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Citologia atualizado

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•	 Uso do M.O. (microscópio óptico)
Parte mecânica Parte óptica
- Tubo do canhão - Ocular
- Revólver - Objetiva (4) – 4ª objetiva de imersão só com óleo 
- Mesa ou platina (placa preta) - Condensador – condensa raios luminosos
- Charriot (peça metálica)
- Braço
- Pé ou base
*Parafuso macrométrico: movimenta a mesa ou platina para cima e para baixo.
*Parafuso micrométrico: movimento imperceptível
- iniciar sempre com a objetiva menor
- quando usar a objetiva maior, ajustar somente com o parafuso micrométrico
2. Membrana celular
Introdução
 Função principal: separa o meio intracelular do meio extracelular. Possui como função principal manter as diferenças essenciais do meio intracelular e extracelular.
 É seletiva, possuindo bombas e proteínas para o transporte entre os meios.
 A membrana plasmática entra na construção das organelas membranosas, assim permitindo que exista uma diferença entre o meio citossólico e o meio interno das organelas membranosas.
Composição Química
- Composição química: lipídios, proteínas, hidratos de carbono.
“Todas as membranas celulares são estruturas fluidas e dinâmicas (movimento) e estrutural e funcionalmente assimétricas.”
Camada lipídica
- todos os lipídios das membranas são moléculas anfipáticas = anfífilas, ou seja, possui uma extremidade polar e outra é apolar. Os principais lipídios da membrana plasmática são fosfolipídios, seguido dos glicolipídios e o colesterol.
	•	Fosfolipídios
	•	Glicerofosfolipídio: tem como base o glicerol – ligado ao C1 e ao C2 – as cadeias de ácidos graxos e ao C3 liga-se o fosfato, sendo que a este pode estar presente um grupo variável. Base: ác. fosfatídico – ác. graxo + glicerol + fosfato
- principais: 1.fosfatidiletanoamina (camada interna)
	•	Fosfolipídios: *variável 2.fosfatidilcolina (camada externa)
 Polar (hidrofílico)* *fosfato 3.fosfatidilserina (camada interna)
 *glicerol 4.fosfatidilinositol (camada interna)
 °Ác. °Ác. 5.fosfatidilesfingomielina (camada externa)
 g g 
Apolar (hidrofóbico)° r r - Kinks (entre C9 e C10) dupla ligação cis
 a a 
 x x
 o o
	•	Esfingofosfolipídio: esfingomielina 
fosforilcolina(fosfato+colina) + ceramida (1 ác. graxo+esfingosina (1 ác. graxo+serina))
	•	Colesterol: diminui a permeabilidade, aumenta a viscosidade, mantém fluidez ante diminuição de temperatura. 
- cabeça polar (grupo-OH liga ao C3) - estrutura rígida - cauda de
 do anel esteróide hidrocarbonetos (C17)
	•	Glicolipídios:
	•	Cerebrosídeos: glicose ou galactose + ceramida (1 ác. graxo+esfingosina (1 ác.graxo+serina))
	•	Gangliosídeo: ceramida + 2 ou 3 ác. graxos + frutose
Bicamada
As duas camadas lipídicas estão associadas devido à interação hidrofóbica de suas cadeias apolares. Possui monocamada interna e externa.
Movimentos dos lipídios
	•	Difusão lateral: movimento numa mesma monocamada.
	•	Rotação: girar em torno do próprio eixo.
	•	Flexão: as cadeias de ác. graxos se aproximam e se afastam. Ocorre principalmente nas porções terminais dos ác. graxos, mas pode haver impedimento pelo colesterol.
	•	Flip-flop: troca de lipídeos entre os que estão na monocamada externa com que estão na monocamada interna. Movimento raro e geralmente prejudicial [na bicamada do retículo endoplasmático liso existe as Flipases (classe das Escramblases – enzima trocadora de fosfolipídios) que tornam o movimento comum]. 
OBS:
 - A enzima Scramblases é uma enzima constante e inespecífica.
 - A enzima Flipase consome ATP e é específica. Assim realiza apenas o transporte do fosfatidilserina e da fosfatidiletanolamina.
- O translocadora de fosfolipídios sempre ocorre no sentido monocamada externa para monocamada interna. Porque a síntese de fosfolipídios ocorre apenas na monocamada externa.
Fluidez x Composição da bicamada
- os movimentos são influenciados pela composição química e pela temperatura.
Composição química:
	•	Quanto + curta, + fluida (dificuldade de se agregar).
	•	Quanto + insaturação (Kinks), + fluida.
	•	Quanto + colesterol, menos fluida.
	•	Quanto + temperatura, + energia térmica, + movimentação. + fluida. 
- menos fluidez influencia em processos enzimáticos e de transporte.
Obs. Adaptação homeoviscosa – em época de hibernação alguns animais modificam a produção de ác. graxos (se apresentam mais curtos e mais insaturados) para manter a fluidez. 
Assimetria da bicamada
Monocamada externa: principalmente fosfatidilcolina e esfingomielina.
Monocamada interna: principalmente fosfatidilserina e fosfatidiletanolamina.
Fosfatidilinositol é importante sinalizador celular.
- os glicolipídios se apresentam apenas na monocamada externa, pois a glicosilação só ocorre na monocamada interna da organela (Golgi), não ocorre flip-flop, porque não há flipase. Na hora da endocitose entre a membrana do Golgi e a membrana celular as moléculas glicosiladas só ficam na monocamada externa voltada para o meio extracelular.
Rafts: parte da membrana que é mais espessa que possui muito esfingofosfolipídios e colesterol e onde as grandes proteínas se localizam também ligado ao acoplamento e transporte de Ca2+.
Fibronexos: moléculas de protéicas que estabelecem conexão entre o citoesqueleto e as moléculas da matriz extracelular.
CAM’s: glicoproteínas integrais da membrana – adesão entre as células. Algumas perdem adesividade quando a [Ca2+] é muito baixa.
Por serem desprovidos de organelas os eritrócitos são adequados para o isolamento da membrana plasmática.
 
Proteínas da membrana
- a maioria das moléculas protéicas são anfipáticas. 
- integrais ou intrínsecas são dificilmente retiradas.
- periféricas ou extrínsecas são facilmente retiradas com solução salina. Pois são ligadas à membrana plasmática por ligação não covalente. 
- Proteínas integrais ou intrínsecas estão ligadas a parte apolar da membrana plasmática.
- Proteínas Periféricas estão ligadas a uma outra proteína ou parte polar da membrana plasmática.
1. Unipasso ou de passagem única, são transmembrana e geralmente atuam como receptores.
2 e 3. Multipasso ou de passagem múltipla, são transmembrana e atuam como canais transportadores. 
- podem realizar movimento de rotação e de difusão lateral. 
Movimentos da proteína 
- difusão lateral e rotação.
Obs. para algumas proteínas não é interessante que ocorra o movimento
Obs. as proteínas não realizam flip-flop. 
 
Estudo das proteínas dos eritrócitos
	•	Espectrina: ****** 
- extrínseca, longa, flexível, ligada a monocamada interna.
- 2 cadeias (heterodímero – α e β espectrina) polipeptídicas (106aa cada) em hélice.
- parte do citoesqueleto.
- matem o formato bicôncavo e a elasticidade (se deforma ao passar pelos capilares delgados).
- união de 4 tetrâmeros + ACTINA + ADUCINA + TROPOMIOSINA (complexo juncional do eritrócito) + banda 4,1.
- A rede de proteínas permanece ancorada as proteínas integrais por meio da ANQUIRINA e da Banda 4,1.
- Anomalia – nasce sem a espectrina.
Anemia Hemolítica esferocítica constitucional (Esferocitose hereditária) *****
- hemácias de forma esférica – o baço destrói, pois reconhece como velha ou anormal.
- a hemólise feita pelo baço supera a produção feita pela medula óssea, o que resulta na anemia.
- hereditária:herdada por um padrão autossômico dominante que quando em homozigose inviabiliza a vida.
- icterícia: o maior ritmo de destruição dos glóbulos vermelhos gera a maior produção de bilirrubina no sangue.
- Esplenctomia** (retirada do baço): hemácias permanecem anormais, mas a velocidade de destruição diminui. A esplenctomia cura a anemia e suas complicações e previne a formação de cálculos vesiculares. Tem indicação aos pacientes com anemia e hemólise. Para doentes com hemólise compensada e sem complicações secundárias a esplenctomia deve ser adiada, caso ocorra formação dos cálculos é recomendável a remoção do baço. Crianças com hemólise grave devem fazer a esplenctomia precocemente, mas não antes dos 3 ou 4 anos de idade, devido ao seu sistema imunológico imaturo e maior chance de desenvolver IFPE (infecção fulminante pós esplenctomia). A remoção do baço também aumenta as chances de infecções bacterianas.
Obs. A Banda 3 liga-se a Espectrina por meio da proteína Anquirina (de ancoragem), esta impede que ela se movimente.
Obs. Fodrina (proteína isoforma não eritrocítica da Espectrina)
Ex. células do intestino actina - fodrina - anquirina - bomba Na+ /K+
 ↓ 
 Espectrina – fodrina – Banda 3
	•	Glicoforina:
- proteína transmembrana unipasso de 131aa, possui longas cadeias de carboidratos ligados a ela.
- glicoproteína (glicocálix).
- induz carga negativa a hemácias.
- indivíduos sem glicoforina são normais.
- é um receptor para o Plasmodium Falciparum. 
	•	Banda 3:****
- transmembrana multipasso composta de 930aa, atravessa 14 vezes a bicamada lipídica. Chamada de AE-1 (trocadora de íons).
- ancorada pela Anquirina.
- canal por onde entra CO2 → sai HCO3- e entra Cl- (migração do cloro). – CANAL ANIÔNICO.
- sua falta pode causar acidose tubular renal e leve anemia.
Obs. Gangliosídeo GM1 – estimula o crescimento dos axônios e facilitam a transmissão de impulso nervoso em pessoas que sofreram lesões, além de fazer papel de isolante. É um glicoesfingolipídeo presente na maioria das células que possui propriedade antioxidante e neuroprotetora em condições neurotóxicas. Receptor para toxina da cólera. Os Gangliosídeos são os glicolipídios mais complexos.
3. Sistema de endomembranas
- as organelas são constituídas por moléculas complexas que, com exceção do DNA, estão em constante renovação. Existem mecanismos de síntese de novas moléculas e degradação de macromoléculas em desuso.
