das cores primarias e as secundarias. Amarelo + verde = amarelo esverdeado Vermelho + laranja= vermelho alaranjado Cores contrárias ou complementares: Segundo a teoria de Oswald, duas cores misturadas entre si podem se completar ou se anular. O azul anula o laranja e o laranja anula o azul. O violeta anula o amarelo e o amarelo anula o violeta. O vermelho anula o verde e o verde anula o vermelho. Da mesma forma que: P P P P P P S S S Estrela de Oswaldo + = + = O amarelo suaviza o verde e o laranja. O vermelho intensifica o violeta e o laranja. Nesta escala o amarelo é a cor mais clara, o violeta a mais escura. Misturando-se branco a uma das cores primárias elas recebem mais luz e colocando-se o preto subtrai a luz. Deduz-se que se misturarmos cores claras, um cinza resultará claro e preto se for escura. Esta circunstância é bastante importante no final da técnica de coloração do cabelo, já que oferece a possibilidade de anular ou corrigir efeitos de cor não desejados. Além disso, as cores se dividem em: Quentes: (vermelha, laranja, amarela). Frias: (verde, azul, violeta). Utilizando as cores frias é possível eliminar ou atenuar os reflexos indesejados quentes. 8.1.2 Compreendendo as Cores Separadamente Amarelo É uma das três cores primárias e é complementar ou contrária na estrela, do violeta. As duas, quando misturadas em partes iguais, produzem o cinza neutro. O amarelo ao misturar-se com o vermelho produz o laranja, e com o azul a cor verde. Vermelho O vermelho é outra cor primária encontrada pura na natureza, isto é, não pode ser obtida pela mistura de outras. Sua cor complementar ou contrária na estrela é o verde, que quando misturadas em partes iguais produz o cinza neutro. O vermelho quando misturado ao laranja e ao amarelo constitui as cores quentes. Misturado com o amarelo forma o laranja, e com o violeta produz o púrpura. Quando misturado ao vermelho e com o branco conseguimos uma escala intermediária de rosas. Azul É a terceira cor primária e ao mesmo tempo uma cor fria. A sua complementar ou contrária na estrela é o laranja. Verde O verde é uma cor secundária e pode ser criada com a mistura do amarelo e azul. Laranja É também cor secundária, podendo ser criada com a mistura do amarelo com o vermelho. Sua cor complementar é o azul. Violeta É uma cor secundária, onde a mistura do azul e vermelho, nunca consegue produzir um violeta puro. A vermelha cor excitante e o azul tranquilizante não conseguem produzir o desejado violeta. Sua cor complementar é o amarelo, sendo a mais escura das cores, excluindo-se o preto. É a cor de mais alta frequência e a que tem o menor comprimento. Preto O preto é a cor que reflete menos luz absorvendo-a e transformando-a em calor. O preto significa a presença de qualquer cor. Branco O branco é a ausência de todas as cores. Por refletir quase todas. Esta cor realça as que estão próximas. 8.1.3 As Cores e a sua Referência em Colorimetria Representação Nas colorações sintéticas as cores têm a seguinte representação: Tom natural As cores naturais dos cabelos dependem das diferentes proporções de feomelanina e eumelanina. São indicadas na escala de 1 a 10, sendo 1 a cor mais escura e a 10 a mais clara em progressão descendente. Para uma compreensão melhor foram assim classificadas em colorimetria e denominadas cores básicas, que seriam as cores predominantes em uma coloração: ] Tom básico FIG. 12 1.1 = Preto azulado = Preto = Castanho Escuro = Castanho Médio = Castanho Claro = Louro Escuro = Louro Médio = Louro Claro = Louro Muito Claro = Louro Claríssimo = Ultraclareadores = Ultraclareadores = Ultraclareadores Nuances ou reflexos – o reflexo emitido em uma coloração 1. Cinza (azul) 2. Mate ou irisado (Verde) 3. Dourado (amarelo) 4. Acobreado (laranja) 5. Acaju (Roxo ou violeta) 6. Vermelho 7. Marrom Altura de tom Posição de uma nuance natural ou artificial dentro da escala de tons. Obs.: quando falamos em números de tinta, existe pouca mudança em relação aos fabricantes para a numeração das cores básicas, com exceção para o preto natural, preto e preto azulado. No entanto, para as nuances podemos encontrar algumas modificações; é importante estar atento e observar a cor correspondente à numeração dado pela empresa. 8.2 Como Ler os Números das Nuances O primeiro número indica: Por exemplo: uma tinta 8.53 Cor principal.........................................= 8 Louro Claro O segundo número indica: Reflexo principal..................................= 0,5 Acaju O último número indica: Reflexo secundário....................= 3 dourado – Resultado: 8.53 = Louro Claro Acaju dourado O reflexo secundário pode reforçar o reflexo principal. 