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Motivacao

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Marcos A. Oliveira
1º Edição | 2010 |
Comportamento Organizacional para a Gestão de Pessoas
Como agem as empresas e seus gestores
Motivação
Capítulo 17
Motivação
O intrigante tema da motivação
 motivação é o nome da força que nos rege quando executamos algo;
 ela não é palpável;
 ela é expressada no comportamento das pessoas, naquilo que elas fazem;
 só conseguimos apreendê-la pela observação das formas de comportamento pelas quais ela é expressa.
Alguns pressupostos da motivação
 Primeiro: é que ela deve ser estudada indiretamente, com base no comportamento humano;
 Segundo: é que nossa motivação ou desmotivação pode ser observada e classificada com alguma objetividade;
 Terceiro: é que nossas ações são sempre respostas a alguns fatores determinantes, estímulos que ocorrem antes da atividade e que a provocam.
Capítulo 17
Motivação
O princípio de ação
Simung Freud (1856-1939): em 1915, identifica que certas ocorrências mentais do ser humano – como os sonhos, lapsos ou sintomas neuróticos – funcionam como se fossem aberturas de acesso ao inconsciente e mostra que o inconsciente está em operação também durante a vigília ou vida consciente do indivíduo.
 Reagimos a um conjunto de diferentes causas ou motivos, conscientes e inconscientes, que nos levam ao comportamento.
Disponibilidade
 Quatro fatores parecem fazer que dada atividade seja exercida por alguém: disponibilidade, expectativa, incentivo e motivo.
Disponibilidade: refere-se ao grau em que essa atividade está disponível para esse indivíduo. (Ex: estar num baile nos convida mais a dançar do que meditar.)
Capítulo 17
Motivação
Hábitos: são comportamentos ou respostas facilitadas por prática constante seguida de reforçamento ou consequências positivas.
Expectativas: é aquilo que ele espera que aconteça em decorrência desse comportamento.(Ex: se um funcionário recebe elogios do chefe no passado, espera-se que receba novamente).
Incentivo: é o efeito que determinadas consequências exercem sobre os comportamentos que as provocam.(Ex: um trabalhador poderá se sentir incentivado a comparecer a uma reunião na hora marcada, sem se atrasar, ou porque se sente atraído pelo que acontecerá na reunião ou porque tem receio do que poderá lhe acontecer se chegar atrasado).
Motivo: mesmo que as consequências esperadas de uma ação incentivem o indivíduo a exercê-la ou não, ainda assim é verdade que certas ações incentivam mais que outras, ou seja, em determinado caso, dizemos que uma opção oferece um motivo mais forte que a outra, para esse indivíduo. (Ex: se em dada manhã uma pessoa tiver de escolher entre ir a uma reunião ou comparecer ao trabalho no escritório e ambas as opções lhe agradam, qual delas escolherá? Certamente será aquela que, em seu conceito, lhe trará maior prazer ou benefício. Dizemos, neste caso, que essa opção oferece um motivo mais forte que a outra, para esse indivíduo. 
Capítulo 17
Motivação
A hierarquia das necessidades humanas (1943)
A teoria sobre motivação no trabalho mais conhecida é, sem dúvida, a da Hierarquia das Necessidades Humanas, apresentada pela primeira vez em 1943 pelo psicólogo norte-americano Abraham Maslow 91908-1970). 
Maslow enfoca motivação humana a partir das necessidades sentidas pelos indivíduos, a seu ver organizadas em uma hierarquia de cinco graus de sucessiva complexidade e importância.
Algumas considerações sobre a hierarquia de Maslow
 A teoria também se estende por todas as instâncias da vida em sociedade;
 somente após sentir que já está sendo atendido em dado nível na hierarquia, o indivíduo passa a sentir a necessidade de atendimento do nível imediatamente mais elevado;
Capítulo 17
Motivação
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Capítulo 17
Motivação
 a hierarquia estabelece níveis atingíveis, mas não necessariamente atingidos na vida real por todos;
 quando qualquer circunstância afeta o atual nível de satisfação das necessidades, o indivíduo passa a experimentar um estado de carência em relação às necessidades do nível que se encontra imediatamente abaixo;
 a satisfação das necessidades tem efeito sobre o indivíduo como um todo, e não sobre algum aspecto isolado de sua personalidade;
 episódios de frustração à satisfação das necessidades em qualquer dos níveis da hierarquia podem ser altamente ansiógenos, geranod no indivíduo comportamentos agressivos ou desagregados.
Os fatores higiênicos e motivacionais no trabalho, de Herzberg
Dr. Frederick I. Herzberg (1923-2000): em 1960, publica a “teoria dos fatores” sobre a motivação das pessoas nas empresas.
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Motivação
 A teoria diz que as empresas precisam cuidar de dois tipos de fatores que exercem influência direta sobre o grau de satisfação ou insatisfação dos indivíduos no trabalho;
 Um desses grupos é o dos fatores higiênicos, que se referem ao contexto, ambiente ou entorno em que o trabalho é cumprido.
 Outro grupo é o dos fatores motivacionais, que inclui itens que se referem ao conteúdo propriamente dito do trabalho executado.
Quadro encontrado por Herzberg:
 Fatores causadores de insatisfação, quando ausentes da situação de trabalho (higiênicos): benefícios, salário, condições de trabalho, políticas da empresa, relacionamento interpessoal, segurança.
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 Fatores causadores de satisfação, quando presentes na situação de trabalho (motivacionais): realização, reconhecimento, valor do trabalho, crescimento pessoal, progresso profissional.
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O programa Zero Defeito, de Crosby (1979 e 1984)
Phillip B. Crosby (1926-2001): estabelece os princípios e o propósito de um programa de Qualidade que o tornaram na época um dos mais requisitados consultores dessa área nos EUA.