 As membranas das organelas e das vesículas transportadoras são constituídas por uma dupla camada lipídica similar à membrana plasmática. Uma face é voltada para o citosol, assim denominada de face citosólica, enquanto que a outra face é voltada para a cavidade das organelas, denominada assim de face luminal.
	•	Retículo Endoplasmático: rede de membranas que delimitam cavidades (cisternas, lúmen ou luz).
Retículo endoplasmático rugoso: adesão de ribossomos
Retículo endoplasmático liso: não possui ribossomos 
Obs. Existe continuidade da membrana da carioteca com o retículo endoplasmático.
Obs. Os ribossomos se associam a membrana do retículo endoplasmático na forma de poliribossomos (unidos pelo RNAm). Esta associação sempre ocorre por meio da subunidade maior do ribossomo, enquanto, que a subunidade menor liga-se ao RNAm. 
Obs. Polissomos são conjuntos de ribossomos unidos por uma mesma fita de RNAm.
Obs. Não há transito de vesículas entre retículo endoplasmático e mitocôndrias e Complexo de Golgi devido a diferentes origens das membranas (endossimbiose).
Obs. Contiguidade: relação entre retículo endoplasmático, Complexo de Golgi e lisossomos que possui trânsito de vesículas que liga as membranas.
* Composição química
- determinada pelo método de in situ: permite determinar a atividade de uma enzima específica de uma organela.
- Membrana do retículo: enzima glicose-6-fosfatase proteína integral do metabolismo da glicose.
- o glicogênio é armazenado nas células:
Musculares: exclusivamente para contração.
Hepáticas: quebra o glicogênio para liberar glicose no sangue, tais células possuem retículo endoplasmático liso bem desenvolvido, além de possuírem na membrana enzimas que realizam detoxificação como a P450. 
Obs. Os citocromo P450 e citocromo B5 estão relacionados à detoxificação.
Obs. Ribossomos:
Célula procariota - subunidade menor 30S - subunidade maior 50S - Total 70S
Célula eucariota - subunidade menor 40S - subunidade maior 60S - Total 80S
°Constante de sedimentação de Svedberg.
- Todo sistema de citocromo deve possuir uma REDUTASE, pois sofre redução e oxidação. Quando o sistema de citocromo age ocorre oxidação. Deve haver a redutase para reduzir, continuando a função dos citocromos.
Obs. Existe a possibilidade de haver interconverção entre o RE rugoso e o RE liso caso a célula necessite liberando os ribossomos de sua membrana.
Obs. A metabolização de medicamentos causa crescimento do RE liso.
Obs. As porções glicídicas dos lipídios estão voltadas para o interior das cisternas do retículo.
Obs. A enzima glicosiltranferase presente no retículo catalisa a adição de oligossacarídeos nas proteínas e lipídios.
Retículo endoplasmático rugoso sintetiza as cadeias polipeptídicas.
As proteínas que devem ser sintetizadas nos polirribossomos (ou polissomo) ligados ao RER são marcadas pela seqüência sinal (20 a 30aa), que é o primeiro seguimento da cadeia polipeptídica a ser transcrito. PRS – partícula reconhecedora do sinal (cadeia de RNA 7S)	 – o nucléolo é responsável por sua maturação. Quando a seqüência sinal se associa a PRS, a síntese protéica é interrompida. A síntese é reiniciada quando a PRS encontra seu receptor (uma proteína intrínseca da membrana do RER). Quando isso ocorre a PRS se desliga e volta para o citossol e o ribossomo se associa ao translocon. Este último é um canal aquoso, local onde a subunidade maior do ribossomo se acopla. É através desse canal que a proteína produzida entra no retículo. Toda proteína lançada na luz do retículo é solúvel.
Proteínas do translocon: Complexo Sec 61 (componente central na estrutura) – TRAM – TRAP – Complexo OST – peptidase sinal.
As proteínas do Complexo 61 ligam-se a subunidade maior do ribossomo, funcionando como um túnel para passagem da cadeia polipeptídica. A seqüência sinal se liga ao Complexo 61 abrindo o canal aquoso. A proteína Bip (binding protein - proteína de ligação - é uma chaperone) associa-se ao complexo 61 funcionando como uma rolha no lado luminal do translocon. Quando o canal aquoso abre, a Bip se dissocia permitindo a passagem da cadeia.
A peptidase sinal remove a seqüência sinal e o restante da cadeia polipeptídica é liberada para o interior da cisterna. As proteínas que vão ser secretadas penetram na luz do RE em sua configuração primária. As proteínas Chaperones moleculares ligam-se a cadeia polipeptídica garantindo seu dobramento correto e configuração tridimensional. As Chaperones não participam da estrutura final das proteínas. Estas também são chamadas de Hsp (heat shok protein = Proteína de Choque Térmico). Caso a proteína analisada pelas chaperones apresentar erros ela volta ao citosol através do translocon – deslocação – e no citosol a proteína é destruída pelo sistema Ubiquitina-proteassomo. 
Obs. Sistema Ubiquitina-proteassomo é o principal responsável pela degradação seletiva de proteínas. Um complexo multienzimático denominado proteossomo 26S realiza a degradação das moléculas protéicas no citosol. O complexo é composto por uma tampa (19S) em cada extremidade e quatro anéis (20S) superpostos, 2α e 2β, que contém enzimas. As proteínas a serem degradadas são marcadas pela ligação covalente com a ubiquitina em cada resíduo de aminoácido lisina por ação das enzimas E1, E2, E3 e depois encaminhadas ao proteossomo 26S.
As proteínas internalizadas na cisterna do RER são solúveis – não possuem seqüência de parada de transferência. O RE pode fabricar proteínas e mantê-lasna membrana, assim elas não são liberadas para o interior das cisternas. Essas proteínas integrais possuem além da seqüência sinal, a seqüência hidrofóbica ou de parada de transferência. Tal seqüência bloqueia a translocação e em seguida o Complexo 61 abre-se lateralmente liberando a proteína que se difunde pela bicamada lipídica. Nestas proteínas a seqüência sinal é retirada, mas a seqüência hidrofóbica permanece ancorada a proteína na membrana.
Obs. Uma proteína multipasso tem tantas sequências de parada de transferência quantas forem o número de passagens pela membrana.
Maneiras de transporte de uma proteína (retículo → Golgi → membrana) 
	•	Solúvel: dentro da vesícula.
Proteínas solúveis que permanecem no retículo - possuem uma sequência de identificação ou residente que reconhece a proteína como residente do retículo.
KDEL (lisina - asparagina - ácido glutâmico - leucina) 
HDEL (histidina - asparagina - ácido glutâmico - leucina)
Obs. a seqüência H/KDEL é reconhecida por um receptor específico presente na membrana do Golgi que faz com que essas proteínas retornem ao RE em vesículas contendo esse receptor em suas membranas. – para proteínas solúveis ao RE. Em resumo, quando existir o sinalizador KDEL a vesícula sai do RE para o complexo de Golgi e retorna ao RE.****
	•	Incorporada a membrana da vesícula.
Proteínas integrais do retículo - possuem marcação por dois tipos de sequências residentes.
KKXX ou KXKXX (em que K = lisina e X = qualquer outro aminoácido)
Tipos de proteínas Chaperones
OBS1: Chaperone = Cicerone = significado GUIA; Para o RE pode ter o nome mais específico de Chaperonina = Chaperone do Retículo.
OBS2: A Chaperone é encontrada na luz do RE e no citoplasma.
	•	Calnexina: proteína integral da membrana do retículo.
	•	Calreticulina, Bip, dissulfeto-isomerase: proteínas solúveis do interior das cisternas do RE.
	•	Calnexina e calreticulina são dependentes dos íons Ca2+ e atuam na glicosilação.
	•	Bip: ATPásica – dobramento de proteínas não glicosiladas.
	•	Dissulfeto-isomerase: catalisam o estabelecimento das pontes de dissulfeto unindo os radicais sulfidrilas (-SH) de resíduos de cisteína para formar o nível terciário das proteínas.
Glicosilação – ocorre nas cisternas do RER.
- O bloco de oligossacarídeos, formado por 14 resíduos de açúcares (2 N-acetilglicosamina, 3 glicoses, 9 manoses) liga-se a membrana do RE por meio do dolicol fosfato (P-P) – a fração glicídica é voltada para luz do retículo e quando na membrana plasmática é voltada para o meio extracelular – a medida que a cadeia é translocada, o bloco de oligossacarídeos é transferido para o complexo oligossacariltransferase (Complexo OST) e deste para cadeia polipeptídica no qual é ligado ao grupo amino do aminoácido asparagina. Ainda na cisterna do RER, 2 resíduos de glicose e 1 de manose são retirados do bloco pelas enzimas glicosidases I e II e manosidase, respectivamente. Depois disso, a cadeia é liberada na cisterna e assume estrutura tridimensional devido às chaperonas. As vesículas brotam de uma região do RER denominada RE transicional ou elemento transicional. 
Retículo endoplasmático liso – síntese de lipídios.
Alguns lipídios são inicialmente produzidos no REL e suas moléculas são completadas no Golgi, como a esfingomielina e os glicolipídios. Geralmente os fosfolipídios são sintetizados na face citossólica da membrana do retículo, a partir de uma molécula de glicerol e duas moléculas de ác. graxos ligados a Coenzima A (CoA). Os ác. graxos se separam da CoA e se ligam ao glicerol formando o ác. fosfatídico. Este recebe diferentes grupos polares formando a fosfatidilcolina e a fosfatidilserina. A fosfatidilserina é convertida em fosfatidiletanolamina pela enzima fosfatidilserina-descarboxilase, presente na membrana mitocondrial interna e depois transportada de volta para o REL, onde sofre metilação. A síntese de fosfatidilinositol é complexa e envolve o REL e mitocôndrias.
Obs. O REL sintetiza os fosfolipídios na monocamada externa que depois são transferidos para monocamada luminal pala ação das ESCRAMBLASES, mas a assimetria é mantida. O movimento é semelhante ao da FLIPASE.
Transporte de fosfolipídios do REL
Os fosfolipídios são insolúveis em água, portanto, seu transporte é feito por proteínas hidrofílicas citossólicas denominadas carreadoras de fosfolipídios. Estas proteínas se ligam a porção hidrofílica dos fosfolipídios e assim os transportam através do citosol. 
Transporte por vesículas****
O transporte é regulado: a superfície citoplasmática da membrana das vesículas de transporte é coberta por proteínas (conjunto de coatômeros), posteriormente guiadas por microtúbulos.
