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Apostila de Teoria das organizações

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Fundação Educacional Barriga Verde – FEBAVE
Centro Universitário Barriga Verde – UNIBAVE
Curso Engenharia Civil – 4ª. FASE
CAMPUS ORLEANS – 2016/B
TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES
Professora: Vanilda Maria Antunes Berti, MSc.
E-mail: vanildamaberti@yahoo.com.br
Telefones: 9988 999
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL BARRIGA VERDE – FEBAVE 
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE – UNIBAVE 
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
CÓDIGO: 	CRÉDITOS: 02 	CARGA HORÁRIA: 36 h/a FASE: 4ª.
SEMESTRE: 2º. ANO: 2016/B CAMPUS: Orleans
Professora: Vanilda Maria Antunes Berti
Endereço Curriculum Lattes: HTTP://lates.cnpq.br/2445395662575021
PLANO DE ENSINO
1 - OBJETIVO DO CURSO
Formar profissionais capazes de descobrir novas potencialidades de desenvolvimento e comprometidos com o resgate das tendências econômicos regionais, criando novas oportunidades de trabalho, buscando assegurar o exercício da cidadania a todos os habitantes da sua área de abrangência.
2 - OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Contextualizar o ambiente organizacional e os desafios contemporâneos da liderança como processo social.
Possibilitar o desenvolvimento de uma visão ampla da ciência da Administração como consequência da evolução das organizações;
Estimular a reflexão crítica a respeito das teorias administrativas, suas vantagens e desvantagens na organização do trabalho.
Compreender a organização como um espaço da atividade humana, e os diversos modelos de gestão.
Desenvolver a capacidade de entender e aplicar tendências futuras de gestão e as mudanças que os posicionem como profissionais capazes de manter as organizações nesse cenário.
COMPETÊNCIAS
Identificar, formular e resolver problemas na organização.
Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas de gestão.
Atuar em equipes multidisciplinares.
Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais.
Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
HABILIDADES
Capacidade de criar soluções com flexibilidade, adaptabilidade e com inovação;
Capacidade de trabalhar em equipe;
Saber relacionar as informações da sala de aula com as informações profissionais;
Aplicar os fundamentos básicos das teorias administrativas e de organização nas empresas, visando a busca de diferenciais competitivos. 
Demonstrar laços de cooperação, visando a consolidação de trabalhos em equipe.
Demonstrar ética nos relacionamentos sociais e empresariais
3 – EMENTA
Evolução e história da administração e organização. A mudança nas organizações: influência da cultura e o processo de mudança na perspectiva sistêmica. Modelos de Gestão: tradicionais; contemporâneas e modernas.
4. CONTEUDO PROGRAMADO 
4.1 Evolução e história da administração e das organizações.
Definições
Desafios da administração: ética; diversidade; cultural e treinamento.
O processo administrativo: planejamento; organização; direção e coordenação.
Perspectivas futuras da administração
Eficiência e eficácia 
4.1.2 O profissional da administração
Competências do administrador: conhecimento, habilidade e atitudes.
Habilidades do administrador: técnica, humana e conceitual.
4.1.3 Organização: definição, complexidade e competitividade.
Funções da organização: produção. Marketing, recursos humanos, logística, tecnologia da informação e pesquisa e desenvolvimento.
Inserção das organizações na sociedade civil.
Ambiente externo e ambiente interno.
4.1.4 Histórico e evolução da administração: contribuições das teorias da administração.
Teorias Clássicas: Adm. Científica, teoria clássica, teoria de Relações Humanas, Teoria Contingencial, Teoria Estruturalista, Teoria dos Sistemas, Teoria Neoclássica e Teoria Comportamental.
Teorias Contemporâneas: Teoria da administração por processos, Qualidade Total, Logística, Reengenharia, Administração Estratégica, Administração Participativa, Gestão do Conhecimento, Administração Virtual, Empreendedorismo e Responsabilidade Social e Ética.
4.2 As mudanças das organizações: influência da cultura e o processo de mudança na perspectiva sistêmica
4.2.1 Cultura Organizacional: definição, a cultura valores, ritos e a perspectiva junto à mudança organizacional, para o desenvolvimento sustentável.
4.2.2 Fatores que impulsionam à mudança: mercado, legislação, inovações tecnológicas, alterações da estrutura e desenvolvimento sustentável.
4.2.3 Resistências à mudança: individual e organizacional.
4.2.4 Perspectiva sistêmica da mudança.
4.3 Modelos de Gestão
4.3.1 Gestão Tradicional/clássica: escola da administração e clássica (Taylor e Fayol) e suas concepções tradicionais.
4.3.2 Gestão Contemporânea: gestão japonesa; gestão da qualidade; gestão empreendedora; gestão social e ambiental.
4.3.3 Gestão Moderna: gestão por competência; gestão do conhecimento, administração holística e administração virtual.
4.3.4 Desenvolvimento Sustentável nas organizações.
6. METODOLOGIA DE ENSINO
Os conteúdos serão abordados e desenvolvidos com aulas expositivas e dialogadas, utilizando recursos didáticos diversificados para o acadêmico ter a devida compreensão.
Estudo de casos e seminários, para a apropriação dos conteúdos.
Leitura de textos base com discussão e no final de cada atividade será realizada uma síntese, apontando os pontos principais.
Recursos: ferramentas de trabalho recursos áudio visuais, internet, quadro e pincel.
7. AVALIAÇÃO
As atividades propostas na execução das aulas terão participação na avaliação, as quais buscam o desenvolvimento das competências profissionais: conhecimento, habilidades A saber:
- avaliação individual e sem consulta,
- seminário,
- estudo de caso
- pesquisa dos temas do conteúdo
- palestra
Os resultados avaliativos serão abordados em interação na sala de aula, verificando os pontos que os acadêmicos precisam de reforço naquele conteúdo.
Serão observadas atitudes em sala de aula de respeito aos colegas e professores, bem como atitude participação; cumprimento dos prazos estabelecidos para a construção de síntese do conhecimento.
8. ATIVIDADE(S) PRÁTICA(S)
Serão realizadas atividades de Seminário – formação em equipes.
Estudos de caso.
Fórum de debates
9. PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES / CRONOGRAMA
	Encontros
	Data
	Atividade/Conteúdo
	1º
	30/07
	Apresentação: Plano de Ensino: metodologia, avaliação.
Introdução ao conteúdo: Evolução e história da administração (definição, desafios da administração; objetivo, processo da administração)
	2º
	06/09
	O Processo da administração: planejamento, organização, direção, controle. 
Exercício em dupla.
	3º.
	13/09
	O Profissional da Administração: competências, habilidades.
	4º
	20/09
	Organização: complexas e competitivas.
	
	27/09
	AVALIAÇÃO 
	5º
	
	As mudanças das organizações: influência da cultura organizacional e o processo de mudança na perspectiva sistêmica.
	6º
	03/10
	SEMINÁRIO 
	
	06/07 DE OUTUBRO
	VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO – VII SENPEX – II FEIRA DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
	7º
	10/10
	Modelos de gestão: tradicional, contemporâneo e moderno.
	8º
	17/10
	Modelos de gestão: tradicional, contemporâneo e moderno. (cont.)
	9º. 
	24/10
	Desenvolvimento sustentável. Avaliação - Estudo de Caso
	
