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Anestesia Geral: Conceitos e Mecanismos

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ANESTESIA
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ANESTESIA GERAL
Anestesia Geral é um termo utilizado para designar uma técnica anestésica que promove inconsciência (hipnose) total, abolição da dor (analgesia / anestesia) e relaxamento do paciente, possibilitando a realização de qualquer intervenção cirúrgica conhecida. Pode ser obtida com agentes inalatórios e/ou endovenosos.
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ANESTESIA GERAL
PERDA DA SENSAÇÃO DOLOROSA E O ESTADO DE INCONSCIENCIA DECORRENTE DE UMA DEPRESSÃO PROGRESSIVA IRREGULAR DO SNC E ASSOCIADOS À REDUÇÃO DO TONUS MUSCULAR E DA ATIVIDADE REFLEXA
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ANESTESIA GERAL
É O ESTADO EM QUE OS SISTEMAS FISIOLÓGICOS DO CORPO ESTÃO SOB REGULAÇÃO EXTERNA, PELA AÇÃO DE AGENTES QUIMICOS
Collins, V.J. Principles of Anesthesiology. Philadelphia. Les & Febiger, 1974
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Nesses casos, os pulmões são conectados ao aparelho através de um tubo que é inserido na traquéia do paciente
Na anestesia geral é comum que a função respiratória seja complementada com aparelhos chamados ventiladores mecânicos (ou respiradores artificiais).
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A anestesia inalatória
A anestesia inalatória pura é bastante utilizada em crianças (anestesia pediátrica), obtendo-se a indução da anestesia com uma mistura de gases (oxigênio + ar comprimido ou oxigênio + óxido nitroso ou ainda oxigênio puro) com um agente anestésico inalatório (exemplos: halotano, sevofluorano), administrado através de uma máscara facial (o popular “cheirinho”).
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Na manutenção da anestesia, tanto em crianças como adultos, podem ser utilizados agentes venosos e/ou inalatórios, administrados conforme as necessidades individuais do paciente e de características do procedimento cirúrgico 
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MECANISMO DE AÇÃO
BLOQUEIO SENSORIAL
BLOQUEIO MOTOR
BLOQUEIO DE REFLEXO
BLOQUEIO DE ATIVIDADE PSIQUICA 
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BLOQUEIO SENSORIAL
O córtex não interpreta como dor os estímulos aplicados aos órgãos sensitivos periféricos;
Os efeitos observados refletem depressão leve, quando somente se obtém analgesia ou depressão profunda de todas as sensações, e, nesse caso, a anestesia é alcançada com envolvimento do córtex, hipotálamo, núcleo subcorticais talâmicos e outros nucleos sensitivos cerebrais
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BLOQUEIO MOTOR
Observado com depressão do córtex motor e pré-motor, dos impulsos eferentes, de centro subcorticais e extrapiramidais que controlam a função e o tônus musculares;
A medida que se aproxima a anestesia, ocorre relaxamento da musculatura esquelética na seguinte ordem: intercostais inferiores, superiores e diafragma
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A musculatura da laringe é relaxada, permitindo ao endoscopista e ao anestesiologista a realização de manobras como larigoscopia, broncoscopia e intubação traqueal;
No curso da anestesia, quando ainda persiste a atividade do “globus pallidus”, aparece sinais de descorticação; 
Posteriormente, com envolvimento de núcleos motores que integram informações proprioceptivas ao nível do “globus pallidus”, ponte e tronco cerebral, surge a rigidez de descerebração. Por fim, esse último estado é abolido com a depressão do nucleo vestibular
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BLOQUEIO REFLEXO
Bloqueio de reflexo indesejáveis para a anestesia, como a produção de secreção mucosas, espasmo da laringe e brônquios, alterações do tônus vascular, arritmias, depressão da atividade contrátil cardíaca e bloqueio do reflexo do vômito.