	•	Tipos de vesículas
Vesículas que brotam do Golgi contendo enzimas solúveis do lisossomo são cobertas por CLATRINA. A proteína Clatrina se associa a membrana da vesícula através de um conjunto de proteínas denominadas ADAPTINAS. 
Obs. as proteínas destinadas ao interior dos lisossomos são marcadas por resíduos de manose-6-fosfato, que são reconhecidos por receptores (MPR) presentes na face trans do Golgi, o qual dirige o transporte das proteínas aos lisossomos. 
- vesículas recobertas por COP II (coated protein - coatômeros) transportam moléculas do RE para o Golgi.
- vesículas recobertas por COP I transportam moléculas do Golgi para o RE e transportam proteínas para membrana plasmática para serem secretadas.
OBS: Existe mecanismo desenhado para assegurar a chegada da vesícula transportadora ao compartimento correto. Depende de dois tipos de proteínas receptoras mutuamente complementares, uma pertencente à membrana do compartimento doador e outra à membrana do compartimento receptor. Denominam-se, respectivamente, v-SNARE e t-SNARE (do inglês, v-vesicle = vesícula; t-target=alvo). As t-SNARE nunca abandonam a membrana dos compartimentos receptores. Enquanto, as v-SNARE abandonam a membrana dos compartimentos doadores quando se transferem para a membrana das vesículas transportadoras.
Figura indica as funções das v-SNARE e das t-SNARE no reconhecimento das vesículas pelas membranas receptoras corretas.
Enzimas
Fosfatase: retiram fosfato.
Fosforilase (quinase ou cinase): adicionam fosfato.
Obs. Polissomos livres produzem proteínas que se acoplam às chaperonas e vão livremente ao seu destino. Recebem uma sequência sinal de acordo com seu destino, caso não tenha tal seqüência, fica no citosol. As proteínas de polissomos livres não são glicosiladas.
4. Transformação e armazenamento de energia
- As células consomem energia (vem dos alimentos que são metabolizados).
- Formas de armazenar energia:
	•	Glicogênio (fígado e células musculares)
	•	Gordura neutra – triglicerídeos (adipócitos)
- Energia obtida: 
Glicogênio → glicose → energia – 1 mol de glicose = 38 mols de ATP
Triglicerídeos → ác. graxos → energia – 1 mol de ác. palmítico = 126 mols de ATP
- Quando se quebra ác. graxos para obtenção de acetato, para síntese de energia, também são formados: 
Ác. acetoacético, Ác. β-hidroxibutírico,acetona (corpos cetônicos) que são altamente tóxicos. 
- Diminuição do pH → acidose metabólica (cetoacidose)
- Por isso apesar dos ác. graxos fornecerem mais energia por mol é melhor a utilização de glicose para obter energia.
 A reação de quebra dos ácidos graxos é denominada β-Oxidação dos ácidos graxos.
Obs. Pessoas com diabetes descompensada emagrecem porque consomem gordura ao invés de glicose, porém forma os ácidos tóxicos. Esses levam a acidose metabólica, que por sua vez, pode levar esses pacientes ao coma diabético. Outra consequência dessa substituição é a insuficiência renal, pois os rins trabalham excessivamente, tentando reabsorver o excesso de glicose.
- A energia que vem dos lipídios e açúcares é formada na forma de ATP, GTP, UTP, CTP. O ATP é quebrado pela água, na presença da enzima ATPase formando ADP + Pi + 10 Kcal.
- As células utilizam dois mecanismos para retirar energia dos nutrientes:
	•	Glicose anaeróbia (ou fermentação) – citosol: 11 enzimas do citosol, semconsumo de O2, produzem 2 moléculas de piruvato liberando energia que é armazenada em 2 moléculas de ATP.
	•	Fosforilação oxidativa – mitocôndrias: alto rendimento energético (36 mols ATP) – são 3 mecanismos:
	•	Produção de acetilcoenzima A: a partir da CoA e de acetato (libera CO2).
	•	Ciclo de Krebs ou do ácido cítrico: sequência cíclica de reações enzimáticas, devido à presença de enzimas chamadas desidrogenases ocorre produção gradual de elétrons e prótons. Os elétrons são capturados pelo NAD e FAD. Esse ciclo é responsável por produzir prótons e elétrons de alta energia, gerando CO2, seu rendimento é baixo.
acetil
ác. pirúvico
Glicose → (glicólise) → H3C-CO-COOH → (descarboxilado) → H3C-CO· + CoA →
ác. oxalacético
 
	•	Sistema transportador de elétrons: CITOCROMOS (ricos em Fe2+). Ao longo da cadeia os elétrons cedem energia utilizada na síntese de ATP. Ao chegarem ao fim do sistema transportador, os elétrons são capturados pelo O2 produzindo O- devido a um sistema enzimático – citocromo-oxidase. 2H+ + O- → H2O. O ATP é formado pelo fluxo retrógrado de prótons H+.
Em bactérias a reação ocorre nos mesossomos (invaginações da membrana), onde existem enzimas oxidativas para produção de energia.
Obs. O citocromo-oxidase é fortemente inibido pelo cianeto – acidose respiratória. ***
Mitocôndria
- membrana externa: lisa, muito permeável a moléculas com peso a baixo de 5000 Dalton (Da), possui colesterol. Presença da proteína Porina (formam canais) – permeável. Entre as duas membranas existe o espaço intermembranoso, também chamado de compartimento mitocondrial externo.
- membrana interna: pobre em colesterol, rica em cardiolipina (fosfolipídio com 4 ác. graxos) que atua como uma barreira iônica. O compartimento mitocondrial interno é onde se localiza a matriz mitocondrial. 
Obs. Os fosfolipídios das membranas mitocondriais não são sintetizados na organela, mas sim no REL. Sendo transferidas para as mitocôndrias por proteínas transportadoras especiais (proteína carreadora de fosfolipídios).
- mitocôndrias com cristas em prateleira: encontradas em células produtoras de proteínas.
- mitocôndrias com cristas tubulosas: encontradas em células produtoras de lipídios.
- partículas escuras (elétron-densas) na matriz mitocondrial são sítios de ligação de cátions divalentes. Ex. Ca2+ que é armazenado tanto pela mitocôndria como pelo REL.
- enzimas na matriz mitocondrial: enzimas do ciclo de Krebs, enzimas da β-oxidação dos ác. graxos, enzimas que participam da síntese se hormônios esteróides, enzimas que duplicam ou transcrevem o DNA.
- as mitocôndrias se dividem como as bactérias por cissiparidade ou podem se fundir.
- o DNA mitocondrial é circular e possui 37 genes. (2 codificam RNAr – 22 codificam RNAt – 13 codificam RNAm).
Obs. As mitocôndrias podem sintetizar 13 proteínas diferentes, as outras são importadas do citosol dos polissomos livres. Os genes não têm íntrons, apenas éxons, logo não ocorre splicing. ***
- polarização funcional: as mitocôndrias se localizam em áreas próximas aos locais onde são requisitadas na célula. 
Exemplo: Nas células ciliadas as mitocôndrias ficam agrupadas na região apical, próximos aos cílios.
Obs. Antibiótico – Cloranfenicol – interfere na síntese protéica das mitocôndrias, logo seu uso deve ser feito em doses baixas.
- constante de sedimentação de 55S.
- partículas (corpúsculos) elementares:
Cabeça (F1): grande quantidade de ATPsintetase → sede da produção de ATP. ***
Haste (F zero) ***
Base: inserido na membrana. ***
- a energia dos elétrons na cadeia de citocromos é utilizada no transporte de H+ da matriz para o espaço intermembranoso. Os prótons H+ voltam para matriz pelas partículas elementares criando fluxos de energia usada para produção de ATP a partir do ADP + Pi. Energia: 45% são acumulados em energia química (ATP) e 55% são dissipados na forma de calor.
- Termogenina: proteína de membrana interna das mitocôndrias que funciona como desvio para o fluxo retrógrado dos prótons H+. A energia é 100% dissipada na forma de calor. Pode regular a quantidade de energia dos nutrientes que vai gerar calor. Além de papel significativo no despertar dos animais que hibernam, aquecendo o sangue. 
- as mitocôndrias desencadeiam os processos de apoptose (morte programada da célula) sem que ocorra inflamação – abertura de canais não específicos.
As mitocôndrias liberam: 
	•	Citocromo C
	•	Fator ativador da apoptose
	•	Caspases (proteases promovedoras da apoptose)
	•	Endonucleases G
Importação mitocondrial de proteínas
Proteínas recém-sintetizadas com uma sequência sinal de endereçamento são mantidas distendidas pela Chaperone Hsp 70, que também transportam a proteína até a mitocôndria. O sinal é reconhecido por um receptor localizado na membrana mitocondrial externa sendo transferido com gasto de energia para o interior da mitocôndria.
Passagem da - Complexo TOM: membrana externa da mitocôndria. proteína - Complexo TIM: membrana interna da mitocôndria.
OBS: TOM (do inglês, Translocase of the Outer mitochondrial Membrane = translocan da membrana mitocondrial externa).
 TIM (do inglês, Translocase of the Inner mitochondrial Membrane = translocan da membrana mitocondrial interna). 
Dentro da organela a proteína se dobra com auxílio da chaperone Hsp 60. A seqüência sinal é removida por proteases da matriz.
Doenças relacionadas a defeitos no DNA mitocondrial. ***
	•	Doença de Luft – pode ser confundida com hipertireoidismo, há aumento no número de mitocôndrias no tecido muscular esquelético. 
	•	Miopatia mitocondrial infantil (falta ou diminuição de enzimas da cadeia transportadora de elétrons), doença fatal que causa lesão nos músculos esqueléticos.
5. Transporte através da membrana plasmática de macromoléculas – endocitose e exocitose – lisossomos
- Bicamada lipídica impede a passagem de solutos que sejam macromoléculas polares e íons (soluto com carga), mas permite a passagem de moléculas hidrofóbicas e de moléculas polares pequenas e sem carga.
	•	Transporte passivo***
- Tipos de proteínas transmembrana especializada multipasso:
Proteína canal Proteína carreadora
- mais rápida - mais lenta
- só atua em transporte passivo - pode atuar em transporte ativo
- não se liga a molécula a ser transportada - liga-se a molécula a ser transportada
- seleciona por tamanho e carga - seleciona por formacidade
	•	Movimento de Ping-pong: proteína transmembrana carreadora multipasso altera sua conformação espacial, ora de um lado ora de outro da membrana. (mudança na conformação espacial)
Obs. Doença - Cistinúria hereditária:
Alta secreção da cistina (aa) na urina, provocada por uma mutação no gene que codifica a proteína transportadora da cistina. Como conseqüência pode ocorrer formação de cálculos de cistina que é altamente insolúvel.