	
	Prova Final
9. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. 654 p. ISBN 978-85-204-3669-1.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: edição compacta. São Paulo, SP: Atlas, 2011. 353 p. ISBN 978-85-224-4508-0.
VASCONCELLOS, Eduardo; HEMSLEY, James R. Estrutura das organizações: estruturas tradicionais, estruturas para inovação e estrutura matricial. 4ª.ed.rev. São Paulo, SP: Pioneira, 2011. 207 p. ISBN 85-221-0063-2.
10. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nerio. Teoria geral da administração. 2.ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2011. 258 p. ISBN 85-352-3456-5.CURY, Antônio. Organização e métodos: uma visão holística. 8 ed. São Paulo, SP: Atlas, 2010. 600 p. ISBN 978-85-224-4058-0.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo, SP: Atlas, 2010. 491 p. ISBN 978-85-224-4518-9
MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria geral da administração. 3ªed.rev. São Paulo: Cengage Learning, 2014. 427 p. ISBN 978-85-221-0381-2.
TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração científica. 8. ed., 10. reimpressão. São Paulo, SP: Atlas, 2008. 109 p. ISBN 978-85-224-0513-8.
.Orleans, 23 de Janeiro de 2015.
VANILDA MARIA ANTUNES BERTI				CAMILA XXXXX
Assinatura do Coordenador
Assinatura da Professora
TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES
1. EVOLUÇÃO E HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
1.1 Administração - Definição
 “Administração é uma ciência que une teoria e prática para criar princípios racionais que ajudam as empresas a serem mais eficientes. Administrar é a maneira de governar uma organização ou parte dela. É o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos que a organização possui para que ela alcance seus objetivos de maneira eficiente e eficaz.” (CHIAVENATO, 2004, p.17).
1.2 Desafios da Administração
Necessidade de Ética: A Ética estuda os direitos e os benefícios dos envolvidos direta ou indiretamente em uma ação. A ação das organizações e as decisões de seus administradores provocam efeitos sobre os outros. Daí a necessidade de julgar se as práticas empresariais estão sendo éticas.
Necessidade de Diversidade Cultural: Aproveitar os recursos e os talentos de segmentos anteriormente negligenciados em nossa força de trabalho.
Necessidade de Treinamento: Talentos podem ser desenvolvidos e potencializados por meio de treinamento. Sintetizando, a qualidade de gerentes bem sucedidos se materializa da seguinte forma:
Vontade de administrar esforços e recursos;	
Capacidade de influenciar o comportamento/desempenho de outros (poder);
Compreender e lidar com as reações emocionais de outras pessoas (empatia).
1.3. Objetivos e Campo de Aplicação da administração
Objetivo geral: Preparação de administradores para todos os tipos de organizações.
Objetivos específicos: Entender e explicar as organizações; entender e explicar o papel da administração e dos administradores nas organizações e identificar e propor diretrizes e técnicas para administrar as organizações.
2.3 O processo administrativo
1. Planejamento
O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais objetivos devem ser alcançados, e visa dar condições racionais para que se organize e dirija a empresa ou seus departamentos ou divisões a partir de certas hipóteses a respeito da realidade atual e futura (CHIAVENATO, 2004).
A elaboração do planejamento evita a adoção de ações improvisadas, casuais, contribuindo para reduzir o nível de incerteza e possibilitando maior segurança quanto ao desempenho da empresa. 
Características do planejamento (CHIAVENATO, 2004):
Processo permanente e contínuo: realizado de forma sistemática dentro da empresa e não se esgota na simples montagem de um plano de ação;
Voltado para o futuro e está intimamente ligado com a previsão: embora não se confunda com ela. O conceito de planejamento inclui o aspecto de temporalidade e futuro: o planejamento é uma relação entre coisas a fazer e o tempo disponível para fazê-las;
Preocupa-se com a racionalidade da tomada de decisões: estabelece esquemas para o futuro funciona como um meio de orientar o processo decisório, dando-lhe maior racionalidade e subtraindo incerteza subjacente a qualquer tomada de decisão;
Visa relacionar, entre várias alternativas disponíveis: um determinado curso de ação, em função de suas consequências futuras e das possibilidades de sua execução e realização. O curso de ação escolhido pode ter uma duração variável - desde curto em longo prazo - e pode ter uma amplitude igualmente variável - abrangendo a empresa como um todo até uma determinada unidade de trabalho;
 Sistêmico: deve considerar a empresa ou o órgão ou a unidade como uma totalidade. O planejamento deve considerar tanto o sistema como os subsistemas que o compõem, bem como as relações e compromissos internos e externos;
 Interativo: o planejamento se projeta para o futuro, ele deve ser suficiente e prudentemente flexível para aceitar ajustamentos e correções. Pressupõem avanços e recuos, alterações e modificações em função de eventos novos, ou diferentes que ocorram tanto no ambiente interno quanto externo da empresa;
 Técnica de alocação de recursos: de forma antecipadamente estudada e decidida. Deverá refletir a otimização na alocação e dimensionamento dos recursos com os quais a empresa ou o órgão dela poderá contar no futuro para suas operações;
Técnica cíclica: à medida que é executado, passa a ser realizado. Conforme vai sendo executado e realizado, permite condições de avaliação e mensuração para novos planejamentos, com informações e perspectivas mais seguras e corretas;
 Função administrativa: que interage dinamicamente com as demais. Está intimamente relacionado com as demais funções administrativas, como a organização, o controle e a avaliação, influenciando e sendo influenciado por elas, a todo o momento e em todos os níveis da empresa;
 Técnica de coordenação: Permite a coordenação de varias atividades no sentido da realização dos objetivos desejados e de maneira eficaz;
Técnica de mudança e inovação: O planejamento é uma das melhores maneiras de se introduzir deliberadamente mudança e inovação dentro de uma empresa, sob uma forma previamente definida e escolhida e devidamente programada.
O Planejamento pode ser considerado em função do nível da empresa,
Planejamento estratégico: efetuado no nível institucional da empresa, envolvendo a alta administração. É genérico e sintético, direcionado para longo prazo e considera a empresa como uma totalidade.
Planejamento tático: efetuado no nível intermediário da empresa, envolvendo a gerência. É menos genérico, e mais detalhado, direcionado para médio prazo e considera cada unidade da empresa.
 Planejamento operacional: efetuado no nível operacional da empresa, envolvendo a supervisão. É detalhado e analítico, direcionado para o curto prazo e considera cada tarefa ou operação. 
2. Organização
A organização é uma função administrativa através da qual a empresa reúne e integra os seus recursos, define a estrutura de órgãos que deverão administrá-los, estabelece a divisão de trabalho através da diferenciação, proporciona os meios de autoridade e de responsabilidade e, assim por diante. A organização representa todos os meios que a empresa utiliza para pôr em prática o planejamento, o controle e a avaliação para atingir os seus objetivos (CHIAVENATO, 2004).
3. Direção
Enquanto o planejamento estabelece o que fazer e como fazer e para quem, a organização estabelece a estrutura, os meios para a execução, a direção se preocupa com a execução das operações propriamente ditas, tendo em vista o alcance dos objetivos.
A Direção é uma das complexas funções da administração. Isto se deve à sua abrangência e ao fato de estar intimamente relacionado às pessoas.
A execução de qualquer ação envolve sempre pessoas e grupos. Toda a implementação do planejamento e da organização é efetuada por um conjunto de pessoas, normalmente, são os recursos mais complexos existentes nas empresas. A Direção é a função que envolve a maior interação humana. 
4. Controle
O termo controle tem muitos significados e, não raro, se associa a atitudes coercitivas, principalmente quando envolve pessoas. O controle deve ser entendido como uma função administrativa, como o planejamento, a organização e a direção.
É a função em que o administrador, do presidente ao supervisor, certifica-se de que aquilo que é feito está de acordo com o que se tencionavafazer.
O controle também está intimamente relacionado com o planejamento, a direção e a organização. 
A coordenação está presente ao desempenho de todas as funções administrativas. Ela não faz parte das características de cada função, mas representa o exercício das funções. 
2.4 Perspectivas Futuras da Administração
A tarefa administrativa nas próximas décadas será incerta e desafiadora, pois deverá ser atingida por mudanças e transformações carregadas de ambiguidades e de incertezas.
 O administrador se defrontará com problemas cada vez mais diferentes e mais complexos, sua atenção será disputada por eventos e por grupos situados dentro e fora da empresa, que lhe proporcionarão informações contraditórias que complicarão o seu diagnóstico e a sua visão dos problemas a resolver ou das situações a enfrentar: 
As exigências da sociedade, dos clientes, dos fornecedores; 
Os desafios dos concorrentes; 
As expectativas da alta administração, dos subordinados, dos acionistas etc.
As mudanças tendem a aumentar, e face da inclusão de outras novas variáveis, à medida que o processo se desenvolve, criando uma turbulência que perturba e complica a tarefa administrativa de planejar, organizar, dirigir e controlar uma empresa eficiente e eficaz.
O futuro tende a complicar a realidade. 
Inúmeros fatores causarão profundos impactos sobre as empresas:
As empresas estão continuamente se adaptando aos seus ambientes, em situação de crescimento, estabilidade provisória ou enxugamento, adequando-se ao mercado; essa adaptação também pode envolver mudanças de tecnologia, de mercados ou exigências ambientais.
 Altas taxas de inflação, provocada pela sensível elevação dos custos de energia, matérias-primas e mão-de-obra, muitas vezes fora do controle nacional.
 A concorrência se torna cada vez mais aguda, causada pela competição, em face das exigências de qualidade e produtividade.
Existe uma tendência para uma crescente sofisticação da tecnologia, apoiada na automatização e na informatização.
A globalização, que é a própria internacionalização do mundo dos negócios, graças aos progressos nos transportes e comunicações.
3. O PROFISSIONAL DA ADMINISTRAÇÃO
3.1 Competências do Administrador
Administrador precisa desenvolver três competências duráveis:
Conhecimento – Saber: Possuir ideias, experiências e aprendizagens; buscar informações; manter-se atualizado; reciclar-se constantemente para não se tornar obsoleto ou ultrapassado.
Perspectiva/habilidade - Saber fazer: Ter a capacidade de colocar o conhecimento em ação, desenvolver uma maneira prática de aplicar o conhecimento na solução de problemas e situações; ter uma visão pessoal sobre as coisas. 
Atitude - Saber fazer acontecer: Possuir comportamento ativo e proativo; dar ênfase na ação e no fazer acontecer; possuir espírito empreendedor e de equipe; ser um líder.
3.2 Habilidades do administrador
Habilidade é o processo de visualizar, compreender e estruturar as partes e o todo dos assuntos administrativos das empresas, consolidando resultados otimizados pela atuação de todos os recursos disponíveis. 
Habilidade técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para realização de tarefas específicas por meio da experiência profissional;
Habilidade humana: consiste na capacitação e discernimento para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e desenvolver uma liderança eficaz;
Habilidade conceitual: consiste na capacidade para lidar com ideias e conceitos abstratos. Essa habilidade permite que a pessoa faça abstrações e desenvolva filosofias e princípios gerais de ação.
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo; Ed: Campus; 2004.
________. Princípios da Administração: O essencial em Teoria Geral da Administração. São Paulo; Editora Manole; 2013.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2006.
MORAES, Anna Maris P. Iniciação ao estudo da administração. 2.ed. São Paulo. Makron Books: 2001.
1.2 Organizações 
As mudanças são cada vez mais rápidas e inesperadas, principalmente no campo do conhecimento, da tecnologia e da globalização. Estas mudanças impõem novas e crescentes necessidades. Neste contexto, o crescimento das organizações faz com que elas se tornem complexas e sem fronteiras.
1.2.1 Organizações – definição
1) “[...] a organização é um sistema planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem um papel definido a desempenhar e deveres e tarefas a executar” (CURY, 2000, p. 116).
2) [...] a organização é um artefato que pode ser abordado como um conjunto articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projetado para um dado fim e balizado por um conjunto de imperativos determinantes - crenças, valores, culturas etc. (MEIRELES, 2003, p. 46). 
1.2.1 Complexidade das Organizações
Tipos, segundo Cury (2003):
Empresa de 1º tipo: empresa tradicional, de tecnologia simples, de produção rotineira, de ambiente estável, mecanicista, com ênfase em suas próprias atividades;
Empresa do 2º tipo: empresa um pouco mais complexa, tanto no que diz respeito à tecnologia utilizada quanto no que se refere ao cenário de produção, não tão programável, de ambiente de certa complexidade, com ênfase no indivíduo, procurando motivá-lo no trabalho, portanto organiza;
Empresa do 3º tipo: empresa de tecnologia de ponta, às vezes nova, de ambiente de alta incerteza, turbulento, de alta interdependência entre suas diversificadas áreas, com ênfase grupal, buscando a mobilização da força de trabalho, induzindo a uma abordagem adhocrática e contingencial, com estruturas predominantemente temporárias. (CURY, 2003, p. 131).
1.2.2 Organização complexa e organização competitiva
Complexidade, impossibilidade de se chegar a qualquer conhecimento ‘completo’. Assim, a complexidade não irá trazer certezas sobre o que é incerto; ela pode apenas propor-se reconhecer a incerteza e a dialogar com ela.
A competitividade é a capacidade de a empresa superar seus concorrentes em rentabilidade; de satisfazer as necessidades e desejos dos clientes melhor do que os concorrentes. Competitividade, então, é ser melhor do que os concorrentes; é ter uma vantagem. Competitividade. Para assegurar uma vantagem competitiva é preciso que a empresa seja flexível, capaz de se adaptar.
“a competitividade é a habilidade da empresa que resulta dos seus conhecimentos que vão criar e sustentar um desempenho superior à concorrência”. (PORTER, 1993)
1.2.3 Principais funções organizacionais
Definições resumidas para cada uma dessas funções:
1) Produção: O objetivo básico da função de produção é fornecer os produtos ou serviços da organização. Produção é uma palavra genérica, que indica todos os tipos de operações de fornecimento de produtos ou serviços. Há três tipos principais de processos produtivos:
Produção em massa - fornecimento de grande número de produtos e serviços idênticos, que podem ser simples ou complexos. Ex.: parafusos, automóveis, refeições rápidas em cadeias de lanchonetes, etc.;
Produção por processo contínuo - fornecimento virtualmente ininterrupto de um único produto ou serviço, como gasolina, corantes, transmissão de programas de televisão, energia elétrica, etc.;
Produção unitária e em pequenos lotes - fornecimento de produtos e serviços sob encomenda, simples ou complexos. Ex. montagem de aviões, navios de grande porte e de plantas petroquímicas, etc.
2) Marketing: O objetivo básico da função de marketing é estabelecer e manter a ligação entre a organização e seus clientes, consumidores, usuários ou público-alvo. A função de Marketing é muito ampla e abrange as atividades de:
Pesquisa: identificação de interesses e necessidades e tendências do mercado;
Desenvolvimento de produtos: criação de produtos e serviços, inclusive seus nomes, marcas e preços, e fornecimento de informações para o desenvolvimento de produtos em laboratórios e oficinas;
Distribuição: desenvolvimentode canais de distribuição e gestão dos pontos de venda;
Preço: determinação das políticas comerciais e estratégias de preço no mercado;
Promoção: comunicação com o público-alvo, pro meio de atividades como propaganda e publicidade;
Vendas: criação de transações com o público alvo. (Em algumas organizações, vendas é uma função separada de marketing).
3) Pesquisa e Desenvolvimento/P&D: O objetivo básico da função de Pesquisa e desenvolvimento é transformar as informações de marketing, as ideias originais e os avanços da ciência em produtos e serviços.
4) Finanças: O objetivo básico da função de Finanças é a proteção e a utilização eficaz dos recursos financeiros. A função financeira abrange as decisões de:
Investimento: avaliação e escolha de alternativas de aplicação de recursos;
Financiamento: identificação e escolha de alternativas de fontes de recursos;
 Controle: acompanhamento e avaliação dos resultados financeiros da organização;
Destinação dos resultados: seleção de alternativas para aplicação dos resultados financeiros da organização.
 4) Recursos Humanos: A função de Recursos Humanos, ou de gestão de pessoas, tem como objetivos encontrar, atrair e manter as pessoas de que a organização necessita. Tem como componentes outras funções tais como a de planejamento de mão-de-obra, recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, administração de pessoal, Avaliação de desempenho, Remuneração ou compensação, funções pós-emprego como, por exemplo, recolocação profissional, dentre outras.
5) Logística: A função logística na empresa pode ser a atividade principal (linha) ou de apoio (staff). Para indústrias, comércios, prestadoras de serviços a função logística é um órgão de apoio, seja para os setores de compras, estoques, transportes, movimentação e armazenagem, distribuição e toda e qualquer atividade que seja suporte para a empresa. No entanto, existem empresas onde a logística é a atividade fim, ou seja, órgão de linha, por exemplo. É o caso da América Latina Logística (ALL) ou a DHL - consideradas maiores empresas de logística em termos de transporte do mundo. Neste caso, a função principal da empresa é a própria logística.
6) Tecnologia da Informação: A tecnologia da informação, corresponde ao hardware; software; sistemas de telecomunicação; gestão de dados e informação.
1.2.3 EFICIÊNCIA E EFICÁCIA – conceitos fundamentais do desempenho das organizações
As organizações realizam as funções apresentadas acima, adquirindo e utilizando recursos, para desenvolver e fornecer produtos e serviços, com o objetivo de resolver problemas de seus usuários e das pessoas que as criam.
 Quando as organizações resolvem problemas e são eficientes no uso de recursos todos ficam satisfeitos: clientes, usuários, funcionários, acionistas, a sociedade de forma geral.
EFICÁCIA: comparação entre o que se pretendia fazer e o que efetivamente se conseguiu. É a palavra usada para indicar que a organização realiza seus objetivos. Quanto mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz.
Eficácia = resultados (objetivos realizados)
Objetivos (resultados pretendidos)
EFICIÊNCIA: relação entre os resultados que se conseguiu alcançar e os recursos que foram empregados. É a palavra usada para indicar que a organização utiliza produtivamente, ou de maneira econômica, seus recursos. Quanto mais alto o grau de produtividade ou economia na utilização dos recursos, mais eficiente é a organização.
 