8,3 = Louro Claro Dourado 8,33 = Louro Claro Dourado Quente 7,4 = Louro Cobre 7,44 = Louro Cobre Intenso O zero, após a vírgula, atenua, suaviza o reflexo principal. 8,03 Louro Claro Natural Quente 8,01 Louro Claro Natural Prateado Obs.: a empresa pode, por meio da numeração, indicar ao profissional a criação de uma nova tonalidade a partir das nuances. Exemplo: 8.1= louro claro acinzentado 8.01= louro claro levemente acinzentado 8.3 = louro claro dourado 8.03= louro claro levemente dourado Agora a empresa pode colocar da seguinte forma: 8.31 = esta cor vai ficar assim: louro claro bege, porque o dourado (.3) misturado com um pouco de cinza (.1) vai criar um bege leve. 5.61 = castanho claro, o primeiro reflexo corresponde ao vermelho, no entanto o segundo reflexo vai neutralizar o primeiro e o resultado pode ficar um marrom avermelhado. 9 REGIÃO QUENTE E REGIÃO FRIA Chamamos de região quente a parte do cabelo que fica próxima ao couro cabeludo. Estas regiões por receberem o calor da circulação sanguínea têm para qualquer procedimento químico o tempo do processo acelerado. Já o comprimento do cabelo é considerado região fria, pois por não possuir nenhum agente acelerador o tempo da tintura ou qualquer outro procedimento ocorrendo em tempo normal. É importante ressaltar que, em se tratando de região quente, os cabelos do alto da cabeça têm além do calor da corrente sanguínea, outro fator que contribui para a melhor penetração da tinta que é ação do sol que faz com que os pigmentos do alto da cabeça enfraqueçam e sejam degradadas com mais facilidade, portanto, a tinta vai penetrar mais rápido na região próxima ao couro cabeludo do alto da cabeça do que nos fios próximos ao couro cabeludo da nuca. Observe a figura: Região Quente que pode ser intensificada pela ação do sol. Região quente não exposta ao sol Região fria Região Fria FIG 13 Toda coloração, com exceção quando for aplicação em cabelos brancos, deve iniciar pela nuca. Mesmo quando o procedimento pede que se inicie a coloração pelo comprimento, a primeira mecha que receberá o produto será a mecha da nuca. 10 PROCESSO DE CLAREAMENTO DOS CABELOS: NATURAL E ARTIFICIAL A descoloração pode ser empregada tanto para remover os pigmentos naturais como os artificiais, mas para diferenciar o tipo de trabalho a ser feito usa-se denominar a remoção dos pigmentos artificiais como decapagem e para os pigmentos naturais descoloração. No entanto, apesar dos produtos utilizados serem os mesmos, o grau de dificuldade da decapagem é maior. Os pigmentos naturais são mais facilmente removidos do que os depositados por tingimento semipermanente ou permanente. A melanina, pigmento responsável pela cor dos cabelos, é muito resistente aos agentes redutores, mas é facilmente degradada pelos agentes oxidantes. O peróxido de hidrogênio é o principal oxidante neste processo, fazendo a liberação de oxigênio de queratina capilar. 10.1 O Clareamento Natural A água, o ar e o sol clareiam ligeiramente os cabelos e lhes conferem reflexos quentes. A água aumenta o volume dos cabelos. As moléculas de oxigênio penetram e são ativadas pelo calor do ambiente. Trata-se de uma oxidação suave dos pigmentos granulosos, gradativamente destruídos na periferia do córtex. 10.2 O Clareamento Artificial Pode-se provocar o clareamento do cabelo, indo do tom escuro ao mais claro, por meio de uma reação química que provoca uma oxidação mais intensa dos pigmentos. 10.2.1 Descoloração A descoloração é a retirada da cor natural do cabelo, ou seja, retirada dos pigmentos naturais dos cabelos (virgens). É a feita com pó descolorante e água oxigenada 30 ou 40 volumes. 10.2.2 - Cuidados para fazer uma Descoloração 1º. Analisar as condições do cabelo; 2º. Jamais abafar os cabelos com pó descolorante, principalmente quando estiver em contato com a raiz; 3º. Começar a aplicação do mesmo sempre pela nuca, comprimento e por fim raiz; 4º. Lembrar sempre que a raiz é uma área mais quente, portanto o processo de descoloração será mais rápido neste local; 5º. Após uma descoloração é válido, na lavagem após a retirada total do descolorante, aplicar reestruturador, deixando em pausa por 15 minutos e, em seguida, por cima do mesmo condicionar com Condicionador deixando mais 5 minutos, enxaguar; 6º. Ao se fazer uma coloração, após a descoloração, não é desnecessário a utilização de oxidante de alta volumagem dando preferência por oxidante de 10 ou 20 volumes. 