	•	Transporte ativo***
- Transporte ativo primário → mediado por ATP
- Transporte ativo secundário → utiliza-se a energia do íon (antiporte e simporte)
	•	Transporte de pequenas moléculas e íons
- Difusão passiva
- Difusão facilitada (permeases)
	•	Transporte de macromoléculas – transporte de massa ou em quantidade
- sempre acompanhado de alterações morfológicas da membrana celular. Há formação de vesículas que se juntam ou saem da membrana.
	•	Exocitose – transferência de macromoléculas para fora
- secreção regulada: só ocorre quando há um sinal. Ex. pâncreas***
- secreção constitutiva: é essencial, indispensável, ocorre continuamente. ***
Obs. A exocitose é dificultada porque as membranas têm carga negativa, devido aos radicais fosfatos dos fosfolipídios e por isso se repelem. A exocitose depende das proteínas FUSOGÊNICAS, que possibilitam a fusão das membranas das vesículas com a membrana plasmática. Existe a necessidadede ATP e Ca2+.
Obs. Cinderina → proteína relacionada com a modificação de microfilamentos de actina no córtex da membrana.
Anexina II → liga-se a fosfatidilserina e interfere nos fenômenos principalmente da monocamada citossólica dependentes de Ca2+.
	•	Endocitose
- Fagocitose – só é realizada por células especializadas chamadas de fagócitos / forma grande vesículas / emissão de pseudópodes. Fagócitos polimorfonucleares: macrófagos e neutrófilos.
- Pinocitose – é um processo constitutivo / realizado pela maioria de nossas células / forma pequenas vesículas.
	•	Fagocitose***
- processo específico.
- partículas com cargas negativas ou neutras quase não sofrem fagocitose.
- partículas com cargas positivas fazem fagocitose.
- partículas que não estimulam a fagocitose, fazem OPSONIZAÇÃO – cobertura por opsoninas (principalmente de anticorpos IgG e IgM ) – mecanismos de facilitação da fagocitose.
	•	Pinocitose***
- Não-seletiva ou de fase fluida – vesículas englobam todos os solutos que estiverem presentes no fluido extracelular. 
- Seletiva ou pinocitose mediada por receptor – há receptor (especificidade), há invaginação e há formação de vesícula coberta (proteína Clatrina). Ex. transporte de colesterol (LDL).
- vesículas recobertas por Clatrina.
- receptor (840aa) – adaptina – clatrina.
- invaginação.
- O LDL se liga a proteína receptora e ocorre difusão lateral chegando a receptores específicos ao LDL, onde ocorrerá a formação de vesículas revertida com Clatrina e AP2 = α-Adaptina. Assim teremos a formação de vesículas endocítica.
OBS: as Clatrina interagem com as actinas do citoesqueleto fazendo a vesícula se mover.
- A vesícula endocítica perde sua cobertura de Clatrina e se funde ao Endossomo precoce (PH=6.5). Os receptores específicos que envolvem as vesículas endocítica, formam Endossomos de Reciclagem. Estes por sua vez, devolvem à membrana plasmática os receptores específicos de LDL e outros que possam está envolvidos no processo, para que atuem em novos ciclos de formação de vesículas endocíticas e mantenha o tamanho da membrana plasmática.
OBS: Vesículas intraluminais: são vesículas que não retornam para membrana plasmática, que ficam no lúmen celular.
- Vesículas Endossômicas carreadoras: são vesículas que brotam do Endossomo precoce e levam o conteúdo armazenado deste até Endossomo tardio. Possui composição de membrana igual ao do Endossomo precoce.
- Endossomo tardio (PH=6.0): pode ser chamado de Endossomo Multivesicular ou Corpo Multivesicular. Porque está cheio de vesículas no interior, assim não sofreu processo de digestão.
- vesículas que brotam do Golgi contendo enzimas hidrolíticas, essas se unem ao endossomo tardio para formar o lisossomo (compartimento terminal da via endocítica).
Todo o processo descrito acima é denominado de maturação endossômica.
Obs. A fagocitose não utiliza o compartimento endossomal. As vesículas de fagocitose – fagossomo – fundem-se ao lisossomo.
Obs. Hipercolesterolemia familiar (hereditária): mutação no gene que sintetiza a proteína receptora do LDL da membrana plasmática, que é defeituoso ou ausente. Como consequência, o colesterol não entra nas células e sua concentração se eleva no sangue, o que acarreta o aparecimento de quadros precoces de arteriosclerose.
Lisossomo: É um corpúsculo esférico e circulado por unidades de membrana. Os lisossomos são ricos em enzimas digestivas para quase todas as moléculas biológicas. As células seriam facilmente destruídas se essas enzimas não estivessem contidas numa organela envolta por membrana. O fato de que as enzimas lisossômicas serem ativas em pH ácido, enquanto o pH do CITOSOL É NEUTRO, constitui uma PROTEÇÃO ADICIONAL, contra os efeitos dessas enzimas na ocorrência eventual de ruptura de lisossomos. O elenco de enzimas presentes é VARIÁVEL de acordo com o TIPO celular e depende da especialização funcional de cada célula.
Proteínas associadas à membrana dos lisossomos:
	•	Lamp-1
	•	Lamp-2
	•	Limp
São transportadoras do conteúdo digerido dos lisossomos.
OBS: São altamente glicosiladas.
Cistinosina: proteína da membrana do lisossomo, que realiza o transporte de cistina (aminoácido) para o interior dos lisossomos para serem degradadas. O acúmulo de cistina no citoplasma atrapalha o funcionamento da célula, principalmente o funcionamento dos rins.
Pesquisa de casa:
	•	Cistinose Nefropática Infantil: A Cistinose é uma doença que afeta principalmente os rins, causada pelo acúmulo de um aminoácido chamado cistina no interior de componentes celulares, como os lisossomos, devido a deficiência na proteína cistinosina (proteína lisossomal que transporte o aminoácido cistina para dentro do lisossomo). A cistina não é solúvel em água e esse acúmulo forma cristais que prejudicam as funções celulares normais.
O quadro clínico clássico: é composto pelo aumento do volume de urina (poliúria) e aumento da sede (polidipsia), desidratação, acidez excessiva do sangue por conta de uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato (acidose metabólica), distúrbios ósseos por deficiência de fósforo (raquitismo hipofosfatêmico), déficit de crescimento, febre e síndrome de Fanconi, que é um distúrbio raro da função renal e que acarreta quantidades elevadas de glicose, de bicarbonato, de fosfatos e de determinados aminoácidos na urina.
O medicamento cisteamina: consegue controlar a doença e adiar a necessidade de um transplante de rim. Isso porque a cisteamina reage com a cistina permitindo que ela consiga sair de dentro de componentes celulares reduzindo o acúmulo de cristais que atrapalham o bom funcionamento celular.
	•	Doença de Salla: É resultante do transporte defeituoso de ácido siálico nos lisossomos, devido à mutação no gene que codifica a sialina (proteína que transporta o ácido siálico para dentro o lisossomo), com consequente acúmulo lisossomal de ácido siálico livre. O modo de herança da doença é autossômica recessiva.
 Obs. Grânulos de lipofuscina: são corpos residuais pelo acúmulo de lipídios complexos não degradados em células do músculo cardíaco e neurônio – geralmente não representam doenças. É um pigmento depositado na célula que serve para detectar o tempo de vida celular.
A falta de enzima dos lisossomos, passando a célula armazenar substrato de uma determinada substância, prejudicando assim o bom funcionamento celular, leva ao surgimento das Doenças lisossomais ou de armazenamento. ***
	•	Doença de Pompe: mutação em que resulta na deficiência da síntese da enzima α-glicosidase ácida – responsável pela degradação do glicogênio. A criança não chega a um ano de vida. São as manifestações iniciais: cardiomegalia, insuficiência cardíaca e hipotonia muscular (baixo tônus da musculatura).
Filme indicado sobre a doença acima: Medidas extremas. 
	•	Leucodistrofia metacromática: não ocorre a síntese de aril-sulfatase A (enzima dos peroxissomos), logo se acumulam substâncias ricas em sulfato (principalmente nos oligodendrócitos e células de Schwann). Como manifestações clínicas ocorrem à desmielinização difusa, demência, convulsões e rigidez. 
Filme indicado sobre a doença acima: Óleo de Lourenço.
 Obs. substâncias metacromáticas contém muito sulfato.
	•	Doença de inclusão celular (células I): doença recessiva em que são ausentes as hidrolases nos fibroblastos – todas as outras células têm lisossomos normais. Ocorre ausência ou deficiência da enzima N-acetilglicosamina fosfotransferase. As enzimas não são fosforiladas na rede CIS do Golgi – não são reconhecidas como enzimas lisossômicas. Presume-se que nas outras células exista outra forma de reconhecimento de enzimas lisossômicas que não acontece nos fibroblastos. Possui como consequência o déficit mental e de crescimento. 
Obs. Via Default (desvio) *** – ocorre quando Golgi secreta vesículas com Clatrina e manose-6-fosfato. Sendo que essa vesícula não se encaminha para os lisossomos, sim para exocitose. É um erro no caminho da vesícula, ou seja, um erro de Golgi, não uma doença. 
Algumas doenças são tratadas porreposição enzimática - TRE. Ex. Doença de Gauche – a falta da enzima glicocerebrosidase nos macrófagos do baço, do fígado e da medula óssea, assim não ocorrendo degradação dos glicocerebrosídeos, ocorre acúmulo desses. Sintomas: anemia, esplenomegalia e hepatomegalia.
Via de degradação de proteínas não exocitadas
	•	Proteossomo-ubiquitina: degradação seletiva de proteínas realizada em complexos multienzimáticos denominados proteossomos. ***
	•	Lisossômico: 
- receptor de membrana específico LGP 96 (glicoproteína lisossomal 96 KDa).
- KFERQ – proteínas com essa seqüência quando devem ser destruídas se ligam a uma organela velha que sofrerá autofagia.
6. Sinalização celular
Introdução
 Alguns hormônios possuem natureza proteica, enquanto que outros possuem natureza lipídica. Também existem hormônios, como T3 e T4, que são aminoácidos.