Eficiência = resultados alcançados
Recursos utilizados
1.2.5 Inserção das organizações - Setores da sociedade civil 
1° Setor: é o que chamamos de iniciativa pública, caracterizada pelos governos municipais, estaduais e federais. Este setor é responsável por proporcionar às pessoas os serviços básicos e elementares para a vida em sociedade, como saúde, educação, transporte, segurança, habitação, dentre outros. A função primordial do Estado é promover o “welfare state”, ou o Estado do Bem Estar Social.
2° Setor: Também chamada de iniciativa privada, que são representadas pelas empresas que possuem fins lucrativos, podendo ser do setor agropecuário, industrial, comercial ou de serviços. As empresas podem ser:
Empresa Individual: é aquela constituída por apenas um empreendedor, esta é uma forma de organização utilizada em pequenos negócios.
Sociedades Anônimas: são empresas com capital aberto, ou seja, com a possibilidade de negociação de suas ações em bolsas de valores.
Sociedade Limitada: também chamada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, sendo utilizada quando a empresa é constituída por um número reduzido de sócios.
3° Setor: Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), conhecidas popularmente como ONGs (Organizações Não Governamentais), são entidades que defendem os interesses comuns, da sociedade ou de grupos sociais. As OSCIPs não são parte do governo e não possuem fins lucrativos. Por isso, pertencem ao terceiro setor da sociedade civil. Ex.: as fundações, associações, cooperativas, igrejas, sindicatos, e demais entidades filantrópicas (CURY, 2000).
1.2.6 Ambiente externo e ambiente interno nas organizações
A empresa é rodeada de influências que podem ser positivas ou não, mas que de qualquer forma devem ser reconhecidas e monitoradas pelos seus gestores.
Neste ambiente podemos perceber a existência de um ambiente geral, que são os fatores externos comuns a todas as empresas e um ambiente de tarefa que são os fatores mais próximos das empresas.
Macro ambiente: efeito genérico e abrangente para todas as organizações. Escapam do controle, da previsão e da compreensão das organizações.
Microambiente: mais próximo e imediato da organização, do qual obtém suas entradas e no qual colocam suas saídas ou resultados. 
De acordo com Stadler (2010), o ambiente geral ou externo é formado pelos:
Fatores políticos: são as determinações dos poderes públicos que devem ser respeitadas pelas empresas.
Fatores econômicos: são as condições ligadas à circulação de renda em determinada região, que determina se a empresa poderá ter mercado consumidor. Podem influenciar as decisões relacionadas à produção e comercialização de produtos ou serviços.
 Fatores tecnológicos: é a diversidade de tecnologia disponível às empresas e que se bem apropriadas podem trazer inovação e competitividade.
Fatores legais: são as leis que regulamentam os negócios, podem ser civis, trabalhistas, ambientais e qualquer tipo de normativa que obrigue a empresa a respeitar.
 Fatores culturais: são os hábitos das pessoas que vivem na região onde a empresa está instalada. Estes fatores devem ser levados em consideração nas tomadas de decisão da empresa.
 Fatores demográficos: é a concentração populacional na área de atuação da empresa, deve ser levada em conta, pois representa a demanda por produtos e serviços.
Fatores ecológicos e naturais: a natureza é um fator importante e deve ser considerada, quer seja por meio das leis que regulamentam a conservação do meio ambiente, quer seja pela consciência da população que cobra uma postura favorável das empresas em relação à natureza.
Os elementos externos são considerados como condições macro ambientais.
 Os elementos do ambiente de tarefa ou internos:
Funcionários: é o público interno da empresa, responsável direto pela qualidade dos produtos e serviços que se coloca no mercado consumidor. Deve ser valorizado, reconhecido e recompensado para que assim sua produtividade seja maior e com mais qualidade.
Consumidores: representam o público-alvo a que se destinam os produtos e serviços das empresas, independente se a organização é governamental, privada ou de terceiro setor. O consumidor é a razão da existência das organizações.
Fornecedores: são fundamentais para a qualidade do produto ou serviço, pois a não conformidade com o que se espera das matérias-primas irão influenciar a imagem da empresa perante seus consumidores.
Concorrentes: representam todos os competidores que disputam diretamenteos consumidores que estão no mercado. O concorrente deve ser monitorado constantemente, pois a partir desta análise é possível compreender qual é o posicionamento competitivo da empresa.
Agências reguladoras: são organizações que de alguma forma interferem nos negócios da empresa; podem ser sindicatos, órgãos de defesa do consumidor, organismos governamentais que são responsáveis por fiscalizar determinadas empresas. Ex. a ANVISA que regulamenta as organizações ligadas à saúde.
Referências
CURY, Antônio. Organização e métodos: uma visão holística. – 7. ed. rev. E ampl. São Paulo: Atlas, 2000.
MEIRELES, Manuel. Teorias da administração: clássicas e modernas. São Paulo: Futura, 2003.
PORTER, Michael E. A vantagem competitiva das nações. Ed. Campus: 1993.
STADLER, Adriano e PAIXÃO, Marcia Valéria. Modelos de Gestão. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Paraná – Caderno e-Tec Brasil: 2012.
2.3 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
Ao longo da história da humanidade, a Administração se desenvolveu de forma muito lenta.
Somente a partir do século XX é que a Administração começa a ganhar seu espaço de forma notável.
No final do século XIX, a sociedade era completamente diferente. Havia poucas organizações e de pequenos portes, sendo que predominavam as pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos (como médicos, advogados, que trabalhavam por conta própria), o lavrador, o armazém da esquina etc. O trabalho sempre existiu na história da humanidade, mas a história das organizações e da sua administração é um capitulo que teve o seu inicio há muito pouco tempo.
Atualmente a sociedade típica dos países desenvolvidos é uma sociedade pluralista de organizações, na qual a maior parte das obrigações (produção de bens ou serviços) é confiada a organizações (indústrias, universidades, hospitais, comércio, serviços públicos), dentre outras, que são administradas com o objetivo de se tornarem mais eficazes.
2.4 Contribuições no pensamento administrativo
FILÓSOFOS
Sócrates (470-399 a. C): esclarece que “a administração deve ser vista como uma habilidade pessoal, separada do conhecimento técnico e da experiência”.
Platão (429 a.C. - 347 a.C): seu ponto de vista sobre a forma de governo e a administração dos negócios públicos
Aristóteles (384-322 a.C.): estuda a organização do Estado e aponta 3 formas de se administração pública:
Monarquia ou governo de um só;
Aristocracia ou governo de uma elite;
Democracia ou governo do povo
Francis Bacon (1561 – 1626): método experimental e indutivo, prevalência do principal sobre o acessório.
René Descartes (1596 – 1650): criou as coordenadas cartesianas. Negar tudo até prova em contrário; princípio da análise ou decomposição partindo para a síntese ou composição; revisar tudo como principia de verificações.
ORGANIZAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA: A hierarquia da igreja, com inspiração no modelo de ordem e disciplina.
ORGANIZAÇÃO MILITAR: Idêntica a inspiração da Igreja, com as competências delimitadas pela hierarquia. A disciplina é um requisito básico para uma boa organização. Surgimento do pensamento estratégico. Ex. O princípio da unidade de comando – fundamental para a função de direção;
A escala hierárquica – em seus níveis de comando relativos ao grau de autoridade e responsabilidade correspondentes;
A autoridade delegada – para níveis mais baixos
O planejamento e controle centralizados e as operações descentralizadas
O “estado maior” (staff) (assessoria)
O princípio de direção através do qual todo subordinado deve saber o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer
A disciplina
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Em 1776, James Watt inventa a máquina a vapor e sua aplicação à produção traz modificação na estrutura social e comercial, com mudanças nas áreas econômicas, política e social;
Mecanização da indústria e da agricultura (Ex: máquina de fiar, do tear hidráulico, do tear mecânico e do descaroçador de algodão).
Uso da força motriz na indústria (com aplicação da máquina a vapor)
Surgem as fábricas e os operários (em lugar do artesão e sua oficina)
Desenvolvimento dos Transportes e das comunicações é acelerado, principalmente com a introdução da navegação a vapor, locomotiva a vapor, construção de estradas de ferros. Samuel Morse inventa o telégrafo (1835), Graham Bell o telefone (1876), Daimler e Benz constroem o primeiro automóvel, Santos Dumont voa em Paris com 14 Bis.
CONTRIBUIÇÃO DOS ECONOMISTAS LIBERAIS: 
Adam Smith (1723-1790): preconizou o estudo dos tempos e movimentos, mais tarde desenvolvido por Taylor;
James Mill (1773-1836): estabelece medidas para tempos e movimentos a fim de obter o aumento da produção;
Samuel P. Newman: destaca que o administrador deve ser uma combinação de várias qualidades dificilmente encontradas em uma única pessoa. As funções da administração, segundo ele, são: Planejamento; Arranjo; Condução de diferentes processos de produção.
CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREENDEDORES: O início do século XIX nos EUA os maiores negócios empresariais foram as estradas de ferro. Antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura administrativa que exigisse os serviços de um administrador em tempo integral, pois, em geral, as empresas industriais eram pequenas e familiares. 
4. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO 
Definições:
a) Teoria é uma representação abstrata do que se percebe da realidade.
b) Teorias são explicações, interpretações ou proposições sobre a realidade, Administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos.
d) Recursos: Pessoas, Informação, Espaço, Tempo, Dinheiro, Instalações.
e) Decisões: Planejamento, Organização, Execução e Direção, Controle (também conhecidos como Princípios da Administração).
f) Objetivos: Resultados esperados.
g) Funções Administrativas: planejamento, organização, execução e controle.
h) Teorias da Administração são conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das organizações.
i) Escolas: é uma linha de pensamento ou conjunto de autores que usaram o mesmo enfoque para analisar e tratar a administração.
j) Modelos de Gestão: conjunto de doutrinas e técnicas, ex. modelo japonês de administração.
k) Modelos de Organização: produto da adoção de determinado modelo de gestão, exemplo mecanicista, comportamental, etc.
l) Técnicas para solução de problemas: metodologia de planejamento, organização, execução, controle.
Teorias pioneiras de administração e seus enfoques - resumo
	Teorias
	Teorias
	Principais Figuras
	Principais Enfoques
	Nas tarefas
	Administração Científica
	Taylor, Ford,
Edson, Gantt,
Gilberth
	Organização e racionalização do trabalho em nível operacional
	Na Estrutura
	Escola Clássica
	Henry Fayol
	Organização formal
Princípios Gerais da Administração
Funções do Administrador
	Nas Pessoas
	Das Relações Humanas
	Elton Mayo
Follet
	Organização Informal Motivação - Liderança
Dinâmica Grupal
Comunicações
	No comportamento
	Comportamental ou Behaviorismo
	Maslow, Herzberg,
Mc Gregor, Argyris
	Comportamento do homem no meio em que vive – o meio social – ou o meio das organizações
	Voltadas à sociedade
	Estruturalista
	Karl Marx,
Max Weber
	Regras e Procedimentos bem definidos; a burocracia nas organizações.
	 No Ambiente
	Geral dos Sistemas
	Bertalanffy,
Schain
	Interdependência entre as partes; o universo é sistêmico.
	Nas Variáveis ambientais
	 Da Contingência
	Woodward
	A interveniência das variáveis ambientais, criando dependência.
1. ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (Taylor) - 1860 / 1914 
Esta teoria desenvolvida por Frederick Winslow Taylor com o seu livro “Princípios da Administração Científica”, procurava a racionalização do trabalho operário;
Ênfase na análise e na divisão do trabalho operário, sendo a unidade fundamental da organização as tarefas do cargo e o ocupante do mesmo. E uma abordagem de baixo para cima e das partes para o todo. Atenção parao método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão, causando: especialização do operário, reagrupamento de movimentos operações, tarefas, cargos, etc. formando a chamada Organização Racional Do Trabalho (ORT). 
Ênfase nas tarefas: Aplicação dos métodos da ciência aos problemas da administração, para alcançar uma elevada eficiência industrial: - observação e mensuração.
Taylor preocupava-se com o desperdício e perdas sofridas pela indústria e também em elevar os níveis de produtividade com os métodos e técnicas da Engenharia Industrial.
MAIOR PRODUÇÃO, MAIOR PAGAMENTO:
 (bom para a empresa, bom para o operário).
 
