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137239344 Do Nascimento Aos 18 Meses HELLEN BEE

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a
E u me lembro de ter me sentido injustiçada em uma aula de história no ensino médio
quando, depois de ter cuidadosamente aprendido todos os reis da Inglaterra em ordem e
:odos os reis da França em ordem, foi perguntado no teste quem era o rei da França na épo-
ca em que Henrique VIII era o rei da Inglaterra. Eu não tinha a menor idéia; nós nunca es-
zudárarnos isso dessa maneira.
Talvez vocês sintam algo parecido em relação à criança em desenvolvimento. Por
exemplo, vocês sabem bastante sobre a seqüência de desenvolvimento da linguagem e so-
bre as mudanças seqüenciais no funcionamento cognitivo e no apego, mas talvez não rela-
cionam muito bem essas diferentes seqüências desenvolvimentais uma à outra. Se eu lhes
perguntasse agora o que está 'acontecendo na época em que a criança começa a usar frases
de duas palavras, vocês talvez tivessem dificuldade em responder. Sendo assim, meu obje-
tivo neste breve capítulo é examinar as ações que acontecem de forma simultânea.
Além.disso. <tu gostaria de revisar algumas das perguntas-chave que formulei no Capí-
tulo 1: Quais são as principais influências sobre o desenvolvimento? O timing da experiên-
cia é importante? Qual é a natureza da mudança desenvolvimental? Existem estágios ou se-
qüências? Qual é a melhor maneira de compreender as diferenças individuais no desenvol-
vimento?
Pensamento Crítico
A Criança em Desenvolvimento 503
Pense sobre isso: o que mais está
acontecendo Quandoa criança
começa a usar frases de duas
palavras?
Transições, Consolidações e Sistemas
Eu vejo o processo de desenvolvimento como constituído por uma série de períodos alter-
nados de rápido crescimento (acompanhados por disrupção ou desequilíbrio) e períodos de
relativa calma ou consolidação. As mudanças obviamente estão acontecendo o tempo todo,
da concepção à morte, mas eu estou convencida de que existem alguns momentos especí-
ficos em que as mudanças se acumulam ou em que ocorre alguma mudança extremamente
significativa. Poderia ser um desenvolvimento fisiológico importante como a puberdade,
uma mudança cognitiva muito significativa como o início do uso de símbolos por volta dos
18meses ou alguma outra mudança maior.
Quando ocorre uma mudança tão significativa, ela tem dois efeitos relacionados. Em
primeiro lugar, nos termos da teoria dos sistemas, qualquer mudança inevitavelmente afe-
ta todo o sistema. Desse modo, um rápido aumento de habilidade em uma área, como a lin-
guagem, exige adaptações em todas as partes do sistema em desenvolvimento. Como a
criança agora é capaz de falar, suas interações sociais se modificam, seu pensamento se mo-
difica; sem dúvida, até seu sistema nervoso se modifica, na .rnedida em que são criadas no-
vas sinapses e podadas antigas sinapses redundantes ou subutilizadas. Da mesma forma, o
apego inicial de uma criança pode' afetar seu desenvolvimento cognitivo ao alterar sua ma-
neira de abordar novas situações; as mudanças hormonais da puberdade afetam o relacio-
-namento pais-filhos.
Em segundo lugar, quando o sistema se modifica de modo importante, a criança às ve-
zes parece ficar "descolada" por um certo tempo. A antiga forma de relacionar-se, de pen-
sar e de conversar já não funciona tão bem e é necessário um tempo para criar novos pa-
drões. Erikson costumava usar a palavra dilema para classificar esses períodos de semitu-
multo. Klaus Riegel (1975) sugeriu a expressão saltos desenvolvimentais, a qual transmite
bem o sentimento de entusiasmo e oportunidade crescente que, na maior parte das vezes,
acompanha esses períodos críticos. Eu usarei o termo mais prosaico, transição, para descre-
ver as épocas de mudança ou tumulto, e o termo consolidação para descrever os momentos
intermediários, quando a mudança é mais gradual. Juntos, os dois conceitos podem nos
ajudar a examinar o que acontece em cada um dos períodos de idade mais importantes.
Do Nascimento aos 18 Meses
A Figura 16.1 apresenta as várias mudanças durante os primeiros 18 meses de vida. As co-
lunas da figura correspondem aproximadamente aos capítulos deste livro; o que precisa-
mos fazer agora é ler a figura de cima para baixo, e não apenas de modo transversal.