Hormônios = Mensageiros (ligantes)
 Os hormônios de natureza proteica atuam em receptores da membrana plasmática. Enquanto que os hormônios de natureza lipídica (esteroides) atuam no interior da célula.
- Células alvo: células com receptor reagem ao sinal.
- As células têm receptores diferentes para os vários tipos de sinais.
- Nem sempre o receptor se encontra na membrana celular.
Obs. existem moléculas sinalizadoras que agem no citosol ou no núcleo.
 Receptores da membrana plasmática normalmente são transmembrana de 7 passagem pela membrana plasmática.
Comunicações celulares
Resposta = comunicação do ligante com receptor. Ex. acetilcolina e noradrenalina.
	•	Introdução:
- ligantes
- receptores
- ligantes x resposta x receptores
Obs. mensagens iguais para células diferentes (com receptores diferentes) produzem respostas diferentes.
Ex1: acetilcolina → no coração provoca relaxamento – bradicardia
 → na musculatura esquelética causa contração
Obs. Drogas simpático-miméticas ou parassimpático-miméticas provocam igual efeito do Sistema nervoso simpático e parassimpático, respectivamente.
Ex2: Histamina membrana da musculatura lisa provoca relaxamento da parede vasodilatação. 
 parede de brônquio ou bronquíolo provoca contração bronquioconstricção (fechamento dos brônquios). Faz com que a pressão arterial se eleve.
 OBS: Em um choque anafilático os mastócitos e basófilos, ambos liberam Histamina, que leva contração dos brônquios e vasodilatação dos vasos. Indicação é aplicar adrenalina no paciente, pois possui efeito antagônico à histamina, ou seja, é anti-histamina.
	•	Tipos de comunicações celulares:
- hormonal
- parácrina (se o sinal é produzido pela célula e age sobre a célula ao lado, sem necessitar ser lançado na corrente sanguínea) ou autócrina (se o sinal é produzido pela célula e age sobre a própria célula).
- por meio de neurotransmissores : liberados pelas sinapses do neurônio, agindo numa célula-efetora
	•	Comunicação Parácrina
	•	Mediadores locais
	•	Secreção autócrina
Ex. mediadores locais:
	•	Histamina (mediador primário) → vasodilatação (VD) e maior permeabilidade vascular. No inchaço ocorre a tríade do processo inflamatório: calor, rubor, dor.
Obs. Bradicinina: mediador local que provoca dor.
	•	Derivados do ác. aracdônico (20 átomos de C) – ác. graxo que é formado a partir dos fosfolipídios da membrana plasmática.
	•	Prostaglandinas
	•	Tromboxanos
	•	Leucotrienos
Prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos (os 3 são eicosanóides) – são mediadores secundários do processo inflamatório. É necessário agir contra essas 3 substâncias para combater o processo inflamatório. Podem ser utilizadas substâncias esteroidais ou não-esteroidais.
Obs. os antiinflamatórios de natureza esteróide, como a cortisona, inibem a liberação da ác. aracdônico, bloqueando todos os mediadores: prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos; antiinflamatórios não esteróides, como a aspirina, bloqueiam as prostaglandinas e os tromboxanos, mas não os leucotrienos. 
	•	Óxido nítrico (NO):
Acetilcolina → células endoteliais → NO → musculatura lisa (relaxamento da musculatura e vasodilatação)
Obs. Antigamente se usava nitroglicerina para tratamento da dor da angina do peito, que é devida a uma diminuição do fluxo de sangue no músculo do coração.
Nitroglicerina → NO → relaxamento da musculatura dos vasos → dilatação dos vasos → aumento do fluxo sanguíneo → aumento de oxigênio no miocárdio 
	•	Comunicação por neurotransmissores: 
- rápida: menor distância a ser percorrido, maior número de receptores, maior afinidade.
- adrenalina e noradrenalina: podem atuar como mediadores e hormônios.
- a membrana pós-sináptica contém receptores para o neurotransmissor liberado na membrana pré-sináptica.
Há neurônios secretores do Hipotálomo, onde seus axônios descem até chegar na Neuro-hipófise (função de armazenar).
 Exemplo de secreção: ADH e Ocitocina.
 Existem bloqueadores que ocupam os receptores dos neurotransmissores, impedindo a ação dos neurotransmissores. Isso é usado nas cirurgias cardíacas, para deixar o paciente relaxado.
 A enzima Acetilcolinesterase é uma enzima que degrada a Acetilcolina, em radical Acetil e Colina.
Obs. Miastenia grave (doença auto-imune)
Ocorre produção de anticorpos contra os receptores da acetilcolina. Os anticorpos se ligam ao receptor, inativando-o e impedindo a contração da fibra muscular. Logo, ocorre o enfraquecimento progressivo da maioria dos músculos, dificultando a fala, a deglutição e a respiração. O tratamento é feito com corticóides – imunossupressores. 
	•	Comunicação hormonal:
- processo lento com menor quantidade de mediadores, mas maior especificidade. Ex. o hipotálamo recebe estímulos do córtex cerebral para produção do fator liberador de gonadotrofina (GNRH), este atinge o sangue e alcança a hipófise que libera as gonadotrofinas.
Obs. Insulina: resposta rápida – nas células β do pâncreas endócrino existe constantemente insulina para ser liberada e existe uma reserva de receptores para insulina e moléculas transportadoras de glicose na membrana. A combinação da insulina com seu receptor estimulam a transferência das vesículas contendo o transportador de glicose para a membrana. A remoção da insulina estimula a endocitose dos transportadores de glicose (localização intracelular) onde permanecem como reserva.
Obs. Se o receptor não conseguir interagir com a insulina existirá maior quantidade de glicose no sangue. Ex. diabetes tipo II – não insulinodependente. 
Se o pâncreas não produz insulina suficiente. Ex. diabetes tipo I – insulinodependente.
Hormônios lipossolúveis:
- atravessam diretamente a membrana plasmática. Ex. T3, T4 e Esteróides.
- transportados no plasma (proteínas anfipáticas), circulam mais tempo e têm respostas mais prolongadas.
Moléculas sinalizadoras hidrossolúveis
Modificam níveis intracelulares de cAMP (necessário que seja produzido e degradado rapidamente) ou Ca²+.
ATP + (adenilato ciclase – enzima presa a membrana celular) → cAMP (adenosina monofosfato cíclico)
cAMP + (cAMP fosfadiesterase – desativa a cAMP) →5’-AMP
- quando um sinal químico se liga a certos receptores forma-se o trifosfato de inositol que promove a abertura dos canais de Ca²+ no REL, ativando mecanismos intracelulares sensíveis ao Ca²+.
- na membrana das células existem bombas que, consumindo energia de ATP, movimentam para fora da célula o excesso de Ca²+.
- as membranas do REL também possuem bombas de Ca²+ e nas cisternas do retículo existe uma proteína especializada em captação e liberação de Ca²+ – CALSEQUESTRINA.
- cAMP e Ca²+ atuam adicionando grupamentos fosfato do ATP a certas cinases protéicas. 
Receptores ligados a proteína G (ligada a GTP – ativa, ou a GDP – inativa)
- moléculas complexas com 7 passagens pela membrana.
Sinal químico → ativa receptor → atua na proteína G → gera cAMP e Ca²+ → ativa cinases protéicas → adiciona grupo fosfato a serina ou a treonina. 
- hormônio protéico, fator de crescimento e neurotransmissores são ligantes hidrofílicos da proteína G. A proteína G é formadapor 3 polipeptídios – cadeias α, β e γ – localizadas na face citoplasmática da membrana célula. A cadeia β está ligada ao receptor da membrana. A cadeia α está ligada ao GDP ou GTP. Só α tem capacidade de se ligar a GTP.
Obs. a toxina da cólera faz com que a proteína G estimuladora (Gs) não seja capaz de hidrolisar GTP fixado ficando em um estado indefinidamente ativado, com o aumento de AMPc nas células epiteliais intestinais ocorre um grande efluxo de Na+ e água para luz intestinal, que é responsável pela diarréia.
Quando está ligada a GDP (inativa) a cadeia α tem grande afinidade pelas cadeias β e γ. Assim a proteína G permanece inativa com suas 3 cadeias firmemente presas. A ligação de um sinal químico ativa, a parte citoplasmática do receptor, que adiciona um grupo fosfato ao GDP da cadeia α, tornando-o ativo e liberando-o das outras 2 cadeias da molécula da proteína G. Quando o receptor e o sinal químico se separam, a própria cadeia α hidrolisa o GTP, transformando-o em GDP.
As proteínas G atuam através de 2 vias:
	•	Gera cAMP (produção por ATP e a enzima adenilato ciclase) ativando diversas cinases protéicas.
	•	Ruptura da molécula de um fosfolipídio da membrana – fosfatidilinositol – catalisada pela FOSFALIPASE C produzindo trifosfato de inositol (INsP3) e diacilglicerol (DAG).
DAG – preso a bicamada lipídica, podendo ser reaproveitado para formar lipídios de membrana.
INsP3 – abertura dos canais de Ca²+ do REL e ativa cinase protéica C, esta fosforila proteínas e enzimas: transportadoras, contráteis e outras do citoesqueleto, proteínas que participam da secreção glandular e de neurotransmissores, enzimas oxidantes e proteínas que participam de endocitose. 
Degradação de mensageiros intracelulares:
- cAMP fosfodiesterase → cAMP → AMP simples
- trifosfato inositol → fosfatidil-inositol / bomba Ca²+ → Ca²+ para o REL ou meio extracelular.
Modificações adaptativas nas células alvo (dessensibilização) 
- diminui o número de receptores (por endocitose) para que reaja menos ao sinal.
- modificação dos receptores para menor afinidade com ligantes.
- modificação na proteína G.
- receptores intracelulares (citoplasma e núcleo): alteração conformacional (ativação do receptor) → ligação com seqüências específicas do DNA.
Obs. Síndrome do testículo femininizante: ocorre mutação nos genes para receptores da testosterona, com isso, não há ligação ao DNA e não ocorre ativação dos genes. Como conseqüência há um excesso de testosterona no sangue que posteriormente é convertido em estrógenos, formando no homem um fenótipo feminino (pseudo-hermafrodita). A transformação de testosterona em estrógenos é denominada via de escape metabólico. 
 Hormônios hidrossolúveis:
- são maioria – 80%
- receptores na membrana
- se difundem mais rapidamente
- receptores → associados à proteína G, esta deve estar ligada a GDP ou GTP.