Os objetivos do programa Zero Defeito:
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Motivação
 acabar com o refugo e o retrabalho, mediante treinamento adequado do pessoal de operação;
 prover o reconhecimento dos funcionários que apresentassem melhor desempenho, por meio de algum sistema efetivo de premiação;
 induzir os fornecedores da empresa a adotar um programa idênticoao desta, também premiando de alguma forma os que melhor o assimilassem;
 descobrir as causas dos defeitos verificados nos produtos e nos processos de produção, eliminando-as.
Crosby visava com o programa:
 dar maiores responsabilidades a cada operário na busca da qualidade;
 combater a negligência e a atitude de olhar o trabalho de formas menos responsáveis;
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 desenvolver a atenção permanente das pessoas para a execução de seu trabalho;
 fomentar no ambiente de trabalho uma atitude de brio ou orgulho profissional.
O Zero Defeito tem o objetivo de eliminar completamente os erros nas operações em geral. Associada a esta ideia está outra, traduzida po um slogan que se tornou famoso: Do it right the first time (Faça certo desde a primeira vez).
Georges Archier e Hervé Sérieyx: ampliaram a ideia passando a falar em “os cinco zeros”, Falha Zero, Defeito Zero, Prazo Zero, Estoque Zero e Papelada Zero.
A teoria da expectativa, de Victor Vroom
Capítulo 17
Motivação
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Comumente apresentada como uma teoria sobre a motivação das pessoas, a proposta do psicólogo canadense Victor Vroom (1932) parece também indicada como orientação para a boa tomada de decisões. Uma descrição resumida dessa proposta é a seguinte: diante de dada situação ou de certo problema, o indivíduo teria de escolher uma conduta ou ação e deveria, então, considerar as alternativas disponíveis, digamos A, B, e C. Qual dessas opções mais o motivaria? 
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Motivação
Vroom sugere que a motivação para a escolha depende de três fatores, que devem ser associados a cada opção.
Uma fórmula simples é usava para o cálculo:
Motivação = valência versus instrumentalidade versus expectativa
 Valência: isto é, a importância ou valor que a
pessoa atribui ao resultado que obterá escolhendo essa alternativa; 
 Instrumentalidade: isto é, sua percepção sobre a compensação ou vantagem que a escolha dessa alternativa lhe trará; e
 Expectativa: isto é, sua esperança fundamentada e realista de que será viável obter essa compensação ou vantagem.
Uma das críticas à proposta de Vroom é que a mensuração objetiva de cada alternativa é problemática.
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Motivação
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Exemplo: 
Ao pesar esses itens o indivíduo buscará com maior motivação (esforçando-se mais) uma das opções dadas. Imaginemos um exemplo hipotético: após pesquisar por algumas semanas e visitar diversos imóveis em São Paulo, um jovem advogado que pretende montar seu próprio escritório de advocacia chegou a três opções mais concretas, tendo descartado as demais. 
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Motivação
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Um pequeno escritório na Avenida Luís Carlos Berrini, zona sul da cidade;
Um escritório antigo em um edifício tradicional na Avenida Paulista; e 
Uma casa espaçosa na parte dos Jardins, na Avenida Nove de Julho. Ele agora deve escolher entre as três opções onde instalará seu escritório, levando em conta aquelas três variáveis já citadas.
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Pelo fator Valência: sua ordem de preferencia seria: 1- Nove de Julho; 2- Paulista; 3- Berrini. Ele entende que a prática da advocacia deve ser desenvolvida em um ambiente tradicional, que possa transmitir ao cliente uma sensação de segurança, pela atmosfera conservadora do ambiente. Para isso, as avenidas e bairros mais antigos e aristocráticos da cidade tendem a ser mais atraentes.
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Pelo fator instrumentalidade sua ordem de esolhar seria; 1- Berrini; 2- Nove de Julho; e 3 – Paulista. O jovem advogado leva em conta que, como pratica o direito tributário e societário, seus clientes serão principalmente empresas. Assim, escolhendo um escritório na Avenida Berrini, ele certamente estará próximo deles. 
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Por fim, quanto ao fator Expectativa, sua ordem de escolha seria: 1- Berrini; 2- Paulista; e 3 – Nove de Julho. Realisticamente, será mais fácil que os clientes o procurem em um escritório na Berrini, ou até a Paulista do que na Nove de Julho, via já bastante congestionada, com poucas opções de estacionamento. 
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Capítulo 17
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Se o jovem advogado atribuir pesos 3,2 e 1, respectivamente às suas 1ª, 2ª e 3ª escolhas em cada fator, a fórmula de Vroom revelará estes números: 
Berrini: 1 (valência) x 3 (intrumetalidade) x 3 (expectativa) = 9 pontos.
Paulista: 2 (valência) x 1 (instrumentalidade) x 2 (expectativa) = 4 pontos
Nove de Julho: 3 (Valência) x 2 (instrumentalidade) x 1 (expectativa) = 6 pontos
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Capítulo 17
Motivação
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Esse resultado indicaria, portanto, que a escolha que mais o motivaria seria a do escritório em um moderno prédio da Avenida Luís Carlos Berrini e, em segundo lugar, em um prédio tradicional na avenida Paulista. 
Na abordagem de Vroom, a motivação é fortemente estimulada pelas percepções do indivíduo: o que importa, no fundo, é como o advogado percebe a ideia de ter seu escritório em cada um daqueles lugares. Essa percepção, em cada caso, leva em conta todos os prós e contras daquela escolha, não sendo necessário fazer, realmente, um cálculo quantitativo rigoroso das vantagens e desvantagens das três opções. 
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DÚVIDAS???
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