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COM ANESTESIA GERAL INALATÓRIA OCORRE UMA DEPRESSÃO GRADUAL DO SISTEMA NERVOSO:
SEDAÇÃO
HIPNOSE
PERDA DA CONSCIÊNCIA
ANALGESIA
ANESTESIA
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Anestésico Inalatório ideal
Ser depressor reversível do SNC;
Ter potência compatível com o uso de adequada concentração de oxigênio na mistura;
Ser essencialmente inerte, não sofrer biotransformação e ser eliminado pela expiração;
Não possuir, nas conc. clínicas, toxicidade sistêmica, principalmente em relação ao fígado, rim, sistema Cardiovascular e SNC;
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Anestésico Inalatório ideal
Possui odor agradável e não ser irritante para as vias aéreas;
Não estimular o centro do vômito nem a sua zona deflagradora (zona de gatilho);
Ter coeficiente de solubilidade sangue/gás relativamente baixo (efeito rápido);
Possuir coeficiente de solubilidade óleo/gás alto (potência biológica);
Ter baixa solubilidade em plásticos e borrachas;
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Anestésico Inalatório ideal
Não reagir com bases fortes, como as usadas para absorção de gás carbônico nos sistemas com reinalação (fechado e semifechado)
O tricloroetileno, usado no passado, na presença de alcalinos, produz DICLOROETILENO, que é tóxico para alguns pares cranianos;
Anestésicos halogenados modernos, quando usados em circuito fechado e baixo fluxo em contato com alcalinos absorventes, podem sofrer degradação
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Não ser inflamável nem explosivo;
Ter ponto de ebulição nem muito alto (dificulta a vaporização) e nem muito baixo;
Ter estado físico líquido;
Não possuir atividade convulsiva;
Não ter pressão do vapor alta a 20ºC;
A pressão do vapor alta acelera o processo de vaporização e, com facilidade, atmosferas com pressões
T parciais altas do anestésicos são facilmente atingidas, como ocorre com o cloreto de etila e o éter divinílico;
Pressão muito baixa, como ocorre com o metoxiflurano, dificulta a vaporização
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Ter um calor específico e calor latente não alto;
Ser estável na presença de ar, da luz e no contato com metais;
Ponto de ebulição entre 50 e 100ºC para hidrocarbonetos halogenados alifáticos e éteres de cadeia curta
CALOR ESPECÍFICO = nº de calorias necessário para elevar a temperatura de 1g do anestésico em 1ºC ( energia a ser gasta para vencer a coesão molecular do liquido)
CALOR LATENTE = Quantidade de calorias necessárias para converter 1g de anestésico liquido na quantidade correspondente de vapor, sem aumento da temperatura
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Gases e Líquidos Voláteis
- Inorgânicos -
ÓXIDO NITROSO
XENÔNIO
NITROGÊNIO
ARGÔNIO
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Líquidos Voláteis orgânicos HALOGENADOS
CLOROFÓRMIO
CLORETO DE ETILA
TRICLOROETILENO
FLUROXANO
HALOTANO
HALOPROPANO
METOXIFLURANO
ISOFLURANO
DESFLURANO
SEVOFLURANO
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Líquidos Voláteis orgânicos
ESTERES NÃO-HALOGENADOS
DIETÍLICO
ETINFLICO
DIVIFLICO
METILPROPÍLICO
METILISOPROPÍLICO
CICLOMETÍLICO
GLICOETÍLICO
CICLOPROPÍLICO
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Gases Voláteis orgânicos
CICLOPROPANOL
ETILENO
ENFLURANO
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Relação entre estrutura química e propriedades química e biológica
A substituição de hidrogênio por halogênos causa progressivo aumento do ponto de ebulição;
A substituição de todos átomos de H por flúor reduz o ponto de ebulição;
A introdução de átomo de flúor reduz a inflamabilidade e confere a estabilidade;
A introdução de átomos de iodo e bromo torna o hidrocarboneto instável;
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Relação entre estrutura química e propriedades química e biológica
Hidrocarbonetos unicamente fluorados não tem potência anestésica;
A halogenação de hidrocarbonetos da área dos alcanos produz arritmias card´piacas;
Os dimetil-éteres halogenados são de síntese difícil e instáveis enquanto os dietil-éteres causam convulsões e arritmia respiratória.
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ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS
A ÚNICA VIA IMPORTANTE PELA QUAL OS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS PENETRAM E DEIXAM O CORPO É POR MEIO DOS PULMÕES.
TODOS SÃO MOLÉCULAS LIPOSSOLÚVEIS PEQUENAS QUE CRUZAM A BARREIRA ALVEOLAR COM GRANDE FACILIDADE. 