10.2.3 Decapagem Ao contrário da descoloração que retira os pigmentos naturais do cabelo, a decapagem tem a função de retirar pigmentos artificiais (tintas ou tonalizantes) existentes no cabelo. Os produtos usados para a decapagem geralmente são os mesmos usados para a descoloração, porém uma decapagem é mais delicada que uma descoloração, pois ao se aplicar um descolorante sobre um cabelo já colorido, será necessário mais cuidado. Existem determinados produtos que absolutamente não saem dos cabelos, e se isso acontecer, é melhor não insistir com uma segunda aplicação, pois o cabelo poderá quebrar-se. Os produtos de qualidade inferior são os mais difíceis e, às vezes, até mesmo impossíveis de decapar. Para garantir um bom trabalho fique atento para estes Dicas: Não force o fio, se necessário, deixe a mistura agir por cerca de 40 minutos; e, se ainda não atingiu a cor, remova a mistura e hidrate os fios, antes de aplicar novamente outra mistura. Começar uma decapagem pela parte mais escura. Lembre-se que este processo é demorado, para o qual não estabelecemos tempo, e que na maioria dos casos deve ser feita por etapas, isto depende da situação do cabelo, se este está totalmente escuro ou se está manchado. 10.2.4 Xampu Descolorante Usado para clareamentos suaves. Produto: pó descolorante, água oxigenada 30 ou 40, água potável, xampu em quantidade suficiente para todo o cabelo. Modo de aplicar: misture os ingredientes e aplique no cabelo levemente úmido, de baixo para cima, seguindo as regras de clareamento. Aguardar o clareamento (cerca de 40 minutos) e lavar normalmente. 11 FUNDO DE CLAREAMENTO A variedade das cores naturais dos cabelos é explicada pelo grau de concentração dos pigmentos granulosos ou difusos. A maioria dos cabelos possui os dois tipos de melanina em maior ou maior concentração, portanto em um processo de clareamento (descoloração) o cabelo apresenta naturalmente cada uma dessas melaninas. O peróxido de hidrogênio fragmenta a pigmentação natural e a artificial e desta fragmentação pode resultar o aparecimento de várias cores intermediarias A cor azul é uma mais fraca, portanto desaparece rapidamente, o vermelho aparece e apresenta várias tonalidades à medida que vai clareando. O amarelo aparece e também apresenta algumas tonalidades no processo de clareamento. Esse fenômeno explica o fato de que determinados cabelos descoloram-se, adquirindo ou uma cor avermelhada ou amarelada. Aliás, todas as cores intermediárias são possíveis. Estas diferentes cores são chamadas de são fundos de clareamento. Indo do Preto ao mais claro Louro é a seguinte ordem Cor Fundo de clareamento Preto Azul Castanho Escuro Vermelho escuro Castanho médio Vermelho claro Castanho claro Alaranjado escuro Louro escuro Alaranjado Louro médio Alaranjado claro Louro claro Amarelo forte Louro muito claro Amarelo Louro claríssimo Amarelo fraco 11.1 O fundo de clareamento e sua interferência na cor Veja no exemplo como o fundo de clareamento pode interferir em uma coloração Ex: Um cabelo virgem ou uma raiz na altura do tom de 4 (castanho médio) foi pintado com louro escuro 6.0 e oxigenada de 20 volumes. A oxigenada de 20 permitira ao cabelo clarear de 1 a 2 tons, chegando à cor 5.0 castanho claro (fundo de clareamento – alaranjado). Para sabermos o resultado desta coloração, somamos a cor atingida e a cor colocada 5.0 + 6.0= 11 dividimos por 2 obteremos 5 ½, anulamos o ½ e ficamos com o fundo de clareamento predominante do castanho claro, que é um tom alaranjado, como o alaranjado representa cobre, cor ficara 5.4. O resultado sempre dependerá do volume de oxigenada aplicada, cor aplicada e da cor de fundo de clareamento predominante, pois ela dará a cor de nuance, o reflexo, a cor fantasia. Outros exemplos: Cor do Cabelo Cor Aplicada ox Resultado 4 .............................6.........................10º....................4 4..............................6..........................20º...................5 (levemente avermelhado) 4...............................6..........................30º.....................6 (suavemente avermelhado) 4..............................6..........................40º...................7 (levemente alaranjado) 5..............................5..........................10º ...................5 5..............................5..........................20º....................6 (levemente alaranjado) 5..............................5..........................30º....................7 (levemente amarelado) 5 6 7 1 2 3 4 8 9 10 5..............................5..........................40º....................8 (levemente amarelado) 5..............................5.1 ......................40º....................8.31 (louro claro bege) O fundo de clareamento pode variar dependendo do tipo de pele das pessoas. Por exemplo, nas peles mais escuras com tom de cabelo castanho claro (5) em uma descoloração existe maior tendência ao aparecimento de tons alaranjados, já em uma pessoa com pele clara, normalmente, encontramos maior tendência ao aparecimento de tons dourados. Outros exemplos: O tom aplicado é o Louro escuro (6) O volume de oxigenada e de 30º em um cabelo castanho claro O Resultado será: louro médio amarelo alaranjado Em um cabelo virgem na altura do castanho escuro (3) aplicamos uma tinta qualquer com oxigenada volume 30º, obteremos uma quebra de até três tons, ficando então um fundo de clareamento alaranjado, se a cor escolhida foi por acaso o castanho claro, o resultado desta tintura será um castanho claro acobreado, resultado da união da tinta colocada com o laranja (cobre) dos pigmentos encontrados no cabelo (fundo de clareamento). 