Filosofia básica: Identidade de interesses entre empregados e empregadores.
Empregados: altos salários
Patrões: baixo custo de produção
A análise do trabalho e o estudo de tempo e movimento levam à eficiência.
Princípios da administração científica
Principio de planejamento: substituir a improvisação através do planejamento do método.
Princípio de preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores e prepara-los e treiná-los para produzir mais e melhor, de acordo com o método planejado e preparar as máquinas e equipamentos de produção, bem como, o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.
Principio do controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto.
Princípio da execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem disciplinada.
2. ESCOLA CLÁSSICA – Henry Fayol - 
Henry Fayol, com a formulação da Teoria Clássica que preconizava a organização e aplicação de princípios de administração geral.
Baseada na forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos) e de suas interelações estruturais. Ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização: abordagem de cima para baixo e do todo para as partes. Eminentemente teórica e administrativamente orientada.
Henry Fayol salientava que toda empresa apresenta seis funções básicas:
Funções técnicas – relacionadas com a produção de bens ou serviços da empresa.
Funções comerciais – relacionadas com a compra, venda e permutação.
Funções financeiras – relacionadas com a procura e gerencia de capitais.
Funções de segurança – relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
Funções contábeis – relacionadas com o inventário, registros, balanços custos e estatísticas.
Funções administrativas – relacionadas com a integração das cinco anteriores. Coordenam e sincronizam as demais funções da empresa.
Origens da abordagem clássica
Na Revolução Industrial, baseada em:
Crescimento acelerado e desordenado das empresas.
Substituição das teorias de caráter totalizante e global por teorias micro industriais de alcance médio e parcial.
Necessidade de aumentar a competência e a eficiência das organizações.
(evitar desperdício e economizar mão-de-obra)
Confronto entre as teorias de Taylor e Fayol
Os trabalhos de Fayol e Taylor são precursores da moderna Administração. A teoria Clássica procurou definir as funções básicas da empresa, com os chamados Princípios Gerias de Administração, dando ênfase na estrutura, na disposição dos órgãos, e a interatividade entre essas partes, restringindo-se à organização formal. 
Taylor, por sua vez, com a Administração Científica, procurou aumentar a eficiência das empresas através do aumento da eficiência do trabalho operário.
Confronto entre as teorias de Taylor e Fayol - Quadro
 