PORTANDO É A VELOCIDADE DA LIBERAÇÃO DO FARMACO AOS E DOS PULMÕES QUE DETERMINA O COMPORTAMENTO FARMACOCINÉTICO DE UM ANESTÉSICO.
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O ANESTÉSICO INSPIRADO É ABSORVIDO NOS CAPILARES; TRANSPORTADO ATÉ A BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA, QUE É LIVREMENTE PERMEÁVEL AOS ANESTÉSICOS.
NO CÉREBRO FARÁ SEUS EFEITOS ANESTÉSICOS.
O FATOR FISIOLÓGICO QUE MAIS AFETA A VELOCIDADE DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS É A VENTILAÇÃO ALVEOLAR.
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Propriedades farmacocinéticas
Indução e recuperação rápidas são propriedades importantes de um agente anestésico.
Velocidadede indução e de recuperação são determinadas por duas propriedades dos analgésicos solubilidade no sangue e solubilidade em lipídeos.
Agentes com grande indice de partição sangue:gas produzem indução e recuperação lentas (halotano)
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Agentes com pequeno indice de partição sangue:gas produzem indução e recuperação rápidas. (óxido nitroso)
Agentes com alta liposolubilidade (halotano) acumulam-se gradualmente no tecido adiposo e podem produzir ressaca prolongada quando utilizados em cirúrgia demorada.
Alguns anestésicos são metabolizados. Isto não é importante para a duração de sua ação mas contribui para toxicidade.
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OS MAIS USADOS EM PAÍSES DESENVOLVIDOS SÃO:
Halotano
Óxido nítroso.
Enfluraro
Isoflurano
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS INDIVIDUAIS
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Sevoflurano e desflurano
Top's de linha dos anestésicos inalatórios tem sido os preferidos devido a baixa toxicidade e menores efeitos adversos.
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HALOTANO
Anestésico inalatório amplamente utilizado que vem perdendo espaço para o isoflurano e outros agentes.
Não é explosivo.
Indução e recuperação rápidas
Muito potente.
Pode produzir falência respiratória e cardiovascular.
Causa queda na PA mesmo em pequenas quantidades. Devido a depressão miocardica e vasodilatação
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Halotano
Não é analgésico.
Tem efeitos relaxantes sobre o útero o que limita seu uso em obstetrícia.
EFEITOS ADVERSOS
Tende a causar arritmias cardíacas.
Hepatotoxicidade.
Hipertermia malígna, resultante da excessiva produção de calor nos músculos como resultado da liberação excessiva de cálcio. 
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Óxido nitroso
Gás inodoro com características vantajosas para anestesia:
Tem ação rápida devido ao coeficientye sangue:gás.
É analgésico eficiente em baixas concentrações.
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ÓXIDO NITROSO
BAIXA POTÊNCIA
NÃO PRODUZ ANESTESIA CIRÚRGICA
UTILIZADO CO ADJUVANTE DE OUTROS ANESTÉSICOS
PRODUZ HIPÓXIA TRANSITÓRIA.
PODE AFETAR A SINTESE DE PROTEINAS E DNA.
SUSPEITO DE PROVOCAR ABORTO E ANORMALIDADES FETAIS EM PROF. SAÚDE.
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Óxido nitroso
 Baixa potência, portanto, deve ser combinado com outros agentes;
 indução e recuperação rápidas;
 boas propriedades analgésicas; 
 risco de depressão da medula óssea com a administração prolongada.
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Enflurano
anestésico halogenado semelhante ao halotano;
menos metabolismo do que o halotano; portanto, há menos risco de toxicidade;
indução e recuperação mais rápidas do que o halotano (menos acúmulo no tecido adiposo) 
algum risco de ataques semelhantes à epilepsia.
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ENFLURANO
 O enflurano é um éter halogenado semelhante ao halotano em sua potência e velocidade moderada de indução.
 A principal desvantagem do enflurano, que por sua vez tem muitas características favoráveis, é que pode causar convulsões durante a indução ou após a recuperação da anestesia.
 O enflurano, em comum com outros anestésicos halogenados, pode induzir hipertermia maligna.
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ISOFLURANO
 O isoflurano que é agora o anestésico volátil mais amplamente usado, é semelhante ao enflurano em muitos asdpectos.