12 TÉCNICAS DE COLORAÇÃO Existem muitas formas de coloração e técnicas de aplicação. 12.1 Coloração Temporária O que é Também conhecida como rinsagem. Como o produto não tem amônia nem oxidante, cobre apenas superficialmente os fios e tem uma duração curta (cerca de seis lavagens). Quando usar É um processo usado para dar brilho e reflexos à cor original, além de disfarçar os primeiros fios brancos. O efeito é rapidíssimo. De 4 a 6 lavagens, já sai tudo. Serve para realçar a cor natural e dar um reflexo muito sutil das cores da moda (achocolatados, acobreados, avermelhados). Como usar A aplicação é simples: você espalha a rinsagem com o bico da bisnaga diretamente sobre os fios secos, como se estivesse fazendo riscas de uma ponta a outra. Depois, com as mãos protegidas por luvas, massageia os cabelos, espalhando bem o produto; aguarda o tempo indicado na embalagem e lavar normalmente. 12.2 Coloração Semitemporária O que é Em razão da pouquíssima quantidade de amônia, estraga menos do que as tinturas permanentes e quase nunca provoca reações alérgicas. É feita com produtos prontos para o uso. Quando usar Serve para dar um realce no tom natural ou o chamado tingimento tom sobre tom, que deixa um reflexo da coloração escolhida sem eliminar a cor base do cabelo. A coloração vai saindo com as lavagens. Para quem lava os cabelos a cada dois dias, a durabilidade costuma ser de um mês. Se feita sucessivamente, o cabelo tende a ressecar. Como usar A aplicação deve ser feita com o cabelo seco. Misture o tubo de tinta à emulsão e chacoalhe; corte o bico da bisnaga aplicadora e comece a passar o produto (um pincel pode facilitar a aplicação mais uniforme) por todo o cabelo, mecha a mecha; nos minutos finais, ainda de luvas, massageie o cabelo para espalhar a tinta uniformemente. Como o produto costuma ser em forma de xampu, em contato com a água ele produz espuma. No chuveiro, esfregue sem usar outro xampu, enxágue bem e aplique o condicionador. 12.3 Coloração Vegetal O que é Uma tinta com base vegetal. A cor vai saindo conforme se lava os cabelos, depois de um mês. Quando usar Ideal para pessoas alérgicas, ou que usem alisantes leves, também usada para reequilibrar o excesso de oleosidade dos cabelos e dar volume. No entanto, com as sucessivas reaplicações, vai ressecando demais o cabelo e a cor não fica mais uniforme. Além disso, o efeito é cumulativo. Depois de repetir o processo algumas vezes, o cabelo fica com um tom avermelhado definitivo, já que uma dose considerável do produto acaba impregnada na estrutura do fio. 12.4 Sais Metálicos O que é As tintas para o cabelo que conferem a coloração mediante óxidos ou sulfuretos de determinados metais. Sais metálicos agem como catalisadores na quebra das moléculas de peróxido de hidrogênio, que é usado na composição de fórmulas padrão de cor dos cabelos. Quando usar Muito usado pelos homens, é cumulativa e possibilita uma mudança sutil. No entanto, o resultado é que os produtos químicos, quando misturados, geram uma grande quantidade de calor na reação química, o que pode levar a queimaduras do escalpo e sérios danos aos cabelos. Outro inconveniente do uso das tinturas progressivas a base de sais metálicos é a incompatibilidade dos produtos a quaisquer outras tinturas e produtos tanto para alisamentos quanto para descoloração, podendo provocar queda do fio. Obs.: antes de aprendermos o procedimento de aplicação das tinturas permanentes vamos conhecer algumas técnicas que são usadas para facilitar ou melhorar o resultado das tinturas permanentes. 12.5 Pré-pigmentação É a preparação de uma base antes da coloração. Dando fundo em cabelos despigmentados ou efetuando uma correção de cor em cabelos desbotados, manchados, preparando-os para receber a tintura a ser aplicada. Também usada para preparar cabelos brancos. Técnica de aplicação: a. Não se lava os cabelos antes da pré-pigmentação. b. Mistura-se tinta com água na proporção adequada. c. Aplica-se mecha a mecha, nas partes sem pigmentação, desbotadas ou manchadas. d. Em seguida, sem dar pausa, aplica-se a coloração na nuance desejada, Raiz + Comprimento + Pontas. 