504 Helen Bee
Idade em meses
o
Transição
2 4 22/24
Transição
6 8 10~ 12
Transição
18 2014 16
Desenvolvi- - Estágio de confiança versus
mento do se/fi desconfiança segundo Erikson
personalidade Primeira diferenciação eu/ outro
Perturbação; Prazer; Medo
excitação deleite antecipatório
Sorriso social IClaro I
expontâneo apego
- Empatia global
Desenvolvi-
mento físico
Desenvolvi-
mento
perceptual
Desenvolvi-
mento
cognitivo
Desenvolvi-
mento
da linguagem
Desenvolvi-
mento social-
emocional
Caminha
sozinho I"poda" dendrítica esinápticaMaisenvolvi-
mento
cortical
Tenta Senta
alcançar sozí-
objetos nho
Fica em
pé com
ajuda;
engati-
nha
Muitas habilidades
perceptuais presentes
no nascimento
Diferencia visualmente
a mãe de uma
pessoa estranha
Examina Percepção
para identi- de profun- Início da Permanência
ficar objetos didade . Permanên- do objeto
cia do objeto bem-estabe-
lecida
Discrimina
padrões de
som e visão;
transferência
intermodal
Discrimina
expressões
faciais
Possível
imitação de
alguns
gestos
Imitação
diferida
Acha novas
soluções
para proble-
mas
início da manipulação
de símbolos; habilidade
combinatória; início do
brincar de faz-de-conta
Memórias
específicas
por mais de
1 semana
.Coordena
ações para
resolver pro-
blemas simples
Arrulhos Balbucios Primeira
palavra
Vocabulário de 3-50
palavras; primeiras frases
de 2 palavras
Compreende
algumas pala-
vras; usa ges-
tos significati-
vamente-- Estágio de autonomia versus vergonha!dúvida segundo Eriksón
Auteconsciência
-
Ansiedade e
medo de
estranhos
Orgulho;
vergonha
Brinca com
outras crianças
Brincar de
faz-de-conta
Empatia egocêntrica -------1.
Figura 16.1
Este breve resumo apresenta alguns dos desenvolvimentos simultâneos durante o período de bebê. Eu destaquei as
várias mudanças desenvolvi mentais que me parecem críticas em cada uma das várias idades.
A impressão dominante que temos'do recém-nascido - apesar de suas notáveis h
dades e capacidades - é que ele parece estar no piloto automático. Parece haver regras e =>C..-
quemas inatos governando sua maneira de olhar, ouvir, explorar o mundo e relacionar -
com os outros.
Uma das questões mais notáveis a respeito dessas regias, como comentei nos Ca • -
Ias 3 e 5, é como elas são bem-planejadas para conduzir tanto a criança como seus respee-
sáveis à "dança" da interação e do apego. Imaginem um bebê sendo amamentado. O --
tem os reflexos de rotação: de sucção e de engolir necessários para ingerir o leite; nessa _ -
sição, o rosto da mãe está a uma distância ideal para o melhor foco do bebê; as caracte -
cas faciais da mãe, sobretudo seus olhos e sua boca, são exatamente o tipo de estímulo -
sual que o bebê tende a perceber; o bebê é, em particular, sensível ao intervalo de sons -
voz humana, em especial o registro máximo, de modo que a voz mais aguda, ritmada,. _
quase todas as mães usam é ouvida com facilidade pelo bebê; e, durante a amamentação.
liberação do hormônio cortisol na mãe tem o efeito de relaxá-Ia e torná-Ia mais alerta aos
nais do bebê. Portanto, adulto e bebê estão "aparelhados" para interagir um com o outrc,
A Criança em Desenvolvimento
Por volta de seis ou oito semanas, parece haver uma mudança, com essas respostas au-
tomáticas e reflexivas dando lugar a comportamentos que parecem mais voluntários. A
criança agora olha para os objetos de modo diferente, aparentemente tentando identificar
o que um objeto é, em vez de apenas tentar perceber onde ele está; nessa idade, ela come-
ça a diferenciar com confiança um rosto de outro, ela sorri mais, dorme a noite toda e, em
geral, torna-se uma criatura mais responsiva.~
Em decorrência dessas mudanças no bebê, e também porque a maioria das mães leva
de seis a oito semanas para se recuperar fisicamente do parto (quase o tempo que a mãe e
o pai precisam para começar a se ajustar à imensa mudança em sua rotina), nesse momen-
to também observamos grandes mudanças nos padrões de interação mãe-bebê. A necessi-
dade do cuidado rotineiro continua, com certeza (Ah!As alegrias das fraldasl). mas, na me-
dida em que a criança permanece acordada por períodos mais longos, sorri mais e faz mais
contato visual, as trocas entre a mãe e a criança se tornam mais divertidas e tranqüilas.