Não é apreciavelmente metabolizado e mostra pequeno o sinal de toxicidade;
Também não possui as propriedades pró-convulsivas do enflurano.
Ele tende a causar hipotensão e é um potente vasodilatador coronariano. paradoxal, isto pode exacerbar a isquemia pacientes com doença coronariana
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Isoflurano
Semelhante ao enflurano, mas não tem propriedade epileptogênica;
Pode precipitar isquemia miocárdica em pacientes com doença coronariana;
Irritante ao sistema respiratório.
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Desflurano
sevoflurano
Desflurano e sevoflurano são semelhantes ao isoflurano, mas têm início e recuperação mais rápidos e não provocam irritação respiratória.
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OUTROS
O sevoflurano, recentemente introduzido, lembra o desflurano, mas é mais potente e não causa irritação res piratória. É parcialmente metabolizado.
 O desflurano, recentemente introduzido, é quimicamente semelhante ao isoflurano, mas sua solubilidade no sangue e na gordura, a mais baixa, que significa que a inducão e a recuperação são mais rápidas, de modo está ganhando em uso como um anestésico para cirurgias ambulatoriais
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Éter
 Obsoleto, exceto onde facilidades modernas não são disponíveis;
Fácil de administrar e controlar;
 Início e recuperação lentos, com náusea e vómito após a operação;
Propriedades analgésica e relaxante muscular;
Altamente explosivo;
Irritante ao sistema respiratório.
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INALANTES
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ANESTESIA LOCAL
O início do uso dos anestésicos locais remonta à segunda metade do século XIX. Por volta de 1860, Albert Niemann isolou um alcalóide na forma cristalina que seria o primeiro anestésico local utilizado na prática clínica: a cocaína.
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ANESTESIA LOCAL
Muito embora sua utilização venha caindo na prática anestésica, ainda podemos encontrá-la sendo usada em certos colírios anestésicos em países como os EUA. Outras drogas desenvolvidas no final do século XIX e início do século XX, como a procaína e a lidocaína, popularizaram as técnicas de anestesia local e permitiram o desenvolvimento da anestesia regional 
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Diz-se que uma anestesia é local quando ocorre infiltração de um anestésico local (por exemplo a lidocaína ou Xylocaína) em uma determinada área do corpo, sem que ocorra bloqueio de um nervo específico ou plexo (nome dado a um conjunto de nervos) ou do neuroeixo (medula espinhal). A anestesia limita-se à área infiltrada pelo anestésico local. É largamente utilizada em nosso meio em cirurgia superficial (exemplo: cirurgias plástica e dermatológica), e em procedimentos circunscritos a áreas limitadas (extração de corpo estranho superficial, cirurgias odontológicas). 
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ANESTESIA LOCAL
Trata-se de técnica segura se respeitados os limites de doses preconizadas para cada tipo de anestésico local e as características de cada paciente e do procedimento cirúrgico a que se destina.
O tempo de duração de uma anestesia local varia conforme a região infiltrada, as características do anestésico empregado, bem como sua quantidade e concentração e as características individuais de cada paciente.