12.5.1 Utilizando bem a pré-pigmentação Aplicar a mistura de ¼ a ½ bisnaga de tinta com 25 ml de água potável, deixando nos cabelos por 10 minutos nas regiões necessárias. Em seguida, retire o excesso, se necessário, com o pente e aplicar a tinta escolhida normalmente, com água oxigenada de 20 volumes. Em cabelos de cores cinza, mate e pérola, preparar o pré-pigmento com uma numeração mais escura. Por exemplo: se a cliente escolheu a tinta 8.1 (louro claro acinzentado), o pré-pigmento será feito com 7.1 (louro médio acinzentado). A oxigenada volume 10, pode substituir a água nos tons claros, mas nos escuros pode fechar muito a cor. Para cabelos extremamente claros com necessidade de escurecer mais de 4 tons: misture uma parte 7.4 a 2 partes de oxidante 10 volume (3%), deixe por 15 minutos. Retirar com pente fino e aplicar a cor desejada; e aguarde 30 minutos. Para retirar manchas claras do cabelo use 1 Parte de coloração (cor base) e 1 Parte de oxidante 10 volumes (3%) deixe por 15 minutos e aplique a cor desejada. Para um cabelo que está com o tom 10 e a cor desejada é o 5. Pode-se pré-pigmentar com 6 com nuance acobreada, avermelhada ou dourada, deixar por 20 minutos, enxágue e aplicar a coloração 5 com oxidante de 20 volumes. Tempo de pausa de 35 minutos. Algumas vezes, para uma melhor definição uma pré- pigmentação pode ajudar. Por exemplo: para cabelos louros claríssimos uma pré-pigmentação com dourado dará um tom mais bonito e homogêneo. 12.6 Repigmentação Técnica usada para reforçar uma cor, corrigir um desbotamento feito pelo sol ou cloro, modificar levemente uma tonalidade. O produto usado é a tinta no tom desejado + oxidante creme 10 volumes ou ainda o tom desejado puro misturado a água potável. Técnica de aplicação Aplicar nos cabelos ou nas partes despigmentadas deixar por 30 minutos e enxaguar apenas com água e condicionador e enxaguar. 12.7 Mordançagem Mordançagem é uma das técnicas utilizadas no preparo dos cabelos brancos para receber a coloração. Ao proceder a análise capilar do fio certifique-se de que a porosidade é suficiente para a perfeita cobertura dos brancos, antes de aplicar a técnica. Técnica de aplicação Ao decidir pela aplicação da técnica, ela deverá ser executada utilizando-se água oxigenada 20 ou 30 volumes. Proceder a aplicação por toda a cabeleira. Deixe agir por 10 a 15 minutos. Não lave os cabelos, retire o excesso com uma toalha. Secar com o secador, fazendo em seguida a aplicação da tintura na tonalidade desejada. 12.8 Tintura Permanente O que é Dá colorido clareando, mas também no mesmo tom e em tom mais escuro. Recobre os cabelos brancos. Age clareando e colorindo simultaneamente o cabelo. Necessita que três elementos entrem em atividade: amônia, um oxidante e precursores de cor. Quando usar Quando se desejar promover mudanças mais radicais (a tintura-creme escurece ou clareia até quatro tons acima ou abaixo da cor original). Também usada para cobertura dos cabelos brancos. Um tom mais claro sustenta a cor, apenas com retoque de raiz, até três meses. As cores mais quentes, como cobre, dourado e vermelho, duram menos, cerca de um mês e meio. A manutenção é a parte mais delicada. Geralmente, todo mês já é preciso retocar as raízes. Quem alisa os cabelos não pode escolher esse tipo de tingimento. É que os compostos ativos dos dois processos químicos não combinam entre si. Como é o tipo de tintura que mais agride os fios, para que os cabelos fiquem bonitos é importante fazer um banho de creme mensal e usar condicionadores leave-in (sem enxágue) e finalizadores com fórmulas acrescidas de silicone, para ajudar a proteger os fios. Como usar Não esqueça o que foi ensinado sobre as regiões quentes, médias e frias da cabeça, porque nos processos de coloração permanente elas fazem muita diferença. Se a tinta for aplicada em primeiro na região quente terá ação muito mais rápida comprometendo o resultado. Portanto, o correto é iniciar a tintura sempre (com exceção dos brancos) pelas regiões frias. 13 APLICANDO A TINTA Dicas importantes: O oxidante deve ser usado na medida exata exigida pela coloração e determinada pelo fabricante. Utilizar sempre copo medidor ou balança. Em uma coloração nunca devemos abafar totalmente os cabelos. Os cabelos precisam de espaço para a oxidação A escolha do produto para tingimento depende do que você quer e de quanto tempo a cor deve durar. A maioria das mulheres começa com uma tonalidade suave, para depois passar para cores mais fortes. Ao notar que há mais partes grisalhas ou que a tintura não está cobrindo tão bem como antes, talvez seja necessário mudar para um nível mais forte. 