Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Atualizada até maio de 2016 Legislação eleitoral e partidária Eleições Eleições LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA SENADO FEDERAL Mesa Biênio 2015 – 2016 Senador Renan Calheiros PRESIDENTE Senador Jorge Viana PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE Senador Romero Jucá SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE Senador Vicentinho Alves PRIMEIRO-SECRETÁRIO Senador Zeze Perrella SEGUNDO-SECRETÁRIO Senador Gladson Cameli TERCEIRO-SECRETÁRIO Senadora Ângela Portela QUARTA-SECRETÁRIA SUPLENTES DE SECRETÁRIO Senador Sérgio Petecão Senador João Alberto Souza Senador Elmano Férrer Senador Douglas Cintra Brasília – 2016 Eleições LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA Secretaria de Editoração e Publicações Coordenação de Edições Técnicas Eleições : legislação eleitoral e partidária. – Brasília : Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2016. 202 p. Conteúdo: Dispositivos constitucionais pertinentes – Código eleitoral – Normas correlatas. ISBN: 978-85-7018-737-6 1. Código eleitoral, Brasil. 2. Direito eleitoral, Brasil. CDDir 341.28 Coordenação de Edições Técnicas Via N2, Secretaria de Editoração e Publicações, Bloco 2, 1o Pavimento CEP: 70165-900 – Brasília, DF E-mail: livros@senado.leg.br Alô Senado: 0800 61 2211 Edição do Senado Federal Diretora-Geral: Ilana Trombka Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações Diretor: Florian Augusto Coutinho Madruga Produzida na Coordenação de Edições Técnicas Coordenadora: Denise Zaiden Santos Organização: Nerione Cardoso Júnior Revisão de provas: Letícia de Castro e Vilma de Sousa Editoração eletrônica: Rejane Campos Ficha catalográfica: Guilherme Dias Capa e ilustrações: Daniel Marques Projeto gráfico: Raphael Melleiro e Rejane Campos Atualizada até maio de 2016. Sumário 9 Apresentação Dispositivos constitucionais pertinentes 12 Constituição da República Federativa do Brasil 22 Emenda Constitucional no 91, de 2016 Código Eleitoral Lei no 4.737/1965 24 Parte Primeira – Introdução 25 Parte Segunda – Dos Órgãos da Justiça Eleitoral 26 Título I – Do Tribunal Superior 28 Título II – Dos Tribunais Regionais 31 Título III – Dos Juízes Eleitorais 32 Título IV – Das Juntas Eleitorais Parte Terceira – Do Alistamento 33 Título I – Da Qualificação e Inscrição 35 Capítulo I – Da Segunda Via 36 Capítulo II – Da Transferência 37 Capítulo III – Dos Preparadores 37 Capítulo IV – Dos Delegados de Partido perante o Alistamento 38 Capítulo V – Do Encerramento do Alistamento 38 Título II – Do Cancelamento e da Exclusão Parte Quarta – Das Eleições 39 Título I – Do Sistema Eleitoral 40 Capítulo I – Do Registro dos Candidatos 43 Capítulo II – Do Voto Secreto 43 Capítulo III – Da Cédula Oficial 43 Capítulo IV – Da Representação Proporcional 45 Título II – Dos Atos Preparatórios da Votação 45 Capítulo I – Das Seções Eleitorais 45 Capítulo II – Das Mesas Receptoras 47 Capítulo III – Da Fiscalização perante as Mesas Receptoras 48 Título III – Do Material para a Votação Título IV – Da Votação 49 Capítulo I – Dos Lugares da Votação 50 Capítulo II – Da Polícia dos Trabalhos Eleitorais 50 Capítulo III – Do Início da Votação 51 Capítulo IV – Do Ato de Votar 53 Capítulo V – Do Encerramento da Votação Título V – Da Apuração 54 Capítulo I – Dos Órgãos Apuradores Capítulo II – Da Apuração nas Juntas 54 Seção I – Disposições Preliminares 55 Seção II – Da Abertura da Urna 56 Seção III – Das Impugnações e dos Recursos 56 Seção IV – Da Contagem dos Votos 60 Seção V – Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora 61 Capítulo III – Da Apuração nos Tribunais Regionais 64 Capítulo IV – Da Apuração no Tribunal Superior 65 Capítulo V – Dos Diplomas 66 Capítulo VI – Das Nulidades da Votação 67 Capítulo VII – Do Voto no Exterior Parte Quinta – Disposições Várias 68 Título I – Das Garantias Eleitorais 69 Título II – Da Propaganda Partidária Título III – Dos Recursos 71 Capítulo I – Disposições Preliminares 72 Capítulo II – Dos Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais 73 Capítulo III – Dos Recursos nos Tribunais Regionais 75 Capítulo IV – Dos Recursos no Tribunal Superior Título IV – Disposições Penais 75 Capítulo I – Disposições Preliminares 76 Capítulo II – Dos Crimes Eleitorais 81 Capítulo III – Do Processo das Infrações 82 Título V – Disposições Gerais e Transitórias Normas correlatas 88 Lei Complementar no 135/2010 89 Lei Complementar no 78/1993 90 Lei Complementar no 64/1990 99 Lei no 13.165/2015 101 Lei no 12.034/2009 102 Lei no 9.709/1998 104 Lei no 9.504/1997 154 Lei no 9.259/1996 155 Lei no 9.096/1995 169 Lei no 7.444/1985 171 Lei no 6.996/1982 174 Lei no 6.236/1975 175 Lei no 6.091/1974 178 Lei no 5.782/1972 179 Lei no 4.410/1964 180 Lei no 1.207/1950 181 Decreto-Lei no 201/1967 186 Decreto no 7.791/2012 188 Decreto no 4.199/2002 189 Resolução do TSE no 23.465/2015 201 Resolução do TSE no 23.459/2015 As notas de rodapé indicadas ao fim do caput dos artigos apresentam as normas modificadoras de seus dispositivos. Consta ainda nas notas referência às normas que regulamentam ou complementam a legislação compilada. 9 A pr es en ta çã o Apresentação As obras de legislação do Senado Federal visam a permitir o acesso do cidadão à legislação em vigor relativa a temas específicos de interesse público. Tais coletâneas incluem dispositivos constitucionais, códigos ou leis principais sobre o tema, além de normas correlatas e acordos internacionais relevantes, a depender do assunto. Por meio de compilação atualizada e fidedigna, apresenta-se ao leitor um painel consistente para estudo e consulta. Notas de rodapé trazem a referência das normas que alteram ou regulamentam leis e decretos, permitindo ao leitor aprofundar seus conhecimentos. O termo “Ver” remete a normas conexas. O índice temático, quando apresentado, oferece verbetes com tópicos de relevo, tornando fácil e rápida a consulta a dispositivos de interesse mais pontual. Na Livraria Virtual do Senado (www.senado.leg.br/livraria), além das obras impressas disponíveis para compra direta, o leitor encontra e-books para download imediato e gratuito. Sugestões e críticas podem ser registradas na página da Livraria e certamente contribuirão para o aprimoramento de nossos livros e periódicos. Dispositivos constitucionais pertinentes 12 E le iç õe s Constituição da República Federativa do Brasil �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: �������������������������������������������������������������������������������� V – o pluralismo político� Parágrafo único� Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representan- tes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição� �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem dis- tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição �������������������������������������������������������������������������������� VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-sede obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; �������������������������������������������������������������������������������� XVI – todos podem reunir-se pacificamen- te, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; �������������������������������������������������������������������������������� XLIV – constitui crime inafiançável e im- prescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO III – Da Nacionalidade Art. 12. São brasileiros: I – natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai bra- sileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai bra- sileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; II – naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacio- nalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionali- dade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira� �������������������������������������������������������������������������������� 13 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s § 3o São privativos de brasileiro nato os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da Re- pública; II – de Presidente da Câmara dos Deputados; III – de Presidente do Senado Federal; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO IV – Dos Direitos Políticos Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e se- creto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular� § 1o O alistamento eleitoral e o voto são: I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II – facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos� § 2o Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos� § 3o São condições de elegibilidade, na forma da lei: I – a nacionalidade brasileira; II – o pleno exercício dos direitos políticos; III – o alistamento eleitoral; IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; V – a filiação partidária; VI – a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- -Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice- -Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- -Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador� § 4o São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos� § 5o O Presidente da República, os Governa- dores de Estado e do Distrito Federal, os Prefei- tos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente� § 6o Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito� § 7o São inelegíveis, no território de jurisdi- ção do titular, o cônjuge e os parentes consanguí- neos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já ti- tular de mandato eletivo e candidato à reeleição� § 8o O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade� § 9o Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua ces- sação, a fim de proteger a probidade administra- tiva, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta� § 10� O mandato eletivo poderá ser impug- nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude� § 11� A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé� Art. 15. É vedada a cassação de direitos polí- ticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I – cancelamento da naturalização por sen- tença transitada em julgado; 14 E le iç õe s II – incapacidade civil absoluta; III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art� 5o, VIII; V – improbidade administrativa, nos termos do art� 37, § 4o� Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência� CAPÍTULO V – Dos Partidos Políticos Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I – caráter nacional; II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangei- ros ou de subordinação a estes; III – prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei� § 1o É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária� § 2o Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral� § 3o Os partidos políticos têm direito a recursos do Fundo Partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei� § 4o É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar� TÍTULO III – Da Organização do Estado CAPÍTULO I – Da Organização Político- Administrativa Art. 18. A organização político-administrati- va da República Federativa do Brasil compre- ende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição� ������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO II – Da União������������������������������������������������������������������������������� Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espa- cial e do trabalho; ������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO III – Dos Estados Federados ������������������������������������������������������������������������������� Art. 27. O número de Deputados à As- sembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze� § 1o Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as re- gras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas� ������������������������������������������������������������������������������� Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segun- do turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 1o de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art� 77� 15 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s § 1o Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administra- ção pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art� 38, I, IV e V� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO IV – Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgâ- nica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a pro- mulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respec- tivo Estado e os seguintes preceitos: I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o país; II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art� 77 no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1o de janeiro do ano subsequente ao da eleição; IV – para a composição das Câmaras Mu- nicipais, será observado o limite máximo de: a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15�000 (quinze mil) habitantes; b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15�000 (quinze mil) habitantes e de até 30�000 (trinta mil) habitantes; c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30�000 (trinta mil) habitantes e de até 50�000 (cinquenta mil) habitantes; d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50�000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80�000 (oitenta mil) habitantes; e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 80�000 (oitenta mil) habitantes e de até 120�000 (cento e vinte mil) habitantes; f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120�000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160�000 (cento e sessenta mil) habitantes; g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Muni- cípios de mais de 160�000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300�000 (trezentos mil) habitantes; h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 300�000 (trezentos mil) habitan- tes e de até 450�000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 450�000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600�000 (seiscentos mil) habitantes; j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 600�000 (seiscentos mil) habi- tantes e de até 750�000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes; k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 750�000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900�000 (novecentos mil) habitantes; l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Muni- cípios de mais de 900�000 (novecentos mil) habitantes e de até 1�050�000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 1�050�000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1�200�000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 1�200�000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1�350�000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Muni- cípios de 1�350�000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1�500�000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 1�500�000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1�800�000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1�800�000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2�400�000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 2�400�000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3�000�000 (três milhões) de habitantes; 16 E le iç õe s s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3�000�000 (três milhões) de habitantes e de até 4�000�000 (quatro mi- lhões) de habitantes; t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 4�000�000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5�000�000 (cinco milhões) de habitantes; u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5�000�000 (cinco mi- lhões) de habitantes e de até 6�000�000 (seis milhões) de habitantes; v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6�000�000 (seis milhões) de habitantes e de até 7�000�000 (sete milhões) de habitantes; w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7�000�000 (sete milhões) de habitantes e de até 8�000�000 (oito milhões) de habitantes; e x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8�000�000 (oito milhões) de habitantes; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO V – Do Distrito Federal e dos Territórios SEÇÃO I – Do Distrito Federal Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câ- mara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição� �������������������������������������������������������������������������������� § 2o A eleição do Governador e do Vice- -Governador, observadas as regras do art� 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração� § 3o Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art� 27� �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO II – Dos Territórios Art. 33. ��������������������������������������������������������������� § 1o Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste título� �������������������������������������������������������������������������������� § 3o Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador, nomeado na forma desta Constituição, have- ráórgãos judiciários de primeira e segunda instâncias, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá so- bre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa� CAPÍTULO VI – Da Intervenção Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: �������������������������������������������������������������������������������� VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representati- vo e regime democrático; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO VII – Da Administração Pública SEÇÃO I – Disposições Gerais �������������������������������������������������������������������������������� Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo- -lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, ha- vendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afasta- mento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos 17 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão deter- minados como se no exercício estivesse� �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes CAPÍTULO I – Do Poder Legislativo SEÇÃO I – Do Congresso Nacional Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal� Parágrafo único� Cada legislatura terá a duração de quatro anos� Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Terri- tório e no Distrito Federal� § 1o O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo- -se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados� § 2o Cada Território elegerá quatro Depu- tados� Art. 46. O Senado Federal compõe-se de re- presentantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário� § 1o Cada Estado e o Distrito Federal elege- rão três Senadores, com mandato de oito anos� § 2o A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços� § 3o Cada Senador será eleito com dois suplentes� �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO II – Das Atribuições do Congresso Nacional �������������������������������������������������������������������������������� Art. 49. É da competência exclusiva do Con- gresso Nacional: �������������������������������������������������������������������������������� XV – autorizar referendo e convocar ple- biscito; �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO V – Dos Deputados e dos Senadores Art. 53. Os Deputados e Senadores são invio- láveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos� § 1o Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a jul- gamento perante o Supremo Tribunal Federal� § 2o Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime ina- fiançável� Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus mem- bros, resolva sobre a prisão� § 3o Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a di- plomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação� § 4o O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora� § 5o A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato� § 6o Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações� § 7o A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva� § 8o As imunidades de Deputados ou Se- nadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, 18 E le iç õe s nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida� Art. 54. Os Deputados e Senadores não po- derão: I – desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa ju- rídica de direito público, autarquia, empresa pú- blica, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou em- prego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; II – desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou dire- tores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, “a”; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo� Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II – cujo procedimento for declarado incom- patível com o decoro parlamentar; III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões or- dinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado� § 1o É incompatível com o decoro parla- mentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas� § 2o Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa� § 3o Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido políticorepresentado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa� § 4o A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2o e 3o� Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I – investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; II – licenciado pela respectiva Casa por moti- vo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa� § 1o O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias� § 2o Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato� �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO VIII – Do Processo Legislativo �������������������������������������������������������������������������������� SUBSEÇÃO II – Da Emenda à Constituição Art. 60. �������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������� 19 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s § 4o Não será objeto de deliberação a pro- posta de emenda tendente a abolir: �������������������������������������������������������������������������������� II – o voto direto, secreto, universal e peri- ódico; �������������������������������������������������������������������������������� SUBSEÇÃO III – Das Leis Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comis- são da Câmara dos Deputados, do Senado Fe- deral ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição� �������������������������������������������������������������������������������� § 2o A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles� �������������������������������������������������������������������������������� Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional� § 1o Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos De- putados ou do Senado Federal, a matéria reser- vada à lei complementar, nem a legislação sobre: �������������������������������������������������������������������������������� II – nacionalidade, cidadania, direitos indi- viduais, políticos e eleitorais; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO II – Do Poder Executivo SEÇÃO I – Do Presidente e do Vice- Presidente da República �������������������������������������������������������������������������������� Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice- -Presidente da República realizar-se-á, simul- taneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente� § 1o A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele re- gistrado� § 2o Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não com- putados os em branco e os nulos� § 3o Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos� § 4o Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação� § 5o Se, na hipótese dos parágrafos anterio- res, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso� �������������������������������������������������������������������������������� Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga� § 1o Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei� § 2o Em qualquer dos casos, os eleitos deve- rão completar o período de seus antecessores� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO VI – Dos Tribunais e Juízes Eleitorais Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I – o Tribunal Superior Eleitoral; II – os Tribunais Regionais Eleitorais; III – os Juízes Eleitorais; 20 E le iç õe s IV – as Juntas Eleitorais� Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supre- mo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Supe- rior Tribunal de Justiça; II – por nomeação do Presidente da Repúbli- ca, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal� Parágrafo único� O Tribunal Superior Elei- toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Fede- ral, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça� Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Elei- toral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal� § 1o Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, esco- lhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III – por nomeação, pelo Presidente da Re- pública, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça� § 2o O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores� Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais� § 1o Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis� § 2o Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria� § 3o São irrecorríveis as decisões do Tribu- nal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeascorpus ou mandado de segurança� § 4o Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I – forem proferidas contra disposição ex- pressa desta Constituição ou de lei; II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou esta- duais; V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO IV – Das Funções Essenciais à Justiça SEÇÃO I – Do Ministério Público �������������������������������������������������������������������������������� Art. 128. O Ministério Público abrange: �������������������������������������������������������������������������������� § 5o Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos res- pectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: �������������������������������������������������������������������������������� II – as seguintes vedações: �������������������������������������������������������������������������������� e) exercer atividade político-partidária; �������������������������������������������������������������������������������� 21 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO II – Das Forças Armadas Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáu- tica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem� �������������������������������������������������������������������������������� § 3o Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: �������������������������������������������������������������������������������� V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO IX – Das Disposições Constitucionais Gerais �������������������������������������������������������������������������������� Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes nor- mas básicas: I – a Assembléia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil; �������������������������������������������������������������������������������� 22 E le iç õe s Emenda Constitucional no 91, de 2016 Altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado, de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- nado Federal, nos termos do § 3o do art� 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Art. 1o É facultado ao detentor de mandato eletivo desligar-se do partido pelo qual foi eleito nos trinta dias seguintes à promulgação desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do mandato, não sendo essa desfiliação conside- rada para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão� Art. 2o Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação� Brasília, 18 de fevereiro de 2016� MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – Deputado Eduardo Cunha, Presidente – Deputado Waldir Maranhão, 1o Vice-Presidente – Deputado Giacobo, 2o Vice-Presidente – Deputado Beto Mansur, 1o Secretário – Deputado Felipe Bornier, 2o Secretário – Deputada Mara Gabrilli, 3a Secretária – Deputado Alex Canziani, 4o Secretário� MESA DO SENADO FEDERAL – Senador Renan Calheiros, Presidente − Senador Jorge Viana, 1o Vice-Presidente – Senador Romero Jucá, 2o Vice-Presidente – Senador Vicentinho Alves, 1o Secretário − Senador Zeze Perrella, 2o Secretário − Senador Gladson Cameli, 3o Secretário − Senadora Ângela Portela, 4a Secretária� Promulgada em 18/2/2016 e publicada no DOU de 19/2/2016. Código Eleitoral 24 E le iç õe s Lei no 4.737/1965 Institui o Código Eleitoral. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que sanciono a seguinte Lei, apro- vada pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 4o, caput, do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964. PARTE PRIMEIRA – Introdução Art. 1o Este Código contém normas destina- das a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado. Parágrafo único. O Tribunal Superior Elei- toral expedirá Instruções para sua fiel execução. Art. 2o Todo poder emana do povo e será exercido, em seu nome, por mandatários esco- lhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas.1 Art. 3o Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibili- dade e incompatibilidade. Art. 4o São eleitores os brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos que se alistarem na forma da lei.2 Art. 5o Não podem alistar-se eleitores:3 I – os analfabetos; II – os que não saibam exprimir-se na língua nacional; III – os que estejam privados, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos. 1 Ver Constituição Federal (CF), arts. 1o e 14, caput. 2 Ver CF, art. 14, § 1o, II, “c”. 3 Ver CF, art. 14. Parágrafo único. Os militares são alistá- veis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais. Art. 6o O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo: I – quanto ao alistamento: a) os inválidos; b) os maiores de setenta anos; c) os que se encontrem fora do País; II – quanto ao voto: a) os enfermos; b) os que se encontrem fora do seu domi- cílio; c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar. Art. 7o O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até trinta dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o salário mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367.4 § 1o Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor: I – inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles; II – receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou empre- go público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição; 4 Leis nos 13.165/2015, 7.663/1988 e 4.961/1966. Ver Resolução do TSE no 21.538/2003, arts. 80 e 85. 25 C ód ig o E le ito ral III – participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Ter- ritórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; IV – obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econô- micas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito manti- do pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos; V – obter passaporte ou carteira de iden- tidade; VI – renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; VII – praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda. § 2o Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos artigos 5o e 6o, no 1, sem prova de estarem alis- tados não poderão praticar os atos relacionados no parágrafo anterior. § 3o Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido. § 4o O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil. Art. 8o O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalida- de brasileira incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o valor do salário mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inu- tilizado no próprio requerimento.5 Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição elei- 5 Leis nos 9.041/1995 e 4.961/1966. Ver Lei no 7.373/1985 e Lei no 5.143/1966, art. 15, que abo- liu o imposto do selo (selos federais). toral até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar dezenove anos. Art. 9o Os responsáveis pela inobservância do disposto nos artigos 7o e 8o incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) salários mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar até 30 (trinta) dias. Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por motivo justificado e aos não alistados nos termos dos artigos 5o e 6o, no 1, documento que os isente das sanções legais. Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e ne- cessitar documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da zona em que estiver.6 § 1o A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o Juiz da zona em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição. § 2o Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento através de selos federais inuti- lizados no próprio requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de inscrição e fornecerá ao requerente comprovante do pagamento. PARTE SEGUNDA – Dos Órgãos da Justiça Eleitoral Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:7 I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o país; II – um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território; III – juntas eleitorais; IV – juízes eleitorais. 6 Ver Lei no 5.143/1966, art. 15, que aboliu o im- posto do selo. 7 Ver CF, arts. 118 a 121. 26 E le iç õe s Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tri- bunal Superior, e na forma por ele sugerida. Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoria- mente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.8 § 1o Os biênios serão contados, ininterrup- tamente, sem o desconto de qualquer afasta- mento, nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3o. § 2o Os juízes afastados por motivo de li- cença, férias e licença especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo cor- respondente, exceto quando, com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento de alistamento. § 3o Da homologação da respectiva con- venção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição. § 4o No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura. Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. TÍTULO I – Do Tribunal Superior Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral:9 I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de três juízes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e b) de dois juízes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos; 8 Leis nos 13.165/2015 e 4.961/1966. 9 Lei no 7.191/1984. Ver CF, art. 119. II – por nomeação do Presidente da Repú- blica de dois dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. § 1o Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegí- timo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. § 2o A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privi- légio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Su- premo Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral um dos seus membros. § 1o As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. § 2o No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se locomoverá para os Esta- dos e Territórios nos seguintes casos: I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral; II – a pedido dos Tribunais Regionais Elei- torais; III – a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral; IV – sempre que entender necessário. § 3o Os provimentos emanados da Corre- gedoria Geral vinculam os Corregedores Re- gionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento. Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal. Parágrafo único. O Procurador Geral po- derá designar outros membros do Ministério Público da União, com exercício no Distrito 27 C ód ig o E le ito ra l Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Elei- toral, onde não poderão ter assento. Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. Parágrafo único. As decisões do TribunalSuperior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou o respectivo suplente. Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição ou im- pedimento dos seus membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento. Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido. Art. 21. Os Tribunais e juízes inferiores de- vem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral. Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:10 I – Processar e julgar originariamente: a) o registro e a cassação de registro de par- tidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República; b) os conflitos de jurisdição entre Tribu- nais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes; 10 Lei Complementar no 86/1996; e Lei no 4.961/1966. Ver CF/1988, art. 102, I, “c”, e Resolução do Sena- do Federal no 132, de 7 de dezembro de 1984, que suspende a execução da locução “mandado de segurança” dessa alínea. c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcio- nários da sua secretaria; d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais; e) o habeas corpus ou mandado de seguran- ça, em matéria eleitoral, relativos a atos do Pre- sidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; f ) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice- -Presidente da República; h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formula- dos por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada; i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. j) a ação rescisória, nos casos de inelegibi- lidade, desde que intentada dentro do prazo de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato ele- tivo até o seu trânsito em julgado. II – julgar os recursos interpostos das de- cisões dos Tribunais Regionais nos termos do art. 276, inclusive os que versarem matéria administrativa. Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis, salvo nos casos do art. 281. Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:11 11 Lei no 4.961/1966. Ver CF, art. 28, caput, art. 29, I e II, art. 32, § 2o, art. 77, caput, e art. 96; Lei no 9.504/1997, arts. 1o e 2o, e Lei no 6.999/1982; e Resoluções do TSE nos 21.843/2004 e 19.994/1997. 28 E le iç õe s I – elaborar o seu regimento interno; II – organizar a sua Secretaria e a Correge- doria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administra- tivos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei; III – conceder aos seus membros licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos; IV – aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais; V – propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; VI – propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento; VII – fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei; VIII – aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; IX – expedir as instruções que julgar conve- nientes à execução deste Código; X – fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em dili- gência fora da sede; XI – enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do art. 25; XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político; XIII – autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa pro- vidência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; XIV – requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; XV – organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; XVI – requisitar funcionário da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria; XVII – publicar um boletim eleitoral; XVIII – tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legisla- ção eleitoral. Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral: I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões; II – exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência origi- nária do Tribunal; III – oficiar em todos os recursos encami- nhados ao Tribunal; IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender necessário; V – defender a jurisdição do Tribunal; VI – representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo o País; VII – requisitar diligências, certidões e es- clarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições; VIII – expedir instruções aos órgãos do Mi- nistério Público junto aos Tribunais Regionais; IX – acompanhar, quando solicitado, o Cor- regedor Geral, pessoalmente ou por intermédio de Procurador que designe, nas diligências a serem realizadas. TÍTULO II – Dos Tribunais Regionais Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:12 I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; e b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e 12 Leis nos 7.191/1984 e 4.961/1966; e Decreto-Lei no 441/1969. Ver CF, art. 120. 29 C ód ig o E le ito ra l III – por nomeação do Presidente da Repú- blica de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional serão eleitos por este, dentre os três desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional da Justiça Eleitoral.13 § 1o As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo TribunalSuperior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir. § 2o No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos: I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral; II – a pedido dos juízes eleitorais; III – a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional; IV – sempre que entender necessário. Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for de- signado pelo Procurador Geral da República.14 § 1o No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador Geral da Justiça do Distrito Federal. § 2o Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impedimentos, o seu substituto legal. § 3o Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do Procurador Geral. § 4o Mediante prévia autorização do Procurador Geral, podendo os Procuradores Regionais requisitar, para auxiliá-los nas suas funções, membros do Ministério Público local, não tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal. 13 Ver CF, art. 120. 14 Ver Lei Complementar no 75/1993, arts. 72 a 80. Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.15 § 1o No caso de impedimento e não exis- tindo quorum, será o membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição. § 2o Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para o Tribunal Superior qualquer interessado poderá arguir a suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou de funcionários da sua Secretaria, assim como dos juízes e escrivães eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento. § 3o No caso previsto no parágrafo anterior será observado o disposto no parágrafo único do art. 20. § 4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassa- ção de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. § 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o suplente da mesma classe. Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:16 I – processar e julgar originariamente: a) o registro e o cancelamento do regis- tro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas; b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo Estado; c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros, ao Procurador Regional e aos fun- cionários da sua Secretaria, assim como aos juízes e escrivães eleitorais; d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais; 15 Leis nos 13.165/2015 e 4.961/1966. 16 Lei no 4.961/1966. Ver CF, art. 96, I; e Lei Com- plementar no 64/1990, art. 2o, parágrafo único, II. 30 E le iç õe s e) o habeas corpus ou mandado de segu- rança, em matéria eleitoral, contra ato de au- toridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; f ) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formu- lados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada, sem prejuí- zo das sanções decorrentes do excesso de prazo. II – julgar os recursos interpostos: a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais; b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do art. 276. Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:17 I – elaborar o seu regimento interno; II – organizar a sua Secretaria e a Corregedo- ria Regional, provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior, a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; III – conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos, submetendo, quanto àqueles, a decisão à apro- vação do Tribunal Superior Eleitoral; IV – fixar a data das eleições de Governa- dor e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de 17 Leis nos 8.868/1994 e 4.961/1966. Ver CF, arts. 28, 29, 32 e 96, I. paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal; V – constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; VI – indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora; VII – apurar, com os resultados parciais en- viados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador, de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo, dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tri- bunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos; VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político; IX – dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; X – aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio; XI – (Revogado); XII – requisitar a força necessária ao cumpri- mento de suas decisões e solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal; XIII – autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juízes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço; XIV – requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias; XV – aplicar as penas disciplinares de ad- vertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais; XVI – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior; XVII – determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respec- tiva circunscrição; XVIII – organizar o fichário dos eleitores do Estado; 31 C ód ig o E le ito ra l XIX – suprimir os mapas parciais de apura- ção, mandando utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifi- que a supressão, observadas as seguintes normas: a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração; b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de trêsdias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; c) a supressão dos mapas parciais de apu- ração só será admitida até seis meses antes da data da eleição; d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior; e) o Tribunal Regional ouvirá os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às pe- culiaridades locais, encaminhando os modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior. Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal Regional que o Tribunal Superior designar. TÍTULO III – Dos Juízes Eleitorais Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal que goze das prerrogativas do art. 95 da Constituição. Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal Regional designará aquela ou aquelas, a que incumbe o serviço eleitoral. Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos.18 18 Ver Lei no 10.842/2004, art. 4o. § 1o Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o membro de diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consan- guíneo ou afim até o segundo grau. § 2o O escrivão eleitoral, em suas faltas e im- pedimentos, será substituído na forma prevista pela lei de organização judiciária local. Art. 34. Os juízes despacharão todos os dias na sede da sua zona eleitoral. Art. 35. Compete aos juízes:19 I – cumprir e fazer cumprir as decisões e de- terminações do Tribunal Superior e do Regional; II – processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais; III – decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamen- te à instância superior; IV – fazer as diligências que julgar neces- sárias à ordem e presteza do serviço eleitoral; V – tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escri- to, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir; VI – indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral; VII – (Revogado); VIII – dirigir os processos eleitorais e de- terminar a inscrição e a exclusão de eleitores; IX – expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor; X – dividir a zona em seções eleitorais; XI – mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa à mesa receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação; XII – ordenar o registro e cassação do re- gistro dos candidatos aos cargos eletivos mu- nicipais e comunicá-los ao Tribunal Regional; XIII – designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições, os locais das seções; 19 Lei no 8.868/1994. 32 E le iç õe s XIV – nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras; XV – instruir os membros das mesas recep- toras sobre as suas funções; XVI – providenciar para a solução das ocor- rências que se verificarem nas mesas receptoras; XVII – tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições; XVIII – fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dis- pensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais; XIX – comunicar, até às 12 horas do dia seguinte à realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos creden- ciados, o número de eleitores que votaram em cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona. TÍTULO IV – Das Juntas Eleitorais Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade. § 1o Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede. § 2o Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas indicadas para compor as Juntas serão publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações. § 3o Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares: I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge; II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados; III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo; IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral. Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o número de juízes de direito que gozem das garantias do art. 95 da Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais. Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada mais de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de juiz eleitoral ou estiver este impedido, o presidente do Tribunal Regio- nal, com a aprovação deste, designará juízes de direito da mesma ou de outras comarcas para presidirem as juntes eleitorais. Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado nomear, dentre cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares em número capaz de atender à boa marcha dos trabalhos. § 1o É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais de dez urnas a apurar. § 2o Na hipótese do desdobramento da Junta em turmas, o respectivo presidente nomeará um escrutinador para servir como secretário em cada turma. § 3o Além dos secretários a que se refere o parágrafo anterior, será designado pelo presi- dente da Junta um escrutinador para secretário- -geral competindo-lhe: I – lavrar as atas; II – tomar por termo ou protocolar os recur- sos, neles funcionando como escrivão; III – totalizar os votos apurados. Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o presidente da Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as nomeações que houver feito e divulgará a composição do órgão por edital publicado ou afixado, podendo qualquer partido oferecer impugnação motivada no pra- zo de 3 (três) dias. Art. 40. Compete à Junta Eleitoral: I – apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição; II – resolver as impugnações e demais in- cidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração; 33 C ód ig o E le ito ra l III – expedir os boletins de apuração men- cionados no art. 179; IV – expedir diploma aos eleitos para cargos municipais. Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pela que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição. Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for auto- rizada a contagem prévia dos votos pelas mesas receptoras, compete à Junta Eleitoral tomar as providências mencionadas no art. 195.20 PARTE TERCEIRA – Do Alistamento TÍTULO I – Da Qualificação e Inscrição Art. 42. O alistamento se faz mediante a
Compartilhar