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Composição da Fibra Nervosa
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Mielinização
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Nódulo de Ranvier
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Tipos de Fibras Nervosas
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Fisiologia da Fibra Nervosa
Potencial de repouso -60 a -70 mV
Gradiente de K+ de 10X (potencial de -90mV)
Na/K ATPase
Lei do “tudo ou nada”: geração e propagação
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Canal de Sódio
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Canal de Na+ 
Formas
Repouso (fechado)
Aberto
Inativo
Passagem de 107 ions/seg
Anestésico local: formas aberta e inativa
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Potencial de Membrana e o Canal
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Bloqueio da Condução
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Estrutura Geral
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Mecanismo de Ação
Teria da expansão lipídica
Teoria da modulação do receptor
Ação uso-dependente
Ação dependente do tipo de fibra
Teoria do comprimento crítico
Bloqueio de 3 nódulos de Ranvier
↓ Condutância em 80%
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Propriedades
↑ Lipossolubilidade
↑ Penetração neuronal
↑ Absorção lipídica
↑ Potência
Ligação Proteica
Apenas a droga livre é ativa
Isômeros
Levógiros são menos tóxicos e potentes
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Alteração nas Formas
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Taquifilaxia
Repetidas dose do mesmo anestésico diminuem a eficácia
Dependente da dose e do intervalo
Acompanhada pela eliminação da droga dos nervos e da pele
Não ocorre quando repetição é feita em intervalos curtos e a dor não se manifesta
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Potência Relativa
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Propriedades Físico-Químicas
Amidas
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Propriedades Físico-Químicas
Ésteres
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Solução do Anestésico Local
Ph entre 3,9 e 6,47
pKa entre 7,6 e 8,9
Menos de 3% na forma lipossolúvel
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Aditivos
Epinefrina
↑ Duração do bloqueio
↑ Intensidade do bloqueio
↓ Absorção sistêmica
Efeito anlagésico intrínseco por açãonos receptores -2adrenérgicos no SNC
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Aditivos
-2 Agonistas
Ação em receptores espinais e supra-espinhais
Condução das fibras A e C
Sinergismo de ação com anestésicos locais
Não aumenta toxicidade do anestésico local
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Aditivos
Opióides
Administração no neuroeixo :
analgesia por inibição da fibra C
Sinergismo
 ↑ Intensidade
 ↑ Duração
Não causa toxicidade
Administração no nervo periférico:
 Ausência de benefício
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Aditivos
Alcalinização
↓ Latência
↓ Duração
↑ Formas lipossolúveis
Alcalinização acima de pH 6,05 a 8 pode causar precipitação da droga
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Efeitos da Adição de Epinefrina
Nervo Periférico
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Efeitos da Adição de Epinefrina
Peridural
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Farmacocinética
Duração e Toxicidade dependentes do Clearence
Toxicidade dependente dos níveis plasmáticos
Níveis plasmáticos dependentes da absorção, distribuição e eliminação
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Constantes Farmacocinéticas
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Efeitos das Patologias na Farmacocinética da Lidocaína
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Farmacocinética
Absorção
Local da injeção
Tecido adiposo
Vascularização
Propriedades da droga
Adição de epinefrina
Quantidade de droga injetada
Diminuída em drogas mais lipossolúveis e com maior ligação proteíca
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Nível Sérico
Intercostal
Caudal
Epidural
Plexo Braquial
Femural
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Farmacocinética
Distribuição
Fluxo sangüíneo para os órgãos
Coeficiente de partição compartimental
Ligação proteíca
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Farmacocinética
Eliminação
Aminoésteres	→ Colinesterase
Aminoamidas 	→ Metabolização hepática
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Toxicidade
SNC
Cruzam barreira hemato-encefálica
Absorção ou injeção intravascular
Potencial de bloqueio da condução nervosa
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Toxicidade
Fatores Predisponentes
 ↓ Ligação proteíca
 ↓ Clearence
Acidose
PCO2
Estado Hiperdinâmico
Altas doses
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Toxicidade
Fatores Protetores
Sedação
Barbitúricos
Benzodiazepínicos
Vasoconstritores
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Efeitos Sistêmicos
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Toxicidade
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Convulsão / Coma
Inibitórios
Excitatórios
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Potência Relativa
Toxicidade SNC
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Toxicidade
Cardiovascular
Altas doses
Relacionado a potência da droga
Lidocaína: hipotensão, bradicardia, hipóxia
Bupi, L-Bupi e Ropi: colapso cardiovascular
L-Bupi e Ropi: mais seguros
Interação com efeitos no SNC: centros reguladores
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Alargamento do QRS
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Ressucitação Após Infusão Venosa
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Toxicidade
Neural
Exposição direta
Lesão nas células de Schwann
Inibição do transporte axonal
Quebra da barreira nervo-sangue
Fluxo sangüíneo neural
Alteração na integridade da membrana
Soluções concentradas
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Toxiciade
Miotoxicidade
Mionecrose
Alteração do Ca2+ intracelular
Reversível
Clinicamente não evidente
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Toxicidade
Prevenção
Aspiração antes de injetar droga
Dose teste 3ml
Injeção lenta
Evitar doses excessivas
Monitorização
Benzodiazepínico
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Toxicidade
Tratamento
Medidas de suporte
O2
Ventilação
Sedativos
Drogas vasoativas
Antiarritmicos
Cardioversão
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Reação Alérgica
IgE e Imunidade celular
Mais comum com aminoésteres
Hidoxilação com formação de Ácido Paraaminobenzóico
Preservativos
Metilparabeno
Metabisulfito
Teste cutâneos
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ANESTESIA REGIONAL
Anestesia regional é uma denominação que engloba uma série de técnicas anestésicas distintas tanto na execução quanto na indicação. Estas técnicas têm em comum o fato de a anestesia ser produzida através de um anestésico local e ser circunscrita a uma determinada área do corpo. São técnicas de anestesia regional:
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1)Bloqueios tronculares: um determinado nervo é bloqueado através da deposição de anestésico local sobre ele. Algumas anestesias para odontologia são bloqueios tronculares. 