13.1 Cabelos Virgens 13.1.1 Tintas Escuras A - Tinta Escura em Cabelos Escuros (exemplo: castanho escuro em cima de castanho claro) Dividir em mechas. Começando de baixo para cima aplique de raiz as pontas. Aguardar 30 minutos e lave primeiro com água pura, massageando até que a cor da água saia clara. Passa xampu e enxágue. Aplique produto pós-tintura massageando e enxágue. B - Tinta Escura em Cabelos Claros (exemplo: Castanho claro em cima de louros) Se o cabelo estiver muito despigmentados uma pré-pigmentação poderá evitar que o cabelo desbote rapidamente. Se houver partes muito descoloridas faz-se a pré- pigmentação somente nestas áreas. Para a tinta castanho claro, principalmente, pois podem ficar esverdeados. Outra sugestão é a utilização de tinta com nunca dourada. Divida o cabelo em mechas. Começando sempre por baixo aplique de raiz as pontas. Enxágue somente com água até que ela saia limpa. Aplique o xampu e enxágue. Massageie com produto pós tinturação e enxágüe. 13.1.2 Tintas Claras A - Tinta clara em cabelos claros (louro médio para atingir louro claríssimo) Com oxigenado volume 20. Usando uma base com nuance dourada para evitar tons esverdeados. Aplique começando por baixo no comprimento até as pontas deixando cerca de 2 cm da raiz. Aguardar o tempo necessário cerca de 35 minutos. Enxágue somente com água, massageando até que saia totalmente a tinta. Aplique o xampu, logo após o produto para pós-tintura e enxágue. B - Tinta clara em cabelos escuros (louro médio em cima de castanho claro) Dica: - Faça um teste de despigmentação para avaliar o potencial de clareamento dos fios. Pegue uma pequena porção de tinta com oxidante volume 30 e aplique em uma mecha, aguarde 20 minutos e observe se o tom desejado esta próxima ou já atingiu, caso contrário este cabelo deverá sofrer uma descoloração antecipada (ver item descoloração). - Se precisar descolorir aplique a tinta de raiz a ponta, começando por baixo, caso contrário aplique primeiro do comprimento às pontas, deixando 2 cm de raiz, depois de 20 minutos aplique nas pontas. - Enxágue massageando somente com água e aplique o xampu e o produto pós-tinturação. 13.1.3 Tintas quentes - Cobre, acaju ou vermelho A - Tintas quente em cabelos claros Faça uma pré-pigmentação com tinta mais clara que a desejada e oxidante volume 10. Separa as mechas e aplique de baixo para cima, longe da raiz 2 cm, do comprimento às pontas. Aguarde 20 minutos e aplique nas raízes. Enxágue com os procedimentos normais. B - Tintas Quentes em Cabelos Escuros Primeiro faça um teste com a tinta + acentuadores de tonalidade + oxidante volume 30 ou 40 conforme as condições do cabelo. Caso atinja o tom desejado aplique a tinta, se não será necessário uma descoloração. Passe a tinta do comprimento às pontas deixando a raiz. Após 20 minutos aplique nas raízes. Retire após 40 a 45 minutos. Enxágue com os procedimentos normais. 13.2 Cabelos Tinturados Lembre-se que tinta não clareia tinta, portanto se o cliente desejar uma cor mais clara que a já existente é bem provável que tenha que ser submetido a uma decapagem. Existem duas opções de clareamento: a decapagem ou xampu descolorante. É importante que em qualquer das duas opções, seguir as regras para clareamento, respeitando as regiões frias e quentes. 13.2.1 Tinta Escura em Cabelo Claro Nos cabelos claros quando se escurece a tarefa é relativamente mais fácil, se o tom desejado for do castanho médio ao preto, basta aplicar a tinta da raiz à ponta e, no prazo de 15 dias, aplicar uma repigmentação para melhor fixação. Alguns problemas podem ocorrer quando a tonalidade for um pouco mais clara. Exemplo: nos cabelos louros. Quando a cor desejada for o castanho claro: pode surgir um efeito esverdeado. A cor desejada é o acaju ou vermelho, pode surgir um tom rosado. Para evitar tons indesejáveis o melhor é preparar uma pré-pigmentação antes. Após a pré-pigmentação, aplica a tinta da raiz às pontas para as tintas escuras, para as tintas mais claras deve-se aplicar primeiro no comprimento e aplicar próximo às raízes somente após cerca de 20 minutos. Enxágue bastante com água pura, aplicar o xampu apenas uma vez e condicionar. 13.2.2 Tinta Clara em Cabelos Escuros Neste caso não tem solução, os processos de clareamento serão necessários. Para facilitar vamos separar cada caso com os devidos procedimentos. Procedimentos para aplicar tinta em cabelos tinturados Tom desejado Tom existente Procedimento Castanho médio Preto Xampu descolorante Castanho claro Preto Decapagem Castanho claro Preto Decapagem Chocolates, vermelhos acobreados- Preto Decapagem Loiríssimos Preto Decapagem profunda Castanho claro Cast. Escuro ou médio Xampu descolorante Louros/ avermelhados- Cast. Escuro Decapagem Chocolates Cast. Médio Xampu descolorante Avermelhados Castanho claro Xampu descolorante Acobreados/ vermelhos Cast. Médio/escuro Decapagem Acobreados Cast. Claro Decapagem leve Louro escuro Cast. Claro Xampu descolorante Loiríssimo Cast. Claro/louro escuro Decapagem Aplicação Nestes casos, a tinturação deve sempre começar (salvo o branco) por baixo (nuca) do comprimento às pontas, aguardando 20 a 30 minutos antes de aplicar nas raízes. Enxaguar massageando com água pura, antes de aplicar o xampu, enxaguar e condicionar. 