 → catalíticos – ativam enzimas da membrana, as enzimas são geralmente cinase protéicas que fosforilam a hidroxila da tirosina de proteínas aloplasmáticas específicas.
Os receptores catalíticos são glicoproteínas transmembrana. Esses receptores têm a parte que adere ao sinal químico exposta na superfície da membrana e a parte que se localiza no citoplasma que tem ação enzimática. Quando a extremidade externa desses receptores recebe o sinal químico a parte citoplasmática – cinase protéica – se torna ativa e transfere o grupamento fosfato terminal do ATP para o grupamento hidroxila da tirosina. Ex. receptores para insulina e para diversos fatores do crescimento.
Obs. alguns receptores catalíticos atuam inicialmente as proteínas Ras que levam informação até o núcleo celular para estimular a diferenciação e a multiplicação da célula. A Ras está ativada quando combinada com GTP e inativada quando ligada a GDP.
7. Citoesqueleto – movimentos celulares
	•	Introdução: rede de filamentos protéicos por todo o citoplasma; é dinâmica e se organiza continuamente. 
	•	Função: realizam movimentos das organelas, atuam na divisão celular (movimentação de cromossomos) e mantem a integralidade celular.
	•	Constituição do Citoesqueleto:
- filamentos de actina (possui menor diâmetro), filamentos de miosina. ***
- microtúbulos (tubulina) ***
- filamentos intermediários (estáveis – fazem ligação com a membrana celular) ***
Microtúbulos
	•	Constituição – corte transversal: anel com 13 dímeros (diâmetro de 25nm) – possui estruturas cilíndricas formadas pela polimerização de heterodímeros de tubulina (tubulinas α e β – cadeias polipeptídicas semelhantes)
	•	Possui Polaridade em suas extremidades – (um lado diferente do outro):
→ Extremidade (+) (mais): polarização e despolarização rápida (polimerização local dos dímeros de tubulina)
→ Extremidade (-) (menos): polarização e despolarização lenta (predomínio da despolarização)
Obs. no centrossomo a extremidade (-) tende a ficar estabilizada
	•	Instabilidade dinâmica: processo contínuo de polimerização e despolimerização que acontece na extremidade (+) quando a extremidade (-) está estabilizada.
	•	Centrossomo: local da célula onde se tem um par de centríolos e ocorre o início da síntese – denominado MTOC primário da célula (MTOC principal), material eletro-denso, rico em proteínas γ-tubulina (também denominado γ-TuRC), esta é uma proteína de nucleação que forma o 1° anel de 13 γ-tubulinas. A partir daí ocorre à polimerização de α e β tubulinas que faz crescer o microtúbulo.
Obs. uma mesma molécula de tubulina pode participar de vários processos de polimerização. 
MTOC (Centro Organizador de Microtúbulos)
- ponto de origem da polimerização de microtúbulos; próximo ao núcleo e ao complexo de Golgi. 
Vida média: tubulina → 20h microtúbulo → 10 min
Existe no citoplasma reserva de tubulina (POOL), não sendo necessária a contínua síntese de proteínas. (no citossol há um pool de dímeros de tubulina não polimerizada) A polimerização é regulada pela [Ca2+] (curta duração) e pelas MAP’s (longa duração).
FN: fase de nucleação – lenta – anel com 13 γ tubulinas-ocorre à polimerização e despolimerização 
FA: fase de alongamento – usa-se a tubulina de reserva - POOL
P: platô ou equilíbrio – toda tubulina do citoplasma está sendo utilizada (concentração crítica)
	•	O microtúbulo é formado por 13 protofilamentos, estes são filamentos longitudinais (de arranjo linear) com α e β tubulinas.
Drogas que afetam os microtúbulos
Colchicina: para a divisão celular na metáfase; se liga a todas as moléculas de tubulina. O complexo tubulina-colchicina não sofre polimerização, logo a despolimerização destrói os microtúbulos; impede a instabilidade dinâmica e a polimerização. É utilizado contra o câncer infantil.
Colchicina, Calcemida, Vincristina e Vimblastina são inibidores da polimerização.
Taxol (Politaxol): acelera a polimerização, estabiliza o microtúbulo, impedindo a despolimerização; ocorre inibição da instabilidade dinâmica (usado preferencialmente no combate ao câncer de mama).
	•	Estabilidade dos microtúbulos: associados a proteínas MAP’s (proteínas associadas ao microtúbulo), estas tornam os microtúbulos estáveis (não sofrem estabilidade) e fazem a ligação desses microtúbulos com outras estruturas celulares.
MAP-1 e MAP-2 – estabilizam os microtúbulos por inibirem a liberação de tubulina das suas extremidades; se ligam ao microtúbulo / Tau (axônio) – auxilia na ligação do microtúbulo a outros componentes celulares; encontra-se de forma predominante e desorganizada nas lesões cerebrais do paciente com Alzheimer.
Obs.: ATPase: São proteínas motoras, que estão relacionadas com o transporte de cargas (transporte de vesículas ou partículas).
- Cinesina (MAP ATPase): promove crescimento da extremidade (-) → (+), exocitose.
- Dineína citoplasmática (MAP-1C ATPase): crescimento da extremidade (+) → (-), endocitose.
Os microtúbulos mais estáveis encontram-se nos centríolos, cílios e flagelos. 
Cílios e flagelos (têm estrutura idêntica) – 9 pares de microtúbulos periféricos e 2 centrais. AXONEMA(9+2).
OBS1: AXONEMA: É um arranjo de microtúbulos.
OBS2: Não se denomina os 2 microtúbulos centrais de par, pois eles se encontram fundidos.
Proteínas:
- DINEÍNA CILIAR: é uma MAP e uma ATPase, realiza transporte de microtúbulos.
- NEXINA: é uma MAP; ligam os pares de túbulos periféricos (B ao A); limita o movimento, assim não permitindo que os microtúbulos se desencaixem. 
- BAINHA CENTRAL (ou interna): é uma MAP; fica ao redor dos microtúbulos centrais.
- PEDÚNCULO (ou projeção) RADIAL: liga os microtúbulos periféricos a bainha central. 
Obs. Síndrome de Kartagener (cílios imóveis).
Doença autossômica recessiva em que ocorre a ausência da dineína ciliar, o que provoca infecções respiratórias freqüentes, sinusite, bronquiectasia (dilatação permanente de brônquios e bronquíolos); em homens provoca esterilidade. Em 50% dos pacientes acontece o situs inversus totalis (órgãos em posição invertida).
AXONEMA centriolar (9+0) – 9 trincas de microtúbulos periféricos.
 São 9 trincas de microtúbulos, sendo uma sequência de microtúbulos A, B e C. Os microtúbulos A e B continuam a polimerizar, enquanto o microtúbulo C não polimeriza.
MTOC secundário da célula
O corpúsculo basal (9+0) orienta a formação dos cílios.
Pesquisa de casa:
A síndrome de Bardet-Biedl, uma doença dos corpúsculos basais e dos cílios que resulta do transporte anormal de proteínas ciliares, devido a defeito na organização dos corpúsculos basais e dos cílios. Sintomas: É caracterizada por distrofia retiniana, obesidade, polidactilia, displasia renal, anormalidades do trato reprodutor e incapacidade de aprendizado.
Filamentos intermediários
	•	Constituição – não são formados pela polimerização de uma proteína apenas, mas de mais de 50 divididas em 6 famílias (TIPOS); são elementos estruturais.
	•	Caracterização – relacionado com a resistência mecânica; muito estáveis; estão ligados as estruturas na base e na lateral das células e se ancoram nos desmossomos e hemidesmossomos; são específicos para cada tipo de célula onde atuam.
	•	Tipo I (de queratinas ácidas) e Tipo II – específico (de queratinas básicas e neutras) sendo que os dois tipos estão relacionados a células epiteliais. 
	•	Tipo III:
	•	Proteína VIMENTINA - específico de células mesenquimatosas (fibroblasto).
	•	DESMINA – todas as células musculares.
	•	Proteína ácida fibrilar da glia – célula de Schwann e astrócito.
	•	Periferina - presentes em neurônios do sistema nervoso periférico (SNP), que co-polimeriza com uma proteína do tipo IV (proteína dos microfilamentos).
	•	Tipo IV: Proteína dos neurofilamentos – corpo celular, dendrito e axônio.
	•	Tipo V: LAMINAS A, B e C*** → formam a lâmina nuclear (único representante nuclear do citoesqueleto) – na mitose ocorrem fosforilação e desfosforilação.
	•	Tipo VI: NESTINA – proteína do filamento intermediário de células tronco do sistema nervoso central (SNC). 
Obs. Doenças de pele e do Sistema Nervoso:
	•	Epidermólise Bolhosa Simples (EBS): Acontece quando há mutação da queratina 5 e 14, do grupo Tipo I e II dos filamentos intermediários. Há a quebra da estrutura celular, pois os desmossomos não se aderem de maneira correta, com isso o líquido do conjuntivo entra no epitélio e provoca a formação de bolhas ao mínimo trauma (aperto, acidente). Tal anomalia se expressa na camada basal do epitélio.
	•	Hiperqueratose epidermolítica: acontece quando há a mutação da queratina 1 e 10, que está na camada mais alta.
	•	Queratoderma epidermolítica plantopalmar: Só acontece nas plantas dos pés e nas palmas das mãos, sendo que isso é provocado pela mutação dos genes da queratina 9.
	•	Esclerose Lateral Amiotrófica (ALS ou ELA ou Doença de Lou Gehrig): Há a perda de neurônios motores, sem ainda uma justificativa para isso, com a paralisia celular e conseqüente morte. A pessoa perde a capacidade de fala, não deglute e há falência das ações motoras, logo sendo incompatível com a vida. É caracterizado por um arranjo anormal e acúmulo das proteínas dos filamentos intermediários dos neurofilamentos.
Filme indicado sobre a doença acima: “A última grande lição de vida”
	•	Progéria ou Síndrome de Hutchinson-Gilford: É uma doença genética extremamente rara que acelera o processo de envelhecimento em cerca de sete vezes em relação à taxa normal. Ocorre por mutação no gene LMNA que codifica a proteína Lamina A capaz de controlar a estrutura do núcleo, a parte da célula que contém a maior parte dos genes e dos cromossomos; essa mutação torna o núcleo instável.