2)Bloqueios de plexo: bloqueamos um conjunto de nervos responsáveis pela sensibilidade de uma determinada área. Como exemplo podemos citar os diferentes bloqueios do plexo braquial, utilizados em cirurgias do membro superior ( ombro, braço, cotovelo, antebraço e mão).
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3)Bloqueios espinhais: neste caso, os anestésicos locais são utilizados a fim de bloquear a passagem do impulso doloroso pela medula espinhal. As técnicas utilizadas são a raquianestesia (ou simplesmente raqui e a peridural).
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Como na anestesia local , o tempo de duração de uma anestesia regional varia conforme a região infiltrada, as características do anestésico empregado, bem como sua quantidade e concentração e as características individuais de cada paciente. Pode ser prolongado indefinidamente com a instalação de catéteres que permitem que doses adicionais de anestésico sejam aplicadas. A utilização de catéteres também constitui artifício para controlar a dor no período pós-operatório.
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ANESTESIA ESPINHAL
Denomina-se anestesia espinhal ao procedimento anestésico realizado com o objetivo de bloquear os estímulos dolorosos que são conduzidos através da medula espinhal. Basicamente podemos fazer isto através de duas técnicas anestésicas: a raquianestesia e a peridural (e sua variante, a caudal). 
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A medula espinhal é parte do Sistema Nervoso Central, ocupando o canal vertebral da coluna. É da medula espinhal que emergem quase todos os nervos responsáveis pela nossa sensibilidade (tátil, térmica, dolorosa) e pela motricidade voluntária(movimentos). 
A medula espinhal é envolvida pelas meninges. Meninges são membranas que revestem todo o Sistema Nervoso Central, do encéfalo (cérebro) até o final da medula espinhal. São essas membranas que delimitam os espaços epidural (ou peridural) e subaracnoídeo, importantes para que possamos entender como são realizadas as anestesias espinhais e as diferenças entre elas.
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ANESTESIA ESPINHAL
São três as meninges: a pia-máter (que está em contato mais íntimo com a medula), a aracnóide (localizada entre a pia-máter e a dura-máter) e a dura-máter, mais externa e mais espessa 
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O espaço entre a pia-máter e a aracnóide é preenchido pelo Líquor ou Líquido Céfalo-raquidiano (popularmente conhecido como "líquido da espinha"). Este espaço, chamado subaranoídeo, é aquele que atingimos quando desejamos realizar uma raquianestesia. O anestesiologista localiza este espaço ao observar saída de líquor através da agulha de raqui. São perfuradas duas meninges para se realizar esta técnica: a dura máter (mais externa) e a aracnóide (um pouco mais interna).
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A anestesia peridural é realizada sem que qualquer meninge seja perfurada. Trata-se de depositar o anestésico no espaço epidural (epi = acima), antes da dura-máter. O anestesiologista localiza este espaço através de duas técnicas diferentes, muito específicas.
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RAQUIANESTESIA
Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). 
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RAQUIANESTESIA
Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero.
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RAQUIANESTESIA
A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho"que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. 
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RAQUIANESTESIA
Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia.
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RAQUIANESTESIA
A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro 
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ANESTESIA PERIDURAL
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ANESTESIA PERIDURAL
Obtém-se a anestesia peridural injetando uma solução de anestésico local no espaço epidural. São indicadas para cirurgias abdominais, parto vaginal, cesáreas, cirurgias ginecológicas, urológicas, plástica de abdômen e outras da extremidade inferior. Também podem ser indicadas em associação com anestesia geral para a realização de cirurgias torácicas.
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