14 MISTURANDO TINTA 14.1 Como misturar tinta com água oxigenada Cada empresa indica a proporção correta que deverá ser utilizada na mistura entre tinta e oxidante, normalmente as mais utilizadas são esta: um por um, um por um e meio, um por três, isto significa: Por exemplo, um tubo de tinta de 50g: 1/1 = 1 parte de coloração (50g) e 1 parte de oxidante(50ml) 1/1 ½ = 1 parte de coloração (50g) e 1 parte e meia de oxidante (75ml ) 1/2 = 1 parte de coloração (50) e 2 parte de oxidante (100ml). 1/3 = 1 parte de coloração (50) e 3 parte de oxidante(150ml). 14.2 Misturas proporcionais Com nuances iguais Somam-se as bases, divide-se por dois e conserva-se as nuances. Por exemplo: 7.65 + 5.65 = 12.65 divididos por (2) é 6.65. Por quê? O que você vai somar são somente as bases que são 7 (louro médio) e o 5 (castanho claro). A nuance x, 65 é a mesma, portanto, a cor continua a mesma, o que muda é o nível claro ou escuro. Nuances diferentes Somam-se as bases, divide-se por dois e para as nuances utiliza-se a regra de cores contrarias. Por exemplo: 7.6 + 5.1= 7 + 5= 12:2 = 6 A nuance x. 6 corresponde ao vermelho, a nuance x.1 corresponde ao cinza, o vermelho com cinza resulta em um tom levemente marrom acinzentado. 14.3 Misturas não proporcionais Sempre a cor em maior quantidade deverá ser dividida por dois, depois somada a outra cor e novamente dividida por dois, por exemplo: Misturando 01 tubo de 2.0 + ½ tubo de 8.0 Seguindo a regra: 2.0 dividido por 2 = 1.0 + 8.0= 9 9.0 dividido por 2 = 4 e meio – isto significa que a cor resultante desta mistura será: castanho médio com um fundo levemente acobreado = 4.04 Por que acobreado? Sabemos que a cor 8.0 (louro claro) tem pigmentos amarelos e o castanho tem pigmentos laranja, a mistura vai enfraquecer o laranja não o remover. Lembrando sempre que é preciso considerar o grau de oxidante e a cor do cabelo a ser aplicado. Relembrando Cor fundo predominante 1- preto (azul) 2- castanho escuríssimo 3- castanho escuro = pigmento vermelho 4- castanho médio 5- castanho claro 6- loiro escuro= pigmento laranja 7- loiro médio 8- loiro claro 9- loiro muito claro= pigmento amarelo Saiba que: o primeiro número de cada grupo sempre guarda um pouco do pigmento do grupo anterior. 14.4 Base para Misturas Quando é necessário fazer misturas para se chegar a uma tonalidade que desejamos, por não possuirmos no estoque ou porque a mistura com o fundo de clareamento vai suavizar ou acentuar alguma tonalidade, a base correta para a mistura é a seguinte: 40g de tinta base + l5 de fantasia 30g de tinta base + l5 tom fantasia + l5 tom acentuador ou suavizador Por exemplo: castanho claro + acaju + acobreado 14.5 Sugestão de Misturas Perfeitas e Imperfeitas 14.5.1 Para cabelos naturais escuros (na altura do 3 ou 4) com oxigenada de 20 ou 30 volumes a) ¼ de acaju-escuro + ¾ de louro escuro = acaju médio b) ½ de marrom escuro + ½ de acaju escuro = marrom acaju (pinhão) c) 1 tubo de acaju escuro + 5 cm de vermelho intenso= acaju médio d) ½ de louro claro + ½ de acaju claro = cobre escuro e) ½ de louro médio + ½ de acaju médio = marrom escuro dourado f) ½ de marrom escuro ½ de louro escuro acinzentado = marrom escuro g) ¾ de louro dourado + ¼ de louro cinza médio = marrom médio h) ½ de louro avelã (7.3) + ½ de marrom durado + 6 cm de mix grafite = marrom dourado i) ¾ de louro avelã + ¼ de acaju púrpuro = vinho Atenção: respeite as regiões frias e quentes 14.5.2 Para cabelos descoloridos que atingiram o amarelo para dar a tonalidade acinzentada com oxigenada de 20 volumes a) ½ de louro médio acinzentado + ½ de castanho claro = castanho claro acinzentado b) ½ de louro claro acinzentado + ½ de castanho claro = castanho claro acinzentado leve c) ½ de louro claro acinzentado + ½ de louro pastel = louro cinza prateado d) ½ de louro escuro acinzentado + ½ de louro escuro = + 6 cm de mix grafite = castanho claro acinzentado e) ½ de louro escuro acinzentado + ½ de louro médio + 5 cm de prata = louro escuro acinzentado f) ½ de louro pastel + ½ de louro claro acinzentado + 1 cm de amarelo = louro claro bege 14.5.3 Para cabelos descoloridos em tom de vermelho – alaranjado, com oxigenada de 20 volumes a) ¼ de louro médio acinzentado + ¾ de louro escuro = castanho claro acinzentado b) 1 tubo de louro médio