Depois de ocorrer esta transição, parece haver um breve período de consolidação, que
dura de cinco a seis meses. É claro que continuam acontecendo mudanças durante este pe-
ríodo de consolidação. A mudança neurológica, em especial, é rápida, e as áreas matara e
perceptual do córtex continuam a se desenvolver. As habilidades perceptuais da criança
apresentam, além disso, grandes mudanças nesses meses, com o aparecimento da percep-
ção de profundidade, clara transferência intermodal e identificação de padrões de som e vi-
são. Apesar dessas mudanças, nesse período existe urna espécie de equilíbrio - um equilí-
brio que é alterado por uma série de mudanças que acontecem entre sete e nove meses: (1)
o bebê estabelece um forte apego central seguido, alguns meses mais tarde, pela ansieda-
de de separação e pelo medo de pessoas desconhecidas; (2) o bebê começa a movimentar-
se de forma independente (ainda que muito lenta e vacilantemente a princípio); (3) a comu-
nicação entre o bebê e os pais muda de forma substancial, conforme ele começa a usar ges-
tos significativos e a compreender palavras distintas; (4) a permanência do objeto é com-
preendida em um novo nível, e o bebê agora sabe que os objetos e as pessoas continuam a
existir mesmo quando estão fora de vista. Essas mudanças alteram muito o sistema intera-
tivo genitor-criança, tornando necessário um novo equilíbrio, uma nova consolidação, um
novo sistema.
O bebê continua desenvolvendo pouco a pouco essas novas habilidades - aprendendo
algumas palavras, aprendendo a caminhar, consolidando o apego básico - até 18 ou 20 me-
ses de idade, momento em que os desenvolvimentos cognitivo e da linguagem parecem dar
um outro salto importante para a frente - uma série de mudanças que logo descreverei.
Processos Centrais
O que está causando todas essas mudanças? Qualquer lista breve de tais causas será inevi-
tavelmente uma supersimplificação grosseira. No entanto, eu.me animo a sugerir quatro
processos básicos que parecem moldar os padrões mostrados na Figura 16.1 (p. 501).
Maturação Física. Primeiro e mais obviamente, o relógio biológico está tiquetaqueando
bem alto nesses primeiros meses. Só na adolecência, e outra vez na velhice, é que vemos em
ação um padrão maturacional tão óbvio. No período de bebê, a chave parece ser o cresci-
mento pré-programado dos dendritos e das sinapses neurais. A mudança de comporta-
mento que vemos aos dois meses, por exemplo, parece ser governada exatamente por es-
sas mudanças inatas, na medida em que as sinapses do córtex se desenvolvem o suficiente
para controlar melhor o comportamento.
Por mais importante que seja o programa inato, ele, todavia, depende da presença de
um ambiente "esperável" mínimo (Greenough et al., 1987). O cérebro pode ter "a rede elé-
trica" para criar certas sinapses, mas o processo precisa ser desencadeado pela exposição a
tipos específicos de experiência. Já que esse meio ambiente mínimo existe para quase todos
os bebês, os desenvolvimentos perceptual, motor e cognitivo que observamos sã.o quase
idênticos de um bebê para outro. Mas isso não significa que o meio ambiente não seja im-
portante.
As Explorações da Criança. Um segundo processo-chave é a exploração que a criança faz
do mundo que a cerca. Ela nasce pronta para explorar, para aprender a partir de suas expe-
505
Laura,de oitomeses de idade, apresenta
uma série de novas habilidadese de
novos entendimentos:está
engatinhando,estabeleceu um sólido
apego ao pai e à mãe, consegue talvez
entender algumas palavrase está
começando a compreender a
permanência do objeto.Todas essas
mudanças, maisou menos simultâneas,
alteramprofundamenteo sistema.
506 Helen Bee
riências. mas ainda tem de aprender as conexões específicas entre ver e ouvir, aprender =
diferença entre o rosto da mãe e de alguma outra pessoa, prestar atenção aos sons enfa - "-
dos na linguagem que escuta, descobrir que suas ações têm conseqüências, e assim _
diante.