	•	 Núcleo - Armazenamento da Informação Genética 
Introdução: Todas as atividades celulares são comandadas dentro do núcleo. O núcleo tem a maior concentração de DNA e é nele que está contido a maior parte da informação genética da célula. O núcleo controla o metabolismo celular pela transcrição do DNA nos diferentes tipos de RNAs. Estes são posteriormente traduzidos em proteínas. O envoltório é formado por duas membranas, onde entre elas estará localizado o espaço perinuclear. O que se pode visualizar, sob o M.O. numa lâmina histológica é a soma do envoltório nuclear com a cromatina, que fica aderida à face interna da membrana nuclear. 
Núcleo em interfase: envoltório nuclear, nucléolo, cromatina, nucleoplasma (fundo claro ao M.O.).
Núcleo em divisão: s/ nucléolo, s/ envoltório, s/ cromatina → c/ cromossomos. 
Nucleoplasma (matriz nuclear): água + proteínas + íons + enzimas.
Cromatina: DNA + proteínas* 
*histônicas – de caráter básico, são proteínas catiônicas (firmemente unida ao DNA - estabilidade)
*não-histônicas – Ex. helicase e DNApolimerase
As moléculas de histonas possuem radicais amino (básico) que se ligam ao radical fosfato (ácido) do DNA, além de possuírem carga positiva (lisina e arginina).
Obs. as únicas proteínas que não são renovadas são as histonas, por estar aderida ao DNA sua modificação de estado poderia causar danos ao mesmo. 
Existem 5 tipos de histonas (baixo peso molecular); a maioria teve grande grau de conservação durante a evolução – o conjunto das 5 é denominado nucleossomo:
	•	H1 (histonas de ligação) – promove a compactação das fibras de cromatina. Não faz parte do nucleossomo – são produzidas pelos polissomos livres.
	•	H2A 
	•	H2B formam os dois dímeros periféricos 
	•	H3 (H3C) formam o tetrâmero central – enrolado a um segmento de 146 pb
	•	H4
Nucleossomo (sinônimo de cromatossomo) – unidade estrutural da cromatina, formado por um octâmero de histonas que antes se organizam em dímeros (2 H2A; 2 H2B; 2 H3; 2 H4) + 200 pares de bases (pb) de DNA. 
 DNA de ligação são pedaços que unem um nucleossomo a outro.
O nucléolo surge a partir de alguns cromossomos (13,14,15,21,22 – acrocêntricos) especificamente de uma constrição 2a denominada ZON (zona organizadora do nucléolo) ou SAT (satélite). Essa constrição transcreve RNAr.
	•	RNA polimerase (RNApol) I → produz pré-RNAr 45S → transcreve RNAr (5,8S; 18S; 28S) – produzidos no nucléolo.
	•	RNApol II → transcreve RNAm e snRNA (small núcleo RNA).
	•	RNApol III → transcreve RNAt e RNAr (5S) – este último não é produzido no nucléolo.
Reação de Feulgen: reação especificamente para o DNA, que tem finalidade de corar o nucléolo falso (heterocromatina). O nucléolo verdadeiro não cora porque é composto por RNA em sua maioria.
Obs. Quando a célula se encaminha para a apoptose, se inicia um programação genética, que estimula os lisossomos a liberarem seus conteúdos.
Obs. 5,6 pg (pico-grama) – quantidade de DNA da célula em interfase.
11,2 pg – quantidade de DNA da célula em divisão. 
3x109 é o número de pares de bases do DNA.
Obs. braço p – curto braço q – longo
Ribossomos
	•	Subunidade menor (40S): 
RNAr 18S + ≈ 33 moléculas de proteínas
	•	Subunidade maior (60S):
RNAr 28S + RNAr 5,8S + RNAr 5S + ≈ 49 moléculas de proteínas
snRNA: cortam os íntrons (papel enzimático), sendo esse fenômeno denominado de splicing. A união snRNA mais proteínas, forma o snRNP. Essa associação é denominada spliciossomo.
 A Ligase é aenzima que une o éxons após a separação.
Os ribossomos em sua subunidade menor, possuem 3 sítios:
Sítio A – ligação inicial pelo transportador
Sítio P – formação das ligações peptídicas
Sítio E – elongação da cadeia (citado pelo professor, mas não foi achado nos livros, apenas na Wikipédia®)
Síntese do RNAm:
	•	Enzima Topoisomerase I desespiraliza o DNA.
	•	Enzima Topoisomerase II impede o stress na ponta do DNA.
	•	Enzima Helicase rompe a ponte de hidrogênio.
	•	Enzima RNApolimerase irá transcrever o RNA.
	•	Primer indicará onde começar a transcrição do RNA.
	•	Promotor possui uma sequência de 40 bases nitrogenadas que desencadeia a transcrição.
	•	A sequência promotora do RNApol ocorre na fita 3’ → 5’, mas a transcrição ocorre no sentido 5’ → 3’.
	•	Envoltório nuclear
Introdução
Tem continuidade com o RE e a membrana externa apresenta ribossomos ligados a sua face citoplasmática. A cromatina condensada (heterocromatina – HC) está associada ao envoltório nuclear e a cromatina descondensada (eucromatina – EC) está dispersa no núcleo. Apenas 10% da região eucromática têm atividade gênica, os outros 90% são inativos e parcialmente espiralizados.
Obs. Heterocromatina aparece ao M.E. mais corada, mais escura (É eletrodensa ao M.E.). Esta é a forma inativa e condensada da cromatina.
 Eucromatina aparece mais clara ao M.E. É a forma ativa e desespiralizada da cromatina.
Obs. Intandem – sequências seguidas de genes.
Obs. em interfase a cromatina descompactada predomina. Em divisão toda cromatina está compactada.
Carioteca = envoltório nuclear
Dupla membrana lipoprotéica que possui um espaço perinuclear (entre as duas membranas).
As proteínas que vem para o núcleo são reconhecidas por uma sequência de sinalização nuclear, que não é retirada. Pois quando a célula entra em divisão o envoltório se desfaz e caso essa sequência sinal fosse removida as, proteínas não voltariam ao núcleo e haveria necessidade de sintetizar novas proteínas. 
No núcleo há produção de RNA, logo a membrana tem poros para permitir a saída de RNA e a entrada de enzimas.
 A membrana interna da carioteca apresenta uma rede de filamentos – lâmina nuclear – e a membrana externa tem ribossomos aderidos e ao seu redor encontra-se uma rede de filamentos intermediários que contribuem para a sustentação mecânica do envoltório.
Complexo do Poro – Diafragma + Poro
Constituintes (glicoproteínas – nucleoporinas)
gp210
POM121
	•	Envoltório nuclear
	•	Anel externo (estrutura octogonal de nucleoporinas)
	•	Raios
	•	Cesta
	•	Filamentos
Poro – constituídos por 3 anéis que possuem um arranjo octogonal. Um ligado a superfície nuclear (anel nucleoplasmático) e outro a superfície citoplasmática (anel citoplasmático). No centro, há o transportador central ou Grânumo central, que acopla ao anel do meio. Conectando os 2 anéis, já citados, e o transportador central existem 8 raios, que ancoram os componentes na margem do poro, constituindo o anel médio. Além disso 8 filamentos protéicos se projetam dos lados citoplasmático e nuclear, mas apenas do lado nuclear se forma uma estrutura semelhante a uma cesta de basquete. As proteínas gp210 e POM121 (proteína do poro) fixam o anel a membrana.
Diafragma – controla a troca de componentes entre o núcleo e o citoplasma.
NSL – sinal de localização nuclear, rico em lisina e arginina (são aminoácidos básicos). Proteínas que possuem essa sequêcia são importadas para o núcleo pelas Chaperones Hsp 90, ou seja, NSL é um peptídeo sinal.
Obs. IMPORTINA α – entra no núcleo junto com a proteína, depois é desintegrada pela Ubiquitina formando aminoácido – liga-se ao NSL.
Obs. IMPORTINA β – é reconhecida pelo receptor do poro e liga-se a importina α , porém permanece do lado de fora do núcleo.
Obs. Nup – nucleoporinas – proteínas que formam o complexo do poro e reconhecem as importinas. 
LAP I (unipasso), LAP II (unipasso), EMERINA (unipasso), LBR (multipasso) – são proteínas intríncecas específicas da membrana interna do envoltório nuclear (interagem com a lâmina nuclear e a cromatina); são proteínas de ancoragem das laminas.
Núcleo → Citoplasma 
RNA – gasto de energia → GTP – proteínas transportadoras de RNA – EXPORTINA
Citoplasma → Núcleo
Proteínas (polissomas livres) – gasto de energia → GTP – proteínas transportadoras – IMPORTINA.
Obs. as Importinas e Exportinas (ambos receptores) possuem dois domínios, um liga-se a Ran e outro a molécula a ser transportada.
Obs. apenas o GTP é reconhecido como fornecedor de energia para as enzimas no interior do poro.
Protreína RanGTP – é uma GTPase que cataliza a hidrólise da GTP. 
A Importina β junto a RanGTP saem do núcleo.
RanGTP-Importina β → catalisado por uma GAP → RanGDP + Pi + Importina β
A sequência do DNA na qual a RNA polimerase se liga para iniciar a transcrição de um gene contém 40 pares de bases é chamada de PROMOTOR.
Obs. a enzima só tem acesso ao Promotor na cromatina descompactada.
Obs. Síndrome de Emery-Dreifuss – doença em que o indivíduo não produz a proteína a Emerina. Que tem como conseqüência defeitos na condução cardíaca e degeneração da musculatura esquelética e posterior morte.
Lâmina nuclear
É constituída pelas proteínas laminas, estas são filamentos intermediários, assim servindo como filamentos de ancoragem.
Existem 3 tipos de laminas e variações dessas, originando 7 tipos de moléculas. São codificadas por 3 genes. Sendo que 1 gene codifica a lamina A e C, enquanto que os outros 2 genes codificam lamina B. 
Laminas:
A B C
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
A1(A) A1∆10(A∆10) B1 B2 B3 C1 C2
São 7 laminas e apenas 3 genes.
Quando são fosforiladas o envoltório se fragmenta (prófase)
Quando são desfosforiladas os envoltório se refaz (telófase)
- associam-se ao envoltório nuclear através de proteínas intrínsecas à membrana nuclear interna como: LAP I e II, emerina e a LBR. 
Além dessas, existem outras proteínas que realizam a interação do envoltório com as laminas.
 Nesprinas: mantém a interação do envoltório com as laminas. São proteínas que ligam a membrana aos filamentos de ancoragem do envoltório nuclear.
