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PELVE - PERÍNEO E REGIÃO INGUINO-ESCROTAL

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
 
59
 
 
PELVE, PERÍNEO E REGIÃO INGUINO-ESCROTAL 
 
 
 
22) URETROTOMIA 
 
# CONCEITO: 
 
É a abertura e o fechamento cirúrgico da uretra. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• extração de cálculos uretrais obstrutivos; 
• estenose pela presença de corpos estranhos (esquírulas ósseas). 
 
# DIAGNÓSTICO: 
 
cálculos uretrais e estenose traumática: 
• sinais clínicos: disúria, polaciúria, anúria; 
• dificuldade na passagem da sonda uretral; 
• exames radiológicos. 
 
# PRÉ-OPERATÓRIO: 
 
• localização do cálculo ou estenose: exame radiológico, sondagem uretral; 
• pequenos animais: anestesia geral; 
• grandes animais: sedação e analgesia local. 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
1. uretrotomia pré-púbica – o animal é posicionado em decúbito dorsal, 
sondado e preparado para o procedimento cirúrgico. Uma incisão ventral na 
linha média é feita no prepúcio, caudalmente ao osso peniano, na base do 
escroto e sobre a obstrução (cálculo). O músculo retrator do pênis é rebatido 
lateralmente. Com uma das mãos, o corpo esponjoso do pênis é firmado e 
incisado exatamente na linha média, sobre a luz uretral (1 cm). O cálculo 
deve ser removido e a uretra fechada com pontos isolados simples, 
utilizando-se fio absorvível 4.0 a 5.0, evitando-se penetrar na mucosa da 
uretra. O subcutâneo é aproximado com fio absorvível 3.0 em zigue-zague, e 
a pele com pontos isolados simples (mononylon 3.0). 
 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
 
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2. uretrotomia perineal – primeiramente o ânus deve ser fechado com uma 
sutura em bolsa de tabaco para, logo após, realizar-se uma incisão cutânea 
mediana perineal, na metade da distância entre o escroto e o ânus. O tecido 
subcutâneo é dissecado, seguindo entre os músculos retratores do pênis, os 
músculos bulbos cavernosos, o corpo esponjoso, a mucosa uretral e 
finalmente a uretra, que deve ser identificada pela presença da sonda uretral. 
O cálculo deve ser localizado e removido. A síntese da incisão segue o 
mesmo procedimento da abordagem pré-púbica, devendo ao final ser 
desfeita a sutura em bolsa de tabaco. 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• manter a sonda uretral por 48 – 72 h; 
• antibioticoterapia; 
• retirada dos pontos aos 8-10 dias de pós-operatório. 
 
# PROGNÓSTICO: 
 
Reservado, pode ocorrer estenose uretral e a recorrência de novos cálculos. 
 
 
23) URETROSTOMIA 
 
# CONCEITO: 
 
É a abertura de um novo orifício permanentemente na uretra. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• formação recorrente de cálculos, que não podem ser adequadamente tratados ou 
prevenidos pelo tratamento clínico; 
• estenoses de uretra, resultantes de uretrotomia ou lesões traumáticas; 
• nos pacientes que o tratamento cirúrgico para os cálculos recorrentes for preferível 
ao clínico, ou naqueles casos em que o tratamento clínico possa não ser indicado ou 
ser ineficaz para o momento. 
 
# LOCAIS MAIS COMUNS DE OBSTRUÇÃO: 
 
• ruminantes: flexura sigmóidea; 
• ovinos: além da flexura, também ocorre no apêndice vermiforme; 
• caninos: caudal ao osso peniano; 
• eqüinos: uretra peniana. 
 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
 
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# TÉCNICAS: 
 
A abertura da região perineal é a menos indicada, tanto pelo vazamento urinário 
quanto pela irritação da pele do períneo e do escroto pela urina, além da dificuldade de se 
realizar a sutura da uretra junto à esticada pele da região. 
A uretrostomia escrotal é a mais indicada, por ser a pele desta região abundante e, 
também, por não haver problemas como vazamento de urina e irritação crônica da pele. 
 
• uretrostomia escrotal – requer uma incisão elíptica da pele na base do escroto e 
divulsão da gordura subcutânea com tesoura. A dissecação prossegue até que o 
septo escrotal seja atingido. A túnica vaginal é seccionada e os testículos são 
forçados através da incisão. O plexo pampiniforme, o ducto deferente e a túnica 
vaginal serão pinçados e ligados (categute 2.0), para finalmente, serem seccionados. 
O músculo retrator do pênis é dissecado, expondo a porção peniana da uretra. O 
pênis é fixado com uma das mãos e o corpo esponjoso da uretra é seccionado 
longitudinalmente com bisturi, esta incisão é ampliada com tesoura (aguda-aguda) 
pelo menos 2 cm, para evitar a estenose cicatricial pós-operatória. O tecido 
subcutâneo é suturado à túnica albugínea do corpo do pênis (pontos isolados 
simples, fio absorvível 3.0) A uretrostomia é, inicialmente, feita pela colocação de 4 
pontos isolados simples nas extremidades da incisão, em um ângulo de 45º, fixando 
a mucosa uretral com a pele (mononylon 4.0 a 5.0). Os pontos serão separados 
aproximadamente por um espaço de 3 mm e os nós serão feitos sobre a pele, e não 
sobre a mucosa uretral. 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• antibioticoterapia; 
• análise dos cálculos; 
• limpeza e proteção da ferida para que o animal não venha lamber (merthiolate, colar 
Elizabetano); 
• retirada dos pontos de 10 a 12 dias de pós-operatório. 
 
# PROGNÓSTICO: 
 
Normalmente favorável. 
 
LEITURA OBRIGATÓRIA: 
 
OLIVEIRA, P. L. J. Uretrostomia perineal em felinos. Clínica Veterinária, n. 22, p. 38-42, 
1999. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
 
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GARING, D. R. Conduta cirúrgica nos cálculos vesicais e uretrais em cães. In: BOJRAB, 
M. J. Cirurgia dos pequenos animais. 2.ed., São Paulo: Roca, 1986. cap. 23, p. 335-354. 
 
KERJES, A. W. , NEMETH, F. , RUTGERS, L. J. E. Atlas de cirurgia dos grandes 
animais. São Paulo: Manole, 1986. 143 p. 
 
VAN SLUIJS, F. J. Atlas de cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Manole, 1992. 
143 p.

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