A maturação fisiológica e a exploração da criança, com certeza, estão intimamente "':F
das em uma espécie de circuito de fe~back perpétuo. As rápidas mudanças no sistema =--
voso, nos ossos e nos músculos permitem cada vez mais explorações; isso, por sua vez, ~::-
ta as habilidades perceptuais e cognitivas da criança, o que acaba modificando a arquíterzra
do cérebro. Por exemplo, nós agora temos evidências de que a capacidade de enqatínha; -
uma habilidade que depende de uma série de mudanças físicas maturacionais - afeta prc-
fundamente o entendimento que a criança tem do mundo. Antes de conseguir movimentar-
se de forma independente, o bebê parece localizar os objetos apenas em relação ao próp:
corpo; quando começa a engatinhar, passa a localizar os objetos com referência a marcos z-
xos (Bertenthal et al., 1994).Essa mudança, por sua vez, talvez contribua para o crescente c=.-
tendimento do bebê de si mesmo como um objeto no espaço.
Apego. Um terceiro processo-chave parece obviamente ser a relação entre o bebê é E.
cuidadora (ou cuidadores). Estou convenci da de que Bowlby está certo sobre a pronti ;=
inata de todos os bebês para se apegar, mas, nessa esfera, a qualidade da experiência espe-
cífica que a criança vive parece ter um efeito mais formativo do que acontece em outros éE-
pectos do desenvolvimento. Uma ampla gama de ambientes é "suficientemente boa" para
sustentar o crescimento físico, perceptual e cognitivo nesses primeiros meses. Porém, para
o estabelecimento de um apego central seguro, a gama aceitável parece ser mais restrita
No entanto, o apego não se desenvolve em uma trilha independente. Seu surqímenx
está ligado à mudança maturacional e à exploração realizada pela criança. Por exemplo,
entendimento que a criança tem da permanência dó objeto parece ser uma pré-condiçãr
necessária para o desenvolvimento de um apego básico. Conforme John Flavell (1985, ~
135) afirma: "Como uma criança poderia, de forma persistente, desejar e buscar uma pessoa
. específica se ainda fosse, em relação aos aspectos cognitivos, incapaz de representar mez-
talmente aquela pessoa na ausência dela?".
Além disso, nós poderíamos inverter essa hipótese e argumentar que o processo de es-
tabelecer um claro apego pode causar, ou pelo menos influenciar, o desenvolvimento coç-
nitivo da criança. Por exemplo, as crianças seguramente apegadas parecem persistir por
mais tempo em seu ato de brincar e desenvolver com mais agilidade o conceito de objete
(Bates et al.. 1982). Talvez isso aconteça porque a criança seguramente apegada se sente
mais à vontade para explorar O mundo que a cerca a partir da base segura da pessoa que
lhe dá segurança. Assim ela terá experiências mais ricas e mais variadas, o que pode esc-
mular um desenvolvimento coqnitivo (e neurológico) mais rápido.
Modelos Funcionais Internos. Nós também poderíamos pensar no apego como uma sub-
categoria de um processo mais amplo: a criação de modelos funcionais internos. Seymou:
Epstein (1991) propõe que o bebê na verdade está começando a criar uma "teoria da reaã-
dade". Segundo Epstein. tal teoria inclui pelo menos quatro elementos:
• Uma crença no grau em que o mundo é um lugar de prazer ou de dor.
• Uma crença sobre a extensão em que o mundo é significativo - predizível, contro-
lável e justo versus caótico, incontrolável e caprichoso.• Uma crença sobre se é desejável ou ameaçador relacionar-se com as pessoas.
• Uma crença sobre o valor ou a falta de valor do self.
As raízes dessa teoria da realidade, segundo Epstein e outros (Bretherton. 1991), estão nas
experiências do período de bebê, em particular, nas experiências com os cuidadores e o
tros seres humanos. Na verdade, Epstein sugere que as crenças desenvolvidas no período
de bebê talvez sejam as mais básicas, e portanto, as mais duráveis e resistentes à mudança
no futuro. Nem todos os psicólogos concordariam com Epstein sobre a amplitude da "teo-
ria" de realidade do bebê. Mas quase todos concordariam que o bebê começa a criar pelo
menos dois modelos internos significativos, um do self e um dos relacionamentos com 05
outros (apego). Dos dois, o modelo de apego parece estar completamente desenvolvido aos
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Influências sobre os Processos Básicos
A Criança em Desenvolvimento
18 ou 24 meses; o modelo do selfpassa por muitas elaborações nos anos.sequintes. Vocês
devem lembrar, do Capítulo 10, que é só por volta dos seis ou sete anos que a criança pare-
ce possuir um senso do seu valor global (Harter, 1987; 1990).
