Buscar

ORGANIZAÇÃO INTERNA DO PODER LEGISLATIVO - Dirley da Cunha Jr. (Curso de Direito Constitucional, 2015) - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ORGANIZAÇÃO INTERNA DO PODER LEGISLATIVO
Mesa Diretora
Órgão de direção da casa legislativa, responsável pela condução dos trabalhos legislativos e administrativos. 
Existe uma Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, uma Mesa Diretora do Senado e uma Mesa diretora do CN. 
Os cargos da mesa são definidos no regimento interno. Atualmente: um presidente, dois vices (o 1º e o 2º) e quatro secretários (o 1º, o 2º, o 3º e o 4º).
Deve haver, o tanto quanto possível a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Art. 58, §1º, CF. 
É possível a recondução das mesas das Câmaras do SF e da CD quando for de uma legislatura (4 anos) para outra. 
A mesas do CN presidente: Presidente do Senado. 1º vice: 1° vice-presidente da câmara. 2º vice: 2º vice do senado. 1º secretário: 1º secretário da câmara. 2º secretário: 2º secretário do Senado. 3º secretário: 3º secretário da Câmara. 4º secretário: 4º secretário do Senado. Art. 57, §5º. 
As Comissões Parlamentares 
Órgãos de natureza técnica competentes para examinar as propostas legislativas em curso nas casas legislativas e sobre elas emitir pareceres ou para controlar e investigar fatos relevantes e determinados. 
Podem ser permanentes ou temporárias, com atribuições previstas no Regimento Interno. Deve ter representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 
Matéria de sua competência:
Discutir e votar PL de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do plenário, salvo se houver recurso de 1/10 da Casa; 
Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil. 
Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições. 
Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas. 
Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão. 
Apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
Comissões Permanentes 
Duram por tempo indefinido., permanecendo por sucessivas legislaturas. 
São instituídas em razão da matéria ou tema, com finalidade de apreciar os assuntos ou proposições submetidos ao seu exame e sobre eles deliberar, assim como exercer o acompanhamento dos planos e programas governamentais e a fiscalização orçamentária da União. 
Chamadas de Comissões temáticas. 
Exemplos: Comissão de Constituição e Justiça; Comissão de trabalho, de Administração e Serviço Público; Comissão de Orçamento... 
Atribuições:
Discutir e votar as proposições sujeitas à deliberação do Plenário que lhes foram distribuídas; 
Discutir e votar projetos de lei, dispensada a competência do plenário (apreciação conclusiva = não sujeita à deliberação do Senado) salvo se houver o recurso de 1/10 dos membros da casa, e excetuados os projetos: a) lei complementar; b) código; c) iniciativa popular; d) comissões; e) relativos a matéria que não possa ser objeto de delegação, consoante o §1º, art. 68, CF; f) oriundos do Senado ou por eles emendados, que tenham sido aprovados pelo Plenário de qualquer das Casas; g) que tenham recebido pareceres divergentes; h) em regime de urgência. 
Comissões Temporárias
Criadas p/ fins específicos e duram o tempo necessário para conclusão de seus trabalhos ou no prazo previamente fixado. Podem ser especiais, de inquérito e externas.
COMISSÕES ESPECIAIS para dar parecer sobre: a) proposta de emenda à CF e projeto de código. b) proposições que versarem matéria de competência de mais 3 Comissões que devam pronunciar-se quanto ao mérito, por iniciativa do Presidente da Câmara, ou a requerimento de Líder ou de Presidente de Comissão interessada. 
COMISSÕES EXTERNAS instituídas pelo Presidente da Câmara, de ofício, OU a requerimento de qualquer Deputado, sujeita à deliberação do Plenário quando importarem ônus para a Casa. Missão: aquela que implica o afastamento de Parlamentar pelo prazo máximo de 8 sessões (diárias), se exercidas no País, e de 30, se desempenhadas no exterior, para representar a Câmara nos atos em que esta tenha sido convidada ou que tenha de assistir.
Comissões Mistas 
Criadas no âmbito do Congresso Nacional. Composta por DEPUTADOS e SENADORES. 
Art. 62, §9º.
Podem ser permanentes ou temporárias. 
Ex. (permanente): comissão para examinar as MP antes de serem apreciadas pelas casas separadamente. (Art.166, §1°).
Comissões de Inquérito
NECESSARIMENTE TEMPORÁRIAS. 
Criadas pela CD e SF, em conjunto, ou separadamente. 
REQUISITO P/ CRIAÇÃO: 
Requerimento de 1/3 dos seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao MP, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Art. 58, §3º.
Elas têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. 
Poder de investigação típico do legislativo. 
Atividades de Controle ≠ Atividade de investigação. 
Atividade de Controle: Quando o congresso examina, com auxílio do TCU, procede à fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial da União e de suas entidades da administração direta e indireta. Art. 70 e seguintes. 
Atividade de Investigação: necessidade de um especial processo de obtenção de informações, a ser deliberado pelo CN e suas casas, sobre fatos que não são ordinariamente submetidos ao exame congressual, podendo ensejar a identificação de responsabilidades. 