	•	MAN1 (da membrana)
	•	SUN1 (da superfície)
Cromossomos
- Genoma – 46 cromossomos, sendo 22 autossomos e 1 par sexual (XX ou XY)
- No cromossomo Y existe um gene denominado SRY que produz o TDF (fator de diferenciação dos testículos).
- Síndrome de Turner (44A, X0) – não ocorre à formação do ovário, assim como não se forma o útero (agenesia).
Mulheres, com Síndrome de Turner, são cromatina sexual negativa (2AX0)
- Síndrome de Klinefelter (44A, XXY) – o testículo é atrofiado – fibrose – hialinização. 
Homens, com Síndrome Klinefelter, são cromatina sexual positivo (2AXXY)
Na constrição 1ª dos cromossomos existe o centrômero e em cromossomos que possuem constrição 2ª possuem uma região denominada ZON (zona organizadora do nucléolo), existe nessa região genes denominados de DNAr (DNA capaz de sintetizar RNA ribossômico).
DNAr → RNAr 
 ↓ ↓	
 RNAr 45S RNAr 5S 
 ↓ - estes se unem a proteínas formando ribonucleoproteínas (RNP)
 RNAr 5,8S 
 RNAr 18S
 RNAr 28S
Algumas larvas de anfíbios – Xenopus laevis – têm mutação na ZON e não produzem ribossomos, logo não sintetiza proteínas tornando-se incompatível com a vida.
Obs. a região do DNA que fica aberta durante a transcrição é denominada de bolha de transcrição.
Razão estéreo-química para o DNA ser constituído de dupla fita de cadeia, com as bases nitrogenadas voltadas para o centro.
	•	 As bases nitrogenadas são hidrofóbicas, assim ficam voltadas para o centro. Enquanto que o fosfato e a pentose são estruturas hidrofílicas, assim voltadas paraas extremidades.
	•	Matriz extracelular – e suas interações com as células
	•	Introdução – composta por macromoléculas: complexo de polissacarídeos e proteínas. Além de ser dinâmica e influenciar o comportamento da célula em forma, migração, ação e outros. Preenche o espaço intercelular e são sintetizadas pelas próprias células as quais matem contato.
	•	Composição:
	•	GAG’s + proteínas → Proteogliganas, está em particular no tecido conjuntivo.
	•	Proteínas estruturais → colágenos e elastina (resistentes a forças tensoras).
	•	Proteínas adesivas → fibronectina (ligam células não epiteliais à matriz) e laminina (ligam células epiteliais à lâmina basal).
	•	Glicosaminoglicanas (GAG’s) – açúcar aminado sulfatado (ác. hidurônico/ác. glicurônico + n-acetilgalactosamina)
São polímeros lineares (não ramificados) de unidades de dissacarídeos que se repetem. Sempre um dos açúcares que se repetem é aminado e normalmente sulfatado (ex. n-acetilglicosamina; n-acetilgalactosamina-4-sulfato) e o outro açúcar é derivado do ác. urônico (ex. glicurônico – derivado da glicose – e idurônico – derivado da idose). 
Obs. atrai água, faz com que a matriz seja resistente a forças compressoras.
- As GAG’s são divididas em 4 grupos:
1. Ác. hialurônico – único não sulfatado – hialuronana
2. Sulfato de condroitina e sulfato de dermatana
3. Sulfato de heparana
4. Sulfato de queratana 
Obs. GAG’s – carga (-) elevada → atrai nuvem de cátions (Na+) → osmoticamente ativo → atrai água (alta hidrofilia) – são as moléculas mais aniônicas produzidas pelos animais. Antes eram denominadas de mucopolissacarídeos.
	•	Ác. hialurônico (hialuronana):
- único não sulfatado.
- se associa a proteínas, mas não forma proteoglicanas.
- podem ter até 25.000 unidades de dissacarídeos que se repetem.
- mais simples das GAG’s.
- é sintetizado no complexo multienzimático presente na membrana celular, então segue para a matriz (enquanto que as outras GAG’s são produzidas no Golgi → vesículas → meio extracelular).
	•	Proteoglicanas: 
- eixo de proteínas no qual se ligam as GAG’s (GAG + proteína)
Síntese:
Eixo protéico → RER
Açúcares → Golgi (glicosilação → GAG’s)
Obs. o eixo protéico pode ser uma glicoproteína, quando existe um oligossacarídeo ligado em uma de sua extremidade.
- A GAG não se liga diretamente ao eixo, se liga ao tetrassacarídeo de ligação (xilose – galactose – galactose – ác. glicurônico).
- A GAG liga-se apenas ao aminoácido serina. 
Obs. as Proteoglicanas são grades cadeias e em sua composição pelo menos uma molécula de açúcar deve ser uma GAG, o que difere das Glicoproteínas que são pequenas cadeias compostas por qualquer molécula de açúcar + proteínas. A menor Proteoglicana é maior que uma glicoproteína de tamanho médio.
Proteína de ligação – Hialaderina
GAG’s + proteína central (eixo protéico) – proteoglinacana
 ↓
 AGRECANA
	•	Tipos de proteoglicanas:
	•	AGRECANA – proteoglicana de cartilagem
- composição: sulfato de queratana e sulfato de condroitina.
- localização: principal componente da matriz da cartilagem.
- agregado de agrecana: proteína de ligação – hialaderina – liga a molécula de agrecana ao ác. hialurônico.
- suporte mecânico, forma agregados grandes.
-agregado de agrecana que confere resistência a cartilagem.
OBS: Versican: É o equivalente da agregana, mas no tecido conjuntivo.
	•	DECORINA (apenas 1 molécula de GAG)
- localização: matriz de todos os tecidos conjuntivos; secretada pelos fibroblastos.
- liga-se a fibras de colágeno do Tipo I e ao TGF-β (fator de transformação de crescimento da matriz).
- sua ausência resulta em uma pele frágil.
Proteoglicanas que não são da matriz extracelular: 
	•	SERGLICINA – única dentro da célula
- localização: presente nas vesículas secretoras de leucócitos.
- atua na armazenagem e montagem das vesículas secretoras dos leucócitos.
	•	SINDECANA – influencia na migração celular 
- localização: superfície dos fibroblastos e células epiteliais (mantém seu eixo protéico) onde servem como receptores junto com as integrinas, para colágeno e fibronectina.
- auxilia na adesão celular e se liga ao FGF (fator de crescimento dos fibroblastos) → o fator é estimulado quando a Sindecana liga-se ao FGF.
- se expressa quando o linfócito B é transformado em plasmócito e quando está na medula.
	•	BETAGLICANA (apenas 1 molécula de GAG)
-Estimula a TGF-β
 NÃO é exclusiva da membrana, pode estar localizada na matriz e funciona também como um co-receptor, assim como a SINDECANA.
3. Proteínas adesivas
	•	Fibronectina: glicoproteína adesiva
- apresenta 2 cadeias polipeptídicas (2500aa cada) ligadas em suas extremidades por 2 pontes de dissulfeto.
- liga as células a componentes da matriz extracelular.
- possui domínios funcionais → locais de ligação da célula com a matriz.
	•	Ligação com o colágeno
	•	Ligação com células
	•	Ligação com heparina – influencia a cicatrização, a coagulação e a fagocitose.
Obs. em células cancerosas a quantidade de fibronectina é menor.
INTEGRINA
- principal família de proteínas integrais receptoras.
Haste de filamento de actina
Proteína da matriz extracelular Ex. fibronectina
FIBRONEXOS – elo que se forma entre citoesqueleto e matriz extracelular
Meio intracelular
Meio extracelular
Obs. Existe uma isoforma da Fibronectina, existente no sangue que influencia na coagulação. Denominada de Fibronectina plasmática. Está forma é solúvel, enquanto que as demais são insolúveis e ligadas ao tecido conjuntivo.
- encontrada no sangue.
- auxilia na coagulação, cicatrização, fagocitose.
- ligação com heparina.
	•	Laminarina: glicoproteína
- 3 cadeias polipeptídicas de 1.500aa cada uma (α, β1, β2).
- ligam as células epiteliais aos seus domínios funcionais.
- domínios funcionais:
1. Ligação com o colágeno Tipo IV
2. Ligação com proteoglicana (PERLECANA – função estrutural) – eixo protéico + GAG (sulfato de heparana).
- esses dois primeiros são específicos da lâmina basal.
 	
3. Ligação com uma GAG (sulfato de heparana).
β2
β1
α(ou A), β1, β2 são as cadeias da laminina
3
1
2
	•	Lâmina basal – é uma parte especializada da matriz extracelular.
Composição:
- colágeno tipo IV.
- perlecana → GAG → sulfato de heparana. 
- laminina
- ENTACTINA (nidogênio) – atua como uma ponte adicional entre colágeno tipo IV e a laminina.
Localização: presente em tecido adiposo, muscular, epitelial, endotelial e células de Schwann.
Obs. camundongos que não sintetizam a lâmina basal morrem em período embrionário.
Regiões na membrana basal
	•	Lâmina lúcida (ou rara) – imediatamente a baixo da célula basal. Grande quantidade de laminina (se liga a Integrina).
	•	Lâmina densa – colágeno tipo IV, Perlecana, Entactina (nidogênio), + de 30 proteínas.
	•	Lâmina fibroreticular – fibras reticulares (colágeno tipo III + proteoglicanas + GAG) + proteoglicanas + glicoproteínas. 
Obs. 1 e 2 formam a lâmina basal.
A união dos 3 forma a membrana basal (visível ao M.O.), que em alguns locais pode ser formada por apenas as duas primeiras camadas (lâmina basal – invisível ao M.O.).
Obs. técnicas para visualização da membrana basal ao M.O.: impregnação pela prata e P.A.S. (Schiff).
 Radicais GLICÍDICOS da lâmina fibroreticular são evidenciados pelos sais de prata, durante a técnica impregnação pela prata.
	•	Degradação dos componentes da Matriz Extracelular:
	•	Metaloproteases :
- secretadas na forma inativa 
- agem em pH neutro.
- precisam de Ca²+ para atuar.
- possui zinco em se sítio ativo.
Exemplos:
	•	Colagenases: realizam uma proteólise relativamente limitada.
	•	Estromelisinas: tem como substrato as proteoglicanas, fibronectina, laminina e o colágeno tipo IV.
	•	Gelatinases: agem sobre praticamente todas as proteínas da matriz extracelular.
	•	Metaloproteases: ligadas à MP-importantes para ativar as outras MMP (metaloproteínas). 
Obs: As MMP (Metaloproteínas)

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