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"Max Wertheimer e a psicologia de Gestalt" Max Wertheimer nasceu em Praga, República Tcheca, em 15 de abril de 1880. Aos 20 anos iniciou Direito, mas não concluiu, direcionou-se para o estudo da Filosofia e da Psicologia, nas universidades de Berlim e Würsburg, em 1904 doutorou-se. Em suas viagens, mais precisamente de Viena a Renânia, em 1910, Wertheimer passou a observar o movimento de luzes ao se alternar o acender e o apagar. Em Frankfurt já fazia experimentos utilizando estroboscópio e cartolinas (Goodwin, 2010). No fim do século XIX, vários estudiosos, incluindo Exner, que foi professor de Max Wertheimer, relatavam a percepção do movimento a partir de dois focos de luz que acendem rapidamente. Christian von Ehrenfels, psicólogo, em 1890, publicou seu artigo sobre as gestálticas a relação direta entre sensação e percepção usando a melodia (Goodwin, 2010). Wertheimer junto a Köhler e Koffka, contratados pelo chefe do laboratório do Instituto de Psicologia da Academia Comercial, Friedrich Schumann, formaram uma parceria que daria origem à “escola de Berlim” ou “gestaltismo”(Engelmann, 2002). Gestalt é um termo alemão de difícil tradução. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração, que não é muito utilizado por não corresponder exatamente ao seu real significado em Psicologia (Bock, 2004). A Psicologia da Gestalt (ou Psicologia da Forma) traz, como fundamento, a seguinte questão: a sensação é o átomo da percepção? E a ideia seria o átomo do pensamento como afirmava quase toda a Psicologia do início do século XX, pautada na concepção associacionista inglesa? De maneira bem resumida e sintética, inicial e vacilante, diria que essas três reconhecidas figuras questionaram o (pseudo?) paradigma fisiológico que sustentava a Psicologia em seu nascimento moderno uma vez que questionavam a posição fundante da sensação na composição das funções mentais superiores (Engelmann, 2002). Para Wertheimer os processos das partes são determinados pela natureza intrínseca do todo (Goodwin, 2010). De acordo com Bock (2004) a Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. A Gestalt refere-se ao relacionamento entre os objetos individuais percebidos (a percepção é o ponto de partida e um dos temas centrais dessa teoria, composta pelos perceptos de tais, mas não a eles resumidas. O estudioso e outros gestaltistas estudavam a interação entre estímulos e perceptos para a compreensão do todo chamada Gestalt que é a experiência como ela é vivida. Entendia-se que a análise dos elementos sensoriais não leva à compreensão da percepção, do modo como se percebe o mundo, essa concepção coloca questões metodológicas e éticas no próprio pesquisar em psicologia (Engelmann, 2002). BOCK, Ana Maria. Psicologias. Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2004. ENGELMANN, Arno. A Psicologia da Gestalt e a Ciência Empírica Contemporânea. In:Psicologia:Teoria e Pesquisa, Jan-Abr 2002, Vol. 18 n. 1, pp. 001-016, Universidade de São Paulo. GOODWIN, C. James. História da Psicologia Moderna; tradução Marta Ross; - 4° ed. – São Paulo: Cultrix, 2010.
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