Comissões Parlamentares de Inquérito e as Constituições Brasileiras. 
Constituição de 1824 e 1891 se silenciaram a respeito das funções de investigação do Poder Legislativo. 
Constituição de 1934 restringiu a criação à Câmara. Requisito de requerimento de 1/3 dos membros. Se exigia a necessidade de fato determinado a ser investigado. 
Constituição de 1937 feição autoritária. Não havia a possibilidade. 
Constituição de 1946 ressuscitou as comissões de inquérito. Previu a possibilidade para a Câmara e Senado, mediante requerimento de 1/3 dos seus membros, exigindo a representação proporcional dos partidos na organização. 
Constituição de 1967 previu a possibilidade para a Câmara e o Senado, em conjunto ou separadamente; sobre fato determinado e por prazo certo; mediante requerimento de 1/3 dos membros. EC nº 01/69 limite: 5 CPI’s contemporâneas. Exceção: deliberação por maioria da CD ou SF. 
Constituição de 1988 Maior amplitude que as anteriores. Manteve o texto da anterior e as exigências. NOVIDADE: equiparação dos poderes de investigação da CPI aos poderes próprios das autoridades judiciais (se igualando com as constituições da Itália [1948] e de Portugal [1976]. E a necessidade de encaminhamento, se for o caso, para o MP, por influência da Constituição da Espanha [1978].
Conceito (1), finalidade (2) e Natureza (3)
Comissões temporárias, no âmbito do CN ou suas Casas. Instauração de procedimento administrativo de feição política, de cunho meramente investigatório, semelhante ao inquérito policial e civil público. 
Com objetivo de investigar fato ou fatos determinados, para apuração de responsabilidade, por período certo.
Natureza é político-administrativa, pois não podem acusar, processar, desfazer atos, responsabilizar ou julgar, mas tão somente investigar e enviar suas conclusões. Podem recomendar a adoção de alguma providência a algum outro órgão estatal, ou dar sinal ao próprio legislativo sobre a inconveniência de alguma alteração de leis. 
Não se aplica os princípios do contraditório e ampla defesa, vez que essas comissões não responsabilizam. 
Podem decretar sigilo das investigações e limitar as reuniões às presenças do indiciado, testemunhas, advogados, e, mesmo assim, quando estes acompanharem os seus constituintes. 
Requisitos para a criação 
Requerimento de 1/3 dos membros de cada Casa – quando atuarem em separado – ou dos membros da CD e SF quando as casas atuarem em conjunto.
Apuraçãode fato determinado
Prazo certo. 
A letra A é argumento para sustentar que essa é uma ferramenta das minorias parlamentares. 
Os fatos da letra B podem ter qualquer natureza, inclusive criminosa, independente de quem seja o envolvido. 
Em relação à letra C, a CF não determina qual seria esse prazo certo, mas, a comissão deve ter termo certo desde o advento da sua criação. Essas comissões não podem passar para além da legislatura. O Regimento interno (RI) da câmara fixa o prazo de 120 dias, prorrogáveis por 60 (mediante deliberação do Plenário). Já o RI do Senado não estabelece prazo mínimo, possibilitando que o requerimento de criação determinasse o seu prazo, que pode ser prorrogável, limitado pela legislatura. 
Poderes da CPI. 
Poderes de investigação próprio das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos internos nas Casas Legislativas. 
Só excepcionalmente tem juiz poderes de investigação, pois quem os possui ordinariamente são as polícias judiciárias.
NÃO PODEM: determinar prisões, salvo flagrante delito (assim como qualquer um do povo), buscas e apreensões domiciliares, interceptações telefônicas reserva constitucional de jurisdição. Art. 5º, LXI, XI, XII, CF. 
PODEM: requisitar documentos e informações dos órgãos da administração direta e das entidades da administração indireta; determinar a intimação de testemunhas e acessar diretamente dados fiscais, financeiros e bancário. 
As CPI’s devem motivar suas decisões, que devem ser adotadas pelo plenário, haja vista se tratarem de órgãos colegiais, e respeitar os direitos e garantias de quaisquer pessoas que tenham relação com o fato investigado (ex. direito ao silêncio e se fazer assistir por advogado CR, 93, IX. 
Os estados podem criar CPI por suas Constituições, e o DF e Municípios por suas Leis Orgânicas. A única restrição relaciona-se ao poder de investigação das CPI’s municipais, haja vista que município é desprovido de poder judiciário, além de os parlamentares não gozarem de mesmas prerrogativas que os estaduais e federais. Desse modo, as CPI’s municipais não podem determinar diligências invasivas a direitos fundamentais, como quebra de sigilos, conduções coercitivas; para tanto, necessitam de autorização judicial. 
Comissões representativas
Exercem atividade de representação, durante o recesso do COM. Eleita pelas casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no Regimento Comum. Composição: proporcionalidade da representação partidária.

Outros materiais