Estes quatro processos básicos são muito vigorosos (Masten et al., 1990).No ""''l.tanto,os be-
bês podem ser desviados da trajetória comum por várias influências.
Lesão Orgânica. O desviador potencial mais óbvio é algum tipo de lesão no organismo
físico, por anomalias genéticas, doenças herdadas ou efeitos teratogênicos in utero. Entre-
tanto, mesmo aqui natureza e meio ambiente interagem: lembrem, do Capítulo 2, que as
conseqüências a longo prazo. de tal dano podem ser mais ou menos graves, dependendo da
riqueza e do apoio do ambiente em que a criança cresce.
Ambiente Familiar. O ambiente familiar específico em que a criança é criada também afe-
ta a sua trajetória. Em um dos lados do contínuo, nós podemos ver efeitos benéficos de um
ambiente ideal que inclui objetos variados para o bebê explorar, pelo menos certa oportu-
nidade livre de exploração, e adultos amorosos, responsivos e sensíveis que conversam fre-
qüentemente com o bebê e respondem aos seus sinais (Bradley et aJ., 1989). Entre outras
contdbwções; o amhJ&/7té' é'/7nqueódD pode beneflciar o desenvolvimento e a retenção de
uma rede mais elaborada e complexa de conexões neurais. No outro lado do contínuo, aí-
guns ambientes podem ser tão pobres que ficam fora do intervalo "suficientemente bom" e,
portanto, não conseguem sustentar o desenvolvimento mais básico da criança. Grave negli-
gência ou abuso enquadram-se nessa categoria, assim como depressão profunda ou dura-
doura na mãe, tumulto ou estresse constantes na vida familiar. Entre esses extremos estão
muitas variações de riqueza, responsividade e apoio amoroso, que parecem ter, no mínimo,
certo impacto sobre o padrão de apego da criança, sobre sua motivação, sobre o conteúdo
de seu auto conceito, sobre sua disposição em explorar, assim como sobre o seu conheci-
mento específico. Nós observamos as conseqüências dessas diferenças mais adiante na es-
trada desenvolvimental, quando a criança depara-se com as desafiadoras tarefas da escola
e as demandas de relacionar-se com outras crianças.
Influências sobre a Família. Eu já falei sobre isso antes, mas gostaria de repetir: o bebê es-
tá inserido na família, mas a família é parte de um sistema econômico, social e cultural mais
amplo, os quais podem ter efeitos diretos e indiretos sobre o bebê.
O exemplo mais óbvio é o impacto da pobreza ou da riqueza: as circunstâncias econô-
nucas-dos pais podem ter um impacto muito amplo e variado sobre a experiência de vida do
bebê. As familias pobres são menos capazes de proporcionar um meio ambiente seguro.
- us bebês correm maior risco de exposição a toxinas smbientsts: como o chumbo, é me-
::JOS provável que recebam cuidados regulares de saúde, incluindo imunizações, e é mais
_rovável que tenham dietas inadequadas em termos nutricionais. Se tiverem de colocar seu
bê na creche, os pais pobres não poderão pagar uma creche de boa qualidade e é mais
_rovável que o bebê tenha de mudar de uma creche para outra. Coletivamente, essas são
r·~erenças grandes. Nós não observamos os efeitos de modo imediato; os bebês criados em
famílías no nível da pobreza não parecem muito diferentes dos bebês criados em circuns-
zãncías mais afluentes. Por volta dos dois, três ou quatro anos, todavia, as diferenças come-
çam a ser óbvias.
Impressões Gerais sobre o Período de Bebê
--ma das impressões mais fortes transmitidas pelas atuais pesquisas sobre os bebês é que
eles são muito mais capazes do que imaginávamos. Eles parecem nascer com muito mais
=-'abilidades, com mais modelos para manejar as experiências. Ao mesmo tempo, eles não
são crianças de seis anos de idade, e nós. precisamos cuidar para não irmos longe demais
;: nossas afirmações sobre o que os bebês são capazes de fazer.

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