 
 
 
TAYLOR
ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
ENFASE NAS TAREFAS
AUMENTAR A EFICIENCIA DA EMPRESA ATRAVÉS DA DISPOSIÇÃO DOS ORGÃOS E SUAS INTERAÇÕES ESTRUTURAIS
FAYOL
TEORIA CLASSICA
ENFASE NA ESTRUTURA
AUMENTAR A EFICIENCIA DA EMPRESA ATRAVÉS DO AUMENTO DA EFICIENCIA NO NIVEL OPERACIONAL
3. ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS – Elton Mayo
Esta abordagem provoca uma verdadeira revolução na administração. 
Se antes a ênfase era nas tarefas e estrutura, agora o enfoque era nas pessoas. A máquina, o método de trabalho e a organização formal dão lugar aos aspectos psicológicos e sociológicos. 
Origens
Surge como consequência imediata dos trabalhos conclusivos obtidos pela experiência de Hawthorne, orientada por Elton Mayo, quando o governo americano através do Conselho Nacional de Pesquisa, encomendou um trabalho a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, para verificar a “correlação entre produtividade e luminosidade”.
 (Atualmente, sabe-se que a experiência fora encomendada para verificar a insatisfação dos trabalhadores e o crescimento dos sindicatos, causando certo temor à classe patronal, pois havia forte tendência de insatisfação entre a classe operária aliada a desumanização do trabalho).
Principais figuras
George Elton Mayo (1880-1949): Considerado o “pai das relações humanas”, coordenou a experiência de Hawthorne, realizada na Western Electric Company, que ficava no bairro de Hawthorne na cidade de Chicago. Essa experiência iniciou-se em 1927, foi interrompida em 1929 pela crise, e prolongada até 1932. 
Mary Parker Follet: Cientista social, pioneira na introdução da psicologia no comércio, indústria e governo; pontos relevantes de seus estudos: criatividade, motivação e cooperação.
Robert Owen: Filantropo e humanitário, sendo que foi outro precursor da teoria humanística.
Foco de ação: organização de vilas-modelo para operários, plantio de árvores, construção de jardins, banho de chuveiro em suas fábricas, toaletes, escola para crianças e operários, etc.
Oliver Sheldon: Em 1923, apresentou uma filosofia de administração, na qual afirma que uma empresa “tem alma” e que tem “responsabilidades sociais”.
A abordagem humanística surge com a teoria das relações humanas, nos eua por volta de 1930, decorrentes do desenvolvimento das ciências sociais, principalmente a psicologia que ocupava seus estudos com dois assuntos básicos, abordados pela psicologia do trabalho:
A análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho;
A adaptação do trabalho ao trabalhador.
A abordagem humanística começou logo após a morte de Taylor (1915), mas somente a pratica da década de 30 mereceu aceitação nos eua, em razão de suas características democráticas, sendo sua divulgação pelo mundo só surgiu após o término da Segunda Guerra Mundial. 
Antecedentes: (fatos marcantes)
A necessidade de se humanizar e democratizar a administração;
O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, em especial a psicologia e a sociologia;
As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin;
As conclusões das experiências de Hawthorne
A teoria das relações humanas (ou escola humanística) foi basicamente um movimento de reação e oposição à teoria clássica.
Pontos de vista de Elton Mayo
O trabalho é uma atividade grupal
O nível de produção é mais influenciado pelas normas do grupo do que pelos incentivos salariais e materiais;
O operário não reage isoladamente
A reação do operário não é uma atitude isolada, mas sim a atitude de um membro de um grupo social;
A administração tem uma tarefa básica
Deverá formar uma elite capaz de compreender e de se comunicar, através de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos.
Há necessidade de “estar junto” e de “ser reconhecido”
A pessoa humana é motivada essencialmente por estas duas necessidades e, desse modo, receber uma adequada resposta.
E a fábrica, como uma nova unidade social, será o futuro
Numa visão romântica, Elton Mayo afirma que a fábrica surgirá como uma nova unidade social, proporcionando um novo lar, um local de compreensão e de segurança emocional.
4. TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO - Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz
A Teoria Neoclássica caracteriza-se por forte ênfase nos aspectospráticos da Administração, pelo pragmatismo (doutrina filosófica que se baseia na verdade do valor prático) e busca de resultados concretos e palpáveis, sem que se tenha abandonado os conceitos teóricos da Administração.
 Os autores neoclássicos, entre eles Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, entre outros, desenvolvem conceitos de forma prática visando à ação administrativa. A teoria somente tem valor quando operacionalizada na prática. Quase todos os neoclássicos referem-se a essa prática da Administração ou essa ação administrativa, enfatizando os aspectos instrumentais da Administração. 
As principais características básicas da Teoria Neoclássica são as seguintes:
Ênfase na prática da administração
Reafirmação dos postulados clássicos
Ênfase nos princípios gerais de administração
Ênfase nos objetivos e nos resultados
Ecletismo (sistema filosófico que aproveita o que há de melhor nos demais sistemas).
A Teoria Neoclássica ou Escola Operacional ou Processo Administrativo surgiu da necessidade de se utilizar os conceitos da Teoria Clássica condensando-os com outros conceitos, e pode ser identificada por meio de algumas características marcantes: ênfase na prática da Administração.
A Teoria Neoclássica considera a Administração uma técnica social básica, levando à necessidade do administrador conhecer, além dos aspectos técnicos e específicos de seu trabalho, também os aspectos relacionados com a direção de pessoas dentro das organizações. 
A Teoria Neoclássica enfatiza as funções do administrador: o planejamento, a organização, a direção e o controle, que no conjunto as funções administrativas formam o processo administrativo.
O planejamento é a função administrativa que determinam quais os objetivos e o que deve ser feito para alcançá-los. Assim, o estabelecimento dos objetivos é o primeiro passo do planejamento, quanto à abrangência, o planejamento pode ocorrer em três níveis: o estratégico, o tático e o operacional.
A organização é a função administrativa que consiste no agrupamento das atividades necessárias para realizar aquilo que foi planejado. Quanto à sua abrangência, a organização pode ocorrer em três níveis: ao nível global (desenho organizacional), ao nível departamental (desenho departamental) e ao nível das tarefas e operações (desenho de cargos e salários).
A direção é a função administrativa que orienta e indica o comportamento das pessoas na direção dos objetivos a serem alcançados. É uma atividade de comunicação, motivação e liderança, pois se refere basicamente a pessoas. Quanto à sua abrangência, a direção pode ocorrer em três níveis: ao nível global (direção), ao nível departamental (gerência) e ao nível operacional (supervisão). A direção se fundamenta nos conceitos de autoridade e poder.
O controle é a função administrativa que busca assegurar se aquilo que foi planejado, organizado e dirigido realmente cumpriu os objetivos pretendidos. O controle é constituído por quatro fases: estabelecimento de critérios ou padrões, observação do desempenho, comparação do desempenho com o padrão estabelecido e ação corretiva para eliminar os desvios ou variações.
Quanto à sua abrangência, o controle pode ocorrer em três níveis: estratégico, tático e operacional.
5. TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO ou BEHAVIORISMO
A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista, do inglês Behavior que significa comportamento) da Administração veio dar uma nova direção e um novo enfoque dentro das teorias administrativas: a abordagem das ciências do comportamento (behavioral sciences approach), o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores (Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas e Teoria da Burocracia) e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional.
As origens da Teoria Comportamental da Administração são as seguintes:
A oposição ferrenha da Teoria das Relações Humanas (com sua profunda ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional) caminhou para um segundo estágio: a Teoria Comportamental. 
A Teoria Comportamental é um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, com a qual se mostra crítica e severa com a Teoria Clássica. A Teoria Comportamental rejeita as concepções ingênuas e românticas da Teoria das Relações Humanas.
Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa. 
Em 1947 surge nos Estados Unidos um livro que marca o início da Teoria Comportamental na Administração, de Herbert Simon. Este livro constitui um ataque aos princípios da Teoria Clássica e a aceitação – com os devidos reparos e correções – das principais ideias da Teoria das Relações Humanas.
A Teoria Comportamental marca a mais profunda influência das ciências do comportamento na Administração. 
Esta teoria assenta-se em novas proposições acerca da motivação humana, com as contribuições de McGregor, Maslow e Herzberg.
 O administrador precisa conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir as pessoas.
Um dos assuntos prediletos dos behavioristas são os estilos de administração. McGregor traça dois extremos: a Teoria X e a Teoria Y, enquanto Likert propõe quatro sistemas organizacionais, variando desde um sistema autoritário explorador até um sistema participativo e democrático.
Douglas McGregor se preocupou em comparar dois estilos opostos e antagônicos de administração: de um lado um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (Teoria X) e de outro lado um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (Teoria Y).
Para McGregor as pressuposições da Teoria X ainda moldam o aspecto humano de muitas organizações, onde se acredita que as pessoas tendem a se comportar com indolência, passividade, falta de responsabilidade, solicitação excessiva de benefícios econômicos, resistência às mudanças etc. Para McGregor este tipo de comportamento não é a causa, mas efeito das experiências negativas nas organizações.
Por outro lado, a Teoria Y propõe um estilo de administração participativo e democrático, baseado nos valores humanos. 
6. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO
A partir da década de 1940, as críticas feitas tanto à Teoria Clássica – pelo seu mecanismo – como à Teoria das Relações Humanas – pelo seu romantismo ingênuo – revelaram a falta de uma teoria da organização sólida e abrangente e que servisse de orientação para o trabalho do administrador.
 Alguns estudiosos foram buscar nas sombras de um economista e sociólogo já falecido, Max Weber, a inspiração para essa nova teoria da organização. Surgiu, assim, a Teoria da Burocracia na Administração.
Existem graus de burocratização, variando em um continuum que vai do excesso à escassez. 
O grau variável de burocratização é determinado pelas dimensões da burocracia, ou seja, o conceito de burocracia como uma série de dimensões, cada qual delas em um continuum. 
Richard H. Hall selecionou seis dimensões contínuas da estrutura organizacional, a saber:
Divisão do trabalho baseado na especialização funcional;
Hierarquia de autoridade;
Sistema de regras e regulamentos;
Formalização das comunicações;
Impessoalidade no relacionamento entre as pessoas;
Seleção e promoção baseadas na competência técnica.
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas – experiência tipicamente democrática e americana – entrou em declínio. Essa primeira tentativa sistemática de introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa, através de uma filosofia humanística acerca da participação do homem na organização, gerou uma profunda reviravolta na Administração. 
Se, de um lado, combateu a Teoria Clássica, por outro lado não proporcionou as bases adequadas de uma nova teoria que pudesse substituir. 
A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse dentro da Administração que mesmo a Teoria da Burocracianão teve condições de ultrapassar.
Os autores estruturalistas (mais voltados para a Sociologia Organizacional) procuram inter-relacionar as organizações com seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.
7. MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO – Max Weber
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos. Max Weber considerou a burocracia como um sistema social mas principalmente como um tipo de poder.
A própria divisão do trabalho atende a uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos que devem ser atingidos, ou seja, a eficiência da organização. Isto é o aspecto racional da burocracia.