acinzentado + ½ de louro médio – louro escuro c) 1 tubo de louro claro acinzentado + 3 cm de louro cendré = louro médio acinzentado 14.5.4 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar vários tons de marrom e acaju com oxigenada de 20 volumes a) ¼ de acaju- escuro + ¾ e louro escuro = acaju escuro b) ½ de marrom escuro + ½ de acaju escuro = púrpura c) 1 tubo de acaju escuro + 5 cm de vermelho intenso = acaju médio d) ½ louro médio + ½ de marrom médio = marrom escuro dourado e) ¾ de marrom dourado + ¼ de louro médio acinzentado= marrom médio f) ½ de louro avelã (7.3) + ½ de marrom dourado + 6 cm de grafite = marrom dourado g) ½ de marrom escuro + ½ de louro escuro acinzentado = marrom escuro h) ½ de marrom dourado + ½ de louro claro = marrom claro dourado 14.5.5 Para cabelos descoloridos (amarelados) para tonalidade castanho dourado com oxigenada de 20 volumes a) ¾ de louro claro + ¼ de castanho claro = castanho claro dourado b) 1 tubo de castanho médio + 10cm de louro dourado = castanho médio dourado c) ½ de castanho escuro + ½ de castanho dourado = castanho escuro dourado d) ½ de louro avelã (7.3) + ½ de louro cinza médio = castanho claro dourado e) ¾ de louro avelã + ¼ de louro dourado = louro mel 14.5.6 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar a tonalidade pastel a) ¼ de louro pastel + ¾ de louro cinza ultraclaro = pastel b) ¾ de louro avelã + ¼ de louro pastel = louro ultraclaro c) 1 tubo de louro avelã + 1 cm de preto = avelã escuro 14.5.7 Mecha marrom 1 parte de coloração (cor base) 4.0 , 5.0 ou 6.0, 1 parte de coloração (fantasia) 6.34 – 6.35 e 1 parte de coloração (vermelha) 5.4 – 6.4 com oxigenada 20 (5 OU 6) ou 30 (4) 15 PINTANDO OS CABELOS BRANCOS Existem dois tipos de cabelos brancos: Branco opaco: São na verdade os primeiros cabelos brancos, muito similares ao anterior em sua constituição com a diferença apenas na perda dos pigmentos naturais, estes cabelos são mais fáceis de cobrir. Branco brilhante: A cor do cabelo existe para a proteção da haste capilar que por sua vez existe para a proteção do couro cabeludo. Uma vez que se perde o pigmento do cabelo, a fibra estaria desprotegida. A natureza sabiamente faz com que o cimento que une as cutículas vá se tornando mais grosso unindo-as fortemente, isto explica o intenso brilho que vemos em alguns cabelos brancos, principalmente à medida que aumenta a quantidade. Portanto, para pintar estes cabelos a tarefa á mais difícil. 15.1 Com pré-pigmentação Deve ser feita sempre com um tom base. Este tom deve ser mais escuro ou na altura do tom desejado. Receita Tom natural, mais oxidante 10 volumes. a) Aplicação na raiz (Cabelos Brancos) 1 parte de tinta 1 parte de oxidante, Tempo de pausa de 10 a 15 minutos. Após o tempo de pausa, aplicar a tinta (conforme etapa 2, sem enxágue). b) Aplicação em todo o cabelo 1 parte de tinta. 1 ½ parte de oxidante. Tempo de pausa de 40 minutos. 15.2 Com Oxidante de 30 Volumes Utilizar um tom fantasia mais a base sendo esta, um tom a dois tons mais escuros ao desejado, mais oxidante de 30 volumes. Mistura preparada 7.3 + 5 (ou 6) em partes iguais + oxidante de 30 volumes. a) Aplicação na raiz (Cabelos Brancos) ½ parte de tinta 7.3 ½ parte de tinta 5 (ou 6) ½ parte de Oxidante 30 volumes b) Aplicação no restante dos cabelos 1 parte de tinta 7.3 1 ½ parte de oxidante 20 volumes. Tempo de pausa de 40 minutos. Enxaguar. 15.3 Tabela Cobertura de Cabelos Brancos 30 a 40% de brancos: Utilizar tom base na altura do tom fantasia em partes iguais. 40 a 50% de brancos: Utilizar tom base em tom abaixo do tom fantasia em partes iguais Exemplo: 6.3 - louro escuro dourado + 5 castanho claro e mais oxidante relativo à volumagem do tom desejado. Acima de 50% de branco. Podemos optar por um tom base um a dois tons abaixo da cor desejada ressaltado-se que só poderemos abaixar esta altura de tom base ate o tom 5 como exemplificamos a seguir: a) 10.1 - louro ultraclaro acinzentado + louro claro b) 7.46 - Louro acobreado vermelho + 5 castanho claro c) 6.54 - Louro Escuro acaju acobreado + 5 castanho claro Observação: A escolha de abaixar um ou dois tons da base depende do tipo do branco, do percentual deste e da cor desejada. Lembrando que o último tom que cobre brancos é o 8.0 Louro Claro, como no primeiro exemplo, serve de tom base para o 10.0 Louro Ultra Claro. 16 CABELOS COLORIDOS – RETOQUE DE RAIZ A aplicação deve ser feita somente na parte crescida na raiz. Deixar agir metade do tempo de ação, depois umedecer as pontas com um borrifador; em seguida, o conteúdo deve ser emulsionado para as pontas, e deixar agir, por mais 10 minutos. Isso faz reavivar a cor do comprimento e pontas
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