Num sistema burocrático, as atividades são distribuídas de forma impessoal, isto é, não consideram as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e de funções.
O poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa. A burocracia deve garantir a continuidade ao longo do tempo, ou seja, pessoas vêm e vão, e os cargos e funções permanecem.
A burocracia é uma forma organizacional que estabelece os cargos segundo o princípio da hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob a supervisão de um posto superior. A hierarquia pressupõe autoridade e obediência nos diversos escalões. 
 A partir do modelo burocrático, os estruturalistas introduziram o conceito de sistema aberto no estudo das organizações e tentaram compatibilizar as contribuições clássicas e humanistas. 
Uma das conclusões nos estudos administrativos foi a de que a inovação ou mudança trazem conflitos dentro das empresas e que o conflito é um importante sinal de vitalidade dentro das organizações.
As ideias e atitudes diferentes se chocam e muitas vezes se antagonizam. A administração de conflitos passa a ser um elemento crucial e de múltiplas interpretações.
Uma das causas das disfunções reside basicamente no fato de que a burocracia não leva em conta a variabilidade do ser humano. Todavia é inegável a importância das burocracias na sociedade moderna. 
Todas as organizações e empresas legalmente constituídas dotam o modelo burocrático como forma organizacional básica.
Alguns estudiosos tem levado a análise da burocracia e concluído pelo que chamam de disfunções da burocracia, isto é, as anomalias e desvios ou exageros em cada modelo burocrático. Algumas pessoas leigas tendem a imaginar que burocracia é excesso de formalismo e, portanto excesso de papelada, o que leva essas pessoas a interpretarem equivocadamente o conceito exato da palavra. Para a maioria dos autores, burocracia é sinônimo de eficiência, racionalidade e legalidade.
8. TEORIA GERAL DE SISTEMAS - Ludwig Von Bertalanffy
A Teoria Geral de Sistemas (TGS), surge com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968.
Uma de suas afirmativas é de que as propriedades de um sistema não podem ser descritas em termos de separação de seus elementos. A visão deve ser integral, ou seja, na sua totalidade, envolvendo suas partes que são interdependentes.
As premissas da Teoria Gerais dos Sistemas fundamentam-se em 3 características básicas:
Os sistemas existem dentro de outros sistemas
Os sistemas são abertos
As funções de um sistema dependem de sua estrutura.
A palavra sistema tem muitas conotações: 
Pode ser um conjunto de partes interdependentes interagindo entre si, ou um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizacional e cujo resultado (saída ou output) é maior que o resultado que as unidades teriam se funcionassem isoladamente.
Como exemplo, uma empresa produtora tem um setor que cuida da produção, outro cuida das vendas, outro cuida das finanças, e vários outros. Nenhum deles é mais que os demais em si, mas quando a empresa tem todas essas partes (ou departamentos) adequadamente coordenadas espera-se que eles funcionem com eficácia resultando em lucros.
Características dos sistemas
Sistema é um todo organizado ou complexo.
O próprio universo que está formado de inúmeros outros sistemas se relaciona.
A definição de sistema depende do interesse da pessoa que irá analisá-lo.
 Uma organização poderá ser entendida como um sistema ou subsistema ou ainda um supersistema.
Um departamento pode ser analisado como um sistema composto de vários subsistemas (seções ou setores) e integrados em um supersistema (a empresa), como também pode ser visualizado como um subsistema composto por outros subsistemas (seções ou setores) pertencendo a um sistema (a empresa) que está lidado por um supersistema (o mercado ou a comunidade).
9. ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO
Durante a Segunda Guerra Mundial a enorme economia americana se preparou para a guerra global e adaptou um setor da indústria civil aos rigores e requisitos da fabricação em tempos de guerra. Esse esforço industrial e as necessidades de um exército moderno e com novas técnicas de administração para lidar com problemas operacionais cada vez mais complexos fizeram surgir o método de administração conhecido como ciência da administração ou pesquisa operacional.
Os conselheiros do governo e os especialistas militares que administravam a guerra aproximaram-se dos cientistas e dos engenheiros para ajudá-los a resolver problemas complexos. Esses cientistas, treinados no método científico de questionamento e pesquisa e peritos na aplicação de estatísticas e outras técnicas matemáticas, usaram esse treinamento anterior para analisar os problemas apresentados a eles como prioridades nacionais.
Os grupos de pesquisa operacional (PO) tiveram muito êxito na aplicação dessa metodologia para determinar as soluções mais favoráveis para os problemas complexos de guerra, e não surpreendeu o fato de esse método de funcionamento administrativo, especialmente no setor industrial, vir a ser aplicado.
Com a aplicação da pesquisa operacional a um número cada vez maior de problemas no setor industrial. Novas técnicas surgiram e foram refinadas por cientistas da administração.
O cientista da administração Herbert Simon e seus colegas da Carnegie-Mellon University fizeram contribuições importantes para a eficácia da administração. Simon é mais conhecido por sua pesquisa sobre tomadas de decisão e processamento de informações. Antes de Simon, os teóricos da administração aceitavam a ideia de que executivos tinham acesso imediato a informações perfeitas e tomavam a melhor decisão para otimizar os resultados organizacionais. Simon descobriu que os executivos raramente tinham acesso as informações perfeitas, valorizavam dados encontrados no início da busca por informações mais do que aqueles colhidos posteriormente, e tomavam decisões que atingiam resultados satisfatórios, e não ótimos, chamado por Simon de processo de satisfaciente.
Simon foi premiado com o Prêmio Nobel de Economia em 1978 por essa análise das tomadas de decisão em administração, obra à qual dedicou toda sua vida.
A ciência da administração enfatiza um método sistêmico que examina o sistema operacional por completo e analisa um problema dentro desse sistema. A existência do problema é vista segundo sua relação com o sistema como um todo, e qualquer solução proposta é avaliada levando-se em conta o mesmo sistema. 
Os sistemas são caracterizados por determinados parâmetros
Esses parâmetros são:
Entradas ou insumos (inputs) – São as forças de arranque ou de partida do sistema. São os ingressos de material ou energia que inicia o sistema
Processamento ou transformação (througputs) – Fenômeno que produzi alteração ou conversão 
Saída ou resultado ou produto (output) – É a finalidade do sistema- as saídas podem estar de acordo com o planejado ou não.
Retroação ou realimentação (feedback) – É a função do sistema que objetiva comparar a saída com o critério estabelecido previamente pelo padrão.
As organizações como todo sistema social é aberto.
Entretanto, são afetadas pelas mudanças constantes que ocorrem em seus ambientes denominadasvariáveis externas. Conceitua-se ambiente como o que está fora de um sistema, mas com ele se relaciona.
Outros conceitos de sistemas
Alguns conceitos importantes para interpretar os sistemas:
Ambiente – Tudo que está ao redor do sistema e com ele se relaciona
Sinergia - O resultado é maior que a soma das partes. Efeito de potencialização nos resultados pretendidos.
Homeostasia – Equilíbrio dinâmico 
Entropia – Processo pelo qual todas as partes de um sistema tendem a exaustão, a desorganização e por fim a morte.
10. TEORIA DA CONTINGÊNCIA – (A ABORDAGEM CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO)
A abordagem contingencial afirma que não há nenhum caminho universalmente aplicável para um problema em administração, mas que as necessidades da situação em particular determinam a melhor abordagem do problema organizacional. 
Esse método surgiu da observação de que as abordagens estudadas anteriormente – a clássica, a comportamental e a sistêmica – nem sempre levavam a uma solução aceitável. 
A abordagem contingencial é eclética (ecletismo – sistema filosófico que aproveita o que há de melhor nos demais sistemas), já que o gerente pode fazer uso das técnicas de outros métodos.
O método contingencial é uma metodologia para determinar a melhor solução possível para um problema organizacional e consiste no seguinte esquema:
Realizar uma análise situacional, que consiste em:
Análise da atual condição interna da organização
Pontos fortes da organização e Pontos fracos da organização.
Projeção da futura condição externa da organização:
Oportunidades para a organização e Ameaças para a organização.
Com base na análise situacional, identificar o problema.
Estabelecer os padrões de desempenho que satisfazem os seguintes critérios, de modo que indique que o problema foi solucionado. Os padrões de desempenho são colocados de forma comportamental que é: observável; relevante ao objetivo; mensurável.
Gerar soluções alternativas para o problema.
Avaliar as possíveis soluções em termos de suas conseqüências para a organização.
Escolher a solução alternativa que melhor resolva o problema e que cause o menor número de efeitos colaterais.
Implementar um teste-piloto para a solução proposta e revisá-la.
Implementar a solução.
Avaliar a solução.
Revisar o processo.
O método contingencial leva em conta qualquer limitação sob a qual a organização precisa operar, como, por exemplo, com relação ao nível atual de tecnologia disponível. 	Uma organização pode não ter o nível apropriado de tecnologia ou não ter os recursos financeiros para adquirir a tecnologia necessária para implementar uma alternativa em particular.
O nível tecnológico da empresa é medido levando-se em conta as inter-relações de todas as suas áreas; qualquer mudança na tecnologia de uma área terá efeito no resto da organização. E o impacto na organização como um todo precisa ser considerado na avaliação das consequências de uma solução proposta.
O método contingencial também considera os recursos humanos de uma organização na avaliação da adequação de soluções em potencial. Um sistema de apoio apropriado de recursos humanos precisa existir, ou a solução proposta pode não dar certo. A avaliação do componente de recursos humanos de uma organização inclui o exame do nível de competência dos trabalhadores, as habilidades e as qualificações. 
	O método contingencial enfatiza que não existe uma única solução universal para os problemas em administração, mas que a solução correta dependerá das necessidades específicas da situação. Esse método é eclético e faz uso de técnicas de administração de muitos outros métodos. Ele se distingue como uma metodologia de solução de problemas que começa com uma análise situacional e termina com a geração, avaliação e recomendação de uma solução em potencial para resolver o problema em administração.
Diferente das abordagens anteriores de administração:
A abordagem contingencial não defende um caminho universalmente correto para resolver problemas em administração, mas afirma que problemas diferentes precisam de soluções diferentes, permitindo que se escolha dentre as técnicas de administração disponíveis para resolução, o que requer gerente seja flexível, isto é, não esteja preso a uma solução ou escola de administração. 
Ela permite uma preocupação com a dimensão humana da organização, assim como o uso de técnicas de pesquisa operacional, obrigando o gerente a examinar a organização e os problemas de vários pontos de vista, refletindo assim a natureza complexa da administração moderna com realismo.
Críticos da abordagem contingencial enfatizam a complexidade do método e o fato de ela requerer um gerente de muitas habilidades.
Muitos gerentes se sentem inseguros diante dela, já que não tem uma recita estabelecida para uma solução universal de problemas, mas coloca o gerente como responsável pala geração de soluções. Também existem aqueles críticos que afirmam que essa abordagem não tem uma base teórica coerente e consistente, sendo meramente uma metodologia que utiliza outros métodos. 
Embora isso possa ser verdade, não se pode negar que, nas mãos de um gerente seguro e habilidoso, o método contingencial se torna uma ferramenta poderosa.
Teorias – Escolas da Administração – quadro resumo
	Ênfase:
	Teorias Administrativas:
	Principais enfoques:
	Nas tarefas
	Administração
Científica - 1860 / 1914 
	Racionalização do trabalho no 
Nível Operacional
	
	Teoria Clássica
Teoria Neoclássica
1914 / 1945 
	Organização formal.
Princípios Gerais da Administração
Funções do administrador.
	Na estrutura
	Teoria da Burocracia - 
	Organização Formal Burocrática.
Racionalidade Organizacional.
	
	Teoria Estruturalista - 
	Múltipla abordagem:
Organização formal e informal
Análise Infra Organizacional
Análise Inter organizacional
	
	Teoria das relações humanas
	Organização Informal.
Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo.
	Nas pessoas
	Teoria do Comportamento Organizacional
	Estilos de Administração.
Teoria das decisões.
Integração dos Objetivos Organizacionais e Individuais.
	
	Teoria do Desenvolvimento Organizacional
	Mudança Organizacional Planejada.
Abordagem de Sistema Aberto.
	
No ambiente
	Teoria Estruturalista
Teoria Neo estruturalista
	Análise Infra Organizacional e 
Análise Ambiental
Abordagem do Sistema Aberto
	
	Teoria da Contingência – após 1980
	Análise Ambiental (imperativo ambiental)
Abordagem de Sistema Aberto
	Na tecnologia
	Teoria da Contingência
	Administração da Tecnologia
(imperativo tecnológico)
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo; Ed: Campus; 2004.
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Revisada e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
MAXIMIANO, Antônio C. Teoria geral da administração: da escola científica a competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.
Apostila do Professor 
5. AS MUDANÇAS DAS ORGANIZAÇÕES: influência da cultura e o processo de mudança na perspectiva sistêmica
5.1 MUDANÇA ORGANIZACIONAL
A mudança organizacional é um assunto relevante no dia a dia das empresas, pois na medida em que aumenta a concorrência, competitividade e exigência dos consumidores, surge a necessidade das empresas mudarem para se manter atualizada e próspera.
Para Chiavenato (2004), a palavra mudança significa ruptura, interrupção, variação, transformação, perturbação. O mundo atual se caracteriza por um ambiente dinâmico e em constante mudança, exigindo das empresas uma grande capacidade de adaptação para sobreviver e sobressair no mercado.
5.1.1 Fatores que impulsionam a mudança (STADLER, 2010)
Imposição do mercado: As alterações no comportamento do consumidor e do mercado impõem mudanças importantes. O cliente é uma das principais influências nas empresas.
Mudanças decorrentesda legislação: As alterações nas leis fazem com que empresas se adaptem para não sofrerem as penalidades previstas nas leis
 Inovações tecnológicas: Quando a tecnologia avança, as empresas devem optar por seguir as inovações ou esperar que os concorrentes o façam. Mas para diferentes empresas, a tecnologia tem maiores ou menores impactos, tudo depende das características do negócio.
Alteração no organograma: Quando a empresa cresce é necessário mudar o formato da organização, assim departamentos, cargos, funções, tarefas surgem e fazendo com que a empresa precise mudar. 
 Em busca do desenvolvimento sustentável: As práticas sustentáveis na empresa acontecem em decorrência das exigências legais e por imposição dos consumidores que não admitem mais empresas que prejudiquem o meio ambiente ou que não tenham práticas de sustentabilidade em seus negócios. 
5.1.2 Resistência às mudanças
As pessoas em geral são resistentes às mudanças, pois acreditam que a forma com que fazem as coisas atualmente são as corretas. O medo e a insegurança pelo “novo” tornam as pessoas cada vez mais acomodadas e resistentes à necessidade de mudar. Todos nós devemos estar preparados para a mudança. Temos que manter nossa mente aberta para a inovação, pois esta é uma das habilidades essenciais dos profissionais nas empresas atualmente.
A disposição para o risco calculado e a tendência para a busca de soluções inovadoras é uma habilidade importante nos profissionais.
5.1.3 Fatores que impedem a mudança
Insegurança
Preocupação com prejuízo pessoal
Crença de que ela não interessa à organização
5.1.4 A mudança na perspectiva sistêmica (referência abaixo do texto)
O processo de mudança precisa ser tomado segundo a perspectiva sistêmica, ocorrendo da seguinte maneira:
A gestão do processo de mudança é contingencial e emergente, não possui uma fórmula única e previamente validada.
Compreensão do contexto e descrição da situação complexa de análise é pré-requisito essencial para o planejamento da estratégia de mudança organizacional.
Abordagem do pensamento sistêmico, sobretudo a linguagem sistêmica, constitui elemento fundamental do processo de compreensão do fenômeno de mudança.
A mudança como processo de aprendizagem
O processo de mudança é um processo de aprendizagem. Os resultados positivos tendem a ser proporcionais à amplitude da compreensão do fenômeno que se dá pela explicação de suas categorias centrais (variáveis) e relações (perspectiva sistêmica).
A mudança é um fenômeno inerente à organização e se manifesta de diferentes formas. Desde os esforços adaptativos de qualquer ordem e intensidade, inovações e de estrutura, até transformações radicais que afetam o comportamento humano das pessoas dentro da organização.
O processo de mudança é contínuo e pode transpor os objetivos culturais como conceitos, tecnologias, práticas, etc. capazes de imprimir transformações técnicas ou simbólicas no sistema organizacional.
Referência
BERGUE, Sandro Trescastro. Cultura e Mudança organizacional. Florianópolis: Departamento de Ciências de Administração/UFSC; [Brasília}: CAPES:uab:2010.
5.2 O Pensamento sistêmico
Na sociedade moderna aparecem problemas de natureza intrinsecamente complexa, causados pela interação de diferentes fatores, que nas décadas anteriores eram inexistentes, tais como:
Grandes concentrações urbanas, 
Esgotamento de recursos naturais, 
Transportes,
Ecologia, 
Educação, 
Evolução tecnológica avançada, 
Catástrofes naturais ou causadas pelo homem, dentre outros.
 Tais aspectos constituem a complexidade da situação contemporânea para os administradores das organizações públicas e privadas, influenciando em suas decisões.
A ferramenta para enfrentar a complexidade consiste no enfoque sistêmico, também chamado de pensamento sistêmico. Esse novo pensamento possibilita:
Entender a multiplicidade e interdependência das causas e variáveis dos problemas complexos;
Organizar soluções para problemas complexos.
O pensamento sistêmico complementa e integra teorias especializadas através de sua nova ótica, interpretação e soluções para enfrentar os problemas complexos. 
O enfoque da administração científica se preocupava mais com a eficiência fabril do que com o desempenho da organização. 
A administração focar em enfrentar aspectos de eficiência sem considerar as implicações da poluição, do comportamento humano, dentre outras, irá estabelecer mais problemas ao invés de resolvê-los (CHIAVENATO, 2000).
O Pensamento sistêmico, que emergiu como um novo movimento científico na metade final do século XX. É um conjunto de elementos interdependentes e interagentes que formam um todo organizado no sentido de alcançar o objetivo (CHIAVENATO, 2004).
Surgimento do pensamento sistêmico
Tudo começou no século passado, com a mudança de paradigma do pensamento linear para o pensamento sistêmico. O pensamento linear simplifica a realidade, como se as perguntas possuíssem somente uma resposta. Apesar de anteceder o pensamento sistêmico, é um conceito necessário e fundamental para algumas áreas do conhecimento que necessitam de uma abordagem de causa e efeito. Ocorre que esta abordagem não é suficiente nos casos que envolvem sentimentos e emoções. Ou seja, não é capaz de tratar e entender a totalidade da vida humana (VASCONCELOS, 2002).
Pensar de forma sistêmica
Muitos gestores esquecem-se de que toda ação tem implicações e consequências e que, antes de ser implementada, deve ser cuidadosamente considerada e analisada. 
O pensamento sistêmico implica em conhecer a organização no todo e analisar as suas várias partes e a interação existente entre elas.
Para pensar de forma sistêmica pode-se identificar: (VASCONCELOS, 2002).
Buscar por alternativas que não haviam consideradas antes;
Analisar todas as consequências que podem surgir com uma decisão;
Ser capaz de projetar um horizonte mais realista;
Desenvolver a habilidade de observação;
Permitir sempre o aprendizado, independentemente de a situação ser semelhante a outras já vividas.
No pensamento sistêmico está inserido: equipes, gestão de conflitos, mudança, planejamento estratégico e outros conceitos de gestão que podem, de fato, potencializar a atuação da empresa e a eficiência da gestão (VASCONCELOS, 2002).
Pensar sistemicamente é pensar a complexidade, a instabilidade e intersubjetividade.
O pensamento sistêmico se refere a uma visão de mundo que contempla as três dimensões que distingue na ciência contemporânea. 
Conforme Figura 1, as três dimensões num único. 
“Novos paradigmas da ciência” (ADIZES, 1998)
Paradigma da complexidade: sistemas amplos, redes, ecossistemas, causalidade circular, recursividade, contradições, pensamento complexo.
Paradigma da instabilidade: desordem, evolução, imprevisibilidade, saltos qualitativos, auto-organização, incontrolabilidade.
Paradigma da intersubjetividade: inclusão do observador, auto referência, significação da experiência na conversação, co-construção.
Cientista novo-paradigmático
 Complexidade
 Instabilidade
 Intersubjetividade
Ciência tradicional
 	Figura1: Como manter uma mente sistêmica
 	Fonte: Vasconcelos, 2002.
Pensar sistematicamente é ter um objetivo e antes de ter a ação de realizá-lo, temos que planejar vendo dentro das três dimensões, paradigma da complexidade, paradigma da instabilidade, paradigma da intersubjetividade.
 (VASCONCELOS, 2002).
Na visão do pensamento sistêmico, o gestor enxerga a sua referência levando em consideração o ambiente em que o cerca e as possíveis mudanças dentro do ambiente, trabalha de acordo com as mudanças melhorando e realizando o objetivo da melhor forma possível, onde, o gestor levou em consideração situações, criou um sistema em relação às situações, organizou e realizou segundo esse sistema (VASCONCELOS, 2002).
O Pensamento Sistemático dentro da Organização
Organizações que aprendem são aquelas em que as pessoas que ampliam e disseminam continuamente sua capacidade de criar

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